FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA – DME
CAMPUS DE JI-PARANÁ
SEBASTIANA ALVES DA SILVA NASCIMENTO
UMA REFLEXÃO SOBRE AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA NA
VISÃO DE EDUCADORES E EDUCANDOS DO ENSINO MÉDIO
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE JI-PARANÁ
Ji-Paraná - RO
2010
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA – DME
CAMPUS DE JI-PARANÁ
SEBASTIANA ALVES DA SILVA NASCIMENTO
UMA REFLEXÃO SOBRE AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA NA
VISÃO DE EDUCADORES E EDUCANDOS DO ENSINO MÉDIO
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE JI-PARANÁ
Trabalho de Conclusão de Curso submetido
Departamento de Matemática e Estatística,
Universidade Federal de Rondônia, Campus de
Paraná, como parte dos requisitos para obtenção
título de Licenciada em Matemática, sob
orientação do professor Ms. Marlos Gomes
Albuquerque
Ji-Paraná - RO
2010
ao
da
Jido
a
de
Dedico este trabalho a meus familiares e a todos os que me ensinaram,
apoiaram, instruíram e acreditaram que seria possível realizá-lo.
AGRADECIMENTOS
Ao Pai Celestial, fonte de sabedoria;
Aos familiares em geral e amigos, pela compreensão, apoio, ajuda e
paciência em toda a jornada;
Ao Professor Mestre: Marlos Gomes de Albuquerque, um excelente
mediador e orientador;
A todos os professores da UNIR - Campus de Ji-Paraná, especialmente, Ana
Fanny, Angela Liberalquino, Aparecida Augusta, Dilson Henrique, Emerson Ribeiro,
Francisco Chagas, Márcia Uliana, Marcos Leandro, Nelson Escudeiro, Reginaldo Tudeia e
Ricardo José.
À Equipe Pedagógica, alunos do Ensino Médio, pessoal administrativo e de
apoio, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Lauro Benno Prediger.
Especialmente aos professores, Creison, Severina e Maria Fraga;
À professora Josane Bastiane, pelo apoio prestado em todos os momentos,
Ao Elder Carpenter, pela contribuição na tradução do resumo deste trabalho.
E aos amigos acadêmicos, por todas as coisas que compartilhamos.
Muito obrigada a todos.
"O que conhecemos é ínfimo,
o que ignoramos é vasto".
(Pierre Simon Laplace)
NASCIMENTO, Sebastiana Alves da Silva. Uma Reflexão sobre Avaliação de
Matemática. 2010. 60 FL. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Matemática) –
Departamento de Matemática e Estatística da Universidade Federal de Rondônia – Campus de
Ji-Paraná.
RESUMO
Este trabalho tem como finalidade, conhecer através de alguns autores tais como: Cipriano
Luckesi (2008), Jussara Hoffmann(1996 e 2001) e Ubiratan D’Ambrósio (2001), as definições
de avaliação e buscar reflexões sobre a(s) forma(s) de avaliar a aprendizagem em Matemática.
O presente trabalho foi realizado através de pesquisa de campo contando com a participação
de cento e noventa alunos do Ensino Médio e três professores de Matemática de uma Escola
Pública de Ji-Paraná, através de questionário para a coleta de dados, tratando-se de investigar
principalmente: a(s) forma(s) que vêm sendo utilizada para avaliar a aprendizagem em
Matemática e as opiniões de Professores e Alunos quanto à melhor forma ou metodologia
para avaliar a aprendizagem Matemática. Visando o estímulo às novas pesquisas, bem como,
contribuir para melhorar a eficácia do processo ensino aprendizagem, dirigindo nosso olhar
para a excelência dos alunos e a melhoria do Sistema Educacional em nosso país.
Palavras-chave: Avaliação, Educação Matemática, Ensino Médio.
NASCIMENTO, Sebastiana Alves da Silva. A reflection on Assessment of Mathematics.
2010. 60 FL. Work Course Completion (Graduated in Mathematics) – Department of
Mathematics and Statistics from the Federal Universidad of Rondônia – campus of Ji-Paraná.
ABSTRACT
This work aims, known by some authors such as: Cipriano Luckesi (2008), Jussara Hoffmann
(1996 and 2001) and Ubiratan D'Ambrosio (2001), definitions of evaluation and fetch
reflections on the shape or shapes to assess learning in mathematics. This work was
accomplished through field research with the participation of one hundred and ninety high
school students and three mathematics teachers from a public school of Ji-Paraná, through
questionnaire for collecting data, and investigate above: the shape or shapes that have been
used to assess the learning in mathematics and the opinions of Professors and Students on
how to best or methodology for assessing learning Mathematics. Aiming at the stimulation on
new research, as well as contribute to improving the effectiveness of the learning process,
driving our gaze to the students ' excellence and improvement of the educational system in
our country.
Key-words: Assessment, Mathematics Education, High School.
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - Total Geral de Alunos Pesquisados ............................................................. 29
GRÁFICO 2 - Percentual de alunos por Modalidade de Ensino ....................................... 30
GRÁFICO 3 - Percentual de Alunos Pesquisados do Período Vespertino........................ 30
GRÁFICO 4 - Percentual de Alunos Pesquisados do Período Noturno ............................ 31
GRÁFICO 5 - Faixa Etária dos alunos Pesquisados no 1º Ano ......................................... 31
GRÁFICO 6 - Faixa Etária dos alunos Pesquisados no 2º Ano ......................................... 32
GRÁFICO 7 - Faixa Etária dos alunos Pesquisados no 3º Ano ......................................... 32
GRÁFICO 8 - Opinião Geral de alunos quanto a forma de avaliação atual .................... 33
GRÁFICO 9 - Opinião por Série de alunos quanto a forma de avaliação atual ............. 34
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 10
1. DEFINICÕES DE AVALIAÇÃO ..................................................................................... 11
1.1 - Avaliação Diagnóstica .................................................................................................... 13
1.2 - Avaliação Formativa ...................................................................................................... 14
1.3 - Avaliação Somativa.......................................................................................................... 15
2. MANEIRAS MAIS COMUNS DE AVALIAR ................................................................ 17
2.1 - Prova Objetiva .................................................................................................................. 17
2.2 - Prova Dissertativa ............................................................................................................ 17
2.3 - Testes................................................................................................................................ 18
2.4 - Dossiê ou Portfólio ........................................................................................................... 18
2.5 - Observação ....................................................................................................................... 19
2.6 - Conselho de Classe .......................................................................................................... 19
2.7 - Auto Avaliação ................................................................................................................. 20
3. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA AVALIAÇÃO ESCOLAR..................................... 21
4. UNIVERSO DA ESCOLA PESQUISADA ..................................................................... 24
4.1 - Salas de aula ..................................................................................................................... 25
4.2 - Relato da Pesquisa ........................................................................................................... 25
4.3 - Resultado da Pesquisa com os Professores ...................................................................... 27
4.4 - Resultado da Pesquisa com os Alunos ............................................................................. 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 39
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .......................................................................................... 42
ANEXOS
INTRODUÇÃO
Encontrar a melhor forma ou a forma “ideal” de avaliar a aprendizagem em
Matemática foi um desafio para esta acadêmica ao desenvolver atividades práticas no estágio
supervisionado do Ensino Médio, tendo nessa pesquisa a oportunidade de aprender mais sobre
esse assunto, uma vez que, pode ser também um desafio a grande parte de educadores que
trabalham com a disciplina de Matemática, principalmente nas Escolas Públicas.
Partindo dessa realidade, vários autores vêm desenvolvendo pesquisas,
escrevendo artigos e livros a fim de indicar caminhos e tornar a avaliação da aprendizagem
um meio no processo de ensino e não um fim como tem acontecido não só em Matemática,
mas de um modo geral, em todos os conteúdos curriculares.
Diante desses aspectos, este trabalho visa conhecer, através de alguns
autores, as definições de avaliação e buscar reflexões sobre a forma de avaliar a aprendizagem
de Matemática no Ensino Médio através de estudos bibliográficos e pesquisa de campo com
alunos dessa etapa da Educação Básica e professores de Matemática de uma Escola Pública
de Ji-Paraná.
Dividimos o presente trabalho em quatro capítulos. Inicialmente trazendo as
definições de avaliação na concepção de alguns autores, tais como: Cipriano Luckesi (2008),
Jussara Hoffmann (1996 e 2001) e Ubiratan D’Ambrósio (2001), seguido de pesquisa
bibliográfica das maneiras mais comuns de avaliar.
No terceiro capítulo, buscamos a fundamentação legal da avaliação escolar,
pesquisando na LDB (9394/96) – Lei de Diretrizes e Bases, o que essa Lei nos determina
sobre a avaliação da aprendizagem.
Finalizando, comentamos no quarto capítulo, o universo da escola
pesquisada, bem como, o relato da pesquisa, mostramos os resultados através de alguns
gráficos, trazendo também a análise dos resultados obtidos.
Acreditamos que a pesquisa desenvolvida neste trabalho possa estimular os
futuros educadores de Matemática a pesquisar mais sobre esse assunto, visto que, são poucos
os autores com formação nessa área que publicaram sobre avaliação.
1. DEFINIÇÕES DE AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem é elemento de inúmeras discussões entre
educadores, pois nem sempre seus resultados são satisfatórios, porém, muitas vezes é através
de procedimentos avaliativos que tomamos certas decisões importantes no meio escolar. Nas
orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Médio encontramos:
Quando o professor deseja que cada um dos seus alunos se desenvolva da melhor
maneira e saiba expressar suas competências, avaliar é mais do que aferir resultados
finais ou definir sucesso e fracasso, pois significa acompanhar o processo de
aprendizagem e os progressos de cada aluno, percebendo dificuldades e procurando
contorná-las ou superá-las continuamente. À medida que os conteúdos são
desenvolvidos, o professor deve adaptar os procedimentos de avaliação do processo,
acompanhando e valorizando todas as atividades dos alunos, como os trabalhos
individuais, os trabalhos coletivos, a participação espontânea ou mediada pelo
professor, o espírito de cooperação, e mesmo a pontualidade e a assiduidade. (PCN+
2002, p. 136-137).
No Dicionário Básico da Língua Portuguesa, Ferreira (1995, p. 205) refere
que avaliação é o “ato ou efeito de avaliar (-se). Apreciação, análise. Valor determinado pelos
avaliadores”. E avaliar é “determinar a valia ou valor de. Apreciar ou estimar o merecimento
de. Calcular, estimar, computar. Fazer a apreciação; ajuizar: avaliar as causas, de
merecimentos”.
Buscando conceitos de avaliação, nos deparamos com a seguinte definição
de Luckesi:
Defino a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de que a
avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. [...] A avaliação tem por
base acolher uma situação, para, então (e só então), ajuizar a sua qualidade, tendo
em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário. A avaliação, como ato
diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a inclusão e não a seleção
(que obrigatoriamente conduz à exclusão). O diagnóstico tem por objetivo aquilatar
coisas, atos, situações, pessoas, tendo em vista tomar decisões no sentido de criar
condições para a obtenção de uma maior satisfatoriedade daquilo que se esteja
buscando ou construindo (2008, p. 172-173).
Luckesi (2008, p. 69) entende ainda a “avaliação como um juízo de
qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão”. Estes são os
elementos que compõem a compreensão constitutiva da avaliação.
A tomada de decisão é uma tomada de posição, isto é, um estar a favor ou
contra aquilo que foi julgado, sendo que isto implica em três possibilidades: continuar na
situação, introduzir modificações ou suprimir a situação ou objeto. A avaliação da
aprendizagem refere-se à decisão do que fazer com o aluno, quando a sua aprendizagem se
12
manifesta satisfatória ou insatisfatória. Ao se desrespeitar esta etapa, o ato de avaliar não
completará seu ciclo constitutivo.
Hoffmann (2001) entende avaliação como uma ação provocativa do
professor, desafiando o aluno a refletir sobre as experiências vividas, a formular e reformular
hipóteses, direcionando para um saber enriquecido.
Ainda segundo Hoffmann:
Quando a finalidade é seletiva, o instrumento de avaliação é constatativo, prova
irrevogável. Mas as tarefas, na escola, deveriam ter o caráter problematizador e
dialógico, momentos de trocas de idéias entre educadores e educandos na busca de
um conhecimento gradativamente aprofundado (1996, p. 66).
Concordamos com Luckesi (2008), quando diz que o erro pode ser utilizado
como fonte de virtude, sendo que o professor deve estar “aberto” para observar o
acontecimento como acontecimento e não como erro.
Porém, o que predomina ainda hoje é a avaliação como instrumento do
“medo”, gerando inseguranças. Assim sendo, a atenção está centrada na nota e não no
caminho percorrido para obtê-la, estas são operadas e manipuladas como se nada tivessem a
ver com a trajetória do processo de aprendizagem. Alguns professores utilizam as provas
como ameaça e tortura prévia, como um fator negativo de motivação. Os alunos são
conduzidos a estudar, pensar e agir em função de uma nota e não pela obtenção do saber. A
aprendizagem neste contexto deixa de ser algo prazeroso e solidário, passando a ser um
processo solitário e desmotivador, contribuindo para a seletividade social, principalmente para
atender as exigências do sistema vigente.
Em crítica a esse modelo, D’Ambrósio manifesta que:
A avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua prática
docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus
esquemas de conhecimento teórico e prático. Reprovar, selecionar, classificar, filtrar
indivíduos não é a missão do educador. Outros setores da sociedade devem se
encarregar dessa missão (2001, p. 78).
Ao refletirmos sobre a condução do processo de avaliação surgem alguns
questionamentos: por que o aluno não aprende? A avaliação promove ou exclui o aluno? Os
professores sabem avaliar? Qual o objetivo do processo de avaliação?
As respostas para estas questões ainda se constituem em grandes desafios. A
seguir dissertamos sobre alguns tipos específicos de avaliação.
13
1.1 – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
A Avaliação Diagnóstica é também nomeada por alguns autores de
avaliação de entrada, onde é realizada nas primeiras semanas de cada ano letivo para conhecer
as experiências e conhecimentos que os alunos trazem para a escola, ou seja, seus
conhecimentos prévios, seus conceitos espontâneos, detectando o que precisa ser construído,
aprofundado, sistematizado ou socializado. Avaliam-se então, as competências e as
habilidades já construídas ou as que estão em processo de construção, tendo em vista os
objetivos e capacidades que se pretende avaliar em relação ao conhecimento matemático.
Luckesi (2003) defende que a avaliação deva ser um instrumento auxiliar de
aprendizagem, sendo mais diagnóstica e não para aprovação ou reprovação de alunos, sendo
menos somática. Assim ele completa dizendo:
Este é o princípio básico e fundamental para que ela venha a ser diagnóstica. Assim
como é constitutivo do diagnóstico médico estar preocupado com a melhoria de
saúde do cliente, também é constitutivo da avaliação da aprendizagem estar
atentamente preocupada com o crescimento do educando. Caso contrário, nunca será
diagnóstica (LUCKESI, 2003, p. 82).
Outro aspecto interessante é sobre a idéia de Luckesi da função da avaliação
como instrumento de auto-compreensão do professor, aluno e sistema de ensino, permitindo
descobrir os desvios:
No que se refere à proposição da avaliação e suas funções, há que se pensar na
avaliação como um instrumento de diagnóstico para o avanço e, para tanto, ele terá
as funções de autocompreensão do sistema de ensino, de autocompreensão do
professor e autocompreensão do aluno. [...] O professor, na medida em que está
atento ao andamento dos seus alunos, poderá, através da avaliação da aprendizagem,
verificar o quanto o seu trabalho está sendo eficiente, e que desvios está tendo. O
aluno, por sua vez, poderá estar permanentemente descobrindo em que nível de
aprendizagem se encontra, dentro de sua atividade escolar, adquirindo consciência
do seu limite e das necessidades de avanço (LUCKESI, 2003, p. 82-83).
Luckesi também acrescenta que para a avaliação funcionar como ferramenta
de auto-compreensão, deve ter um caráter participativo:
Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de auto-compreensão,
importa que tenha, também, o caráter de uma avaliação participativa. Por
participativo, aqui, não estamos entendendo o espontaneísmo de certas condutas
auto-avaliativas, mas sim a conduta segundo a qual o professor, a partir dos
instrumentos adequados de avaliação, discute com os alunos o estado de
aprendizagem que atingiram (LUCKESI, 2003, p. 84)
Assim sendo, Luckesi defende que a avaliação diagnóstica possui elevado
valor didático, uma vez que permite uma correção de rumos do sistema de ensino, do
14
professor e do aluno, durante o processo de ensino-aprendizagem por meio da autocompreensão, e para que esta ocorra, deve ser participativa, através de diálogo adequado com
os alunos.
Os resultados de uma avaliação diagnóstica servirão para planejar situações
didáticas que favoreçam o desenvolvimento das competências que ainda não foram
construídas ou que estão em processo de construção, permitindo ao professor realizar
intervenções reais e significativas através de trabalhos diversificados, ajudará também o
professor na decisão dos caminhos que precisará para superar as dificuldades e avançar no
processo de ensino e aprendizagem.
Esse tipo de avaliação pode ser realizado através de pré-testes, teste
diagnóstico, observação, conversas informais, jogos, competições (brincadeiras e dinâmicas),
provas escritas, dentre outros instrumentos elaborado pelo professor.
1.2 – AVALIAÇÃO FORMATIVA
É a avaliação que ocorre enquanto o aluno está aprendendo; enquanto ele
está executando as atividades.
Esta modalidade de avaliação, segundo Hadji (2001, p. 19), localiza-se “no
centro da ação de formação e sua função principal é contribuir para uma boa regulação da
atividade de ensino”.
Podemos dizer que esta avaliação associa-se à função de controle por ter
como propósito perceber se os objetivos foram ou não atingidos, se o aluno dominou ou não o
conhecimento em questão. Tendo como característica principal ser informativa e de
acompanhamento, pois, informa ao professor sobre o desempenho do aluno, seus progressos e
dificuldades e fornece indicadores sobre eventuais falhas no processo didático, possibilitando
reformular seu planejamento no sentido de oferecer e garantir a aprendizagem para todos e da
melhor maneira possível.
Praticar a avaliação formativa e exercitar a regulação do ensino demandam,
segundo Perrenoud (1999), a implementação de um novo fazer docente no sentido de
reorganizar e propor diferenciação do ensino na tentativa de mudar a prática pedagógica
sempre que necessário para garantir a aprendizagem. A avaliação formativa implica no
15
reconhecimento do aluno enquanto um ser único. “Uma avaliação formativa coloca à
disposição do professor informações mais precisas, mais qualitativas, sobre os processos de
aprendizagem, as atitudes e as aquisições dos alunos” (PERRENOUD, 1999, p. 149).
A conseqüência do próprio modo de ensinar implica no compromisso de
buscar o constante aperfeiçoamento do ensino enquanto espaço e tempo para favorecer a
aprendizagem dando meios aos alunos para buscarem a superação das dificuldades.
A avaliação formativa pode acontecer através de exercícios diversos,
observações, pesquisas, etc.
1.3 – AVALIAÇÃO SOMATIVA
A avaliação somativa pretende investigar e comprovar o grau de
aprendizagem atingido pelo aluno ao final do processo de instrução. Esta modalidade de
avaliação, também denominada cumulativa, acontece depois da ação e tem a “função de
verificar se as aquisições visadas pela formação foram feitas. [...] a avaliação cumulativa,
sempre terminal, é mais global e refere-se a tarefas socialmente significativas” (HADJI, 2001,
p.19).
Um exemplo bem simples é quando o professor propõe uma atividade no
final de um conteúdo ou mesmo de um período (bimestre) para ser realizada pelos alunos,
individual ou coletivamente. Ao direcionar o trabalho, o interesse do professor é constatar se
os objetivos mais gerais foram atingidos e em que grau isso aconteceu.
Se por um lado, a avaliação somativa possibilita delinear o cenário das
aprendizagens edificadas, por outro, oferece ao professor um panorama razoavelmente claro e
preciso acerca da afetividade do ensino.
Essa modalidade de avaliação também chamada de classificatória ou
tradicional é a mais freqüente no Ensino Médio, onde se observa que alguns educadores
elaboram provas, geralmente com questões de diferentes níveis e complexidade – algumas,
fáceis, algumas difíceis e outras tantas medianas. Esta prova é centrada no conteúdo e não nos
objetivos. Geralmente, os professores aplicam estas provas controlando o ambiente: não
procedem as explicações, não realizam leituras, não permitem qualquer movimentação.
Posteriormente, corrigem as provas atribuindo notas e as devolvem e orientam os alunos com
16
rendimento insuficiente para estudarem mais.
Os tipos de instrumentos mais utilizados nessa modalidade avaliativa são as
provas objetivas e as provas subjetivas.
2. MANEIRAS MAIS COMUNS DE AVALIAR
A princípio as características de avaliação moderna deixam clara a
impossibilidade de se avaliar o aluno com uma única técnica e um único instrumento. Se,
pretendem-se avaliar o comportamento do aluno em sua globalidade de domínios, diferentes
maneiras terão que ser usadas.
2.1 – PROVA OBJETIVA
É realizada através de uma série de perguntas diretas, para respostas curtas,
com apenas uma solução possível; avaliando o quanto o aluno aprendeu sobre dados
singulares e específicos do conteúdo, abrange em seu contexto grande parte do exposto em
sala de aula, mas poder ser respondida ao acaso ou de memória e sua análise não permite
constatar quanto o aluno adquiriu de conhecimento a menos que o professor estabeleça
critérios exigindo que os alunos façam e entregue as questões desenvolvidas à parte.
Muitos professores fazem chaves de correção, ou gabarito, elaboram
instruções sobre a maneira adequada de responder e define o valor de cada questão.
2.2 - PROVA DISSERTATIVA
Prova dissertativa consiste em uma série de perguntas que exijam
capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar. Através desse tipo de avaliação,
o professor poderá verificar no aluno sua capacidade de análise, de abstração e de formulação
e redação de idéias.
Esse tipo de avaliação permite ao aluno a liberdade para expor os
pensamentos, mostrar suas habilidades de organização, interpretação e expressão. Contudo
18
não mede o domínio do conhecimento, pois geralmente é realizada sobre uma pequena
amostra do conteúdo.
Ao elaborar uma prova dissertativa, cabe ao professor definir o valor de
cada pergunta e atribuir pesos à clareza das idéias, ao poder de argumentação, à conclusão e à
apresentação da prova.
2.3 – TESTES
Existem vários tipos de teste, entretanto, os que dizem respeito diretamente
à avaliação da aprendizagem são os testes de rendimentos escolares, também chamados de
escolaridade, de conhecimento, de aproveitamento escolar.
Servem para medir a aquisição de informações e ou o domínio de
capacidades e habilidades resultantes do ensino. Na sua forma mais simples, um teste pode
requerer do estudante o reconhecimento de informações específicas previamente aprendidas.
Em uma forma mais elaborada, pode requerer, do aluno, a análise de um sistema de relações
complexas, não estabelecidas previamente.
.
2.4 – DOSSIÊ OU PORTFÓLIO
O dossiê pode ser uma pasta na qual o aluno organiza todas as atividades
que desenvolveu num certo período, como: pesquisas, resoluções de exercícios, trabalhos em
equipe. Segundo Ribeiro (2007, p. 122) esse material “permite ao professor avaliar a evolução
de seus alunos e saber onde estes necessitam de ajuda podendo assim melhorar suas práticas
de ensino com o intuito de sanar essas necessidades”. Além disso, servirá para o educando
perceber a evolução das suas próprias aprendizagens.
19
2.5 – OBSERVAÇÃO
É a análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em
situações planejadas, cuja função primordial é perceber o desenvolvimento do aluno. Fazemse anotações no momento em que ocorre determinado fato, evitando generalizações e
julgamentos, considerando somente os dados fundamentais no processo de aprendizagem.
Através da observação o educador conhecerá melhor o educando no que se
refere à: participação nas aulas, resolução de atividades individuais e em grupos, atitudes,
hábitos de estudo, comportamentos típicos dos alunos ao fazerem uma prova, participarem de
uma discussão, e demais comportamentos que sejam relevantes ao processo avaliativo.
2.6 – CONSELHO DE CLASSE
É definida como uma reunião liderada pela equipe pedagógica de uma
determinada turma, na qual é compartilhado informações sobre a classe e sobre cada aluno
para embasar a tomada de decisões. Tem o intuito de favorecer a integração entre professores,
análise do currículo e a eficácia dos métodos utilizados; facilitando a compreensão dos fatos
com a exposição de diversos pontos de vista.
Em um conselho de classe é importante fazer sempre observações concretas
e não rotular o aluno, para que a reunião não se torne apenas uma confirmação de aprovação
ou reprovação, tendo uma pauta de discussão, listam-se os itens que se pretende comentar.
Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos
problemas, suas causas e soluções.
O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação às
intervenções necessárias no processo de ensino-aprendizagem e o professor deve usar essas
reuniões como ferramenta de auto-análise para prever mudanças, sempre que necessário.
20
2.7 – AUTO-AVALIAÇÃO
Consiste em uma análise oral ou por escrito, usado por alguns educadores
que se preocupam em formar indivíduos críticos, sendo capazes de analisarem as suas
próprias aptidões, atitudes, comportamentos, pontos favoráveis e desfavoráveis. Em acordo
com o que diz Ribeiro:
A auto-avaliação possibilita ao professor e ao aluno um momento reflexivo sobre o
trabalho realizado. Ambos acabam desenvolvendo processos reflexivos no sentido
de buscar a melhor forma de prosseguir. Através da auto-avaliação, o aluno pode
promover seu desenvolvimento como um sujeito autônomo e crítico frente ao
processo de ensino-aprendizagem. E o professor pode refletir sobre as estratégias de
pensamento utilizadas pelos alunos e sobre a própria atividade pedagógica (2007, p.
119).
Portanto, a auto-avaliação é a oportunidade que se dá ao aluno de fazer o
seu próprio julgamento e apreciar o seu progresso. Nesse sentido, os alunos desenvolvem a
responsabilidade, assumem a culpa por suas omissões, erros e, eventualmente, pelos seus
fracassos.
3. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº. 9394/96 propõe uma
mudança de mentalidade, pois se fundamenta em teorias contemporâneas, que levam a
compreensão do processo avaliativo sob nova óptica, onde o professor e o aluno, numa
relação dialética, constroem a aprendizagem, sendo ambos, sujeitos desse processo de
construção.
Nesta perspectiva, há necessidade do processo educativo ser entendido
como um todo, onde ensino e aprendizagem ocorram simultaneamente, a avaliação e a
recuperação também façam parte desse processo, cujo compromisso maior é a aprendizagem.
A LDB 9394/96, consagra o princípio da avaliação em todos os níveis. O
artigo 24, inciso V é o que faz referência mais explícita ao tipo de processo de avaliação. Diz
o texto:
A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries, mediante verificação do
aprendizado.
Da letra “a” entende-se que o aluno não pode ser avaliado num momento
isolado do resto do processo, e que a avaliação não é o ponto alto do bimestre, como se todas
as outras atividades tivessem que ser realizadas com seriedade e aplicação porque aqueles
conteúdos vão cair na prova.
A avaliação só se entende como processo contínuo. Da parte do professor,
diz respeito à observação diária, à atenção dirigida ao que o aluno faz e ao que diz, ao modo
como reage às diversas situações na sala de aula, como se comporta ao enfrentar certos
conteúdos, em que aspectos demonstram maior ou menor facilidade, quanto cresceu em
relação aos comportamentos anteriores, como interage com a turma e assim por diante.
O termo “contínua” deve contemplar os demais instrumentos de verificação
que complementam essa observação. Uma ou duas provas parecem-nos recursos insuficientes
para a avaliação discente. Fazer a média entre estes dois instrumentos, aplicados no final do
primeiro e do segundo mês dos bimestres, equivale a ensinar aos alunos que todo o resto (a
interação nas aulas, a realização de exercícios, as respostas às questões orais do professor) não
vale coisa alguma.
22
Distribuir a avaliação em diversos instrumentos de medida, onde além das
provas incluir a observação diária, senão para obter notas, como registro qualitativo do
processo, são maneiras de realizar uma avaliação contínua.
Outra prática interessante integrada a perspectiva contínua, parece-nos ser o
envolvimento do aluno na própria avaliação. Seria produtivo que os alunos se habituassem a
fazer as próprias anotações, registrar os dados de sua situação: falar de si mesmo, de como foi
o processo de estudo, da interação com o conhecimento, das próprias atitudes, dos pontos
onde sentiram maior ou menor dificuldade. Essas anotações constituem um material para a
reflexão discente, além de servirem como ponto de partida para os momentos de diálogo
pessoal entre educador e educando, fundamentais num processo avaliativo. Outra forma seria
a avaliação por participação ou notas de auto-avaliação (que raramente têm influência
decisiva na avaliação do professor).
Considerar os aspectos qualitativos no processo de avaliação nada tem a ver
com aprovar ou dar mais pontos para os alunos bonzinhos ou esforçados, que participam da
aula, mas não sabem a matéria. Significa, sim, não limitar o olhar do que se avalia aos
conteúdos que podem ser objetivamente mensuráveis e quantificáveis. Isso não quer dizer
que, no momento de definir se um aluno tem condições de ser promovido para a etapa
seguinte, o professor não opte por verificar se o aluno possui os conteúdos mínimos, ou se
desenvolveu as aptidões necessárias para vir a aprendê-los. Fica claro que o processo da
avaliação adquire finalidades que vão além da promoção ou reprovação dos alunos, e se
dirigem para os cuidados de uma educação integral.
As letras seguintes (b e c) permitem acreditar, que a avaliação deve estar
voltada para a promoção, e não para a estagnação: é o momento para possibilitar ao aluno
demonstrar o nível de seu conhecimento de forma a permitir-lhe avançar ou não.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394 de 20 de dezembro de 1996
determina que a avaliação da aprendizagem, nas instituições educacionais, deve indicar o
caminho da aprendizagem, isto é, deve servir de diagnóstico do processo educacional, e assim
permitir a intervenção no mesmo. A avaliação precisa indicar o porquê da não-aprendizagem,
quais foram as causas que os levaram a não incorporar os conteúdos para aquele momento.
Nesse contexto tem-se a compreensão de que o processo ensinoaprendizagem necessita de avaliações sucessivas e sistemáticas de forma a oportunizar a
imediata ação do professor, como mediador, sobre as dificuldades do aluno. Quanto ao aluno,
através da avaliação, deve localizar e interpretar suas falhas e com intervenções pedagógicas
do professor, buscar a melhor forma de saná-las, e assim construir sua aprendizagem.
23
Esta concepção é reafirmada por Demo, (2000, p. 41) quando diz que: “O
docente precisa avaliar o aluno todo dia, seja para ter as mãos de modo permanente um
diagnóstico correto, seja para, tomando por base esse diagnóstico, elaborar uma estratégia de
combate ao fracasso escolar”.
Convém assinalar que para transformar a realidade, antes de qualquer coisa,
é necessário o querer, o desejar, o compromisso efetivo, e a força de vontade. Mas, a
mudança não se dá de uma vez, é necessário assumir coletivamente o compromisso e
promover ações concretas na direção da efetivação da avaliação da aprendizagem escolar
como ascensão cultural e social do discente, desencadeando um processo de mudança
abrangente e crescente nos mais variados segmentos: família, sala de aula, escola, grupo de
escolas, comunidade, sistema de ensino, sociedade civil e sistema público, a partir da criação
de uma base crítica entre educadores, alunos, pais e os responsáveis direta ou indiretamente
pela educação.
Entende-se que alguns preceitos da LDB 9394/96, a partir de um processo
avaliativo mediador que é, por sua natureza preventiva no sentido de uma atenção constante
às dificuldades apresentadas pelos alunos, é cumulativo e não somativo no sentido de que os
dados qualitativos e quantitativos se complementem, permitindo uma análise global do
aprendizado do aluno. Dessa forma, a reflexão acerca de tais princípios, pelos professores, é
essencial, para entender as determinações legais, que deveriam ser o ponto de partida para a
implementação de tais práticas em avaliação.
4. UNIVERSO DA ESCOLA PESQUISADA
A pesquisa (de campo) foi realizada na Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Lauro Benno Prediger, sito a Rua Avenca nº 2042, Bairro Santiago KM
05, no município de Ji-Paraná – RO. Contou com um total de 03 (três) professores que atuam
na disciplina de Matemática no Ensino Fundamental e Médio e 190 (cento e noventa) alunos
regularmente matriculados no 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio, das modalidades de ensino
regular e seriado semestral, correspondendo à faixa etária entre 15 à 40 anos de idade.
Essa Escola atende em sua maioria alunos de periferia com baixo poder
aquisitivo, seus professores são todos habilitados em Licenciatura Plena em áreas específicas.
Possui três modalidades de ensino: Ensino Fundamental e Médio Regular, CBA – Ciclo
Básico de Aprendizagem e a EJA – Educação de Jovens e Adultos. Tem três turnos de
funcionamento nos seguintes horários: matutino, das 7h15 às 11h30, com quatro aulas de
sessenta minutos e quinze minutos de recreio; vespertino, 13h15 às 17h30, com quatro aulas
de sessenta minutos e quinze minutos de recreio e noturno, das 19h às 22h40, com aulas de
cinqüenta minutos e dez minutos de recreio.
A proposta Pedagógica da Escola, segundo seu Projeto Pedagógico, leva em
conta a Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96, a Constituição Federal, o Estatuto da Criança
e do Adolescente, o disposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais e a Resolução 138/99
CEE/RO, onde enfatiza em seu artigo 3º os princípios de um ensino voltado para a liberdade
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber. Tem como
linha de trabalho a perspectiva construitivista-sócio-interacionista, onde concebe que o
indivíduo constrói seu conhecimento interagindo com o mundo em que vive.
Ainda conforme o Projeto Político Pedagógico da Escola, o sistema de
avaliação e de recuperação da aprendizagem é diversificado devido a diferentes faixas etária
dos alunos.
Neste menciona-se que durante o ano letivo haverá quantas avaliações
forem necessárias, tendo como referencial:
I.
Avaliação Diagnóstica: Procedida no início de cada matéria
trabalhada, tendo como finalidade diagnosticar pré-requisitos da série
anterior;
II. Avaliação Formativa: Procedida no decorrer da unidade trabalhada,
tendo como finalidade a formação da personalidade do educando;
25
III. Avaliação Somativa: Transcorrida durante cada bimestre, tendo como
finalidade a quantificação dos resultados obtidos em forma de notas
ou conceitos, equivalentes a 10,0 (dez) pontos.
O estudo de recuperação se destina ao aluno de aproveitamento insuficiente
em cumprimento ao disposto nos artigos 12, Inciso V e artigo 24, inciso II letra C da Lei
9394/96, e em consonância com o projeto de Recuperação da Escola, implícito no Regimento
Escolar e Projeto Político Pedagógico. Sendo o estudo de recuperação adotado pela escola o
semestral.
4.1 – AS SALAS DE AULAS
A formação das turmas tem seguido a regra de quantos chegarem,
matriculam-se. A falta de construção de novas escolas tem superlotado algumas salas de aula,
principalmente da EJA – Educação de Jovens e Adultos, onde a procura (em algumas séries)
tem sido muito além da oferta, sendo que nessas proximidades, a Escola Lauro Benno é a
única que oferece essa modalidade de Ensino. Não se pode cobrar de um professor uma boa
qualidade de ensino numa turma de 40 alunos aglomerados em quarenta e poucos metros
quadrados. Havendo também um alto índice de evasão escolar principalmente nas turmas da
EJA, por vários motivos sendo os mais comuns: trabalho, mudança, falta de interesse pelos
estudos, etc. Visto que, a missão da Escola que é: “assegurar um ensino de qualidade,
garantindo o acesso e a permanência dos alunos na Escola”. (Projeto Político Pedagógico da
Escola 2009, p. 27)
4.2 – RELATO DA PESQUISA
A coleta de dados aconteceu nos dias 13 e 14 de abril do corrente ano nos
horários da tarde e noite, sendo realizada através de questionários contendo 05 (cinco)
questões cada.
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Na presente pesquisa, inicialmente aplicada aos professores, foi realizado
um levantamento sobre sua atuação, tendo como objetivo verificar quais educadores estão
atuando apenas no Ensino Fundamental ou apenas no Ensino Médio, ou ainda nos ensinos
Fundamental e Médio paralelamente. Procurou-se conhecer também a faixa etária de cada um.
Com isto, buscou-se responder se existe alguma ligação entre a forma de avaliar e a
modalidade de ensino que o professor utiliza, bem como, se há diferenças nas práticas
avaliativas conforme a idade do professor.
Tendo nas primeiras questões a perspectiva de localizá-los no tempo e
espaço, buscamos ainda com a terceira questão, uma breve reflexão, ao procurar identificar
quais os tipos de avaliação de aprendizagem os professores utilizam para com seus alunos,
onde poderiam escolher as opções: provas objetivas; provas dissertativas; aplicação de testes;
trabalhos individuais; trabalhos em grupo; conselho de classe; auto-avaliação e outros, com
espaço para descrever, caso não encontrasse o tipo de avaliação que utilizavam. Neste caso,
na intenção de descobrir quais os tipos de avaliação esses professores praticam atualmente no
Ensino Médio, mesmo sendo uma questão objetiva, havia total liberdade para os mesmos
expressarem sua própria forma de avaliar.
Em seguida, tendo o objetivo de analisar se o professor segue alguma teoria,
modelo ou realiza suas avaliações conforme seus conhecimentos e intenções, perguntamos
aos docente se: consideram que avaliam a aprendizagem de seus alunos adequadamente,
podendo responderem sim ou não. Porém, solicitamos também que justificassem suas
respostas.
Solicitamos finalmente, para que os professores opinassem quanto à melhor
forma ou metodologia para avaliar a aprendizagem matemática, e que justificassem suas
respostas. Nesta etapa, o objetivo era que os professores tecessem suas contribuições de forma
reflexiva, para que pudéssemos analisar se, na prática, a avaliação acontece conforme
idealizamos; se o que aprendemos como forma de avaliar, conseguimos praticá-la ou está
longe do ideal?
Coletamos posteriormente as opiniões dos alunos, através de questionário
equivalente ao dos professores, apenas com alguns ajustes para adequar cada questão aos
discentes. Primeiramente, realizamos um levantamento quanto ao ano (série) em curso: 1º, 2º
ou 3º; à modalidade de ensino: Regular ou Seriado; ao turno: vespertino ou noturno; bem
como sua faixa etária. O objetivo foi relacionar certa maturidade do aluno em relação às
respostas discursivas quanto suas opiniões, caso fosse conveniente.
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Adiante, procuramos saber, no ponto de vista dos alunos: qual ou quais
tipo(s) de avaliação matemática eles eram submetidos, podendo escolher as opções: provas
objetivas; provas dissertativas; aplicação de testes; trabalhos individuais; trabalhos em grupo,
conselho de classe; auto-avaliação; e outros, com espaço para descrever, caso não encontrasse
o tipo de avaliação que eram submetido. Nesta questão o objetivo foi investigar se os alunos
imaginam ou mesmo sabem se são avaliados de outras maneiras por seus professores.
Perguntamos ainda, se os alunos concordavam com a forma em que sua
aprendizagem dos conteúdos matemáticos estavam sendo avaliados, com pedido de
justificativa para a resposta dada, uma vez que também poderiam dar suas contribuições ou
críticas, caso não estivessem satisfeitos com as formas avaliativas da escola ou de seus
professores.
Solicitamos, por último, que os alunos que opinassem quanto a melhor
forma ou metodologia para avaliar sua aprendizagem em matemática, e que justificassem suas
respostas. Nesta etapa o objetivo era que os alunos tecessem suas contribuições de forma
reflexiva, para que pudéssemos analisar e buscar soluções, utilizando suas opiniões quanto ao
que esperam de uma avaliação “ideal”.
4.3 – RESULTADO DA PESQUISA COM OS PROFESSORES
Com o intuito de preservar o anonimato dos professores pesquisados os
indicaremos neste trabalho, como sendo: Professor A, Professor B e Professor C.
Sendo assim, apuramos que o Professor A atua somente no Ensino
Fundamental: Regular e Seriado Semestral e sua faixa etária é de mais de 45 anos, sendo seus
turnos de trabalho o vespertino e o noturno.
Os Professores B e C atuam no Ensino Fundamental e Médio (Regular e
Seriado), sendo que o Professor B cumpre sua carga horária nos turnos vespertino e noturno e
sua faixa etária está entre 40-45 anos; e o Professor C cumpre seus turnos nos períodos
matutino e noturno sua faixa etária está entre os 30-35 anos.
Quanto ao tipo de avaliação que utilizam: os Professores A e B
responderam: Provas Objetivas e Dissertativas, Aplicação de Testes, Trabalhos Individuais e
em Grupo. Já o Professor C respondeu: Provas Objetivas e Trabalhos Individuais e em Grupo.
28
Podemos analisar nesta questão que os professores diversificam suas formas
avaliativas, não se desculpando por terem muitas turmas e atuarem em uma modalidade com
duas formas de organização, conforme apuramos inicialmente e que é possível avaliar os
alunos diversificadamente independente de idade, turno, modalidade de ensino e várias
turmas.
Ao responderem a questão quatro: Você considera que avalia a
aprendizagem de seus alunos adequadamente? Justifique.
Apenas o Professor B respondeu “sim” e não justificou a sua resposta. Na
nossa visão, pode ser que este professor procure fazer o possível, estando satisfeito e
consciente de seu trabalho realizado com seus alunos, pois conforme respondeu anteriormente
percebe-se que o mesmo utiliza formas diversificadas de avaliação.
O Professor A disse: “Não. Pois nem sempre temos essa liberdade”. Podese inferir que esse professor gostaria de inovar suas maneiras de avaliar seus alunos, mas fica
preso ao modelo apresentado pelo sistema educacional.
O Professor C disse: “Não. Podemos melhorar”. Aqui percebemos que o
professor assume que “não” avalia a aprendizagem de seus alunos adequadamente e diz que
“podemos melhorar”, mesmo utilizando em suas práticas avaliativas como respondido
anteriormente: Provas Objetivas e Trabalhos Individuais e em Grupos. Reconhece que não é
tudo e que pode ser feito algo a mais. Com isso, acreditamos que o entrevistado se refere a
toda uma prática metodológica do ensino da Matemática e não tão somente a avaliação.
Fechando a pesquisa com os professores, estes registraram suas opiniões
quanto a melhor forma ou metodologia para avaliar a aprendizagem de Matemática:
“A melhor forma, é aquela diariamente, onde o aluno pode tirar duvidas, e
questionar o que ele aprendeu” (Professor A).
“Na avaliação diária em cada aula, que seja através de provas ou trabalhos em
grupos” (Professor B).
“Acompanhamento individual diário. Acredito ser um método mais confiável por ser
personalizado” (Professor C).
Com base nestas opiniões, percebemos que os professores defendem a
avaliação formativa, aquela que se procede no decorrer da unidade trabalhada, e que é
defendida por Demo, quando diz que “o docente precisa avaliar o aluno todo dia, seja para ter
as mãos de modo permanente um diagnóstico correto, seja para, tomando por base esse
diagnóstico, elaborar uma estratégia de combate ao fracasso escolar” (2000, p. 41).
29
4.4 – RESULTADOS DA PESQUISA COM OS ALUNOS
Da questão 1: “Você está cursando: 1º, 2º ou 3º ano; Regular ou Seriado;
período de aula: vespertino ou noturno”. Os Gráficos de 1 a 4 nos mostram os percentuais
dos dados coletados nesta questão.
No Gráfico 1, mostramos o total geral de alunos pesquisados sendo em
percentuais aproximados, pois obtivemos um total de setenta e sete alunos do 1º ano, sessenta
e três alunos do 2º ano e cinqüenta alunos do 3º ano, perfazendo o total geral de cento e
noventa alunos, verificando que a maioria pertencem ao 1º ano.
Gráfico 1 – Total Geral de Alunos Pesquisados .
O Gráfico 2 refere-se às modalidades de ensino, sendo: Ensino Médio
Regular e Ensino Médio Seriado Semestral, em que a maioria pertencem ao 1º ano do Ensino
Médio Regular
30
Gráfico 2 – Percentual de alunos por Modalidade de Ensino
Nos Gráficos 3 e 4 demonstramos os percentuais de alunos do 1º, 2º e 3º ano
do Ensino Médio sem distinção das formas de organização de ensino, por períodos de aula
que os alunos estudam, sendo o Gráfico 3 referente ao período vespertino e o Gráfico 4
referente ao período noturno.
Observamos no Gráfico 3 uma ordem decrescente de percentuais de alunos
do 1º para o 3º ano, visto que esses percentuais são aproximados e referem-se à um total de
setenta e oito alunos.
Gráfico 3 – Percentuais de Alunos Pesquisados do Período Vespertino
31
Gráfico 4 acontece o contrário do anterior, a ordem é crescente e os
percentuais são aproximados e refere-se a um total de cento e doze alunos desse período.
Gráfico 4 – Percentuais de Alunos Pesquisados do Período Noturno
Na questão 2: Da faixa etária: Podemos analisar conforme os dados
representados no Gráfico 5, que a maioria dos alunos do 1º ano correspondem a faixa etária
entre 15 e 20 anos de idade. O total geral de alunos pesquisados nesse grupo foram de setenta
e sete alunos.
Gráfico 5 – Faixa Etária dos Alunos Pesquisados no 1º ano
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Dos 63 alunos do 2º ano, observamos conforme representa o Gráfico 6, que
nesse grupo de alunos quase que há um equilíbrio de idades, sendo a maioria pertencente a
uma faixa etária entre 15 a 20 anos de idade.
Gráfico 6 – Faixa Etária dos Alunos Pesquisados no 2º ano
Dos 50 alunos do 3º ano, representados no Gráfico 7, podemos analisar uma
diversidade maior de idade em relação às outras turmas, ou seja, nesta turma de 3º ano
encontramos alunos com menos de 15 anos a maiores de 40 anos. No entanto, a grande
maioria correspondem a idade considerada normal para atuação no Ensino Médio.
Gráfico 7 – Faixa Etária dos Alunos Pesquisados no 3º ano
33
Na questão 3, sobre qual o ponto vista do aluno quanto o(s) tipo(s) de
avaliação matemática que ele é submetido, temos que nesta questão houve divergências nas
respostas, isto porque os alunos de mesma turma marcaram tipos diferentes de avaliação. No
entanto, foi uma minoria que assinalou apenas uma alternativa. Entendemos que isto pode ser
que os mesmos não se dão conta que são avaliados além das provas escritas. Por outro lado,
uma grande parte de alunos confirmou em suas respostas que são avaliados de várias formas
por seus professores de Matemática. Os itens mais freqüentes foram: Provas objetivas e
discursivas, aplicação de testes, trabalhos individuais e trabalhos em grupos. Os alunos não
são avaliados por conselho de classe ou por auto-avaliação, confirmando assim o resultado de
ambas as pesquisas, com os alunos e com os professores.
Na questão 4: Se o aluno concorda com a forma em que sua aprendizagem
dos conteúdos matemáticos estão sendo avaliados? Do total geral de alunos pesquisados,
analisamos em suas respostas, conforme representados no Gráfico 8 , a satisfação da maioria
desses alunos, os quais concordam com a forma em que são avaliados.
Gráfico 8 – Opinião geral de alunos quanto a forma de avaliação atual
Apresentamos no Gráfico 9 esta mesma questão, sendo os dados gerais da
pesquisa apresentados graficamente por série, prevalecendo as opiniões de forma geral.
.
34
Gráfico 9 – Opinião de alunos, por série, quanto a forma de avaliação atual
Quanto às justificativas dadas para a questão 4, todas encontram-se nos
anexos desse trabalho, Porém, destacamos dos alunos que concordam, as seguintes
justificativas:
“Sim. O Professor avalia conforme a regra”.
“Sim. Pois o Professor passa avaliações de todos os conteúdos”.
“Sim. Para que possamos ter notas boas”.
“Sim concordo, mas o tempo que temos é muito corrido nem praticamos direito um
exercício já passamos para outro, é onde ficam a nos dever”.
“Sim. Porque a professora é bem objetiva, estou tendo explicações ótimas”.
“Sim. Porque se tudo fosse tão fácil como queremos não aprenderemos como
deveremos aprender”.
“Em partes sim, isto é, a questão como a professora avalia é boa, mas infelizmente
nos do seriado não temos o privilégio de ver todo o conteúdo para termos uma noção
básica do que vamos enfrentar nos concursos, deixando a desejar em todas as
matérias”.
“Sim. Porque antes de aplicar provas o professor explica bem o conteúdo, passa
vários trabalhos, pesquisas e sempre acha um ótimo método de avaliar”.
“Sim. Porque estou muito bem por aprender a matéria, existe trabalho em grupo e
outras avaliações, participação em sala, etc”.
“Sim. Porque dessa forma que estou sendo avaliado, melhora o aprendizado”.
“Sim. Porque a professora avalia tudo o que fazemos”.
“Sim. Porque antes a professora explica com os mínimos detalhes”.
35
“Sim. Porque a professora explica e corrige todas as tarefas que passa”.
“Sim. Porque nós temos trabalhos individuais e em grupos e as notas não ficam
acumuladas em apenas uma prova ou teste”.
“Sim. Porque a professora explica muito bem e nos avalia de forma justa e certa, ela
me faz interessar mais e mais na matéria. Estou sempre querendo aprender mais.
Acho que é a matéria que mais me chama a atenção, porque sempre tem um segredo
e então acabo descobrindo muito rápido. Adoro a matéria de Matemática”.
“Sim, porque estou sendo avaliado de forma justa e formal. Acho até que é a única
matéria que me interessa para buscar um alto incentivo de aprender. A Matemática é
sempre um mistério para mim, mas do jeito que sou avaliado consigo me interessar
de forma surpreendente”.
“Sim. Porque a professora explica muito bem a matéria e quase não ficam dúvidas
nos conteúdos”.
“Sim. Porque além de fazer as provas objetivas, também temos as atividades
individuais. Assim nos ajudam aprender cada vez mais em relação à Matemática. É
uma matéria que convivemos no nosso dia”.
“Sim. Mas a Matemática em minha opinião é uma matéria difícil de entender”!
Apenas com essas justificativas em acordo com a forma atual de avaliação,
podemos notar, o quanto os alunos esperam de nosso trabalho como professores em sala de
aula, a importância que tem as explicações e a correção de exercícios, a paciência ao ensinar e
a valorização contínua de seus trabalhos, como também formas variadas de avaliação.
Destacamos também algumas das justificativas referentes aos alunos que
não concordam com as formas em que seus conhecimentos matemáticos estão sendo
avaliados:
“Não concordo, tempo curto precisamos de mais tempo”.
“Não. Porque estamos só com duas aulas de Matemática por semana, e assim
estamos sendo prejudicados”.
“Não. Porque temos poucas aulas de Matemática na semana e sendo assim a única
coisa que a professora pode fazer é passar trabalhos e exercícios para casa e marcar
o dia para prova”.
“Não, porque só temos duas aulas de Matemática por semana”.
“Não devido a linguagem que o professor utiliza em sala de aula. Poderia ser mais
cativo para que os alunos pudessem entender melhor”.
“Não concordo, pois há 11 anos fora de sala de aula é muito tempo, às vezes não me
recordo bem, fico um pouco perdido nas frações principalmente”.
“Não. Porque os assuntos de provas deviam ter mais tempo de explicação para poder
fazer uma prova melhor”.
“Não, porque eu acho que as provas deveria ser mais em grupos”.
36
“Não, porque não tirei as minhas dúvidas”.
“Não. Acho que deveria haver mais trabalhos em grupos”.
“Não. Por falta de conteúdos e melhor explicações”.
“Não. Estão sendo explicados muito rápidos e não estamos aprendendo direito”.
“Não. Eu acho que não deveria ter prova porque a prova às vezes me deixa
apavorada por isso deveria ter trabalho”.
“Não. Desde o segundo ano regular perdi o interesse na Matemática por falta de
explicação”.
“Não, porque o aluno não tem que provar que sabe o conteúdo, mas sim mostrar em
trabalhos seu crescimento na matéria”.
“Não. Porque a maioria das vezes passam prova que é um absurdo sem consulta”.
Notamos, nestas breves justificativas, os alunos reconhecendo que estão
sendo prejudicados com poucas aulas de Matemática e que necessitam de mais tempo para
obter melhores aprendizados, como também, alunos desinteressados com a Matemática
alegando falta de explicação do professor e ainda aqueles que solicitam mais trabalhos nos
quais podem não só provar que aprenderam e sim demonstrar.
Em relação à questão 5: Na sua opinião, qual é a melhor forma ou
metodologia para avaliar seus conhecimentos na aprendizagem de matemática? Justifique.
Temos que houve um grande número de alunos que não opinaram, deixando essa questão em
branco. No caso, todas as opiniões estão nos anexos desse trabalho e pode ser que sirvam para
futuras análises. Porém, selecionamos o comentário de um dos alunos de que “o melhor
método é esse que temos, fazendo trabalhos em grupo, tarefas avaliativas e testes. Eu acho
muito bom o método de avaliação de Matemática”.
A opinião acima demonstra um aluno satisfeito com as práticas avaliativas
da Escola, estando ciente de que precisa ser avaliado através de vários instrumentos.
Ainda quanto à questão 5, podemos elencar algumas opiniões dos alunos:
“Dar um teste avaliativo primeiro, para conhecer melhor meu aprendizado para
depois aplicar a prova”.
“Gosto dos trabalhos, das provas, pois é uma forma de observar se aprendemos
mesmo a matéria”.
“Através de aplicações de testes e trabalhos, assim é uma forma de você próprio
conhecer suas próprias limitações, seus conhecimentos, etc”.
“Sendo avaliado a cada matéria diferente, avaliar após ter terminado um conteúdo”.
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“A cada final de assunto novo. Aplicar uma prova com que foi passado para os
alunos”.
Estas opiniões nos reportam aos três tipos de avaliação: diagnóstica,
formativa e somativa, proposta na dimensão pedagógica da escola e conceituada por alguns
autores.
Já as afirmativas:
“Era que se todos os professores passassem de mesa em mesa quando o aluno
solicitar para tirar dúvidas”.
“Que os professores estejam passando nas carteiras para tirar duvidas dos alunos,
pois muitos tem vergonha de perguntar”.
Sugerem que esses alunos querem um atendimento personalizado e pode ser
que isso seja indício de que os mesmos estudam em salas de aula superlotadas e que suas
dúvidas não vêm sendo sanadas em atendimento coletivo do professor. Neste caso, surge a
dúvida, será que é possível, atualmente, em nossas escolas públicas oferecer um atendimento
individualizado a nossos alunos? Considerando a superlotação das salas de aula e demais
fatores que influenciam no bom desempenho das funções de professor, acreditamos que seja
quase impossível atender a cada aluno individualmente, mas sempre podemos vencer os
obstáculos e ir além das expectativas.
Ao destacar que a melhor forma de ser avaliado é através de “trabalhos
individuais. Assim o aluno tem que pesquisar quando surgem dúvidas. Desta forma o próprio
aluno vai buscar as respostas de suas perguntas ou dúvidas”.
Um aluno do 2º ano Regular nos mostra que, conforme a prática avaliativa,
o professor promove o aprendizado autônomo do aluno. Que significa o “aprender a
aprender” sugerido nos PCNs.
Na afirmação: “Com o professor passando os exercícios e depois corrigindo
para obter mais resultados”. O aluno sugere que o professor corrija os exercícios para obter
mais resultados certamente nas provas, pois acontece muitas vezes de o aluno cometer um
erro ao resolver um exercício e se o mesmo não for corrigido ele comete erros equivalentes
nas avaliações.
“Através de trabalhos individuais ou em grupos, pois na maioria das vezes os alunos
estudam e entendem a matéria, mais na hora de fazer uma avaliação o aluno fica
nervoso e esquece a matéria”.
“A melhor forma é trabalharmos mais em grupo assim seria melhor a aprendizagem,
porque quando sentamos numa cadeira só com uma folha na mão ficamos muito
nervosos e não conseguimos fazer nada. Por isso é melhor fazer trabalhos em
grupo”.
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Aqui, ressalta-se que os aspectos emocionais influenciam na hora da prova,
principalmente em Matemática. Bortoloti, em sua tese “a influência dos aspectos emocionais
nas avaliações em Matemática”, nos mostra que a maioria dos entrevistados pronunciaram a
mesma emoção: nervosismo e ansiedade, e em seus
depoimentos, identificou-se alguns
sintomas físicos, como a dor de barriga e a taquicardia. E assim, como as sensações de
nervosismo, a apreensão e a própria ansiedade surgiram como sentimentos de desprazer nos
momentos que antecederam a prova:
A ansiedade e as sensações de nervosismo foram às emoções, consideradas
desfavoráveis ao desempenho dos alunos, citadas com maior freqüência, quando se
perguntava o que os alunos sentiam nos momentos anteriores à prova. O alívio,
também citado com maior freqüência, referindo-se ao que sentiam após a prova.
Pode-se inferir que existe uma relação entre o que o aluno disse sentir anteriormente
e posteriormente à prova, pois se o aluno se sente ansioso e conseqüentemente,
tenso, nervoso e preocupado, é natural, na maioria das vezes, que após “vencer” este
sofrimento, sinta alívio (2002, p. 15).
Nas opiniões: “Sendo avaliado a cada matéria diferente, avaliar após ter
terminado um conteúdo”. E, “A cada final de assunto novo. Aplicar uma prova com que foi
passado para os alunos”. Observamos uma certa confirmação com o que diz nas Orientações
Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais:
À medida que os conteúdos são desenvolvidos, o professor deve adaptar os
procedimentos de avaliação do processo, acompanhando e valorizando todas as
atividades dos alunos, como os trabalhos individuais, os trabalhos coletivos, a
participação espontânea ou mediada pelo professor, o espírito de cooperação, e
mesmo a pontualidade e a assiduidade. (PCN+, 2002, p. 137).
Finalmente, em relação às opiniões dos alunos sobre a questão 5, em que
dois alunos destacam:
“Com as provas que são aplicadas em sala de aula individual. Só assim a professora
saberá se o aluno aprendeu ou não”.
“Tendo vários testes avaliativos, aplicado pelo professor, para ver se o conteúdo que
o professor está aplicando está alcançando os objetivos tanto pelo aluno quanto pelo
professor”.
Percebemos que os alunos sabem o real objetivo das avaliações, além de
suas concepções refletiram que: O professor, na medida em que está atento ao andamento dos
seus alunos, poderá, através da avaliação da aprendizagem, verificar o quanto o seu trabalho
está sendo eficiente, e que desvios está tendo. O aluno, por sua vez, poderá estar
permanentemente descobrindo em que nível de aprendizagem se encontra, dentro de sua
atividade escolar, adquirindo consciência do seu limite e das necessidades de avanço.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A avaliação da aprendizagem está diretamente ligada, e é de suma
importância ao processo de ensino e aprendizagem, precisando ser encarada com muita
seriedade pelos professores e alunos para que propicie a ambos o crescimento diante da
aprendizagem, valorizando o desempenho do aluno, durante o ano letivo.
Avaliar é comprovar se os resultados obtidos condizem com as expectativas
do professor, ou melhor, é verificar até que ponto as metas foram atingidas e se é preciso,
traçar novas metas ou rever as que foram planejadas, sendo, portanto, parte integrante do
processo de ensino-aprendizagem e que tem como perspectiva a construção do conhecimento.
Assim, a avaliação precisa acontecer de forma que, professores e alunos percebam suas faltas
e a partir daí cresçam juntos.
A falta de interesse do aluno em aprender, sem dúvida, constitui um dos
maiores desafios para os professores, como também para a sua prática avaliativa. No entanto,
a avaliação da aprendizagem é um poderoso instrumento de mudança de comportamento,
promovendo o desenvolvimento intelectual, social e afetivo do educando.
Embora a avaliação diversificada seja uma prática difícil de ser aplicada,
exatamente por não existir receitas prontas, cabe a cada educador buscar estratégias para a sua
prática avaliativa, levando em consideração o contexto social e escolar em que o aluno está
inserido, e dentro dessa realidade buscar incessantemente novas práticas, quanto à forma de
avaliar o educando.
Segundo Vasconcellos (2003, p. 222):
Por não haver uma forma perfeita de avaliação, há necessidade de alimentarmos uma
atitude ao mesmo tempo de humildade e de ousadia: não ter medo de fazer, não
deixar de avaliar, de criar dispositivos avaliativos que favoreçam a efetiva
aprendizagem, e estar aberto à crítica, ter presente que qualquer prática de avaliação
é sempre uma aproximação, o que demanda diálogo autêntico.
Percebemos que atualmente a avaliação de aprendizagem não se limita à
aprovação ou reprovação do aluno, mas abrange também seu comprometimento com o
aprendizado. “Podemos melhorar”, conforme a contribuição de um professor nessa pesquisa,
o qual considera que não avalia seus alunos adequadamente e esta visão possibilita pensar em
novas políticas educacionais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso
de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF, 08 de maio de 2001
BRASIL. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. PCN+: Ensino Médio – orientações
educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002.
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio. Brasília: MEC, 1997.
BORTOLOTI, Roberta D´Angela Menduni. A influência dos aspectos emocionais na
avaliação em matemática. 2002. - UESB - GT: Educação Matemática/ n° 19
CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: Leitura Crítico-compreensiva artigo a artigo.
Petrópolis: Vozes 1997.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria à pratica – 10 ed. Campinas:
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ANEXOS:
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Dos alunos que concordam com a forma que são avaliados em Matemática, alguns
expressaram-se da seguinte forma:
“Sim. O Professor avalia conforme a regra”.
“Sim. Pois a avaliação é uma forma de testar nossos conhecimentos”.
“Sim. Porque é uma forma mais rápida de aprender e ganhar notas”.
“Sim. Pois o Professor passa avaliações de todos os conteúdos”.
“Sim. Para que possamos ter notas boas”.
“Sim concordo, mas o tempo que temos é muito corrido nem praticamos direito um exercício
já passamos para outro, é onde ficam a nos dever”.
“Sim. Porque a professora é bem objetiva, estou tendo explicações ótimas”.
“Sim. Porque se tudo fosse tão fácil como queremos não aprenderemos como deveremos
aprender”.
“Em partes sim, isto é, a questão como a professora avalia é boa, mas infelizmente nós do
seriado não temos o privilégio de ver todo o conteúdo para termos uma noção básica do que
vamos enfrentar nos concursos, deixando a desejar em todas as matérias”.
“Sim. Porque o professor explica com calma, depois responde as dúvidas e depois passa a
prova”.
“Sim, porque estou me interagindo e entendendo”.
“Sim. Porque as formas que os professores trabalham nas aulas de Matemática, na minha
opinião está bom”.
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“Sim, pois o professor ensina muito bem e explicadinho”.
“Concordo porque a aprendizagem é muito boa, o conteúdo é bem explicado”.
“Sim. Porque antes de aplicar provas o professor explica, bem o conteúdo passa vários
trabalhos, pesquisas e sempre acha um ótimo método de avaliar”.
“Sim. Porque tem nos trazido um bom conhecimento”.
“Sim. Porque os conteúdos estão sendo explicados para os alunos”.
“Sim. Porque estou muito bem por aprender a matéria, existe trabalho em grupo e outras
avaliações, participação em sala, etc”.
“Sim. Porque dessa forma que estou sendo avaliado, melhora o aprendizado”.
“Sim. Porque eu acho que os professores são muito capacitados a nos ensinar e tem muita
paciência”.
“Sim. Concordo, porque tenho uma ótima professora que ensina bem e tem paciência para
explicar”.
“Sim, porque a professora ensina muito bem”.
“Sim. Porque os conteúdos estão sendo passado de acordo com nosso estudo e estão sendo
bem explicados”.
“Sim. Porque são trabalhos em grupo, testes e avaliação e com isso eu aprendo muito”.
“Sim. Porque as notas são muito bem atribuídas, tanto nas provas como nos trabalhos, nos
exercícios e no comportamento. Então está ótimo o aprendizado”.
“Sim. Acredito que desta forma o aprendizado é mais eficaz”.
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“Sim. Porque a professora avalia tudo o que fazemos”.
“Sim. Porque tenho uma ótima professora que batalha para nos ensinar”.
“Sim. Porque antes a professora explica com os mínimos detalhes”.
“Sim. Porque a professora explica e corrige todas as tarefas que passa”.
“Sim. Porque nós temos trabalhos individuais e em grupos e as notas não ficam acumuladas
em apenas uma prova ou teste”.
“Sim. Porque não é uma matéria difícil de aprender, basta simplesmente seguir as regras que a
Matemática nos impõe”.
“Sim. A professora explica bem e passa os conteúdos em dia”.
“Sim. Porque deste modo não só eu, mas outras pessoas podem aprender, pois deste modo
está muito mais fácil”. (Provas, testes, trabalhos individuais e trabalhos em grupo)
“Sim. Porque a professora tem um ótimo método de ensino”.
“Sim. Porque faz com que eu tenho uma das melhores aprendizagens”.
“Sim. Porque a professora explica muito bem e nos avalia de forma justa e certa, ela me faz
interessar mais e mais na matéria estou sempre querendo aprender mais. Acho que é a matéria
que mais me chama a atenção, porque sempre tem um segredo e então acabo descobrindo
muito rápido. Adoro a matéria de Matemática”.
“Sim, porque estou sendo avaliado de forma justa e formal, acho até que é a única matéria que
me interessa para buscar um alto incentivo de aprender. A Matemática é sempre um mistério
para mim, mas do jeito que sou avaliado consigo me interessar de forma surpreendente”.
“Sim. Porque a professora explica muito bem a matéria e quase não fica duvidas sobre os
conteúdos”.
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“Sim porque nela você passa seus conhecimentos”.
“Sim. Porque o seriado é um curso muito rápido, e o modo que o professor instrui essa
modalidade é muito boa, pois não deixam as aulas monótonas e faz com que o aluno aprende
bem a matéria, através de avaliações e trabalhos”.
“Sim. Porque além de fazer as provas objetivas, também temos as atividades individuais.
Assim nos ajudam aprender cada vez mais em relação a Matemática, é uma matéria que
convivemos no nosso dia”.
“Sim, pois além de aplicar a prova, a professora passa trabalhos e alguns testes para a melhor
aprendizagem dos alunos”.
“Sim. O conteúdo é aplicado e bem explicado, depois é dada a avaliação para ver se
aprendeu”.
“Sim. Porque tenho uma professora que sabe extrair do aluno a Matemática da melhor
maneira sendo que seus ensinamentos são muito bons. Professora”.
“Sim, porque em tudo nós usamos a Matemática”.
“Sim, porque o professor de Matemática é super bom, explicação excelente”.
“Sim. Mas a matemática em minha opinião é uma matéria difícil de entender”!
Dos alunos que não concordaram houve as seguintes justificativas
“Não. Porque as explicações não estão sendo passada claramente”.
“Não. Porque o professor avaliava também pelo comportamento”.
“Não. Porque o professor de Matemática só havia dado duas aulas até o momento”.
“Não concordo, tempo curto precisamos de mais tempo”.
“Não. Porque estamos só com duas aulas de Matemática por semana, estamos sendo
prejudicados”.
“Não. Porque temos poucas aulas de Matemática na semana e sendo assim a única coisa que a
professora pode fazer é passar trabalhos e exercícios para casa e marcar o dia para prova”.
“Não, porque só temos duas aulas de Matemática por semana”.
“Não, porque o professor não dá tempo para o aluno estudar e o professor tem que explicar a
parada pro aluno”.
“Não devido a linguagem que o professor utiliza em sala de aula, poderia ser mais cativo para
que os alunos pudessem entender melhor”.
“Não concordo, pois há 11 anos fora de sala de aula é muito tempo, às vezes não me recordo
bem, fico um pouco perdido nas frações principalmente”.
“Não concordo porque deveria ter mais tempo de aula para explicar mais. Uma hora por dia é
pouco”.
“Não porque o conteúdo é só explicado e não verificado diariamente se o aluno aprendeu.”
“Não. Faltam mais métodos de práticas da Matemática”.
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“Não. Acho que deviam pegar mais no pé no sentido de pressionar o aluno a fazer a prova.”
“Não. Porque os assuntos de provas deviam ter mais tempo de explicação para poder fazer
uma prova melhor”.
“Não, porque eu acho que as provas deveriam ser mais em grupos”.
“Não porque não tirei as minhas dúvidas”.
“Não. Acho que deveria haver mais trabalhos em grupos”.
“Não. Porque nós do seriado, o tempo é muito curto. Os professores não entendem quando
não aprendemos, eles estão carecas”.
“Não. Porque as formas avaliativas de hoje não estão boas, difícil de aprender”.
“Não. Por falta de conteúdos e melhores explicações”.
“Não. Estão sendo explicados muito rápidos e não estamos aprendendo direito”.
“Não. Porque os professores não explicam muito bem a matéria para os alunos e os alunos
não aprendem nada”.
Não. “Eu acho que não deveria ter prova porque a prova às vezes me deixa apavorada por isso
deveria ter trabalho”.
“Não. Desde o segundo ano regular perdi o interesse na Matemática por falta de explicação”.
“Não. A maioria dos professores, quase não estão passando trabalho de pesquisa”.
“Não. Não temos conteúdos suficientes para uma boa aprendizagem”.
“Não. Porque a forma em que eu estou sendo avaliado não vejo nenhum benefício para o
futuro”. (Provas objetivas, trabalhos individuais e trabalhos em grupo).
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“Não, porque o aluno não tem que provar que sabe o conteúdo, mas sim mostrar em trabalhos
seu crescimento na matéria”.
“Não. Porque a maioria das vezes passam provas que é um absurdo sem consulta”.
Opiniões dos alunos quanto à melhor forma para avaliar seus conhecimentos na
aprendizagem matemática:
“Dar um teste avaliativo primeiro, para conhecer melhor meu aprendizado para depois aplicar
a prova”.
“Era que se todos os professores passassem de mesa em mesa quando o aluno solicitasse para
tirar dúvidas”.
“Algo que não seja confundível à cabeça do aluno e estar sempre indo às carteiras para tirar
duvidas dos alunos”.
“Que os professores estejam passando nas carteiras para tirar duvidas dos alunos, pois muitos
tem vergonha de perguntar”.
“Mais tarefas, ou seja, tarefas para casa, melhor do que passar muitas provas, assim
aprendemos mais”.
“Fazendo trabalhos em grupos para um ajudar o outro”.
“Fazer trabalho em grupo e tarefa para casa valendo nota”.
“A professora passar trabalhos, provas em dupla, porque assim desenvolve mais, duas mentes
juntas trabalham mais”.
“Passando bastantes testes para testar o conhecimento do aluno antes de aplicar provas”.
“Para as pessoas saber que a Matemática é boa em todos os momentos que estamos vivendo”.
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“Fazer trabalho em grupos, testes, provas e conversar mais com os alunos”.
“Provas e trabalhos individuais”.
“Provas objetivas, aplicação de testes e trabalhos em grupo”.
“Explicação correta do professor e ter vários exemplos e conteúdos”.
“Trabalhos e pesquisas”.
“Aplicação de testes e trabalhos”.
“A melhor forma é os professores darem mais explicação e fazerem mais trabalhos”.
“É só explicar com exemplos claros e objetivos”.
“Sentar perto do aluno e ensinar o aluno e avaliar o comportamento dele, chamar a atenção se
estiver errado”.
“Trabalhos em grupo e auto-avaliação”.
“Com avaliações individuais, atividades em sala e perguntas sobre os conteúdos”.
“Dar trabalhos para fazer em casa e estudar mais em casa”.
“Fazendo trabalhos, testes e exercícios”.
“Uma boa explicação dos professores e provas”.
“Através de provas e trabalhos”.
“Através de provas individuais, trabalhos e até mesmo em atividades de sala”.
“Através de trabalhos e avaliações”.
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“Através de provas”.
“Gosto dos trabalhos das provas, pois é uma forma de observar se aprendemos mesmo a
matéria”.
“Fazer prova avaliando o todo, seria bem melhor, só assim os alunos estudavam mais”.
“Trabalhos e Pesquisas”.
“Com provas testes e trabalhos”.
“Passar pequenos testes avaliativos para treinar os alunos antes de uma prova”.
“O melhor método é esse que temos, fazendo trabalhos em grupo, tarefas avaliativas e testes,
eu acho muito bom o método de avaliação de Matemática”.
“Pesquisas e trabalhos em grupos, pois assim as duas pessoas podem compartilhar seus
conhecimentos e aprenderem mais”.
“Trabalhos individuais. Assim o aluno tem que pesquisar quando surgem dúvidas. Desta
forma o próprio aluno vai buscar as respostas de suas perguntas ou dúvidas”.
“Com o professor passando os exercícios e depois corrigindo para obter mais resultados”.
“Através de aplicações de testes e trabalhos, assim é uma forma de você próprio conhecer
suas próprias limitações, seus conhecimentos, etc”.
“Provas e trabalhos em dupla”.
“Aplicação de provas orais, porque sendo assim eu sei que terei que encarar meu professor e
se eu for mal, ou seja, não ter estudado vou errar todas as perguntas”.
“É melhor com pequenas avaliações e trabalhos”.
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“O melhor jeito é aplicar teste em grupo ou duplas porque daí podemos trocar conhecimentos
uns com os outros”.
“É bom fazer bastante trabalho e prova, pois assim quando chegar ao fim do bimestre
saberemos bastante sobre o assunto”.
“Sendo avaliado a cada matéria diferente, avaliar após ter terminado um conteúdo”.
“A cada final de assunto novo. Aplicar uma prova com que foi passado para os alunos”.
“Passando provas e trabalhos individuais”.
“Acho que já estou sendo avaliada do jeito mais justo que existe, acho que não aprendo
melhor de outro jeito”. Esse aluno marcou as seguintes opções na questão 3 (testes, trabalhos
individuais, trabalhos em grupo e provas).
“Para o professor repetir a avaliação se o aluno não aprendeu um conteúdo”.
“Aplicação de teste e auto-avaliação”.
“Aplicando trabalhos e acabar com as provas”.
“Trabalhos em grupos, avaliações individuais. Se fosse possível apenas pelo comportamento,
seria melhor”.
“Através de trabalhos individuais ou em grupos, pois na maioria das vezes, os alunos estudam
e entendem a matéria, mais na hora de fazer uma avaliação o aluno fica nervos e esquecem a
matéria”.
“Com as provas que são aplicadas em sala de aula individual. Só assim a professora saberá se
o aluno aprendeu ou não”.
“Aplicando trabalhos individuais e provas individuais”.
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“Tendo mais leituras, e ter mais explicação para os alunos e também os professores terem
mais paciência com os alunos”.
“Provas em grupo, pois os alunos tem facilidade de se comunicar melhor entre si, ou seja,
podem discutir o assunto assim entendem melhor o conteúdo”.
“Mais trabalhos em grupos e individuais e menos provas e testes”.
“Aplicação de testes, alguns trabalhos tanto em grupo como individual, pois ajudam no
entendimento da matéria que está sendo estudada”.
“A melhor forma é com prova para testar o conhecimento, trabalhos e uma avaliação pessoal
do comportamento do aluno”.
“Com provas bimestrais, trabalhos avaliativos, presença continua nas aulas para que não
percam as explicações que são fundamentais para o seu conhecimento”.
“A mesma que está sendo feita conosco, prova objetiva e trabalho individual”.
“A melhor maneira de avaliar um aluno na aprendizagem matemática é através de sua
dedicação com a matéria, trabalho, prova, avaliar o esforço do aluno e acima de tudo as
provas objetivas”.
“Com testes. Acho a melhor forma de avaliar, pois os professores explicam bem e passam o
teste, fica mais fácil concluir as provas”.
“Tendo vários testes avaliativos, aplicado pelo professor, para ver, se o conteúdo que o
professor está aplicando está alcançando os objetivos tanto pelo aluno quanto pelo professor”.
“Testes. Provas, provas orais e um bom professor”.
“Prova oral e trabalho”.
“Várias formas para fazer com que os alunos se interajam com a turma”.
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“Deveria ser avaliado mais por participação, eu aprendo melhor”.
“Avaliar com mais trabalhos e tarefas de sala para serem observadas e corrigidas pelos
professores”.
“Provas de múltipla escolha, porque seria bem mais fácil e evitaria um pouco dos alunos
colarem”.
“Mais trabalhos, mais atividade em sala de aula e atividades para casa”.
“A melhor forma é trabalhos, testes, provas objetivas e trabalhos em grupo, o trabalho em
grupo é fundamental para um aluno passar o que sabe ao amigo”.
“Com provas mais objetivas e mais bem elaboradas”.
“Desenvolver mais trabalhos para ser apresentados para outros alunos, quem sabe para toda a
escola”.
“A melhor forma e trabalharmos mais em grupo assim seria melhor a aprendizagem, porque
quando sentamos numa cadeira só com uma folha na mão ficamos muito nervosos e não
conseguimos fazer nada, por isso é melhor fazer trabalhos em grupo”.
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SEBASTIANA ALVES DA SILVA NASCIMENTO UMA REFLEXÃO