BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA ANO VII N° 03- MAIO - JUNHO 2014 EDITORIAL Adilson do Nascimento I mpressiona-me, de forma negativa e angustiante, como a personalidade, a mente e a consciência das pessoas se adaptam ao meio em que estão inseridas, mesmo quando se defrontam com barbaridades causadas pelas guerras, pela violência urbana e, principalmente pela criminalidade de toda espécie, fazendo com que tudo que nos cerca, apesar da violência, passe a fazer parte integrante da nossa existência natural. Na gestão pública, por exemplo, basta haver um novo escândalo para que esqueçamos o último, por mais torpe que tenha sido. Na cotidianidade de nossas vidas a gente ouve, lê e vê, no rádio, nos jornais e na televisão, uma infinidade de situações, das mais danosas consequências, nos mais variados segmentos, e após tanto massacre auditivo e visual, passamos a considerar como se normais fossem, ainda que apresentem consequências perversas que possam causar ou que tenham causado danos irreparáveis ao nosso meio, ao cidadão e à comunidade. Convivemos com assassinatos cruéis em razão de que a vítima ao ser abordada dispunha de uma diminuta quantia em espécie. Convivemos com crimes de morte pelo simples fato de que a moça do caixa virou-se para o bandido, após ter sido assaltada, sem qualquer resistência, parecendo reconhecê-lo. Convivemos com assassinatos por ciúme doentio, quando um dos parceiros mata o outro que não mais quer viver ao seu lado, como se nos fosse dada a propriedade de alguém. Convivemos com a morte de um filho, provocada pelo pai, sob a estúpida “justificativa” de que estaria vingando da ex-mulher, mãe da criança, que o teria abandonado, ainda que a ela se dê todas as razões para isso. Convivemos com estupro, por si só estúpido e imbecil, às vezes seguido da morte da vítima indefesa, que tentou defender sua integridade física e sua honra. Convivemos com latrocínio (roubo seguido de morte), quando a pobre vítima se encontra em um ponto turístico, apreciando a beleza da natureza. Convivemos com sequestro de pessoas que batalharam honestamente para proporcionar melhor condição de vida às suas famílias e, brutal e impiedosamente, vêm o seu patrimônio ser usurpado por marginais inconsequentes. Convivemos com o roubo de um veículo quando se vai junto uma criança inocente, sem que os bandidos se atentem para a dor que causam aos pais, avós, tios e demais parentes. Convivemos com o assassinato de filhos, cometidos pelos próprios pais, quando envolve uma apólice de seguro ou uma exigência que contraria qualquer preceito de dignidade, feita por uma madrasta ou por um padrasto da criança. Convivemos com a violência doméstica, que agride, estupra e mata, quando geralmente um parente ou pessoa muito próxima da vítima é o autor da barbaridade. Convivemos diariamente com pedestres, motociclistas e motoristas ensanguentados no asfalto, depois de serem atropelados por veículos conduzidos por inabilitados ou por habilitados irresponsáveis. Convivemos com o furto de toda espécie, nas mais variadas ocasiões, bastando um simples descuido, na praia, no clube, no restaurante e até na igreja. Convivemos com uma maciça dilapidação do patrimônio público sem que os culpados, quando apanhados, o que é raro, devolvam um centavo do que desviaram. Convivemos com todo o tipo de marginalidade brutal, desumana, irrefreável e a menos que a tragédia nos diga respeito ou esteja muito próxima de nós, não nos indignamos, não nos revoltamos. Parece-me que a consciência das pessoas se assemelha a uma roda quadrada que na medida em que gira, vai se adaptando ao relevo, até tomar forma arredondada e poder se mover com desenvoltura. Quando os marginais, autores de qualquer tipo de crime, são apanhados e sofrem uma condenação, são beneficiados por uma série de recursos protelatórios, previstos na legislação e, ainda, absurdamente, por uma série de indultos, que devolvem para as ruas criminosos da mais alta periculosidade. Quando parte da população se revolta e sai às ruas para protestar e exprimir publicamente sua indignação, qual é o foco do protesto? O aumento de R$ 0,20 no preço das passagens ou os gastos excessivos de dinheiro público na reforma e construção de estádios e aeroportos para a Copa do Mundo de Futebol, quando esses gastos já estão consolidados e não mais será possível reverter a situação. Além do mais esses movimentos reivindicatórios vêm sempre incorporados pela presença de vândalos encapuzados, sem qualquer compromisso com a ordem pública e cujo foco principal é causar danos ao patrimônio público e privado, destruindo imóveis, ônibus e automóveis, quando sabidamente seus proprietários não têm qualquer responsabilidade ou participação na causa das manifestações. Por que não se fizeram protestos em 2007 quando o país se candidatou e foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, quando se sabia, de antemão, que não tínhamos estádios, aeroportos, hotéis, malha viária, educação, segurança, enfim, condições mínimas para a realização do evento? Os gastos exorbitantes nas reformas e construções de estádios, principalmente com dinheiro público em propriedades particulares, realmente foram um desperdício incompreensível e imperdoável, ainda mais se considerarmos que muitos deles se tornarão, após a copa, um “elefante branco” perdido no meio do nada, servindo para coisa alguma. Quanto aos aeroportos, não vejo da mesma forma. Afinal, a população brasileira usuária de aeroportos e avião cresceu 243%, nos últimos anos, dentro do país, passando de 33 milhões para 113 milhões de passageiros/ano, o que determinaria, sem qualquer sombra de dúvida, a necessidade de ampliação dos nossos aeroportos carentes, indiferentemente de Copa, sob pena da completa falência do sistema. Notícias & comentários www.afagouveia.org.br Confiram nas Imagens que deslizam Links externos www.portalgouveia.com.br Notícias atualizadas de Gouveia. Atenção para a Kobufest 2014 http://www.caminhosdaserra.org.br/ Projetos, fotos e vídeos http://www.gouveia.mg.gov.br Site oficial da Prefeitura Municipal de Gouveia. http://radiokobufm.listen2myradio.com/ Links Permanentes Boletim Informativo Acesso a todas as edições do Boletim Informativo da AFAGO. Leitura obrigatória para conhecer o que se passa na Afago e em Gouveia e seleção das conversas dos frequentadores do sítio www.afagouveia.org.br. Comissão Mineira de Folclore http://www.afagouveia.org.br/ ComissaoMineiraFolclore.htm Comissão Mineira de Folclore - CMFL • • • • • • • • • • • • • • Diretoria Museu Artes Populares Centro de Artes 64 Anos da CMFC Carranca 2004 Carranca 2005 Carranca 2006 Carranca 2012 Carranca 2013 Revista 46a. Semana Folclore Video Folder/Cartaz Coloquio/Exposição Conversas: Folclore e Educação Links Temporários Perfil do Associado – Para recordar que os associados da Afago estão devendo apresentarse aos internautas para saberem com quem podem contar em caso de apoio. Até o momento, apenas 5 se apresentaram. Adilson do Nascimento, Zayde de Oliveira Gomes Pereira, Milton M. Ferreira de Miranda, Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro e Roberto Alves Nunes. Prêmio Afago 2014 – Relação nominal dos estudantes, finalistas, candidatos ao Prêmio Afago de Literatura edição 2014 e sua Produção Literária Ao percorrer cada linha o internauta é informado do nome do estudante selecionado como finalista, juntamente com o título do texto de sua autoria, bem como o recurso para acessar a obra encaminhada pelo autor. Ao visualizar essa obra, depara-se com a ficha completa: Nome da escola, do autor, ano que frequenta, professor que encaminhou o texto, categoria – poema, ensaio, conto – e título. Prêmio Afago 2014 –Reportagem fotográfica destacando os dois momentos da cerimônia de premiação. O primeiro, no salão paroquial, no qual diretores e professores da Escola Municipal Zezé Ribas do Pedro Pereira recebem os convidados e o segundo, no Centro Social Dom Paulo Lopes de Faria, em cujo local se desenvolve a cerimônia de apresentação dos trabalhos, números artísticos, entrega de certificados aos concorrentes e premiação dos vencedores. Gouveia Notícias: Dividido em sete seções, acompanha registros da Câmara Municipal – Poder Legislativo – atas de reuniões e prestação de contas; Poder Executivo – notícias encaminhadas para divulgação tais como Programa de Governo a atribuições por secretaria. Sociedade Civil – informações sobre comunidades e associações comunitárias ONGs, tais como Caminho da Serra, Subcomité da Bacia do Paraúna. Legislação Lei Orgânica, Código de Posturas, Código Tributário, Lei de Parcelamento até o projeto de Lei do Plano Diretor. Comunidades reportagens importantes sobre programas e eventos. Outras Notícias – reportagens diversas sobre acontecimentos com impacto local ou regional. Livro de Mensagens. Esta seção não se confunde com a que se encontra na quinta linha após rolar a coluna <afago> ela foi reservada para associados enviarem notícias importantes de interesse para Gouveia, exigindo não apenas o nome do mensageiro mas sua identificação com documento de identidade. Boletim Informativo da AFAGO página 2 Notícias & comentários III Semana Literária de Gouveia e IV Prêmio Afago de Literatura de 26 a 31 de maio de 2014 Com a participação das escolas estaduais e municipais do município e de instituições de interesse para a educação, a prefeitura municipal de Gouveia, sob coordenação da Secretaria Municipal promoveu a III Semana Literária. A Semana Literária é formada de um conjunto de programas que merece o nome de Semana Da Cultura, na qual Gouveia se apresenta para si mesma, diferentemente da Kobufest na qual o município se mostra para os outros. Aos poucos, essa programação se encaminha para vir a ser uma Semana da Ciência e da Cultura. A parte cultural se mostra plena ao exibir exposição de livros, visitas à biblioteca pública, contação de histórias, espetáculos artísticos – teatro, música e dança - dos estudantes e de grupos das comunidades, exposição de trabalhos, homenagens a autores consagrados, como foi o caso da escritora Aline Dória. Foram lançadas sementes para desdobramento dessa semana em programa que poderia receber o título de Semana das Artes e Ofícios em Gouveia, apontadas por se dedicar um dia para “oficinas de tambor e artesanato”. A concepção de uma Semana de Artes e Ofícios seria o germe de um evento maior para o desenvolvimento da Ciência e da Cultura, e possibilitaria a criação de uma Associação de Jovens Cientistas em Gouveia. Neste boletim, quando se celebrou o centenário da Escola João Baiano do Camilinho, fez-se o seguinte desafio para Gouveia: Caminho teve uma escola rural em tempos difíceis e criou uma elite agrária de altíssima competência para Minas Gerais e o Brasil. Dessa escola surgiram empresários, diretores de cooperativas agropecuárias, pro-reitores e diretores de universidades federais. Pois bem, Gouveia que teve uma elite industrial no século XIX, não deu continuidade a isto. Onde estão os engenheiros, os cientistas nascidos em Gouveia e com projeção nacional? A mensagem da Afago, juntamente com aplausos sem fim, é que saber escrever e expressar exige desenvolver conhecimento. Sob esse aspecto, o conceito de “literatura” é muito mais amplo do que um conto, ou um poema. Os organizadores da Semana Literária semeiam tudo isto ao incluir na semana as diferentes concretizações das artes: saber fazer, saber expressar, saber interpretar. Boletim Informativo da AFAGO página 3 III Semana Literária de Gouveia Gouveia no País das Diversidades Boletim Informativo da AFAGO página 4 III Semana Literária de Gouveia Boletim Informativo da AFAGO página 5 III Semana Literária de Gouveia De todos os painéis expostos, este merece menção especial. As pessoas que o contemplaram não reconheciam nele nossa Gouveia. Gouveia mudou e, há que reconhecer, mudou sem rumo. Não há continuidade entre o passado e o presente. O passado foi enterrado e o presente não se reconhece como desenvolvimento do passado. Rua do Cruzeiro? Igreja do Rosário? Rua de São Francisco ou largo de São Francisco? Lapidação de diamantes? Clube agrícola na escola? Méritos para Afrânio Gomes que, com cuidado, detém hoje o maior acervo fotográfico e cinematográfico de Gouveia. Boletim Informativo da AFAGO página 6 III Semana Literária de Gouveia Gouveia e o mundo No meio do mundo tem o Camilinho Boletim Informativo da AFAGO página 7 IV Prêmio Afago de Literatura A ideia do Prêmio Afago resulta do encontro na encruzilhada de três caminhos. O primeiro foi o evento realizado em Gouveia no ano de 2005, quando se discutiram diretrizes para o turismo em Gouveia, o segundo resultou do esforço para conferir ao município o Selo UNICEF e o terceiro dos eventos preparados pela Aciasgo destacando as pessoas que se sobressaiam em prol do desenvolvimento da cidade em todos os ramos de atividade. Lição para o turismo: “O turismo só é bom se o for, em primeiro lugar para o morador local”. Lição retirada do segundo: “Qual manifestação cultural sintetiza o saber viver local”. Lição recebida do terceiro: “De cada um conforme suas possibilidades!” A primeira proposta visava premiar duas áreas: a das crianças e jovens do fundamental ao nível médio, pelas suas habilidades de saber expressar e interpretar. Valorizava-se a educação das escolas estaduais da sede municipal. Foi o doutor Raimundo Nonato que mostrou que Gouveia era maior do que a sede urbana e ampliou a premiação para as escolas rurais. A segunda área tinha como objetivo premiar os estudos das diferentes áreas acadêmicas e técnicas sobre o município. Esta segunda proposta fracassou apesar de sua importância. A primeira edição homenageou o Grupo Escolar Aurélio Pires – matriz da formação escolar em Gouveia e contou com a participação das Escolas Estaduais Aurélio Pires, Joviano de Aguiar e Augusto Aires da Mata Machado. A partir da segunda edição, a Secretaria Municipal de Educação, coordenada pela professora Maisa do Nascimento Dória, passou a liderar o processo incorporando-o à Semana Literária. Em cada ano aumenta a participação e o objetivo da Afago é que os pais e alunos tomem a frente incentivando os filhos e os amigos a desenvolverem atividades antes mesmo de os professores proporem e determinarem a data de encaminhamento. Com isto Gouveia poderá exibir a bandeira de Cidade Educativa para o mundo. A ideia do prêmio resulta do reconhecimento pela Afago da excelência da Educação em Gouveia. Para se confirmar isto, basta percorrer o sítio www.afagouveia.org.br. Anfitriã: Escola Municipal Zezé Ribas Bela e saborosa recepção! Boletim Informativo da AFAGO página 8 IV Prêmio Afago de Literatura Cerimonial para entrega do IV Prêmio Afago de Literatura, aos alunos do ensino básico das escolas estaduais e municipais de Gouveia, em 30 de maio de 2014. ABERTURA Boa noite, senhoras e senhores, meus conterrâneos e amigos. Eu hoje falo aqui na qualidade de presidente da AFAGO – Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia –. A AFAGO foi criada em dezembro de 2006, por um grupo de gouveanos residentes na Capital e liderado pelo médico de família tradicional gouveana Waldir de Almeida Ribas, recentemente falecido. Um dos objetivos da AFAGO é fortalecer os laços de união com Gouveia, além de realizar eventos que por sua natureza e definição possam contribuir para o desenvolvimento sócio, técnico e cultural de nossa cidade. Esta é a principal razão pela qual estamos aqui hoje para a realização da entrega do IV Prêmio Afago de Literatura, que é fruto de uma luminosa ideia do nosso Diretor de Comunicação, Sociólogo e Professor José Moreira de Souza, também presidente da Comissão Mineira de Folclore e vice-presidente da Comissão Nacional de Folclore. Atualmente, não só o Prêmio, mas também toda a AFAGO dependem de forma incomensurável do apoio, da colaboração, da inteligência e da boa vontade do nosso querido Professor José Moreira de Souza, que muitos aqui conhecem como Zé de Flora. A você, Zé de Flora, neste momento, torno público o meu reconhecimento e a minha gratidão por tudo quanto você tem feito em benefício da nossa entidade. O Prêmio Afago de Literatura tem por finalidade incentivar estudantes do ensino básico das escolas estaduais e municipais de Gouveia a exercitarem e a desenvolverem sua capacidade criativa na produção literária em prosa ou em verso. Lembro, por oportuno, que desde o ano passado, abolimos a graduação da premiação. Portanto serão quatro prêmios iguais, sem que haja classificação de 1º., 2º., 3º., ou 4º. colocados. No entanto, esta é a última vez que utilizaremos esta metodologia de premiação. Na próxima edição haverá um prêmio individual de R$ 1.000,00 para o melhor trabalho de cada escola participante e um prêmio, também de R$ 1.000,00 para o melhor trabalho dentre todas as escolas. Nós esperamos, com isso, estimular de um lado o interesse de todos os alunos de cada escola, sabendo que, pelo menos, um dali sairá premiado e também acreditamos que estaremos valorizando o todo. Pretendo ainda discutir com a diretoria administrativa e o conselho fiscal da AFAGO, mas tenho ideia de propor, como tema, para o próximo prêmio, esclarecermos a origem de nossas comunidades, por exemplo: qual a razão do nome Pedro Pereira, Cachimbo, Espinho, Cuiabá, Engenho da Raquel etc. Gostaria, neste momento, de agradecer as presenças de todos os senhores e senhoras, dos jovens estudantes e dos familiares dos jovens. Agradecer a presença do Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal Geraldo de Fátima de Oliveira, do Vice-Prefeito Alfeu Augusto de Oliveira, do Vereador Adreilson Vieira, da Senhora Inspetora de Ensino Maria Inês dos Santos Pereira, dos diretores da Afago José Moreira de Souza e Geraldo Augusto Silva, assim como ao Conselheiro Fiscal João de Jesus Saraiva que se deslocaram desde a Capital para estarem aqui presentes e agradecer, também, à Conselheira Fiscal Leila Karla Cunha, Supervisora Pedagógica da Escola Municipal Zezé Ribas, que vem servindo de elo entre AFAGO e a sociedade civil gouveana. Agradecer, principalmente à Senhora Secretária Municipal de Educação, Professora Maísa de Fátima Nascimento Dória e toda a sua equipe de educadores, diretores e professores, principalmente da Escola Estadual Ciro Ribas; da Escola Municipal Zezé Ribas; da Escola Estadual Joviano de Aguiar; da Escola Estadual Aurélio Pires; da Escola Estadual Augusto Aires da Mata Machado e da Escola Municipal João Baiano, pelo esforço que empreenderam até este momento e pelo empenho em conseguir com que os seus alunos produzissem 77 textos literários, sem o que não estaríamos aqui realizando esta sessão festiva, dentro da programação da Semana Literária, quando sabemos que o prêmio, em dinheiro, não representa valor expressivo, tratando-se única e exclusivamente de um incentivo. Quero deixar aqui registrados os meus agradecimentos às Senhoras Professoras Diva Maria de Miranda, Adélia Anis Raipes de Souza e Audrey Carvalho de Oliveira, que fizeram parte da comissão de avaliação dos trabalhos, em Belo Horizonte, e selecionaram os dezoito que entenderam mais bem qualificados, para serem apresentados aqui hoje, para análise da comissão de julgamento. Para que iniciemos a apresentação dos 18 trabalhos que foram selecionados e que serão aqui defendidos pelos seus autores, convido a Excelentíssima Senhora Secretária Municipal de Educação, Professora Maísa de Fátima Nascimento Dória para tomar assento à mesa. Da mesma forma convido o Senhor Diretor da Escola Estadual Joviano de Aguiar, Professor Douglas Geraldo Costa; a Diretora da Escola Estadual Aurélio Pires, Professora Lourdes Hipólito da Silveira; a Diretora da Escola Estadual Augusto Aires da Mata Machado, representada pela Vice-Diretora Eunice Maria de Oliveira; a Diretora da Escola Estadual Ciro Ribas, Professora Eliana Maria Trindade Santos; o Diretor da Escola Municipal Zezé Ribas, Professor Lúcio Antônio Rodrigues e a Diretora da Escola Municipal João Baiano, Professora Adriana das Dores Oliveira. Convido para compor a banca julgadora dos trabalhos que serão apresentados as Professoras Maria Ivonete de Lima Ávila, Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro, e o Senhor Alvanir Alves de Lima. A vocês, também, torno público os meus agradecimentos pela extraordinária colaboração que nos vêm prestando ao longo das diversas edições do Prêmio Afago de Literatura. Boletim Informativo da AFAGO página 9 IV Prêmio Afago de Literatura APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS Em seguida foram convocados os 18 selecionados, para fazerem as apresentações e receberem os certificados de participação, juntamente com os certificados das suas professoras responsáveis. Alguns trabalhos de elevada qualidade foram prejudicados na apresentação, seja, por nervosismo dos candidatos, seja, pelo uso do microfone, seja ainda por a estante dificultar a visualização de seu desempenho. Os trabalhos foram apresentados segundo a ordem alfatética das Escolas. Em primeiro lugar, a Escola Estadual “Augusto Aires da Mata Machado”, em seguida, a Escola Estadual “Aurélio Pires” e assim por diante, sendo a última a Escola Municipal “Professora Zezé Ribas”. Escola Estadual Augusto Aires da Mata Machado: Wesley Deivison Silva Santos e Mariana Carolina de Ávila Canali Escola Estadual Aurélio Pires: Paola Kelly B. Pereira, Wítala Nayara Santos, Iago Henrique Pereira, Mateus de Oliveira. Escola Estadual Ciro Ribas – Vila Alexandre Mascarenhas: Sâmara Soares Almeida e Marizabel Conceição Figueiredo Fonseca. Escola Estadual Joviano de Aguiar: Camila Lima Simões , Maycon Pereira da Silva, Bruna Fernandes, Otávio de Moura Ávila. Escola Municipal João Baiano – Camilinho: Hélcio Júnior Santos Almeida, Gleison Aparecido da Silva Mendes , Érica Guedes Pereira de Oliveira, Helcimaria Cristina dos Santos Almeida. Escola Municipal Zezé Ribas - Pedro Pereira. Ranály Katina Silveira e Railane Aparecida Carvalho APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS Enquanto a comissão de julgamento finalizava seu trabalho foram apresentadas várias apresentações artísticas patrocinadas pelas escolas participantes. O senhor presidente acrescentou ainda: “mas, antes eu vou usar das minhas prerrogativas de presidente da Afago e desta sessão para quebrar o protocolo e cumprimentar um amigo particular de mais de quarenta anos e que, para minha imensa alegria e satisfação, se encontra presente: o médico Pércio Monteiro Prado e sua esposa Ilda Franco Prado. Também, considerando que o Prêmio Afago de Literatura já está inserido no contexto cultural da nossa cidade, eu não posso deixar que o nosso querido prefeito se ausente para outro compromisso sem que nos brinde com suas brilhantes palavras. Senhor Prefeito, por gentileza! Discurso do Senhor Prefeito Municipal – 30 de maio de 2014 Boa noite, senhoras e senhores! Com grande alegria hoje participamos do IV Prêmio AFAGO de Literatura, que integra a Semana Literária de Gouveia – este ano em sua 3ª edição, realizada de 26 a 31 de maio, sendo já evento consagrado do Calendário Municipal. Louvável foi a escolha do tema pelos organizadores: Brasil, o país das diversidades. Assim é o Brasil, assim é nossa querida Gouveia, terra diversa de valores culturais, de gente criativa e talentosa. Valores estes que transcendem as fronteiras municipais, elevando o nome de nossa terra em outras terras, para além de nossa capacidade imaginativa, seja pelas letras, pela música, pela arte... Como gestor público, é uma honra poder participar deste momento festivo e assistir a algo tão contagiante quanto a Semana Literária , onde congregaram-se a Secretaria Municipal de Educação, as Escolas Estaduais Joviano de Aguiar, Aurélio Pires, Mata Machado e Ciro Ribas, as escolas municipais urbanas e rurais Zulma Miranda, Professora Zezé Ribas, João Baiano, Osório Roseno, Neco Cinquenta e Cotinha Ribas, o CMEI Recreio, as instituições APAE, CRAS, PETI, a Associação Quilombola do Espinho, o CREAS de Santo Antônio do Itambé e o CRAS de Datas. Grande parceira ainda a AFAGO que hoje está conosco por meio de seus representantes, na efetivação deste Prêmio Literário. Queremos agradecer a todos e a cada um que não mediram esforços para semear o gosto pela leitura, afinal, como eternizou Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”. Estejam certos, mesmo na era da informática, das mídias sociais, os livros, a leitura são fontes permanentes de sabedoria que, com certeza, todos estes profissionais dedicados à educação de nossas crianças e jovens, levam para sala de aula no dia -a -dia de nossas escolas. Quanto ao IV Prêmio AFAGO de Literatura, vemos nesta iniciativa um incentivo a mais à leitura e à escrita. Fator perceptível em cada aluno participante que busca dar o melhor de si e, através das palavras expressar sua visão de mundo, de estudante e escritor. Papel importante nesta etapa do conhecimento, tem a família que, como uma parceira da escola, deve incentivar a leitura e a escrita como fatores preponderantes no ensino-aprendizagem. À AFAGO, como idealizadora deste prêmio, nossos agradecimentos, por oportunizar aos jovens e às crianças gouveianas, a ampliação de sua produção textual , agora apreciada não somente por seus professores, mas sim partilhada com tantas outras pessoas, quer seja através deste evento, quer seja com a publicação de seus escritos. Vocês são escritores e que possam continuar desenvolvendo esta arte em prosa e verso. Arte milenar que encanta, que imortaliza, que ensina, que inspira. Tenham certeza que não nos furtaremos em incentivá-los a continuar a produzir, por isso pedimos a todos os profissionais que convivem com vocês no dia-a-dia escolar, continuem neste caminho, levando seus alunos a lerem, produzirem para si e para os outros e contem sempre com o nosso apoio no desenvolvimento das atividades escolares. Boletim Informativo da AFAGO página 10 IV Prêmio Afago de Literatura Encerrando minhas palavras, parabéns a todos que trabalharam para efetivação da III Semana Literária de Gouveia. Através da Secretaria Municipal de Educação, estendo estes cumprimentos e agradecimentos a todos os envolvimentos. Parabéns também aos alunos participantes do IV Prêmio AFAGO de Literatura e a todos que se dedicaram para que este evento acontecesse. Recebam todos, o meu abraço fraterno. Muito obrigado. Boa noite! ENTREGA DOS PRÊMIOS AOS QUATRO CONTEMPLADOS Convido Excelentíssimo Senhor Vice-Prefeito Alfeu Augusto de Oliveira para tomar assento à mesa central de nossos trabalhos. Da mesma forma convido o Vereador Adreilson Vieira, a Excelentíssima Senhora Secretária Municipal de Educação Maísa de Fátima Nascimento Dória, o diretor da Escola Municipal Zezé Ribas Professor Lúcio Antônio Rodrigues e os diretores da Afago José Moreira de Souza, Geraldo Augusto Silva, João de Jesus Saraiva e Leila Karla Cunha, aos quais, junto com o Senhor VicePrefeito eu peço que façam a entrega dos cheques aos premiados, que são: sob o tema específico Cobu a aluna da Escola Municipal João Baiano, do Camilinho, Érica Guedes Pereira de Oliveira; Escola Municipal João Baiano Aluna: Érica Guedes Pereira de Oliveira Série: 8º. Ano Vamos começar a assar na hora é essencial, para não deixar queimar segredos começam a se revelar na hora de amassar, a abóbora vem para completar E só de pensar já quero experimentar. O cheirinho espalha pelo ar e já não posso nem pensar na hora de me deliciar Ah!... só para avisar! Não vou guardar! Então, é melhor se apresar! Bebida para acompanhar! é melhor não ir procurar! Porque o café, acabou de acabar com tema livre sob o título “Um Laço de Fita”, da Escola Estadual Ciro Ribas, a aluna Marizabel Conceição Fagundes Fonseca; Escola Estadual Ciro Ribas Aluna: Marizabel Conceição Figueiredo Fonseca Série: 3º ano Ensino Médio Professora: Deysiane Maria Assis Zille Categoria: Cronica Professora: Geralda Eunice Moreira e Rocha Categoria:Poema O Cobu Preparado com delicadeza o cobu é levado a mesa o cheirinho no ar na hora de degustar. Queijo, leite, fubá vamos começar a preparar folha de bananeira para enrolar Um Laço de Fita Corria pelo descampado, corria o mais rápido que podia. O meu cabelo liso e castanho voava como roupa seca no varal. Três e quinze (15h15min), hora de tomar o café da tarde. Preciso correr mais rápido, pensava. Vovó não aceita atrasos! Ela me fazia bordar e sempre pentear o cabelo, lavar as mãos e sentar de pernas fechadas. Ah! Coisas de menina moça! Não gostava disso, queria mesmo era brincar no campo, mas Dona Joana, a empregada, fazia questão de dizer “menina moleca! Levada que só! Desse jeito não arruma pretendente!” Não que eu não pensasse em me casar e desse jeito sem gostar de ser “dona de casa normal” era difícil achar um garoto que me achasse interessante. Boletim Informativo da AFAGO página 11 IV Prêmio Afago de Literatura Três e vinte. Atrasada de novo! Ele então me gritou: - Menina! Menina, seu laço de fita caiu. Pela primeira vez gostei de usar laço de Fita no cabelo. Rapaz bonito, educado e que apanhou meu laço pra mim. Aqueles olhos claros me reviraram de cima em baixo. Acompanhou-me até em casa e disse que não gostava de donas de casa normais, meu coração parou. Nessa noite, eu nem dormi, ele se chamava Pedro Ricardo Filho, futuro dono da farmácia da esquina. Algum tempo depois tive a certeza, estava apaixonada. Hoje, o atual dono da farmácia, esse tal de Pedro Ricardo, todas as manhãs penteia o meu cabelo e amarra um laço de fita que um dia, um garoto apanhou para mim. sob o título “Uma Mulher no Canal”, da Escola Municipal Zezé Ribas, a aluna Ranaly Katina Ribeiro; Escola Municipal Professora Zezé Ribas Aluna: Ranaly Katina Silveira Série: 9º. Ano Professora: Patrícia de Fátima Souza Costa Categoria:Cronica Uma mulher no canal Meu avô se chamava Antônio. E se tinha uma coisa que ele adorava fazer era contar historias engraçadas e assustadoras para eu e minhas irmãs Roseane e Geisiane. Um dia, ele me chamou para fazermos um favor a ele: irmos à casa do meu padrinho Jurandir buscar uma lata de leite. Já era tarde, quase escurecendo. Sentimos medo, mas o enfrentamos mesmo assim. Vovô prometeu nos dar cinco reais a cada uma. Enfim chegamos, conversamos um tempão. Quando percebemos, já estava tarde. Eram nove e meia da noite e cadê coragem para voltar para casa? Geisiane, a mais esperta, pegou a lata de leite e se despediu de todos. Eu e Roseane fizemos a mesma coisa, pegamos a estrada para casa sempre conversando uma com a outra para não lembrarmos das histórias assustadoras que nosso avô contava. Resolvemos cortar atalho para a horta de padrinho Jurandir. Estávamos distraídas. De repente escutamos um barulho esquisito. Olhamos uma para a outra, depois para os lados. Vimos uma mulher enorme com os cabelos compridos, pernas longas e vestido branco. Meu Deus! Nessa hora nós só sentimos as pernas bambas, os dentes batendo e um arrepio no corpo todo. Não vimos para onde foi a lata de leite. Para piorar, havia vários cachorros latindo no meio da horta, Quando percebemos melhor o que estava acontecendo, corremos, corremos e corremos... Quanto mais a gente corria, nem do lugar a gente saia. Parecia que alguma coisa estava nos puxando para trás. Chamamos muito, pois não sabíamos o que fazer e a mulher nem se movia do lugar. Ela estava tempo todo na mesma posição e sempre nos observando com o vento batendo nos cabelos. Umas latas bateram umas nas outras. Corremos muito sem saber para onde estávamos indo. Juramos fazer varias promessas à Deus para chegarmos em casa. Ele nos ouviu, pois achamos o caminho. Geiseane gritou de uma vez, pois havia alguém segurando em seu ombro. Sentimos a morte perto, mas, para nossa alegria, era vovô que foi se encontrar conosco. Abraçamos vovô muito forte e chorando sem parar. Contamos o eu havia acontecido. Ele não agüentou de rir da nossa coragem e disse: -Vocês estão imaginando coisa, meninas! Eu vou na horta ver o que há lá. Resolvemos ir com ele, pois não queríamos ficar sozinhas nomeio da estrada. Não era assombração nenhuma! Era apenas o espantalho de padrinho Jurandir em forma de mulher, pois havia um lenço que parecia ser cabelo, uma perna enorme de bambu e algumas latas penduradas batendo uma nas outras. Estava toda de branco dentro do canal de água para espantar os pássaros pretos e as maritacas para não comerem o milho. Vovô quase morreu de rir e sorrimos umas para outra sem graça! Quando enfim chegamos em casa ainda assustadas, vovô então perguntou? - Pronto meninas, chegamos! Agora, cadê o leite? Eu já acendi o fogo na fornalha para fazer o angu de doce e já aproveito para beber um gole quente. Explicamos o que havia acontecido com o leite. De uma vez ele passou a mão no chicote: - É, né, bonitinhas! Agora vocês comem angu puro, viu! e sob o título “Meu Lugar Preferido”, da Escola Estadual Joviano de Aguiar, a aluna Bruna Fernandes. Boletim Informativo da AFAGO página 12 IV Prêmio Afago de Literatura misso de não passar das 22 horas, eu a prometi publicar sua fala no Boletim da Afago e encerrar esta sessão festiva, de entrega do IV Prêmio Afago de Literatura, mais uma vez agradecendo a todos que aqui se fizeram presentes e a todos aqueles que contribuíram para que este acontecimento se revestisse deste total sucesso. Muitíssimo obrigado e até o próximo ano, se Deus assim nos permitir. Escola Estadual Joviano Aguiar Aluna: Bruna Fernandes Série: 6º. Ano Cecília Meireles Professora: Sueli Vieira Categoria: Poema Meu lugar perfeito Discurso da senhora Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro Seria um lugar com muita amizade E sempre com igualdade Teria muita alegria E pessoas felizes todo dia. Sr. Adilson do Nascimento, emérito e digníssimo presidente da AFAGO; Sr. José Moreira de Souza, professor, sociólogo, brilhante diretor de Comunicação, a quem devemos a criação desse evento; Sr. Geraldo de Fátima de Oliveira, excelentíssimo Prefeito Municipal de Gouveia; Sr. Alfeu Augusto de Oliveira, valoroso vice-prefeito; Sr. Andreilson Vieira, vereador-modelo; Sra. Maísa de Fátima Nascimento Dória, mui dinâmica Secretária Municipal de nossa Comunidade; Sra. Maria Inês dos Santos Pereira, eficientíssima inspetora de Ensino; Comissão de Seleção dos Trabalhos Literários em BH, aqui representada pela Sra. Adélia Anis Raies de Souza, exímia diretora e mestra; Sr. Pércio Monteiro Prado, nosso querido médico e excelentíssima esposa; dedicadas mestras; alunos aqui presentes; senhores e senhoras, Com brincadeiras de montão Sem ódio no coração O lema seria respeito e companheirismo E ninguém sofreria com racismo. Tinga, Daniel Alves e Ramires Seriam mais felizes, então. Pois quando no campo entrassem Não sofreriam nenhuma humilhação! Roubos não haveria Muito menos corrupção Os políticos respeitariam O povo e a constituição. A educação no meu mundo Seria de ótima qualidade. Toda criança na escola Aprenderia de verdade Hoje a violência, A todos maltrata e assusta Mortes, brigas, tudo de mau, Desrespeito sem igual No mundo que eu quero construir Nada disso irá existir Vou semear o amor E fazer minha gente sorrir! Acho que se a gente quiser Podemos esse mundo criar Basta que amemos uns aos outros Para a paz poder reinar. ENCERRAMENTO Teremos, agora, a honra de ouvir as brilhantes palavras da poetisa internacionalmente premiada Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro, gouveana, residente em Curvelo, mas em razão de que eu assumi, comigo mesmo, o compro- Deleite pessoal, conhecimento, cultura, amizade, calor humano, eis o que hoje aqui encontrei. A Adilson do Nascimento, ilustríssimo presidente da AFAGO, o meu agradecimento por aqui, novamente estar, exercendo em minha terra-natal o árduo e gratificante dever de classificar 4 pérolas literárias, dentre 18 encantadores e não menos pérolas, trabalhos escolares ao júri confiados. Ao Sr. José Moreira de Souza, grande idealista, a minha, a nossa imorredoura gratidão por ter criado esse brilhante evento em prol da Cultura: O Prêmio Afago de Literatura. À Comissão de Seleção de BH, aqui representada pela Sra. Adélia Anis Raies de Souza, diretora e exímia mestra que, juntamente às colegas, Diva Maria de Miranda e Audrey Carvalho de Oliveira primaram pelo brilhantismo na seleção de 18 obras de arte, dentre 77 trabalhos literários, o meu aplauso pela escolha e organização. À secretária Municipal de Ensino, Sra. Maísa de Fátima Nascimento Dória, o meu reconhecimento por sua liderança na execução das tarefas. Às autoridades locais, o meu respeito e a certeza de que Gouveia caminha a passos largos rumo à cultura. Às mestras, todo o meu carinho e admiração pela orientação dada aos alunos. Aos alunos de um modo geral, uma vez que a todos os considero vencedores, o meu estímulo e votos de que continuem sempre a trilhar os caminhos do Saber. Estejam certos de que nos ricos trabalhos literários me encontrei, deliciosamente, imaginando-me a degustar o Cobu, enquanto me enriquecia com os fatos que narram, dele, a origem. Novo encontro tive com o Boletim Informativo da AFAGO página 13 IV Prêmio Afago de Literatura folclore e a poesia, numa volta aos meus tempos de criança e num acalento à sensibilidade de meu coração. Também pelos poemas, me conscientizei do irresistível apelo de mudança, num retorno desejado a um tempo de cordialidade, ternura, harmonia e paz Senti de perto a força positiva da globalização e os efeitos negativos por ela e pelo progresso trazidos. Confesso que, hoje, aqui estar, além de deleite e orgulho, foi tônico a combater todo tédio do presente, certeza plena e confiança nos dias atuais e uma enorme esperança no amanhã. Aos meus companheiros de júri, na gratificante e árdua tarefa de optarmos por quatro trabalhos, dentre verdadeiras jóias literárias, professora Maria Ivonete de Lima Ávila e o Sr. Alvanir Alves de Lima, o meu penhorado agradecimento e a certeza de que, com a cultura deles, me enriqueci. A todos, pela acolhida e por tudo de bom que me propiciaram nesta esplendorosa e inesquecível noite, toda a minha eterna gratidão. Gouveia, 30 de maio de 2014. Adilson do Nascimento na coordenação da mesa Público pronto para aplaudir com a presença do senhor prefeito e do vice-prefeito Boletim Informativo da AFAGO página 14 IV Prêmio Afago de Literatura Composição da mesa: da esquerda para a direita; a senhora Secretária Municipal de Educação e demais diretores das escolas do município. Boletim Informativo da AFAGO página 15 IV Prêmio Afago de Literatura Banca de avaliação das apresentações: da esquerda para a direita: professora Ivonete de Lima Ávila, Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro e Alvanir Alves de Lima Apresentação pública dos trabalhos: como se vê, a aluna ficou um pouco prejudicada pela estante e pelo microfone. Boletim Informativo da AFAGO página 16 IV Prêmio Afago de Literatura Número artístico Pedro Pereira mostra sua arte Banda jovem do Joviano de Aguiar: competência Afago homenageia a senhora Secretária Municipal de Educação Boletim Informativo da AFAGO página 17 IV Prêmio Afago de Literatura Premiadas Érica Guedes Pereira de Oliveira recebe o cheque do senhor vice-prefeito Marizabel Conceição Fagundes Fonseca com a senhora secretária Municipal de Educação Ranaly Katina Ribeiro recebe o prêmio dos senhor diretor da Escola Municipal Professora Zezé Ribas Bruna Fernandes ao lado do senhor vereador municipal Boletim Informativo da AFAGO página 18 Artigos Centenário de José Francisco das Chagas – Chico de Sá Bernardina Celebrou-se em Gouveia o centenário de nascimento de José Francisco das Chagas – conhecido como Chico de Sá Bernardina. Gouveia deve ser grata a Isaías – seu filho – pela lembrança. Francisco deixou para a Gouveia marcas importantes. Como operário da fábrica de São Roberto, como músico de primeira linha, intérprete e compositor, elogiado por todos os companheiros, como poeta inspirado e como garimpeiro. Fixemos algumas lembranças. Chico era filho de Raimunda e neto de Sá Bernardina. Sua casa era a última a limitar com o, então, “Pasto de João Ribas”. Continuidade da Rua do Cruzeiro, atual, Laurindo Ferreira. Ali residiam a matriarca, dona Bernardina, Raimunda, Lilina – que foi uma das primeiras operárias da Fábrica de São Roberto -, e o pequeno Francisco, criado com carinho ao qual respondeu com a competência que o marcou. Sobressaiu-se o músico da banda da fábrica. Exímio tocador de bombardino, abrilhantava as festas e recebeu rasgados elogios nos festejos de celebração dos oitenta anos de Tiano Miranda – Quintiliano – no ano de 1968. “Boa, Chico!” entoaram todos após a execução de um solo maravilhoso. Chico era companheiro constante do grupo de serestas liderado por Geraldo Abreu, Zé Maria, Zé de Juca, Manoel Soares da Luz, entre outros. Compositor, dedicou uma marcha para minha filha, no ano de seu nascimento. De suas obras a mais conhecida é “Amantes sem relógio”. Chico narroume estar descansando da jornada de garimpo, após o almoço, à sombra de uma árvore frondosa. Olhos abertos para o além, contempla a copa, as nuvens e o céu. Vêm-lhe nesse momento música e letra: “Pensei que o sol estivesse já alto, Mas inda é cedo. Pensei que o sol estivesse já alto, E por isso eu tenho medo!” Essa composição animou muitos bailes carnavalescos em Gouveia. Obrigo-me a registrar que José Francisco das Chagas era afilhado de Francisca Moreira de Souza, minha querida Tia Chica. Boletim Informativo da AFAGO página 19 Artigos The Rock Fingers Foi no ano de 1963. A velha matriz que lembrava à Gouveia suas velhas raízes setecentistas viera ao chão e fora substituída pelas estruturas de ferro de um galpão de indústria doadas por Alexandre Mascarenhas. A intenção do doador era de se erguer no local da Capela de São Francisco um salão enquanto se construiria uma nova matriz segundo planta encomendada pelo padre Serafim Fernandes de Araújo. O novo pároco, Luiz Barroso de Oliveira, entusiasmado e fora de si, ao receber a doação, declarou sem pensar segunda vez: - Que é isso, doutor? Com essa estrutura, eu vou erguer a nova matriz. Imediatamente, encomendou-se ao doutor Rômulo Franchini novo desenho para a novíssima matriz. Em 1959, a velha matriz foi derrubada. Em seus escombros encontraram-se sepulturas de velhos tempos. Uma delas, próxima ao altar tinha armas e brasões de gente ilustríssima. Tudo indica ter sido a de Bernardo Fonseca Lobo, o descobridor oficial de diamantes. Bernardo como consta de seu testamento, foi enterrado na Capela de Santo Antônio do Arraial da Gouveia, no ano de 1762. Padre Luiz imediatamente, encaminhou ao chefe do Patrimônio Histórico em Diamantina achado tão importante sem conjecturar as origens. -Zé, nosso teatro está ficando com má fama. Vamos mostrar que nós somos bons nisso. Em decorrência surgiu a “MAB”, sigla inventada pelo Geraldo para resumir “Moreira, Ávila, Bitencourt”. Com esta marca apresentamos duas peças: “Matei Meu Filho”, um dramalhão e “Almas em Tempestade” que narrava as peripécias da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Nessa mesma época um grupo de jovens formado por Lucigênio, Nilson Santos, e Zé Vieira, do qual participava também Paulo Lodi que passava férias na casa de Efigênio se dispuseram a abrilhantar nossas apresentações. Dessa vez não era no galpão da futura matriz, mas no Cine Teatro Gouveia, cedido graciosamente pelo Juca de Mário. MAB teve curta duração, mas o conjunto “The Rock Fingers” brilhou no cenário musical de Minas Gerais, em programas de televisão, tendo lançado um long play para encanto dos apreciadores. Foi com alegria que recebi de presente de Nilson Santos, no dia 30 de maio o CD “On the clouds” terceira faixa de autoria do generoso doador. O álbum é composto por dezessete faixas. Vale a pena a aquisição desses e de outras criações desses meninos ousados com cinquenta nos de percurso pela arte. Pois bem, para ajudar na construção da matriz, um grupo de jovens – Gil Martins, Raul Martins, Geraldo Bitencourt, Geraldo Cordeiro Filho, Eustáquio Miranda - Taquinho de Genilda – juntamente com crianças do catecismo de dona Flora utilizavam o templo para encenarem peças teatrais. Esta animação rendeu pouco às necessidades de construção da matriz. Porém, em certo momento, Geraldo Bitencourt ponderou: Boletim Informativo da AFAGO página 20 Artigos Minha Mãe! Partiste, mas aqui deixaste a tua imagem... No manso deslizar do regato, a tua serenidade... No doce sussurrar do vento, a tua voz macia... Na languidez argêntea do luar, a tua paciência... No verde da campina, o teu sereno olhar... Na brisa suave, tua mão a me afagar... Sou reflexo da tua energia ao educar os filhos meus... Os meus carinhos maternos, reflexos dos afagos teus... Tua luta, a teimosia do meu viver... Tua renúncia, o cotidiano do meu sofrer... Na tua perseverança, a minha realização... Continuas apoio, estímulo, guarida. És minha estrela cadente, facho de luz de minha vida... Mãe, amiga, eterna confidente! Auxiliadora em palestra com Geraldo Augusto Silva, Maisa de Fátima Nascimento Dória e Adélia Anis Raies de Souza Acadêmica: Maria Auxiliadora de Paula Ribeirocadeira 08 Patrono: Cônego Lafayette Costa Coelho Liliane Augusta Moreira Defende Monografia de Conclusão de Pós-graduação na UFMG Orientador professor João Gabriel Teixeira Roni Machado Feliz mesmo está Roni Machado ao se deparar com um folheto que publicou em homenagem a seu pai, Luiz Machado – Luiz de Sá Joana - em Gouveia, ser reconhecido pela revista Rosa Cruz e divulgado para o mundo inteiro. “Ao menor destes” Turismo e Gestão de Políticas Públicas em Cidades históricas Boletim Informativo da AFAGO página 21 Documento Documento importante. Trata-se de uma carta de Juscelino Kubitschek endereçada aos filhos de Siquinha, na oportunidade de seu falecimento. Coisa para historiadores competentes Boletim Informativo da AFAGO página 22 Notícias e Comentários 07/06/2014 - Adilson do Nascimento Homenagens da AFAGO Ontem eu encaminhei a diversas personalidades gouveanas (Dom Serafim Fernandes de Araújo, Pércio Monteiro Prado, Maria das Dores Alves, Yara Maria Ribas Castro, João Antônio de Miranda, Zenon de Carvalho e Marcos Brum Ribas), a confirmação de que serão agraciadas, em sessão solene, quando das comemorações do 90º. aniversário do Cardeal, com o Título de Sócios Honorários e Benemérito da Afago, no Centro Social Dom Serafim, em Gouveia, dia 2 de agosto, às 20 horas. Gostaria de esclarecer a todas elas que por exigência do cerimonial, que não pretende deixar que a cerimônia se torne cansativa e enfadonha, somente o Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo falará, na ocasião, em nome dos agraciados. Espero que nos compreendam. Pérsio Doca Yara Zenon em tempos de teatro Marcos João Antônio de Jota Cardeal Dom Serafim Boletim Informativo da AFAGO página 23 Notícias e Comentários Área ao Pregador Era costume em Minas Gerais, herança do século XVIII, a presença de coros acompanhados por orquestras, nas missas. Não se tratava do que tinha o nome de “Missa Cantada”. Missa Cantada era reservada apenas para as grandes festas e eram compostas especialmente para elas. Em Gouveia, o maior pesquisador de música erudita, Francisco Curt Lange, descobriu nas mãos do maestro José Maria de Souza o que considerou a obra prima do Barroco Mineiro, a Missa em Mi Bemol composta por José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita. A Missa Cantada obedecia aos preceitos canônicos. Começava com o Kyrie, em seguida o Gloria, depois o gradual ou a sequência, o Credo, o Ofertório, o Sanctus dividido em duas partes, a primeira antes da Consagração e a segunda – o Benedictus – após; seguiase o Agnus Dei e, finalmente Comunio e Deo Gratias. Tudo, é claro, em latim. Foi este cultivo da música que fez dos mestres de música os principais mestres-escolas nos povoados. As pessoas aprendiam a ler cantando. A missa com cânticos era mais livre e, ao longo do século XIX, acolheu o português juntamente com a marca das canções românticas. Havia na casa de José Paulino um livro chamado de “Livro da Capa Preta” edição dos anos de 1860 que se tornou antologia para os corais das igrejas de Gouveia. Circulavam também composições de autores regionais, de que é exemplo a letra e música de nosso hino “Santo Antônio, terno amigo de Jesus!” A música tem todas as marcas das modinhas de serenatas. No meio dessas canções, destacava-se um momento especial. Chamava-se “área ao pregador”. Era um solo, normalmente entoado por uma moça de grandes prendas vocais que antecedia ao sermão que seria proferido por um grande pregador. Esse solo tomava o lugar do gradual, tractus, ou sequência e supria suas funções. Certa vez, fui responsável por organizar os cânticos para uma missa no seminário metropolitano de São Roque, São Paulo. Pedi ao maestro José Maria que me enviasse cópia de um cântico muito apreciado em Gouveia e São Roberto. Ele pediu a Maria Idalina Dornas – dona Nia – para preparar a cópia. Há muito tempo pergunto se existe em Gouveia o original. Como a resposta foi negativa, resolvi remeter a que tenho guardada. Essa música será executada na missa solene do Cardeal Dom Serafim no dia 3 de agosto em Gouveia. Com ela celebramos a presença do padre nos anos 50 em nossa cidade, trazemos para nosso meio a memória do maestro José Maria, de dona Neida Mascarenhas que acompanhava ao harmônio, a saudosa dona Nia, homenageamos dona Doca e fixamos a competência musical de Gouveia. Boletim Informativo da AFAGO página 24 Sociais Aniversariantes Julho 05/07- Adriana Ribas Regis 08/07- Geraldo de Deus (Ladinho) 10/07 - Ludimilla Oliveira 12/07 – Adilson do Nascimento 12/07 - Elizabeth Alves Gomes 13/07 - Antonio Ozilton de Araújo 13/07 – Vanda Ribas 14/07 - Geraldo da Consolação Miranda 16/07 - Anny Caroline Gonçalves Rodrigues 16/07 - Lílian Cristina de Miranda 17/07 - Ana Maria de Miranda Machado 17/07 - Aguivaldo Geraldo Rodrigues 17 /07- Valkíria Pires de Almeida 22 /07- Laura Lacerda Rodrigues 24/07- Toledo Ribas de Oliveira 26/07 – Alberis de Oliveira 28/07 - Kleber Ferreira 30/07 - Marineu Eustáquio de Matos 30/07 - Yeda Oliveira Lucena Agosto 01/08 - José Raimundo Monteiro 03/08 - Zayde Miranda Gomes Pereira 04/08- Elci Ribas 04/08- Aline Ribas 07/08 – Adélia da Conceição Ribas 07/08 – Elza Dornas A.Martins 07/08 - Adenílson Tadeu da Rocha 08/08 - Adélis Maria Rodrigues 09 /08- João Augusto Miranda Lima 11 /08- Cristiano Batista Caetano 13/08 - Serafim Fernandes de Araújo (Dom) 14/08 - Adélia Anis Raies de Souza 15/08 - Diogo Rodrigues Souza 15/08 – Diva Maria de Miranda 18/08 - Gustavo Henrique Rodrigues Rocha 20/08 - Marcone Miranda Ribas 21/08 - Ângelo Rafael Machado 21/08 - Lívia Somalle Sai dos Santos 22/08 - Zuleima Buitrago de Miranda 23/08 - Alisson Wander Paixão 24/08 – Juliana Gomes 27/08 - Francisca Aparecida Lopes Bello 27/08 - Juliana Maria Miranda Lima 28/08 – Lynna Oliveira Santos 29/08 - Milton M. Ferreira de Miranda 29/08 - Nilton Bechara de Miranda 31/08 - Stela Carvalho Oliveira Setembro 01/09 – Magda Maria Gomes Monteiro 06/09 - Douglas Estevão de Miranda 07/09 – Silvia Miranda Lacerda 08/09 - Silvia Aparecida de Ávila Lacerda 08/09 – Dáfnis Raies Moreira de Souza 09/09 - Manoel Luiz Ferreira de Miranda 11/09 - Guilherme Oliveira de Miranda 11/09 - Jadir José Ferreira de Miranda 13/09- Roseno Sergio Cordeiro Matos 14/09 - Antônio de Fátima Miranda 16/09 - Luiz Machado Neto 19 /09- Denise Alda Machado 20/09 - Rosemaire Aparecida das Dores Oliveira 21/09 - Maria Luiza Carvalho 23/09 - Zé Gato 29/09- José Roberto Pedrosa 20/05/2014 - Juliana Gama Chaves de Barros - Guaratinguetá – SP Parabens Vovo Mundo! Sintetiza todas as mensagens de congratulações. Boletim Informativo da AFAGO página 25 Na mão de Deus 07/05/2014 - Raimundo Nonato de Miranda Chaves Comunico, com pesar, que faleceu, hoje, em Gouveia a senhora Stael Alves Nunes 07/05/2014 - Gil Martins de Oliveira Por tudo o que ela fez por Gouveia, D. Stael, certamente, será condecorada no céu. Que ela descanse na paz do Senhor. Um solidário e sentido abraço a todos os familiares. 08/05/2014 - Nilson Pereira Machado Ao amigo “Napim” e Roberto e todos os familiares de D. Stael, minha inesquecível, professora de português, neste momento elevo uma prece a Deus, para que a receba e lhe reserve um lugar especial para ela, e aos que aqui ficaram a capacidade de entender os desígnios de Deus. 08/05/2014 - Afranio Gomes É difícil aceitar, mas a vida é assim mesmo! As pessoas nascem, crescem, fazem sua missão na Terra, e se vão. Hoje o dia está nublado, ta tudo tão triste, tudo tão sem cor .. Hoje nós estamos tristes por te perder, mais Papai do Céu está feliz por receber uma pessoa que fez tanto bem.Como esquecer, quando eu era menor você pedindo pra eu sentar no seu colo ! E as pessoas sempre ficavam impressionadas, 103 anos com essa esperteza toda, 103 anos muito bem vividos. Vó, você foi ,é, e sempre será uma pessoa muito especial na minha vida, uma pessoa que eu vou amar pra sempre, uma pessoa que eu nunca vou esquecer, que eu vou admirar pelo resto da vida. Nunca vou esquecer o seu jeito de dizer “OI MEU BENZINHO”, com aquela voz calma, tranquila, que acalmava qualquer pessoa que estivesse por perto. É dona Stael, ainda iremos encontrar um dia, pra ouvir o seu “OI MEU BENZINHO” de novo. E que você aí de cima, cuide sempre de mim e de todos nós que te amamos. EU TE AMO VÓ, VÁ EM PAZ O mundo pode até, fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo. A mensagem anterior foi escrita por Maria Luiza Piqui, Filha de Ivan Alves Piqui, “Ivan de Zito”. - 07/MAI/14 08/05/2014 - João de Jesus Saraiva Aos familiares de Dona Stael,Roberto,Napinho,nossos sentimentos pelo falecimento de vossa mãe,que Deus dê a todos vocês o consolo,um abraço fraterno de João Saraiva e família. 08/05/2014 - Adilson do Nascimento Postei aqui, no dia 5, uma mensagem antecipando o aniversário dela, no dia 26 de junho, imaginando a ansiedade que deveria estar acometendo os seus filhos Roberto e Eunápio, pela proximidade da data histórica. Quis o destino e a vontade suprema de nosso Deus, todo poderoso, que ela não chegasse lá! Hoje, associo-me aos dois, Roberto e Eunápio, a D. Vitalina e seus filhos, em especial a Haroldo, aos outros sobrinhos, aos netos, bisnetos e demais familiares que estão vivendo este momento triste causado pela morte de D. STAEL ALVES NUNES e, embora sabendo da minha insignificância, quero deixar aqui as minhas condolências e as minhas preces para que ela ao ingressar no reino divino seja aquela chefe, aquela professora, aquela mãe, aquela esposa que foi enquanto por 102 anos esteve em nosso meio. 08/05/2014 - Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro Roberto e Eunápio, não me importa o fato de não me conhecerem. Importa-me saber que, pequeninos, os carreguei. Importa-me que sejam filhos de D. Staël, a dama de profundos, verdes olhos, que tantas vezes, à menina Dora de D. Antônia, os lindos cachos de um cabelo cor de ébano acariciou. Não me importa, nem mesmo que a mãe de vocês não mais se lembrasse de mim. Importa-me tê-la guardado em meu coração.Importa-me que, como outros mais velhos da nossa Gouveia amada, ela tenha continuado a povoar de sonhos a minha mente. Hoje, quem lhes escreve não é Auxiliadora. É a menina, Dora, que inda reside em mim. É Dora, de D.Antônia,a amiga de sua mãe, a chorar com vocês o falecimento da mais culta mulher, da mais dedicada esposa, da mais inigualável mãe, no seu inefável materno amor. Ligo o PC, fora das Minas Gerais, distante do meu domicílio e ao deparar com essa infausta notícia, me redescubro menina gouveiana, a chorar por alguém que foi da minha infância a musa, a quem a criancinha, agora, de 72 anos, tanto amava! Estarrecida, choro! -Mas ela não tinha 103 anos, Auxiliadora? Esse desenlace já não era esperado? -E que me importa a idade dela? Que me importam os ciclos da vida, se D. Staël, a quem não via há muitos anos, sempre esteve linda e forte a polvilhar de ternura as minhas lembranças, que procuro vivificar, num retorno a um tempo lindo que passou? Que me importa que chegara o momento de sua partida, se sempre estará viva em meu coração infante? Sentimentos a vocês, filhos, a toda a família, cujos nomes a emoção me impede citar. Sentimentos, Gouveia! Você, minha terra -natal, acaba de perder um grande vulto de sua história! 08/05/2014 - José Moreira de Souza Estou muito triste com o falecimento de nossa Dona Stael. Com sua partida, Gouveia perde uma parte importante de sua memória. Há um provérbio africano que reza que “cada pessoa ao partir leva consigo toda uma biblioteca”. Hoje, o Ministério da Cultura promove projetos de valorização da memória popular, incentivando as comunidades a ouvirem os “velhos”, o Senado local. Stael é pessoa importantíssima Boletim Informativo da AFAGO página 26 para a memória de Gouveia. Graças a Deus que seus filhos sempre estiveram atentos para isso, que Deus a tenha no melhor lugar. Fiquei muito feliz pelo carinho que lhe foi dedicado pelo filho e nora e o cuidado para que participasse da vida local. Esse ato grandioso se mostrou no dia da missa solene de celebração do aniversário de Dona Dôca. Lá estava Stael na igreja. Esse é um gesto maravilhoso de amor filial. Guardo também a cena em que foi contemplada com a medalha Alexandre Mascarenhas. Vale a pena a gente colher depoimentos da memória local sobre a presença de Stael como educadora, mãe, amiga e funcionária competente da empresa que sua família legou à Gouveia: “Alves, Ribeiro, Ribas & Cia”, criadora da Fábrica de São Roberto. João Piqui, seu avô exerceu com elevada competência a direção dessa empresa, após a morte do Barão e ela narrou com detalhes a memória herdada do dia da inauguração. O primeiro tear foi operado pela filha de João Piqui - o Barão não tinha filhos - para mostrar o enobrecimento do trabalho. Viva Dona Stael para sempre! 08/05/2014 - Roberto Alves Nunes Prezado amigos que de maneira tão atenciosa, solidarizaram com a passagem para o Oriente Eterno, da nossa querida MÃE. Fomos testemunha de sua dedicação à família, como também a aqueles que, direta e ou indiretamente, estavam a lhe pedir atenção. Nunca sentimos renegados a um segundo plano, pois nossa MÃE tinha a capacidade de ser: Companheira, admiradora e grata ao nosso saudoso pai, ser Mãe, ser Irmã, ser Tia, ser Comadre, ser Trabalhadora, ser Orientadora, ser Educadora, e ser uma guerreira, pelas causas de nossa gente Gouveiana. Espero contar, com tão valorosos amigos, para continuarmos, a empunhar sua bandeira. A todos, mais uma vez, os nossos mais sinceros agradecimentos pelo apoio, neste tão difícil momento. Grato. Eunápio; Roberto e familiares. Mestre de Folia, José Teixeira Celebrou-se no dia 31 de maio o sétimo dia de falecimento do mestre de Folia, José Teixeira. Esse digno senhor, menteve em Gouveia a tradição quase perdida das Folias de Reis. A tradição de folia de reis se perdeu em Gouveia nos anos 70 com a partida de João Pena, José Caetano, João de Sá Dica, Nicodemos de Juca de Celina e Toco do Rio Grande. José Teixeira a trouxe com sotaque próprio da Fazenda do Capitão Felizardo. Que Deus guarde sua memória. In memoriam aeternam erit justus Geraldinho Cordeiro Celebrou-se no dia 31 de maio o sétimo dia de falecimento de Geraldo Cordeiro Filho. Geraldinho, como era conhecido, determinou a época da rádio em Gouveia. Menino irrequieto, cheio de sonhos e projetos, tanto lutou que conseguiu a instalação da primeira emissora de rádio em nosso município. Antes, dirigia-se a Diamantina para levar notícias de Gouveia. Ainda bastante jovem, foi acometido pelo primeiro acidente vascular cerebral que lhe dificultou os movimentos, não, porém, os sonhos. A essas limitações, seguiu-se o u t r o AVC mais devastador, o qual lhe impôs o silêncio Geraldinho tornou-se escritor. Acolhido amorosamente no Lar de São Vicente de Paulo, Geraldinho viveu vida de anacoreta. Pura meditação e contemplação da Luz Divina. Na última semana de maio, despediu-se, alçou o último voo e foi acolhido pelo pai, pela mãe, e pelos coros celestiais. Geraldinho era um asceta, por mais que aparentasse inquietações. [Fotos: Geraldinho, catequista da equipe de Flora Moreira. Geraldinho, José Moreira e Adélia, no silêncio do Lar de São Vicente] O Justo permanecerá para sempre no coração dos viventes Boletim Informativo da AFAGO página 27 Novembro Rita Alves Ferreira - Dona Ritinha - 1 Carolina Albuquerque Oliveira - 3 Irene Vieira Policarpo - 4 Claudinei Almeida Oliveira – 4 Marcus Vinícius de Miranda - 5 Bernardo Antônio de Miranda – 6 Ivone de Lourdes de Oliveira - 7 Maria Claudia Ribas – 9 Tácio Linhares - 10 Juanna Carvalho Oliveira - 14 Anotem: 13 de agosto: 90 anos do Padre Cardeal Dom Serafim. [Foto: Dom Serafim na missa da unidade:quinta feira Santa 2014] Boletim da AFAGO Órgão Informativo da Associação do Filhos e Amigos de Gouveia Ano VII – N ° 3 -14 - Maio - Junho 2014. www.afagouveia.org.br Diretor Responsável – Adilson do Nascimento Editoração Gráfica: José Moreira de Souza Crédito das Fotos: Adélia Anis Raies de Souza, José Moreira de Souza e Paulo Vieira. Diretoria da AFAGO Presidente de Honra: Waldir de Almeida Ribas in Memoriam Presidente: Adilson Nascimento Secretário: Guido de Oliveira Araújo Tesoureiro: Raimundo Nonato de Miranda Chaves Patrocinadores: Diretores da AFAGO Comissão Editorial Guido de Oliveira Araújo. José Moreira de Souza Raimundo Nonato de Miranda Chaves IMPRESSO REMETENTE AFAGO - Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia Avenida Amazonas 115 - sala 1709 CEP: 30180 - 000 - BELO HORIZONTE - MG