115 Operador Nacional do Sistema Elétrico Ano X | Abril 2008 Informativo mensal do ONS Conhecimento e inovação A Gerência Executiva de Estudos Especiais, Proteção e Controle (GPE) vem buscando se renovar a cada dia, seja incentivando a aquisição de novos saberes com o desenvolvimento acadêmico de sua equipe ou dando oportunidades aos jovens talentos de conviverem com profissionais mais experientes. Págs. 4 e5 Calouros experientes As boas-vindas aos Começa a quarta turma do Curso de Capacitação em Aspectos Institucionais do Setor Elétrico (Caise), realizado em parceria com a Escola de Negócios da PUC do Rio de Janeiro (IAG). Pág. 7 novos trainees No dia 5 de maio foi iniciado o Programa de Integração Institucional, comum aos 39 trainees de nível técnico e superior. Pág. 6 Confira o resultado da eleição dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal do ONS Pág. 3 Ambiente mais saudável doenças cardiovasculares. O tabagismo é um dos hábitos mais nocivos que há, pois, além de prejudicar os que fumam, causa também danos aos que convivem com eles, os fumantes passivos. A recente decisão da Diretoria de proibir o fumo em todas as dependências do ONS, mais do que o simples cumprimento do estabelecido na Lei Federal nº 9.294/96, representa uma clara demonstração de sua preocupação com o aprimoramento do clima organizacional. A boa notícia é que o tabagismo está em queda no Brasil. No início dos anos noventa, 35% dos brasileiros tinham o hábito de fumar. Hoje, graças a campanhas educacionais e leis mais restritivas, o percentual de fumantes é de 16,4%, sendo de 20% entre os homens e de 12,6% entre as mulheres. Seu impacto será mais sentido no Escritório Central e em Brasília, pois em Botafogo, em Florianópolis e no Recife, onde compartilhamos instalações com Furnas, Eletrosul e Chesf, respectivamente, essas empresas já fazem cumprir a lei há muito tempo. Para as organizações, são vários os prejuízos causados pelos efeitos nocivos da nicotina: conflitos entre fumantes e não-fumantes, perda de tempo ao fumar (15% da jornada para 12 cigarros diários), maior probabilidade de doenças dos empregados e aumentos dos custos dos seguros e planos de saúde. Essa medida pode ser considerada literalmente salutar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o fumo está associado a 90% das mortes por câncer de pulmão, a 85% das mortes por doenças pulmonares obstrutivas e a 35% das mortes por Pesquisa realizada no ONS pela Cipa em 2006 teve a adesão de 92% do público que freqüenta o Escritório Central. Seus resultados indicam que 82% dos não-fumantes se incomodam com a fumaça, embora apenas 10% se manifestem quanto a Participe! Envie sua sugestão de pauta ou proposta de texto de matéria para: [email protected] 2 ONS | Ligação 115 | isto. Os próprios fumantes declaram a intenção de parar de fumar, em um percentual de 65%. Uma parcela de 15% da população consultada é de fumantes que já tentaram parar de fumar mais de quatro vezes, sem sucesso. Isso se deve à dependência fisiológica e neurológica associada ao consumo do tabaco. Parar de fumar sempre foi um problema, devido à síndrome da abstinência. Por isso, dentre as medidas a serem implantadas está o apoio e a orientação aos empregados que queiram parar de fumar, com abordagem terapêutica especializada cuja contratação já está em curso. Vale dizer que os resultados positivos são observados já nas primeiras 24 horas sem fumar, e, após dois anos, os riscos de comprometimento à saúde são idênticos aos de quem nunca fumou. A sinalização da interdição ao fumo já foi instalada em todo o prédio do Escritório Central – e os cinzeiros, retirados. É um exemplo positivo ver sair do papel para a prática medidas que aumentam o bem-estar da organização, fortalecendo a imagem do ONS com um bom local para trabalhar. Impresso em Ligação: Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico papel reciclado Escritório Central: Rua da Quitanda, 196 Centro Rio de Janeiro RJ 20.091-005 Telefone (21) 2203 9400 Fax (21) 2203 9444 www.ons.org.br Filiado à Edição: Assessoria de Comunicação e Marketing Comissão Editorial: Eneida Leão, Hermes Chipp e Tristão Araripe Fotos: Reynaldo Dias e arquivo Coordenação Editorial: Expressiva Comunicação e Educação (21) 2578-3148 www.expressivaonline.com.br Abril 2008 | | | | | | | | | Conselhos eleitos E m reunião no Escritório Central, no dia 25 de abril, com representantes de todas as categorias, correspondendo a 77% dos votos dos Membros Associados, a Assembléia Geral do ONS elegeu, por mais dois anos, os Conselhos Fiscal e de Administração, além de dois membros da Diretoria, para o mandato 2008-2012 (leia “Quer saber mais?”). Na ocasião, também foi aprovado o Relatório da Administração e Demonstrações Financeiras e homologada a Contribuição dos Associados e do Orçamento para o período julho/2008 a junho/2009. A Assembléia elegeu os seguintes nomes para o Conselho Fiscal: Silvio Roberto Areco Gomes (Cesp) como titular e Pedro José Diniz de Figueiredo (Eletronuclear) como suplente, representando a categoria Produção; Fabio Machado Resende (Furnas) como titular e Humberto Gomes de Macêdo (Patesa) como suplente, representando a categoria Transporte; e Rubens Ghilardi (Copel) como titular e Antonio de Pádua Gonçalves Novaes (CEB) como suplente, representando a categoria Consumo. Já para o Conselho de Administração foram eleitos: Representantes de Produção - Maurício Stolle Bähr (Tractebel - Presidente do Conselho), Valter Luiz Cardeal de Souza (Eletrobrás), Mozart Bandeira Arnaud (Chesf), Fernando Henrique Schuffner Neto (Cemig) e Xisto Vieira Filho (Termopernambuco). Suplentes: Cesar Teodoro (Duke), Luiz Henrique de Freitas Schnor (CGTEE), Antonio Bolognesi (Emae), Alexandre Magno Firmo Alves (CDSA) e Maria das Graças Foster (Petrobras). Representantes de Transporte Wady Charone Júnior (Eletronorte), Ronaldo dos Santos Custódio (Eletrosul), Celso Sebastião Cerchiari (CTEEP) e Elmar de Oliveira Santana (TBE). Suplentes: Rogério Ribeiro Abreu dos Santos (NTE), Nelson Gravino (Artemis), Moacir Finotti (Celg) e Giovanni Giovannelli (Terna). Representantes de Consumo - Delson Martini (CEEE), Wilson Pinto Ferreira Júnior (CPFL), Britaldo Pedrosa Soares (Eletropaulo), Marcelo Maia de Azevedo Correa (Neoenergia) e Erico Teodoro Sommer (Gerdau). Suplentes: Eduardo Carvalho Sitonio (Celesc), Manuel Fernando Neves Bento (Escelsa), Leonardo Lins de Albuquerque (Light), José Antonio Sorge (Rede) e Vania Lucia Somavilla (CVRD). Representante do Ministério de Minas e Energia - Ronaldo Schuck (titular) e Ricardo Spanier Homrich (suplente). Quer saber mais? Conheça os principais desafios apontados pelos diretores para o mandato 2008-2012. Darico Pedro Livi, diretor de Planejamento e Programação da Operação Além dos desafios associados a metas e compromissos estabelecidos em sintonia com os objetivos estratétigos do ONS, destaco a necessidade da busca constante do meu próprio desenvolvimento pessoal, colaborando e motivando as pessoas para se engajarem, de forma integrada, aos processos de aperfeiçoamento e mudanças necessárias. Também merece menção, a implantação de metodologia para o estabelecimento de níveis metas e de indicadores visando ao aumento da segurança de atendimento energético do SIN, proposta pelo ONS no Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Aperfeiçoamento dos modelos de otimização da operação energética com destaque para a redução da volatilidade nos custos marginais de operação. Também destaco, entre outras iniciativas que serão feitas, a melhoria dos modelos hidrometeorológicos, com a inserção das previsões de precipitação, os desenvolvimentos de modelos e sistemas para o processo de consolidação de carga, inserido no Plano Diretor de Carga. São trabalhos muito importantes feitos no presente, mas que têm efeitos positivos no futuro da organização. Roberto José Ribeiro Gomes da Silva, diretor de Administração dos Serviços de Transmissão - O principal desafio será viabilizar as ações esboçadas no planejamento estratégico do ONS, com ênfase no aumento da integração interna; na maior aproximação com os agentes; na melhor “eficientização” dos processos conduzidos pela DAT; e, por fim, na otimização das interfaces com os processos internos, especialmente aqueles conduzidos pela DPP. Também temos em vista a preparação das equipes internas, considerando a incorporação de novas tecnologias de transmissão e um maior entrosamento com a EPE, para o desenvolvimento das ações necessárias à integração das usinas de biomassa e o estabelecimento de critérios para limitação no nível de curto circuito do sistema. Proporemos ao MME/CMSE o aperfeiçoamento dos processos de outorga de concessão, licenciamento ambiental e acompanhamento de obras, com o objetivo de agilizar a implantação de instalações de transmissão imprescindíveis para o aumento da segurança eletroenergética do sistema. Acha-se também na nossa agenda a implantação de ações para a melhoria das garantias financeiras dos contratos de transmissão. Estas são apenas algumas das metas a serem vencidas neste período, que uma vez mais promete ser de muito trabalho. Abril 2008 | Ligação 115 | ONS 3 Gestão do conhecimento A Gerência Executiva de Estudos Especiais, Proteção e Controle (GPE) vem investindo nos jovens talentos. Desde a criação do ONS, 23 profissionais da equipe já concluíram cursos de longa duração, como mestrado e doutorado. A ntonio Felipe da Cunha de Aquino, engenheiro sênior da Gerência de Estudos Especiais (GPE-2), é um dos jovens que estão mudando um pouco o perfil da área, em grande parte formada por profissionais com décadas de experiência no setor. Aos 33 anos, Antonio Felipe apresenta um currículo acadêmico invejável: eletrotécnico, graduado em engenharia elétrica, especialista em Proteção de Sistemas Elétricos de Potência (leia box), mestre em engenharia elétrica e doutorando na mesma disciplina pela Coppe/UFRJ. Há quase oito anos no Operador, antes disso só teve um ano de experiência no mercado; boa parte da sua formação foi desenvolvida pelo estímulo do trabalho no ONS. “Tive uma oportunidade fantástica de aprendizado, o que possibilitou um rápido crescimento profissional. Além de contar com o apoio dos colegas, a delegação de responsabilidades também contribuiu muito para o meu amadurecimento. O desafio sempre é estimulante”, comenta. As duas gerências que integram a GPE – de Proteção e Controle (GPE-1) e de Estudos Especiais (GPE-2) – foram originalmente formadas por profissionais mais velhos, devido à própria exigência do setor na época. “Tínhamos, em 2000, uma enorme necessidade de expansão do sistema, o que represen- 4 ONS | Ligação 115 | Abril 2008 tava um expressivo volume de obras e exigia uma equipe grande e mais experiente. Mesmo assim, sempre procuramos contar com a energia dos mais jovens”, lembra Paulo Gomes, gerente executivo da GPE e professor universitário há mais de 30 anos. A configuração atual da equipe é de um número mais reduzido de efetivos, com capacitação acadêmica elevada e relativamente mais jovens. Ao todo são 28 engenheiros e três trainees. Desses, nove têm até 30 anos e dez estão na faixa de 31 a 50 anos. “A tendência é de que os profissionais evoluam em suas trajetórias de carreira de forma mais rápida. O nosso papel é apoiar esse desenvolvimento. Eu costumo dizer que vou me sentir mais útil, quando for menos necessário. O nosso maior desafio como gestores é saber delegar”, avalia o gerente executivo. sob pena de voltarmos à dependência tecnológica sobre temas a respeito dos quais temos a obrigação de deter conhecimento, devido à sua natureza estratégica para o ONS”, alerta. “Os mais experientes da GPE coordenam os trabalhos desenvolvidos em conjunto com a garotada, que participa de todas as suas fases. Nesse processo também aprendemos muito”, afirma. O engenheiro especialista da GPE-2 Sergio Luiz de Azevedo Sardinha, desde 1975 no setor elétrico, apóia a renovação e aprimoramento da equipe. Segundo ele, com a perda da capacidade de investimento no setor elétrico ocorrida nas décadas de 80 e 90, houve uma natural queda do interesse dos jovens pela área de engenharia elétrica, gerando uma grande lacuna na formação de profissionais. “Temos, hoje, a grande responsabilidade de transmitir a nossa experiência, Um dos marcos do trabalho foi a reunião de nivelamento com os agentes, realizada no dia 1º de abril, no Escritório Central. O encontro com profis- Bons frutos da convivência A parceria entre os mais jovens e os mais experientes vem frutificando. Um bom exemplo é o Plano de Modernização das Instalações de Interesse Sistêmico (PMIS), que já há três ciclos vem sendo elaborado pela dupla Guilherme Cardoso Júnior e Tatiana Maria Tavares de Souza Alves, ambos da Gerência de Proteção e Controle (GPE-1). dia a dia sionais de 47 empresas e mais seis representantes da Aneel, abriu o PMIS 2008/2011. Realizado desde 2005, o estudo atende a uma resolução normativa da agência reguladora do setor (resolução 158/2005, alterada pela 242/2006). O PMIS é um estudo complementar ao Plano de Ampliação e Reforços da Rede Básica (PAR). Voltado à garantia da segurança elétrica do sistema, aponta as revitalizações necessárias, entre melhorias e reforços nas instalações de transmissão. O PMIS 2005, já aprovado pela Aneel, previu um conjunto de 1.028 revitalizações. O plano seguinte, 2006-2009, ainda a ser aprovado, destacou 711 melhorias e reforços. A emissão do relatório final do PMIS 2008/2011 está programada para agosto. Embora o trabalho envolva diversos colaboradores do ONS e conte com a participação dos agentes, Guilherme e Tatiana são os responsáveis pela árdua empreitada. Guilherme Cardoso Júnior, engenheiro sênior II, é graduado em engenharia elétrica e especialista em Sistema de Potência, além de ser formado pelo Caise (leia matéria sobre o curso na página 7). Começou no setor elétrico em 1974. Tendo adquirido vasta experiência em Furnas, ingressou em janeiro de 2000 no ONS. “O Operador tem um quadro de profissionais seniores altamente experientes e qualificados, sem uma grande expectativa de permanência na organização, o que era natural de acontecer, tendo em vista a faixa etária desses empregados”, avalia. Este fato, somado ao estímulo que os jovens trazem para o ambiente de trabalho, torna Os caçulas da GPE fundamental a entrada de novos talentos. “A Tatiana é um exemplo. Trabalhamos em todas as versões do PMIS e a convivência é maravilhosa. Sintome muito bem podendo compartilhar os meus conhecimentos e, mais ainda, vendo o crescimento que ela teve nos últimos anos”, conta Guilherme. Tatiana Maria Tavares de Souza Alves, 29 anos, é engenheira plena. No ONS há quatro anos, ingressou na organização como engenheira júnior. Formada em engenharia elétrica e especializada em sistemas elétricos, atualmente cursa o mestrado em Sistemas de Energia Elétrica de Potência na Coppe/UFRJ. “Sempre aprendi muito com a experiência dos colegas de equipe e espero, hoje, estar contribuindo no desenvolvimento dos trabalhos na mesma proporção em que venho me aperfeiçoando. O PMIS tem sido uma experiência e tanto. Como estou participando desde o primeiro ciclo, pude contribuir para a estrutura do processo. Por ser um trabalho relativamente novo, tem sido muito desafiador”, comenta. “Também tenho participado das análises de perturbação e da elaboração dos Boletins de Interrupção de Suprimento de Energia (Bise)”, destaca Tatiana. Proteção e controle Uma boa oportunidade para quem quer se aprofundar no assunto é o curso de especialização em Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, uma parceria do ONS com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Furnas Centrais Elétricas. A quinta turma está programada para começar em agosto de 2008, com conclusão em junho de 2009. Criada em 2002, essa iniciativa é voltada para engenheiros eletricistas e já formou 85 alunos, entre profissionais do Operador Nacional, de Furnas e de empresas que atuam nos setores de geração, transmissão e distribuição de energia, como Eletrobrás e Light. Só na GPE, nove pessoas já concluíram o curso. Ministrada por especialistas da UFRJ, do ONS e de Furnas, a especialização é dividida em dez módulos, com carga horária de 417 horas, e busca integrar os conhecimentos fundamentais de proteção dos sistemas elétricos à experiência de quem trabalha no setor. Para tal, conta também com um laboratório de proteção, com relés digitais, doados pela Schweitzer Engineering Laboratories (SEL). Para Fernando Aquino Viotti, gerente de Proteção e Controle do ONS (GPE-1) e um dos docentes do curso, essa iniciativa vem suprir uma carência acadêmica nessa área, bem como atender a um dos conhecimentos tidos como preocupantes pelo ONS, devido à escassez de profissionais no mercado. “Agora, o setor elétrico conta com uma pós-graduação lato sensu de referência. Até o momento, não houve nenhuma desistência, todos os inscritos chegaram até o final e se formaram”, conclui Viotti. Abril 2008 | Ligação 115 | ONS 5 Gente nova na equipe O fim do feriado prolongado do Dia do Trabalho marcou uma nova etapa na carreira de 39 jovens profissionais. No dia 5 de maio, foi iniciado o Programa de Integração Institucional, comum aos trainees de nível técnico e superior. Nos primeiros dias, além das boas-vindas dos diretores da organização, os ingressantes assistem a palestras sobre as várias áreas do Operador, desde uma Visão Geral, apresentada por István Gárdos, a como funciona a Biblioteca, com Márcia Isabel Nogueira de Oliveira. O Programa de Integração, previsto para até 14 de maio, conta com 64 horas de palestras e visitas ao Centro de Regional de Operação Sudeste e à hidrelétrica de Funil. “O objetivo é que esses jovens possam se ambientar rapidamente à organização, conhecendo o seu negócio como um todo. É importante que eles se sintam como trainees do ONS e não só de uma área específica”, comenta Andréa Berquó, analista sênior de Recursos Humanos e coorde- 6 ONS | Ligação 115 | Abril 2008 nadora do Programa Construir. Após esse período comum, os trainees de nível superior começam o rodízio, passando, inclusive, pelas áreas de suporte das Diretorias Geral e de Assuntos Corporativos para, posteriormente, irem para as suas áreas específicas; e os trainees operadores iniciam o treinamento de 160 horas na Funcefet. “Com isso buscamos preparar as pessoas para o futuro do ONS, para a continuidade da organização, a partir das expectativas de novas demandas. O Construir auxilia o processo de seleção na base da pirâmide”, explica Andréa. O Programa está apoiado nos seguintes pilares: formação de banco de talentos, necessidade imediata e temporária para um projeto específico e perspectiva de crescimento da área em até dois anos. “O rodízio dá aos trainees uma ampla visão da organização. Isto torna possível, se necessário, o seu aproveitamento ao final do ciclo por uma área distinta da sua de origem”, comenta a coordenadora. Os novos participantes do Programa Construir estão divididos em 14 trainees operadores, formados em eletrotécnica; e 25 de nível superior, nas áreas de informática, administração, direito, psicologia, meteorologia, engenharia de produção e engenharia elétrica. “Essa é uma oportunidade única para aprimorar meus conhecimentos. Tenho certeza de que depois de cumprir o programa, a minha carreira será outra”, comemora o jovem eletrotécnico Jesse James Gomes de Sá, de 21 anos, que irá para o COSR-NCO. Para os novatos como Jesse James, vale a dica de quem já passou pela experiência. “Posso recomendar que aproveitem as oportunidades que surgirem, com empenho e dedicação para irem além do esperado”, aconselha o engenheiro júnior Vinicius Carvalho Rolim, ex-trainee e recémcontratado para o Centro Regional de Operação Sul. Notas Energia e crescimento No dia 24 de abril, o ONS participou da 14ª edição do Sergs Debates sobre o tema “Energia x Crescimento – Desafios e Oportunidades”, promovido pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, o gerente executivo do Núcleo Sul, Angelo Luiz de Franceschi, falou sobre o trabalho do ONS e as condições do atendimento elétrico ao Estado para o próximo verão. “O bom desempenho está associado ao cumprimento do cronograma das principais obras previstas para expansão do sistema elétrico, como a LT 525kV C.Novos x Nova Santa Rita que deve entrar em operação até o final de 2008”, afirmou. Estiveram presentes ao evento representantes do Ministério de Minas e Energia, da Secretaria de Infra-estrutura e Logística do Estado do Rio Grande do Sul, da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE), da Eletronuclear, da Companhia de Gás do Estado (Sulgás), da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) e da Companhia Rio Grandense de Mineração (CRM). Solidariedade em ação Desde o dia 29 de abril, os colaboradores do Escritório Central, além de comemorar os aniversários dos seus colegas, podem pôr a sua solidariedade em prática: a Assessoria de Comunicação e Marketing (ACM) lançou na ocasião a Campanha de Arrecadação de Alimentos do ONS. Para participar é simples, basta levar um quilo de alimento não-perecível ao café da manhã dos “Aniversariantes do Mês” e entregá-lo à ACM, que receberá as doações até três dias após o evento. A iniciativa vai ajudar sete instituições do Rio de Janeiro cadastradas no Programa de Voluntariado do ONS: Associação Caminho Certo; Educandário Social Lar de Frei Luiz; Grupo Luz do Sol; Lar de Tereza; Núcleo Espiritualista Cristão Ismael; ONG Arrozalense de Recursos Renováveis Semeadores da Paz e o Projeto Alimento é Saúde. Confira na intranet as datas dos próximos “Aniversariantes do Mês” e faça parte dessa campanha. A vez da experiência O dia 9 de abril marcou a cerimônia de abertura da quarta turma do Curso de Capacitação em Aspectos Institucionais do Setor Elétrico (Caise), realizado em parceria com a Escola de Negócios da PUC do Rio de Janeiro (IAG). Na ocasião, 29 colaboradores, entre gestores, profissionais seniores e especialistas do ONS puderam passar novamente pela experiência de ingressar no ambiente acadêmico. O curso, que ao final desta edição alcançará a expressiva marca de 121 empregados capacitados, abrange tanto aspectos de gestão como questões técnicas do setor elétrico. A recepção aos novos alunos ficou por conta do diretor geral do Operador, Hermes Chipp (foto), e do diretor de Assuntos Corporativos, Luiz Alberto Fortunato. “Vocês são peças importantes para a estrutura de gestão e funcionamento do ONS, e, por isso, devem se sentir valorizados e desafiados. Espero que, ao final, todos possam contribuir para a melhoria da gestão do conhecimento, dos processos e das pessoas dentro do ONS”, comentou Hermes Chipp. O diretor de Administração dos Serviços de Transmissão, Roberto Gomes, também prestigiou o evento, uma vez que os demais diretores não puderam comparecer em função de compromissos externos assumidos. Para Hélène Bertrand, coordenadora do curso, os “calouros” devem aproveitar ao máximo. “Vocês compartilharão a alegria de serem estudantes novamente e terão à sua disposição o rico ambiente acadêmico”, afirma. Entre os participantes, a expectativa é grande. “Espero desenvolver as competências na área de gestão, tanto em administração, negociação e liderança, como nos temas sobre o setor”, diz Sérgio Jusan, gerente de Normatização do COSR-SE, que aposta na sua trajetória de mais de 30 anos na área para enriquecer o debate. Nesta versão, o Caise apresenta algumas alterações, frutos da avaliação feita pela área de RH e a PUC. “Buscamos transformar pessoas e promover a reflexão sobre o futuro da empresa e de seu papel, face ao cenário de mudanças do setor de energia no Brasil. Para isso, revisamos as ementas das disciplinas, dando ao curso um perfil mais focado em gestão da inovação, governança corporativa e educação continuada, com a abordagem de assuntos relacionados ao setor de energia de forma mais abrangente, entre outros. Os temas dos trabalhos de conclusão de curso deverão estar relacionados aos objetivos estratégicos do ONS. Com isso, estamos promovendo um reconhecimento maior do esforço dos alunos e ampliando o retorno ao investimento feito pela organização”, explica Fernanda Roitman, gerente executiva de Serviços de Recursos Humanos. Abril 2008 | Ligação 115 | ONS 7 Dos salões da corte ao ONS Dicas José Caetano de Mattos Neto é engenheiro da área de Acesso ao Sistema de Transmissão, com 16 anos de trabalho no setor elétrico. É mestre em administração pelo IBMEC e professor de Estratégia, Processo Decisório e outras disciplinas de gestão. Escreveu o romance “O Vôo do Camaleão” e promete uma novidade literária ainda para este ano. Enquanto isso, ele recomenda um livro bem inquietante. Graças ao incentivo do ONS à leitura – por meio da locadora Histórias & Estórias – o livro “Deus - um delírio”, de Richard Dawkins, veio graciosamente cair em minhas mãos. O autor Richard Dawkins nasceu em Nairóbi (Quênia), em 1941, e educouse na Inglaterra. Lecionou zoologia na Universidade da Califórnia e em Oxford e é autor de diversos livros, dentre eles o que vou indicar. Se você gosta de questionar, prepare-se: Qual o efeito de Deus sobre você? Qual o efeito das religiões sobre a sociedade? Você seria mais ou menos feliz se não houvesse religião? Você está disposto a perguntar? A duvidar? Ou prefere o conforto da certeza de suas crenças? É possível que a teoria da evolução das espécies de Darwin construa uma nova forma de pensar? Quais são suas barreiras mentais? É possível pensar além delas? Essas são algumas reflexões que Richard Dawkins, com sua simplicidade profunda e brilhante, nos convida a explorar. A quem recomendo este livro? Aos amantes da ciência, aos que garimpam relações de causa e efeito e aos que buscam a felicidade esclarecida. Título: Deus - um delírio Autor: Richard Dawkins Editora: Companhia das Letras Ano: 2007 Participe também! Mande suas dicas para o Ligação: [email protected] N o dia 10 de abril, a música brasileira do século XIX invadiu o Escritório Central. Os colaboradores do ONS se encantaram com as modinhas e lundus apresentados por Helder Parente (voz, flauta doce e percussão) e Nicolas de Souza Barros (guitarra romântica e viola de arame), ambos fundadores do grupo Quadro Cervantes. No repertório, variações sobre “A Flauta Mágica de Mozart”, do espanhol Fernando Sor (1778-1839), executada na viola romântica; e “Iaiá você quer morrer”, de Xisto Bahia (1841-1894), tocada na viola de arame, entre outras comenta Helder Parente. A apresentação, que abriu o ano da série Todos os Sons, foi uma contrapartida ao patrocínio do Operador ao projeto Música nas Igrejas (leia Ligação 113), e encerrou os eventos do Programa de Endomarketing inspirados nos 200 anos da vinda da família real ao Brasil. “A nossa apresentação no ONS foi uma grande surpresa. Não imaginava que o auditório tivesse uma acústica tão boa e que fosse encontrar uma platéia tão simpática”, O próximo tema a ser abordado será o Centenário de Machado de Assis, com a palestra de Sidney Silveira, no dia 12 de junho. Acompanhe a programação pela intranet. Quem estava lá Para Haílton Santos Madruga, especialista da Gerência de Aprimoramento dos Processos e Contingência de Riscos (GER-1), “a apresentação da dupla foi uma oportunidade ímpar para conhecer um pouco mais das raízes da nossa música”. Maria Margareth de Almeida, assistente administrativa da Assessoria Jurídica e há três anos no Coral do Escritório Central do ONS, adorou. “Fiquei encantada com a oportunidade de conhecer a origem do cancioneiro popular brasileiro. Pude perceber, inclusive, semelhanças enormes com vários estilos musicais do século XX. A qualidade dos músicos é indiscutível e a apresentação ficou ainda melhor com as informações históricas mencionadas entre uma canção e outra.” O diretor de Assuntos Corporativos, Luiz Alberto Machado Fortunato, já conhecia o grupo Quadro Cervantes, do qual os artistas fazem parte, e achou “a apresentação de altíssimo nível, com contribuições culturais e execuções de qualidade”. Jamisson Melo, analista de TI da Gerência de Sistemas Especiais para Relacionamento com Agentes, também gostou da novidade. “Conheci as modinhas e lundus e pude imaginar como eram os saraus nos tempos da corte no Brasil. Essa ‘ponte’ histórica enriquece os eventos.”