Formação do solo e mobilidade dos elementos Cap. 2 e 7 de Rose, A.W., Hawkes, H.E., Webb, J.S. Geochemistry in mineral exploration. New York: Academic Press. 1979. 2ª ed. 657p. Licht 1996 Formação do solo Solo: Corpo natural de constituintes orgânicos e minerais, organizado em horizontes de espessuras variáveis, que diferem entre si na morfologia, composição física, propriedades e composição química e características biológicas. Joffe (1949, in Rose, Hawkes & Webb, 1979) Estágio avançado do intemperismo! Perfil de solo idealizado Atividade biológica máxima A0 Frag. orgânicos decompostos parcialmente A1 Escuro, rico em MO (humus) + matéria mineral Eluviação (remoção de material solum em suspensão ou dissolvido em água). A Cor clara, pouco estruturado (pode ou não estar presente) Iluviação Marrom a marrom-alaranjado. Acumulação de Arg.M ou Hidró. Fe. Compacto, estrutura prismática característica (concrec.) 2 (Acumulação de mat. por deposição ou ptção de água de percolação) B intemperismo incipiente C Material original (rocha ou nconsolidado) Estrutura preservada da rocha mãe R Rocha mãe Diferenças entre os horizontes Que afetam a dispersão geoquímica!! Além de cor e textura (campo) pH Conteúdo de M.O. Assembléia e tipo do argilo-mineral Quantidade de óxidos-hidróxidos de Fe – Al - Mn Fração argila pH MO % CTC mEq/ 100g Comp. Mecan % SiO 2 livre % Fe2O 3 livre % Al2O 3 livre % Variações nas propriedades físicas e químicas dos diferentes horizontes, do perfil de solo (podssolo - tropical). Horizonte A do solo Lixiviação parcial (eluviação – latim lavar) Percolação descendente de água pelo solo Constituintes removidos como íons ou moléculas em solução Outros removidos como partículas coloidais dispersas Humus – agente catalizador da lixiviação A0 A1 A2 B C Humus Mistura complexa de substâncias amorfas e coloidais marrom escuro modificado dos tecidos das plantas originais ou sintetizado por vários organismos do solo ( Brady 1974). Os ácidos orgânicos e agentes complexantes (humus → bactérias) promovem a lixiviação do horizonte A. Ac. org. + HCO3 → dissol. min → Ca2+,Na+, Mg2+,K+ Sítios trocáveis dos AM, óxidos (tam. Arg.), M.O. Horizonte A como se movem os elementos Bases móveis descendem, então, dissolvidos como íons Fe e Al: como partículas coloidais de argilominerais e óxidos, como complexos de grupos orgânicos, Íons livres ou complexados com OH- em solos ácidos Sílica: dissolvida como ácido silícico (H4SiO4) ou mobilizada como sílica coloidal Espessura dos níveis em A A0 Depende de: A Suprimento de restos orgânicos Taxa de decomposição A Efetividade da lixiviação ou eluviação B Idade do perfil C A1 e A2 podem ocorrer em solos de florestas e clima úmido A2 pode estar ausente em solos de gramíneas e climas secos, ou solos jovens; 1 2 Horizonte B do solo A0 Os constituinte mais móveis em condições úmidas e drenagem livre podem descer até o freático – ou retidos em B Zona de acumulação (iluviação): Rica em argilominerais, óxidos de Al e/ou Fe Pode se enriquecer também por material ascendente: evaporação ou circulação por capilaridade A1 A2 B C Horizonte B do solo Quantidade de iluviação depende: Decréscimo de acidez com a percolação descendente da água Aumento no conteúdo de sólidos dissolvidos leva a floculação do material coloidal e formação dos óxidos. Horizonte C do solo A0 Material parental intemperizado Pode ser: rocha em situ, cobertura aluvial, glacial ou eólica, solo de um ciclo pedológico anterior (paleossolo). A1 A2 B C Cores mais claras, mantém estruturas e texturas originais. Diferenças entre os horizontes Para prospecção geoquímica → respostas para mineralizações sobrejacentes aos perfis de solo. Distribuição de metais varia muito conforme as mudanças de horizonte Dividir os horizontes (incluindo A1 e A2) Reconhecer perfis imaturos Reconhecer perfis truncados Diferenças entre os horizontes Metais solúveis, adsorvidos em argilominerais e coloides são removidos do A. Elementos contidos em minerais resistentes serão enriquecidos. Metais (hidróxidos de Fe e Mn e argilo) removidos do A acumulados no B Variação no conteúdo de metal com o horizonte de um solo tipo latossolo, Zambia. Àlcalis aumenta em profundidade e Co e Ni não mostram muitas variações. Fatores que afetam a formação do solo Material original Clima Relevo Atividade biológica tempo Material original Relação entre elementos menores no solo residual e veio de pegmatito em Bepe, Zimbabue (fração 80#). Geochemical prospecting reaserch center, Imperial College, Londres. pegmatito xisto xisto ♣ Fatores que afetam a formação do solo Material original Clima Atividade biológica Relevo tempo Clima T e chuvas mais importantes! Climas úmidos → lixiviação → horizonte B >ppt/evaporaç - Movimento descendente Climas áridos → sem horizonte A – solos calcários Clima Clima seco: movimento ascendente por evaporação, ppt de carbonatos e sulfatos de Ca e Mg. Material coloidal sobe e forma horizontes concrecionais (sílica e óx. Fe); Lixiviação incompleta → pH mais alcalino montmorilonita Formação de gel aluminoso, endurecimento externo, quebramento por desidratação, massa coloidal no interior, e preenchimento por veios de calcita. (Glossary of Geology, 1987). Fayetteville Formation in northern Arkansas. Fatores influenciados pelo tipo de clima pH Assembléia de pH argilomineral Conteúdo de Ca, Mg, MO > acido Todos afetam dispersão dos Chuvas (mm) Efeito das chuvas no pH do solo. metais. Influência do clima na concentração de M.O. e carbonato no perfil de solo. Fatores que afetam a formação do solo Material original Clima Relevo Atividade biológica tempo Relevo (topografia) Nível do lençol freático Drenagem Erosão Desenvolvimento de solo salino sob influência da água subterrânea em clima árido. Relevo (topografia) Regiões baixas → terreno saturado quase superficie Camada rica em orgânicos com subsolo pálido → condições redutoras → lixiviação mínima. Água na superfície → formação de turfa! Ângulo de declive afeta erosão e drenagem Alto → > erosão > perda de volume baixo → < erosão < perda de volume de material de material Solos mais rasos Solos + espessos Horizontes menos Horiz. + distintos distintos + mat. pedregoso Efeitos da erosão no tipo de solo (a) Aumento de erosão – perfil truncado, sepultamento do perfil original (b) perfil truncado Fatores que afetam a formação do solo Material original Clima Relevo Atividade biológica tempo Atividade Biológica Função da vegetação + atividade de microorganismos em decompor os restos de plantas (clima) Clima seco < humus < ativ. de formação do solo Clima úmido > ativ. Biológica > acum. Humus e formação de ácidos organicos Atividade Biológica Máxima acumulação de humus? Em climas úmidos e frios. Outro fator biológico: Diferentes tipos de vegetação – diferentes produtos de decaimento orgânico. Percentagem Conteudo de coloide Atividade Biológica floresta campo campo pH floresta Profundidade (cm) e horizontes Efeitos da vegetação nas propriedades do solo. Fatores que afetam a formação do solo Material original Clima Relevo Atividade biológica tempo Tempo A acumulação de material fonte por intemperismo leva mais tempo que a diferenciação em horizontes de solo! Tempo Horizonte A tênue pode levar décadas (com umidade e drenagem livre). Desenvolvimento de horizonte B distinto leva tempo – séculos ou milênios. Juvenil - erosão Maduro - tempo Formação de horizonte A e B em perfil de podssolo Em função da idade. ♣ Principais processos de intemperismo Zona de acidólise total – vegetação de liquens e coníferas (16%, áreas frias) Degradação lenta Al migra por acidólise total Podsolos ricos em quartzo Principais processos de intemperismo Zona alitização - regiões tropicais e equatoriais (13%) alta precipitação (>1500mm) e vegetação exuberante. Hidrólise total e formação de óxihidróxidos de Al e Fe (minerais?) Zona de monossialitização - (tropical subúmido (18%), ppt >500mm; Caulinita (1:1) e oxi-hidróxidos de Fe Principais processos de intemperismo Zona bissialitização - zonas temperadas e áridas (39%) Lixiviação pouco intensa Argilominerais 2:1 esmectitas Intensidade do intemperismo aumenta com a pluviosidade, resultando em solo com maior proporção de minerais secundários (fração argila). Intensidade do intemperismo relacioonado com pluviosidade/ T/ vegetação. Classificação dos solos (1ª ) Sistema americano (Thorp & Baldwin 1930): Solos azonais Solos zonais solos intrazonais Classificação dos solos Solos azonais Horizontes incipientes e perfis imaturos, como os solos desenvolvidos sobre aluviões recentes: Litossolos, regossolos, solos aluviais Solos intrazonais influenciados por condições locais, como a drenagem: solos mal drenados de regiões úmidas (gley), solos mal drenados de regiões áridas (salinos) Classificação dos solos Solos zonais Perfil maturo, com características determinadas pelo clima e vegetação: Podzol, chernozen, latossolo, solos desérticos. Latossolos – horizonte B muito espesso, vermelho ou amarelo. 65% dos solos brasileiros estão afetados por laterização ou ferralitização Caulinita + gibbsita Solos zonais Perfil idealizado de quatro tipos de solos zonais. Classificação do solo x clima Frio seco Frio úmido Solo ártico Solo desértico Solo de gramíneas Solo podzóico Solo tropical quente seco quente úmido Mapa mundi com solos Ártico Podzólico Gramíneas Desértico Tropical montanhoso Podzólico – úmido temperado, florestado (processo?); gramíneas – temperado e sub-úmido; (savannas e argilas pretas e cinzas); desértico – clima árido, temperado e tropical ♣ (litossolos e regossolos); Mapa mundi com solos Ártico Podzólico Gramíneas Desértico Tropical montanhoso tropical – cobertos por florestas e savannas de clima úmido e seco-úmido tropical a sub-tropical; montanhoso ou pedregoso – litossolos. Podsolo Sob as cinzas (under ash) Nome russo Arar sob uma camada de cinza Podsolo gramineas Neossolo Vertissolo cambissolo chernossolo luvissolo Alissolo argilossolo Nitossolo latossolo espodussolo Gleissolo Hidromórfico (saturado em água) Rico em M.O. Fracionamento dos elementos no solo Comportamento dos elementos traços intemperismo depende: Resistência dos minerais hospedeiros intemperismo no ao Mobilidade relativa de cada elemento nas condições fisico-químicas do ambiente superficial. Elem. pouco móvel clástico Elem. móvel se afasta como carga em solução de águas superficiais e subterrâneas. permanece com produto Fracionamento dos elementos no solo Meio Líquido: Os constituintes iônicos da água são geralmente os mais reativos. íons livres para reagir formando precipitados ou participando de reações de CTC na superfície de partículas sólidas eletricamente carregadas; Responsáveis pelas dispersões hidromórficas! Fracionamento dos elementos no solo Meio sólido: difícil dizer os minerais que servem de hospedeiros dos traços: Considerar o comportamento geral dos elementos na zona de intemperismo; Determinar as proporções relativas do metal solubilizado por diferentes extratores químicos (ataques ácidos fortes e quentes). Óxidos, oxissais, fosfatos, argilo-minerais, Comportamento dos elementos Zeegers (1979) agrupou os elementos em 4 grupos, processos de laterização, Guiana Francesa: Cr, Ti, P, Sr, Zr enriquecidos com Fe2O3/Al2O3 Cu, Ni, Zn, Mn (Co, Mg) - abundantes em r. básicas e lixiviados em intemperismo profundo K, Ba, B (Ca, Na) - r. aluminosas em intemperismo profundo Pb, Mo – não afetados. Mobilidade dos elementos no ambiente superficial É a facilidade com que o elemento se move em um certo ambiente. Mobilidade química de um íon: Íons livres Íons complexos Adsorvidos em sólidos finos (hidro-óxidos, argilo-minerais, M.O.) colóides Mobilidade dos elementos no ambiente superficial A mobilidade química dos elementos, particularmente os metais, é a base da dispersão secundária em ambiente supergênico. Utilizada pela prospecção geoquímica em diferentes escalas. Mobilidade no ambiente superficial função da carga iônica e do raio iônico Potencial iônico PI = carga/raio iônico Cations móveis Elemento com baixo PI (Ca e Na) são solúveis como simples cátions, Elem. com PI muito alto atraem O: oxi-ânions solúveis (PO43+, SO42-, MoO42-) Elem. com PI intermediários (Al, Ti, Sn) são móveis pela forte tendência à adsorção em superfícies, apesar da baixa solubilidade. Os elem de transição, com orbitais internos incompletos (Cu, Cr, Al, Fe) tendem a ser menos solúveis e mais fortemente adsorvidos. Íons imóveis OxiânÍons móveis Mobilidade no ambiente superficial como função da carga iônica e do raio iônico Mobilidade dos elementos em ambiente superficial Mobilida Oxidante de relativa pH 5-8 intemperismo Oxidante PH <4 Minério sulfetado oxidado Redutor Pântanos Rico em MO Alta Cl, Br, I, S, Rn, He, mobilidade C, N, Mo, B K > 10 Cl, Br, I, S, Rn, He, C, Cl, Br, I, Rn, He N, B Mobilidade Ca, Na, Mg, Li, F, moderada Zn, Ag, U, As K = 1-10 Ca, Na, Mg, Sr, Hg, Ca, Na, Mg, Li, Sr, Ba, Cu, Ag, Co, Li, F, Zn, Ra, F, Mn Cd, Ni Pouca mobil. K = 0,1-1 K, Rb, Ba, Mn, Si, Ge, P, Pb, Cu, Ni, Co K, Rb, Ba, Si, Ge, Ra K, Rb, P, Si, Fe Imóvel K < 0,1 Fe, Al, Ga, Sc, Ti, Zr, Hf, Th, Sn, ETR, Pt, Au (Cr, Nb, Ta, Bi) Fe, Al, Ga, Sc, Ti, Zr, Hf, Th, Sn, ETR, Pt, Au, As, Mo, Se Fe, Al, Ga, Ti, Zr, Hf, Th, Sn, ETR, Pt, Au, Cu, Ag, Pb, Zn, Cd, Hg, Ni, Cu Importância do pH e Eh O valor específico de pH que leva a precipitação de um elemento é denominado de pH de hidrólise. Acima deste o elemento não é mais encontrado móvel. Nas proximidades de um depósito de pirita que se oxida com pH <1, o íon férrico está em solução, O pH vai neutralizando e outros íons vão precipitando como o Cu em 5 e o Zn em 7. Cu, Pb, Zn móveis em que pH? Acido ou alc. pH de hidrólise para alguns elementos selecionados. Importância do pH e Eh Em pH 7 a solubilidade do Cu é 10-6.65 moles/l – 14 ppb Que é o conteúdo de Cu nas águas naturais. Qualquer quantidade Adicional de Cu, faz ele ppt como CuO Cu muito solúvel em águas ácidas. Insolúvel em águas Neutras e alcalinas Solubilidade do Cu2+ como função do pH, mostrando limitações para CuO . Importância do pH e Eh Em soluções reduzidas a solubilidade do Cu é muito baixa (Cu +) Em condições mais oxidantes solubilidade aumenta Cu2+ Solubilidade do Cu2+ como função do Eh, mostrando limitações para Cu metal . Adsorção e trocas iônicas com partículas coloidais Argilominerais Óxidos hidróxidos de Fe e Mn Matéria orgânica Minerais Secundários Mineral primário Dissolução+hidrólise Mineral secundário Vistos em MEV (2 m ou menor) Analizados em difração de raio-X e analises termodiferenciais. Classes de tamanho de partículas e algumas propriedades (Birkeland, 1974) Importância dos argilo-minerais Capacidade sortiva, ou de troca catiônica (CTC) desse grupo de minerais: CTC (meq/100g miliequivalentes Esmectita Ilita Caulinita 80-100 15-40 3-15 • Relacionada à facilidade dos argilo-minerais em receber moléculas de água ou cátions ou moléculas orgânicas entre as lâminas que constituem sua estrutura. Argilo-minerais Contém a maior parte do Al e da Si liberados pelos minerais primários. Estrutura baseada em camadas. Camada de tetraedro com grupos de (Si,Al)O4 cada Si4+, ou Al3+ é rodeado por 4 O2- em coordenação tetraédrica. Camadas octaédricas Al3+, Fe2+, Mg2+, rodeados por 6 O2em coordenação octaédrica. Identidade do mineral: sequência de camadas, elemento no octaedro, carga na camada, cátion na intercamada que balança a carga da camada. Argilo-minerais a. Grupos de (Si,Al)O4 em camadas de tetraedros; b. tetraedros vistos de lado e representação; c. vista de lado de camadas de octaedros e representação; d. estrutura da caulinita; e. estrutura da muscovita/ilita. Argilo-minerais Se um cátion divalente como o Mg ocupa o octaedro, cada miolo do octaedro será preenchido, e o mineral será classificado como trioctaédrico: esmectita, talco Argilo-minerais Se um cátion de valência 3+ como o Al ocupa o octaedro, somente dois miolos do octaedro será preenchido, e o mineral será classificado como dioctaédrico: pirofilita Al2Si4O10 (OH)2 - Classificação Grupo Tipo de camada Carga da camada fórmula Caulinita 1:1 <0,01 Si4Al4O10 (OH)8 Ilita/muscovita 2:1 1,4-2,2 Mx(Si6.8Al1.2)Al3Fe0,25Mg0 ,75O20 (OH)4 Vermiculita 2:1 1,2-2,2 Mx(Si7Al)Al3Fe0,5Mg075O2 0 (OH)4 Esmectitab 2:1 Na+ 0,5-1,2 (0,67) Mx(Si8Al3.2)Fe0,2Mg6O20 (OH)4 clorita 2:1 com OH na intercamada variável (Al(OH)0,25) . (Si8,8Al1.2) Al3,4Mg0,6O20 (OH)4 K+ Ca2+ e M - cation monovalente na intercamada, b - montmorilonita em solo Caulinita-estrutura mais simples Compartilham O ou OH Substituições nos tetraedros e octaedros são raras, por isso a carga é 0. A carga da camada é balanceada por cátions que ocupam sítios entre as camadas. Esmectita Ca e Mg são cátions comuns nos sítios entre camadas. A carga é importante em definir quão forte os cátions estão ligados entre as camadas. Esmectita tem a ligação mais fraca. Por isso tem uma capacidade de troca muito alta, como resultado da baixa carga entre as camadas. Aumenta o grau de intemperismo Genese dos argilominerais, pela remoção de elementos solúveis K, Na, Ca e Mg. Caulinita favorecida por ambiente ácido, drenagem livre, lixiviação de K, Na, Ca e Mg e muitos traços. Climas úmidos onde chuva excede a evaporação. Percolação de infiltração e lateral é ativa. Mineral mais comum na zona de intemperismo. Montmorilonita – condições neutras a alcalinas lixiviação incompleta K, Na, Ca e Mg e muitos traços. Drenagem truncada ou muita evaporação. Típica de regiões de clima semi-árido ou em água subterrânea aprisionada. Pela sua característica expansiva mantém o solo sem drenar. Disposição de Fe e Mg (minerais ferromagnesianos) Óxidos de ferro e alumínio Chamados de sesquióxidos Limonita: Fe2O3nH2O Hematita Fe2O3 Goetita Fe2O3H2O Diásporo Al2O3H2O Gibsita Al2O33H2O Limonita – mistura de goetita e hematita + jarosita KFe(SO4)2(OH)6) na presença de pirita oxidada; Mobilidade dos óxidos no intemperismo Grupo Óxido Mobilidade relativa Sesquióxidos Cr2O3 Al2O3 Fe2O3 TiO2 Baixa 1 - 100 SiO2 Moderada 100 - 500 K2O Na2O CaO MgO Alta 500 – 10.000 Dióxido Alcalinos e alc. terrosos Intensidade do intemperismo aumenta com a pluviosidade, resultando em solo com maior proporção de minerais secundários (fração argila). Importância dos óxidos de Fe e Mn Durante a precipitação podem incorporar, por co-precipitação, outros íons que não seriam normalmente afetados por modificações de pH e Eh. Captura elementos muito móveis (como Cu2+ e Zn2+ em condições ácidas) que se concentram nos precipitados de Fe e Mn. Halos geoquímicos reduzidos (pernicioso), pois adsorve os móveis. Formação de gossans Cu Py Zn Ag Fe(OH)3 + H2SO4 COLÓIDE Fe(OH)3 amorfo- fase de absorção de metais) Pb goetita ou hematita (engrossa o grão – diminui a afinidade de absorção) Co Importância dos óxidos de Fe e Mn Óxidos de Fe e Mn tem uma importância maior que os de Al e Si: tem capacidade de sorção mais elevada, dissolvem com a redução do potencial redox e re-precipitam à medida que o sistema se torna mais oxigenado. Importância dos óxidos de Fe e Mn Isso mantém estes óxidos em estado amorfo ou com baixo grau de cristalinidade, apesar de ativos – floculam! Facilita a incorporação de íons estranhos na estrutura. Maiores controladores da fixação dos metais pesados. Importância dos óxidos de Fe e Mn Para que íons Fe3+ e Mn3+ é necessário condições redutoras. Mina de Santa Maria (Licht, 1982): Metais sorvidos em óxidos de Mn: Pb 8,6%, Cu 14,3% e Zn 76,7%. Cations dissolvidos com carapaça interna fortemente ligada de moléculas de água e carapaça externa mais fraca. Adsorção fraca com atração eletrostática. Adsorção forte moléculas de água internamente e externa. Pisólito Estruturas orbiculares concrecionais, evidencia estado coloidal. Importância da M.O. As camadas orgânicas do solo acumulam certos metais e a capacidade de troca catiônica (CTC) do húmus pode atingir 500 meq/100g, enquanto das argilas não excede 150 meq/100g. Influência na geração de anomalias geoquímicas não significativas, em pântanos ou espessa cobertura vegetal. Ligação de metal em humus por quelação Relação da quantidade de carbono para extrabilidade de Cu no solo.