Marcelo Hauaji de Sá Pacheco Médico Veterinário Vice-Reitor Acadêmico da UCB 2010 Motivação Todo comportamento humano é gerado por algo que o motiva Análise em Perspectivas Teorias Hedonistas Hedonismo psicologico - busca ativa de situações positivas (prazer) e pela evitação de situações negativas (dor) Equilíbrio Motivo para Ação Emoções Impulsionam em direção Metas Influenciam na Percepção dos fatos Bateman e Snell (1998), a motivação refere-se às forças que dirigem e sustentam os esforços das pessoas numa determinada direção. Motta (1995), “motivação é a energia oriunda do conjunto de aspirações, desejos, valores, desafios e sensibilidades individuais, manifestada através de objetivos e tarefas específicas” Porter (apud Bergamini, 1980), a condição ideal para haver forte motivação é quando as habilidades e energias pessoais são suficientes para atender às expectativas organizacionais, e os recursos da organização são também adequados para atender às necessidades e objetivos individuais. Schein (1982:61), por sua vez, afirma: “para os seres humanos adultos, o motivador fundamental é a necessidade de manter e desenvolver o auto-conceito e a auto-estima. Fazemos coisas que são coerentes com o modo como nos vemos; evitamos coisas que não se coadunam com o modo como nos vemos; procuramos nos sentir bem com nós mesmos e evitar situações que fazem com que nos sintamos mal com nós mesmos” Teoria das Necessidades – de Maslow Motivação nasce da busca da satisfação de necessidades Escala hierárquica: do mais primitivo e imaturo civilizado e maduro para o mais 05 níveis de necessidades - Maslow Auto – realização Estima Ato de pertencer Segurança Básicas (fisiológicas) Obs: apenas as necessidades não satisfeitas são fontes de motivação Teoria dos Motivos Humanos McClelland Identifica 03 conjuntos que são adquiridos socialmente ao longo da vida Realização – Busca da excelência, alcance de metas e desejo de reconhecimento; Afiliação – Representa a necessidade de estreitar relacionamentos e de ser aceito por outros; Poder – Interesse pela liderança e pelos sinais de status. É a capacidade de influenciar ou mesmo dominar os outros. A maioria dos gestores tem níveis consideráveis de necessidade de poder Melhor ajuste a organizações burocracias Pessoas motivadas pela necessidade de realização Menor facilidade de ajuste a organizações burocracias Facilitadores motivacionais Mantenha ou aumente a auto-estima Pessoas satisfeitas consigo mesmas são mais motivadas, criativas, aproveitam oportunidades, enfrentam desafios, maior facilidade de trabalhar em equipe Como gestor concentre-se nos fatos e não nas pessoas Seja específico – bom trabalho ...... Seja sincero – elogios falsos e forçados fazem mais mal do que bem Facilitadores motivacionais Ouça e responda com empatia Entenda o que o outro está vivendo; Mostre que seus sentimentos estão sendo considerados; Ser entendido estimula a cooperação Peça ajuda para solucionar problema Solicite idéias; Devemos dar apoio sem tirar responsabilidades Auto realização, a estima e o ato de pertencer são fortes componentes da motivação que devem ser trabalhadas pelas coordenações de curso, junto aos seus professores Teorias de Processo Teoria do Estabelecimento de objetivos – Locke Teoria da Equidade – Adams Teoria do Estabelecimento de objetivos – Locke Objetivos mais difíceis Objetivos específicos conduzem a um melhor desempenho produzem melhor desempenho do que objetivos vagos e imprecisos Participação na definição dos objetivos aumenta sua aceitação e seu grau de comprometimento Monitoramento do próprio progresso motiva mais que o feedback de outra pessoa Pessoas com elevado grau de auto-eficiência tendem a vencer mais desafios 04 principais métodos para provocar motivação nas pessoas – segundo Locke Recompensa financeira; Fixação de metas individuais e de equipe; Participação nas decisões sobre assuntos pertinentes; Criação de cargos com tarefas mais amplas. Teoria da Equidade – Adams Contribuição & Recompensa Contribuição: esforço e tempo empregado; talento e nível de desempenho Recompensa: reconhecimento; pagamentos; benefícios e até punições Deve haver igualdade nessa proporção Desigualdade gera sentimento de injustiça e para reequilibrar: Diminuindo sua contribuição Pedindo maior recompensa Solicitando maior esforço dos outros Deixando a instituição Motivação e frustração Desafio na geração de motivação é descobrir estímulo mais adequado Quando o estímulo não é suficiente para levar ao resultado esperado pode gerar “mecanismos de defesa psicológicos” Habilidades requeridas do Coordenador “Líder” Jogo de Paciência Nas Instituições particulares o líder escolhe a equipe, nas públicas a equipe escolhe o líder. Estrutura hierárquica das Universidades Dificulta a integração entre os diferentes níveis de "poder" algumas com sobreposições de poderes Diretor - Departamentos - Coordenador de curso Colegiados de departamento - Colegiados de Curso Colegiado de Unidade O Coordenador “Líder” deve Trabalhar por resultado ENADE / CPC Volume de problemas solucionados de ordem acadêmica com docentes e discentes % de processos judiciais Número de Ingressantes % de evasão Respeitabilidade com seu mercado profissional Nível de participação de seus docentes em eventos oficiais Visibilidade de seu curso Capacidade de promover seu curso e seus produtos Capacidade de produzir Gestão de laboratórios e outros espaços Coordenador como motivador Os currículos são focados em disciplinas isoladas, criando feudos, barreiras, limitando o conhecimento e competições, que tira a chance de uma cultura motivacional coletiva, focada na qualidade de uma formação generalista. Espírito de equipe Observação das diferenças entre gerações • Nascidos antes de 1945 • Nascidos 1945 – 64 • Influenciado por: 2a Guerra • Em média 45 a 64 anos Mundial, Grande Depressão • Emprego sinônimo de estabilidade • Maiores empregadores: serviços públicos • Sofreu a transição da Sociedade Industrial para Pós-Industrial • Influenciados por: Guerra Fria e do Vietnam. • são mais individualistas • viveu o paradigma do emprego x estabilidade x novas relações do trabalho Instituto Capacitare Observação das diferenças entre gerações • Nascidos 1965 – 80 • Nascidos depois de 1980 • Em média 29 a 44 anos • Em média 29 anos • Convivem com a Internet natural e necessária • Trabalham muito bem com equipes diversas, desemprego, alta taxa de pais divorciados • Tecnologia faz parte da sua forma de vida • Foram educados pelos pais com excesso de zelo • São frutos da globalização • Flexibilidade Instituto Capacitare Atributos dos nascidos após 1980 • Possui confiança em si mesmo. • Tem a segurança financeira como objetivo. • Privilegia trabalhar em equipe e com diversidade. • A sua lealdade está diretamente ligada a sua realização pessoal. • Constrói relacionamentos. • A comunicação interativa é o seu forte. • Instituto Capacitare Atributos dos nascidos após 1980 A comunicação interativa é o seu forte. • • É clara, objetiva e desprovida de “sentimentalismo”. • Lida muito bem com avaliação e feedback. É Digital Nativa - Conectada 24 horas por dia. • Exigem a comunicação pela web como incentivo no trabalho. Instituto Capacitare Nossos Professores precisam ter percepção da evolução mundial As 8 características do trabalhador do Séc. XXI de acordo com a Unesco 1. Ser flexível, e não especialista 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. demais Ter mais criatividade do que informação Estudar durante toda a vida Adquirir habilidades sociais e capacidade de expressão Assumir responsabilidades Ser empreendedor Entender as diferenças culturais Adquirir intimidade com as novas tecnologias. Seleção Seleção mesmo nas instituições privadas; Seleção nas Públicas, editais com perfis de: Experiência Doutor Publicações Monografias A história mudou..... Iniciando o trabalho com o Professor Professor precisa conhecer o perfil do seu aluno Região IDH Cultura Aluno da USP e da UCB Tipo de prova e conteúdo aplicado Excesso de especialização, com aulas ruins Interface com outros cursos Interface com outros cursos – dificuldades No mundo atual as profissões se aproximam em seus saberes, campos de trabalho, com interfaces muito grande e com limitações que devem ser observadas. Saber para onde vai Importante professor saber qual o seu objetivo – na IES, no curso e na sua disciplina Formar o que, quem, para que, com que perfil Professor é Médico Veterinário e Educador – tem que se capacitar para isso Quais as dificuldades que o mercado enfrenta hoje? Pouca gente na indústria; Fraca articulação Universidade x Empresa Ainda fraca articulação educação-empresa- inovação; Excessiva “Centralização do Saber”; Políticas Públicas Centralizadoras; Onde está a ciência? Brasil Austrália Espanha Reino Unido Portugal Argentina México Cingapura Itália França Coréia Japão Alemanha China Canadá EUA Rússia 0% 65 60 59 58 50 49 49 42 39 35 31 30 26 22 17 15 14 51 50 58 64 60 55 27 24 24 31 15 11 16 40 No ensino superior Nas empresas 74 81 56 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Fonte: National Science Indicators (NSI) do Institute for Scientific Information (ISI). Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - Ministério da Ciência e Tecnologia Piaget “O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer novas coisas, não simplesmente de repetir o que outras gerações fizeram – pessoas criativas, inventivas e descobridores. O segundo objetivo da educação é formar mentes que possam ser críticas, possam verificar e não aceitar o que lhes é oferecido. O maior perigo, hoje, é o dos slogans, opiniões coletivas, tendências de pensamento ready made. Temos que estar aptos a resistir individualmente, a criticar, a distinguir entre o que está provado e o que ainda não está. Portanto, precisamos de discípulos ativos, que aprendam cedo a encontrar as coisas por si mesmos, em parte por sua atividade espontânea e, em parte, pelo material que preparamos para eles; que aprendam cedo a dizer o que é verificável e o que é simplesmente a primeira idéia que lhes veio.” Piaget Obrigado e um grande abraço! [email protected]