Estudo Numérico de Escoamentos em Membrana Tubular Aplicado aos Processos de Microfiltração e Ultrafiltração Juliana Maria da Silva Sergio Rodrigues Fontes [email protected] [email protected] Departamento de Engenharia Mecânica, EESC – USP, São Carlos-SP 2. Modelo Matemático 2.1 Formulação do modelo de filtração ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ 3. Resultados Direção do membrana Laminar; Incompressível. Isotérmico; Axissimétrico; Tubo circular; Paredes permeáveis. 4,0 2 r = R, 0 ≤ z ≤ L, vw x106(m s-1) -1 6 m m 3 2 -1 ui = 0.051 m s 0,5 -1 ui = 0.204 m s ci = 1.0wt.% 1 ci = 1.0wt.% 0,0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 0,2 0,4 0,6 -5 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 -5 ∆pix10 (Pa) ∆pix10 (Pa) Figura 3: Comparação dos resultados numéricos com valores experimentais do fluxo de permeado médio para uma solução de Dextran T500. ¾Figura 3 mostra uma comparação de resultados a fim de verificar a validação do modelo. ¾Figura 4 mostra que a concentração próxima a superfície da membrana aumenta com a distância axial da entrada do tubo, o que está de acordo com o problema físico estudado, já que a espessura da camada de polarização tende a aumentar com a distância axial . 6,5 1,12 -1 1,10 1,08 u0 = 0.051 m s z/R = 0.25L/R z/R = 0.5L/R z/R = 0.75L/R z/R = 1L/R 1,06 1,04 1,02 1,00 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 r/R Figura 4: Concentração local em função da coordenada radial ao longo do eixo z, para uma solução de Dextran T500. u = 0, m vw x106(m s-1) 4,5 4,0 3,5 1,5 1,0 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 -5 ∆p0x10 (Pa) Figura 5: Fluxo de permeado médio em função da pressão transmembrana para diferentes concentrações de alimentação. v = 0, ∂v = 0, ∂z v = 0, v = vw = resistência da membrana ∆p , Rm + Rc D ∂c ∂r resistência da camada de concentração de polarização c = c0 , ∂c = 0, ∂z ∂c = 0, ∂r = vwcr = R r=R coeficiente de difusão 2.3 Adimensionalização z r u v z= , r= , u= , v= , R R u0 u0 5,0 ¾ Figura 5 mostra que o fluxo de permeado diminui quando o concentração, c0, aumenta, isso ocorre porque quando se tem um aumento no nível da concentração da solução, aumenta-se também a concentração de partículas na superfície da membrana e conseqüentemente o fluxo diminui. -1 u0 = 0.051 m s c0 = 0.1wt.% c0 = 0.2wt.% c0 = 0.5wt.% c0 = 1wt.% 2,0 2 u = u0 , ∂u = 0, ∂z ∂u = 0, ∂r 6,0 2,5 2.2 Condições de fronteira 0 ≤ z ≤ L, 1,0 3,0 2 ∂c ∂ (uc) 1 ∂ (rvc) 1 ∂ c ∂ c 1 ∂c + + = + + . ∂t ∂z r ∂r Pe ∂z 2 ∂r 2 r ∂r 2 r = 0, 1,5 5,5 ∂p 1 ∂ v ∂ v 1 ∂v v ∂v 1 ∂ (rv ) ∂ (uv ) − , + + =− + + + ∂r Re ∂z 2 ∂r 2 r ∂r r 2 ∂z ∂t r ∂r 0 ≤ r ≤ 1, 2,0 7,0 2 0 ≤ r ≤ R, 4 2,5 membrana ∂u 1 ∂ (rv) + = 0, ∂z r ∂r 2 1 ∂ (ruv ) ∂u ∂u ∂p 1 ∂ 2u ∂ 2u 1 ∂u + + =− + + + , ∂t ∂z r ∂r ∂z Re ∂z 2 ∂r 2 r ∂r z = 0, Present work Yeh et al. 5 3,0 Figura 2: Representação do escoamento na membrana tubular. z = L, 6 Present work Yeh et al. 3,5 vw x10 (m s ) escoamento A importância da filtração tangencial com membranas em processos industriais, tais como no processamento de emulsões, polpas, suspensões, e outras misturas tem estimulado o interesse em entender como se comporta o escoamento de tais fluidos. Nesse processo o solvente é forçado ao transporte através da concentração de polarização membrana por aplicação de uma pressão transversal (pressão transmembrana). Dessa forma, os sólidos da mistura em solução são conduzidos para a superfície da membrana por transporte convectivo e uma porção do solvente é removida da mistura original, enquanto que Filtrado parte do soluto acumulado sobre a membrana é transportado de volta à solução devido ao efeito Figura 1: Princípio da filtração tangencial. difusivo. A parcela de soluto que se estabiliza junto asuperfície da membrana é conhecida como camada de polarização. Então, considerando o interesse em soluções numéricas para modelos de escoamento de fluidos em membrana tubular, esse trabalho tem como objetivos apresentar um estudo numérico para o escoamento de misturas aquosas em membrana tubular e investigar os efeitos de parâmetros físicos no campo de concentração. c/c0 1. Introdução p tu p= 2, t = 0, R ρu 0 2.4 Método Numérico ¾ Discretização por diferenças finitas em malha deslocada; ¾ Termos convectivos aproximados pelo esquema HLPA; ¾ Pressão e velocidades são calculados pelo método SOLA. c c= . c0 4. Conclusões ¾ Resultados numéricos apresentaram boa concordância com os resultados experimentais; ¾ O modelo produz resultados compatíveis com os fenômenos associados ao problema físico estudado. 6. Referências ¾Damak, K., Ayadi, A., Schimitz, P. and Zeghmati, B., 2004, “Modeling of Crossflow Membrane Separation Processes under Laminar Flow Conditions in Tubular Membrane”, Desalination, Vol. 168, pp. 231-239. ¾ Geraldes, V., semião, V. and Pinho, M.N., 2001, “Flow and Mass Transfer Modelling of Nanofiltration”, Journal of Membrane Science, Vol. 191, pp. 109-128. ¾Yeh, H.M., Dong, J.H. and Shi, M.Y., 2002, “Effects of design and operating parameters on the declination of permeate flux for membrane ultrafiltration along hollow-fiber modules”, Vol. 241, pp. 335-345.