Avaliação Externa das Escolas
Relatório de escola
Agrupamento de Escolas
de São Gonçalo
TORRES VEDRAS
Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE
Datas da visita: 11,12 e 15 de Dezembro de 2008
I – INTRODUÇÃO
A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de
avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e
dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais
para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez,
o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o
lançamento de um «programa nacional de avaliação das
escolas básicas e secundárias que considere as dimensões
fundamentais do seu trabalho».
Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de
um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de
3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a
Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar
continuidade ao processo de avaliação externa das escolas.
Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na
experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a
desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua
competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31
de Julho.
O presente relatório expressa os resultados da avaliação
externa do Agrupamento de Escolas de São Gonçalo,
realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita
efectuada nos dias 11, 12 e 15 de Dezembro de 2008.
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11, 12 e 15 de Dezembro de 2008
Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento,
Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor
e Considerações Finais ― decorrem da análise dos
documentos fundamentais do Agrupamento, da sua
apresentação e da realização de entrevistas em painel.
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Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a
auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria
para o Agrupamento, constituindo este relatório um
instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar
pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e
constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos
para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de
melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em
articulação com a administração educativa e com a
comunidade em que se insere.
A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude
de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem
interagiu na preparação e no decurso da avaliação.
O texto integral deste relatório, bem como um eventual
contraditório apresentado pelo Agrupamento, será
oportunamente disponibilizado no sítio da IGE em:
www.ige.min-edu.pt
Escala de avaliação
Níveis de classificação dos
cinco domínios
MUITO BOM – Predominam os pontos
fortes, evidenciando uma regulação
sistemática, com base em
procedimentos explícitos,
generalizados e eficazes. Apesar de
alguns aspectos menos conseguidos,
a organização mobiliza-se para o
aperfeiçoamento contínuo e a sua
acção tem proporcionado um impacto
muito forte na melhoria dos
resultados dos alunos.
BOM – A escola revela bastantes
pontos fortes decorrentes de uma
acção intencional e frequente, com
base em procedimentos explícitos e
eficazes. As actuações positivas são a
norma, mas decorrem muitas vezes
do empenho e da iniciativa
individuais. As acções desenvolvidas
têm proporcionado um impacto forte
na melhoria dos resultados dos
alunos.
SUFICIENTE – Os pontos fortes e os
pontos fracos equilibram-se,
revelando uma acção com alguns
aspectos positivos, mas pouco
explícita e sistemática. As acções de
aperfeiçoamento são pouco
consistentes ao longo do tempo e
envolvem áreas limitadas da escola.
No entanto, essas acções têm um
impacto positivo na melhoria dos
resultados dos alunos.
INSUFICIENTE – Os pontos fracos
sobrepõem-se aos pontos fortes. A
escola não demonstra uma prática
coerente e não desenvolve suficientes
acções positivas e coesas. A
capacidade interna de melhoria é
reduzida, podendo existir alguns
aspectos positivos, mas pouco
relevantes para o desempenho global.
As acções desenvolvidas têm
proporcionado um impacto limitado
na melhoria dos resultados dos
alunos.
II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO
O Agrupamento de Escolas de São Gonçalo, situado no concelho de Torres Vedras, é constituído pelas
EB 1 de Torres Vedras, EB1 de Coutada, EB 1 de Serra da Vila, EB1 de Bordinheira, EB 1 da Boa Vista,
EB1 de Casalinhos de Alfaiata, EB 1 de Silveira, EB 1 de Cerca, EB 1/JI Varatojo, EB 1/JI de Carvoeira,
EB1/JI de Santa Cruz, JI de Serra da Vila, JI de Boavista, JI n.º 1 de Casalinhos de Alfaiata, JI n.º 2 de
Casalinhos de Alfaiata e a EB 2, 3 de S. Gonçalo, sendo esta última a escola-sede.
O Agrupamento é frequentado por um total de 1808 crianças e alunos, distribuídos por 87 turmas,
sendo 225 crianças da educação pré-escolar (10 grupos), 942 alunos do 1.º ciclo do ensino básico (47
turmas), 335 alunos do 2.º ciclo do ensino básico (16 turmas), 280 alunos do 3.º ciclo do ensino básico
(12 turmas), uma turma de 11 alunos do Curso de Educação e Formação – Instalação e Reparação de
Equipamentos Informáticos – e uma turma de 15 alunos constituída ao abrigo do Programa Integrado
de Educação e Formação.
Beneficiam de auxílios económicos, no âmbito da acção social escolar, 31,8% dos alunos. A população
escolar é maioritariamente portuguesa, registando-se, contudo, 2,8% de alunos oriundos do Brasil e
3,3% de outras nacionalidades, predominando os do leste da Europa.
O corpo docente do Agrupamento é constituído por 157 professores: 59,2% pertencem ao quadro de
escola, 31,8% ao quadro de zona pedagógica e 9% são contratados. O nível etário destes profissionais
situa-se maioritariamente entre os 30 e os 50 anos de idade. O corpo não docente integra duas
psicólogas, 10 assistentes de administração escolar, duas técnicas do serviço de acção social escolar, 36
auxiliares de acção educativa e um guarda-nocturno. O seu nível etário situa-se predominantemente
entre os 40 e os 60 anos de idade.
As habilitações literárias dos encarregados de educação situam-se essencialmente ao nível do ensino
básico e secundário, com profissões ligadas sobretudo aos sectores secundário e terciário.
III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO
MUITO BOM
As aprendizagens das crianças da educação pré-escolar são dadas a conhecer aos encarregados de
educação e é feita uma análise global dos progressos alcançados, considerando as competências
definidas para este nível de educação.
Nos três ciclos de ensino, no triénio 2005-2008, a taxa de sucesso global dos alunos, situa-se acima dos
92,5% e os resultados nas provas externas situaram-se acima dos valores da média nacional. Os bons
resultados são atribuídos à articulação e ao empenho de todos os intervenientes no processo
educativo. O abandono escolar tem pouca expressão.
Estrategicamente, os alunos são envolvidos em actividades e projectos promotores de competências
sociais e cívicas que facilitam as aprendizagens e a sua identificação com o Agrupamento. A
integração no Quadro de Mérito e a atribuição de prémios valorizam e estimulam o sucesso dos
alunos.
Nas escolas verifica-se um ambiente educativo tranquilo e seguro, decorrente do trabalho persistente e
articulado de todos os intervenientes. O trabalho desenvolvido em prol do sucesso e da inclusão
escolar é reconhecido e valorizado pela comunidade educativa.
2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO
MUITO BOM
Existe articulação intradepartamental nas tarefas de planeamento, na elaboração de materiais,
definição de estratégias de diferenciação pedagógica, definição de critérios e elaboração de
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11,12 e 15 de Dezembro de 2008
1. RESULTADOS
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instrumentos de avaliação. Os coordenadores dos departamentos mobilizam os docentes para a
organização do processo de ensino e de aprendizagem, articulando a sua acção com os responsáveis
dos projectos e das actividades de enriquecimento curricular, com vista aos bons resultados de todas
as crianças e alunos, identificando áreas de sucesso e dificuldades decorrentes do trabalho
desenvolvido. No entanto não estão definidas metas mensuráveis que permitam verificar a eficácia do
trabalho dos departamentos curriculares.
A orientação vocacional dos alunos do 9.º ano é realizada de forma eficaz, articulando o trabalho
dedicado da psicóloga com os directores de turma, os encarregados de educação e envolvendo ainda
técnicos de outras escolas e instituições do concelho.
A supervisão pedagógica é realizada ao nível dos departamentos curriculares para aferir o
cumprimento das planificações. A análise dos resultados dos alunos, sustenta a redefinição das
estratégias a inscrever nos projectos curriculares de turma, processo que envolve activamente as
estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica.
O Agrupamento promove respostas adequadas e eficazes para os alunos com necessidades educativas
especiais e dificuldades de aprendizagem acompanhando sistematicamente o seu percurso ao longo
de toda a escolaridade, tendo em vista uma boa integração e o seu sucesso escolar.
As componentes activas são muito estimuladas e trabalhadas com os alunos, nas dimensões
tecnológicas, culturais, sociais, artísticas, desportivas, ambientais, entre outras. Estão também
presentes nas abordagens curriculares, na utilização de materiais diversificados e na realização de
actividades experimentais. Também os alunos com currículo específico individual desenvolvem
actividades oficinais importantes para estimular os saberes práticos e profissionais.
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11, 12 e 15 de Dezembro de 2008
3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR
4
MUITO BOM
O Projecto Educativo do Agrupamento identifica áreas de intervenção e define linhas gerais de
actuação, orientadas para o sucesso escolar e a inclusão. O Plano Anual de Actividades integra um
vasto conjunto de actividades muito enriquecedoras do processo de ensino e de aprendizagem, mas
não é um plano de acção elaborado em consonância com as áreas de intervenção definidas. O Projecto
Curricular de Agrupamento ainda não está organizado de modo a assegurar a sequencialidade
vertical entre todos os níveis de educação e ensino.
O ano lectivo é planeado de acordo com as áreas de intervenção definidas, existindo uma boa
articulação dos órgãos de gestão e das estruturas de orientação educativa. Os recursos humanos são
geridos de forma eficaz e revelam grande empenho e satisfação nas tarefas atribuídas. A formação
profissional é valorizada e incentivada. Há uma boa integração de todos os profissionais no
Agrupamento e apreciados os seus contributos.
Os recursos materiais e as receitas próprias são utilizados na vertente pedagógica e na manutenção
dos espaços e equipamentos.
O Agrupamento demonstra um grande interesse na participação dos encarregados de educação em
várias actividades, informando-os e mantendo com eles uma rede de comunicação activa. Estes
correspondem às solicitações com grande disponibilidade e envolvimento nas iniciativas dinamizadas.
Os princípios de equidade e justiça orientam a actuação de todos os responsáveis.
4. LIDERANÇA
MUITO BOM
Quer as lideranças, quer todos os intervenientes partilham a visão de Escola dinâmica e interventiva,
orientada para o sucesso educativo e inclusão, expressa nos documentos orientadores. A escola-sede é
o centro agregador das múltiplas actividades promovidas para a consecução dos objectivos definidos.
A motivação é generalizada e elevada. A gestão e a comunidade reconhecem o trabalho desenvolvido,
o que tem contribuído para a sustentabilidade de uma cooperação entre todos os intervenientes, que
tem superado dificuldades, nomeadamente ao nível da falta e inadequação de alguns espaços.
Há muitas iniciativas reveladoras da capacidade de aderir às novas tecnologias da comunicação e de
intervenção pedagógica, revelando um grande dinamismo na mobilização e actualização dos recursos.
As parcerias e os protocolos estabelecidos, com impacto muito positivo nas aprendizagens, favorecem
as expectativas dos alunos, das famílias e promovem o reconhecimento da comunidade.
5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO
AGRUPAMENTO
[CLASSIFICAÇÃO]
SUFICIENTE
Existem práticas de auto-avaliação que influenciam as tomadas de decisão com reflexos positivos nos
resultados dos alunos e no ambiente educativo. Contudo, estas não permitem o conhecimento
sustentado dos pontos fortes e fracos do Agrupamento. A ausência de um projecto de auto-avaliação
que abranja todas as dimensões do funcionamento organizacional, conduzindo à elaboração de planos
estratégicos de melhoria, compromete o progresso sustentado.
IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR
1. RESULTADOS
1.1 SUCESSO ACADÉMICO
No triénio 2005/2006 a 2007/2008, as taxas de sucesso global dos alunos, considerando os três ciclos
de ensino, oscilaram, mantendo-se, no entanto, acima dos 92,5% (2005-2006 – 94%; 2006-2007 – 92,7% e
2007-2008 – 94%). O 1.º ciclo é o que apresenta maior sucesso (2005-2006 – 97%; 2006-2007 – 96% e
2007-2008 – 96%). No triénio em análise, as taxas de sucesso, do 2.º ciclo (92,4%; 94,4%; 92,8%) e do 3.º
ciclo (89,4%; 86,1%; 89,4%) sofreram ligeiras oscilações. Considerados os dados disponíveis, as taxas
de sucesso nos três ciclos de ensino (transição de ano e conclusão de ciclo) situaram-se, neste triénio,
acima dos valores da média nacional.
Nas provas de aferição do 1.º ciclo em 2008, o Agrupamento obteve, nas disciplinas de Língua
Portuguesa e de Matemática, respectivamente, 93,6% e 93,7% de níveis de classificação positivos. Estes
resultados são superiores aos valores nacionais em 4,1% (Língua Portuguesa) e 2,9% (Matemática). No
2.º ciclo, em Língua Portuguesa registaram-se 99,4% de níveis de classificação positivos e em
Matemática 88,6%, valores superiores aos obtidos a nível nacional em 6% e 6,8%, respectivamente.
As classificações médias dos exames do 9.º ano na disciplina de Língua Portuguesa, nos últimos três
anos evoluíram significativamente, registando valores de 62,9% em 2006, 86,3% em 2007 e 89,9% em
2008, de classificações positivas, situando-se acima dos valores nacionais. Em Matemática estes
resultados, também acima dos nacionais, oscilaram, 51,9%, 39,2% e 71,1%, registando-se uma melhoria
significativa no último ano do triénio em análise, distanciando-se do valor médio nacional em 14,1%.
Os resultados académicos dos alunos são analisados detalhadamente nos órgãos de gestão e nas
estruturas de coordenação e supervisão, identificando-se as áreas com mais dificuldades e definindose as estratégias de intervenção. As disciplinas de Matemática, Ciências Físico-Químicas, Inglês e
Língua Portuguesa são as que registam maior insucesso ao nível do 3.º ciclo. Com vista a melhorar os
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11,12 e 15 de Dezembro de 2008
Na educação pré-escolar são elaborados registos de avaliação das aprendizagens das crianças,
organizados de acordo com as competências previstas no projecto curricular dos jardins-de-infância.
Esta informação é dada a conhecer aos encarregados de educação e acompanha as crianças na entrada
para o 1.º ciclo. O departamento da educação pré-escolar faz uma análise global dos progressos das
crianças.
5
resultados dos alunos nestas disciplinas têm intensificado o uso da plataforma Moodle, dos quadros
interactivos e das salas específicas e implementado estratégias diversificadas no âmbito do Plano de
Acção para a Matemática, do Plano Nacional de Leitura, no apoio específico aos alunos oriundos do
Brasil e têm incrementado o recurso a metodologias activas, registando-se melhorias no último ano
lectivo, sendo as mais significativas as que se verificam nas disciplinas de Inglês e de Físico-Química.
Os bons resultados são atribuídos ao empenho de todos os intervenientes no processo educativo, com
destaque para a cooperação entre docentes, a implementação de estratégias diferenciadas para
responder às dificuldades identificadas, o envolvimento dos alunos nas suas aprendizagens e a
participação activa das famílias, que é sistematicamente fomentada. O Agrupamento conhece bem os
resultados académicos dos seus alunos e compara-os com os locais e nacionais, para melhor
compreender os seus próprios resultados.
O abandono escolar, no último triénio situa-se numa média de 0,9%. As situações de abandono
registadas relacionam-se com alunos estrangeiros que abandonaram o país e não solicitaram a
transferência da matrícula.
1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO
O Projecto Educativo identifica como prioridade a educação para a cidadania e estabelece objectivos
que visam promover o respeito pelo outro, proporcionar aos alunos experiências de enriquecimento
cultural, cívico e humano e desenvolver a autonomia e o espírito crítico. Para concretizar estes
objectivos os alunos são mobilizados e participam activamente em actividades e projectos de âmbito
diversificado para, de modo integrado, desenvolverem competências ao nível pessoal e social, com
resultados positivos.
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11, 12 e 15 de Dezembro de 2008
Os alunos identificam-se com o Agrupamento e manifestam uma grande satisfação por pertencerem a
esta comunidade escolar. Esta identificação é sistematicamente reforçada pelo envolvimento das
crianças e jovens, em actividades desportivas, científicas, culturais, ambientais e tecnológicas, bem
como em comemorações de âmbito escolar e local.
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Os alunos são envolvidos na discussão e consultados sobre aspectos da vida escolar (nas assembleias
de turma, nas reuniões de delegados e através de questionários), sendo co-responsabilizados em
decisões que lhes dizem respeito, nomeadamente através da participação em actividades e na
resolução de alguns problemas através das suas ideias e opiniões. Apesar de saberem que o
Agrupamento tem um Projecto Educativo e onde este está disponível para consulta, os alunos não
foram directamente envolvidos na sua elaboração.
Os bons resultados são reconhecidos com a integração dos alunos no Quadro de Mérito. Em cerimónia
pública, são também atribuídos diplomas e medalhas, tendo em conta os bons resultados académicos
e as atitudes, bem como os bons desempenhos em concursos e competições, dentro e fora do
Agrupamento.
1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA
O trabalho persistente e articulado de todos os intervenientes no processo educativo contribui para
que os alunos apresentem, maioritariamente, comportamentos disciplinados nos espaços escolares.
Para tal, muito tem contribuído a implicação destes na elaboração das regras de conduta no âmbito da
Formação Cívica, assim como o debate, a reflexão e a partilha realizados em assembleias de turma.
Também a ampla divulgação do Regulamento Interno, aos alunos e famílias, contribui para o
conhecimento e interiorização das normas em vigor.
Os comportamentos desadequados são tratados rapidamente, numa perspectiva formativa, ajustando
as sanções à especificidade de cada caso. Também o atendimento disponibilizado pelas psicólogas dá
apoio a situações problemáticas e promove o bom relacionamento entre todos.
Decorrente desta actuação concertada, é opinião generalizada que existe em todas as escolas do
Agrupamento um ambiente educativo tranquilo e seguro, prevalecendo o cumprimento das regras e a
aceitação da autoridade, com reflexos positivos nas aprendizagens.
1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS
Os alunos são auscultados regularmente através de questionários, aplicados pelos professores e
directores de turma, para diagnosticar as suas expectativas e assim (re)organizar as actividades e os
projectos curriculares de turma, de acordo com os seus anseios.
De um modo geral, os docentes e os técnicos conhecem muito bem os alunos, realizando um trabalho
pedagógico muito próximo e constante junto destes, ao nível das aprendizagens, das escolhas
académicas pós 9.º ano ou do encaminhamento para a vida pós-escolar.
A comunidade educativa reconhece o trabalho desenvolvido como relevante para o futuro dos jovens
e tem desenvolvido um trabalho colaborativo na resolução de problemas. A autarquia valoriza o
trabalho do Agrupamento e articula com este o desenvolvimento de várias actividades,
nomeadamente, de enriquecimento curricular, comemorações festivas e eventos desportivos.
2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO
2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE
A articulação curricular tem lugar nos departamentos curriculares e nos conselhos de docentes através
da elaboração conjunta das planificações, a longo e a médio prazo, do desenvolvimento de trabalho
cooperativo, na preparação de materiais, na definição de estratégias de diferenciação pedagógica, na
definição de critérios e na elaboração de instrumentos de avaliação.
Nos jardins-de-infância e nas escolas do 1.º ciclo, cada docente adequa o planeamento ao seu grupo ou
à sua turma, tendo como suporte o projecto curricular do grupo ou da turma e as competências
definidas para a educação pré-escolar e para o 1.º ciclo. Nos 2.º e 3.º ciclos são elaboradas planificações
por disciplina. O projecto curricular de turma contempla as temáticas transversais a desenvolver no
âmbito das áreas curriculares não disciplinares, de acordo com as características das turmas e
preferências dos alunos.
A articulação entre os níveis de educação e ensino e entre as diferentes disciplinas, concretiza-se
através de muitas actividades e projectos que implicam os contributos de várias áreas curriculares.
Estão implementadas outras estratégias de articulação curricular, nomeadamente, através de reuniões
regulares, entre os docentes titulares de turma do 4.º ano e os responsáveis pelas actividades de
enriquecimento curricular, no 1.º ciclo, e que envolvem também os docentes do 2.º ciclo, que
leccionam as disciplinas de Inglês e de Educação Musical.
Os departamentos curriculares identificam áreas de sucesso e dificuldades, decorrentes do trabalho
desenvolvido. No entanto, não definem metas mensuráveis que permitam verificar a eficácia do seu
trabalho.
A orientação vocacional dos alunos do 9º ano, desenvolvida ao longo do ano lectivo, constitui uma
resposta eficaz às necessidades dos alunos e famílias, com vista às escolhas a fazer no final do ensino
básico. Verifica-se um grande empenho e um trabalho muito articulado entre a psicóloga, os directores
de turma e os encarregados de educação, envolvendo também técnicos de outras escolas e instituições
do concelho.
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11,12 e 15 de Dezembro de 2008
A realização das reuniões destas estruturas de coordenação pedagógica tem lugar, em tempos
comuns, na escola-sede, por esta constituir um espaço adequado e facilitador do encontro e da partilha
entre todos os docentes.
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2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA
O planeamento individual, a curto prazo, decorre da gestão do currículo realizada ao nível dos
departamentos. Cada docente titular de turma e de disciplina adequa o planeamento ao contexto do
seu grupo ou turma. A supervisão pedagógica é realizada ao nível dos departamentos curriculares,
em reuniões periódicas, para aferir o cumprimento das planificações. Não é prática a observação de
aulas enquanto mecanismo de acompanhamento e supervisão da prática lectiva, exceptuando
situações pontuais decorrentes de dificuldades identificadas.
Nos conselhos de docentes e departamentos curriculares são definidos os critérios de avaliação e
concebidas matrizes comuns com vista à elaboração de instrumentos de avaliação e nalguns casos são
elaboradas fichas de diagnóstico e formativas em conjunto, para aplicar aos mesmos anos e
disciplinas, de forma a garantir a confiança nos resultados dos alunos. Os resultados da avaliação
contínua são sistematicamente analisados ao nível dos conselhos de turma, dos conselhos de docentes
e dos departamentos curriculares. Nestes últimos, são comparados os resultados das diferentes turmas
e disciplinas, dando origem a recomendações.
Os projectos curriculares de turma são avaliados periodicamente, ou sempre que necessário,
envolvendo os docentes titulares de turma, os conselhos de turma e ainda outros docentes e técnicos
que trabalhem com os alunos, procedendo à redefinição de estratégias em função dos resultados.
2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11, 12 e 15 de Dezembro de 2008
Os alunos com necessidades educativas especiais e dificuldades de aprendizagem constam de uma
base de dados que é um instrumento fundamental, para os que com eles trabalham, na medida em
que inclui toda a informação relativa às suas dificuldades, às medidas de apoio educativo
implementadas e aos progressos alcançados, assegurando o seu acompanhamento sistemático ao
longo de toda a escolaridade.
8
Para organizar as respostas diferenciadas é realizado um trabalho consistente e muito articulado entre
os docentes da educação especial e do apoio educativo, a psicóloga, os docentes titulares de turma e
das disciplinas e directores de turma no diagnóstico, na referenciação de crianças e alunos, no
planeamento e na definição das medidas a implementar. São accionadas respostas adequadas à
especificidade de cada caso, com o envolvimento dos pais e encarregados de educação. Também existe
articulação com técnicos especializados, com serviços e instituições da comunidade, tais como o
Centro de Saúde de Torres Vedras, a Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas de Torres
Vedras e com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.
Em coerência com a filosofia inclusiva do Agrupamento as estratégias de diferenciação pedagógica
definidas são implementadas maioritariamente em contexto de sala de aula, nas turmas regulares ou
em pequeno grupo como é o caso dos alunos com currículo específico individual cujas áreas
funcionais são desenvolvidas em oficinas: Culinária; Bricolagem; Olaria; Jardinagem; Costura e
Expressão Corporal.
A reflexão das medidas implementadas é feita sistematicamente através de reuniões entre os
diferentes intervenientes, sendo o nível de inclusão dos alunos cuidadosamente analisado e avaliado o
seu impacto nos resultados. O Agrupamento analisa os resultados académicos e conhece as taxas de
sucesso dos alunos com necessidades educativas especiais.
2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA
APRENDIZAGEM
Verifica-se o envolvimento sistemático dos alunos em actividades e projectos de enriquecimento
curricular, da iniciativa do Agrupamento, de âmbito local, nacional e internacional. Estas actividades e
projectos mobilizam os contributos de várias disciplinas para a sua consecução, abrangendo temáticas
muito diversificadas, nomeadamente, entre outras: inteligência artificial (construção e programação de
robôs) e arte ou criatividade tecnológica (dança robótica); ciência; ambiente; desporto; saúde e
alimentação; culturais e artísticas (jornais escolares, Oeste Infantil, elaboração e publicação do Livro de
Doces de S. Gonçalo, Semana da Leitura, Clube Reciclar com Arte); comemorações locais (Corso
Escolar no âmbito do Carnaval de Torres Vedras); sociais (participação em campanhas de
solidariedade e acções de empenhamento cívico). Ainda no âmbito do saber e do saber-estar são
planeadas e implementadas, ao nível da Área de Projecto e da Formação Cívica, actividades variadas.
As actividades experimentais e criativas são muito estimuladas nos alunos, reconhecendo estes a sua
importância para as suas escolhas futuras. Estas estão também presentes nas abordagens curriculares,
na utilização de materiais diversificados, na realização de actividades experimentais, recorrendo a
métodos científicos e novas tecnologias, participação em concursos e em visitas de estudo. Também os
alunos com currículo específico individual desenvolvem actividades oficinais importantes para
estimular os saberes práticos e profissionais.
A oferta educativa do Agrupamento inclui um Curso de Educação e Formação: Instalação e Reparação
de Computadores, que assegura um percurso escolar, com uma forte componente prática e
profissionalizante.
3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR
O Projecto Educativo do Agrupamento, aprovado em Novembro de 2008, resulta da reflexão realizada
nos diferentes órgãos e estruturas de orientação pedagógica, sobre o contexto educativo. Este
documento orientador da acção educativa identifica problemas concretos relativos aos alunos, à
relação escola-família, à articulação curricular vertical e horizontal, ao aproveitamento e abandono
escolar. Define linhas gerais de actuação e áreas de intervenção orientadas para a resolução dos
problemas identificados, tendo em vista o sucesso escolar e a inclusão dos alunos. Apesar de ser o
documento orientador da acção educativa, a definição das áreas de intervenção não resultaram da
auscultação de toda a comunidade educativa. Ainda assim, esta conhece os problemas e as áreas
prioritárias de intervenção, identificando-se claramente com os objectivos definidos. O Plano Anual de
Actividades integra um vasto conjunto de actividades muito enriquecedoras do processo de ensino e
de aprendizagem, mas não foi concebido como um plano de acção e melhoria em consonância com as
áreas de intervenção definidas. A articulação curricular, numa lógica vertical, ainda não está
assegurada, uma vez que está em fase de elaboração um Projecto Curricular de Agrupamento, apesar
de existirem projectos curriculares para todos os níveis de educação e ensino ministrados.
No planeamento do ano lectivo, existe uma boa articulação dos órgãos de gestão e das estruturas de
orientação pedagógica e de supervisão tendo em vista as áreas de intervenção definidas. Este
planeamento prevê tempos de trabalho comuns entre os docentes como estratégia facilitadora da
articulação e da partilha. Existem orientações comuns para a Área Projecto e o Estudo Acompanhado
tendo em consideração os interesses dos alunos. É nos conselhos de turma que são reflectidas e
operacionalizadas as articulações destas áreas curriculares com as diversas disciplinas.
3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS
A gestão dos recursos humanos tem por base o conhecimento que o Conselho Executivo tem dos
profissionais e o bom relacionamento que existe entre este órgão e as coordenações das escolas. A
distribuição do serviço docente e do cargo de director de turma regem-se por critérios expressos,
nomeadamente, a continuidade pedagógica e a adequação do perfil profissional às tarefas a
desenvolver. O director de turma, regra geral, acompanha a mesma turma ao longo do ciclo de ensino.
Os auxiliares de acção educativa identificam-se com os objectivos do Agrupamento desenvolvendo as
suas tarefas com grande empenho. Mostram-se disponíveis para atender as crianças e os jovens, sendo
visível uma relação de grande colaboração com os docentes e encarregados de educação. O pessoal
administrativo é muito dedicado e dá resposta às necessidades do serviço.
É valorizada e incentivada a formação em áreas profissionais relacionadas com as respectivas funções
assim como a formação académica. Esta tem dependido mais da iniciativa de cada um, colmatando
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11,12 e 15 de Dezembro de 2008
3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE
9
assim a ausência de formação oferecida pelos centros de formação. Os profissionais colocados e (ou)
integrados (em consequência de alterações na constituição do Agrupamento) são devidamente
acolhidos, sendo reconhecido e valorizado o contributo da sua experiência para a melhoria desta
organização.
3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS
O trabalho sistemático dos responsáveis, para manter os espaços e equipamentos bem conservados,
asseguram o funcionamento das actividades escolares em condições adequadas. A articulação com a
autarquia e associação de pais atenua constrangimentos existentes em algumas escolas do 1.º ciclo e
jardins-de-infância, tais como, instalações degradadas, espaços de recreio inadequados, carência de
espaços para o desenvolvimento de actividades de enriquecimento curricular e refeitórios. Existe um
grande empenho de todos os intervenientes para minorar os constrangimentos, rentabilizando os
espaços disponíveis. Também é dada muita atenção às condições de segurança e bem-estar.
O Agrupamento consegue gerar receitas próprias significativas na sequência de várias iniciativas de
âmbito escolar (festas, concursos, venda de livros, projectos aprovados, entre outras). As verbas
angariadas destinam-se à consecução de alguns dos objectivos do Projecto Educativo.
3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11, 12 e 15 de Dezembro de 2008
A articulação com as famílias constitui uma área de intervenção que é sistematicamente fomentada,
através de várias iniciativas que trazem os pais aos jardins-de-infância, às escolas e à escola-sede. Os
encarregados de educação são devidamente informados sobre o funcionamento do Agrupamento,
existindo disponibilidade para os atender e responder às suas solicitações. Estes evidenciam conhecer
bem a realidade educativa, valorizando o empenho dos profissionais docentes e não docentes e a
qualidade do serviço educativo.
10
A associação de pais articula com os órgãos de administração e gestão na procura de soluções para
problemas existentes e a autarquia tem tido um papel importante no bom funcionamento das
actividades de enriquecimento curricular. Os pais e encarregados de educação são chamados a
participar e existe uma estratégia de envolvimento destes na dinâmica do Agrupamento, registando-se
uma boa participação nas reuniões e um aumento gradual dos que comparecem aos eventos de
natureza diversa, como é o caso da Gala de S. Gonçalo e da Festa das Tasquinhas.
3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA
O Agrupamento organiza a sua actividade de forma a assegurar a todas as crianças e jovens da sua
comunidade escolar as mesmas oportunidades. Os responsáveis pautam a sua actuação por princípios
de equidade e justiça actuando no sentido de integrar todos os alunos. Estão atentos às dificuldades
organizando respostas diferenciadas e mobilizando vários parceiros, tendo em vista o sucesso
académico e a efectiva inclusão de todos.
4. LIDERANÇA
4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA
As lideranças identificam-se com a visão de uma escola dinâmica e interventiva na comunidade,
expressa nos documentos orientadores da acção educativa que têm como objectivo preparar as
crianças e jovens para o futuro. As práticas observadas revelam manifestamente a centralidade e a
importância atribuída às interacções pessoais dentro e fora do Agrupamento.
Toda a comunidade escolar assume uma dupla missão, por um lado a inclusão social dos alunos com
necessidades educativas especiais e por outro, cultivar e promover a excelência e o mérito não só pelos
resultados escolares, mas também pelas atitudes manifestadas.
Quer por parte das lideranças quer por todos os outros actores educativos, salienta-se um conjunto de
acções com vista ao desenvolvimento do gosto pela escola. Para tal, a escola-sede é o centro
dinamizador das vontades do conjunto de todas as escolas, participando e comungando do sucesso
das várias equipas que promovem as múltiplas competências desenvolvidas no Agrupamento de São
Gonçalo.
A liderança do Conselho Executivo é reconhecida e caracterizada como de “porta aberta" e totalmente
disponível para dar resposta às necessidades manifestadas quer individualmente, quer pelos vários
órgãos e estruturas.
4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO
A motivação é generalizada e elevada. Há a crença de que todos participam e que trabalham para
finalidades assumidamente meritórias como a inclusão social e o sucesso educativo.
Os bons resultados nacionais e o reconhecimento local pelo trabalho desenvolvido contribuem para
um visível clima de cooperação que tem superado as dificuldades e instabilidade resultantes de
sucessivas alterações da composição do Agrupamento e da sua dispersão geográfica. O ambiente é
muito positivo e descrito por alguns sectores, sobretudo, como muito humano e de entreajuda, apesar
dos constrangimentos advindos da falta e inadequação de alguns espaços.
4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO
As lideranças desenvolveram diversas iniciativas neste âmbito. A plataforma Moodle facilita a
comunicação entre as várias unidades e a eficiência de alguns serviços, mas problemas externos,
nomeadamente, a insuficiência de rede, dificultam o alargamento das possibilidades que a informática
pode proporcionar.
Algumas salas foram adaptadas às novas tecnologias, nomeadamente, com a instalação de quadros
interactivos muito utilizados como recurso pedagógico, mas é sentida a necessidade de mais formação
sobre as suas potencialidades educativas.
4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS
Em consonância com as áreas de intervenção consignadas no Projecto Educativo, claramente
assumidas pelos órgãos de gestão e estruturas de coordenação educativa, o Agrupamento, celebra
parcerias e protocolos e desenvolve projectos em diferentes áreas de intervenção (sociais, ambientais,
tecnológicas, culturais, recreativos, desportivos, entre outras) reconhecendo a importância estratégica
dos recursos e demais contributos, disponibilizados, pelas várias Juntas de Freguesia, Câmara
Municipal de Torres Vedras e outras instituições.
Há uma longa prática de interacção com os poderes locais e outros serviços da comunidade,
nomeadamente e entre outros com os centros de saúde, várias associações desportivas e culturais
(Associação de Educação Física Desportiva de Torres Vedras, Académico de Torres Vedras), a Escola
Superior de Educação de Torres Novas, a Escola de Serviços de Comércio do Oeste. Através das
parcerias é possível integrar em estágios e inserir socialmente alguns dos seus alunos que não
prosseguem os estudos, além de toda a colaboração nos inúmeros projectos da iniciativa do
Agrupamento em que os alunos participam activamente, nomeadamente, a Horta Biológica, O Clube
da Robótica, Ciência na Escola, elaboração e publicação de livros e jornais escolares, Clube das Magias
e Alquimias, entre outras.
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11,12 e 15 de Dezembro de 2008
Salienta-se a criação de um fórum centrado nas actividades da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos
Educativos em que os alunos propõem temas de discussão que também é rentabilizado pelos
directores de turma, no âmbito da Formação Cívica. O acesso remoto a essa plataforma possibilita,
entre outros, o conhecimento pelos encarregados de educação de informação diária relevante sobre os
seus educandos.
11
A adesão a projectos de âmbito nacional, nomeadamente, Rede de Bibliotecas Escolares, Plano de
Acção para a Matemática, Escolas Promotoras de Saúde, Eco-Escolas, Robótica Educativa tem
promovido a sua valorização e o reconhecimento da comunidade educativa.
5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO
5.1 AUTO-AVALIAÇÃO
As áreas de intervenção definidas no Projecto Educativo não resultaram de um processo de
auscultação, envolvendo toda a comunidade educativa. No entanto, existem práticas de autoavaliação realizadas através da aplicação de questionários a alunos e a docentes sobre aspectos do
funcionamento organizacional, de relatórios de actividades e de projectos em curso e do trabalho
desenvolvido nas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, que são objecto de
reflexão ao nível dos órgãos de administração e gestão. Também é feita a recolha, o tratamento
estatístico e a análise sistemática dos dados relativos às aprendizagens dos alunos. Estas práticas têm
tido influência na tomada de decisão, com reflexos positivos nos resultados dos alunos e no ambiente
educativo. No entanto, não estão criados instrumentos que permitam a recolha e o tratamento
sistemático da informação sobre o funcionamento de todos os sectores do Agrupamento, consequente
para o conhecimento dos pontos fortes e fracos, para a definição de prioridades e elaboração de planos
de acções de melhoria.
5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11, 12 e 15 de Dezembro de 2008
As práticas de auto-avaliação implementadas têm tido reflexos positivos nos resultados dos alunos
mas não permitem o conhecimento dos pontos fortes e fracos do Agrupamento, que conduzam à
definição de planos de acções de melhoria para consolidar os aspectos mais positivos e para intervir
nas áreas onde se registam mais dificuldades. O Conselho Executivo revela conhecer bem o
funcionamento do Agrupamento nas suas diferentes vertentes, identificando oportunidades e
conhecendo os constrangimentos que limitam a sua acção. Apesar de motivados para a
implementação de um processo de auto-avaliação e de terem a percepção dos aspectos mais positivos
e das fragilidades organizacionais, a não existência de um projecto de auto-avaliação que permita a
elaboração de planos estratégicos de melhoria, compromete o progresso sustentado.
12
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas de São Gonçalo
(pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e
constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos
estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de
melhoria.
Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por
ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por
oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o
cumprimento dos seus objectivos; por constrangimento: condição ou possibilidade externas à
organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.
Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste
relatório.
Pontos fortes

Resultados académicos dos alunos;

Participação dos alunos em actividades e projectos, com repercussões nas suas aprendizagens
académicas e na sua formação cultural e cívica;

Diversidade de actividades em curso, no âmbito dos currículos específicos individuais, com
repercussões no desenvolvimento de competências e consequente integração pós-escolar;

Consistência do trabalho desenvolvido com os alunos com necessidades educativas especiais,
com impacto na sua inserção escolar;

Funcionamento do gabinete de psicologia, no acompanhamento, no apoio e na orientação de
alunos e famílias, com repercussões nas aprendizagens e no futuro dos alunos;

Liderança partilhada entre os vários órgãos de gestão e as estruturas de orientação educativa e
supervisão pedagógica orientada para o sucesso escolar;

Colaboração da associação de pais e encarregados de educação na procura de soluções para
alguns problemas.

Falta de definição de metas mensuráveis, que permitam verificar a eficácia do trabalho dos
departamentos curriculares;

Inexistência de um Projecto Curricular que contemple a organização pedagógica do
Agrupamento, no sentido de assegurar a articulação e a sequencialidade entre todos os níveis
de educação e ensino;

Inexistência de um projecto de auto-avaliação que conduza ao conhecimento sustentado dos
pontos fortes e fracos, das oportunidades e dos constrangimentos, com repercussões na
elaboração de planos de acções de melhoria.
Oportunidade

Reforço das parcerias estabelecidas entre o Agrupamento e as várias instituições e poderes
locais.
Constrangimentos

Dispersão geográfica dos jardins-de-infância e escolas que compõem o Agrupamento;

Continuidade escolar de alguns alunos dentro do Agrupamento interrompida por imposição
da rede escolar;

Insuficiência das instalações destinadas
enriquecimento curricular no 1.º ciclo.
ao
desenvolvimento
das
actividades
de
Agrupamento de Escolas de São Gonçalo  11,12 e 15 de Dezembro de 2008
Pontos fracos
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