Graziele da Silva Nascimento
Helen Cristina Brandão da Silva
Isa Flávia Ciriberto
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE
ENFERMAGEM FRENTE AO ATENDIMENTO REALIZADO
Bragança Paulista
2011
Graziele da Silva Nascimento RA 001200701436
Helen Cristina Brandão da Silva RA 001200800730
Isa Flávia Ciriberto RA 001201001610
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE
ENFERMAGEM FRENTE AO ATENDIMENTO REALIZADO
Projeto de Pesquisa apresentado
à
disciplina
Trabalho
de
Conclusão de Curso, do Curso de
Enfermagem, da Universidade
São Francisco, sob orientação do
Profa. MS Gisleide C. Góes
Fernandes, como exigência para
conclusão do curso de graduação.
Bragança Paulista
2011
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Gilberto e Maria, pessoas essenciais por quem rogo
todas as noites pela minha existência e que são fonte infinita para prosseguir em minha
caminhada sem desistir perante os obstáculos.
Dedico este trabalho também ao meu marido Leandro Lima, agradeço por sua
paciência e compreensão com minhas mudanças de humor e por acreditar infinitamente em
mim. Todo meu esforço e dedicação não seriam suficientes se você não estivesse comigo.
Obrigado pelo amor.
Graziele da Silva Nascimento
Dedico este trabalho aos meus pais, Paulo e Maria Ivone, aos meus irmãos William e
Wellington, ao meu esposo Rodrigo, as minhas sobrinhas Kailainy e Kauany, e a minha
cunhada Vanessa. Queridos companheiros dessa jornada que propiciaram a oportunidade de
acreditar em mim mesma e vencer. Por me ajudar a construir permanentemente os conceitos
de amor, verdade, vida, amizade, esperança, fé, tornando os meus dias mais bonitos e felizes.
Pelo carinho e incentivo na minha luta diária, e por acreditarem em mim.
Helen Cristina Brandão Silva
AGRADECIMENTOS
A Deus, por sua infinita graça, por conceder sabedoria, proteção e luz em todos os
momentos da minha vida.
Aos meus pais que meu deu a vida com muito amor e minha irmã Gislaine, o meu
cunhado Valdemir e minhas sobrinhas Gabrielly e Caroline que sempre torceram por
mim e compreenderam minha ausência durante a realização desse trabalho.
A USF, pela oportunidade a mim concedida
A Educafro, pela concessão da bolsa de estudo.
Aos colaboradores do Hospital Universitário São Francisco que viabilizaram a
realização desta pesquisa.
A minha orientadora Gisleide G. Carvalho pelo apoio no trabalho.
Aos professores pelo apoio e ensinamento que levarei por toda a vida.
Em especial à professora Elaine Reda, muito obrigada por reanimar-me, a cada encontro
com suas palavras fortalecedoras e motivadoras. Você é um ser humano ímpar que
privilégio em tê-la na minha caminhada. Serei sempre grata aos teus ensinamentos e
conselhos.
Agradeço aos amigos Rafael Ferreira e Ronaldo Jorge pelo apoio no decorrer deste
trabalho.
Agradeço a todas as pessoas do meu convívio que acreditaram em mim e que
contribuíram mesmo que indiretamente para a conclusão deste curso.
E por ultimo, mas não menos importante, agradeço a minha amiga de projeto Helen
Cristina.
Graziele da Silva Nascimento
Em primeiro lugar a Deus, que iluminou meu caminho durante essa jornada, que através
da força do teu espírito me fez superar as dificuldades encontradas e por guiar meu
caminho.
Aos meus pais Paulo e Maria Ivone por absolutamente tudo, pelo exemplo de vida e
família. Seus atos foram uma oportunidade que eu tive para crescer e me tornar o que
sou, agradeço a pela dedicação e por muitas vezes terem deixado de lado seus sonhos
para acreditar nos meus; vocês são responsáveis por esta conquista. Muito obrigada pela
confiança e amor em mim depositados, amo vocês.
Aos meus irmãos William e Wellington, minhas sobrinhas Kailainy e Kauany e minha
cunhada Vanessa, pelos momentos de apoio e descontração vividos a cada dia e que nos
ajudaram a superar as diferenças.
Ao meu esposo Rodrigo, pelo amor, companheirismo, paciência e apoio nos momentos de
dificuldades.
A minha orientadora Gisleide Carvalho pela dedicação, paciência, pelo incentivo a
pesquisa e aprendizado.
Aos professores pelo carinho, apoio e ensinamento que levarei por toda a vida.
Aos meus colegas de curso que compartilharam comigo seus conhecimentos e pelos bons
momentos vivenciados juntos.
A minha amiga Graziele Nascimento, pelo companheirismo e pelos incansáveis momentos
dedicados a nossa pesquisa.
Enfim a todos que contribuíram para o sucesso desse trabalho.
Helen Cristina Brandão Silva
“Cada enfermeiro deve ser um conduto
de bênção, recebendo iluminação do
alto e deixando-a brilhar para os
outros.” (Ellen G. White, Conselhos
Sobre Saúde, p. 313).
LISTA DE SIGLAS
AUX
Auxiliar de Enfermagem
HUSF
Hospital Universitário São Francisco
PCR
Parada Cardiorrespiratória
RCP
Ressucitação Cardiopulmonar
TEC
Técnico de Enfermagem
UTI
Unidade de Terapia Intensiva
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1:
Gráfico 2:
Gráfico 3:
Gráfico 4:
Gráfico 5:
Gráfico 6:
Gráfico 7:
Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva
do HUSF segundo a faixa etária. Bragança Paulista, 2011
Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva
do HUSF de acordo com o estado civil. Bragança Paulista, 2011.
Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva
do HUSF de acordo com o sexo. Bragança Paulista, 2011.
Distribuição da Equipe de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva
do HUSF de acordo com o grau de formação profissional. Bragança
Paulista, 2011
Caracterização da amostra estudada segundo conhecimento sobre PCR.
Bragança Paulista, 2011.
Caracterização da amostra estudada segundo número de aulas de PCR.
Bragança Paulista, 2011.
Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva
do HUSF de acordo com o conhecimento atualizado em Parada
Cardiorrespiratória. Bragança Paulista, 2011.
29
30
31
32
35
36
37
LISTA DE TABELAS
Tabela 1:
Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do 33
HUSF, segundo grau de escolaridade. Bragança Paulista, 2011.
Tabela 2:
Caracterização da amostra estudada segundo tempo de atuação na área.
Bragança Paulista, 2011.
34
Tabela 3:
Caracterização da amostra estudada segundo número de atendimentos de
PCR. Bragança Paulista, 2011.
38
Tabela 4:
Caracterização da amostra estudada segundo os sentimentos manifestados
durante o atendimento a PCR. Bragança Paulista, 2011.
38
Tabela 5:
Caracterização da amostra estudada segundo os fatores externos que
dificultam o atendimento a PCR. Bragança Paulista, 2011.
39
Tabela 6:
Caracterização da amostra estudada quanto ao profissional que mais causa
estresse frente a uma PCR. Bragança Paulista, 2011.
40
Tabela 7:
Caracterização da amostra estudada quanto a percepção do profissional
durante uma PCR. Bragança Paulista, 2011.
41
Tabela 8:
Distribuição dos fatores que levam a situação de estresse durante o
atendimento à PCR. Bragança Paulista, 2011.
42
Tabela 9:
Distribuição da percepção do entrevistado quanto ao que pode ser feito para
aliviar o estresse. Bragança Paulista, 2011.
43
RESUMO
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO ATENDIMENTO REALIZADO
Ciriberto, Isa Flávia; Nascimento, Graziele da Silva; Silva, Helen Cristina Brandão da;
Fernandes, Gisleide C.G.
A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como o estado de ineficiência do coração, em
que há débito cardíaco inadequado para a manutenção de vida e o volume sistólico são
inadequados para a perfusão tecidual. Este estudo teve como objetivo compreender a
percepção da equipe de enfermagem diante do atendimento a PCR em uma Unidade de
Terapia Intensiva. Trata-se de uma pesquisa de estudo quantitativa de corte transversal. Os
sujeitos compreenderam 17 profissionais da equipe de enfermagem que trabalham na UTI, do
Hospital Universitário São Francisco, situado na cidade de Bragança Paulista, São Paulo. As
informações foram coletadas em agosto de 2011, através de um questionário, respeitando os
aspectos éticos. O mesmo foi constituído em duas partes, a primeira teve finalidade de
caracterizar os trabalhadores de enfermagem, no que diz respeito aos aspectos sóciodemográficos e, a segunda parte, levantar dados para determinar a percepção dos profissionais
diante do atendimento de PCR. Evidenciou-se que em relação a percepção diante do
atendimento de uma PCR, 16 (92%) dos profissionais de enfermagem consideraram
satisfatório, que auxiliaram no que estava dentro dos limites de cada um. E por outro lado,
constatou-se ainda que 23,53% dos profissionais referem que a falta de treinamento é o fator
externo que mais causa estresse diante do atendimento a PCR, o que é de suma importância,
devido às inúmeras mudanças dos protocolos que favorecem o atendimento a PCR. Faz-se
então necessário a realização de treinamentos em ressuscitação cardiopulmonar para todos os
profissionais, para que o atendimento seja realizado corretamente e de forma sincronizada,
proporcionando uma melhoria na qualidade deste serviço.
Palavras-chaves: Enfermagem; UTI; PCR.
10
ABSTRACT
CARDIOPULMONARY IN INTENSIVE CARE UNIT: PERCEPTION OF NURSING
TEAM FORWARD TO SERVICE PERFORMED
Ciriberto, Isa Flávia; Nascimento, Graziele da Silva; Silva, Helen Cristina Brandão da;
Fernandes, Gisleide C.G.
This study aimed at understanding the perception of the nursing staff on the care of a
PCR in the Intensive Care Unit. This is a survey of a cross-sectional quantitative study. The
sample consisted of 17 professional nursing staff working in ICU, University Hospital San
Francisco, located in the city of Bragança Paulista, Sao Paulo. Information was collected in
August 2011, through a questionnaire, respecting ethical aspects. The same was made in two
parts, the first purpose was to characterize the nursing staff, with regard to the sociodemographic, and the second part, to collect data to determine the perception of health
professionals in the care of PCR. It was found that 92% of nurses reported that their
perception toward the fulfillment of a PCR was considered satisfactory, who assisted in what
was within the limits of each. And on the other hand, found also that 23.53% of professionals
report that the lack of training is the external factor that causes more stress on the care for
PCR, which is of paramount importance, because the many changes in protocols PCR foster
care. It is then necessary need for training in CPR, so that the service is performed correctly
and in unison providing a better quality of service.
Keywords: Nursing, ICU, PCR.
11
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO .................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.0 REVISÃO DE LITERATURA ............................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.1 DEFINIÇÃO............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.2 FISIOLOGIA .............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.3 INCIDÊNCIA ............................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.4 FATORES DE RISCO................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.5 ETIOLOGIA ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.6 DIAGNÓSTICO .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.7 PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.8 TRATAMENTO .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.9 MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA E A OXIGENAÇÃO NA PCR ................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.10 COMPONENTES DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA ...................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.11 PROGNÓSTICO........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3.0 JUSTIFICATIVA ................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.0 OBJETIVOS ......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.1 OBJETIVOS GERAIS .................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.0 METODOLOGIA ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.1 TIPO DO ESTUDO ...................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.2 CONTEXTO DO ESTUDO ............................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA .......................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ..................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.4.1 Critérios de inclusão ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
5.4.2 Critérios de exclusão ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
5.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ..................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.6 COLETA DE DADOS .................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.7 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.8
ASPECTOS ÉTICOS ............................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.9 ORÇAMENTO............................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
6.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
6.1 – CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS ...................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
6.2 CONHECIMENTO SOBRE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ....................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
8.0 CONCLUSÕES .................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS ........................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
APÊNDICES ............................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
APÊNDICE A ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
Instrumento de Coleta de Dados .................................................................... Erro! Indicador não definido.
APÊNDICE B ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
AUTORIZAÇÃO ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
APÊNDICE C ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
TERMO DE CONSENTIMENTO ................................................................ Erro! Indicador não definido.
APENDICE D ............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
CRONOGRAMA........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
12
1.0 INTRODUÇÃO
A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como o estado de ineficiência do
coração, em que há débito cardíaco inadequado para a manutenção de vida e o volume
sistólico são inadequados para a perfusão tecidual. O tecido nervoso cerebral não possui
reservas de substâncias essenciais como a glicose e o oxigênio e em situações normais recebe
20% a 25% do débito cardíaco, sendo extremamente dependente do fluxo sanguíneo
(KNOBEL,1998).
Segundo Gomes et al. (2005), a morte prematura por alguma enfermidade
cardiovascular, apesar dos grandes avanços tecnológicos, é um grande desafio para a
medicina intensiva. Só no Brasil, ocorrem 820 mortes por dia devido a essas enfermidades.
Estima-se que 500.000 pacientes sejam submetidos a reanimação cardiorrespiratória
cerebral anualmente durante a internação nos hospitais dos Estados da América. O número de
pacientes submetidos às manobras de reanimação cardiorrespiratória cerebral atendida fora de
o ambiente hospitalar no país é de 225 mil ao ano (BARTHOLOMAY et al., 2003).
Recomenda-se também que a equipe de enfermagem deve ser reciclada na execução
das manobras do suporte básico de vida (ventilação artificial e compressão torácica) e, ter
conhecimento e domínio do conteúdo existente no carro de emergência e manuseio do
equipamento (MORETTI, 2001).
Sendo assim, se torna relevante conhecer a percepção da equipe de enfermagem frente
à importância do atendimento da PCR na Unidade de Terapia Intensiva.
13
2.0 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Definição
A parada cardiorrespiratória é definida pela cessação abrupta das funções circulatória e
respiratória. É a cessação de pulso em grandes artérias e da ventilação espontânea ou presença
de respiração agônica, ocorrendo a perda de consciência devido a deficiência abrupta de
oxigenação
tissular.
Isso
tudo
acontece
ao
mesmo
tempo
em
um
indivíduo
(BARTHOLOMAY et al., 2003; CAVALCANTE; LOPES, 2005; GOMES et al., 2005;
TIMERMAM et al., 2001).
A parada cardiorrespiratória (PCR) traduz-se em uma “condição súbita e inesperada de
deficiência absoluta de oxigenação tissular, seja por insuficiência circulatória ou por cessação
da função respiratória” (ARAÚJO; ARAÚJO, 2001).
Na concepção de Aehlert (2007), a parada cardiorrespiratória “refere-se à ausência de
atividade mecânica cardíaca, confirmada pela ausência de pulso detectável, ausência de
responsividade e apnéia ou respiração agônica”.
2.2 Fisiologia
O Sistema nervoso central utiliza metabolismo exclusivamente aeróbio para obter
energia, onde existem mecanismos auto-regulatórios em sua vasculatura para garantir uma
oferta contínua de oxigênio. Além disso, o cérebro não armazena glicose nem oxigênio
(KNOBEL; 1998).
Durante a parada cardíaca, o cérebro passa a realizar metabolismo anaeróbio, sendo a
produção energética por esta via metabólica inadequada para suprir sua alta necessidade.
14
Assim, durante a parada circulatória total, a função cerebral deteriora rapidamente, como se o
cérebro "se auto desligasse" (CUMMINS et al.,1997; ALEXANDRE WAYNE,1998 ).
No início da parada cardíaca, ocorre rápida perda de consciência, geralmente em 15
segundos. No final de 1 minuto, a função do tronco cerebral cessa, a respiração torna-se
agônica e as pupilas fixas ou midriáticas. Este quadro clínico corresponde às mudanças
bioquímicas da depleção de oxigênio, ocorridas após 15 segundos. A glicose e o ATP se
esgotam em 4 a 5 minutos (CUMMINS et al,1997).
Embora tendo evidências de que alguns neurônios possam suportar períodos
prolongados de anóxia, de até 20 minutos, não existe terapia que possa garantir recuperação
neurológica completa após parada cardíaca com mais de cinco minutos de duração, evitando
assim o desenvolvimento da Síndrome Pós-reanimação, onde a reperfusão do cérebro após a
parada cardíaca produziria dano cerebral adicional (CUMMINS et al.,1997; KNOBEL,1998).
2.3 Incidência
A mortalidade atribuída à insuficiência coronariana é estimada em cerca de 8% ate
24%. A incidência de mortes súbitas secundaria a insuficiência coronariana é de
aproximadamente 48:100.000 habitantes para homens e 11:100.000 mulheres. Nos EUA
estima-se cerca de 250.000 mortes fora do hospital a cada ano, ou seja, uma alta incidência de
parada cardíaca súbita (GUIMARAES, LOPES, LOPES, 2005).
2.4 Fatores de risco
Segundo Pires e Starling (2002), os fatores de risco para parada cardiorrespiratória
podem ser classificados por sistemas entre eles destacamos:
 Respiratório: obstrução das vias aéreas, pneumonias, pneumotórax hipertensivo,
afogamento, aspiração, bronquiolite; asma brônquica, SARA e embolia pulmonar;
15
 Cardiovascular: IAM, arritmias, tamponamento cardíaco, cardiopatias congênitas ou
adquiridas, choque cardiogênico e ICC;
 SNC: drogas depressoras do SNC, TCE, hemorragias intracranianas, processos
infecciosos do SNC, estado epilético e polineuropatias;
 Causas Metabólicas: acidose e alcalose metabólicas, hiper e hipopotassemia, hiper e
hipocalcemia, hiper e hipomagnesiemia e hipoglicemia;
 Outras: grandes queimados, choque ,politraumatismos, sepse entre outros.
2.5 Etiologia
No Brasil, aproximadamente 90% das mortes súbitas cardíacas e, ou, parada
cardiorrespiratória (PCR), que ocorrem fora do ambiente hospitalar, o mecanismo
desencadeador é a fibrilação ventricular (TIMERMAN, 2001).
Timerman et al. (2001) analisaram 536 pacientes que apresentaram parada
cardiorrespiratória, verificaram que 61,6% eram homens e 38,4% eram mulheres. A principal
causa da parada cardiorrespiratória foi à insuficiência cardíaca (55%) e o ritmo cardíaco
identificado com maior freqüência foi a assistolia (48,1%).
Para Moreira et al. (2002) as principais causas da parada cardiorrespiratória foi o
infarto agudo do miocárdio, isquemia ou arritmia cardíaca (20%) e o ritmo cardíaco
identificado com maior frequência foi a assistolia (15,4%). Observaram também que houve
uma mortalidade significamente maior no grupo da assistolia e menor no grupo de parada
respiratória sem parada cardíaca.
Já para Bartholomay et al. (2003) a principal causa da parada cardiorrespiratória foi a
doença arterial coronariana (30,6%) e o ritmo cardíaco identificado com maior frequência
também foi assistolia. Observaram também que a assistolia e atividade elétrica sem pulso
16
apresentaram uma taxa de sucesso menor quando comparados com a fibrilação ou taquicardia
ventricular sem pulso.
Gomes et al. (2005), verificaram em seu estudo que a principal causa da parada
cardiorrespiratória foi a doença cardiovascular (49,13%) e o ritmo cardíaco inicial
identificado com maior freqüência foi a assistolia (41,71%).
A principal causa da parada cardiorrespiratória em Unidade Coronariana, em estudo
realizado por Cavalcante e Lopes (2005), foi respiratória (43%) e o ritmo cardíaco inicial
identificado com maior freqüência foi a atividade elétrica sem pulso (AESP) (37%).
Segundo Vanheusden et al. (2007), a média de ocorrência para os ritmos iniciais em
uma parada cardiorrespiratória é de 40% para fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular
sem pulso, 40% para assistolia e 20% para dissociação eletromecânica.
Em adultos a PCR é causada principalmente por doença coronariana, doença de
chagas, taquicardia ventricular, infarto do miocárdio, miocardiopatia dilatada, hipertensão
arterial sistêmica e cardiopatia hipertrófica. Essas doenças possuem uma incidência maior em
pessoas com mais de 50 anos e o risco aumenta com a idade. Em crianças menores de um ano
os principais fatores que causam a PCR são fibrilação ventricular, falência respiratória,
distúrbios eletrolíticos, ácidos básicos e traumatismos e constituem 50% dos casos. Em
gestantes as principais causas de PCR são: embolia pulmonar, trauma, hemorragia periparto
com hipovolemia, embolia de liquido amniótico, doenças cardíacas pré-existentes e
complicações pelo uso de medicamentos durante a gravidez (MORETTI, 2001).
A parada cardiorrespiratória tem maior probabilidade de ocorrer durante a anestesia
profunda, quando muitos pacientes desenvolvem hipóxia grave devido a respiração
inadequada. A hipóxia impede que as fibras musculares e as fibras condutoras mantenham as
diferenças de concentrações eletrolíticas normais, através de suas membranas e sua
17
excitabilidade pode ser tão afetada que a ritmicidade automática desaparece. Na maioria dos
casos de parada cardirrespiratória a ressuscitação cardiopulmonar é bastante eficaz para
restabelecer o ritmo cardíaco normal. Em alguns pacientes a doença miocárdica grave leva a
parada cardíaca em muitos outros casos, os impulsos elétricos rítmicos, gerados por marca–
passo cardíaco eletrônico implantado têm sido usados para manter pacientes vivos por vários
anos (GUYTON, 2002).
2.6 Diagnóstico
O diagnóstico de parada cardiorrespiratória envolve seu conhecimento através da
inconsciência da vitima, ausência de pulso na circulação central (grande artéria) como artéria
femoral e carotídea por um período de dez segundo, cianose e inexistência de movimentos
respiratórios. Esse diagnóstico tem sido criticado pela elevada incidência de falta de
reconhecimento de reanimadores leigos. É importante que quando o episodio é atendido por
uma pessoa leiga, uma vez detectada a inconsciência do paciente deva-se iniciar as manobras
de reanimação sem a necessidade de avaliação de pulso (GUIMARAES, LOPES; LOPES;
2005).
Ao aparecimento de sintomas como ausência de pulso (femoral, radial, carotídeo);
pele fria, azulada ou pálida; parada respiratória (frequente, mas não obrigatória)
inconsciência, dilatação das pupilas, na duvida proceda como se fosse uma parada
cardiorrespiratória (TIMERMAN, et al. 2006).
2.7 Profissionais envolvidos
O enfermeiro intensivista, nos esforços para reanimar um paciente, é quem
frequentemente avalia em primeiro lugar e realiza as manobras de RCR, chamando a equipe.
18
O papel do enfermeiro inclui a reanimação cardiorrespiratória contínua, a monitorização do
ritmo cardíaco e de outros sinais vitais, administração de fármacos e o registro dos
acontecimentos (HUDAK; GALLO; BENZ, 1994).
O treinamento da equipe em relação ao atendimento de PCR em UTI deve ter como
objetivo primordial reduzir ao mínimo a duração da mesma, com medidas que permitam
atuação rápida, eficiente e sistematizada, atingindo automatização total, mas consciente das
diversas etapas do atendimento (GOMES, 1998).
Os profissionais de enfermagem devem estar aptos a reconhecer quando um paciente
esta em franca PCR ou prestes a desenvolver uma, pois este episódio representa a mais grave
emergência clinica a qual se pode deparar (CRUZ; SOUZA; PADILHA, 1992).
2.8 Tratamento
O tratamento após a PCR destina-se a preservar as funções orgânicas (em particular a
cerebral), evitando a progressão da lesão e mantendo adequada a pressão de perfusão nos
diversos territórios vasculares. Esta estratégia complementar da abordagem diagnostica e
terapêutica da causa da PCR e de potenciais complicações é nomeadamente eventual
fibrinólise, intervenção coronariana ou conversão de disritmias cardíacas. A abordagem
inicial deve incluir eletrocardiograma (para identificação da causa da PCR e de disritmias
intercorrentes), radiografia de tórax (para exclusão de iatrogênicas associadas às manobras de
reanimação, como pneumotórax e fraturas de costelas) e gasometria (com dosagem de
eletrólitos e acido láctico).
O nível de evidência para qualquer medicação empregada em PCR é baixo. As
medicações devem ser vistas como auxiliares potencialmente úteis, mas não devem interferir
ou serem priorizadas em detrimento de medidas de eficácia comprovada (na PCR as duas
19
únicas medidas com tal grau de evidência são o Suporte Básico de Vida e a desfibrilação para
a FV/TV sem pulso) (PAZIN-FILHO et al., 2003).
Segundo Pazin-Filho et al.(2003) as medicações mais utilizadas na PCR estão
descritas abaixo:

ADRENALINA: sem pulso;

AMIODARONA: sem pulso;

ATROPINA: com ritmos bradicárdicos;

BICARBONATO DE SÓDIO: assistolia (somente em situações de ressuscitação
prolongada ou em que se suspeite de intoxicação por antidepressivos tricíclicos,
acidose metabólica e hiperpotassemia);

LIDOCAÍNA: sem pulso;

MAGNÉSIO: induzida por drogas, mesmo na ausência de deficiência de magnésio,
induzida por deficiência de magnésio.

PROCAINAMIDA: sem pulso;

VASOPRESSINA: sem pulso.
2.9 Massagem cardíaca externa e a oxigenação na PCR
O procedimento “ver, ouvir e sentir se há respiração” foi removido da sequência de
avaliação da respiração após a abertura da via aérea. O profissional de saúde verifica
rapidamente a respiração ao verificar se o paciente está respondendo a fim de detectar sinais
de PCR (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2010).
Com a nova sequência “compressão torácica em primeiro” a RCP será executada se o
adulto não estiver respondendo e não estiver respirando ou apresentando respiração anormal
(isto é, não respirando com o gasping) sendo iniciada pelas compressões (sequência C-A-B).
Logo, a respiração é rapidamente verificada como parte da verificação da PCR. Após a
20
primeira série de compressões torácicas, a via aérea é aberta e o socorrista aplica duas
ventilações (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2010).
O método efetivo de ressuscitação cardíaca consiste em aplicações rítmicas de
pressões sobre o terço inferior do esterno (BRASIL, 2003), e no oferecimento imediato de
oxigênio a 100%, com a monitorização através da oximetria de pulso (PAZIN-FILHO et al.,
2003).
O aumento generalizado da pressão no interior do tórax e a compressão do coração
fazem com que o sangue circule. Mesmo com a aplicação perfeita das técnicas, a quantidade
de sangue que circula está entre 10% a 30% do normal (MORETTI, 2001).
O número total de compressões aplicadas durante a ressuscitação é um fator
determinante importante da sobrevivência em PCR. O número de compressões aplicadas é
afetado pela frequência de compressão e pela fração da compressão (AMERICAN HEART
ASSOCIATION, 2010).
21
2.10 Componentes do Suporte Básico de Vida
RECOMENDAÇÕES
COMPONENTES
ADULTOS
CRIANÇAS
BEBÊS
RECONHECIMENTO Não responsivo para todas as idades
Sem respiração ou Sem respiração ou apenas com gasping
com
respiração
anormal (isto é,
apenas
com
gasping)
Sem pulso palpado em 10 segundos, para todas as idades
(apenas para profissionais de saúde)
Sequência da RCP
C-A-B
Frequência
de No mínimo, 100/min.
compressão
Profundidade
da No mínimo, 2 No mínimo ½ do No mínimo ½ do
compressão
polegadas (5 cm)
diâmetro AP. Cerca diâmetro AP. Cerca
de 2 polegadas
de 1 ½ polegada
(5 cm)
( 4cm)
Retorno da parede Permitir retorno total entre as compressões
torácica
Profissionais de saúde, alternar as pessoas que aplicam as
compressões a cada 2 minutos.
Interrupções
nas Minimizar interrupções nas compressões torácicas
compressões
Tentar limitar as interrupções a menos de 10 segundos
Vias aéreas
Inclinação da cabeça-elevação do queixo (profissionais de saúde
que suspeitarem de trauma: anteriorização da mandíbula)
Relação
30:2
30:2
compressão/ventilação 1 ou 2 socorristas
1 socorrista
(até a colocação de via
15:2
aérea avançada)
2 socorristas profissionais de saúde
Ventilações: quando o
socorrista não treinado Apenas compressões
ou treinado e não
proficiente
Ventilações com via 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos ( 8 a 10 ventilações/min)
aérea avançada
Assíncronas com compressões torácicas
(profissionais
de Cerca de 1 seg. por ventilação
saúde)
Elevação visível do tórax
Desfibrilação
Colocar e usar o DEA/DAE assim que ele estiver disponível.
Minimizar as interrupções nas compressões torácicas antes e
após o choque; reiniciar a RCP começando com compressões
imediatamente após cada choque
Fonte: American Heart Association, 2010.
22
2.11 Prognóstico
De acordo com Gomes et al. (2005), estudos tem demonstrado que quanto menor o
tempo entre a parada cardiorrespiratória e o atendimento, maior a chance de sobrevida da
vítima. O que reforça a importância do reconhecimento precoce para agir de imediato.
Segundo Vanheusden et al. (2007), depois do primeiro minuto de parada
cardiorrespiratória, o índice de sobrevida cai de 7% a 10% para cada minuto de demora no
atendimento.
Timerman et al. (2001) identificaram em uma pesquisa realizada em um grupo de
cardiologia que todos os pacientes que sobreviveram estavam no grupo dos casos onde a
ressuscitação cardiopulmonar foi iniciada em até cinco minutos de parada cardiorrespiratória.
Gomes et al. (2005) acrescentam que pacientes que não possuem doenças de base
associada, clinicamente diagnosticada, têm uma maior sobrevida quando comparados aos que
possuem doenças de base associada.
23
3.0 JUSTIFICATIVA
A PCR até pouco tempo atrás era sinônimo de morte, pois pouquíssimas pessoas
sobreviviam, hoje este índice de sobrevida chega a alcançar cifras elevadas comparadas a
anos anterior nos casos em que o socorro for preciso e eficaz.
Para um efetivo atendimento da PCR a equipe de saúde deve estar devidamente
treinada, visto que isto pode influenciar no prognóstico do paciente.
A Unidade de terapia intensiva é um dos setores do hospital destinado a pacientes de
alto grau de complexidade, o que requer ainda mais que o profissional de enfermagem esteja
preparado, tanto tecnicamente como psicologicamente para o atendimento da PCR.
Tendo em vista a situação acima descrita, através deste estudo queremos enfatizar a
importância de se obter uma equipe de enfermagem consciente e capacitada para que haja
sucesso pleno no procedimento realizado, além de avaliar dificuldades e emoções que os
profissionais enfrentam diante o procedimento.
Vale ressaltar que é de fundamental importância o papel do enfermeiro no sucesso da
reanimação cardíaca, já que habitualmente o diagnóstico da PCR é feito pela equipe de
enfermagem e é a enfermagem também que permanece mais tempo próximo ao paciente.
24
4.0 OBJETIVOS
4.1 Objetivos Gerais
Conhecer a percepção da equipe de enfermagem frente à importância do atendimento
da PCR na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
4.2 Objetivos Específicos

Caracterizar a equipe de enfermagem que trabalha em UTI;

Identificar as dificuldades apresentadas pela equipe de enfermagem frente ao
atendimento da PCR;

Identificar quais os procedimentos que a equipe de enfermagem deve realizar
durante uma situação de atendimento em uma PCR.

Enfatizar importância do treinamento em PCR.
25
5.0 METODOLOGIA
5.1 Tipo do estudo
Tratou-se de um estudo quantitativo de corte transversal para avaliação a percepção da
equipe de enfermagem sobre a PCR.
5.2 Contexto do estudo
O HUSF é o Hospital Geral mais importante para as comunidades da região bragantina
em razão de suas atividades de alta complexidade, desenvolvimento de pesquisas e
intervenções de elevada especialização.
Esta pesquisa foi realizada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital
Universitário São Francisco (HUSF), localizado na cidade de Bragança Paulista, estado de
São Paulo, setor este que atende pacientes de alta complexidade.
5.3 População e amostra
A população do estudo foi composta por enfermeiro, técnicos em enfermagem e
auxiliares de enfermagem que atuam na UTI do HUSF- Bragança Paulista-SP.
A unidade de UTI possui dez leitos, e é composta por uma equipe de enfermagem que
conta com quatro Enfermeiros, seis técnicos e vinte três auxiliares de enfermagem
distribuídos em três turnos (manhã, tarde e noturno par e impar).
A seleção de funcionários foi feita de forma aleatória entre os três turnos de trabalho,
de forma que 50% deles foram incluídos na amostra.
26
5.4 Critérios de inclusão e exclusão
5.4.1 Critérios de inclusão
 Colaboradores da equipe de enfermagem da UTI do HUSF;
 Ter participado de um procedimento de reanimação cardiorrespiratória;
 Ser funcionário fixo da escala da UTI;
 Concordar em participar da pesquisa.
5.4.2 Critérios de exclusão
 Não ter participado de um procedimento de reanimação cardiorrespiratória;
 Estar atuando em caráter temporário na UTI;
 Não concordar em participar da pesquisa.
5.5 Instrumento de coleta de dados
Para a coleta de dados foi utilizado um formulário (Apêndice A) composto por 17
questões que abordaram as características demográficas, conhecimento sobre PCR, as
dificuldades apresentadas e os procedimentos realizados no atendimento da PCR.
5.6 Coleta de dados
Após aprovação e autorização do Comitê de Ética em Pesquisa e da responsável do
Hospital Universitário São Francisco, foi agendado uma visita com a enfermeira responsável
da Unidade de Terapia Intensiva, com a finalidade de apresentar os objetivos da mesma. Em
27
seguida foram selecionados os participantes da pesquisa e explicado os Termos do
Consentimento Livre e Esclarecido.
O instrumento de coleta de dados foi entregue aos colaboradores e retirados
posteriormente, desta forma a pesquisa não interferiu no andamento das atividades do setor.
Dos trinta e três instrumentos de coletas de dados entregues foram devolvidos apena
dezessete, com a justificativa que não tiveram tempo para responder.
Os dados foram coletados pelos próprios autores da pesquisa no período de agostode
2011.
5.7 Análise dos dados
Foi realizada a análise descritiva das variáveis de estudo e as mesmas foram
apresentadas em tabelas e gráficos.
5.8 Aspectos éticos
Inicialmente o projeto de pesquisa foi submetido à aprovação de Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade São Francisco. Logo foi enviada uma carta ao responsável do
HUSF, solicitando autorização para a coleta de dados (Apêndice B). Após ser apresentado um
termo de consentimento à população envolvida neste estudo participaram deste estudo
profissionais da enfermagem (o enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem) que
estiveram de acordo com o Termo de Consentimento (Apêndice C).
Foram cumpridos os termos da Resolução 196 (10/10/1996), do Conselho Nacional de
Saúde (BRASIL, 1996).
28
5.9 Orçamento
Todos os custos da pesquisa foram subsidiados pelos pesquisadores, não incorrendo
qualquer ônus à instituição, campo de pesquisa.
29
6.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Visando uma melhor compreensão e clareza, os resultados obtidos foram apresentados
em dois sub-grupos em nossa pesquisa que se caracterizam em Características demográficas e
outro sub-grupo denominado Conhecimentos sobre parada cardiorrespiratória a qual se
seguem.
6.1 – Características demográficas
Neste tópico são descritas as características da equipe de enfermagem que compõem o
presente estudo, referentes a faixa etária, estado civil, sexo, escolaridade, formação
profissional, tempo de atuação na área de enfermagem.
Gráfico 1. Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do
HUSF segundo a faixa etária. Bragança Paulista, 2011.
30
Conforme os dados apresentados no GRAFICO 1, observou-se que do total de 17
entrevistados, 13 (76%) apresentavaram idades entre 20 e 30 anos, seguidos de 3 (18%) entre
31 e 40 anos, 1 (6%) acima de 41 anos.
Estes dados nos permitiram afirmar que a equipe de enfermagem constitui-se, na sua
maioria, por trabalhadores adultos jovens, que concluíram o curso de enfermagem para
auxiliar, técnico ou enfermeiro recentemente, esperando-se com isso um reconhecimento da
parada cardiorrespiratória, considerando que esse tema primordial foi abordado nos cursos de
enfermagem.
De acordo com Santos (2002) os profissionais de enfermagem são mais jovens, isso se
deve provavelmente ao fato de que, nos ultimos anos, o curso de enfermagem cresceu muito
e, associado a esse crescimento, aumentou a procura pela profissao.
Gráfico 2. Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do
HUSF de acordo com o estado civil. Bragança Paulista,2011.
31
Conforme os dados apresentados no GRÁFICO 2, observarmos que 10 (59%) são
casados, seguidos de 6 (35%) solteiros, e 1 (6%) outros. Com esses dados afirma-se que a
maioria dos profissionais de enfermagem são casados.
Os resultados do GRÁFICO 2, apontaram que a maioria dos trabalhadores de
enfermagem envolvidos eram casados, essas informações não diferem muito dos dados de
1983, mostrados no estudo de Assunção (2005), pois naquela época também observou-se uma
divisão bastante equilibrada entre solteiros e casados.
Gráfico 3. Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do
HUSF de acordo com o sexo. Bragança Paulista, 2011.
Em relação ao GRÁFICO 3 podemos observar que a grande maioria dos profissionais
de enfermagem entrevistados (76%)são do sexo masculino e (24%) são do sexo feminino.
Com esses dados podemos observar que prevalece mais profissionais do sexo
masculino, ao contrario do que se via nos anos anteriores.
O Gráfico 3 representa o gênero dos profissionais entrevistados, evidenciou-se que a
maioria (76%) trata-se de trabalhadores do sexo masculino.
32
Em artigo publicado na Escócia, Gilloran (1995) afirmou haver uma desproporção
entre o número de enfermeiros na profissão, em relação aos cargos de chefia: o número de
homens em posição de chefia seria demasiadamente elevado, proporcionalmente ao baixo
número de enfermeiros homens.
Discordando também com Rezende (2003) que nos mostra que a predominância de
mulheres na enfermagem é histórica, pois o cuidado aos pacientes parece sempre ter sido
efetuado por mulheres religiosas, viúvas, virgens e nobres com o objetivo de realizar caridade.
Gráfico 4. Distribuição da Equipe de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do
HUSF de acordo com o grau de formação profissional. Bragança Paulista, 2011.
De acordo com o GRÁFICO 4, observamos que a grande maioria(94%) são de
auxiliares/técnicos de enfermagem e apenas (6%) são enfermeiros.
Isso se da devido ao fato de que atualmente os jovens estão à procura de um curso de pequena
duração e que tenha um bom retorno futuramente.
O GRÁFICO 4 representa o grau de formação, observou-se em relação a categoria
profissional, que o contingente maior é de auxiliares e técnicos de enfermagem (94%),
absorvido na área da saúde, e que cumpre a necessidade da organização, que necessita de
33
profissional com conhecimento e treinamento do trabalho, executando plano assistencial
voltado para a cura e à reabilitação do indivíduo (BELANCIERE; BIANCO, 2004). Categoria
essa com a menor formação profissional para atuarem em especial nas Unidades Críticas de
Saúde.
A analise dos dados de profissionais de enfermagem com os dados da população do
Censo por estado do Brasil identifica que a evidencia que a categoria que tem maior
proporção de profissionais de enfermagem por habitante é a de auxiliares de enfermagem
(0,54% da população), seguido pelos técnicos de enfermagem (0,38% da população) e
enfermeiros (0,15% da população)IBGE (2010).
Tabela 1. Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do
HUSF, segundo grau de escolaridade. Bragança Paulista, 2011.
ESCOLARIDADE
2º grau
Esta cursando superior
Superior completo
Superior incompleto
2º grau incompleto
N
7
4
4
1
1
%
41,18%
23,53%
23,53%
5,88%
5,88%
TOTAL
17
100,00%
A Tabela 1 refere-se ao grau de escolaridade do profissional de enfermagem.
Observamos que a maioria 7 (41,18%) pertence à classe dos 2 ºgrau completo, seguida de 4
(23,53%) que estão cursando o ensino superior,4(23,53%)que já possuem ensino superior
completo,1(5,88%)que possuem ensino superior incompleto e de 1(5,88%) que possui o 2º
grau incompleto.
34
Tabela 2. Caracterização da amostra estudada segundo tempo de atuação na área.
Bragança Paulista, 2011.
TEMPO DE ATUAÇÃO
N
%
0 a 5 anos
8
47,06%
6 a 10 anos
5
29,41%
16 a 20 anos
2
11,76%
11 a 15 anos
1
5,88%
Mais de 20 anos
1
5,88%
TOTAL
17
100,00%
Observou-se na TABELA 2 que 8 (47,06%) tem um período relativamente curto de
permanência na profissão, ou seja até 5 anos, 5 (29,41%) a permanência É de até
10anos,2(11,76%) a permanência foi de 20 anos, 1(5,88%) a permanência foi de 15 anos, e
1(5,88%) a permanência foi mais de20 anos .
Neste estudo foi constatado que, o tempo de atuação em UTI influenciou na maneira
que o profissional se comporta diante de uma PCR.
Esse achado é encontrado na literatura de enfermagem de GOMES (1998) que
preconiza que o tempo necessário para o profissional de enfermagem preencher os requisitos
para trabalhar em UTI é de um ano.
Lautert (1997) afirma que, com o passar do tempo, o individuo vai obtendo segurança
em sua profissão tornando-se menos vulnerável ao desgaste.
35
6.2 Conhecimento sobre Parada Cardiorrespiratória
Neste subgrupo discutimos sobre o conhecimento da equipe sobre como se proceder
em uma parada cardiorrespiratória em todo seu contexto, desde o atendimento inicial até o
material e manobras utilizadas no processo.
Abaixo o gráfico ilustra sobre o conhecimento da equipe adquirido no processo de
aprendizagem como agente da enfermagem:
Gráfico 5. Caracterização da amostra estudada segundo conhecimento sobre PCR.
Bragança Paulista, 2011.
Conforme o GRÁFICO 5 o conhecimento adquirido na formação do profissional de
enfermagem, observou-se que 11 (65%) dos profissionais tiveram uma boa aula com
exposição e simulação, 2 (23%) tiveram aula, porém não foi muito esclarecedora, e 4 (12%)
tiveram boa aula, mas somente teoria.
Padilha (1994), afirma que muitas vezes o profissional apresenta desempenho
inadequado devido ao despreparo técnico-científico decorrente da própria formação
acadêmica e efetivado também pela falta de eduação continuada nos serviços. Sendo assim,
36
cabe aos órgãos competentes, escolas e hospitais, rever suas práticas e instituir treinamento e
reciclagem contínua sobre PCR aos profissionais de equipe, principalemente daqueles que
prestam assistência de alta complexidade.
Segundo Gomes (1988b), a ênfase na capacitação dos vários profissionais para
atuarem na PCR deve começar já na formação acadêmica, num processo que exigirá
treinamento e reciclagem contínuos.
Gráfico 6. Caracterização da amostra estudada segundo número de aulas de PCR.
Bragança Paulista, 2011.
O GRÁFICO 6 representa o número de aulas assistidas sobre PCR, observou-se que 4
(23,53%) não assistiram nenhuma, 2 (11,76%) referem que assitiram apenas 1 aula, 9
(52,94%) assistiram apenas 2 vezes aula e 2 (11,76%) mais de 3 vezes aulas sobre o assunto.
Segundo Feitosa et al. (2006), o atendimento da PCR deve ser considerado como
conhecimento obrigatório e prioritário de todo profissional de saúde, independente de sua
especialidade.
Portanto, depreende-se dos resultados que a ênfase na capacitação dos vários
profissionais para atuarem na PCR deve começar já na formação acadêmica, num processo
37
que exigirá treinamento e reciclagem contínuos. O treinamento da equipe na UTI em relação
ao atendimento da PCR deve ter como objetivo, reduzir ao mínimo a duração da mesma, com
medidas que permitam atuação rápida, eficiente e sistematizada, atingindo automatização
total, mas consciente, das diversas etapas do atendimento (GOMES, 1988).
Gráfico 7. Distribuição da equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do
HUSF de acordo com o conhecimento atualizado em Parada Cardiorrespiratória.
Bragança Paulista, 2011.
De acordo com o GRÁFICO 7, a maioria 10 (59%) dos profissionais entrevistados não
possuem conhecimento atualizado sobre PCR, seguidos de 7 (14%) que referem que possuem
conhecimento atualizado.
Timmerman et al. (2001), ressaltam que realizar um atendimento de emergência pode
representar algo dramático por muitos profissionais. E especialmente em caso de PCR, diante
da pressão sofrida pelo socorrista, a lembrança da sequência correta do atendimento e as reais
prioridades podem se perder. Considerando que as diretrizes para a RCP são revistas e
atualizadas a cada cinco (5) anos, os trabalhadores têm que se manter atualizados
tecnicamente e acompanhar as mudanças.
38
Oliveira et al. (2004) enfatizam que, ao abordarem o despreparo dos profissionais das
equipes de saúde ainda em formação para atuarem em situações críticas, assinalam que, ainda
que apresentem motivação, disposição para o trabalho e conhecimentos teóricos recentes e
atualizados, necessitam de supervisão permanente, pois possuem pouca experiência prática e
destreza manual para aplicarem adequadamente os conhecimentos teóricos, o que favorece
alguns desacertos nos serviços e compromete a eficácia assistencial.
Tabela 3 - Caracterização da amostra estudada segundo número de atendimentos de
PCR. Bragança Paulista, 2011.
NÚMERO DE PCR ATENDIDAS
Já perdeu as contas
Entre 2 e 5 vezes
1 vez
Nenhuma
TOTAL
N
7
5
4
1
17
%
41,18%
29,41%
23,53%
5,88%
100,00%
A TABELA 3 indica o número de atendimentos realizados de PCR, observamos que 7
(41,18%) já perdeu as contas de quantos atendimentos já foram realizados, 5 (29,41%) já
fizeram entre 2 e 5 atendimentos a PCR, 4 (23,53%) atenderam a PCR apenas 1 vez, e 1
(5,88%) não atendeu a nenhuma PCR.
Menzani (2006) refere que a realidade de funcionamento de uma unidade de
urgência/emergência faz com que esse local seja provedor de muitos ensinamentos pela
diversidade de casos e procedimentos.
Tabela 4 - Caracterização da amostra estudada segundo os sentimentos manifestados
durante o atendimento a PCR. Bragança Paulista, 2011.
SENTIMENTOS MANIFESTADOS DURANTE O ATENDIMENTO A PCR
Calma,tranqüilidade
Outros. Quais?*
Medo de não ser competente o suficiente para auxiliar
TOTAL
*(1) Ainda não presenciou; (2) Ansiedade.
N
14
2
1
17
%
82,35%
11,76%
5,88%
100,00%
39
A TABELA 4 refere-se aos sentimentos manifestados pelo profissional diante do
atendimento realizado a PCR, observamos que 14 (82,35%) apresentam calma e
tranquilidade, 2 (11,76%) apresentam outros fatores, citados como ansiedade e um ainda não
presenciou, e 1 (5,88%) tem medo de não ser competente o suficiente para auxiliar.
Atuar no limite da vida e da morte é um fator de forte desgaste psíquico,
empreendendo sofrimento em grande parte dos trabalhadores de enfermagem. Ao conseguir
vencer as dificuldades e, possivelmente reverter a PCR, ou tendo-se certeza de que todo o
procedimento desenvolveu-se como o prescrito, fica uma sensação de dever cumprido e
utilidade.
O enfermeiro deve-se mostrar pró-ativo em relação à ansiedade da equipe médica e de
Enfermagem, o que redefine as atividades que esse trabalhador realizará no processo de RCP.
De acordo com Costa, Quilici e Miyadahira (2005), durante o processo de RCP
espera-se do enfermeiro um pleno controle de suas emoções em relação à manutenção da
harmonia e diminuição do estresse de sua equipe.
Tabela 5 - Caracterização da amostra estudada segundo os fatores externos que
dificultam o atendimento a PCR. Bragança Paulista, 2011.
FATORES EXTERNOS QUE DIFICULTAM O ATENDIMENTO
Falta de material e de medicamento
Falta de treinamento
Numero reduzido de atendimento à PCR
O ensino acadêmico não ofereceu preparo adequado
Falta de experiência
Não conhece as medicações solicitadas durante à PCR
Não sabe onde estão organizados os materiais e medicamentos no carrinho
de emergência
TOTAL
N
2
4
1
1
1
1
%
11,76%
23,53%
5,88%
5,88%
5,88%
5,88%
7
17
41,18%
100,00%
40
Conforme a TABELA 5, os profissionais de enfermagem apontam quais os fatores
externos que mais causam estresse durante o atendimento a uma PCR, 7 (41,18%) referem
não saber onde estão organizados os materiais e medicamentos no carrinho de emergência, 4 (
23,53%) afirmam que a falta de treinamento é um fator bem estressante, 2 (11,76%) apontam
a falta de material e de medicamentos,1(5,88%) refere que número reduzido de atendimento a
PCR faz com que aumente o estresse no momento do atendimento, 1(5,88%) afirma que o
ensino acadêmico não ofereceu preparo adequado,1(5,88%) refere a falta de experiência um
fator que causa estresse ,e 1(5,88%) afirma não conhecer as medicações solicitadas durante a
PCR.
Segundo Zanini; Nascimento; Barra (2006), é recomendado que toda a equipe de
enfermagem seja treinada para saber manusear e ter domínio de todo o conteúdo existente no
carro de emergência e que saiba executar as manobras de suporte básico de vida.
O treinamento da equipe na UTI em relação ao atendimento da PCR deve ter como
objetivo, reduzir ao mínimo a duração da mesma, com medidas que permitam atuação rápida,
eficiente e sistematizada, atingindo automatização total, mas consciente, das diversas etapas
do atendimento. (GOMES, 1988).
Tabela 6. Caracterização da amostra estudada quanto ao profissional que mais causa
estresse frente à uma PCR. Bragança Paulista, 2011.
PROFISSIONAL QUE MAIS CAUSA ESTRESSE
Médico
Enfermeiro
Não entendi
TOTAL
N
15
1
1
17
%
88,24%
5,88%
5,88%
100,00%
41
Observou-se na TABELA 6 que 15 (88,24%) referem que o medico é o profissional
que mais causa estresse durante o atendimento, 1 (5,88%) refere que o profissional que mais
causa estresse é o enfermeiro e 1 (5,88%) não entendeu a pergunta.
Percebeu-se que há conflito entre os auxiliares de enfermagem e outros trabalhadores
da equipe de saúde durante a RCP, principalmente a problemas de liderança na condução das
atividades e de dificuldades técnicas e de habilidades psicomotoras vivenciadas pela equipe
para a atuação no atendimento de PCR.
A American Heart Association (AHA) preconiza que um dos integrantes da equipe
de ressuscitação seja o “líder”, objetivando o melhor desempenho e organização durante a
assistência prestada (ACLS,1997). O profissional que assume tal posição em geral é o
médico, pois ele também assume o aspecto legal da terapêutica a ser aplicada. No entanto,
faz-se necessário que o enfermeiro também atue como líder, para administrar a dinâmica da
equipe conforme a terapêutica adotada.
Para Pereira e Fávero (2001), o líder despreparado que executa uma chefia inadequada
proporciona à equipe danos impedindo a criação de um ambiente motivacional.
Tabela 7. Caracterização da amostra estudada quanto a percepção do profissional
durante à uma PCR. Bragança Paulista, 2011.
PERCEPÇÃO DURANTE O ATENDIMENTO À UMA PCR
N
%
Foi satisfatório auxiliei no que estava dentro das minhas
possibilidades
Regular, poderia ter sido melhor
TOTAL
16
1
17
94,12%
5,88%
100,00%
Na TABELA 7 observamos que 16 (94,12%) dos entrevistados, referem que sua
atuação foi satisfatória que auxiliaram no que estava dentro dos limites de possibilidade de
cada um, e 1 (5,88%) referem que sua atuação foi regular e que poderia ter sido melhor.
42
Com o objetivo de reduzir a possibilidade de exaustão e de permitir que a equipe de
enfermagem administre seus sentimentos e sua angustia, recomenda-se uma discussão em
grupo sobre incidentes críticos. Estas discussões, proporcionadas pelo enfermeiro devem ser
claras e contribuir para uma reconstrução da segurança desta equipe (AMERICAN HEART
ASSOCIATION, 1997).
Reconhecer a sequência do atendimento, mantendo certo nível de tranquilidade
para manter as manobras de ventilação, circulação, bem como reunir materiais e
equipamentos necessários são condições indispensáveis da equipe de enfermagem.
Tabela 8 - Distribuição dos fatores que levam a situação de estresse durante o
atendimento à PCR. Bragança Paulista, 2011.
FATORES
Estresse dos médicos
Falta de conhecimento dos aux/ técnicos
Falta de treinamento
Falta de organização do carrinho de urgência
Agitação no momento
Insegurança dos funcionários
Falta de medicações
Funcionários novos
Falta de comunicação
Falta de material
Número reduzido de funcionários
TOTAL
N
6
4
4
3
2
2
2
2
1
1
1
29
%
20,69%
13,79%
13,79%
10,34%
6,90%
6,90%
6,90%
6,90%
3,45%
3,45%
3,45%
100,00%
* Cada entrevistado pode responder mais de um fator.
A Tabela 8 refere-se aos fatores que mais levam a situação de estresse durante o
atendimento, observamos que as opiniões ficaram bem divididas, mas o que prevaleceu foi o
estresse dos médicos com 6 (20,69%) , 4 (13,79%) falta de conhecimento dos auxiliares e
técnicos, 4 (13,79%) falta de treinamento, 3 (10,34%) referem que a falta de organização do
carrinho de urgência é o principal causador de estresse, 2 (6,90%) referem a agitação do
43
momento, 2 (6,90%) que é a insegurança dos funcionários, 2 (6,90%) falta de medicação, 2
(6,90%) funcionários novos, 1 (3,45%) falta de comunicação, 1 (3,45%) falta de material e 1
(3,45%) refere que é o número reduzido de funcionários.
Segundo Guimarães e Lopes (2005), o atendimento a PCR deve transcorrer em um
ambiente tranquilo, sem tumulto de modo, que todos possam ouvir o comando do líder com
clareza. Não há justificativas e nem desculpas para um atendimento desorganizado,
tumultuado e desrespeitoso entre a equipe.
Pode-se exemplificar como atendimento desorganizado, a pouca experiência em termos
de liderança identificada pelos sujeitos do estudo.
Silva (1998), descreve que os fatores que podem interferir na tomada de decisão no
atendimento a PCR são: falta de conhecimento e habilidade dos profissionais envolvidos no
atendimento à PCR, a falha na organização do atendimento, assim como provisão insuficiente
de materiais e equipamentos necessários para a realização das medidas de reanimação têm
favorecido a ocorrência de falhas no decorrer da assistência aos pacientes em PCR.
Tabela 9 - Distribuição da percepção do entrevistado quanto ao que pode ser feito para
aliviar o estresse. Bragança Paulista, 2011.
PERCEPÇÃO
Treinamento para toda a equipe
Educação continuada
Profissionais capacitados
Manter calma e agilidade
Equilíbrio emocional de toda a equipe
Protocolos de atendimento a PCR
Manter carrinho de urgência organizado
Reuniões de equipe
Informar mudança no carrinho de urgência
TOTAL
*Cada entrevistado pôde citar mais de um tipo de percepção.
N
9
4
4
3
3
2
2
2
1
30
%
30,00%
13,33%
13,33%
10,00%
10,00%
6,67%
6,67%
6,67%
3,33%
100,00%
44
A TABELA 7 refere-se à percepção do entrevistado quanto ao que pode ser feito para
aliviar o estresse, a maioria dos entrevistados 9 (30%) responderam que o treinamento de
toda a equipe ainda é o meio mais seguro de se aliviar o estresse durante o atendimento, 4
(13,33%) citaram a educação continuada, 4 (13,33%) citaram profissionais capacitados 3
(10,00%) afirmam que para aliviar o estresse deve-se manter a calma e agilidade, 3 (10,00%)
referem que é necessário manter o equilíbrio emocional de toda equipe, 2 (6,67%) afirmam
que é necessário protocolos de atendimento a PCR, 2 (6,67%) ressaltam que se deve manter o
carrinho de urgência organizado, 2 (6,67%) afirmam que reuniões de equipe é fundamental, e
1 (3,33%) diz que é preciso informar mudanças no carrinho de urgência para evitar o estresse
durante o atendimento.
O referencial adotado neste estudo define o estresse como desgaste geral do organismo,
causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a
enfrentar situações que o irritem, excite, amedrontem, ou mesmo que o façam imensamente
feliz (MORETTI, 2001).
De acordo com Assunção (2005) o enfermeiro deve fornecer treinamento a sua
equipe a fim de capacitá-la a realizar procedimentos altamente técnicos em situações
emergenciais, uma vez que é exigido tal preparo para um atendimento eficaz.
Para tanto não basta fornecer orientações a equipe e sim um treinamento atualizado,
contínuo que abranja toda assistência, pois o profissional que cuida de paciente com maior
complexidade deve estar capacitado para atuar com competência e segurança.
Segundo Zanini; Nascimento; Barra (2006), é recomendado que toda a equipe de
enfermagem seja treinada para saber manusear e ter domínio de todo o conteúdo existente no
carro de emergência e que saiba executar as manobras de suporte básico de vida.
Segundo Machado (2002), o tempo de trabalho é fundamental para a coleta de dados,
pois implica que as reflexões foram feitas por pessoas que já estão a algum tempo trabalhando
45
na instituição e no setor, sendo possível que já tenham passado pelo ajustamento do processo
de trabalho e descoberto o caminho mais fácil e confortável para se manterem na instituição,
moldando-se e evitando conflitos nos processos de trabalho.
7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nossa intenção foi descobrir qual a percepção da equipe de enfermagem da UTI frente
ao atendimento da PCR, identificar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais e encontrar
meios que facilitem o atendimento a PCR.
Entre os fatores dificultadores enfrentados pelos trabalhadores de enfermagem, em
nossa pesquisa observamos que os principais estão elencados abaixo:
 Falta de Treinamento;
 Capacitação e experiência profissional deficitárias;
 Relações conflituosas entre os profissionais de saúde (principalmente entre equipe
médica X enfermagem);
 Falta de organização do carrinho de urgência.
Existem fatores que facilitam o atendimento em PCR, como o conhecimento técnico
das equipes, a padronização do atendimento, o aprimoramento de educação permanente/
continuada e o mais importante o trabalho em equipe.
Ficou evidente, que muito há para fazer e aprender sobre PCR, pois o sucesso no
atendimento decorre de uma assistência de qualidade em tempo hábil e de uma equipe bem
treinada. A padronização no manejo da RCP é ponto fundamental na sobrevida de pacientes
após PCR.
Há necessidade de discussão do processo de trabalho no atendimento em PCR nas
esferas gerencial, assistencial e multidisciplinar, considerando-se as características da
46
organização do trabalho do cenário de atuação. Desse modo, recomenda-se o
desenvolvimento de atividades de capacitação para os profissionais de enfermagem e de saúde
através do treinamento técnico das condutas recomendadas para a RCP. Paralelamente a essas
atividades, é importante que sejam realizadas discussões entre as equipes que atuam no
atendimento em PCR para definição de papéis dos membros, avaliação do sistema de
conferência de materiais e equipamentos, elaboração de estratégias de melhoria. Ressalta-se a
relevância de que sejam trabalhados com a equipe aspectos relacionados à liderança do
atendimento em PCR.
Sugerimos também novos estudos, que tenham como objetivo liderança do
atendimento de enfermagem em PCR e protocolos para atendimento de enfermagem em RCP.
Essas sugestões contribuirão para o grupo de pesquisa a que este estudo está vinculado e para
outros pesquisadores interessados a temática ao atendimento em PCR.
47
8.0 CONCLUSÕES
Podemos observar que predomina os profissionais mais jovens entre 20-30 anos(76%),
entre 31-40 anos (18%) e acima de 41anos (6%)
O estado civil pode-se ver que os casados são maioria cerca de (59%), solteiros (35%)
e outros (6%)
Em relação ao sexo ficou bem evidenciado de que a maioria dos trabalhadores são do
sexo masculino (76%) e do sexo feminino (24%)
Porem, quanto ao grau de formação dos entrevistados a maioria é auxiliares/técnicos
de enfermagem (94%) e apenas (6%) são enfermeiros.
Observamos também que o grau de escolaridade predomina o 2º grau (41,18%),
seguido do superior completo (23,54%) e os que estão cursando o ensino superior (23,54%)2º
grau incompletos (5,88%) e ensino superior incompleto (5,88%).
O tempo de atuação na área foi bem variável de 0 a 5 anos (47,06%), de 6 a 10 anos
(29,41%) de 16 a 20 anos (11,76%) de 11 a 15 anos (5,88%) e mais de 20 anos (5,88%).
Quanto ao conhecimento adquirido na formação (65%) referem sim, tiveram boa aula
com exposição e simulação, (23%) sim boa aula, porem somente teórica, e (12%) referem que
tiveram a aula porem não foi muito esclarecedora.
48
Em relacao ao número de aulas assistidas sobre PCR, observou-se que 4 (23,53%) não
assistiram nenhuma, 2 (11,76%) referem que assitiram apenas 1 aula, 9 (52,94%) assistiram
apenas 2 vezes aula e 2 (11,76%) mais de 3 vezes aulas sobre o assunto.
Sobre conhecimento atualizado apenas (41%) responderam que sim, e (59%)
responderam não.
Em relação ao numero de PCR atendida (41%) já perderam as contas do numero de
PCR atendidas, (29,41%) atenderam entre 2 e 5 vezes,(23,53%) responderam que atenderam
PCR apenas 1 vez, e (5,88%)respondeu que não atendeu nenhuma PCR.
Os sentimentos manifestados durante o atendimento foi(82,35%)calma, tranquilidade,
(11,76%)outros, tais como ansiedade, e (5,88%)respondeu medo de não ser competente
suficiente para auxiliar.
Fatores externos que dificultam o atendimento são (41,18%) referem não saber onde
estão organizados os materiais e medicamentos no carrinho de emergência, (23,53%) falta de
treinamento, (11,76%) falta de material e medicamentos, (5,88%) numero reduzido de
atendimento a PCR, (5,88%) o ensino acadêmico não ofereceu preparo adequado, (5,88%)
falta de experiência, e (5,88%) não conhece as medicações solicitadas durante a PCR.
Em relação aos profissionais que mais estressam (88,24%) refere ser o medico,
(5,88%) os enfermeiros, e (5,88%) referem não entender a pergunta.
Sobre a percepção do profissional durante o atendimento a uma PCR (94,12%)refere que foi
satisfatório auxiliou no que estava dentro de suas possibilidades,(5,88%) referem que foi
regular que poderiam ter sido melhor.
Em relação aos fatores externos que levam a situação de estresse durante o
atendimento a PCR (20,69%) responderam que é o estresse medico, (13,79%) referem falta de
conhecimento de auxiliares/técnicos, (13,79%) falta de treinamento, (10,34%) falta de
organização do carrinho de urgência, (6,90%) agitação no momento, (6,90%) insegurança dos
49
funcionários, (6,90%) falta de medicação, (6,90%) funcionários novos (3,45%) falta de
comunicação, (3,45%) falta de material, (3,45%) numero reduzido de funcionários, e (3,45%)
falta de respeito entre os funcionários.
A percepção do entrevistado quanto ao que pode ser feito para aliviar o estresse
foi(30,00%)
referem
treinamento
para
toda
a
equipe,(13,33%)educação
continuada,(13,33%)referem que há necessidade de profissionais capacitados,(10,00%)
referem que é necessário manter a calma e agilidade,(10,00%)equilíbrio emocional de toda a
equipe,(6,67%)é necessário os protocolos de atendimento,(6,67%)deve-se manter o carrinho
de urgência organizado,(6,67%) reuniões de equipe, e (3,33%)referem que deve ser informado
as mudanças no carrinho de urgência.
50
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54
APÊNDICES
APÊNDICE A
Instrumento de Coleta de Dados
PARADA CARDIRRESPIRATÓRIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO ATENDIMENTO
REALIZADO
I – Características demográficas
1. Idade:
2. Estado civil:
3. Sexo: ( ) Masc.( ) Fem.
4. Escolaridade:
( ) 1º grau
( ) 2º grau incompleto
( ) 2º grau
( ) está cursando superior
( ) superior incompleto
( ) superior completo
5.Qual sua formação?
( ) Auxiliar/ Técnico de Enfermagem
( ) Enfermeiro(a)
6.Quanto tempo você atua na área de enfermagem?
( ) 0 a 5 anos
( ) 6 a 10 anos
( ) 11 a 15 anos
( ) 16 a 20 anos
( ) mais de 20 anos
55
II – Conhecimento sobre PCR
1. Quando você estava realizando o curso de auxiliar de enfermagem ou graduação, você teve
aula de parada cardiorrespiratória?
( ) sim, uma boa aula com exposição e simulação
( ) sim, uma boa aula, somente teórica
( ) sim, mas a aula não foi muito esclarecedora
2. Ao longo de sua experiência profissional, quantas aulas/palestras/cursos sobre parada
cardiorrespiratória você participou?
( ) nenhuma
( ) 1 vez
( ) 2 vezes
( ) mais de 3 vezes
3. Você já atendeu a quantas PCR?
( ) nenhuma
( ) 1 vez
( ) entre 2 e 5 vezes
( ) entre 6 e 10 vezes
( ) já perdeu as contas
4. Diante o atendimento à uma parada cardiorrespiratória, quais foram seus sentimentos
manifestados?
( ) Calma, tranquilidade
( ) Medo de não ser competente o suficiente para auxiliar
( ) Nervosismo - perde completamente o controle emocional, não consegue ajudar
( ) Foge da situação - não se sente capaz, delega para outro colega
( ) Outros. Quais?
5. Você acha que tem conhecimento atualizado sobre PCR?
( ) sim
( ) não
6. Você se sente seguro frente à PCR?
( ) sim
( ) não
7. Quais os fatores externos que dificultam o atendimento?
( ) Falta de material e de medicamento
( ) Falta de treinamento
( ) Número reduzido de atendimento à RCP
( ) O ensino acadêmico não ofereceu preparo adequado
( ) Falta de experiência
( ) Não conhece as medicações solicitadas durante à RCP
( ) Não sabe onde estão organizados os materiais e medicamentos no carrinho de emergência
56
8. Qual é o profissional que mais te deixa estressado durante a ressuscitação cardiopulmonar?
( ) médico
( ) enfermeiro
( ) fisioterapeuta
( ) auxiliar/técnico de enfermagem
( ) não entendi
9. Como me senti na maioria das vezes que atendi a uma PCR?
( ) minha atuação foi brilhante
( ) foi satisfatório auxiliei no que estava dentro das minhas possibilidades
( ) regular, poderia ter sido melhor
( ) me senti incompetente, pois não sabia a maioria das etapas
( ) me senti muito inseguro, preciso ter mais autoconfiança
10.
Na
sua
opinião,
o
que
leva
à
situação
de
estresse
durante
a
PCR?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_________________________________
11. O que você acha que poderia ser feito para aliviar esse estresse?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_________________________________
57
APÊNDICE B
AUTORIZAÇÃO
Bragança Paulista, 04de maio de 2011.
Ilmo. Sr.
Pedro Izzo
Diretor Técnico
Venho por meio desta solicitar autorização para o desenvolvimento da pesquisa
“Parada Cardiorrespiratória na Unidade de Terapia Intensiva: Percepção da equipe de
Enfermagem frente ao atendimento realizado” a ser realizada pelas alunas Graziele da Silva
Nascimento, Helen Cristina Brandão da Silva e Isa Flávia Ciriberto, regularmente
matriculadas no curso de Enfermagem da Universidade São Francisco, a pesquisa será
orientada pela Profa Ms. Gisleide C. Goes Fernandes.
Somente participarão desta pesquisa os funcionários que estiverem de acordo com o
Termo de Consentimento e a coleta de dados somente será realizada após a autorização do
Comitê de Ética em Pesquisa.
Em anexo, enviamos o Projeto de Pesquisa, o Termo de Consentimento e o
Instrumento de Coleta de Dados.
Agradecendo antecipadamente a valiosa colaboração, colocamo-nos a disposição para
quaisquer esclarecimentos.
Profa. Ms. Gisleide C. Goes Fernandes
Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso
Declaro que conheço o Projeto de Pesquisa em questão e autorizo a realização do mesmo
após apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa.
_________________________________________
Pedro Izzo
58
APÊNDICE C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Pesquisa: “Parada Cardiorrespiratória na Unidade de Terapia Intensiva: Percepção da
equipe de Enfermagem frente ao atendimento realizado”
Pesquisadores: Graziele da Silva Nascimento; Helen Cristina Brandão da Silva;Isa Flávia
Ciriberto.
Orientadora:Profa. Ms. Gisleide C. Goés Fernandes.
Eu
__________________________________________________________________,
______________anos, portadora do RG ____________________________________,
residente _____________________________________________________________,
declaro que é de livre espontânea vontade que estou participando como voluntária do projeto
pesquisa supra-citado, de responsabilidade do pesquisador, estando ciente de que:
I. O objetivo desta pesquisa é conhecer a percepção da equipe de enfermagem frente à
importância do atendimento da PCR na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
II. Durante o estudo será realizada uma entrevista com questionário contendo perguntas
que abordam as características demográficas, as dificuldades apresentadas e os
procedimentos realizados no atendimento da PCR, sendo respeitada a sua vontade de
participar.
III. A participação neste estudo não acarretará nenhum benefício terapêutico.
IV. Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a
participação do referido estudo.
V. Estou livre para interromper a entrevista a qualquer momento.
VI. A interrupção não causará prejuízo nas minhas atividades ocupacionais na UTI.
VII. Os resultados obtidos durante esta entrevista serão mantidos em sigilo, e os
pesquisadores não identificarão o voluntário por ocasião da exposição e/ou publicação
dos mesmos.
VIII. Poderá contactar o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar recursos ou
reclamações em relação ao projeto (Fone: (11) 2454-8028).
IX. Não será ressarcido ajuda de custo para participação neste estudo.
X. Poderá contactar as responsáveis (Gisleide C. Goes Fernandes (11) 40344983;
Graziele da Silva Nascimento (11)72874297; Helen Cristina Brandão silva
(19)98204130 e Isa Flavia Ciriberto(11) 84113962)pelo estudo sempre que necessário.
XI. Esse termo será preenchido em duas vias de igual teor, permanecendo uma via com o
voluntário e a outra com os pesquisadores.
XII. Algumas questões podem causar constrangimento os sujeitos da pesquisa.
Bragança Paulista, _____de _____________de 2011.
________________________
Assinatura do voluntário
________________________
Assinatura do pesquisador
59
APENDICE D
CRONOGRAMA
Atividades
2010
Mês/Ano
2
3
4
Redação do projeto de pesquisa
X
X
X
5
Encaminhamento para CEP
X
Avaliação pelo CEP
X
Coleta de dados
6
7
8
9
x
Tabulação dos dados
x
Análise dos dados
x
Levantamento Bibliográfico final
X
Redação dos resultados
X
Discussão dos resultados
X
Conclusões e Considerações finais
Revisão final
Apresentação para Banca Examinadora
10 11 12
X
X
X
X
Download

Graziele da Silva Nascimento