INVESTIGAÇÃO DE MUTAÇÃO NO GENE DA ENZIMA METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE (MTHFR) EM PACIENTES COM HISTÓRIA DE TROMBOSE – ESTUDO DE CASOS Núbia Mara de Sousa FAVORETO (UnilesteMG); Ariane da Silva BONFIM (UnilesteMG); Rívia Mara Morais SILVA (UnilesteMG); Carla de Aredes BRUM (UnilesteMG); Analina Furtado VALADÃO (UnilesteMG) Introdução: A trombose é reconhecidamente uma doença de caráter multifatorial e sua ocorrência está intimamente relacionada à presença de fatores genéticos e adquiridos (utilização de anticoncepcional oral,gravidez,imobilização)que concorrem isoladamente ou associados.A Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR)é uma enzima envolvida na remetilação de homocisteína em metionina. Uma deficiência nessa enzima acarreta aumento da concentração plasmática de homocisteína, que além de favorecer instalação de placas de ateroma nas artérias elásticas e musculares, também pode acometer vasos de todos os calibres com tromboses tanto arteriais quanto venosas. Objetivo: O presente estudo investigou em nove indivíduos que apresentaram evento trombótico, a presença de mutação C677T no gene da enzima Metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR. Estabeleceu-se a possibilidade de risco genético para os familiares dos pacientes que apresentaram mutações. Metodologia: A capacitação e triagem dos pacientes foram feitas por parte da clínica médica. Os pacientes selecionados apresentavam evento trombótico, sendo os mesmos do sexo feminino e maiores de 18 anos. As interessadas foram ao laboratório de Biologia Molecular/UNILESTE-MG para coleta de material biológico (sangue), assinaram o Termo de consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e responderam a um questionário. Por seguinte,foi reaizado a extração de DNA genômico de leucócitos que foi realizada pelo método “Salting Out” com algumas modificações. Logo, a quantificação e amplificação do DNA e a realização da técnica PCR-RFLP (digestão do produto de PCR por enzima de restrição). Resultados: Dados da literatura mostram que a mutação no gene da enzima MTHFR é encontrada de 5% a 15% em indivíduos da população geral. Desses, aproximadamente 40% são heterozigotos, enquanto 8-10% são homozigotos para a mutação. Neste estudo houve uma prevalência de mutação em heterozigose no gene da enzima MTHFR, sendo que dos nove casos analisados, cinco apresentaram mutação. Não foi identificado mutação em homozigose. Vale ressaltar que a população analisada neste estudo foi relativamente pequena. Além dos fatores genéticos, a soma dos fatores adquiridos potencializa o risco para ocorrência de trombose. Todas as pacientes estudadas convergem para um ponto em comum: apresentaram evento trombótico, faziam uso de anticoncepcional oral e eram sedentárias. Este estudo demonstra que a ausência da mutação investigada não exclui a possibilidade da ocorrência do evento trombótico (casos 2, 4, 5 e 6), dados da literatura mostram que além da mutação analisada no estudo, outras podem estar associadas ao desencadeamento de trombofilias. Sabe-se que o fator idade é de grande importância para análise do desencadeamento da trombose, pacientes jovens com idade inferior a 45 anos, quando apresentam uma disfunção genética, tem maior probabilidade de desenvolver trombose (casos 3, 7, 8 e 9). Conclusão: A presença de mutação no gene da MTHFR é um fator genético para o desenvolvimento de trombose. Essa mutação associada a outros fatores aumenta o risco de trombose. Contudo o estudo familiar e detecção precoce desta mutação possibilitam a identificação de portadores 3º Congresso de Ciências da Saúde, 12ª Semana de Iniciação Científica e 3ª Semana de Extensão - UnilesteMG "Inovação a serviço da vida e ambientes saudáveis." Coronel Fabriciano-MG - 12/09/2011 a 14/09/2011 assintomáticos que poderão receber uma orientação adequada. Palavras-chave: Homocisteína. Trombofilias. Mutações. Agências de fomento: UnilesteMG 3º Congresso de Ciências da Saúde, 12ª Semana de Iniciação Científica e 3ª Semana de Extensão - UnilesteMG "Inovação a serviço da vida e ambientes saudáveis." Coronel Fabriciano-MG - 12/09/2011 a 14/09/2011