FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FASETE
Departamento de Sistemas de Informação
Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação
ELESSANDRO EDIZIO COSTA SILVA
IMPLANTAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE: SISTEMA DE
GESTÃO ACADÊMICA SAGU NA ESCOLA PROFESSORA
ALICE AVELINO DE SOUZA (EPAAS)
PAULO AFONSO - BA
DEZEMBRO / 2013
2
ELESSANDRO EDIZIO COSTA SILVA
IMPLANTAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE: SISTEMA DE
GESTÃO ACADÊMICA SAGU NA ESCOLA PROFESSORA
ALICE AVELINO DE SOUZA (EPAAS)
Projeto
de
Pesquisa
apresentado
à
Faculdade Sete de Setembro – FASETE, no
Curso de Sistemas de Informação, como
requisito para avaliação semestral. Sob a
orientação da professora Esp. Denise Xavier
Fortes.
PAULO AFONSO - BA
DEZEMBRO / 2013
3
ELESSANDRO EDIZIO COSTA SILVA
IMPLANTAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE: SISTEMA DE
GESTÃO ACADEMICA SAGU NA ESCOLA PROFESSORA
ALICE AVELINO DE SOUZA (EPAAS)
Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade
Sete de Setembro – FASETE, no Curso de
Sistemas de Informação, como requisito para
avaliação semestral. Sob a orientação da
professora Esp. Denise Xavier Fortes.
Data de aprovação ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof. (a) Esp. Denise Xavier Fortes (Orientadora).
___________________________________________________________________
Prof. Ricardo Azevedo Porto.
___________________________________________________________________
Prof. (a) Mirthys Marinho do Carmo Melo.
PAULO AFONSO - BA
DEZEMBRO / 2013
4
Aos meus pais.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pois ele foi fonte de força e coragem para mim,
sem ele nada disso seria possível.
Agradeço principalmente aos meus pais, Edízio da Silva e Rita da Costa Silva, que
foram os principais responsáveis pela realização dessa etapa em minha vida, os
quais sem eles nada disso seria alcançado.
Agradeço também aos meus irmãos Simone da Costa Silva, Sandra da Costa Silva
e Leandro Edízio da Costa Silva, por contribuírem na medida do possível nessa
minha conquista acadêmica.
Agradeço à professora e orientadora Denise Xavier Fortes, pois se mostrou sempre
disposta a ajudar. Agradeço também a Igor Medeiros Vanderlei, coordenador do
curso de Sistemas de Informação da Faculdade Sete de Setembro - FASETE, pois
esteve sempre disposto a me ajudar sem nunca demostrar insatisfação pelo esforço
feito.
Agradeço também a minha noiva Estéfany Maria de Aquino Moraes, por estar
sempre ao meu lado me ajudando no que fosse preciso sem nunca mostrar-se
indisposta, uma pessoa mais que especial
para mim
e que contribuiu
significativamente na conclusão dessa obra.
Agradeço também a todos os amigos e companheiros da faculdade, e fora dela, que
me ajudaram de alguma forma e contribuíram para a conclusão dessa jornada.
6
“A vida me ensinou a nunca desistir...”
Alexandre Magno Abrão (Chorão CBJR)
7
Silva, Elessandro Edízio Costa. Implantação do Software Livre: Sistema de Gestão
Acadêmica SAGU na Escola Professora Alice Avelino de Souza – EPAAS. 2013. 70f.
Monografia (Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação). Faculdade Sete de Setembro
– FASETE. Paulo Afonso (BA).
RESUMO
O presente trabalho buscou analisar a eficácia e a aplicabilidade do Sistema Aberto
de Gestão Unificada - SAGU, o qual foi foco dessa pesquisa e essencial para a
realização desse trabalho, na Escola Professora Alice Avelino de Souza - EPAAS
localizada em Itaparica na cidade de Jatobá-PE, verificando sua usabilidade no
gerenciamento das informações escolares da instituição em questão.
O Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU é uma ferramenta utilizada para o
gerenciamento de informações escolares. Nele podemos encontrar um admirável
número de recursos e opções para a realização das suas atividades propostas. Com
ele a rede de ensino é capaz de gerenciar suas informações, sendo essas do Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Nível Superior (Graduação) ou Pós Graduação. O
SAGU mescla as atividades executadas pelos diversos setores de uma organização
escolar e os disponibilizam em uma única ferramenta, facilitando assim a realização
das atividades necessárias.
A Escola Professora Alice Avelino de Souza é uma empresa privada que atua na
área da educação a mais de vinte anos, é uma escola que vem funcionando como
empresa organizada nos moldes da lei, ampliando seus serviços, inclusive,
oferecendo ensino de primeira qualidade, procurando cumprir seus objetivos e
garantindo um padrão de ensino correspondente aos anseios da comunidade.
Palavras-chave: Gestão Escolar, Software Livre, SAGU, Engenharia de Software,
Engenharia da Informação, Sistemas ERP.
8
Silva, Elessandro Edízio Costa. Implementation of Free Software: Academic Management
System SAGU in Alice School Professor Avelino de Souza - EPAAS. 2013. 70f.
Monograph (Bachelor of Information Systems). Faculty Seven in September - FASETE.
Paulo Afonso (BA).
ABSTRACT
The present study sought to examine the effectiveness and applicability of the Open
Unified Management System - SAGU, which was the focus of this research is
essential for the realization of this work, Professor in the School Alice Avelino de
Souza - EPAAS located in the town of Itaparica Jatobá -PE by checking its usability
in the school information management of the institution in question.
The Open Unified Management System - SAGU is a tool used for managing school
information. In it we find a remarkable number of features and options for the
completion of their proposed activities. With it the school system is able to manage
their information, these being of Elementary Education, Secondary Education, Higher
Education (Undergraduate) or Graduate. The merges SAGU the activities performed
by the various departments of a school organization and make them available in a
single tool, thus facilitating the realization of the required activities.
Professor Alice Avelino de Souza School is a private company engaged in the field of
education for over twenty years is a school that has operated as a company
organized along the lines of the law, expanding its services, including education
offering top quality, looking meet its objectives and ensuring a standard
corresponding to the wishes of the community school.
Keywords: School Management, Free Software, SAGU, Software Engineering,
Information Engineering, ERP Systems.
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Curvas de Falhas Para o Hardware. ...................................................................................... 24
Figura 2: Curva de Falhas do Software (Idealizada) ............................................................................. 25
Figura 3: Curva de Falhas Real Para Software ...................................................................................... 25
Figura 4: Representação da Gestão Pedagógica. ................................................................................... 36
Figura 5: Modelo Cascata: Ciclo de Vida do Software. ........................................................................ 49
Figura 6: Desenvolvimento Evolucionário............................................................................................ 50
Figura 7: Desenvolvimento Formal de Sistemas. .................................................................................. 51
Figura 8: Desenvolvimento Orientado a Reuso. ................................................................................... 51
Figura 9: Ciclo de Vida de Sistemas ERP. ............................................................................................ 53
Figura 10: Processo de Implantação de Sistemas ERP. ........................................................................ 62
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: O Diretor .............................................................................................................................. 38
Quadro 2: O Diretor .............................................................................................................................. 39
Quadro 3: O Coordenador Pedagógico ................................................................................................. 40
Quadro 4: O Supervisor de Ensino........................................................................................................ 40
11
LISTA DE SÍGLAS
AI – Artificial Intelligency
CASE – Computer-Aided Software Engineering
EI – Engenharia da Informação
EPAAS – Escola Professora Alice Avelino de Souza
ERP – Enterprise Resource Planning
ES – Engenharia de Software
PE – Pernambuco
PHP – Personal Home Page
RH – Recursos Humanos
SAGU – Sistema Aberto de Gestão Unificada
SAS - Statistical Analysis System
SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de Dados
UFABC – Universidade Federal do ABC
12
Sumário
CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................................ 15
1.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................. 15
1.1
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15
1.2
JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 17
1.3
PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................................... 18
1.4
HIPÓTESES .......................................................................................................................... 18
1.5
OBJETIVOS .......................................................................................................................... 18
1.5.1
Objetivo Geral .................................................................................................................. 18
1.5.2
Objetivo Específico .......................................................................................................... 19
1.6
METODOLOGIA DE PESQUISA ....................................................................................... 19
1.7
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO..................................................................................... 20
CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................................ 22
2.
2.1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................. 22
SOFTWARE .......................................................................................................................... 22
2.1.1
Definição .......................................................................................................................... 22
2.1.2
Características ................................................................................................................... 23
2.1.3
Componentes .................................................................................................................... 26
2.1.4
Aplicações ........................................................................................................................ 27
2.1.5
Tipo de Software............................................................................................................... 31
2.2
2.2.1
2.3
SOFTWARE PROPRIETÁRIO ............................................................................................ 32
Definição .......................................................................................................................... 32
SOFTWARE LIVRE ............................................................................................................. 32
2.3.1
Definição .......................................................................................................................... 32
2.3.2
Características ................................................................................................................... 33
2.3.3
Vantagens ......................................................................................................................... 33
2.4
GESTÃO ESCOLAR ADMINISTRATIVA E EDUCACIONAL ........................................ 34
2.4.1
Conceitos .......................................................................................................................... 34
2.4.2
Diretor, Supervisor de Ensino e Coordenador Pedagógico .............................................. 37
2.4.3
Avaliação Institucional ..................................................................................................... 41
2.4.4
Avaliação Escolar ............................................................................................................. 42
2.5
2.5.1
ENGENHARIA DA INFORMAÇÃO................................................................................... 43
Engenharia da Informação ................................................................................................ 43
13
2.5.1.1
Objetivos ........................................................................................................................... 44
2.5.2
Engenharia de Software .................................................................................................... 45
2.5.2.1
O Processo de Software .................................................................................................... 47
2.5.2.2
Modelos de Processo de Software .................................................................................... 47
2.5.2.3
Ciclo de Vida de Sistemas ERP ........................................................................................ 52
CAPÍTULO 3 ........................................................................................................................................ 55
3.
MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO.................................................................... 55
3.1
PROPOSTA DE UM CICLO DE VIDA DO ERP ................................................................ 55
3.2
O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................... 56
3.3
O MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO........................................................... 57
3.3.1
Atividades da Fase de Análise .......................................................................................... 57
3.3.2
Atividades da Fase de Projeto........................................................................................... 59
3.3.3
Atividades da Fase de Implementação.............................................................................. 59
3.3.4
Atividades da Fase de Testes ............................................................................................ 60
3.3.5
Atividades da Fase de Treinamento e Acompanhamento ................................................. 61
CAPÍTULO 4 ........................................................................................................................................ 64
4.
IMPLANTAÇÃO DO SAGU ..................................................................................................... 64
4.1
CENÁRIO ATUAL ............................................................................................................... 64
4.2
O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................... 65
4.3
RESULTADOS ..................................................................................................................... 66
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 68
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 69
14
CAPÍTULO I
___________________________________________________________________________
15
CAPÍTULO 1
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 INTRODUÇÃO
Atualmente, inúmeras empresas exercem suas funções corporativas sem as informações
e/ou ferramentas necessárias para a atuação em sua área. Embora, a maioria das organizações
busque a melhor gestão administrativa possível, somente algumas dão a devida importância
na hora de coletar as informações essenciais sobre a empresa e definir um sistema capaz de
suprir todas as suas necessidades quanto à área administrativa, acadêmica, financeira,
institucional, RH, etc. (LAUDON e LAUDON, 2004)
Algumas empresas esquecem o quanto é importante um sistema gerenciador de
informações e acabam ignorando o seu uso. Uma das vantagens do uso de um software na
gestão empresarial é a manipulação das informações da empresa. Inserções de informações
mais rápidas, buscas mais eficazes, alteração da informação, auxilio à tomada de decisão, etc,
esses são alguns dos principais benefícios da implantação de um sistema administrativo nas
organizações.
Para Laudon e Laudon, o software tem papel indispensável na empresa, sendo assim, a
escolha do mesmo não deve ser tratada como um simples caso, pois esse é um momento
importante para organização. “Para desempenhar papel útil na infraestrutura de tecnologia
da informação da empresa, o hardware requer um software. [...] Escolher o software
apropriado para a organização é uma decisão gerencial importantíssima”. (LAUDON e
LAUDON, 2004)
Os software são sistemas computacionais capazes de gerenciar qualquer tipo de
conteúdo e em qualquer área desejada, desde que sejam devidamente desenvolvidos,
implantados e bem gerenciados. Sendo assim, são sistemas capazes de processar inúmeras
informações em um curto período de tempo e apresentar melhor resultado final em qualquer
organização.
16
Existem três tipos de software, são eles: os proprietários, os livres e o modelo SAS. O
modelo SAS foi desenvolvido pelo Instituto SAS com serventia para análises avançadas,
inteligência de negócios, gestão de dados, entre outros. Porém esse modelo não será
destrinchado no presente trabalho pós foge da proposta da análise. Os proprietários são os
programas desenvolvidos com fins lucrativos e cuja finalidade é ser implantado em um
ambiente específico, ou seja, são construídos excepcionalmente para um perfil de usuário ou
empresa exclusiva com o propósito de gerar renda para a companhia desenvolvedora, com
isso apenas o usuário ou empresa a qual o software destina-se comtemplará seu uso.
O atual e clássico modelo de comercialização de software, chamado de
software proprietário, é fechado pois é distribuído apenas em código binário,
e não é legível pelos programadores. Os únicos que têm acesso a ele são os
desenvolvedores da empresa proprietária. Esta também se reserva o direito
de proibir ou liberar seu uso, cópia ou redistribuição, de acordo com seus
interesses e práticas comerciais (TAURION, 2004).
Os software livres, segundo a Free Software Foundation (apud NOIA, 2008), são todos
e quaisquer tipos de software cujo o uso, estudo, cópia, alteração e distribuição não seja
cobrado nenhum custo, com isso os sistemas de código aberto ou software livre, como são
mais conhecidos, são os mais indicados para as organizações, tanto pelo seu custo quanto pelo
seu benefício.
Segundo Taurion (2004 apud NOIA, 2008), uma corporação que adota esse tipo de
programa torna-se mais segura e autônoma, pois a chave (código) do programa fica com seu
usuário ou organização e não com seus desenvolvedores, ou seja, o usuário tem a liberdade de
modelagem do programa, com isso ele possui o controle total do aplicativo, tornando-o
adequando as suas necessidades ou da organização.
O Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU) é um exemplo de programa capaz de
realizar toda gestão escolar devidamente. O SAGU atua em diversos setores escolares, por
exemplo, no financeiro, nos recursos humanos, na parte institucional, na documentação em
geral da escola, etc. É um sistema instruído a atender, praticamente, toda a parte
administrativa de uma organização escolar.
Baseando-se nessas informações, o SAGU mostra ser o programa ideal para a Escola
Professora Alice Avelino de Souza (EPAAS), uma vez que a mesma, atualmente, não se
17
encontra fazendo uso de nenhum software gerenciador de informações. A escola EPAAS fica
localizada no bairro Itaparica, na cidade de Jatobá – PE. Ela trabalha no mercado de ensino a
mais de vinte anos e, até então, nunca aderiu à utilização de um programa gerenciador de
dados que facilitasse o seu processo administrativo, com isso, é notável a necessidade de
implantação do sistema gestor.
1.2 JUSTIFICATIVA
A ideia da implantação do SAGU, surgiu observando as carências da Escola Professora
Alice Avelino de Souza (EPAAS) quanto a sua gestão e administração das informações,
sendo este o seu maior problema. Os processos administrativos da escola são realizados da
forma mais simples possível, utilizando apenas editores de textos e software para criação de
planilhas em alguns casos. Com isso, viu-se a necessidade de realizar a implantação do SAGU
com a finalidade de identificar a eficácia do sistema administrativo na escola EPAAS.
Diante de pesquisas informais realizadas através da Internet, o Sistema Aberto de
Gestão Unificada (SAGU) mostrou-se uma boa alternativa de ferramenta gerenciadora para a
implantação na instituição.
Uma vez que, o software é tido como livre, apresenta um ótimo custo e benefício,
principalmente para pequenas e médias empresas.
Como o próprio nome já diz, além de ser um software aberto, o que garante a empresa o
uso livre do mesmo, ele também unifica as principais ferramentas administrativas acadêmicas,
tornando assim, o SAGU, seu principal aliado na gestão escolar.
Com a implantação desse sistema a organização terá um melhor controle das suas
informações, facilitando os processos administrativos e garantindo um resultado satisfatório
para a empresa. Além disso, terá um ótimo custo e benefício, pois o uso do software não trará
nenhum custo adicional, tanto na implantação, quanto na utilização do mesmo. Além do mais,
o sistema poderá ser adaptado ao perfil da instituição com a possibilidade de modelagem do
programa, com isso as funcionalidades poderão ser tanto adicionadas, quanto removidas, uma
vez que o programa possui código fonte aberto.
18
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA
A Escola Professora Alice Avelino de Souza (EPAAS) apesar de estar atuando há vinte
anos no mercado de ensino, localizada na cidade de jatobá – PE, vêm apresentando
dificuldades quanto a manipulação de suas informações. Pois, o seu sistema administrativo
ainda é realizado de forma manual, ou seja, quase não existe informatização nos processos
administrativos da escola.
O fato dela não fazer uso de um sistema de gestão escolar adequado impossibilita o
gerenciamento apropriado das suas informações.
O SAGU, por sua vez, é um sistema capaz de gerenciar inúmeras informações, como
dados financeiros, acadêmicos, institucional, contábil, etc. É um sistema, aparentemente,
capaz de atender as carências da escola EPAAS.
Diante deste cenário, surge o seguinte questionamento:
Será que a implantação do Sistema SAGU na Escola Professora Alice Avelino de Souza
(EPAAS) contemplará as necessidades da instituição de ensino?
1.4 HIPÓTESES
Com o estudo da implantação do software livre, Sistema Aberto de Gestão Unificada
(SAGU), este contemplará e suprirá as necessidades da escola EPAAS, quanto a sua gestão
financeira, institucional, administrativa, acadêmica, contábil, processo seletivo, recursos
humanos, entre outros. Com isso, a escola otimizará e agilizará os processos administrativos
da organização.
1.5 OBJETIVOS
1.5.1
Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é implantar o sistema gestor e mostrar as principais vantagens
e desvantagens da utilização do SAGU para gestão acadêmica da escola EPAAS.
19
1.5.2
Objetivo Específico
Para realizar o plano de implantação do Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU) é
necessário que os seguintes itens sejam realizados:
 Desenvolver o ambiente apropriado para o software gestor. (Tendo em vista que
todo o acervo de máquinas da escola em questão possuem apenas máquinas com
sistema operacional inapropriado para o uso do SAGU, será necessária a
instalação de um novo sistema para realizar a devida implantação);
 Identificar os custos na adoção do software. (Apesar de o software não ter
nenhum custo vinculado ao seu uso, deve-se considerar um possível treinamento
para o administrador do sistema gestor);
 Analisar o funcionamento administrativo da escola atualmente. (Para melhor uso
do SAGU, será necessário conhecer o funcionamento administrativo da escola);
 Identificar os benefícios e malefícios que a Escola Professora Alice Avelino de
Souza (EPAAS), terá ao implantar o Sistema Aberto de Gestão Unificada
(SAGU). (Para identificar tais benefícios e malefícios será necessária a
implantação do sistema);
1.6 METODOLOGIA DE PESQUISA
A elaboração metodológica desse trabalho será realizada de for qualitativa, pois o
presente projeto busca evidenciar a eficácia da implantação do Sistema Aberto de Gestão
Unificada (SAGU) na Escola Professora Avelino de Souza (EPAAS).
Será realizado um levantamento bibliográfico através de livros e artigos especializados
na área de engenharia de software e gestão escolar com a finalidade de apurar o maior acervo
teórico possível, tornando assim possível a análise e a implantação adequada de um software
na organização em questão.
Posteriormente, será realizada a implantação do software livre, o Sistema Aberto de
Gestão Unificada (SAGU) na Escola Professora Avelino de Souza (EPAAS), com o proposito
de melhorar a manipulação das informações administrativas da escola.
20
1.7 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Esse trabalho será organizado da seguinte forma:
O Capítulo 1 conterá as considerações iniciais sobre o presente projeto.
O Capítulo 2 será constituído pela fundamentação teórica, com isso abordará assuntos
como software proprietário e livre, Gestão Escolar onde esclarecerá tanto assuntos da parte
Administrativa quando da Educacional, e por último o capítulo aclarará sobre Engenharia de
Software abordando a temática Engenharia da Informação.
O Capítulo 3 será composto pela descrição do modelo de processo de implantação e a
proposta de um ciclo de vida do ERP, além da análise do processo de implantação e suas
atividades.
O Capítulo 4 consistirá em apresentar a implantação do SAGU na escola EPAAS. Nesse
mesmo capítulo será destacado o SAGU de uma forma mais detalhada, mencionando os
benefícios e os malefícios de sua instalação e a solução encontrada com sua implantação.
Nas Considerações Finais será deixado um breve resumo sobre a importância desse
projeto na contribuição para trabalhos futuros.
21
CAPÍTULO II
___________________________________________________________________________
22
CAPÍTULO 2
2.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 SOFTWARE
2.1.1
Definição
Software de computador diferente do que a maioria das pessoas que conhecem o termo
pensa, não está associado única e exclusivamente ao programa na máquina, o termo software
está ligado mais além do que um conjunto de instruções executáveis em uma unidade física
(Hardware).
Segundo Sommerville (2003, 6ª Ed. p. 5) o termo software, ao contrario do que muitos
acreditam, não se refere exclusivamente ao programa de computador, mas sim a toda
documentação associada e os elementos essenciais para o seu funcionamento adequado, como
ele explica: “Muita gente associa o termo software aos programas de computador. [...]
Software não é apenas o programa mas também toda a documentação associada e os dados de
configuração necessários para fazer com que esses operem corretamente.” Em outro momento
Sommerville (2003, 6ª Ed. p. 6) também comenta: “São os programas de computador e a
documentação associada. Produtos de software podem ser desenvolvidos para um cliente
específico ou para o mercado.”
Um sistema de software, usualmente, consiste em uma série de
programas separados, arquivos de configuração que são utilizados
para configurar esses programas, documentação do sistema, que
descreve a estrutura desse sistema, e documentação do usuário, que
explica como utilizar o sistema e, no caso dos produtos de software,
sites web para os usuários fazerem o download das informações
recentes sobre o produto. (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 5)
Com o pensamento similar, PRESSMAN explica o seu ponto de vista sobre o termo
software de computador em uma de suas obras. Para ele o software pode ser definido com três
23
conceitos básicos: é conjunto de instruções que ao serem executadas realizem uma
determinada função com eficácia; sistema capaz de realizar a devida manipulação da
informação; documentação que apresenta a forma adequada do uso do sistema. Segundo o
autor, o termo pode ser didaticamente definido das seguintes formas:
Software é: (1) instruções (programas de computador) que, quando
executadas, produzem a função e o desempenho desejados; (2)
estruturas de dados que possibilitam que os programas manipulem
adequadamente a informação; e (3) documentos que descrevem a
operação e o uso dos programas. (PRESSMAN, 1995 p. 12)
2.1.2
Características
Como já foi mencionado e explicado anteriormente nesse trabalho, os software são
sistemas lógicos e executáveis diferente dos hardware, como Pressman (1995 p. 13) comenta:
“O software é um elemento de sistema lógico, e não físico. Portanto, o software tem
características que são consideravelmente diferentes das do hardware”. Porém, essas não são
suas únicas características. Segundo Pressman (1995 p. 13), o software de computador ainda
pode ser classificado por mais três características, sendo essas citadas abaixo:
1 - O software é desenvolvido ou projetado por engenharia, não manufaturado no sentido
clássico.
“Os custos do software estão concentrados no trabalho de engenharia. Isso significa que os
projetos de software não podem ser geridos como se fossem projetos de manufatura.”
(PRESSMAN, 1995)
24
2 - Software não se “desgasta”.
Diferente do hardware, o software não se desgasta com o passar do tempo, nem pelos
componentes do ambiente, como Pressman (1995 p. 14) afirma: “À medida que o tempo
passa, [...] os componentes do hardware sofrem os efeitos cumulativos de poeira, vibração,
abuso, temperaturas extremas e muitos outros males ambientais. Colocado de maneira
simples, o hardware começa a se desgastar.” Em seguida, Pressman explica: “O software não
é sensível aos problemas ambientais que fazem com que o hardware se desgaste.”
A seguir, algumas ilustrações tiradas de sua obra (PRESSMAN, 1995 p. 14, 15) para
demonstrar o Índice de falhas decorridas no hardware e software, respectivamente, com o
passar do tempo:
Figura 1: Curvas de Falhas Para o Hardware.
Fonte: (PRESSMAN, 1995. p. 14)
A ilustração anterior mostra, através de uma linha curvada comparada com a
mortalidade infantil, o índice de falhas ocorridas no hardware com o decorrer dos dias, ou
seja, o seu desgaste causado com o passar do tempo.
25
Figura 2: Curva de Falhas do Software (Idealizada)
Fonte: (PRESSMAN, 1995. p. 15)
A figura anterior ilustra, através de uma linha semirreta, o baixo índice de falhas gerado
no software ocasionado com o passar dos dias.
A próxima ilustração (PRESSMAN, 1995 p. 15) demonstra o índice de falhas decorrido
no software quando o mesmo sofre constantes alterações. Quando isso ocorre, os problemas
aparecem com mais frequência, como demonstra a imagem a seguir:
Figura 3: Curva de Falhas Real Para Software
Fonte: (PRESSMAN, 1995. p. 15)
3 - A maioria dos softwares é feita sob medida em vez de ser montada a partir de
componentes existentes.
26
[...] Com poucas exceções, não existem catálogos de componentes de
software. É possível encomendar software não destinado à publicação, mas
somente como uma unidade completa, não como componentes que possam
ser montados novamente em novos programas. Ainda que muita coisa tenha
sido escrita sobre “reusabilidade de software”, estamos apenas começando a
ver as primeiras implementações bem-sucedidas do conceito. (PRESSMAN,
1995 p. 16)
Esse conceito sobre “reusabilidade de software” é um tanto quanto ultrapassado, pois,
atualmente já podemos ver a reusabilidade de software sendo uma realidade entre os
programadores. Como o próprio Pressman citou, essa característica sobre “reusabilidade de
software” é antiga e, atualmente, já é feito o reuso de componentes de programas já
existentes, utilizando-os em novos aplicativos de uma forma bem sucedida, sendo essa uma
das características principais de um software de computador.
2.1.3
Componentes
Podemos classificar os componentes dos programas de computador em dois modos, os
executáveis e não executáveis, conforme Pressman (1995 p. 16) comenta: “O software de
computador é uma informação que existe em duas formas básicas: componentes não
executáveis em máquina e componentes executáveis em máquina.”
Sabemos que software não é apenas a aplicação em si, mas toda a documentação
associada e necessária para o perfeito funcionamento do aplicativo. Logo, podemos considerar
os não executáveis sendo essa documentação que é essencial para o funcionamento adequado
do programa. Quando essa documentação de requisitos, que expõem as necessidades do
cliente, é transformada em linguagem de programação, o mesmo torna-se código executável
em máquina, como esclarece Pressman (1995):
Os componentes de software são criados por meio de uma série de
conversões que mapeiam as exigências do cliente para código executável em
máquina. Um modelo (ou protótipo) das exigências é convertido num
projeto. O projeto de software é convertido numa forma de linguagem que
especifica a estrutura de dados do software, os atributos procedimentais e os
requisitos relacionados. A forma de linguagem é processada por um tradutor
27
que a converte em instruções executáveis em máquina. (PRESSMAN, 1995
p. 17)
Como já mencionado anteriormente nesse trabalho, uma das características mais
importantes de um software de computador é a reusabilidade dos seus componentes,
conforme Pressman explica:
A reusabilidade é uma característica importante de um componente de
software de alta qualidade [BIG84]. Ou seja, o componente deve ser
projetado e implementado de forma que possa ser reusado em muitos
programas diferentes. Na década de 1960, construíamos bibliotecas de subrotinas científicas que eram reusáveis num amplo conjunto de aplicações
científicas e de engenharia. [...]” (PRESSMAN, 1995 p. 17)
Para realizar a criação dos componentes de um software de computador, devemos
utilizar uma linguagem de programação específica, essa linguagem possui uma gramática
limitada e bem restrita além de possuir diversas regras de sintaxe, como Pressman comenta:
Os componentes de software são construídos usando uma linguagem de
programação que tem um vocabulário limitado, uma gramática
explicitamente definida e regras de sintaxe e semântica bem formadas. Esses
atributos são essenciais para a tradução por máquina. As formas de
linguagem em uso são linguagens de máquina, linguagens de alto nível e
linguagens não-procedimentais. (PRESSMAN, 1995 p. 17)
2.1.4
Aplicações
Quando um software tem seu desenvolvimento bem estudado e previamente detalhado,
podemos destina-lo para qualquer tipo de aplicação, como Pressman esclarece:
O software pode ser aplicado a qualquer situação em que um conjunto
previamente especificado de passos procedimentais (isto é, um algoritmo)
tiver sido definido (notáveis exceções a essa regra são o software de sistema
especialista e o software de rede neural). O conteúdo de informação e a
28
determinância são fatores importantes na determinação da natureza de um
aplicativo. (PRESSMAN, 1995 p. 19)
Apesar de não ser uma tarefa fácil, podemos destinar o software para as diversas
aplicações conforme Pressman (1995 p. 19) explica: “Desenvolver categorias genéricas para
as aplicações de software é uma tarefa um tanto quanto difícil. À medida que a complexidade
do software cresce, desaparece a clara divisão em compartimentos. [...]”.
A seguir, as diversas áreas a qual um software pode ser aplicado segundo Pressman
(1995 p. 20):
O software básico busca, essencialmente, apoiar outros software, ou seja, são sistemas
computacionais desenvolvidos com a finalidade de auxiliar outros programas, conforme
Pressman comenta:
Software Básico: Software básico é uma coleção de programas escritos para
dar apoio a outros programas. Alguns tipos de software básico (por exemplo,
compiladores, editores e utilitários de gerenciamento de arquivos) processam
estruturas de informação complexas, mas determinadas. Outras aplicações de
sistemas (por exemplo, componentes do sistema operacional, drivers,
processadores de telecomunicações) processam dados amplamente
indeterminados. Tanto num como noutro caso, a área do software básico é
caracterizado por forte interação com o hardware de computador, intenso uso
por múltiplos usuários, operações concorrentes que exigem escalonamento
do processo, estruturas de dados complexas e múltiplas interfaces externas.
(PRESSMAN, 1995 p. 20)
O software de tempo real é um sistema capaz de analisar as informações do mundo real
e apresentar um resultado eficaz, porém esse resultado deve ser lançado pelo sistema em um
tempo muito curto, pois tais informações precisam ser apresentadas com exatidão quando
tratada em tempo real, conforme Pressman explica:
Software de Tempo Real: Um software que monitora/analisa/controla
eventos do mundo real é chamado software de tempo real. Entre os
elementos do software de tempo real inclui-se um componente de coleta de
dados que obtém e formata as informações provenientes de um ambiente
29
externo, um componente de análise que transformas as informações
conformes a aplicação exige, um componente de controle/ saída que
responde ao ambiente externo e um componente de monitoração que
coordena todos os demais componentes de forma que a resposta em tempo
real (que, tipicamente, varia 1 milissegundos a 1 minuto) possa ser mantida.
Deve-se notar que o termo “tempo real” difere de “interativo” ou timesharing (tempo compartilhado). Um sistema de tempo real deve responder
dentro de restrições de tempo estritas. O tempo de resposta de um sistema
interativo (ou time-sharing) pode ser normalmente ultrapassado sem
resultados desastrosos. (PRESSMAN, 1995 p. 20)
O software comercial garante que a organização dependente do programa obtenha
informações comerciais mais precisas, ou seja, o sistema reorganiza os danos da empresa de
forma “útil” para a mesma, tornando suas operações comerciais mais seguras. Com isso,
auxiliando na tomada de decisão. Pressman:
Software Comercial: O processamento de informações comerciais é a maior
área particular de aplicações de software. Distintos “sistemas” (por exemplo,
folha de pagamento, contas a pagar e receber, estoques etc.) evoluíram para
o software de sistema de informação administrativo (MIS) que dão acesso a
um ou mais banco de dados contendo informações comerciais. As aplicações
dessa área reestruturam os dados de uma forma que facilita as operações
comerciais e as tomadas de decisões administrativas. Além da aplicação de
processamento de dados convencional, as aplicações de software comerciais
também abrangem a computação interativa (por exemplo, processamento de
transações em pontos-de-venda). (PRESSMAN, 1995 p. 20)
Segundo Pressman, os software científicos e de engenharia são sistemas computacionais
instruídos para o processamento de números. Suas aplicações variam por diversas áreas.
Conforme ele explica:
Software Científico e de Engenharia: O software científico e de
engenharia tem sido caracterizado por algoritmos de processamentos de
números. As aplicações variam da astronomia à vulcanologia, da análise de
fadiga mecânica de automóveis à dinâmica orbital de naves espaciais
recuperáveis, e da biologia molecular à manufatura automatizada. Porém,
novas aplicações dentro da área científica/de engenharia estão-se afastando
dos algoritmos numéricos convencionais. O projeto auxiliado por
computador (CAD), simulação de sistemas e outras aplicações interativas
começaram a assumir características de tempo real e até mesmo de sistema
básico. (PRESSMAN, 1995 p. 20)
30
Os software embutidos são os sistemas usados na memória de leitura de alguns produtos
inteligentes do mercado. Esse tipo de programa é bastante limitado, porém capaz de
disponibilizar recursos funcionais de controle importantes, conforme Pressman esclarece:
Software Embutido: Produtos inteligentes têm-se tornado comuns em quase
todo o mercado industrial e de consumo. O software embutido (embedded
software) reside na memória só de leitura (read-only) e é usado para
controlar produtos e sistemas para os mercados industriais e de consumo. O
software embutido pode executar funções muito limitadas e particulares (por
exemplo, controle de teclado para fornos de microondas) ou oferecer
recursos funcionais de controle significativos (por exemplo, funções digitais
em automóveis, tais como controle de combustível, mostradores no painel,
sistemas de freio etc). (PRESSMAN, 1995 p. 20)
Existem centenas de software de computador pessoal para diversas aplicações, entre
eles os mais comuns são as planilhas eletrônicas, editores de textos, aplicações financeiras,
diversões, computação gráfica, etc. A cada dia que passa surge mais novos software do
gênero, conforme Pressman explica:
Software de Computador Pessoal: O mercado de software para
computadores pessoais entrou em efervescência na ultima década.
Processamento de textos, planilhas eletrônicas, computação gráfica,
diversões, gerenciamento de dados, aplicações financeiras pessoais e
comerciais, redes externas ou acesso a banco de dados são apenas algumas
das centenas de aplicações. De fato, o software de computador pessoal
continua a representar os mais inovadores projetos de interface com seres
humanos de toda a indústria de software. (PRESSMAN, 1995 p. 21)
O software de Inteligência Artificial (IA) é um sistema desenvolvido para solucionar
questões complexas que não sejam fáceis de solucionar pela computação. A área a qual os
software de Inteligência Artificial mais se destaca na atualidade é a dos Sistemas Especialistas
(SE), que são sistemas que solucionam seus problemas através de seu conhecimento, eles
possuem um banco de dados bastante rico em informações, e é através desse banco de
informações que tomam cada decisão. Essas informações no banco do SE são inseridas por
um especialista da área ou através da aprendizagem do software adquirida com a
“experiência”, como Pressman explica:
31
Software de Inteligência Artificial: O software de inteligência artificial
(Artificial Intelligency - AI) faz uso de algoritmos não-numéricos para
resolver problemas complexos que não sejam favoráveis à computação ou à
análise direta. Atualmente, a área de AI mais ativa é a dos sistemas
especialistas, também chamados sistemas baseados em conhecimento
[WAT85]. Porém, outras áreas de aplicação para o software de AI são o
reconhecimento de padrões (voz e imagem), jogos e demonstrações de
teoremas. Nos últimos anos, desenvolveu-se um novo ramo do software de
AI, chamado redes neurais artificiais [WAS89]. Uma rede neural simula a
estrutura dos processos cerebrais (a função do neurônio biológico) e pode,
por fim, levar uma nova classe de software que consegue reconhecer padrões
complexos e aprender com a “experiência” passada. (PRESSMAN, 1995 p.
21)
2.1.5
Tipo de Software
Existem dois tipos de software, os que são destinados a sistema do computador, que é o
principal responsável pelo gerenciamento da máquina, e os que são chamados de aplicativos,
que são inseridos no sistema, como Laudon e Laudon (2004, 5ª Ed. p. 196) explica: “Há dois
tipos principais de software: o software de sistema e o software de aplicativo, ou apenas
aplicativo. Cada um deles executa uma função diferente.” A explicação e definição para os
dois tipos de software segundo Laudon e Laudon, são descritas a seguir:
O software de sistema é um conjunto de programas generalizados que
gerenciam os recursos do computador, como o processador central, as
conexões de comunicação e os dispositivos periféricos. Programadores que
escrevem esse tipo de softwares são denominados programadores de
sistemas. O software aplicativo descreve os programas que são escritos para
ou pelos usuários para designar uma tarefa específica ao computador. Um
software de processamento de pedidos ou de geração de listas de mala direta
é um software aplicativo. Programadores que escrevem softwares aplicativos
são chamados de programadores de aplicativos. (LAUDON e LAUDON,
2004. 5ª Ed. p. 196)
Em outro momento Laudon e Laudon (2004. 5ª Ed. p. 197) explica: “O software de
sistema coordena as diversas partes do sistema de computador e faz a medição entre o
32
software aplicativo e o hardware. Quando gerencia e controla as atividades do computador, é
denominado sistema operacional.”.
2.2 SOFTWARE PROPRIETÁRIO
2.2.1
Definição
O software aplicativo pode ser definido de duas formas, ele classifica-se como software
proprietário ou software livre. Os proprietários são destinados às empresas ou usuários
específicos. A criação desse tipo de software objetiva apenas a lucratividade da organização
desenvolvedora, pois são programas de código fechado e não podem sofrer quaisquer
alterações nas mãos da empresa compradora do produto, além disso, não é permitida a cópia
nem a distribuição do mesmo, conforme Taurion comenta:
[...] software proprietário, é fechado pois é distribuído apenas em código
binário, e não é legível pelos programadores. Os únicos que têm acesso a ele
são os desenvolvedores da empresa proprietária. Esta também se reserva o
direito de proibir ou liberar seu uso, cópia ou redistribuição, de acordo com
seus interesses e práticas comerciais. (TAURION, 2004).
2.3 SOFTWARE LIVRE
2.3.1
Definição
São classificados como software livre, todos os programas cuja alteração, estudo, uso,
cópia e distribuição não venham seguidos de qualquer valor por estas ações citadas, ou seja,
são todos os programas que, quando usados livremente pelo usuário ou empresa, são seja
cobrado nenhum custo por isso. Portanto, podem ser feitas cópias, alterações, distribuição etc.
(NOIA, 2008)
33
Conforme Figueiredo, Santos, Tomimmori, Silva e Miranda (2005) explicam: “O termo
Software Livre se refere aos softwares que são fornecidos aos seus usuários com a liberdade
de executar, estudar, modificar e repassar (com ou sem alterações) sem que, para isso, os
usuários tenham que pedir permissão ao autor do programa.”. Ou seja, é descrito como livre o
software que, nas mãos do usuário, pode tomar qualquer destino ou ser realizada qualquer
modificação sem que pra isso precise ter autorização do autor.
Além disso, a adoção de um software livre é o modo mais prudente de manter a empresa
segura, pois o software de código fechado (software proprietário) é ou pode ser manipulado
pela empresa responsável por sua venda, ou seja, um sistema de código fonte aberto pode ser
modelado e torna-se restrito apenas para seu proprietário, com isso o sistema deixaria de ser
“manipulado” pela empresa fabricante. (NOIA, 2008)
2.3.2
Características
Segundo a Free Software Foundation (apud FIGUEIREDO, SANTOS, TOMIMMORI,
SILVA e MIRANDA, 2005), um software somente pode ser classificado como livre quando
apresentar as quatro características a seguir:
1. A liberdade de executar o programa para qualquer propósito (liberdade no. 0)
2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas
necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta
liberdade.
3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo
(liberdade no. 2).
4. A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que
toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um prérequisito para esta liberdade
2.3.3
Vantagens
Podemos citar diversas vantagens na utilização de um software livre, desde a questão
financeira, que é de extrema importância para qualquer empresa, a agilidade, que é um
34
requisito desejável em todas as organizações. Segundo Figueiredo, Santos, Tomimmori, Silva
e Miranda (2005), podemos citar as seguintes vantagens da adoção de um software livre na
empresa:
1. Custo – Possuir um software e não pagar nada por ele nem pela aquisição, nem
mensalmente, é uma das principais vantagens do software livre.
2. Confiável – Apesar de não se pagar nada pelo uso dos software livres, são sistemas
bastantes confiáveis.
3. Inclusão digital – Devido ao seu baixo custo, os sistemas de qualidade podem ser
usados em qualquer ambiente.
4. Qualidade – Embora sejam sistemas dos quais não se pague nada pelo seu uso, os
software livres são programas com qualidade.
5. Agilidade nos processos realizados – Devido ao fato do software possuir qualidade,
essa característica torna os processos do aplicativo mais rápidos.
6. Agilidade em correções de bugs (falhas no código fonte) – Apesar de não ser um
sistema pago, as correções de bugs no sistema são realizadas com rapidez.
7. Segurança – O fato do código-fonte do aplicativo não estar apenas nas mãos dos seus
desenvolvedores, traz certo nível de segurança ao usuário ou empresa que faz uso do
mesmo.
2.4 GESTÃO ESCOLAR ADMINISTRATIVA E EDUCACIONAL
2.4.1
Conceitos
Podemos definir a Gestão Escolar de três modos, no entanto, nesse presente trabalho
abordares apenas dois, a Gestão Administrativa e a Gestão Educacional ou Pedagógica.
(Cursos24Horas, 2013)
Segundo o mesmo site, a Gestão Administrativa está relacionada com toda a parte da
secretaria, ou seja, é a parte responsável pelo equipamento escolar a ser usado, os materiais
didáticos utilizados nas aulas, os direitos e deveres, o ambiente de trabalho etc. Tudo isso para
otimizar o serviço oferecido aos seus clientes, nesse caso os alunos.
35
A Gestão Administrativa é responsável pela estrutura física da escola
considerando os prédios, os equipamento e matérias, a estrutura institucional
compreendida pela legislação escolar, os direitos e deveres como as normas
de convivência e as atividades da secretaria. (Cursos24Horas, 2013)
Ainda segundo o site, a Gestão Educacional, também conhecida por Gestão Pedagógica,
são dois nomes distintos, mas abordam basicamente o mesmo assunto. Na gestão educacional
ou pedagógica é onde se trata da forma de ensino, a maneira que se trabalha em sala de aula,
os objetivos da escola, a forma didática de executar suas atividades escolares, o alcance das
metas dos funcionários do estabelecimento de ensino etc. Tudo isso através dos pilares da
gestão escolar, que é o Diretor, o Coordenador e o Supervisor. (Cursos24Horas, 2013)
Na Gestão Pedagógica são estabelecidos os objetivos gerais e específicos de
ensino. Nele são definidas as linhas de atuação da escola a partir dos
objetivos e do perfil da comunidade escolar. A Gestão Pedagógica também
é responsável pela elaboração dos conteúdos curriculares, acompanhamento
e avaliação das propostas pedagógicas e a avaliação das metas dos
professores, dos alunos e demais servidores do estabelecimento escolar. Ela
é centrada no diretor que é o responsável pela articulação e pelo sucesso
desse planejamento, com o auxílio do Coordenador Pedagógico.
(Cursos24Horas, 2013)
O principal objetivo da pedagogia é a educação, com isso, todas as demais áreas
envolvidas na gestão escolar estão voltadas para a gestão pedagógica, uma vez que a mesma
tem seu foco direcionado à formação educacional dos alunos. A Gestão Pedagógica é o
sistema principal da gestão escolar conforme LÜCK comenta:
A gestão pedagógica é, de todas as dimensões da gestão escolar, a mais
importante, pois está mais diretamente envolvida com o foco da escola que é
o de promover aprendizagem e formação dos alunos, [...]. Constitui-se como
a dimensão para a qual todas as demais convergem, uma vez que esta se
refere ao foco principal do ensino que é a atuação sistemática e intencional
de promover a formação e a aprendizagem dos alunos, como condição para
que desenvolvam as competências sociais e pessoais necessárias para sua
inserção proveitosa na sociedade e no mundo do trabalho, numa relação de
benefício recíproco. Também para que se realizem como seres humanos e
tenham qualidade de vida. (LÜCK, 2009. p. 95)
36
A seguir, uma representação através de uma ilustração de como a gestão escolar pode
ser vista de uma forma mais ampla, envolvendo outras partes da gestão escolar, tais como: a
Coordenação e Representação, o Planejamento, a Avaliação Educacional, a Administração e
Finanças. Quando o assunto sobre gestão escolar é tratado, deve-se considerar o envolvimento
de tais áreas citadas, sendo esses, setores importantes da educação.
Conforme a ilustração mostra, para uma boa gestão é mais que necessário um
planejamento adequado das atividades escolares. Também devemos considerar a avaliação
educacional como um dos setores importantes da gestão escolar, pois a mesma busca avaliar a
produtividade da instituição de ensino junto aos alunos e professores. A administração e
finanças são os setores responsáveis pelo funcionamento adequado da instituição, tornado
possível o trabalho dos envolvidos. A coordenação e representação são os responsáveis pela
organização das atividades escolares, além de administrar essas atividades, as representam
quando necessário. Sendo assim, temos como ponto central a parte mais importante da Gestão
Escolar, a Gestão Pedagógica, demonstrada na ilustração a seguir:
Figura 4: Representação da Gestão Pedagógica.
Fonte: (LÜCK, 2009. p. 95)
Segundo Oliveira (2008), a definição e conceito sobre gestão escolar vêm sendo
alterado com o passar dos tempos. Porém, a gestão escolar em si, é a ação de saber criar e
37
organizar estratégias empresariais com a finalidade de gerir uma instituição de ensino. Essas
estratégias vão desde práticas escolares de ensino (Gestão Educacional) a regras de negócio
(Gestão Administrativa). Segundo Lück (2000 apud OLIVEIRA, 2008):
[...] constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover
a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais
e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos
socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a
promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los
capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e
da economia centrada no conhecimento. (LÜCK, 2000)
Saber administrar uma instituição de ensino não é tarefa fácil e para isso a organização
deve contar com uma equipe de profissionais bem preparados e devidamente orientados. A
escola é um ambiente social designado a instruir alunos com valores sociais, e que contribui
significativamente na construção (formação) de seus alunos como seres humanos racionais
capazes de pensar. Conforme LÜCK explica a seguir:
A escola é uma organização social constituída pela sociedade para cultivar e
transmitir valores sociais elevados e contribuir para a formação de seus
alunos, mediante experiências de aprendizagem e ambiente educacional
condizentes com os fundamentos, princípios e objetivos da educação. O seu
ambiente é considerado de vital importância para o desenvolvimento de
aprendizagens significativas que possibilitem aos alunos conhecerem o
mundo e conhecerem-se no mundo, como condição para o desenvolvimento
de sua capacidade de atuação cidadã. (LÜCK, 2009. p. 20).
2.4.2
Diretor, Supervisor de Ensino e Coordenador Pedagógico
Se tratando de atuadores escolares, a mesma é formada por diversos profissionais
instruídos a atuação em tal ambiente. Com isso, podemos ressaltar alguns desses especialistas
da área educativa, sendo eles os principais pilares da gestão escolar. O Diretor geral da escola,
o Supervisor de Ensino e por último, e não menos importante, o Coordenador Pedagógico.
38
A seguir, nos quadros, a definição e explicação das funções de cada um desses
conhecedores da educação (Cursos24Horas, 2013):
O Diretor
Responsabilidade e
Representação
O
Diretor
deve
representar a instituição
em seus aspectos legais
judiciais e pedagógicos, além
de participar de programas
de formação oferecidos pela
sua rede de ensino para
ampliar os conhecimentos
sobre
o
processo
de
aprendizagem,
ajuda
a
desenvolver os planos de
aula em parceria com os
professores.
Garantias
Mediação e Participação
O Diretor deve garantir o
provimento,
acompanhamento e controle
dos recursos materiais e
financeiros da escola e,
também,
a
formação,
ampliação e garantia de
acesso aos acervos da escola.
O diretor deve fazer a
mediação do diálogo e das
relações com a comunidade
escolar e com a sociedade,
participando das decisões
no âmbito da rede de ensino
á qual pertence sua escola e
atuar na efetivação das
politicas públicas na sua
instituição.
Quadro 1: O Diretor
Fonte: (Cursos24Horas, 2013)
Responsabilidade e Representação – É essencial que o Diretor participe de todos os
programas de formação disponibilizados pela sua escola com o objetivo de ajudar a
desenvolver planos de aula, verificar o processo de aprendizagem, entro outras ações. Além
disso, é papel do Diretor representar a escola quanto aos aspectos legais, judiciais e
pedagógico.
Garantias – O Diretor deve garantir todo material escolar necessário para aplicação das
aulas, regularizar a posição financeira da escola, a formação de qualidade para seus alunos,
entre outros deveres.
Medição e Participação – O Diretor deve medir os diálogos realizados com a
comunidade escolar, participar das decisões tomadas na instituição, efetivar as politicas de sua
rede de ensino, entre outros.
39
Projeto Político Pedagógico
Formação
Produção dos Alunos
O Diretor deve estar à
frente das iniciativas de
elaboração e revisão do
projeto
político
pedagógico e assegurar as
condições para que ele seja
cumprido, acompanhando o
planejamento da equipe.
O Diretor deve criar
condições para a formação e
o
aprimoramento
dos
profissionais da escola.
O Diretor deve colocar
em
prática
ações
e
ferramentas de avaliação do
desempenho dos alunos;
elaborar
e
desenvolver
iniciativas institucionais em
conjunto com a coordenação
e articular o planejamento
de reuniões de pais e com os
diferentes representantes da
comunidade escolar e, por
último criar condições para
expor
interna
e
externamente a produção
dos alunos.
Quadro 2: O Diretor
Fonte: (Cursos24Horas, 2013)
Projeto Político Pedagógico – Estar sempre à frente nas iniciativas da escola quanto à
elaboração e revisão do Projeto Político Pedagógico para assim poder garantir a sua
realização.
Formação – É dever do Diretor, criar oportunidades para a conclusão e formação dos
profissionais da sua rede de ensino, ou seja, seu dever é desenvolver projetos nos quais seus
funcionários desenvolvam-se profissionalmente.
Produção dos Alunos – O Diretor deve criar ferramentas nas quais torne possível a
verificação de aprendizagem do aluno, deve também, ter iniciativa e desenvolver projetos
institucionais junto a coordenação, planejar reuniões, e, principalmente, criar condições par
expor os resultados da formação de seus alunos dentro e fora da escola.
No quadro a seguir, podemos verificar os deveres do Coordenador Pedagógico e as
principais características da sua função, sendo elas autoexplicativas. (Cursos24Horas, 2013)
40
O Coordenador Pedagógico
Organizar e coordenar as
atividades de formação dos
professores. Participar do
planejamento das atividades
pelos
professores
e
acompanhar
o
seu
desenvolvimento.
Apoiar as atividades
docentes, inclusive por meio
do acompanhamento de
aulas
mediante
prévio
planejamento
com
o
professor.
Participar das reuniões de
pais de alunos.
Participar e colaborar na
construção
do
Projeto
Político
Pedagógico.
Fiscalizar o cumprimento do
Projeto. Registrar o trabalho
pedagógico.
Acompanhar e analisar o
desempenho dos alunos em
conjunto com os professores.
Organizar junto com os
docentes exposições da
produção dos alunos.
Realizar
reuniões
periódicas com o diretor
para avaliação do processo
de ensino e aprendizagem.
Quadro 3: O Coordenador Pedagógico
Fonte: (Cursos24Horas, 2013)
A seguir, podemos verificar os deveres do Supervisor de Ensino e as principais
características da sua função, sendo elas autoexplicativas. (Cursos24Horas, 2013)
O Supervisor de Ensino
Promover a troca de
experiência
entre
os
profissionais das escolas e
realizar estudos e pesquisas.
Atuar na coordenação e
acompanhamento
da
formação e capacitação dos
coordenadores e diretores
de escolas. Registrar esta
formação na rede de ensino.
Acompanhar e auxiliar o
trabalho dos gestores e
coordenadores escolares e o
cumprimento do calendário
escolar.
Acompanhar e articular a
execução
dos
projetos
políticos pedagógicos das
escolas em sintonia com o
Plano Educacional da sua
rede de ensino.
Atuar
sobre
a
sistematização das diretrizes
curriculares da rede de
ensino.
Participar das comissões
sindicantes.
Quadro 4: O Supervisor de Ensino
Fonte: (Cursos24Horas, 2013)
Existem duas formas de atividades que auxiliam a área educacional nos aspectos
Pedagógico, Político e Administrativo-Financeiro, sendo eles (Cursos24Horas, 2013):
41

Atividades-fim – São aquelas que têm uma relação direta com o processo de
ensino e aprendizagem.

Atividades-meio – Não se relacionam diretamente com o processo educativo,
mas são imprescindíveis para a sua efetividade, pois criam as condições para que
as atividades-fim se realizem.
Ainda seguindo as orientações do site Cursos24Horas, existem três objetivos da
educação, sendo esses autoexplicativos conforme seus nomes demonstram:
“Pleno desenvolvimento da pessoa”
“Preparo da pessoa para o exercício da cidadania”
“Qualificação da pessoa para o trabalho”
A escola é um sistema educacional capaz de criar e desenvolver habilidades em seus
aprendizes. Essas organizações de ensino são as principais responsáveis no desenvolvimento
das pessoas como cidadãs, praticando e desenvolvendo atos de cidadania, além de preparar os
indivíduos qualificando-os para o mercado de trabalho.
2.4.3
Avaliação Institucional
Essa Avaliação Institucional, ou Analise do Ambiente Escolar como também é
conhecida, é realizada com o objetivo de apurar e avaliar os progressos alcançados pela
instituição de ensino, com isso, obtém-se o resultado do atual semestre e, com base nos
resultado apurados, ocorre o planejamento para o próximo semestre. (Cursos24Horas, 2013)
O levantamento dessas informações do período a ser avaliado pode ser alcançado da
seguinte forma: Por meio de questionários, esses mesmos serão respondidos por todo o corpo
escolar, objetivando o manifesto de todos os envolvidos junto à escola, com a finalidade de
que os mesmos se conscientizem das responsabilidades que possuem perante a instituição de
ensino e que saibam da importância da sua opinião na realização das alterações
organizacionais dentro da empresa. (Cursos24Horas, 2013)
42
Podemos seguir cinco etapas simples para fazer o questionário da avaliação
institucional, sendo elas (Cursos24Horas, 2013):
1. Definir temas e metas considerando todos os segmentos da comunidade escolar.
2. Selecione os temas que tem prioridade.
3. Definir uma pauta maior que englobe todas as demandas ou a maior parte delas.
4. A partir dessa identificação, os participantes da avaliação passam a analisar a
grande pauta para identificar a origem do problema, os motivos que levaram à
situação crítica, se ela é de responsabilidade coletiva ou de um setor ou pessoa
específicos.
5. Depois de identificadas quais as intervenções precisam ser feitas no projeto
educacional para sanar as dificuldades, é chegada a hora de propor as soluções,
estabelecendo novas metas e mecanismos de controle e avaliação que assegurem
o cumprimento do que foi estabelecido.
É importante observar o prazo estabelecido para o cumprimento dessas novas metas,
pois as mesmas são de extrema importância para o sucesso da instituição. Após a realização
dessas novas etapas e a verificação que as mesmas fossem executadas devidamente, a
instituição de ensino obterá um resultado satisfatório, pois a avaliação institucional tanto
corrige os problemas da empresa quanto esclarece aos envolvidos os objetivos da
organização. (Cursos24Horas, 2013)
2.4.4
Avaliação Escolar
A Avaliação Escolar é um pouco parecida com a Avaliação Institucional, porém essa
trata de examinar a produtividade de seus envolvidos, professores, alunos etc.
(Cursos24Horas, 2013). Avaliação Escolar:
Ela serve para proporcionar ao corpo docente, à equipe da escola e ao
sistema de educação os subsídios para o aperfeiçoamento do ensino. O
diagnostico precisa ser visto como uma análise do desempenho do aluno.
Deve-se considerar o período e as condições de ensino proporcionadas
naquele momento para se chegar a um resultado final. (Cursos24Horas,
2013)
43
2.5 ENGENHARIA DA INFORMAÇÃO
2.5.1
Engenharia da Informação
No âmbito da Informação, a Engenharia da Informação (EI) centraliza diversas áreas
como Comunicação, Informação, Computação, entre outras. O principal objetivo de seu
surgimento foi a importância e a necessidade da aplicação do computador e da internet no
cotidiano do ser humano, além da alta demanda por dispositivos móveis e a busca por
apetrechos e/ou serviços com valores mais baixos, assim, tornando possível a inclusão digital
para muitos, como explicado no site da Universidade Federal do ABC (UFABC):
Engenharia da Informação é uma área do conhecimento constituída pela
convergência de áreas tradicionais como Informação, Comunicação,
Processamento Multimídia e Computação, devidamente contextualizadas na
sociedade em que vivemos. A motivação principal decorre da utilização e
importância do computador e da internet em nossas vidas, a demanda cada
vez maior por informação com mobilidade, o anseio por novas aplicações
multimídia e a busca por novos dispositivos e serviços a preços acessíveis,
facilitando a inclusão digital. (UFABC, 2013)
A EI abrange vários assuntos e que no seu todo pode ser identificado como Tecnologia
da Informação (TI). Ainda, a EI faz uso dessa tecnologia para ter acesso rápido as
informações, disponibilizando-as para a sociedade cuja necessidade por essa é crucial.
Segundo o site da Universidade Federal do ABC (UFABC), essa sociedade também pode ser
conhecida por Sociedade da Informação, como mencionado a seguir:
A área engloba as diversas vertentes que no seu conjunto podem ser
caracterizadas como as tecnologias da informação, num contexto
multidisciplinar associado ao caráter social da informação. Além disso, a
Engenharia da Informação está em profunda sintonia com os avanços do
século XXI, adequada para fornecer respostas possíveis a uma sociedade
cuja dinâmica é altamente dependente da disponibilidade de informação na
hora em que ela é mais necessária: a chamada Sociedade da Informação.
(UFABC, 2013)
44
Essa Sociedade da Informação é exigente quando se trata de disponibilidade da
informação e, com isso, busca informações mais concentradas e com acessibilidade em
diversos ambientes: “Os novos clientes da informação exigem acessos imersivos a ambientes
de comunicações onde possam buscar informações, oportunidades de negócios, educação ou
trabalho, intercâmbios culturais ou sociais, etc.” (UFABC). Porém, essa acessibilidade vai
além da navegação habitual, onde as pessoas deixam de ter acesso apenas em um ambiente
específico para integrar-se a um mundo completamente virtual e ter a sua realidade nas
nuvens, conforme explica UFABC: “As formas de interação e acesso à informação vão além
da navegação tradicional, fornecendo possibilidades de ambientes baseados em realidade
virtual e mundos inteiramente digitais.”.
Em outras palavras a Engenharia da Informação não está ligada apenas a área de novos
conhecimentos, mas sim, a uma nova parte da Engenharia, parte a qual trata a informação
baseada na carência da sociedade, conforme explicado a seguir.
A Engenharia da Informação não é apenas uma nova área do conhecimento,
no sentido de ser associada a novos conteúdos. Mais que isso, ela resulta de
um novo recorte das Engenharias, que as classifica agora de acordo com as
necessidades de organização da sociedade e da produção de valor, e não
mais de acordo com a natureza física [...]. (UFABC, 2013)
2.5.1.1 Objetivos
Segundo Pablo Vieira Florentino, professor do Instituto Federal da Bahia, existe
inúmeros objetivos que beneficiam o uso da Engenharia da Informação nas organizações,
entre eles podemos citar (FLORENTINO, 2009):
 O objetivo da Engenharia da Informação é empregar técnicas estruturadas em nível de
organização e não em nível de projeto;
 A Engenharia da Informação se processa na direção top-down, através das seguintes
etapas:
 Planejamento dos sistemas estratégicos da organização;
45
 Planejamento das informações da organização;
 Análise da área de negócios;
 Projeto de sistemas;
 Construção;
 Corte.
 À medida que passa por essas etapas, a EI cria um repositório (Enciclopédia) de
conhecimento sobre a organização, os seus modelos de dados, modelos de processos e
projetos de sistemas;
 A EI cria uma estrutura para o desenvolvimento de uma organização
computadorizada;
 Os sistemas confeccionados separadamente se encaixam numa estrutura;
 Dentro da estrutura podem-se construir e modificar sistemas rapidamente, através de
ferramentas autorizadas;
 Facilitar ao máximo o uso de projetos e programas reaproveitáveis;
 A EI conta com a participação ativa dos usuários finais em cada uma das suas etapas;
 A EI facilita a evolução dos sistemas a longo prazo;
 Identificar como a informática pode alcançar da melhor forma possível os objetivos
estratégicos da empresa.
2.5.2
Engenharia de Software
Segundo Naur, P. (1969 apud PRESSMAN, 1995), Fritz Bauer propôs uma primeira
definição a respeito da Engenharia de Software que a descrevia como: “O estabelecimento e
uso de sólidos princípios de engenharia para que se possa obter economicamente um software
que seja confiável e que funcione eficientemente em máquinas reais”. De acordo com
Pressman, a Engenharia de Software pode ser caracterizada da seguinte forma:
A engenharia de software é um rebento da engenharia de sistemas e de
hardware. Ela abrange um conjunto de três elementos fundamentais –
métodos, ferramentas e procedimentos – que possibilita ao gerente o controle
do processo de desenvolvimento do software e oferece ao profissional uma
base para a construção de software de alta qualidade produtivamente.
(PRESSMAN, 1995 p. 31)
46
Os elementos citados por Pressman anteriormente são importantes no desenvolvimento
de software, com eles o desenvolvedor pode alcançar um resultado mais eficiente e
satisfatório. Os métodos proporcionam um melhor detalhamento de como fazer determinadas
atividades na construção do sistema. Esses métodos englobam um vasto número de tarefas
que compreendem: planejamento e estimativa do projeto, análise de requisitos de software e
de sistemas, projeto da estrutura de dados, arquitetura de programa e algoritmo de
processamento, codificação, teste e manutenção. Esses métodos, normalmente, inserem uma
notação em diagrama ou orientada à linguagem especial e incluem um conjunto de
fundamentos que promovem a qualidade do software. (PRESSMAN, 1995 p. 31)
Essas ferramentas de engenharia de software oferecem suporte automatizado ou semiautomatizado aos métodos. Existem ferramentas para auxiliar cada um dos métodos citados
anteriormente nesse trabalho. Segundo Pressman (1995 p. 32) quando essas ferramentas são
agregadas de maneira que a informação gerada por uma determinada ferramenta possa ser
usada por qualquer outra, é firmado um sistema de auxílio ao desenvolvedor denominado
engenharia de software auxiliada por computador, combinando software, hardware e banco
de dados, como Pressman menciona:
Quando as ferramentas são integradas de forma que a informação criada por
uma ferramenta possa ser usada por outra, é estabelecido um sistema de
suporte ao desenvolvedor de software chamado engenharia de software
auxiliada por computador (CASE – Computer-Aided Software
Engineering). O CASE combina software, hardware e um banco de dados de
engenharia de software (uma estrutura de dados contendo importantes
informações sobre análise, projeto, codificação e teste) para criar um
ambiente de engenharia de software [...] que seja análogo ao projeto
auxiliado por computador/engenharia auxiliada por computador (CAD/CAE)
para o hardware.” (PRESSMAN, 1995 p. 32)
Os procedimentos da engenharia são compostos por um elo que agregam os métodos e
as ferramentas possibilitando o desenvolvimento lógico e apropriado do software. Além disso,
definem a ordem que os métodos serão executados e exigem relatórios, documentação, etc.,
conforme Pressman explica:
47
Os procedimentos definem a sequência em que os métodos serão aplicados,
os produtos (deliverables) que se exige que sejam entregues (documentos,
relatórios, formulários etc.), os controles que ajudam a assegurar a qualidade
e a coordenar as mudanças, e os marcos de referência que possibilitam aos
gerentes de software avaliar o progresso. (PRESSMAN, 1995 p. 32)
2.5.2.1 O Processo de Software
O processo de software é um conjunto de procedimentos necessários no
desenvolvimento de um sistema. De acordo com Sommerville:
Um processo de software é um conjunto de atividades e resultados
associados que levam à produção de um produto de software. Esse processo
pode envolver o desenvolvimento de software desde o início, embora, cada
vez mais, ocorra o caso de um software novo ser desenvolvido [...] de
sistemas já existentes (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 36).
Esses processos de software são sistemas complexos, além disso, necessitam de um ser
humano para o seu julgamento. E por causa dessa necessidade as tentativas de tornar os
processos de software automatizados não têm apresentado bons resultados. No entanto,
existem algumas ferramentas que auxiliam esses processos, chamadas ferramentas CASE. De
acordo com Sommerville (2003, 6ª Ed. p. 36), as ferramentas CASE “[...] podem apoiar
algumas atividades de processo, mas não existe a possibilidade, pelo menos nos próximos
anos, de uma automação mais extensiva, na qual o software assume o projeto criativo,
liberando os engenheiros envolvidos do processo de software.” (SOMMERVILLE, 2003 6ª
Ed. p. 36)
2.5.2.2 Modelos de Processo de Software
Os modelos de processo de software podem ser entendidos como a parte que representa
o processo de desenvolvimento do software. Além disso, todo modelo representa
individualmente cada processo de forma fragmentada, ou seja, trata os processos de software
48
por partes. De acordo com Sommerviller (2003 6ª Ed. p. 36), um modelo de processo de
software “[...] é uma representação abstrata de um processo de software. Cada modelo de
processo representa um processo a partir de uma perspectiva particular, de uma maneira que
proporciona apenas informações parciais sobre o processo.” (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed.
p. 36)
Segundo Sommerville (2003 6ª Ed. p. 37), “esses modelos são abstrações úteis e que
podem ser utilizadas para explicar diferentes abordagens do desenvolvimento de software”.
Ainda de acordo com o mesmo autor: “Para muitos sistemas de grande porte, naturalmente,
não existe apenas um processo de software que possa ser utilizado. Processos diferentes são
utilizados para desenvolver diferentes partes do sistema”. Baseando-se nas informações
tiradas da obra de Sommerville, podemos entender que, no desenvolvimento de software de
pequeno porte é indicado que se utilize apenas um único modelo de processo de software, já
nos de porte maior, podemos aplicar mais de um modelo de processo no desenvolvimento das
diversas partes do sistema.
Entre os modelos de processo de software mencionados anteriormente, podemos citar
alguns mais utilizados na área da engenharia (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 37):
 O Modelo Cascata: Esse modelo trata da especificação, desenvolvimento, validação e
evolução do sistema. Esses procedimentos são fundamentais ao processo, e são
realizados em etapas separadas do desenvolvimento do sistema. Podemos citar como
exemplos dessas etapas a especificação de requisitos, o projeto de software, a
implementação, os testes e a operação e manutenção.
No Modelo Cascata encontramos cinco passos que devem ser seguidos. O primeiro é a
Definição de Requisitos onde é feita toda coleta de dados e definidas as funcionalidades do
sistema com base na necessidade do cliente. A segunda é o Projeto de Sistemas e de Software,
momento para a criação de um protótipo do sistema. Na terceira fase, Implementação e Teste
de Unidades, realiza-se as verificações de funcionalidades do software e as correções do
sistema. Na quarta fase, Integração e Teste de Sistemas, o projeto é analisado como um
sistema completo utilizando como se estivesse em ambiente real. Por último, na Operação e
Manutenção, realiza-se a instalação do software no ambiente para qual foi projetado. Também
49
é o momento em que se deve observar o software com a finalidade de corrigir algum erro que
venha a apresentar ou que ainda não tinha sido descoberto e corrigido durante as fases
anteriores, ou implementar novas funcionalidades.
A seguir temos uma representação do modelo cascata através de uma ilustração.
Figura 5: Modelo Cascata: Ciclo de Vida do Software.
Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 38)
 Desenvolvimento Evolucionário: Nesse modelo são realizadas apenas três atividades
no projeto, a especificação, o desenvolvimento e a validação. O inicio é dado através
do desenvolvimento rápido do sistema fundamentado em especificações abstratas,
onde mais tarde tem suas funcionalidades aprimoradas baseadas nas necessidades do
cliente. Sendo assim, o sistema pode ser produzido de forma satisfatória ao cliente.
O modelo Evolucionário descreve suas atividades de desenvolvimento software
utilizando três passos, a especificação, o desenvolvimento e a validação. O primeiro passo
trata-se de realizar um desenvolvimento rápido do projeto baseado nas especificações
coletadas, para posteriormente ter suas funcionalidades aperfeiçoadas com base nas
50
necessidades do usuário final e com isso criar um produto de qualidade e que satisfaça o
cliente.
A seguir, uma gravura demonstrando o modelo evolucionário:
Figura 6: Desenvolvimento Evolucionário.
Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 39)
 Desenvolvimento Formal de Sistemas: Essa abordagem se baseia na produção de uma
especificação formal matemática do sistema e na transformação dessa especificação,
utilizando-se métodos matemáticos, para construir um programa. A verificação de
componentes do sistema é realizada mediante argumentos matemáticos, mostrando
que eles atendem a suas especificações.
Esse modelo tem seu desenvolvimento fundamentado em especificação formal
matemática. Assim, baseando-se nessas especificações e utilizando métodos matemáticos o
sistema tem sua construção realizada. Na análise de funcionalidade do sistema são utilizados
argumentos matemáticos no intuito de mostrar a sua eficácia.
A seguir temos uma figura representando o desenvolvimento formal de sistemas.
51
Figura 7: Desenvolvimento Formal de Sistemas.
Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 40)
 Desenvolvimento Orientado a Reuso: Esse método consiste no reaproveitamento de
componentes já existentes de outros sistemas e que possam ser reutilizados. Em vez do
processo de construção do sistema partir do inicio, o seu desenvolvimento constitui-se
da composição desses componentes reutilizáveis, conforme Sommerville explica:
Essa abordagem tem como base a existência de um número significativo de
componentes reutilizáveis. O processo de desenvolvimento de sistemas se
concentra na integração desses componentes em um sistema, em vez de
proceder ao desenvolvimento a partir do zero (SOMMERVILLE, 2003, 6ª
Ed. p. 37).
A seguir temos uma ilustração representando o desenvolvimento orientado a reuso.
Figura 8: Desenvolvimento Orientado a Reuso.
Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 42)
52
Temos também o modelo ERP que será detalhado posteriormente. O ERP foi o modelo
utilizado na implantação do projeto SAGU na Escola Professora Alice Avelino de Souza EPAAS. O modelo trata a implantação do sistema de forma detalhada através de etapas bem
definidas. No tópico a seguir abordarei o assunto com maior clareza, esclarecendo um pouco
mais sobre o modelo e seu ciclo de vida.
2.5.2.3 Ciclo de Vida de Sistemas ERP
Segundo Alecrim (2013), o sistema Enterprise Resource Planning (ERP) que em sua
essência tem significado Sistema de Gestão Empresarial, é a junção dos diversos setores
empresariais (financeiro, operacional, marketing, planejamento, RH, etc.) que objetiva a
integração entre eles, de maneira que todos façam parte de um sistema único. (ALECRIM,
2013)
Com a unificação de todos os departamentos da organização – ou pelo menos os mais
importantes – a comunicação empresarial se torna mais simples e de baixo custo. Por
exemplo, o departamento financeiro pode se informar com rapidez o quanto se está gastando
com impostos ou até mesmo o quanto pagar a determinados funcionários, de acordo com as
informações disponibilizadas no sistema pelo departamento de recursos humanos. Outro
exemplo, o departamento de marketing da empresa pode verificar no controle de vendas as
saídas dos produtos e notar a baixa venda de determinados produto e com isso criar uma nova
campanha de marketing para aumentar a saída desse produto. (ALECRIM, 2013)
Observe que, com vários software na empresa e cada departamento trabalhando
individualmente, essas operações seriam realizadas em maior tempo e com mais dificuldade
de comunicação entre os setores, além de excessivos procedimentos burocráticos. Além disso,
com o modelo ERP a empresa diminui os custos com menos fornecedores de software, o que
reduz significativamente as despesas com licenças, suporte técnico, servidores, treinamento,
entre outros. (ALECRIM, 2013)
De acordo com Souza e Zwicker (2001), o modelo de ciclo de vida do ERP é composto
por quatro etapas denominadas Decisão e Seleção, Implementação, Estabilização e Utilização.
53
Para visualizarmos melhor essa modelagem, abaixo segue uma ilustração representando o
modelo do ciclo de vida de sistemas ERP:
Figura 9: Ciclo de Vida de Sistemas ERP.
Fonte: (SOUZA E ZWICKER, 2001)
A imagem apresentada anteriormente mostra através de quatro passos os processos
realizados nos sistemas ERP. Em primeiro momento é realizada a Decisão e Seleção do
sistema a ser implantado, também é o momento em que são definidas as operações a serem
estabelecidas no sistema para assim poder atender melhor a organização. Em seguida, são
customizados os módulos e dadas às devidas instruções aos usuários para o uso adequado do
sistema, e com isso realizar a Implantação apropriada além de obter melhor produtividade
dentro da empresa. Em terceiro momento, dar-se a Estabilização do sistema, ou seja,
momento em que o sistema firma-se a empresa. E por último, quando tudo está regularizado,
se inicia a Utilização do sistema. Além disso, é o momento em que são feitas as observações
no sistema no intuito de verificar se há a necessidade de novas implementações e com isso
realizar as correções.
54
CAPÍTULO III
___________________________________________________________________________
55
CAPÍTULO 3
3.
MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
3.1 PROPOSTA DE UM CICLO DE VIDA DO ERP
Esse modelo é bastante conhecido pelo seu alto grau de complexidade. Para Oliveira,
“as interações e interpretações de informações exigidas pelo ERP são maiores e mais
complexas de gerenciar, do que nos outros tipos de software”. A seguir veremos as etapas
propostas no ciclo de vida do ERP. (OLIVEIRA, 2009)
Decisão e Seleção – Nessa etapa a empresa seleciona e decide qual sistema será
utilizado na organização. É a etapa inicial do modelo proposto de um ciclo de vida do ERP.
Para Souza (2000, apud Oliveira 2009), nessa fase a empresa deve pesquisar e analisar qual o
melhor sistema que se adequa as suas necessidades. É a fase onde a empresa deve realizar
uma busca bastante detalha sobre o software que deseja implantar e decidir se aquele sistema
agrega mais pontos positivos ou negativos a sua organização. (SOUZA, 2000 apud Oliveira
2009)
Segundo Souza (2000, apud Oliveira 2009), deve-se destacar que em nenhum momento
a empresa considera a possibilidade do desenvolvimento de um sistema para atender as suas
necessidades. Para ela, o ideal é adquirir o produto de um fornecedor. Seguindo as fases do
ciclo de vida do ERP, a empresa opta por pesquisar um software que seja adequado a realizar
suas tarefas, sendo assim, ela seleciona e decide qual sistema implantar. (OLIVEIRA, 2009)
Implementação – É a segunda etapa do modelo de ciclo de vida do ERP. É a fase em
que o sistema é colocado em funcionamento dentro da empresa. Segundo Souza (2000, apud
Oliveira 2009), a fase de implantação pode ser descrita da seguinte forma: “[...] o processo
pelo qual os módulos do sistema são colocados em funcionamento em uma empresa”.
Existem alguns estudos que tratam à etapa de implementação a mesma de Implantação
considerando as duas uma única fase. Pois, uma vez que o sistema está sendo implementado
para atuar devidamente dentro da organização, nesta mesma fase o sistema já pode estar
56
atuando na empresa. Porém, como vimos no capítulo anterior na ilustração do ciclo de vida de
sistemas ERP sugerido por Souza e Zwicker, 2001, (2.5.2.3), as etapas são representadas
separadamente, tratando a implementação isolada da implantação (estabilização).
Utilização – Nesta etapa o sistema é testado atuando na empresa, submetendo-se as
atividades e práticas da corporação. Também é o momento de agregar novos conhecimentos a
respeito do software, observando e verificando o seu funcionamento periodicamente no
intuito de incrementar novos parâmetros as suas funcionalidades se existir a necessidade.
(OLIVEIRA, 2009)
Segundo Souza (2000, apud OLIVEIRA 2009), a realização dessa manutenção no
sistema possui um nível de dificuldade elevando devido a sua abrangência funcional,
complexidade do sistema e sua integração as diversas áreas, conforme o autor explica:
[...] A complexidade dos sistemas ERP, sua abrangência e sua integração
levam a dificuldade nas operações de manutenção, tais como atualização de
versões, paradas para manutenção de máquinas, realização de backups, testes
e mudanças de parametrização durante o uso. (SOUZA, 2000 p. 53)
A manutenção ainda pode ser realizada de três maneiras. Existe a Manutenção
Corretiva, a Manutenção Adaptativa e a Manutenção Evolutiva. A Manutenção Corretiva é
realizada durante a utilização, os problemas são identificados e as alterações são realizadas. A
Manutenção Adaptativa torna-se necessária quando o sistema troca de ambiente, podendo
assim causar a necessidade de novos ajustes em seus parâmetros. E por último a Manutenção
Evolutiva, que é descrita dessa forma devido ao acréscimo de novas funcionalidades ao
sistema. (OLIVEIRA, 2009)
3.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
Quando uma empresa faz a aquisição de um sistema, um dos passos mais importantes é
o processo de implantação, pois é onde o software acomoda-se a corporação. Uma vez que o
sistema está implantado na empresa, dar-se início a fase de testes e observação do sistema, a
57
empresa fica sempre atenta a possíveis correções ou aperfeiçoamentos se necessário. Para
realizar essa fase de implantação a empresa deve seguir alguns passos que o sistema ERP
propõe, esses passos são representados textualmente por “fases dos processos”, como explica
Oliveira:
Um processo de implantação pode então ser definido como uma sequência
de passos e transformações que estabelecem a transição entre esses estados.
Por sua vez, essa transição também pode ser decomposta em uma sequência
de “estados” intermediários, que são as “fases dos processos”. (OLIVEIRA,
2009 p. 45)
Essas fases de processos de implantação serão descritas com maior clareza e mais
detalhadamente nos próximos tópicos desse capítulo. As fases dos processos são descritas
como: Análise, Projeto, Implementação, Teste e Treinamento e Acompanhamento, segundo
Oliveira (2009 p. 56).
3.3 O MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
Para conseguirmos alcançar o objetivo de cada fase dos processos de implantação,
devemos seguir um conjunto de atividades proposto pelo sistema ERP. Cada fase dos
processos trabalha com seu conjunto de atividades próprio, os quais serão descritos a seguir.
(OLIVEIRA, 2009)
3.3.1
Atividades da Fase de Análise
Identificação de Processos – É a parte onde se faz o levantamento de todas as atividades
realizadas pela empresa. É o momento em que são identificadas as atividades realizadas pela
empresa e que não possuem um procedimento adequado de resolução. Também é o momento
de observar as carências da empresa que o sistema implantado não atenderá, tornando assim,
uma customização no sistema mais que necessária. Outro ponto muito importante na
58
Identificação dos Processos é a presença de suporte, pois, na maioria das vezes, a organização
que abraça a ideia de realizar a implantação de um sistema, não possui os devidos
conhecimentos. (OLIVEIRA, 2009)
Identificação de Recursos (hardware) – Analisa e avalia a parte estrutural da empresa.
Considera-se que nos processos anteriores à implantação já tenha ocorrido essa análise. Sendo
assim, essa análise torna-se um pouco redundante, porém, torna-se clara sua necessidade
quando apresentado a outra atividade do processo de implantação, o projeto de implantação.
(OLIVEIRA, 2009)
Análise do Ambiente (Sistemas e Integrações) – O modelo de sistemas ERP propõe a
união dos diversos setores da empresa em um único sistema que atenda a todos esses setores e
suas respectivas necessidades, porém, a empresa pode optar por não mudar algum dos
sistemas já existentes. Sendo assim, torna-se necessário a identificação dos sistemas que não
serão alterados e, posteriormente, analisa-los para, caso haja compatibilidade, estabelecer
comunicação entre eles. (OLIVEIRA, 2009)
Modelagem de Negócios – Podemos intender como a etapa mais importante da fase de
análise. É a etapa da implantação onde se realiza as mudanças na empresa quanto a sua
estrutura nos negócios, como Oliveira (2009), explica:
A modelagem de negócios é [...], apenas como uma atividade da fase de
análise, mas é importante ressaltar que não se trata de uma atividade simples.
Sugere-se que esta atividade seja tratada como um “subprocesso” do
processo de implantação, pois envolve mudanças estruturais nos negócios da
empresa, redefinindo ou criando um complexo fluxo de informações.
(OLIVEIRA, 2009 p. 48)
Segundo Oliveira (2009), a Engenharia de Software não aborda completamente esse
processo do sistema ERP, sendo necessário utilizar técnicas da Engenharia da Informação - EI
para realizar essa atividade:
As técnicas e ferramentas descritas pela Engenharia de Software não
atendem completamente às necessidades desse subprocesso, sendo
necessária a aplicação dos conceitos e técnicas abordadas pela Engenharia da
Informação. (OLIVEIRA, 2009 p. 48)
59
Mapeamento dos Usuários – Esta etapa resume-se basicamente em apontar os
funcionários da empresa que irão utilizar o sistema. Nesta etapa, verifica-se a capacidade e
habilidade de manuseio de cada usuário, podendo assim estabelecer qual treinamento será
realizado na empresa, individual ou coletivo. (OLIVEIRA, 2009)
3.3.2
Atividades da Fase de Projeto
Planejamento do Projeto – Após as atividades realizadas, nesta fase torna-se a hora de
definir e planejar todas as atividades seguintes do projeto. No planejamento deve conter o
cronograma de atividades, levantamento de despesas, identificação da equipe, identificação
dos riscos, e como já foi mencionado, o detalhamento das atividades seguintes. (OLIVEIRA,
2009)
Plano de Treinamento – Esse plano deve ser feito de acordo com nas necessidades de
cada usuário. Definem-se os procedimentos que serão executados como metodologia, metas,
cronograma e os funcionários envolvidos. Ainda, no Plano de Treinamento, deve-se
identificar as formas de avaliação do treinamento para que possa ser estimada a sua eficácia.
(OLIVEIRA, 2009)
3.3.3
Atividades da Fase de Implementação
Parametrização – Consiste na definição dos parâmetros internos do sistema que
definem o seu comportamento. Essa configuração é feita com base nos processos realizados
anteriormente nas outras atividades. (OLIVEIRA, 2009)
Customização – Bastante similar com a Parametrização, a customização trata de adaptar
o sistema a empresa, só que, diferente da outra atividade que consiste na definição, essa se
fundamenta no desenvolvimento específico do sistema para a devida implantação.
(OLIVEIRA, 2009)
Instalações – Depois de realizar todas as atividades anteriores, chega o momento em
que, todas as dependências do sistema como componentes, aplicativos, pacotes, etc. e
60
inclusive ele, são postos para funcionar para que os usuários possam fazer uso da nova
ferramenta. (OLIVEIRA, 2009)
Migração de Dados – Como já foi mencionado anteriormente, a organização pode optar
por não se desfazer de todos os processos já efetivos na empresa. Portanto, fica explícito a
necessidade da migração de dados de um sistema para o outro, caso exista compatibilidade e
isso seja possível de realizar. (OLIVEIRA, 2009)
3.3.4
Atividades da Fase de Testes
Teste de Integração – Podemos considerar essa atividade sendo basicamente uma
verificação de compatibilidade entre o novo sistema adquirido pela empresa e os demais já
existentes e que a organização optou por permanecer. De acordo com as informações
necessárias para o perfeito funcionamento dos demais software citados, torna-se necessário a
integração entre os sistemas e o compartilhamento da informação entre eles. (OLIVEIRA,
2009)
Teste de Operação – Depois de realizar a verificação de compatibilidade entre os
sistemas, o novo software deve ser submetido a um teste de operação, ou seja, o sistema passa
por uma análise de funcionalidade e operação. Nesta atividade, as diversas ferramentas e
funções do sistema são analisadas e verificadas de forma que possa ser constatada a sua
eficácia na empresa. Essa verificação tem como objetivo principal encontrar falhas no sistema
e corrigi-las. (OLIVEIRA, 2009)
Verificação – A verificação resume-se em uma constatação de que os procedimentos de
implantação estão sendo seguidos corretamente. A proposta dessa atividade é verificar e
orientar os passos a serem seguidos na realização da implantação. (OLIVEIRA, 2009)
Validação – Após a verificação do sistema e a customização efetuada, chega a hora de
realizar a validação. Nesse momento, o sistema tem suas funcionalidades submetidas a testes
de uso para verificar o seu comportamento. Caso o sistema não apresente seus parâmetros de
funcionalidade de acordo com a fase de análise, uma nova customização deve ser feita no
intuito de regularizar o funcionamento do sistema. (OLIVEIRA, 2009)
61
3.3.5
Atividades da Fase de Treinamento e Acompanhamento
Liberação do Sistema – Após o sistema passar pela fase de implementação, o mesmo
deve ter sua liberação de uso concedida pela gerência da organização. O funcionário da
empresa responsável por essa liberação, normalmente o gerente de projetos, deve certifica-se
de que a sua infraestrutura foi devidamente atendida para o uso adequado do sistema.
(OLIVEIRA, 2009)
Treinamento dos Usuários – Nessa atividade, os novos usuários são devidamente
orientados sobre o uso do sistema, este por sua vez estando já em funcionamento. A Atividade
de Treinamento propõe essa dinâmica objetivando o ganho de experiência dos usuários em
realizar operações que são registradas no sistema. Contudo, essa não é toda ação que o usuário
deve realizar na etapa de treinamento. Em outros momentos, esses mesmos usuários podem e
devem ser submetidos a treinamentos anteriores, assim, os mesmos terão maior familiaridade
com o sistema. (OLIVEIRA, 2009)
Acompanhamento da Utilização – Nos primeiros momentos de uso do sistema, a equipe
responsável pela implantação deve acompanhar de perto as operações, pois usualmente os
novos usuários não possuem conhecimentos específicos sobre o sistema e necessitam de
suporte técnico. Também é o momento de observar e tentar identificar falhas no sistema.
(OLIVEIRA, 2009)
Avaliação da Implantação – Depois de executar todos os passos anteriores e com o
sistema em pleno funcionamento, torna-se necessário avaliar a implantação. O objetivo dessa
análise é encontrar pontos críticos no sistema e corrigi-los, para que o mesmo não proporcione
riscos em sua utilização. Após a identificação de tais riscos, a empresa cria planos de correção
que provavelmente serão executados em uma próxima fase do ciclo de vida do ERP.
(OLIVEIRA, 2009)
Apesar das aparências, as atividades executadas no processo de implantação não
precisam ser necessariamente cumpridas sequencialmente. No entanto, quando existe uma
dependência de resultados de uma fase para a outra, sendo assim, é notável a necessidade de
ordem de execução das atividades. (OLIVEIRA, 2009)
62
Além dos procedimentos executados em cada etapa, algumas atividades extras devem
ser realizadas simultaneamente no processo de implantação. Geralmente são atividades de
apoio. A realização dessas atividades extras não tem influencia direta com o processo de
implantação, porém de forma geral, são essenciais para o processo e proporcionam um melhor
resultado ao final do projeto. (OLIVEIRA, 2009)
A seguir, com o auxílio de uma figura podemos acompanhar melhor visualmente o
processo de implantação. A imagem demonstra as etapas percorridas na implantação de
Sistemas ERP que já foram descritas anteriormente nesse trabalho. Vejamos (OLIVEIRA,
2009 p. 53):
Figura 10: Processo de Implantação de Sistemas ERP.
Fonte: (OLIVEIRA, 2009 p. 53)
63
CAPÍTULO IV
___________________________________________________________________________
64
CAPÍTULO 4
4.
IMPLANTAÇÃO DO SAGU
A implantação do sistema levou aproximadamente um mês para ser concretizada devido
a alguns contratempos e imprevisto em sua instalação. O período de teste e uso do software
foi de 23/10/13 à 22/11/13. No total, foram utilizados quatro computadores, sendo dois desses
destinados a realização de testes e os outros dois a implantação do sistema, além disso, foi
necessária a instalação de mais alguns software de dependência do SAGU para seu
funcionamento adequado.
A seguir, vejamos a lista dos software de dependência do SAGU utilizados na
instalação e implantação do sistema na Escola Professora Alice Avelino de Souza:
 Oracle VM VirtualBox – Responsável por emular a máquina virtual a qual o Debian
foi instalado e posteriormente o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU.
 Debian – Sistema operacional necessário para o uso do software gestor.
 PHP – Software livre e responsável pela dinâmica na web.
 PostgreSQL – Responsável pela criação das tabelas utilizadas pelo software para o
armazenamento das informações.
 Apache – Servidor web livre. Faz a ligação entre o banco e o browser e torna possível
o armazenamento da informação
4.1 CENÁRIO ATUAL
A Escola Professora Alice Avelino de Souza – EPAAS, atualmente, não dispõe de
nenhum sistema gestor de informações escolares. Com isso, a mesma realiza suas atividades
rotineiras utilizando apenas software editores de textos e em alguns casos editores de
planilhas.
65
O armazenamento desse material escolar é feito de forma bastante desorganizada, por
meio de pasta, subpasta e muitas outras subpastas, chegando até mesmo a centenas delas.
Além disso, o material armazenado não é devidamente rotulado, ou seja, a descrição dos
documentos, muitas vezes, não condiz com seu conteúdo, tornando a busca pelo documento
necessário um verdadeiro transtorno além de um imenso contratempo.
Como o armazenamento de documentos no sistema é de acesso “livre”, alguns
professores da instituição com menos habilidades na área de informática, acabam realizando
tais registros desorganizadamente.
4.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
Como já foi descrito o funcionamento dos sistemas ERP no Capítulo 2, a seguir
explicarei os passos realizados na implantação do software na escola, descrevendo as
atividades executadas em cada fase.
Em primeiro momento, observando a carência da escola EPAAS e através de buscas
realizadas na internet, foi decidido que o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU seria
uma boa opção de implantação na instituição. Com a implantação do sistema, a escola poderia
reduzir os serviços das atividades executas e aumentar sua produtividade além de gerir melhor
as suas informações.
Posteriormente foram instaladas as dependências do sistema e o software gestor. Na
sequência, mostrou-se necessário aprimorar os conhecimentos sobre seu uso, para assim poder
utilizá-lo de maneira adequada.
Em terceiro momento, foi a fase em que o sistema tornou-se parte da empresa. Como o
software estava sob período de teste, o mesmo foi instalado apenas em duas máquinas, em um
notebook e um desktop da empresa. O sistema se manteve estável em todo o período de teste.
O quarto e último passo foi a sua utilização. Nessa fase, foi o momento de ampliar os
conhecimentos sobre o sistema e observar a existência de novas necessidades de
implementação e possíveis correções.
66
4.3 RESULTADOS
O Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU é uma ferramenta para o gerenciamento
de informações escolares. Ele apresenta um considerável número de recursos e opções. Com
ele a empresa é capaz de gerenciar suas informações, sendo essas do Ensino Fundamental,
Ensino Médio, Nível Superior (Graduação) ou Pós Graduação. O SAGU unifica os diversos
setores de uma organização e os disponibilizam em uma única ferramenta.
O software foi desenvolvido de forma a ser utilizado gratuitamente por seus usuários e
empresas, ou seja, seu uso tem custo zero. Além disso, o SAGU atua em uma interface web, o
que torna possível o trabalho mais produtivo para empresa, sendo necessário apenas que os
setores envolvidos da organização tenham acesso à rede local ou a internet.
No inicio, o software gestor se mostrou bastante promissor, contudo, ao final dessa
análise os resultados obtidos mostram outra realizada do sistema. Apesar da expectativa
criada pelo seu uso, o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU, não mostrou-se um
sistema adaptável a escola, pois seu grau de complexidade é bem maior do que o esperado,
desclassificando-o no termo de usabilidade. Um software que possui essa característica pode
ser operado por qualquer usuário, sendo ele leigo no assunto ou não. Neste caso, o SAGU não
mostrou ser possível um usuário qualquer utilizá-lo.
Segundo Pagani (2011), partindo da engenharia de software, um software para possuir a
característica (conceito) de usabilidade deve possuir as seguintes habilidades: Facilidade de
Aprendizado – qualquer usuário pode utilizar o sistema facilmente em poucos instantes;
Facilidade de Memorização – em pouco tempo de uso o manipulador do sistema já tem
armazenado em sua memória todo o percurso de navegação; Minimizar a Taxa de Erros –
todo erro que venha a ocorrer deve ser informado ao usuário para que o mesmo possa
solucionar de maneira simples; Maximizar a Satisfação do Usuário – a interface do sistema,
por mais simples que seja, deve transmitir ao seu usuário confiança e segurança, pois essas
são as características principais que todo sistema deve possuir. (PAGANI, 2011)
Posteriormente, será descrito os prós e contras encontrados no software nesse período
de teste:
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Seus principais pontos positivos são:
 Unificação de Setores – O sistema unifica as múltiplas divisões da empresa e os
agrega em uma única ferramenta;
 Quantidade de Funções – O software possui uma quantidade muito grande de funções
dos diversos setores de uma empresa;
 Software Livre – O SAGU é um software livre e com isso seu custo de uso é zero;
 Base de Dados Robusta – O sistema trabalha com o PostgreSQL, um dos mais
poderosos e famosos SGBD do mercado. Com ele o software garante segurança e a
integridade dos dados;
 Fácil Acesso às Informações – O sistema trabalha em uma interface web, o que torna o
trabalho mais produtivo, sendo necessário apenas que os setores envolvidos tenham
acesso à rede local ou a internet.
Seus principais pontos negativos são:
 Instalação – Para realizar sua instalação é necessário um excelente nível de
conhecimento sobre o Linux, seu sistema operacional;
 Uso Complexo – Por apresentar uma quantidade muito grande de opções, sua real
intenção acaba caindo em efeito contraditório. À medida que o usuário usa o sistema,
ele sente as dificuldades de se deparar constantemente com esse “leque” de opções. A
quantidade de funções acaba deixando o usuário confuso;
 Infantilizado – O software apresenta um vasto número de recursos disponíveis para os
diversos graus de escolaridade. Porém, logo nos primeiros minutos de uso do sistema,
o usuário percebe o quanto infantilizado ele torna-se devido aos ícones utilizados em
sua interface;
 Sem Suporte – À medida que os problemas apareciam um suporte especializado
tornava-se necessário, suporte o qual não foi apresentado.
Com isso, podemos concluir que o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU é uma
excelente ferramenta no gerenciamento das informações institucionais, porém o sistema ainda
pode melhorar bastante. Infelizmente, o software não atendeu as expectativas criadas e com
isso acabou deixando a desejar. Lamentavelmente, a sua implantação na instituição em
questão não foi bem sucedida.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Deixo essa obra como fonte de pesquisa para trabalhos futuros a outros pesquisadores
que desejam conhecer um pouco mais sobre os conceitos de Gestão Escolar, Engenharia de
Software, Engenharia da Informação, Ciclo de Vida de Sistemas ERP, e sobre o Sistema
Aberto de Gestão Unificada – SAGU, sistema o qual foi base dessa pesquisa, entre outros
assuntos abordados.
Para a conclusão desse trabalho, foi realizado um estudo bibliográfico e experimental. O
estudo bibliográfico foi essencial na coleta de toda a informação teórica necessária para o
desenvolvimento da obra. O estudo experimental foi necessário para a validação da pesquisa,
com ele foi possível obter os resultados da implantação e realizar a constatação da eficácia do
sistema. Sendo assim, tornando uma pesquisa essencial à outra.
Como resultado da pesquisa, podemos esclarecer que o Sistema Aberto de Gestão
Unificada, infelizmente, não mostrou-se um software adaptável a instituição em questão como
sistema gestor. Entretanto, deve-se destacar que, apesar dos resultados encontrados, nada
impede que outra empresa em potencial aos seus serviços alcance outros resultados aos
obtidos nesta análise. O presente trabalho apenas relatou alguns resultados obtidos nesta
pesquisa, não sendo necessariamente uma regra como resultado para outras instituições.
O objetivo principal dessa obra foi verificar a aplicabilidade do Sistema Aberto de
Gestão Unificada sobre o gerenciamento das informações da Escola Professora Alice Avelino
de Souza - EPAAS, tendo como base a eficácia e a usabilidade do sistema. Contudo, os
resultados atingidos não foram os aguardados, ou seja, com a conclusão da análise e a
obtenção dos resultados, concluímos que o uso do sistema não atendeu as expectativas
criadas.
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