HORTO DO CAMPO GRANDE MAGAZINE 74 HORTO DO CAMPO GRANDE MAGAZINE 75 Palácio de São Bento Testemunho da história Ao longo dos séculos, o Palácio de São Bento foi alvo de variadas obras de remodelação. Mas a sua grandiosidade e imponência perduram até aos nossos dias. Em 2002, foi elevado à categoria de Monumento Nacional e os seus espaços verdes exteriores continuam a revelar-se verdadeiras obras de arte. Jardim Interior Desenhado por Cristino da Silva, o jardim localiza-se nas traseiras do Palácio de São Bento. A inspiração francesa deixa-se transparecer na simetria existente na disposição dos canteiros e estátuas e nos quatro pequenos lanços de degraus que disfarçam o declive do terreno. Este jardim encontra-se separado da residência oficial do primeiro-ministro por um longo muro de cinquenta metros de largura, recortado por dezasseis nichos com uma pequena fonte e, ainda, uma dupla escadaria construída na década de 40 que conduz ao jardim superior. No topo desta escadaria destacam-se as estátuas femininas em mármore branco de grão grosso que representam a Força e a Justiça. HORTO DO CAMPO GRANDE MAGAZINE 76 HORTO DO CAMPO GRANDE MAGAZINE 77 Claustro Está situado na ala sul do Palácio, no local de um dos quatro claustros originais do convento. É formado por doze arcos de volta perfeita e oito arcos de lintel recto assentes em pilares toscanos. Ao centro, o jardim é inundado por luz natural. Quatro bonitos canteiros repletos de cor e cada um com uma oliveira, rodeiam uma fonte que remonta aos finais do século XVIII, inícios do século XIX. O Palácio de São Bento, actual sede da Assembleia da República, teve origem no primeiro mosteiro beneditino – denominado por Mosteiro de São Bento da Saúde. Construído em Lisboa no ano de 1598, este convento sofreu inúmeras alterações arquitectónicas para acolher uma comunidade religiosa em crescimento. Terá sido em 1615 que este mosteiro terá recebido definitivamente a Ordem Beneditina. Com a Revolução Liberal de 1820 e a extinção das comunidades religiosas em 1834, o edifício torna-se propriedade do Estado, passando a receber as reuniões das assembleias legislativas. Intitulou-se, desde então, Palácio das Cortes, Palácio do Congresso e Palácio da Assembleia Nacional. Em meados do século XX e em memória do antigo convento, passa designarse Palácio de São Bento. Em 1996, o Parlamento foi alvo de ampliação. Projectado pelo arquitecto Fernando Távora, o novo e moderno edifício da Assembleia da República, situado na Praça de São Bento, foi inaugurado em 1999 e funciona autonomamente, estando ligado ao antigo palácio apenas por um corredor interno.