31 de maio de 2011
O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem
A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico
e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira
O ENCAIXE DO TALENTO TÉCNICO
A economia aquecida e o olhar do mundo expõem uma questão a ser solucionada
pelo País: a falta de mão de obra técnica. Encontrar o talento certo para a lacuna
aberta é o desafio, já sentido em setores prósperos. Enquanto isso, estrangeiros
vêm preencher o déficit e aproveitar o ambiente de negócios.
Os ecos de prosperidade da economia brasileira agora são acompanhados bem de perto por
executivos estrangeiros. Eles estão por aqui, cada vez mais, atuando em multinacionais ou em
posições estratégicas em empresas de capital nacional. Grande parte deles imigrou para o Brasil para
ocupar posições que exigem conhecimentos técnicos que o País, por algumas lacunas educacionais,
ainda não consegue produzir em grande escala para atender à atual demanda positiva de negócios.
Esse mesmo ciclo econômico gera otimismo e encoraja a vinda de expatriados para consolidar
oportunidades em uma economia que deixa de ser apenas emergente e passa a apresentar um
cenário mais sólido e estável.
Em 2010, 56 mil profissionais de diversas partes do mundo foram autorizados a atuar no
mercado de trabalho brasileiro. Comparado com o período anterior, o volume de ingresso representa
30,5% a mais e, no acumulado comparativo com 2006, a diferença salta para 120%. Os dados do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também mostram que, do universo dos trabalhadores que
passaram a adotar o Brasil como sede operacional, 31 mil – aproximadamente 56% das emissões de
autorização do ano passado – possuem curso superior completo ou habilitação legal equivalente. “Os
profissionais que estão chegando ao Brasil atuam principalmente nas áreas em que são necessários
conhecimentos relacionados a novas tecnologias, como, por exemplo, engenharia fina, biotecnologia
e geologia”, explica Vicente Picarelli Filho, sócio-líder da linha de serviços de Consultoria em Gestão
de Capital Humano da Deloitte.
Os dados do MTE e a visão do sócio da Deloitte apontam para um problema que já está na
pauta das organizações e do empresariado nacional. A pesquisa “Panorama Empresarial 2011”
aponta a retenção e o desenvolvimento de talentos (60%) como o principal desafio das empresas
neste ano e a estratégia prioritária para elas próprias até 2015.
E isso, de fato, já acontece. A Petrobras, por exemplo, investe anualmente um valor
aproximado de US$ 150 milhões em treinamentos, conforme dados públicos presentes no relatório
“Brazil Unbound: How Investors See Brazil and Brazil Sees the World” (“Como os Investidores Veem o
Brasil e Como o Brasil Vê o Mundo”), organizado pelo banco HSBC em parceria com a Economist
Intelligence Unit (EIU).
O momento econômico e até a preocupação do empresariado nacional sinalizam a
oportunidade para uma mudança na política educacional que contribua para o País conquistar os
olhos do mundo também por seus avanços técnicos e científicos. O próprio Picarelli, da Deloitte,
resume o momento que cria a demanda crescente por profissionais estrangeiros com perfil técnico
no País: “somos autossuficentes em gestão”. E os exemplos são os executivos brasileiros que
passaram a liderar conglomerados globais, como Carlos Brito, à frente da ABInbev, maior cervejaria
do mundo, e Bernando Hees,
CEO mundial da rede de fast
food Burger King.
Para
o
professor
Cláudio Salvadori Dedecca, do
Instituto de Economia da
Universidade de Campinas
(Unicamp), a falta de mão de
obra qualificada no País é um
dos fatores que elevam o fluxo
imigratório. Ele cita a atividade
de extração de petróleo –
coincidentemente um setor no
qual o Brasil é reconhecido
pela sua capacidade e por
avanços na prospecção em alto
mar –, que necessita de profissionais para a execução de serviços que ainda não são encontrados
conforme a atual, e muito provável futura, demanda aquecida do setor e das diversas empresas que
atuam na cadeia.
A mesma visão é compartilhada pelo engenheiro peruano Jose Antonio Oga, que, há quatro
anos, atua na operação da Schlumberger, fornecedora de tecnologia e projetos para a indústria de
petróleo e gás, no Rio de Janeiro. “Há evidências claras da baixa oferta no País de profissionais
qualificados para o setor”, sinaliza. Oga destaca os campos da geociência, petrofísica e engenharia de
petróleo como os mais afetados.
No estudo “Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria”,
organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
divulgado em abril, 69% de 1.616 empresas consultadas afirmam
enfrentar dificuldades para preencher seus quadros. “As empresas
estão sentindo o que os cursos de capacitação já tinham detectado,
que é a baixa qualidade da educação básica”, classifica Renato da
Fonseca, gerente-executivo de Pesquisas da CNI.
A sondagem, que contou com a participação de pequenas e
médias (84%) e grandes empresas (14%), aponta que o problema
atinge da produção às vendas, passando por pesquisa e
desenvolvimento (P&D) e pela gerência da organização. Porém, na
produção, a falta de engenheiros, técnicos e operadores preocupa
praticamente todos os participantes. A dificuldade de encontrar
técnicos é assinalada por 94% dos participantes e a de operadores, por 82%. (...)
Trasferência cultural e tecnológica
(...)Para Picarelli, da Deloitte, as empresas precisam preparar-se para que o conhecimento,
ainda não tão disseminado no Brasil, que é trazido pelos profissionais estrangeiros seja absorvido
pela organização. (...)
O acesso ao conhecimento técnico e até mesmo a transferência de tecnologia com outros
países são pontos que o governo brasileiro tem procurado priorizar. (...)
Expatriação como oportunidade
Depois de 11 anos passando por todos os cargos das agências bancárias da operação
argentina do Banco Santander, de caixa a gerente-geral, Javier Garcia Verdous aceitou a transferência
para o Brasil, onde, nos últimos dois anos, passou a atuar como gerente da área de Qualidade no
Atendimento do Varejo. “Vim para cá em um momento muito positivo, de grande crescimento
econômico”, pontua. (...)
O engenheiro peruano Oga, da Schlumberger, menciona as estabilidades política e econômica,
que refletem o baixo grau de risco do Brasil, como atrativos.
Para ele, a competitividade gerada pela escassez de profissionais técnicos em algumas indústrias tem
impactado positivamente os pacotes de benefícios oferecidos pelas empresas que aqui operam.
Da educação básica à escolha do curso superior
O País ainda conta com diversas lacunas a serem preenchidas nos seus três principais níveis de
educação: os ensinos fundamental, médio e superior. (...)
Marcos Formiga, assessor da diretoria da CNI, afirma que a evasão nos cursos de engenharia é
superior a 50%. Para ele, um dos principais problemas é a distância entre os currículos dos cursos e a
solução de problemas requerida pela realidade do mercado.
O estudo “Potenciais Gargalos e Prováveis Caminhos de Ajustes da Engenharia no Brasil”,
realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aponta que, se a economia brasileira
crescer mais de 4,5% ao ano, a oferta de engenheiros no mercado de trabalho não será suficiente
para atender à demanda da indústria, da agroindústria, do comércio e das áreas de tecnologia até
2020. “Com o crescimento nesta faixa ou superior ao longo da década, teremos de ajustar a
capacidade de oferta. Também será necessário melhorar a qualidade desses profissionais”, aponta
Divonzir Gusso, técnico do IPEA.
Até o final de abril, a CNI e o Comitê de Engenharia da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoas de Nível Superior (CAPES) entregariam ao governo o Plano Nacional de Engenharia, com o
objetivo de aumentar a oferta desses profissionais no mercado.
Fonte: Mundo Corporativo
Data: Abril-Junho de 2011
“MORRER RICO É FALTA DE IMAGINAÇÃO”
Sem muito alarde, uma empresa de mineração e metalurgia está desenvolvendo aquele que
consideramos talvez o mais importante trabalho social já desenvolvido por uma corporação privada
no Brasil. Trata-se do projeto da Fundação José Carvalho, proprietária da Ferbasa, empresa baiana
que está completando 50 anos, período ao longo do qual se consolidou como único produtor de ligas
de ferro-cromo das Américas.
O diferencial começa na origem da própria fundação. Ao contrário de outras instituições
similares, mantidas por empresas que destinam uma parcela dos seus rendimentos para a fundação,
beneficiando-se de descontos no Imposto de Renda, a FJC é que mantém a Ferbasa, já que é o seu
acionista majoritário. É que, há 36 anos, o fundador da companhia, engenheiro José Carvalho, em
reconhecimento à sociedade por haver lhe proporcionado ensino público ao longo de toda a sua
trajetória educacional, decidiu criar a FJC, doando para a mesma 94% das ações que detinha na
Ferbasa. Tal atitude mostra despreendimento que não tem muitos exemplos, pelo menos no Brasil.
Explicando sua decisão, José Carvalho disse: “Do meu ponto de vista, morrer rico é falta de
imaginação”, acresentando que a educação é a melhor maneira de formar cidadãos. Os lucros
auferidos com a participação acionária da Ferbasa permitem à Fundação contar com recursos para
manutenção dos seus projetos. Além disso, a entidade conta com receitas geradas pela
comercialização de produtos que são obtidos numa fábrica de laticínios e pela cobrança de visitas a
um parque aquático e zoobotânico mantidos pela FJC.
Desde sua origem, a FJC dedicou-se à formação de crianças carentes, que de outra maneira
não poderiam ter acesso à educação. O primeiro projeto foi a implantação de um colégio técnico na
cidade baiana de Pojuca, onde ficam as instalações industriais da Ferbasa. Hoje a estrutura engloba
seis unidades escolares e contros de capacitação e treinamento, além de sete escolas às quais atende
de forma indireta, localizadas em outros estados do Nordeste. No total, a fundação mantém
atualmente em suas unidades diretas e indiretas cerca de seis mil alunos, nos níveis fundamental,
médio e profissionalizante.
As atividades educacionais desenvolvidas pela Fundação visam, principalmente, melhorar a
qualidade de vida de populações rurais de baixa renda, através do ensino de qualidade. Porém, o
projeto foi mais além e suas unidades hoje se caracterizam como modelos de educação, sobretudo
no âmbito da educação rural, em função do tipo de ensino e da infraestrutura que oferecem. As
escolas rurais de alternância, destinadas a alunos carentes que vivem em zonas rurais, são um
exemplo, pois mesclam períodos em regime de internato com outros de atividade domiciliar,
estendendo a escola para dentro do lar. Outro exemplo são os CCTs (Centros de Capacitação
Treinamento), criados mais recentemente, para atender a jovens carentes em fase de vulnerabilidade
social, permitindo-lhes ser inseridos no mercado de trabalho. Só para a Petrobras, recentemente um
dos CCTs formou 437 alunos.
Esse é um exemplo que, ao nosso ver, precisa ser conhecido de perto por todos aqueles que
atuam no setor mineral, porque mostra, de forma contundente, como a mineração, que
normalmente está localizada em zonas carentes, longe dos grandes centros, pode contribuir para a
melhoria das comunidades.
A Ferbasa hoje é uma companhia aberta, com ações negociadas na bolsa, o que significa que
aqueles que detêm ações estão contribuindo indiretamente também para o trabalho da FJC. Para um
acionista consciencioso, acreditamos ser reconfortante saber que o seu capital está contribuindo
para um projeto de cunho social como esse.
Fonte: Revista Brasil Mineral, ano 28, nº 305
Autor: Francisco Alves
Data: Abril de 2011
ENERGIA INVIABILIZA CRESCIMENTO
“As industrias de alumínio reduziram em 10% sua capacidade produtiva no país nos últimos
seis anos e fábricas de outros setores de uso intensivo de energia também já estão fechando as suas
portas”. O alerta foi feito pelo coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira da
Indústria de Alumínio (Abal), Eduardo Spalding, durante o seminário Energia Elétrica: fator de
Competitividade da Indústria, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria
com a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace).
Segundo o coordenador, os custos com energia praticamente dobraram nos últimos seis anos
no País, que altualmente tem a terceira tarifa mais cara do mundo. “Se nada for feito nos próximos
dez anos, haverá um aumento de mais de 20% nos custos da energia para a indústria”, afirma. Ainda
de acordo com Spalding, o custo de produção de uma tonelada de alumínio alcançava US$ 1.069 em
2003, e a conta de energia representava 33% desse total. Em 2008, o custo com a produção saltou
para US$ 1.991/tonelada, em que 44% representava os gastos com energia.
Já para o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, o primeiro passo para a redução da tarifa é a
retirada da carga tributária e os encargos que, juntos, representam mais de 50% dos valores
cobrados dos consumidores de energia. E os custos com programas sociais não deveriam ser
repassados às contas de luz e sim absorvidos pelo orçamento da União. “Poderíamos aumentar,
desta forma, a arrecadação a partir de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)”, destaca
Pedrosa.
A desoneração tributária e de encargos das tarifas de energia é a principal proposta do estudo
intitulado Efeitos do Preço da Energia no Desenvolvimento Econômico-Cenário até 2020, realizado
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Abrace. “O Brasil pode crescer mais e
acrescentar cerca de R$ 695 bilhões no PIB até 2020, o que representa uma economia do tamanho da
África do Sul e até três vezes a do Chile”, destaca Fernando Garcia, coordenador do Projeto Energia
Competitiva da FGV. Ainda segundo o coordenador, “acumulamos hoje um déficit de US$ 3 bilhões e
para conviver com uma taxa de câmbio valorizada é preciso tomar outras providências para reduzir
os custos e aumentar a competitividade.”
Fonte: Revista Brasil Mineral, ano 28, nº 305
Data: Abril de 2011
FERROUS FAZ PRIMEIRO EMBARQUE
A Ferrous Resources do Brasil realizou o priemiro embarque internacional de minério de ferro.
Foram exportados 162,7 mil toneladas de sinter feed para a Ásia e a próxima remessa está prevista
para maio. Em 2011 a Ferrous irá produzir cerca de 3 milhões de toneladas de minério de ferro,
provenientes das minas Esperança, em Brumadinho (MG), Viga, em Congonhas (MG), e Santanense,
em Itatiaiuçu (MG), todos ativos minerais localizados no Quadrilátero Ferrífero, região que concentra
as maiores jazidas do minério no Brasil. “O embarque internacional é uma grande conquista para a
Ferrous, pois demontra que o nosso produto atende às exigências de um dos maiores mercados
demandantes por minério de ferro, que é o mercado asiático”. Ressalta Mozart Litwinski, presidente
da Ferrous.
Além disso, a companhia está implantando um projeto integrado que irá contemplar
mineroduto e porto próprios. A Mina Viga estará interligada ao terminal Portuário de Presidente
Kennnedy (ES) por mineroduto de 400 quilômetros, que passará por 22 municípios. A meta, segundo
a empresa, é exportar para mercados internacionais 25 milhões de toneladas de minério de ferro, do
tipo pellet feed, por ano, em 2014, e 62 milhões de toneladas anuais em 2016.
Fonte: Revista Brasil Mineral, ano 28, nº 305
Data: Abril de 2011
VALE FERTILIZANTES INVESTE EM TERMOPOTÁSSIO
No início de abril, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, assinou um protocolo de
intenções com a Verde Fertilizantes para a viabilização do projeto Cerrado verde – O Potássio de
Minas. A unidade será instalada na região do Alto Parnaíba, com início da operação previsto para o
segundo semestre de 2013. Serão investidos R$ 280 milhões no projeto que, no início da operação,
terá capacidade de produção de 1,1 milhão de toneladas/ano de glauconita (rocha verdete) para
produção de termopotássio. O novo fertilizante que será colocadp no mercado brasileiro (com teor
de potássio de 8%) poderá substituir parcialmente as importações de cloreto de potássio. O objetivo
é aumentar a oferta e produção nacional do potássio, matéria-prima essencial na industrialização dos
fertilizantes, fornecidos à agricultura brasileira. Atualmente, o Brasil importa mais de 90% desse
nutriente, fundamental para o agronegócio. Além da geração de empregos e riquezas locais,
utilizando a agregação de valor a um bem mineral, Minas Gerais será beneficiada com a diminuição
em 16% da importação do potássio, o equivalente a cerca de 3% para o país. Isso pode representar, já
no início da operação, economia anual próxima a U$ 100 milhões de remessas para o exterior. O
Governo de Minas dará apoio ao projeto com linhas de financiamento por meio do Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Além disso, o Governo do Estado estuda investir no
empreendimento por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
(Codemig), com participação da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Epamig) como promotora do
termopotássio.
Fonte: Revista Brasil Mineral, ano 28, nº 305
Data: Abril de 2011
VALE INVESTIRÁ R$ 162 MILHÕES EM CENTRO DE PESQUISA EM BELÉM
A Vale e o Governo do Pará lançaram hoje a pedra fundamental do Instituto Tecnológico Vale
(ITV) de Belém, que será dedicado a pesquisas na área de desenvolvimento sustentável. O centro
contará com 300 profissionais, entre pesquisadores e professores brasileiros e estrangeiros.
Serão investidos cerca de R$ 162 milhões na construção do centro, que deve ser inaugurado
em 2013, no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá. Em outubro, o ITV estará instalado
provisoriamente em um prédio de 2,1 mil metros quadrados, também na capital paraense.
A unidade de Belém é uma das três que o ITV está construindo no Brasil. As demais ficarão em
Ouro Preto (MG) e São José dos Campos (SP). A de Ouro Preto será dedicada à mineração e a de São
José de Campos, à área de energia de baixo carbono.
Com a iniciativa, a Vale pretende ampliar a produção de pesquisas científicas e o
desenvolvimento econômico de base tecnológica no país, além de gerar e difundir novos
conhecimentos para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e para a cadeia da mineração no
Brasil.
Fonte: Valor Econômico
Data: 16/05/2011
VALE AVANÇA EM COBRE E COBALTO NA ÁFRICA
A Vale comprou, por US$ 1, 125 bilhão, através de uma subsidiária, o capital total da sulafricana Metorex Limited. A empresa tem negócios de cobre e cobalto na região chamada de
Cinturão de Cobre Africano, por meio de suas subsidiárias. A Metorex tem duas minas em operação,
Chibuluma localizada na Zâmbia, onde detém 85% de participação e Ruashi, na República
Democrática do Congo (RDC), com fatia de 75%. Chibuluma tem uma capacidade estimada de 18.600
t/ano de cobre contido em concentrado e reservas provadas e prováveis de 3,5 milhões de t, com
teor de 3,8%. As operações de Ruashi incluem uma planta hidrometalurgica SX-EW, com capacidade
estimada de 36 mil t/ano de cobre catodo e 4.500 t/ano de cobalto, com base em reservas provadas
e prováveis, de 22,2 milhões t/ano, com teor de cobre de 2,4%. A empresa tem ainda três projetos na
RDC, sendo um em fase desenvolvimento e dois em fase de exploração. A aquisição de 100% do
capital requer a aprovação de pelo menos 75% dos direitos de voto da Metorex exercidos na reunião
de acionistas. A aquisição está condicionada às aprovações, consentimentos e permissões
governamentais e regulatórias aplicáveis na África do Sul, Zâmbia e RDC, e aprovação dos acionistas
minritários nas empresas subsidiárias, bem como às condições habituais de fechamento. Além disto,
a venda ou transferência da Sable Zinco Kabwe Limited, uma operação de processamento de cobre
catodo e cobalto na Zâmbia, pela Metorex a terceiros, também é uma das condições da oferta.
Fonte: Revista Brasil Mineral, ano 28, nº 305
Data: Abril de 2011
VALE INAUGURA PRIMEIRA PLANTA DE FERRO-NÍQUEL NO PARÁ
A Vale informou nesta segunda-feira (16/5) que iniciou neste mês sua primeira operação de
níquel no Brasil. A planta Onça Puma está localizada em Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará.
O empreendimento, que abrange também as cidades de Tucumã e Parauapebas, tem
capacidade de produção anual de 220 mil toneladas de ferro-níquel, que contêm 53 mil toneladas de
níquel.
Com a entrada em operação da planta brasileira, a Vale reforça sua posição de liderança como
maior exportadora do país.
O investimento total estimado em Onça Puma é de aproximadamente US$ 2,84 bilhões.
Durante a fase de implantação do projeto, foram gerados oito mil postos de trabalho. Para a
operação, mais 1.500 empregos foram criados.
A Vale é a segunda maior produtora mundial de níquel, com operações em Canadá, Indonésia
e Nova Caledônia, e tem refinarias de níquel no Reino Unido, Japão, Taiwan e China.
O primeiro embarque de 1.078 toneladas de ferro-níquel com 385 toneladas de níquel
contido ocorreu no último dia 11 de maio pelo Porto do Itaqui, em São Luís (MA). Os destinos do
minério embarcado são Ásia e Europa.
Fonte: Brasil Econômico
Data: 16/05/2011
MINERAÇÃO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA
A mina de bauxita da Alcoa em Juruti, considerada um dos modelos de mineração sustentável,
será um dos temas expostos pela companhia durante a FIPA – Feira da Indústria do Pará. Em sua
décima edição, o evento acontece de 18 a 21 de maio (quarta a sábado), no Hangar Centro de Feiras
e Convenções da Amazônia, em Belém. O encontro é promovido anualmente pela Federação das
Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), e reúne as principais empresas e indústrias do Estado.
Perfil-A Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc, líder mundial na produção de alumínio
primário, alumínio transformado e alumina. Com atuação em 31 países, a Alcoa Inc possui 59 mil
funcionários e integra pela nona vez consecutiva o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Presente na
América Latina e Caribe desde o final da década de 50, conta com cerca de sete mil funcionários na
região e possui operações no Brasil, Jamaica e Suriname.
No Brasil a companhia atua em toda a cadeia produtiva do alumínio, desde a mineração da
bauxita até a produção de transformados. A Alcoa possui sete unidades produtivas e três escritórios
distribuídos no Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo e Distrito
Federal. A empresa possui ainda participação acionária em quatro usinas hidrelétricas: Machadinho e
Barra Grande na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Serra do Facão em Goiás; e
Estreito, entre o Maranhão e Tocantins. Em 2010 a Alcoa registrou faturamento de US$ 1,6 bilhão no
Brasil e foi eleita Empresa Sustentável do Ano pelo Guia Exame de Sustentabilidade.
Fonte: Fator Brasil
Data: 18/05/2011
INFLUÊNCIA DO GOVERNO DESVALORIZA BÔNUS DA VALE EM RELAÇÃO À BHP
Investidores estão exigindo um prêmio maior para deter títulos da Vale após a
intervenção do governo na destituição do diretor- presidente da mineradora,
Roger Agnelli
Os custos de captação da Vale SA estão no maior nível em oito meses em comparação aos da
concorrente BHP Billiton Ltd. A alta reflete receios de que o governo pressione a Vale a fazer
investimentos em negócios menos lucrativos.
Os títulos em dólar da mineradora brasileira com vencimento em 2020 rendiam na semana
passada 126 pontos-base a mais do que papéis da BHP com vencimento similar, a maior diferença
desde que a Vale fez a emissão dos títulos em setembro, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Essa diferença aumentou 29 pontos- base, ou 0,29 ponto percentual, desde o início do ano.
Investidores estão exigindo um prêmio maior para deter títulos da Vale depois que a decisão
de destituir o diretor- presidente da mineradora, Roger Agnelli, mostrou que o governo está
exercendo uma influência maior na administração da empresa.
A presidente Dilma Rousseff disse na semana passada que o Brasil precisa exportar mais
produtos de valor agregado em vez de matérias-primas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
pediu durante seu governo que a Vale aumentasse os investimentos em siderurgia. O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, disse a senadores este mês que participou de reuniões para discutir a saída
de Agnelli.
“As indicações são de que definitivamente o governo do Brasil vai interferir mais”, disse Roy
Yackuli, analista de crédito para América Latina do Bank of America Corp., em entrevista por telefone
de Nova York. Investidores estão preferindo os títulos da australiana BHP porque a companhia
sediada em Melbourne está em um país “onde se presume haver menos interferência do governo”.
Acionistas da Vale
O rendimento nos títulos da Vale subiu 78 pontos-base para 4,66 por cento desde 4 de
novembro, comparado a uma alta de 41 pontos para o papel da BHP com mesmo prazo. A taxa média
em títulos emitidos por empresas brasileiras avançou 23 pontos no mesmo período, de acordo com o
JPMorgan Chase & Co.
Os títulos da Vale rendem 93 pontos-base a mais do que papéis similares do governo
brasileiro, o maior prêmio desde 7 de dezembro, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os acionistas controladores da Vale nomearam, no mês passado, o ex-dirigente da unidade de
níquel da companhia, Murilo Ferreira, para substituir Agnelli, depois de meses de especulações de
que Dilma pressionaria pela mudança. Ferreira assume a presidência executiva da Vale em 22 de
maio.
“Acompanhei o processo de perto e falei com acionistas”, disse Mantega em audiência no
Senado em Brasília em 3 de maio. “O governo tem uma participação e tem que ser levado em
consideração”.
O governo brasileiro criticou a direção da Vale ao longo dos últimos dois anos por não investir
mais na produção local de aço para gerar empregos e aumentar o superávit da balança comercial.
Risco político
A assessoria de imprensa da Vale disse que a empresa não comenta movimentos de mercado.
Os investidores “nem sempre sabem se a Vale está operando para maximizar o benefício aos
acionistas e detentores de seus títulos ou executando uma orientação política”, disse Ernie Lalonde,
vice-presidente sênior para mineração da agência de classificação de risco DBRS Ltd., de Toronto, em
entrevista por telefone. “É um elemento subjacente da empresa e, sob a perspectiva da nota de
crédito, aumenta o risco político”.
Fundos de pensão
Os três maiores fundos de pensão do País -- Previ, Funcef e Petros -- estão entre os fundos de
aposentadoria de empresas estatais que juntos detêm 49 por cento na holding que controla a Vale,
conhecida como Valepar. A BNDESPar, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social, detém 11,5 por cento da Valepar e uma fatia de 6,7 por cento de ações com direito a voto na
companhia.
Entre os outros grandes acionistas da Valepar estão a Bradespar SA, holding do Banco
Bradesco SA, e a Mitsui & Co. São necessários 75 por cento dos votos da Valepar para trocar a
presidência.
O governo também detém 12 chamadas golden shares na Vale, conferindo-lhe poder de veto
em decisões como, por exemplo, a localização da sede. As golden shares resultaram da privatização
da Vale, em 1997. A companhia foi fundada pelo presidente Getulio Vargas em 1942 para abastecer a
Cia. Siderúrgica Nacional SA, dentro do esforço para industrializar o País.
Fonte: Revista Exame
Data: 18/05/2011
BRASIL CAI PARA 44º EM RANKING DE COMPETITIVIDADE COM 59 PAÍSES
O Brasil perdeu seis posições em um ranking anual de competitividade organizado pela escola
de administração suíça IMD. O País foi puxado para baixo pela queda na produtividade e eficiência
empresarial e pelo aumento do custo de vida. O Brasil, que entre 2007 e 2010 havia pulado de 49º
para 38º no ranking, ficou neste ano em 44º entre 59 países analisados.
O Brasil perdeu posições para México (que saltou de 47º para 38º entre 2010 e 2011), Turquia
(48º para 39º), Filipinas (que caiu de 39º para 41º), Itália (de 40º para 42º) e Peru (41º para 43º). Os
Emirados Árabes Unidos, que foram incluídos pela primeira vez no ranking neste ano, aparecem em
28º lugar, tomando mais uma posição do Brasil.
Hong Kong e Estados Unidos lideram o ranking deste ano depois de ultrapassarem Cingapura,
que caiu para o 3º lugar, seguidos de Suécia, Suíça, Taiwan, Canadá, Catar, Austrália e Alemanha. A
Venezuela permanece como última no ranking, em 59º. Entre os países do grupo Bric, a China perdeu
uma posição no ranking e aparece em 19º, a Índia caiu de 31º para 32º e a Rússia subiu de 51º para
49º. A África do Sul, que se integrou neste ano ao grupo, caiu de 44º para 52º. Entre os sete países da
América Latina, o Brasil é o quarto, atrás de Chile (25º), México e Peru, mas à frente de Colômbia
(46º), Argentina (54º) e Venezuela.
Fatores
Para elaborar o ranking, o IMD, considerado pelo jornal Financial Times a quinta melhor
escola de administração do mundo, considerou indicadores relativos a quatro grupos de fatores -
performance econômica, eficiência do governo, eficiência do setor privado e infraestrutura. Apesar
de subir do 37º para o 30º posto no ranking específico para performance econômica, o país perdeu
três postos em eficiência do governo (52º para 55º), cinco em eficiência do setor privado (24º para
29º) e dois em infraestrutura (49º para 51º).
Para cada um desses fatores, foram analisados cinco subfatores. Os subfatores que sofreram a
maior piora relativa foram produtividade e eficiência, no qual o país perdeu 24 posições, caindo para
o 52º lugar, e preços, com queda de 12 postos, para a 51ª posição. No outro extremo, o país ganhou
23 posições no subfator investimento internacional, ocupando a 19ª posição no ranking, e mercado
de trabalho, no qual ocupa o 9º lugar após ganhar 24 posições.
Diferença de eficiência
O IMD identificou o Brasil como o país com a maior diferença de eficiência entre os setores
público (55º) e privado (29º) entre os 59 países do ranking - 26 posições. O país ficou à frente do
Japão (50º lugar para a eficiência do governo e 27º para a do setor privado, com 23 posições de
diferença), da Bélgica (39º lugar para o governo, 23º para o setor privado, diferença de 16) e Irlanda
(30º e 18º lugar, respectivamente, com diferença de 12 posições). Esses dois rankings são liderados
por Hong Hong e Cingapura.
Os dados sobre o Brasil foram compilados pela Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, que
apontou também os principais desafios do país para aumentar sua competitividade. Entre os desafios
está "assegurar o controle sobre os gastos do governo, implementar o PAC, sustentando
investimentos em infraestrutura física e tecnológica, renovar os mecanismos que fortalecem a
competitividade de indústrias específicas e cadeias de valor e sustentar a atratividade internacional
do País evitando, ao mesmo tempo, o superaquecimento e a volatilidade da taxa de câmbio".
O relatório também sugere "ajustar as taxas de juros para reduzir o spread (diferença entre os
juros que os bancos pagam na captação de recursos e o que cobram dos clientes nos empréstimos),
mas também para manter a inflação sob controle". Para Carlos Arruda, professor da Fundação Dom
Cabral responsável pela captação e análise dos dados do Brasil para o ranking, o relatório deste ano
"traz sinais de alerta para a estabilidade macroeconômica" do País. "A continuidade do crescimento
econômico nacional dependerá do comportamento da economia brasileira frente aos desafios do
câmbio, do crédito, dos ativos e da produção", afirma.
Fonte: Folha de São Paulo
Data: 18/05/2011
BRAZILIAN GOLD CONDUZ PRIMEIROS FUROS EM RIO NOVO
A júnior canadense Brazilian Gold informou nesta semana que conduziu os primeiros furos no
projeto Rio Novo, na província mineral do Tapajós (Pará), e os primeiros resultados mostram que a
mineralização da área pode ser maior do que o esperado, pelo que indicam os teores retornados. O
furo 2 retornou 1,32g de ouro por tonelada ao longo de 74 metros, a partir de 248 metros de
profundidade; o furo 3, 200 metros acima, intersectou 0,78 g/t do metal ao longo de 80 metros. Os
maiores teores incluem, no furo 2, dois metros a 40,78 g/t de ouro.
Para Joanne Yan, presidente da Brazilian Gold, os resultados sugerem que a mineralização
pode se estender por um strike de 400 metros, aumentando o teor e o tamanho a leste;
recentemente, a júnior garantiu um financiamento de US$ 23 milhões para a exploração do depósito.
Fonte: Geólogo.com.br
Data: 17/05/2011
PRODUÇÃO DE FERRO NÍQUEL GERA EMPREGOS E INVESTIMENTOS NO ESTADO
DO PARÁ
Foi inaugurado no início da tarde da ultima segunda-feira (16), no município de Ourilândia do
Norte, sudeste do Pará, uma das maiores plantas de produção de ferro-níquel do mundo, que
abrange, além de Ourilândia, os municípios de Tucumã e Parauapebas. Trata-se do projeto OnçaPuma, da Vale, com capacidade de produzir, anualmente, 220 mil toneladas de ferro-níquel - que tem
53 mil toneladas de níquel, produto bastante valorizado na indústria siderúrgica. Oito mil postos de
trabalho foram gerados durante a fase de implantação do projeto e mais de 1,5 mil empregos foram
criados para a operação da planta.
Grandioso também foi o investimento total estimado em Onça Puma, de US$ 2,80, bilhões. "É
um investimento expressivo. Vai tornar o Brasil exportador de ferro níquel e gerar emprego na
região. Mas, sobretudo, isso deve intensificar o entendimento, em Brasília, que o Pará contribui cada
vez mais com a balança comercial brasileira e deve ter maior compensação financeira por isso",
defende o chefe da Casa Civil da Governadoria, Zenaldo Coutinho, que participou da inauguração
representando o governador do Estado, Simão Jatene. O titular da Secretaria de Projetos
Estratégicos (Sepe), Sidney Rosa, também participou do evento.
Para Zenaldo, o projeto possibilita ainda aumento da parceria entre o Governo do Estado e a
Vale, empresa que pode contribuir para o desenvolvimento do Pará com seus trabalhos de
responsabilidade social, o interesse de melhoria de infraestrutura nas áreas onde atua e toda a
tecnologia que possui. O Pará, observa o chefe da Casa Civil, também representa hoje um dos
Estados mais importantes para a Companhia. "Então, a gente festeja esse empreendimento mas, ao
mesmo tempo, tem expectativa de uma parceria que pode proporcionar melhoria na qualidade de
vida da população paraense", destacou.
Adquirido pela Vale no final de 2005, o projeto visa aproveitar depósitos de níquel laterítico
(minério encontrado em regiões mais quentes e úmidas e próximo à superfície). O minério oriundo
de duas áreas nas Serras da Onça serão utilizados na produção de níquel. Uma subestação de energia
para atender à unidade operacional também faz parte do empreendimento. O excedente de energia
produzido será cedido à Celpa para melhorar e ampliar a oferta em Ourilândia do Norte, Tucumã e
São Félix do Xingu, municípios vizinhos ao projeto.
Usado para formar ligas com diversas utilidades na indústria e resistente à oxidação e
corrosão, o níquel é um metal consumido principalmente pelo setor de siderurgia. Em torno de 95%
da produção de Onça Puma será destinada ao mercado externo, visando atender países como China,
Japão, Alemanha, Finlândia, Itália e Estados Unidos.
Fonte: Agência Pará de Notícias
Data: 18/05/2011
NO “LE MONDE”: ECONOMIA BRASILEIRA É PREJUDICADA PELA FALTA DE MÃO
DE OBRA QUALIFICADA
O jornal francês “Le Monde” noticiou o lançamento de um plano, pela presidente Dilma
Rousseff, para sanar uma das maiores deficiências da economia brasileira: a falta de mão de obra
qualificada. Trata-se de um programa de formação técnica em escala nacional, com financiamento do
governo, para produzir 3,5 milhões de novos trabalhadores até 2014.
A oferta está aquém da demanda alimentada pelo crescimento do Brasil, que foi de 7,5% em
2010. Dois terços dos empregadores brasileiros têm dificuldade em recrutar pessoal especializado. A
escassez é particularmente grave na indústria da construção, impulsionada pelos programas de
habitação social e projetos de infra-estruturas ligadas à Copa do Mundo de 2014 e à mineração.
Uma solução temporária seria a contratação de mais profissionais estrangeiros qualificados,
mas, segundo o jornal, a opinião pública brasileira se opõe a essa opção.
Fonte: Exame
Data: 18/05/2011
CEFET ABRE VESTIBULAR DE ENGENHARIA DE MINAS
O Diretor-geral do Cefet-MG e Presidente do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão,
professor Flávio Antônio dos Santos, homologou a criação do curso de Engenharia de Minas, no
Campus Araxá do Cefet-MG. Este é o 14º curso superior da instituição em Minas Gerias e já estão
abertas as inscrições para o vestibular que acontece neste mês de junho.
A nova graduação do Cefet-MG, Campus de Araxá, será oferecido em turno diurno, com um
total de 40 vagas por ano. As inscrições para o primeiro vestibular de Engenharia de Minas em Araxá
estarão abertas a partir desta terça-feira, 1º, e vão até o próximo dia 8 de junho. Os interessados
devem se inscrever pelo site: www.copeve.cefetmg.br. As provas serão realizadas em Araxá, nos dias
19 e 20 de junho, quando acontece o Processo Seletivo do 2º semestre/2010 da instituição.
O diretor do Cefet/Araxá, Vicente Donizete da Silva, afirma que as aulas do curso de
Engenharia de Minas vão ter início no segundo semestre deste ano. Segundo ele, a graduação terá
duração de cinco anos. Vicente diz que este é o segundo curso superior oferecido pelo Cefet/MG em
Araxá. A graduação em Engenharia de Automação Industrial é mantida pelo Cefet na cidade desde
2005. Todos os cursos oferecidos pelo Cefet/MG são gratuitos.
O professor Vicente alerta para os prazos de inscrição. Ele lembra que os interessados em
participar do processo seletivo do curso de Engenharia de Minas devem ficar atentos ao período de
inscrição, que vai das 9h do dia 1º de junho às 17h do dia 8 de junho, exclusivamente pelo endereço
eletrônico: www.copeve.br. O valor da taxa será de R$ 80,00, e o pagamento do boleto poderá ser
efetuado, até o dia 8 de junho de 2010, em qualquer agência bancária.
Fonte: Portal Araxá
Autor: Alexandre César
Data: 31/05/2010
VALE FAZ AJUSTE CONTÁBIL E ELEVA CAPITAL SOCIAL EM R$ 25 BI
Após divulgar balanço com reservas de lucros ultrapassando o capital social da empresa em
R$ 23 bilhões, Vale busca ajuste ao IFRS e aumenta capital social da empresa para R$ 75 bilhões.
A operação, aprovada em assembleia nesta quarta-feira (18/5), visa adequar a companhia à
lei 11.632 das novas normas contábeis IFRS, que não autoriza a existência de reservas de lucros
superiores ao capital social das empresas.
Segundo o último balanço da empresa, as reservas de lucros ultrapassavam o capital social em
R$ 22,866 bilhões.
Para corrigir esse desajuste contábil a empresa propôs a adição de R$ 25 bilhões ao seu
capital social. Este total será composto pelos R$ 22,866 bilhões excedentes das reservas de lucros, R$
1,867 bilhão das reservas de resultado de operações e conversões em ações e R$ 266,580 milhões
das reservas de incentivos fiscais.
A operação acontece, portanto, com capital próprio da empresa, sem a necessidade de uma
oferta pública de ações. De acordo com analista que preferiu não se identificar, trata-se de uma mera
operação contábil que "não provoca qualquer alteração na parte financeira da empresa".
"A Vale só não vai mais poder usar esse dinheiro na distribuição de dividendos ou em
investimentos próprios", explica o analista. "Essa mudança somente será sentida no caso de uma
falência ou diluição da empresa. Nesse caso, os acionistas terão suas participações contabilizadas a
partir desse montante."
Com isso, a mudança não deve alterar o valor dos papéis nem deve gerar qualquer
indisposição no mercado. As ações da mineradora (VALE5) encerram o dia com ganhos de 0,45% aos
R$ 42,84.
Fonte: Brasil Econômico
Data: 18/05/2011
MINERAÇÃO DE OPALA PODE GERAR A R$ 50 MI
A mineração da pedra preciosa opala, que varia entre R$ 20 e R$ 300 o grama bruto, ainda
pode ser mais bem explorada no Brasil. A afirmação, feita por especialistas no setor, indica que com
um investimento de R$ 100 milhões nas minas do Piauí o rendimento da pedra, que hoje soma R$ 4,8
milhões no ano, poderia crescer 10 vezes, atingindo R$ 50 milhões em cinco anos.
"O mundo possui uma grande carência da gema que poderia ser suprida pelas minas
brasileiras", afirmou Marcelo Morais, especialista na questão da opala pelo Serviço de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (Sebrae). O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) estima que
um terço do volume de produção de gemas - com exceção do rubi, do diamante e da safira - vem do
Brasil.
De acordo com o especialista, a única mina no mundo que possui a extração da pedra está na
Austrália, onde já há um desgaste bem maior do que o encontrado nas minas brasileiras. "O
movimento na Austrália, por ser muito mais antigo, já está em fase de finalização. Números indicam
que mais de 80% da mina deles foi explorada; já a nossa exploração é recente", afirmou Morais.
Aproveitando esta possível lacuna dentro do setor, o professor de Arqueologia da
Universidade Federal do Piauí (UFPI) Carlos Antônio Monteiro argumenta que seria necessário um
investimento na casa de R$ 100 milhões para que a pedra no Brasil fosse usada com mais qualidade.
"Esse investimento, que seria em equipamentos, aumento de mão de obra, profissionalização e
estudos profundos, traria um retorno de até dez vezes em cinco anos para as minas piauienses."
Segundo números do Sebrae, o Piauí possui 30 minas descobertas que possuem opala. Todas
ficam localizadas na cidade de Pedro II, a 222 quilômetros da capital, Teresina, e somam 700 hectares
de terreno, o que representa sete milhões de metros "Trata-se de um espaço de potencial
elevadíssimo, com condições de trabalho e mão de obra disponível", afirmou Monteiro.
Para o geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) David Fonseca falta
delimitação do minério na área, algo que deveria ser feito por mapeamento geológico para que o
total da reserva seja calculado. "Gemas se localizam em bolsões nas rochas, portanto, precisam de
estudo específico". Fonseca explica que a geologia de Pedro II é errática, ou seja, de difícil localização
e que as minas são exploradas de maneira muito rústica, o que acarreta em desperdício.
Existem três tipos de opala no Brasil. A opala-de-fogo, que é encontrada no Piauí, Rio Grande
do Sul e em outros estados. A opala comum, presente em vários estados, e a nobre, que há somente
no Piauí e é considerada a variedade mais preciosa e procurada.
Exportação
Quando o assunto é exportação, tanto Morais quanto Monteiro concordam: o Brasil possui
um potencial extremamente amplo para o fornecimento da pedra no mundo. De acordo com
números da Associação Gemológica da Austrália, o país da Oceania é responsável por 90% do
abastecimento mundial, número que deverá ser alterado, caso o Brasil melhore sua produção. Em
2010, o total de exportações brasileiras do setor de gemas e metais preciosos atingiu R$ 2.269
bilhões, segundo dados do IBGM.
Atualmente, a cidade produz cerca de 500 quilos de joias por ano, de acordo com a
Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II (Ajolp). Deste número, apenas 6% são exportados.
"Nossos principais mercados estão na Europa. Com destaque para Alemanha, Bélgica e França",
afirmou Antônio Mário de Oliveira Lima, presidente da maior fabricante de joias da região, o Ateliê
de Prata.
Para a presidente da Ajolp, Surlene Almeida, a exportação tem crescido, acompanhando o
crescimento da região. "Prevemos um aumento na casa de 20% este ano, no sentido de alta nas
exportações. Isso porque a Opala está caindo cada vez mais no gosto dos estrangeiros, e os modelos
brasileiros também agradam", afirmou.
Conforme avalia a diretora executiva da feira Bijoias, Vera Masi, a riqueza das opalas do Piauí
é inestimável, pois possuem um grau de dureza ideal para a lapidação. "Um quilate bruto do produto
chega a custar U$ 100, enquanto 100 kg de ametista custam U$ 10 mil", afirmou a diretora, que
atende lojistas há 25 anos.
Associação
Para organizar os ganhos com Opala na cidade, a cooperativa dos garimpeiros de Pedro II,
presidida por José Cícero da Silva Oliveira, vem trabalhando para crescer de forma sustentável. "Hoje,
somos 150 trabalhadores e podemos arrecadar por mês até R$ 60 mil, no máximo", afirmou.
Depois da organização da cooperativa, Oliveira afirma que já houve na região um processo de
formalização que antes não acontecia. "A exploração não é mais desordenada. Todos os
trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento
de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios", afirmou. No regime de
cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados.
Os números do Sebrae apontam ainda que na chamada Suíça piauiense, devido às
temperaturas mais amenas tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e
lojistas que vivem da opala.
A população que reside em Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
"O município recebeu autorização legal para extração da pedra em 2005, antes disso, era tudo
feito de forma muito crua" afirmou Monteiro.
O presidente da cooperativa explica também que em função desse mau uso da mina nos
últimos 30 anos muita pedra foi jogada fora.
"Sem estrutura, os mineradores descartavam partes das rochas pois não achavam
importantes os pequenos pedaços da pedra. Hoje, trabalhamos com toda a parte descartada, que
chamamos de rejeito."
Fonte: DCI
Data: 20/05/2011
ESTADO AUSTRALIANO ELEVA TARIFA SOBRE PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO
Medida entrará em vigor a partir de julho de 2013, de acordo com uma cópia de
documentos do orçamento anual do Estado
O Estado Western Australia, na Austrália, que é rico em recursos naturais, aumentou o
imposto cobrado sobre a produção de minério de ferro fino para 7,5%, dos atuais 5,6%, sob risco de
se indispor com poderosos grupos de lobby do setor de mineração do país e com o governo federal. A
medida entrará em vigor a partir de julho de 2013, de acordo com uma cópia de documentos do
orçamento anual do Estado.
A alta do imposto é uma continuidade do aumento anunciado pelo Estado no ano passado.
Em resposta à medida, o secretário do Tesouro da Austrália, Wayne Swan, afirmou que o
primeiro-ministro de Western Australia, Colin Barnett, "precisa parar de brincar de política com o
boom da mineração e ajudar a garantir que os cidadãos do seu Estado recebam a sua parte justa da
riqueza dos recursos naturais do país". Swan disse também que o Estado poderá não conseguir obter
a receita de uma revisão dos bens da nação e do imposto cobrado sobre serviços.
O minério de ferro fino é produzido pelo esmagamento de pedaços maiores do mineral antes
do seu envio para as fundições para a produção de metal.
Grupos mineradores do país expressaram preocupação sobre as implicações de custos com o
aumento inesperado do imposto.
"É lamentável que mais uma vez as balizas das metas estejam sendo movidas", disse Reg
Howard-Smith, presidente-executivo do grupo de lobby Câmara de Minerais e Energia de Western
Austrália.
Samantha Stevens, porta-voz da mineradora BHP Billiton, disse que a companhia vai dialogar
com o governo do Estado, em relação ao aumento proposto da tarifa. Um porta-voz da Rio Tinto não
quis comentar de imediato o assunto.
Fonte: Estadão.com.br
Data: 19/05/2011
PARA REPOR MINÉRIO, VALE TERÁ QUE DISPUTAR ÁREAS EXPLORATÓRIAS
Governo prevê leilões de outorgas em projeto de lei que está na Casa Civil
Um dos três projetos de lei que compõem o marco regulatório da mineração foi enviado neste
mês pelo Ministério de Minas e Energia à Casa Civil. Está praticamente pronto para ser levado ao
Congresso Nacional, mas deve aguardar os outros dois que ainda estão em discussão no Planalto –
um para a definição de royalties e outro para a criação da agência reguladora de mineração.
O projeto mais avançado prevê rodadas de licitações para áreas consideradas especiais pelo
governo. Áreas com elevado potencial de minério, por exemplo, deverão ser disputadas entre
empresas, e não mais concedidas pelo critério do ‘quem chega primeiro’, como funciona atualmente.
Isso exigirá que empresas como a Vale (e principalmente ela, que é a maior) busquem renovar suas
reservas num ambiente mais competitivo.
“O mundo inteiro percebeu que é necessário ter planejamento para ceder riquezas minerais,
pois elas acabam, ainda mais diante do aumento acelerado do consumo. Seremos 9 bilhões de
pessoas em 2050”, justifica uma fonte do governo que participa do processo. Segundo esta fonte, a
presidenta Dilma Rousseff acionou os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento,
Miriam Belchior para analisar os projetos. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também
participa. A pasta foi responsável pelos estudos técnicos que baseram as mudanças.
Com os sucessivos recordes de exportação de minério de ferro, a Vale acelerou o consumo de
jazidas minerais nos últimos anos, mas também descobriu novos recursos. De 2005 a 2007, a
companhia viu seu volume de reservas recuar ano a ano, de 7,9 bilhões de toneladas para 7,6 bilhões
de toneladas de ferro. Até que, em 2008, a empresa incorporou em seu balanço descobertas de
novos recursos nos arredores da mina de Carajás e quase dobrou o volume de reservas, para 14,3
bilhões de toneladas de minério. Entre 2009 e 2010, o volume de reservas permaneceu estável e
alcançou 16,1 bilhões de toneladas no ano passado.
Entre os critérios que definirão vencedores nos leilões de áreas exploratórias, serão
considerados conteúdo local e investimento mínimo nos projetos, tal como ocorre hoje nos contratos
de concessão de petróleo. As empresas que oferecerem mais compras no País, em vez de importar,
ganharão pontos a seu favor.
Além disso, as mineradoras terão prazo para explorar as minas, que deverá ser fixado em
cerca de 30 anos. Se o prazo valer para minas com mais de 30 anos de vida últil, encontradas
principalmente no Pará, as reservas poderão passar de uma empresa a outra. A Vale possui algumas
minas com mais de 50 anos de vida últil, como a S-11, em Serra Azul, que tem previsão de exaustão
apenas em 2061.
Nos últimos anos, o governo vem reunindo argumentos técnicos para subsidiar as mudanças
que pretende fazer na mineração. Uma delas é estimular o País a exportar menos minério de ferro e
produzir mais aço, para gerar emprego e mais valor ao produto. Outra alteração trata da cobrança de
royalties.
Fonte: iG
Data: 20/05/2011
CHINA ELEVA IMPOSTOS E QUER CONTROLAR MAIS METAIS DE TERRAS-RARAS
Pequim também afirmou que entrará em contato com companhias que revendem
as cotas exportadas e não aprovará quaisquer novos projetos e nem a expansão
dos existentes
China avançou para reforçar o controle sobre metais de terras-raras nesta quinta-feira, 19, ao
expandir seu sistema de cotas de exportação, impondo impostos maiores e anunciando desejar que
suas maiores companhias liderem o desenvolvimento dessa importante área.
Pequim também afirmou que entrará em contato com companhias que revendem as cotas
exportadas e não aprovará quaisquer novos projetos - nem a expansão dos existentes - para a
separação de terras-raras nos próximos cinco anos.
As medidas foram anunciadas separadamente pelo Conselho Estatal, o gabinete chinês, e pelo
Ministério do Comércio, em uma aparente ofensiva coordenada de um setor que tornou-se
altamente politizado. O Conselho Estatal afirmou que o país busca concentrar 80% dos negócios no
setor de terras-raras nas mãos das três maiores companhias do país no setor, em um período de 1 ou
2 anos.
É a primeira vez que Pequim diz publicamente que deixará as três maiores companhias
liderarem a consolidação desse setor. Fontes afirmaram à Dow Jones Newswires anteriormente que a
China Nonferrous Metal Mining Group e a China Minmetals Group estarão na liderança nesse
processo.
A China fornece em torno de 95% da produção dos metais de terras-raras. O país está
reforçando o controle sobre o setor, elevando os patamares para entrada nele, impondo padrões
ambientais mais rígidos e cortando cotas de exportação. No primeiro semestre de 2011, as cotas
totalizam 14.508 toneladas, 35% menos que no mesmo período do ano passado, segundo o
Ministério do Comércio.
Essas medidas elevaram os preços dos metais de terras-raras e tornaram as cotas de
exportação muito mais valiosas. Os metais de terras-raras são utilizados na fabricação de itens como
telefones celulares, mísseis e painéis de energia solar.
A China também já se mobilizou para obter ganhos políticos, por seu papel crucial no setor.
Companhias japonesas afirmaram ano passado que as entregas de terras-raras haviam estagnado,
após o Japão prender um capitão de um barco pesqueiro chinês por uma colisão com uma
embarcação de patrulha japonesa em águas disputadas pelas duas nações. A China negou qualquer
retaliação através das exportações.
Mais recentemente, um consultor do governo de Tailândia afirmou à Dow Jones Newswires
que Pequim havia discutido dar maior acesso a metais de terras-raras, em um aparente esforço para
ganhar a simpatia do governo tailandês.
Em sua mais recente medida no setor, Pequim elevou o imposto sobre os minérios leves de
terras-raras de entre 0,4 e 3 ienes por tonelada para 60 ienes por tonelada até 1º de abril. No caso
dos minérios pesados, o imposto será de 30 ienes por tonelada, quando o valor anterior também
variava entre 0,4 e 3 ienes por tonelada.
O Conselho Estatal afirmou que o forte aumento nos impostos é uma maneira de "reduzir os
lucros excessivos na indústria de mineração de terras-raras". O país também elevará o patamar para
as companhias que desejam exportar cotas, mas não informou se com isso diminuirá o número de
exportadores aptos. Neste ano, a China concedeu cotas para 22 empresas chinesas e 10 estrangeiras.
O Ministério do Comércio informou que começará a impor cotas de exportação sobre ligas
ferrosas contendo mais de 10% de minerais de terras-raras em seu peso. Essa medida começa a valer
nesta sexta-feira. Neste ano, a China começou impondo 25% de tarifas sobre exportações de ligas
ferrosas com mais de 10% de metais de terras-raras em sua composição.
Antes dos mais recentes anúncios, Pequim havia emitido cotas de exportação para produtos
primários de terras-raras, incluindo minerais e óxidos. Mas as cotas não incluíam as ligas ferrosas.
Essas ligas são usadas, por exemplo, como aditivos para a fabricação do aço e para a fusão de ferro.
Outros elementos das terras-raras são usados na aviação e nos setores automotivo e de defesa.
O Conselho Estatal ressaltou que "proíbe claramente" a revenda das cotas desses minérios, e
prometeu melhorar seu sistema de cotas. Pessoas ligadas ao setor dizem que empresas conseguem
grandes lucros revendendo parcelas de suas cotas de exportação. Pequim também prometeu
combater a extração ilegal desses minérios.
Fonte: Estadão.com.br
Data: 19/05/2011
PLANO DE INVESTIMENTOS SERÁ MANTIDO
O planejamento estratégico da Vale e o seu programa de investimentos serão mantidos. Esta
foi a garantia dada pelo novo diretor-presidente da empresa, Murilo Ferreira, que assumiu o cargo na
semana passada, em substituição a Roger Agnelli. Na primeira coletiva à imprensa no novo cargo, ele
disse que a Vale vai se pautar por um relacionamento cordial e transparente com todos os atores
com os quais se relaciona, incluindo governo, trabalhadores e comunidades. E que a empresa vai
prosseguir em sua política de crescimento, sempre visando agregar valor aos seus ativos e
proporcionar retorno aos acionistas. O executivo disse estar confiante no futuro do setor mineral,
tendo em vista o papel desempenhado pela China, que tem sustentado a demanda por matériasprimas e que deve continuar em seu processo de crescimento. Murilo Ferreira, que é graduado em
Administração de Empresas pela FGV-SP, pós-graduado em Administração e Finanças pela FGV-RJ e
especialização em M&A pela IMD Business School, Lausanne, Suíça, afirmou que está iniciando um
novo ciclo na empresa, na qual esteve por 11 anos, ocupando diversos cargos até sua saída, em 2008.
Na entrevista à imprensa, ele também anunciou o nome de Vânia Somevilla em substituição a Carla
Grasso na diretoria executiva corporativa.
Fonte: Brasil Mineral Online, nº 503
Data: 26/05/2011
BRASIL TEM UMA DAS MAIORES RESERVAS DE TERRAS RARAS DO PLANETA
O Brasil pode ser dono de uma das maiores reservas de terras raras do planeta, mas, hoje,
praticamente não explora esses recursos minerais.
As terras raras são usadas em superimãs, telas de tablets, computadores e celulares, no
processo de produção da gasolina, e em painéis solares.
Estimativas da agência Serviços Geológico Norte-Americano (USGS), apontam que as reservas
brasileiras podem chegar a 3,5 bilhões de toneladas de terras raras.
De olho no potencial brasileiro, a Fundação Certi, de Santa Catarina, o Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), de São Paulo, e Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Rio de Janeiro, estão se
articulando para dar apoio à iniciativa privada, caso o Brasil decida explorar esses recursos minerais e
entrar no mercado.
Reservas de terras raras
Um mercado hoje inteiramente dominado pela China, responsável por 95% da produção e
dona de 36% das reservas conhecidas. O valor do mercado mundial dos óxidos de terras raras é da
ordem de US$ 5 bilhões anuais.
"Estamos nos estruturando para, caso alguém se interesse por entrar na mineração, a gente
poder apoiar as iniciativas. Temos alguns projetos de pesquisa, mas começamos devagar porque se
não amadurecer a mineração de terras raras no Brasil, não tem sentido a gente investir em pesquisa
e desenvolvimento para exploração e produção", afirma Fernando Landgraf, diretor de inovação do
IPT.
Como parte da ação das entidades acadêmicas de colocar o assunto em discussão e contribuir
para o debate, Landgraf publicou um artigo no jornal Valor Econômico no dia 13 de abril, chamando a
atenção para o potencial brasileiro.
Nos 3,5 bilhões de toneladas de terras raras, após os processos industriais que concentram e
separam os elementos químicos que ocorrem de forma agregada nos minérios, há 52,6 milhões de
toneladas de metal.
Essa estimativa do USGS consta no documento Os principais depósitos de elementos terras
rara nos EUA - Um resumo dos depósitos domésticos e uma perspectiva global.
Com base em dados do geólogo da CPRM, Miguel Martins de Souza, publicados em revista
científica especializada, a USGS calculou também que a reserva de 2,9 bilhões de toneladas de terras
raras na mina de Seis Lagos, na Amazônia, resultaria em 43,5 milhões de toneladas de metal contido.
Em Araxá, Minas Gerais, em uma mina explorada pela Vale, haveria o segundo maior depósito
brasileiro: a estimativa dada pelo documento é de 450 milhões de toneladas de terras raras e 8,1
milhões de metal contido para essa mina.
Terras raras
As terras raras são 17 elementos químicos muito parecidos, mas que diferem no número de
elétrons em uma das camadas da eletrosfera do átomo. São agrupadas em uma família na tabela
periódica porque ocorrem juntos na natureza e são quimicamente muito parecidos.
Também têm como característica comum os nomes complicados: lantânio, neodímio, cério,
praseodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio,
escândio e lutécio.
Apesar do nome sugerir, esses metais não são tão raros como o ouro, por exemplo.
Se, até poucos anos atrás, não compensava para o Brasil entrar no setor, por não haver
condições de competição com a China, o potencial das reservas brasileiras e o aumento dos preços
das terras raras no mercado internacional podem tornar o negócio economicamente viável, defende
o diretor do IPT.
Preços em disparada
Em média, os preços das terras raras no mercado internacional praticamente triplicaram nos
últimos anos, segundo Landgraf.
O óxido de neodímio, que em janeiro de 2009 custava US$ 15 o quilograma, em janeiro de
2011 atingiu o valor de US$ 150 o quilograma.
"Na hora em que o preço sobe tanto, o que não era economicamente viável há três anos pode
se tornar viável no presente. E o Brasil está na posição de ter a maior reserva de terras raras no
planeta", aponta.
Algumas reservas do Brasil são bem conhecidas, particularmente as de fosfato em Poços de
Caldas, Araxá e Catalão. As terras raras estão contidas nos rejeitos da mineração de fosfato. "São
minas que não estão mais na fase de pesquisa mineral, mas de pesquisa de viabilidade econômica:
sabemos quanto tem, mas é viável economicamente concentrar?", explica Landgraf.
China e as terras raras
O aumento de preços das terras raras está diretamente relacionado ao que ocorreu no
mercado chinês, explica Landgraf. A preocupação com o meio ambiente aumentou muito na China
nos anos mais recentes e o governo tem pressionado as empresas a melhorarem suas práticas.
Os produtores de terras raras estão sendo duramente atingidos, pois é uma atividade que
causa elevado impacto ambiental na China. "Quando o governo chinês pressionou para organizar o
aspecto ambiental da produção, muitas minas e pequenas empresas de processamento fecharam,
diminuindo a oferta", acrescenta.
Além dessa contração no fornecimento, o mercado chinês não pára de crescer e o consumo
de terras raras da China aumentou muito mais do que o consumo do resto do mundo.
"A China era exportadora porque não consumia muito, mas o aumento da demanda interna
faz sobrar menos terras raras para serem exportadas", aponta. Há suspeita também de que os
chineses estão adotando cotas de exportação, o que motiva outros países a comprarem mais desses
minérios para estocar.
No ano passado, a China deu uma amostra de seu controle sobre o fornecimento de terras
raras: embargou as exportações de terras raras para o Japão, em represália pela prisão de um
comandante de um barco de pesca chinês em uma área marítima disputada por ambos os países. Os
japoneses tiveram problemas, já que sua indústria é sustentada em produtos de alta tecnologia que
usam as terras raras.
Diante desse panorama, os Estados Unidos, por exemplo, já elegeram as terras raras como
recursos críticos para sua economia, igualmente baseada na produção e venda de produtos de alto
conteúdo tecnológico. A empresa Molycorp Minerals, com operações na Califórnia, está investindo
US$ 200 milhões para recolocar sua fábrica em operação.
Terras raras no Brasil
No Brasil também se observa alguma movimentação. O ministro da Ciência e Tecnologia,
Aloizio Mercadante, conversa com a Vale sobre a possibilidade de a mineradora entrar no negócio,
algo que precisará do apoio do governo, de condições de financiamento favoráveis, melhoria no
transporte e logística e de investimentos em P&D para que o empreendimento possa competir com a
produção chinesa, como apontou reportagem do jornal Valor Econômico de 11 de maio.
"Cerca de 10 empresas no Brasil estão discutindo o tema [entrar na produção de terras raras].
A Vale é citada por ser a maior, mas há outras interessadas, que não se manifestam publicamente",
conta o diretor do IPT.
Outra iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) está na negociação de um acordo
de cooperação técnica em inovação com a Alemanha, pelo qual a projetos-pilotos de produção de
superimãs, que usam terras raras, receberia apoio do Instituto Fraunhofer, conforme a citada
reportagem do jornal paulista.
Outra iniciativa do governo, e que ganhou pouco destaque até agora, é a da empresa CPRM
Serviços Geológicos do Brasil, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Ela começou a
executar em 2011 o projeto Avaliação do Potencial dos Minerais Estratégicos do Brasil, que vai
identificar novas áreas em todo o território brasileiro onde pode haver ocorrência de terras raras. O
projeto deve durar três anos e receber R$ 18,5 milhões em recursos, vindos do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC). Somente em 2011 o governo planeja investir quase R$ 2,4 milhões
no projeto, segundo a CPRM.
Tecnologia para exploração das terras raras
Landgraf afirma que as tecnologias para mineração e processamento de terras são
dominadas.
"A gente já soube fazer, no passado, e temos competência para produzir terras raras. Não há
um desafio tecnológico intransponível", prossegue.
Ele recorda que o Brasil fez superimãs na década de 90. "Havia cinco grupos de pesquisa, pelo
menos, fazendo superimãs, isso foi meu tema no doutorado. Chegamos a ter uma empresa
produzindo superimãs; ela quebrou em 1994", comenta.
Para o diretor do IPT, o problema é econômico. "A questão é saber se alguém tem cacife para
montar uma empresa no Brasil, ou se podemos fazer um conjunto de empresas entrar no ramo, e
enfrentar um possível dumping chinês", analisa.
Do ponto de vista da pesquisa e do desenvolvimento, Landgraf explica que seria preciso
estudar a produção em escala industrial. "A gente fez coisas em escala laboratorial, não em escala
comercial. Então, se houver decisão empresarial e do governo e o País entrar nesse setor, o próximo
desafio é fazer a escala piloto dos processos para chegar à escala industrial", diz.
Ele acrescenta que hoje o Brasil tem instrumento para financiar as plantas industriais previstas
em projetos de P&D que operem em escala piloto, como é o caso do Funtec, programa do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Tecnologia para o uso
Landgraf defende que o Brasil não seja um mero exportador de minerais, mas que desenvolva
toda a cadeia de produção. Começa com a mineração e concentração das terras raras, etapas de
menor valor na cadeia. A seguir passa pela indústria química, responsável por fazer a etapa de
separação.
"Não existe imã de terras raras, existe imã de neodímio. As terras raras são quimicamente
parecidas, então precisa separar uma da outra", explica. "A tecnologia necessária é relativamente
sofisticada, mas sabemos fazer em universidades, institutos de pesquisa", prossegue.
Ele comenta que, no passado, havia grupos de pesquisa na USP, no Cetem, e em outros
centros que faziam, em laboratório, a separação, mas tudo se desarticulou nos anos 1990, quando a
China começou a praticar preços baixos no mercado internacional. "São Paulo tem tradição nisso,
tínhamos a empresa Orquima, que depois foi adquirida pela Nuclebras e passou a se chamar
Nuclemon, posteriormente incorporada pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB)", recorda.
O mercado para venda de terras raras é crescente. Hoje, o mundo consome 150 mil toneladas
por ano de terras raras, de acordo com o diretor do IPT. O neodímio, elemento químico mais usado
dentro desse grupo, está presente nos superimãs. Estes, por sua vez, são cada vez mais usados em
motores que precisam ter dimensões pequenas, como os que regulam bancos e espelhos em
automóveis mais luxuosos.
"São imãs que permitem miniaturizar os motores. Esse mercado vai crescer muito", aponta
Landgraf. O gerador de energia eólica pode ser feito com os superimãs, outro nicho de aplicação que
se expande com a necessidade de fontes renováveis de energia.
lantânio é usado para fabricar gasolina. Numa das etapas de produção do combustível na
refinaria, os gases passam por cima de um catalisador de óxido de lantânio, que promove a junção
das moléculas que formam a gasolina. "O Brasil consome 1.000 toneladas por ano de lantânio. Não é
um grande mercado, mas se não tivermos lantânio, não fabricamos gasolina. Somos dependentes da
China", destaca.
Os outros 12 elementos que formam o grupo terras raras são usados em menor quantidade
em várias aplicações. O óxido de cério, por exemplo, é usado para polir lentes de óculos.
Nos LEDs brancos, que estão substituindo lâmpadas fluorescentes porque consomem menos
energia, também se usa óxidos de terras raras. "O laser é verde, azul ou vermelho. Para obter a luz
branca, o laser bate numa camada fluorescente branca e quem gera essa luz branca é uma mistura de
óxidos de terras raras aplicada aos LEDs", explica. "Se o mercado de LEDs for crescer como indicam as
projeções, será preciso muita terra rara", afirma.
Fonte: Agência de Inovação Unicamp
Data: 24/05/2011
FERROUS INICIA ESTUDO PARA PRODUÇÃO DE 10 MILHÕES DE TONELADAS DE
MINÉRIO DE FERRO
Projeto será instalado em Brumadinho e processo de licenciamento ambiental terá
acompanhamento de comissão formada por representantes da comunidade.
A Ferrous Resources do Brasil iniciou em abril o processo de licenciamento ambiental do
Projeto Serena, em Brumadinho (MG). O empreendimento será responsável pela produção de 10
milhões de toneladas de minério de ferro por ano a partir de 2016, de um total de 62 milhões de
toneladas que serão produzidas pela empresa a partir de suas outras jazidas.
A primeira etapa do processo de licenciamento consiste na elaboração do Estudo de Impacto
Ambiental (EIA), que terá a duração aproximada de um ano. Nos primeiros meses de 2011, a Ferrous
realizou 12 reuniões com cerca de 400 moradores da região e o poder público de Brumadinho, para
apresentar em primeira mão o Projeto Serena.
A empresa também inovou ao firmar um compromisso com o Ministério Público Estadual
(MPE) para que o processo de licenciamento ambiental seja realizado em conjunto com a
comunidade. Uma comissão formada por moradores acompanhará o desenvolvimento do EIA,
compartilhando percepções e informações com especialistas contratados pela Ferrous. Dessa
maneira, espera-se que os moradores influenciem diretamente as decisões relativas ao Projeto
Serena, participando de forma crítica e consciente e garantindo a transparência do processo.
Estrutura e operação
O Projeto Serena consiste em mina, duas usinas de beneficiamento, um mineroduto, para
transporte do mineiro de ferro, e um aqueduto, para recirculação de água, ambos de 16 quilômetros
de tubulação subterrânea (sentido BR-040/sede de Brumadinho) que passará, em sua maioria, por
áreas de pastagens. O minério de ferro extraído será transportado em caminhões até a primeira
planta de beneficiamento localizada a dois quilômetros da cava, onde será britado e moído. Os
veículos trafegarão em estrada particular asfaltada a ser construída pela Ferrous paralelamente à
estrada de Piedade do Paraopeba. O minério será transformado em polpa e seguirá por um
mineroduto de 16 quilômetros até a segunda planta de beneficiamento, onde será processado em
pellet feed.
Para o transporte do pellet feed, está prevista a construção de um mineroduto que integrará a
segunda planta de beneficiamento às instalações da Ferrous em Congonhas (MG). A partir de
Congonhas, esse mineroduto seguirá em paralelo ao mineroduto de aproximadamente 400
quilômetros que ligará a Mina Viga ao Terminal Portuário de Presidente Kennedy (ES).
O Projeto Serena prevê a geração de 6 mil empregos na região no pico das obras. A Ferrous
priorizará a contratação de mão de obra local, por meio de iniciativas em parceria com instituições da
região para a oferta de cursos de qualificação profissional à população.
Responsabilidade social
A inserção social da Ferrous tem como alicerce a execução de cinco projetos. O Projeto de
Pesquisa com Escolas Estaduais do Vale do Paraopeba irá qualificar atores escolares das instituições
de ensino de Brumadinho, que participarão de uma pesquisa sobre a localidade, tendo a mineração
como tema central. O Projeto de Formação com Agentes de Saúde, a ser conduzido em parceria com
a Secretaria Municipal de Saúde, formará um comitê de debate sobre temas relacionados à saúde da
população local, enquanto o Projeto de Pesquisa com a Faculdade ASA, de Brumadinho, utilizará
visitas à mina como estratégia de pesquisa científica de projetos desenvolvidos por grupos de estudo
de cursos relacionados à mineração.
Para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental, a Ferrous desenvolverá o Projeto de
Formação do Comitê de Acompanhamento do EIA. Um grupo de moradores de Brumadinho será
qualificado para acompanhar os estudos ambientais para a implantação do Projeto Serena. A Ferrous
promoverá, ainda, um projeto para o desenvolvimento do turismo de base comunitária no município,
com vistas a potencializar a atividade turística da região.
Recuperação ambiental
Desde que assumiu a mina da Serrinha, em 2007, a Ferrous realiza uma série de trabalhos de
recuperação ambiental. Em 2008, a empresa assinou com o MPE Termo de Compromisso e
Ajustamento de Conduta (TAC) para a regularização ambiental do empreendimento. Todas as
exigências foram rigorosamente cumpridas, como a compensação ambiental de uma área
equivalente ao tamanho da cava da mina, de 31 hectares. Para cumpri-la, a Ferrous averbou uma
reserva legal do mesmo tamanho na Serra da Moeda.
Por iniciativa da própria Ferrous, outra reserva foi averbada na nascente da Mãe d’Água.
Dentre as diversas ações ambientais realizadas pela empresa, acompanhadas pelo MPE, destacam-se
a regularização da drenagem das pilhas de estéril, a revegetação da mina e o desassoreamento da
antiga barragem de rejeitos, permitindo a preservação da vazão e da qualidade da água dos córregos
Carrapato e Grota Grande e contribuindo para a manutenção da preservação ambiental na região.
Sobre a Ferrous
A Ferrous Resources do Brasil detém cinco ativos minerários no Quadrilátero Ferrífero de
Minas Gerais – região que concentra as maiores jazidas do mineral no país – e um ativo na Bahia. A
Ferrous planeja se tornar um dos maiores produtores e fornecedores mundiais de minério de ferro
transportado por via marítima, com a meta de exportar para mercados internacionais a um ritmo de
25 milhões de toneladas por ano em meados de 2014, e 62 milhões de toneladas anuais em 2016.
A Ferrous está desenvolvendo um sistema logístico próprio que irá contemplar o Terminal
Portuário e os minerodutos que ligarão as minas ao porto. A primeira fase do projeto inclui a
construção de usina de beneficiamento na Mina Viga, em Congonhas (MG), o Terminal Portuário de
Presidente Kennedy (ES) e o mineroduto. Serão investidos cerca de R$ 2 bilhões na construção do
mineroduto, enquanto no porto a Ferrous irá investir aproximadamente R$ 2,5 bilhões. A segunda
fase inclui a construção de usina de beneficiamento do minério de ferro das Minas Serrinha e
Esperança, construção de minerodutos ligando as minas a Viga e expansão do mineroduto e do
Terminal Portuário para 50 milhões de toneladas por ano.
A Ferrous planeja o desenvolvimento em separado da Mina Jacuípe, em Coração de Maria
(BA), por meio da construção de infraestrutura integrada com capacidade para 12 milhões de
toneladas de minério de ferro por ano, compreendendo mineroduto que ligará a mina ao porto na
Baía de Todos os Santos.
Fonte: FSB Comunicações
Data: 26/05/2011
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