FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FASETE Departamento de Sistemas de Informação Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação ELESSANDRO EDIZIO COSTA SILVA IMPLANTAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE: SISTEMA DE GESTÃO ACADÊMICA SAGU NA ESCOLA PROFESSORA ALICE AVELINO DE SOUZA (EPAAS) PAULO AFONSO - BA DEZEMBRO / 2013 2 ELESSANDRO EDIZIO COSTA SILVA IMPLANTAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE: SISTEMA DE GESTÃO ACADÊMICA SAGU NA ESCOLA PROFESSORA ALICE AVELINO DE SOUZA (EPAAS) Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade Sete de Setembro – FASETE, no Curso de Sistemas de Informação, como requisito para avaliação semestral. Sob a orientação da professora Esp. Denise Xavier Fortes. PAULO AFONSO - BA DEZEMBRO / 2013 3 ELESSANDRO EDIZIO COSTA SILVA IMPLANTAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE: SISTEMA DE GESTÃO ACADEMICA SAGU NA ESCOLA PROFESSORA ALICE AVELINO DE SOUZA (EPAAS) Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade Sete de Setembro – FASETE, no Curso de Sistemas de Informação, como requisito para avaliação semestral. Sob a orientação da professora Esp. Denise Xavier Fortes. Data de aprovação ____/____/____ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________ Prof. (a) Esp. Denise Xavier Fortes (Orientadora). ___________________________________________________________________ Prof. Ricardo Azevedo Porto. ___________________________________________________________________ Prof. (a) Mirthys Marinho do Carmo Melo. PAULO AFONSO - BA DEZEMBRO / 2013 4 Aos meus pais. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pois ele foi fonte de força e coragem para mim, sem ele nada disso seria possível. Agradeço principalmente aos meus pais, Edízio da Silva e Rita da Costa Silva, que foram os principais responsáveis pela realização dessa etapa em minha vida, os quais sem eles nada disso seria alcançado. Agradeço também aos meus irmãos Simone da Costa Silva, Sandra da Costa Silva e Leandro Edízio da Costa Silva, por contribuírem na medida do possível nessa minha conquista acadêmica. Agradeço à professora e orientadora Denise Xavier Fortes, pois se mostrou sempre disposta a ajudar. Agradeço também a Igor Medeiros Vanderlei, coordenador do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Sete de Setembro - FASETE, pois esteve sempre disposto a me ajudar sem nunca demostrar insatisfação pelo esforço feito. Agradeço também a minha noiva Estéfany Maria de Aquino Moraes, por estar sempre ao meu lado me ajudando no que fosse preciso sem nunca mostrar-se indisposta, uma pessoa mais que especial para mim e que contribuiu significativamente na conclusão dessa obra. Agradeço também a todos os amigos e companheiros da faculdade, e fora dela, que me ajudaram de alguma forma e contribuíram para a conclusão dessa jornada. 6 “A vida me ensinou a nunca desistir...” Alexandre Magno Abrão (Chorão CBJR) 7 Silva, Elessandro Edízio Costa. Implantação do Software Livre: Sistema de Gestão Acadêmica SAGU na Escola Professora Alice Avelino de Souza – EPAAS. 2013. 70f. Monografia (Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação). Faculdade Sete de Setembro – FASETE. Paulo Afonso (BA). RESUMO O presente trabalho buscou analisar a eficácia e a aplicabilidade do Sistema Aberto de Gestão Unificada - SAGU, o qual foi foco dessa pesquisa e essencial para a realização desse trabalho, na Escola Professora Alice Avelino de Souza - EPAAS localizada em Itaparica na cidade de Jatobá-PE, verificando sua usabilidade no gerenciamento das informações escolares da instituição em questão. O Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU é uma ferramenta utilizada para o gerenciamento de informações escolares. Nele podemos encontrar um admirável número de recursos e opções para a realização das suas atividades propostas. Com ele a rede de ensino é capaz de gerenciar suas informações, sendo essas do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Nível Superior (Graduação) ou Pós Graduação. O SAGU mescla as atividades executadas pelos diversos setores de uma organização escolar e os disponibilizam em uma única ferramenta, facilitando assim a realização das atividades necessárias. A Escola Professora Alice Avelino de Souza é uma empresa privada que atua na área da educação a mais de vinte anos, é uma escola que vem funcionando como empresa organizada nos moldes da lei, ampliando seus serviços, inclusive, oferecendo ensino de primeira qualidade, procurando cumprir seus objetivos e garantindo um padrão de ensino correspondente aos anseios da comunidade. Palavras-chave: Gestão Escolar, Software Livre, SAGU, Engenharia de Software, Engenharia da Informação, Sistemas ERP. 8 Silva, Elessandro Edízio Costa. Implementation of Free Software: Academic Management System SAGU in Alice School Professor Avelino de Souza - EPAAS. 2013. 70f. Monograph (Bachelor of Information Systems). Faculty Seven in September - FASETE. Paulo Afonso (BA). ABSTRACT The present study sought to examine the effectiveness and applicability of the Open Unified Management System - SAGU, which was the focus of this research is essential for the realization of this work, Professor in the School Alice Avelino de Souza - EPAAS located in the town of Itaparica Jatobá -PE by checking its usability in the school information management of the institution in question. The Open Unified Management System - SAGU is a tool used for managing school information. In it we find a remarkable number of features and options for the completion of their proposed activities. With it the school system is able to manage their information, these being of Elementary Education, Secondary Education, Higher Education (Undergraduate) or Graduate. The merges SAGU the activities performed by the various departments of a school organization and make them available in a single tool, thus facilitating the realization of the required activities. Professor Alice Avelino de Souza School is a private company engaged in the field of education for over twenty years is a school that has operated as a company organized along the lines of the law, expanding its services, including education offering top quality, looking meet its objectives and ensuring a standard corresponding to the wishes of the community school. Keywords: School Management, Free Software, SAGU, Software Engineering, Information Engineering, ERP Systems. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Curvas de Falhas Para o Hardware. ...................................................................................... 24 Figura 2: Curva de Falhas do Software (Idealizada) ............................................................................. 25 Figura 3: Curva de Falhas Real Para Software ...................................................................................... 25 Figura 4: Representação da Gestão Pedagógica. ................................................................................... 36 Figura 5: Modelo Cascata: Ciclo de Vida do Software. ........................................................................ 49 Figura 6: Desenvolvimento Evolucionário............................................................................................ 50 Figura 7: Desenvolvimento Formal de Sistemas. .................................................................................. 51 Figura 8: Desenvolvimento Orientado a Reuso. ................................................................................... 51 Figura 9: Ciclo de Vida de Sistemas ERP. ............................................................................................ 53 Figura 10: Processo de Implantação de Sistemas ERP. ........................................................................ 62 10 LISTA DE QUADROS Quadro 1: O Diretor .............................................................................................................................. 38 Quadro 2: O Diretor .............................................................................................................................. 39 Quadro 3: O Coordenador Pedagógico ................................................................................................. 40 Quadro 4: O Supervisor de Ensino........................................................................................................ 40 11 LISTA DE SÍGLAS AI – Artificial Intelligency CASE – Computer-Aided Software Engineering EI – Engenharia da Informação EPAAS – Escola Professora Alice Avelino de Souza ERP – Enterprise Resource Planning ES – Engenharia de Software PE – Pernambuco PHP – Personal Home Page RH – Recursos Humanos SAGU – Sistema Aberto de Gestão Unificada SAS - Statistical Analysis System SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de Dados UFABC – Universidade Federal do ABC 12 Sumário CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................................ 15 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................. 15 1.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 17 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................................... 18 1.4 HIPÓTESES .......................................................................................................................... 18 1.5 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 18 1.5.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 18 1.5.2 Objetivo Específico .......................................................................................................... 19 1.6 METODOLOGIA DE PESQUISA ....................................................................................... 19 1.7 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO..................................................................................... 20 CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................................ 22 2. 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................. 22 SOFTWARE .......................................................................................................................... 22 2.1.1 Definição .......................................................................................................................... 22 2.1.2 Características ................................................................................................................... 23 2.1.3 Componentes .................................................................................................................... 26 2.1.4 Aplicações ........................................................................................................................ 27 2.1.5 Tipo de Software............................................................................................................... 31 2.2 2.2.1 2.3 SOFTWARE PROPRIETÁRIO ............................................................................................ 32 Definição .......................................................................................................................... 32 SOFTWARE LIVRE ............................................................................................................. 32 2.3.1 Definição .......................................................................................................................... 32 2.3.2 Características ................................................................................................................... 33 2.3.3 Vantagens ......................................................................................................................... 33 2.4 GESTÃO ESCOLAR ADMINISTRATIVA E EDUCACIONAL ........................................ 34 2.4.1 Conceitos .......................................................................................................................... 34 2.4.2 Diretor, Supervisor de Ensino e Coordenador Pedagógico .............................................. 37 2.4.3 Avaliação Institucional ..................................................................................................... 41 2.4.4 Avaliação Escolar ............................................................................................................. 42 2.5 2.5.1 ENGENHARIA DA INFORMAÇÃO................................................................................... 43 Engenharia da Informação ................................................................................................ 43 13 2.5.1.1 Objetivos ........................................................................................................................... 44 2.5.2 Engenharia de Software .................................................................................................... 45 2.5.2.1 O Processo de Software .................................................................................................... 47 2.5.2.2 Modelos de Processo de Software .................................................................................... 47 2.5.2.3 Ciclo de Vida de Sistemas ERP ........................................................................................ 52 CAPÍTULO 3 ........................................................................................................................................ 55 3. MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO.................................................................... 55 3.1 PROPOSTA DE UM CICLO DE VIDA DO ERP ................................................................ 55 3.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................... 56 3.3 O MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO........................................................... 57 3.3.1 Atividades da Fase de Análise .......................................................................................... 57 3.3.2 Atividades da Fase de Projeto........................................................................................... 59 3.3.3 Atividades da Fase de Implementação.............................................................................. 59 3.3.4 Atividades da Fase de Testes ............................................................................................ 60 3.3.5 Atividades da Fase de Treinamento e Acompanhamento ................................................. 61 CAPÍTULO 4 ........................................................................................................................................ 64 4. IMPLANTAÇÃO DO SAGU ..................................................................................................... 64 4.1 CENÁRIO ATUAL ............................................................................................................... 64 4.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................... 65 4.3 RESULTADOS ..................................................................................................................... 66 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 68 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 69 14 CAPÍTULO I ___________________________________________________________________________ 15 CAPÍTULO 1 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 1.1 INTRODUÇÃO Atualmente, inúmeras empresas exercem suas funções corporativas sem as informações e/ou ferramentas necessárias para a atuação em sua área. Embora, a maioria das organizações busque a melhor gestão administrativa possível, somente algumas dão a devida importância na hora de coletar as informações essenciais sobre a empresa e definir um sistema capaz de suprir todas as suas necessidades quanto à área administrativa, acadêmica, financeira, institucional, RH, etc. (LAUDON e LAUDON, 2004) Algumas empresas esquecem o quanto é importante um sistema gerenciador de informações e acabam ignorando o seu uso. Uma das vantagens do uso de um software na gestão empresarial é a manipulação das informações da empresa. Inserções de informações mais rápidas, buscas mais eficazes, alteração da informação, auxilio à tomada de decisão, etc, esses são alguns dos principais benefícios da implantação de um sistema administrativo nas organizações. Para Laudon e Laudon, o software tem papel indispensável na empresa, sendo assim, a escolha do mesmo não deve ser tratada como um simples caso, pois esse é um momento importante para organização. “Para desempenhar papel útil na infraestrutura de tecnologia da informação da empresa, o hardware requer um software. [...] Escolher o software apropriado para a organização é uma decisão gerencial importantíssima”. (LAUDON e LAUDON, 2004) Os software são sistemas computacionais capazes de gerenciar qualquer tipo de conteúdo e em qualquer área desejada, desde que sejam devidamente desenvolvidos, implantados e bem gerenciados. Sendo assim, são sistemas capazes de processar inúmeras informações em um curto período de tempo e apresentar melhor resultado final em qualquer organização. 16 Existem três tipos de software, são eles: os proprietários, os livres e o modelo SAS. O modelo SAS foi desenvolvido pelo Instituto SAS com serventia para análises avançadas, inteligência de negócios, gestão de dados, entre outros. Porém esse modelo não será destrinchado no presente trabalho pós foge da proposta da análise. Os proprietários são os programas desenvolvidos com fins lucrativos e cuja finalidade é ser implantado em um ambiente específico, ou seja, são construídos excepcionalmente para um perfil de usuário ou empresa exclusiva com o propósito de gerar renda para a companhia desenvolvedora, com isso apenas o usuário ou empresa a qual o software destina-se comtemplará seu uso. O atual e clássico modelo de comercialização de software, chamado de software proprietário, é fechado pois é distribuído apenas em código binário, e não é legível pelos programadores. Os únicos que têm acesso a ele são os desenvolvedores da empresa proprietária. Esta também se reserva o direito de proibir ou liberar seu uso, cópia ou redistribuição, de acordo com seus interesses e práticas comerciais (TAURION, 2004). Os software livres, segundo a Free Software Foundation (apud NOIA, 2008), são todos e quaisquer tipos de software cujo o uso, estudo, cópia, alteração e distribuição não seja cobrado nenhum custo, com isso os sistemas de código aberto ou software livre, como são mais conhecidos, são os mais indicados para as organizações, tanto pelo seu custo quanto pelo seu benefício. Segundo Taurion (2004 apud NOIA, 2008), uma corporação que adota esse tipo de programa torna-se mais segura e autônoma, pois a chave (código) do programa fica com seu usuário ou organização e não com seus desenvolvedores, ou seja, o usuário tem a liberdade de modelagem do programa, com isso ele possui o controle total do aplicativo, tornando-o adequando as suas necessidades ou da organização. O Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU) é um exemplo de programa capaz de realizar toda gestão escolar devidamente. O SAGU atua em diversos setores escolares, por exemplo, no financeiro, nos recursos humanos, na parte institucional, na documentação em geral da escola, etc. É um sistema instruído a atender, praticamente, toda a parte administrativa de uma organização escolar. Baseando-se nessas informações, o SAGU mostra ser o programa ideal para a Escola Professora Alice Avelino de Souza (EPAAS), uma vez que a mesma, atualmente, não se 17 encontra fazendo uso de nenhum software gerenciador de informações. A escola EPAAS fica localizada no bairro Itaparica, na cidade de Jatobá – PE. Ela trabalha no mercado de ensino a mais de vinte anos e, até então, nunca aderiu à utilização de um programa gerenciador de dados que facilitasse o seu processo administrativo, com isso, é notável a necessidade de implantação do sistema gestor. 1.2 JUSTIFICATIVA A ideia da implantação do SAGU, surgiu observando as carências da Escola Professora Alice Avelino de Souza (EPAAS) quanto a sua gestão e administração das informações, sendo este o seu maior problema. Os processos administrativos da escola são realizados da forma mais simples possível, utilizando apenas editores de textos e software para criação de planilhas em alguns casos. Com isso, viu-se a necessidade de realizar a implantação do SAGU com a finalidade de identificar a eficácia do sistema administrativo na escola EPAAS. Diante de pesquisas informais realizadas através da Internet, o Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU) mostrou-se uma boa alternativa de ferramenta gerenciadora para a implantação na instituição. Uma vez que, o software é tido como livre, apresenta um ótimo custo e benefício, principalmente para pequenas e médias empresas. Como o próprio nome já diz, além de ser um software aberto, o que garante a empresa o uso livre do mesmo, ele também unifica as principais ferramentas administrativas acadêmicas, tornando assim, o SAGU, seu principal aliado na gestão escolar. Com a implantação desse sistema a organização terá um melhor controle das suas informações, facilitando os processos administrativos e garantindo um resultado satisfatório para a empresa. Além disso, terá um ótimo custo e benefício, pois o uso do software não trará nenhum custo adicional, tanto na implantação, quanto na utilização do mesmo. Além do mais, o sistema poderá ser adaptado ao perfil da instituição com a possibilidade de modelagem do programa, com isso as funcionalidades poderão ser tanto adicionadas, quanto removidas, uma vez que o programa possui código fonte aberto. 18 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA A Escola Professora Alice Avelino de Souza (EPAAS) apesar de estar atuando há vinte anos no mercado de ensino, localizada na cidade de jatobá – PE, vêm apresentando dificuldades quanto a manipulação de suas informações. Pois, o seu sistema administrativo ainda é realizado de forma manual, ou seja, quase não existe informatização nos processos administrativos da escola. O fato dela não fazer uso de um sistema de gestão escolar adequado impossibilita o gerenciamento apropriado das suas informações. O SAGU, por sua vez, é um sistema capaz de gerenciar inúmeras informações, como dados financeiros, acadêmicos, institucional, contábil, etc. É um sistema, aparentemente, capaz de atender as carências da escola EPAAS. Diante deste cenário, surge o seguinte questionamento: Será que a implantação do Sistema SAGU na Escola Professora Alice Avelino de Souza (EPAAS) contemplará as necessidades da instituição de ensino? 1.4 HIPÓTESES Com o estudo da implantação do software livre, Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU), este contemplará e suprirá as necessidades da escola EPAAS, quanto a sua gestão financeira, institucional, administrativa, acadêmica, contábil, processo seletivo, recursos humanos, entre outros. Com isso, a escola otimizará e agilizará os processos administrativos da organização. 1.5 OBJETIVOS 1.5.1 Objetivo Geral O objetivo deste trabalho é implantar o sistema gestor e mostrar as principais vantagens e desvantagens da utilização do SAGU para gestão acadêmica da escola EPAAS. 19 1.5.2 Objetivo Específico Para realizar o plano de implantação do Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU) é necessário que os seguintes itens sejam realizados: Desenvolver o ambiente apropriado para o software gestor. (Tendo em vista que todo o acervo de máquinas da escola em questão possuem apenas máquinas com sistema operacional inapropriado para o uso do SAGU, será necessária a instalação de um novo sistema para realizar a devida implantação); Identificar os custos na adoção do software. (Apesar de o software não ter nenhum custo vinculado ao seu uso, deve-se considerar um possível treinamento para o administrador do sistema gestor); Analisar o funcionamento administrativo da escola atualmente. (Para melhor uso do SAGU, será necessário conhecer o funcionamento administrativo da escola); Identificar os benefícios e malefícios que a Escola Professora Alice Avelino de Souza (EPAAS), terá ao implantar o Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU). (Para identificar tais benefícios e malefícios será necessária a implantação do sistema); 1.6 METODOLOGIA DE PESQUISA A elaboração metodológica desse trabalho será realizada de for qualitativa, pois o presente projeto busca evidenciar a eficácia da implantação do Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU) na Escola Professora Avelino de Souza (EPAAS). Será realizado um levantamento bibliográfico através de livros e artigos especializados na área de engenharia de software e gestão escolar com a finalidade de apurar o maior acervo teórico possível, tornando assim possível a análise e a implantação adequada de um software na organização em questão. Posteriormente, será realizada a implantação do software livre, o Sistema Aberto de Gestão Unificada (SAGU) na Escola Professora Avelino de Souza (EPAAS), com o proposito de melhorar a manipulação das informações administrativas da escola. 20 1.7 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Esse trabalho será organizado da seguinte forma: O Capítulo 1 conterá as considerações iniciais sobre o presente projeto. O Capítulo 2 será constituído pela fundamentação teórica, com isso abordará assuntos como software proprietário e livre, Gestão Escolar onde esclarecerá tanto assuntos da parte Administrativa quando da Educacional, e por último o capítulo aclarará sobre Engenharia de Software abordando a temática Engenharia da Informação. O Capítulo 3 será composto pela descrição do modelo de processo de implantação e a proposta de um ciclo de vida do ERP, além da análise do processo de implantação e suas atividades. O Capítulo 4 consistirá em apresentar a implantação do SAGU na escola EPAAS. Nesse mesmo capítulo será destacado o SAGU de uma forma mais detalhada, mencionando os benefícios e os malefícios de sua instalação e a solução encontrada com sua implantação. Nas Considerações Finais será deixado um breve resumo sobre a importância desse projeto na contribuição para trabalhos futuros. 21 CAPÍTULO II ___________________________________________________________________________ 22 CAPÍTULO 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 SOFTWARE 2.1.1 Definição Software de computador diferente do que a maioria das pessoas que conhecem o termo pensa, não está associado única e exclusivamente ao programa na máquina, o termo software está ligado mais além do que um conjunto de instruções executáveis em uma unidade física (Hardware). Segundo Sommerville (2003, 6ª Ed. p. 5) o termo software, ao contrario do que muitos acreditam, não se refere exclusivamente ao programa de computador, mas sim a toda documentação associada e os elementos essenciais para o seu funcionamento adequado, como ele explica: “Muita gente associa o termo software aos programas de computador. [...] Software não é apenas o programa mas também toda a documentação associada e os dados de configuração necessários para fazer com que esses operem corretamente.” Em outro momento Sommerville (2003, 6ª Ed. p. 6) também comenta: “São os programas de computador e a documentação associada. Produtos de software podem ser desenvolvidos para um cliente específico ou para o mercado.” Um sistema de software, usualmente, consiste em uma série de programas separados, arquivos de configuração que são utilizados para configurar esses programas, documentação do sistema, que descreve a estrutura desse sistema, e documentação do usuário, que explica como utilizar o sistema e, no caso dos produtos de software, sites web para os usuários fazerem o download das informações recentes sobre o produto. (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 5) Com o pensamento similar, PRESSMAN explica o seu ponto de vista sobre o termo software de computador em uma de suas obras. Para ele o software pode ser definido com três 23 conceitos básicos: é conjunto de instruções que ao serem executadas realizem uma determinada função com eficácia; sistema capaz de realizar a devida manipulação da informação; documentação que apresenta a forma adequada do uso do sistema. Segundo o autor, o termo pode ser didaticamente definido das seguintes formas: Software é: (1) instruções (programas de computador) que, quando executadas, produzem a função e o desempenho desejados; (2) estruturas de dados que possibilitam que os programas manipulem adequadamente a informação; e (3) documentos que descrevem a operação e o uso dos programas. (PRESSMAN, 1995 p. 12) 2.1.2 Características Como já foi mencionado e explicado anteriormente nesse trabalho, os software são sistemas lógicos e executáveis diferente dos hardware, como Pressman (1995 p. 13) comenta: “O software é um elemento de sistema lógico, e não físico. Portanto, o software tem características que são consideravelmente diferentes das do hardware”. Porém, essas não são suas únicas características. Segundo Pressman (1995 p. 13), o software de computador ainda pode ser classificado por mais três características, sendo essas citadas abaixo: 1 - O software é desenvolvido ou projetado por engenharia, não manufaturado no sentido clássico. “Os custos do software estão concentrados no trabalho de engenharia. Isso significa que os projetos de software não podem ser geridos como se fossem projetos de manufatura.” (PRESSMAN, 1995) 24 2 - Software não se “desgasta”. Diferente do hardware, o software não se desgasta com o passar do tempo, nem pelos componentes do ambiente, como Pressman (1995 p. 14) afirma: “À medida que o tempo passa, [...] os componentes do hardware sofrem os efeitos cumulativos de poeira, vibração, abuso, temperaturas extremas e muitos outros males ambientais. Colocado de maneira simples, o hardware começa a se desgastar.” Em seguida, Pressman explica: “O software não é sensível aos problemas ambientais que fazem com que o hardware se desgaste.” A seguir, algumas ilustrações tiradas de sua obra (PRESSMAN, 1995 p. 14, 15) para demonstrar o Índice de falhas decorridas no hardware e software, respectivamente, com o passar do tempo: Figura 1: Curvas de Falhas Para o Hardware. Fonte: (PRESSMAN, 1995. p. 14) A ilustração anterior mostra, através de uma linha curvada comparada com a mortalidade infantil, o índice de falhas ocorridas no hardware com o decorrer dos dias, ou seja, o seu desgaste causado com o passar do tempo. 25 Figura 2: Curva de Falhas do Software (Idealizada) Fonte: (PRESSMAN, 1995. p. 15) A figura anterior ilustra, através de uma linha semirreta, o baixo índice de falhas gerado no software ocasionado com o passar dos dias. A próxima ilustração (PRESSMAN, 1995 p. 15) demonstra o índice de falhas decorrido no software quando o mesmo sofre constantes alterações. Quando isso ocorre, os problemas aparecem com mais frequência, como demonstra a imagem a seguir: Figura 3: Curva de Falhas Real Para Software Fonte: (PRESSMAN, 1995. p. 15) 3 - A maioria dos softwares é feita sob medida em vez de ser montada a partir de componentes existentes. 26 [...] Com poucas exceções, não existem catálogos de componentes de software. É possível encomendar software não destinado à publicação, mas somente como uma unidade completa, não como componentes que possam ser montados novamente em novos programas. Ainda que muita coisa tenha sido escrita sobre “reusabilidade de software”, estamos apenas começando a ver as primeiras implementações bem-sucedidas do conceito. (PRESSMAN, 1995 p. 16) Esse conceito sobre “reusabilidade de software” é um tanto quanto ultrapassado, pois, atualmente já podemos ver a reusabilidade de software sendo uma realidade entre os programadores. Como o próprio Pressman citou, essa característica sobre “reusabilidade de software” é antiga e, atualmente, já é feito o reuso de componentes de programas já existentes, utilizando-os em novos aplicativos de uma forma bem sucedida, sendo essa uma das características principais de um software de computador. 2.1.3 Componentes Podemos classificar os componentes dos programas de computador em dois modos, os executáveis e não executáveis, conforme Pressman (1995 p. 16) comenta: “O software de computador é uma informação que existe em duas formas básicas: componentes não executáveis em máquina e componentes executáveis em máquina.” Sabemos que software não é apenas a aplicação em si, mas toda a documentação associada e necessária para o perfeito funcionamento do aplicativo. Logo, podemos considerar os não executáveis sendo essa documentação que é essencial para o funcionamento adequado do programa. Quando essa documentação de requisitos, que expõem as necessidades do cliente, é transformada em linguagem de programação, o mesmo torna-se código executável em máquina, como esclarece Pressman (1995): Os componentes de software são criados por meio de uma série de conversões que mapeiam as exigências do cliente para código executável em máquina. Um modelo (ou protótipo) das exigências é convertido num projeto. O projeto de software é convertido numa forma de linguagem que especifica a estrutura de dados do software, os atributos procedimentais e os requisitos relacionados. A forma de linguagem é processada por um tradutor 27 que a converte em instruções executáveis em máquina. (PRESSMAN, 1995 p. 17) Como já mencionado anteriormente nesse trabalho, uma das características mais importantes de um software de computador é a reusabilidade dos seus componentes, conforme Pressman explica: A reusabilidade é uma característica importante de um componente de software de alta qualidade [BIG84]. Ou seja, o componente deve ser projetado e implementado de forma que possa ser reusado em muitos programas diferentes. Na década de 1960, construíamos bibliotecas de subrotinas científicas que eram reusáveis num amplo conjunto de aplicações científicas e de engenharia. [...]” (PRESSMAN, 1995 p. 17) Para realizar a criação dos componentes de um software de computador, devemos utilizar uma linguagem de programação específica, essa linguagem possui uma gramática limitada e bem restrita além de possuir diversas regras de sintaxe, como Pressman comenta: Os componentes de software são construídos usando uma linguagem de programação que tem um vocabulário limitado, uma gramática explicitamente definida e regras de sintaxe e semântica bem formadas. Esses atributos são essenciais para a tradução por máquina. As formas de linguagem em uso são linguagens de máquina, linguagens de alto nível e linguagens não-procedimentais. (PRESSMAN, 1995 p. 17) 2.1.4 Aplicações Quando um software tem seu desenvolvimento bem estudado e previamente detalhado, podemos destina-lo para qualquer tipo de aplicação, como Pressman esclarece: O software pode ser aplicado a qualquer situação em que um conjunto previamente especificado de passos procedimentais (isto é, um algoritmo) tiver sido definido (notáveis exceções a essa regra são o software de sistema especialista e o software de rede neural). O conteúdo de informação e a 28 determinância são fatores importantes na determinação da natureza de um aplicativo. (PRESSMAN, 1995 p. 19) Apesar de não ser uma tarefa fácil, podemos destinar o software para as diversas aplicações conforme Pressman (1995 p. 19) explica: “Desenvolver categorias genéricas para as aplicações de software é uma tarefa um tanto quanto difícil. À medida que a complexidade do software cresce, desaparece a clara divisão em compartimentos. [...]”. A seguir, as diversas áreas a qual um software pode ser aplicado segundo Pressman (1995 p. 20): O software básico busca, essencialmente, apoiar outros software, ou seja, são sistemas computacionais desenvolvidos com a finalidade de auxiliar outros programas, conforme Pressman comenta: Software Básico: Software básico é uma coleção de programas escritos para dar apoio a outros programas. Alguns tipos de software básico (por exemplo, compiladores, editores e utilitários de gerenciamento de arquivos) processam estruturas de informação complexas, mas determinadas. Outras aplicações de sistemas (por exemplo, componentes do sistema operacional, drivers, processadores de telecomunicações) processam dados amplamente indeterminados. Tanto num como noutro caso, a área do software básico é caracterizado por forte interação com o hardware de computador, intenso uso por múltiplos usuários, operações concorrentes que exigem escalonamento do processo, estruturas de dados complexas e múltiplas interfaces externas. (PRESSMAN, 1995 p. 20) O software de tempo real é um sistema capaz de analisar as informações do mundo real e apresentar um resultado eficaz, porém esse resultado deve ser lançado pelo sistema em um tempo muito curto, pois tais informações precisam ser apresentadas com exatidão quando tratada em tempo real, conforme Pressman explica: Software de Tempo Real: Um software que monitora/analisa/controla eventos do mundo real é chamado software de tempo real. Entre os elementos do software de tempo real inclui-se um componente de coleta de dados que obtém e formata as informações provenientes de um ambiente 29 externo, um componente de análise que transformas as informações conformes a aplicação exige, um componente de controle/ saída que responde ao ambiente externo e um componente de monitoração que coordena todos os demais componentes de forma que a resposta em tempo real (que, tipicamente, varia 1 milissegundos a 1 minuto) possa ser mantida. Deve-se notar que o termo “tempo real” difere de “interativo” ou timesharing (tempo compartilhado). Um sistema de tempo real deve responder dentro de restrições de tempo estritas. O tempo de resposta de um sistema interativo (ou time-sharing) pode ser normalmente ultrapassado sem resultados desastrosos. (PRESSMAN, 1995 p. 20) O software comercial garante que a organização dependente do programa obtenha informações comerciais mais precisas, ou seja, o sistema reorganiza os danos da empresa de forma “útil” para a mesma, tornando suas operações comerciais mais seguras. Com isso, auxiliando na tomada de decisão. Pressman: Software Comercial: O processamento de informações comerciais é a maior área particular de aplicações de software. Distintos “sistemas” (por exemplo, folha de pagamento, contas a pagar e receber, estoques etc.) evoluíram para o software de sistema de informação administrativo (MIS) que dão acesso a um ou mais banco de dados contendo informações comerciais. As aplicações dessa área reestruturam os dados de uma forma que facilita as operações comerciais e as tomadas de decisões administrativas. Além da aplicação de processamento de dados convencional, as aplicações de software comerciais também abrangem a computação interativa (por exemplo, processamento de transações em pontos-de-venda). (PRESSMAN, 1995 p. 20) Segundo Pressman, os software científicos e de engenharia são sistemas computacionais instruídos para o processamento de números. Suas aplicações variam por diversas áreas. Conforme ele explica: Software Científico e de Engenharia: O software científico e de engenharia tem sido caracterizado por algoritmos de processamentos de números. As aplicações variam da astronomia à vulcanologia, da análise de fadiga mecânica de automóveis à dinâmica orbital de naves espaciais recuperáveis, e da biologia molecular à manufatura automatizada. Porém, novas aplicações dentro da área científica/de engenharia estão-se afastando dos algoritmos numéricos convencionais. O projeto auxiliado por computador (CAD), simulação de sistemas e outras aplicações interativas começaram a assumir características de tempo real e até mesmo de sistema básico. (PRESSMAN, 1995 p. 20) 30 Os software embutidos são os sistemas usados na memória de leitura de alguns produtos inteligentes do mercado. Esse tipo de programa é bastante limitado, porém capaz de disponibilizar recursos funcionais de controle importantes, conforme Pressman esclarece: Software Embutido: Produtos inteligentes têm-se tornado comuns em quase todo o mercado industrial e de consumo. O software embutido (embedded software) reside na memória só de leitura (read-only) e é usado para controlar produtos e sistemas para os mercados industriais e de consumo. O software embutido pode executar funções muito limitadas e particulares (por exemplo, controle de teclado para fornos de microondas) ou oferecer recursos funcionais de controle significativos (por exemplo, funções digitais em automóveis, tais como controle de combustível, mostradores no painel, sistemas de freio etc). (PRESSMAN, 1995 p. 20) Existem centenas de software de computador pessoal para diversas aplicações, entre eles os mais comuns são as planilhas eletrônicas, editores de textos, aplicações financeiras, diversões, computação gráfica, etc. A cada dia que passa surge mais novos software do gênero, conforme Pressman explica: Software de Computador Pessoal: O mercado de software para computadores pessoais entrou em efervescência na ultima década. Processamento de textos, planilhas eletrônicas, computação gráfica, diversões, gerenciamento de dados, aplicações financeiras pessoais e comerciais, redes externas ou acesso a banco de dados são apenas algumas das centenas de aplicações. De fato, o software de computador pessoal continua a representar os mais inovadores projetos de interface com seres humanos de toda a indústria de software. (PRESSMAN, 1995 p. 21) O software de Inteligência Artificial (IA) é um sistema desenvolvido para solucionar questões complexas que não sejam fáceis de solucionar pela computação. A área a qual os software de Inteligência Artificial mais se destaca na atualidade é a dos Sistemas Especialistas (SE), que são sistemas que solucionam seus problemas através de seu conhecimento, eles possuem um banco de dados bastante rico em informações, e é através desse banco de informações que tomam cada decisão. Essas informações no banco do SE são inseridas por um especialista da área ou através da aprendizagem do software adquirida com a “experiência”, como Pressman explica: 31 Software de Inteligência Artificial: O software de inteligência artificial (Artificial Intelligency - AI) faz uso de algoritmos não-numéricos para resolver problemas complexos que não sejam favoráveis à computação ou à análise direta. Atualmente, a área de AI mais ativa é a dos sistemas especialistas, também chamados sistemas baseados em conhecimento [WAT85]. Porém, outras áreas de aplicação para o software de AI são o reconhecimento de padrões (voz e imagem), jogos e demonstrações de teoremas. Nos últimos anos, desenvolveu-se um novo ramo do software de AI, chamado redes neurais artificiais [WAS89]. Uma rede neural simula a estrutura dos processos cerebrais (a função do neurônio biológico) e pode, por fim, levar uma nova classe de software que consegue reconhecer padrões complexos e aprender com a “experiência” passada. (PRESSMAN, 1995 p. 21) 2.1.5 Tipo de Software Existem dois tipos de software, os que são destinados a sistema do computador, que é o principal responsável pelo gerenciamento da máquina, e os que são chamados de aplicativos, que são inseridos no sistema, como Laudon e Laudon (2004, 5ª Ed. p. 196) explica: “Há dois tipos principais de software: o software de sistema e o software de aplicativo, ou apenas aplicativo. Cada um deles executa uma função diferente.” A explicação e definição para os dois tipos de software segundo Laudon e Laudon, são descritas a seguir: O software de sistema é um conjunto de programas generalizados que gerenciam os recursos do computador, como o processador central, as conexões de comunicação e os dispositivos periféricos. Programadores que escrevem esse tipo de softwares são denominados programadores de sistemas. O software aplicativo descreve os programas que são escritos para ou pelos usuários para designar uma tarefa específica ao computador. Um software de processamento de pedidos ou de geração de listas de mala direta é um software aplicativo. Programadores que escrevem softwares aplicativos são chamados de programadores de aplicativos. (LAUDON e LAUDON, 2004. 5ª Ed. p. 196) Em outro momento Laudon e Laudon (2004. 5ª Ed. p. 197) explica: “O software de sistema coordena as diversas partes do sistema de computador e faz a medição entre o 32 software aplicativo e o hardware. Quando gerencia e controla as atividades do computador, é denominado sistema operacional.”. 2.2 SOFTWARE PROPRIETÁRIO 2.2.1 Definição O software aplicativo pode ser definido de duas formas, ele classifica-se como software proprietário ou software livre. Os proprietários são destinados às empresas ou usuários específicos. A criação desse tipo de software objetiva apenas a lucratividade da organização desenvolvedora, pois são programas de código fechado e não podem sofrer quaisquer alterações nas mãos da empresa compradora do produto, além disso, não é permitida a cópia nem a distribuição do mesmo, conforme Taurion comenta: [...] software proprietário, é fechado pois é distribuído apenas em código binário, e não é legível pelos programadores. Os únicos que têm acesso a ele são os desenvolvedores da empresa proprietária. Esta também se reserva o direito de proibir ou liberar seu uso, cópia ou redistribuição, de acordo com seus interesses e práticas comerciais. (TAURION, 2004). 2.3 SOFTWARE LIVRE 2.3.1 Definição São classificados como software livre, todos os programas cuja alteração, estudo, uso, cópia e distribuição não venham seguidos de qualquer valor por estas ações citadas, ou seja, são todos os programas que, quando usados livremente pelo usuário ou empresa, são seja cobrado nenhum custo por isso. Portanto, podem ser feitas cópias, alterações, distribuição etc. (NOIA, 2008) 33 Conforme Figueiredo, Santos, Tomimmori, Silva e Miranda (2005) explicam: “O termo Software Livre se refere aos softwares que são fornecidos aos seus usuários com a liberdade de executar, estudar, modificar e repassar (com ou sem alterações) sem que, para isso, os usuários tenham que pedir permissão ao autor do programa.”. Ou seja, é descrito como livre o software que, nas mãos do usuário, pode tomar qualquer destino ou ser realizada qualquer modificação sem que pra isso precise ter autorização do autor. Além disso, a adoção de um software livre é o modo mais prudente de manter a empresa segura, pois o software de código fechado (software proprietário) é ou pode ser manipulado pela empresa responsável por sua venda, ou seja, um sistema de código fonte aberto pode ser modelado e torna-se restrito apenas para seu proprietário, com isso o sistema deixaria de ser “manipulado” pela empresa fabricante. (NOIA, 2008) 2.3.2 Características Segundo a Free Software Foundation (apud FIGUEIREDO, SANTOS, TOMIMMORI, SILVA e MIRANDA, 2005), um software somente pode ser classificado como livre quando apresentar as quatro características a seguir: 1. A liberdade de executar o programa para qualquer propósito (liberdade no. 0) 2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. 3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade no. 2). 4. A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um prérequisito para esta liberdade 2.3.3 Vantagens Podemos citar diversas vantagens na utilização de um software livre, desde a questão financeira, que é de extrema importância para qualquer empresa, a agilidade, que é um 34 requisito desejável em todas as organizações. Segundo Figueiredo, Santos, Tomimmori, Silva e Miranda (2005), podemos citar as seguintes vantagens da adoção de um software livre na empresa: 1. Custo – Possuir um software e não pagar nada por ele nem pela aquisição, nem mensalmente, é uma das principais vantagens do software livre. 2. Confiável – Apesar de não se pagar nada pelo uso dos software livres, são sistemas bastantes confiáveis. 3. Inclusão digital – Devido ao seu baixo custo, os sistemas de qualidade podem ser usados em qualquer ambiente. 4. Qualidade – Embora sejam sistemas dos quais não se pague nada pelo seu uso, os software livres são programas com qualidade. 5. Agilidade nos processos realizados – Devido ao fato do software possuir qualidade, essa característica torna os processos do aplicativo mais rápidos. 6. Agilidade em correções de bugs (falhas no código fonte) – Apesar de não ser um sistema pago, as correções de bugs no sistema são realizadas com rapidez. 7. Segurança – O fato do código-fonte do aplicativo não estar apenas nas mãos dos seus desenvolvedores, traz certo nível de segurança ao usuário ou empresa que faz uso do mesmo. 2.4 GESTÃO ESCOLAR ADMINISTRATIVA E EDUCACIONAL 2.4.1 Conceitos Podemos definir a Gestão Escolar de três modos, no entanto, nesse presente trabalho abordares apenas dois, a Gestão Administrativa e a Gestão Educacional ou Pedagógica. (Cursos24Horas, 2013) Segundo o mesmo site, a Gestão Administrativa está relacionada com toda a parte da secretaria, ou seja, é a parte responsável pelo equipamento escolar a ser usado, os materiais didáticos utilizados nas aulas, os direitos e deveres, o ambiente de trabalho etc. Tudo isso para otimizar o serviço oferecido aos seus clientes, nesse caso os alunos. 35 A Gestão Administrativa é responsável pela estrutura física da escola considerando os prédios, os equipamento e matérias, a estrutura institucional compreendida pela legislação escolar, os direitos e deveres como as normas de convivência e as atividades da secretaria. (Cursos24Horas, 2013) Ainda segundo o site, a Gestão Educacional, também conhecida por Gestão Pedagógica, são dois nomes distintos, mas abordam basicamente o mesmo assunto. Na gestão educacional ou pedagógica é onde se trata da forma de ensino, a maneira que se trabalha em sala de aula, os objetivos da escola, a forma didática de executar suas atividades escolares, o alcance das metas dos funcionários do estabelecimento de ensino etc. Tudo isso através dos pilares da gestão escolar, que é o Diretor, o Coordenador e o Supervisor. (Cursos24Horas, 2013) Na Gestão Pedagógica são estabelecidos os objetivos gerais e específicos de ensino. Nele são definidas as linhas de atuação da escola a partir dos objetivos e do perfil da comunidade escolar. A Gestão Pedagógica também é responsável pela elaboração dos conteúdos curriculares, acompanhamento e avaliação das propostas pedagógicas e a avaliação das metas dos professores, dos alunos e demais servidores do estabelecimento escolar. Ela é centrada no diretor que é o responsável pela articulação e pelo sucesso desse planejamento, com o auxílio do Coordenador Pedagógico. (Cursos24Horas, 2013) O principal objetivo da pedagogia é a educação, com isso, todas as demais áreas envolvidas na gestão escolar estão voltadas para a gestão pedagógica, uma vez que a mesma tem seu foco direcionado à formação educacional dos alunos. A Gestão Pedagógica é o sistema principal da gestão escolar conforme LÜCK comenta: A gestão pedagógica é, de todas as dimensões da gestão escolar, a mais importante, pois está mais diretamente envolvida com o foco da escola que é o de promover aprendizagem e formação dos alunos, [...]. Constitui-se como a dimensão para a qual todas as demais convergem, uma vez que esta se refere ao foco principal do ensino que é a atuação sistemática e intencional de promover a formação e a aprendizagem dos alunos, como condição para que desenvolvam as competências sociais e pessoais necessárias para sua inserção proveitosa na sociedade e no mundo do trabalho, numa relação de benefício recíproco. Também para que se realizem como seres humanos e tenham qualidade de vida. (LÜCK, 2009. p. 95) 36 A seguir, uma representação através de uma ilustração de como a gestão escolar pode ser vista de uma forma mais ampla, envolvendo outras partes da gestão escolar, tais como: a Coordenação e Representação, o Planejamento, a Avaliação Educacional, a Administração e Finanças. Quando o assunto sobre gestão escolar é tratado, deve-se considerar o envolvimento de tais áreas citadas, sendo esses, setores importantes da educação. Conforme a ilustração mostra, para uma boa gestão é mais que necessário um planejamento adequado das atividades escolares. Também devemos considerar a avaliação educacional como um dos setores importantes da gestão escolar, pois a mesma busca avaliar a produtividade da instituição de ensino junto aos alunos e professores. A administração e finanças são os setores responsáveis pelo funcionamento adequado da instituição, tornado possível o trabalho dos envolvidos. A coordenação e representação são os responsáveis pela organização das atividades escolares, além de administrar essas atividades, as representam quando necessário. Sendo assim, temos como ponto central a parte mais importante da Gestão Escolar, a Gestão Pedagógica, demonstrada na ilustração a seguir: Figura 4: Representação da Gestão Pedagógica. Fonte: (LÜCK, 2009. p. 95) Segundo Oliveira (2008), a definição e conceito sobre gestão escolar vêm sendo alterado com o passar dos tempos. Porém, a gestão escolar em si, é a ação de saber criar e 37 organizar estratégias empresariais com a finalidade de gerir uma instituição de ensino. Essas estratégias vão desde práticas escolares de ensino (Gestão Educacional) a regras de negócio (Gestão Administrativa). Segundo Lück (2000 apud OLIVEIRA, 2008): [...] constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento. (LÜCK, 2000) Saber administrar uma instituição de ensino não é tarefa fácil e para isso a organização deve contar com uma equipe de profissionais bem preparados e devidamente orientados. A escola é um ambiente social designado a instruir alunos com valores sociais, e que contribui significativamente na construção (formação) de seus alunos como seres humanos racionais capazes de pensar. Conforme LÜCK explica a seguir: A escola é uma organização social constituída pela sociedade para cultivar e transmitir valores sociais elevados e contribuir para a formação de seus alunos, mediante experiências de aprendizagem e ambiente educacional condizentes com os fundamentos, princípios e objetivos da educação. O seu ambiente é considerado de vital importância para o desenvolvimento de aprendizagens significativas que possibilitem aos alunos conhecerem o mundo e conhecerem-se no mundo, como condição para o desenvolvimento de sua capacidade de atuação cidadã. (LÜCK, 2009. p. 20). 2.4.2 Diretor, Supervisor de Ensino e Coordenador Pedagógico Se tratando de atuadores escolares, a mesma é formada por diversos profissionais instruídos a atuação em tal ambiente. Com isso, podemos ressaltar alguns desses especialistas da área educativa, sendo eles os principais pilares da gestão escolar. O Diretor geral da escola, o Supervisor de Ensino e por último, e não menos importante, o Coordenador Pedagógico. 38 A seguir, nos quadros, a definição e explicação das funções de cada um desses conhecedores da educação (Cursos24Horas, 2013): O Diretor Responsabilidade e Representação O Diretor deve representar a instituição em seus aspectos legais judiciais e pedagógicos, além de participar de programas de formação oferecidos pela sua rede de ensino para ampliar os conhecimentos sobre o processo de aprendizagem, ajuda a desenvolver os planos de aula em parceria com os professores. Garantias Mediação e Participação O Diretor deve garantir o provimento, acompanhamento e controle dos recursos materiais e financeiros da escola e, também, a formação, ampliação e garantia de acesso aos acervos da escola. O diretor deve fazer a mediação do diálogo e das relações com a comunidade escolar e com a sociedade, participando das decisões no âmbito da rede de ensino á qual pertence sua escola e atuar na efetivação das politicas públicas na sua instituição. Quadro 1: O Diretor Fonte: (Cursos24Horas, 2013) Responsabilidade e Representação – É essencial que o Diretor participe de todos os programas de formação disponibilizados pela sua escola com o objetivo de ajudar a desenvolver planos de aula, verificar o processo de aprendizagem, entro outras ações. Além disso, é papel do Diretor representar a escola quanto aos aspectos legais, judiciais e pedagógico. Garantias – O Diretor deve garantir todo material escolar necessário para aplicação das aulas, regularizar a posição financeira da escola, a formação de qualidade para seus alunos, entre outros deveres. Medição e Participação – O Diretor deve medir os diálogos realizados com a comunidade escolar, participar das decisões tomadas na instituição, efetivar as politicas de sua rede de ensino, entre outros. 39 Projeto Político Pedagógico Formação Produção dos Alunos O Diretor deve estar à frente das iniciativas de elaboração e revisão do projeto político pedagógico e assegurar as condições para que ele seja cumprido, acompanhando o planejamento da equipe. O Diretor deve criar condições para a formação e o aprimoramento dos profissionais da escola. O Diretor deve colocar em prática ações e ferramentas de avaliação do desempenho dos alunos; elaborar e desenvolver iniciativas institucionais em conjunto com a coordenação e articular o planejamento de reuniões de pais e com os diferentes representantes da comunidade escolar e, por último criar condições para expor interna e externamente a produção dos alunos. Quadro 2: O Diretor Fonte: (Cursos24Horas, 2013) Projeto Político Pedagógico – Estar sempre à frente nas iniciativas da escola quanto à elaboração e revisão do Projeto Político Pedagógico para assim poder garantir a sua realização. Formação – É dever do Diretor, criar oportunidades para a conclusão e formação dos profissionais da sua rede de ensino, ou seja, seu dever é desenvolver projetos nos quais seus funcionários desenvolvam-se profissionalmente. Produção dos Alunos – O Diretor deve criar ferramentas nas quais torne possível a verificação de aprendizagem do aluno, deve também, ter iniciativa e desenvolver projetos institucionais junto a coordenação, planejar reuniões, e, principalmente, criar condições par expor os resultados da formação de seus alunos dentro e fora da escola. No quadro a seguir, podemos verificar os deveres do Coordenador Pedagógico e as principais características da sua função, sendo elas autoexplicativas. (Cursos24Horas, 2013) 40 O Coordenador Pedagógico Organizar e coordenar as atividades de formação dos professores. Participar do planejamento das atividades pelos professores e acompanhar o seu desenvolvimento. Apoiar as atividades docentes, inclusive por meio do acompanhamento de aulas mediante prévio planejamento com o professor. Participar das reuniões de pais de alunos. Participar e colaborar na construção do Projeto Político Pedagógico. Fiscalizar o cumprimento do Projeto. Registrar o trabalho pedagógico. Acompanhar e analisar o desempenho dos alunos em conjunto com os professores. Organizar junto com os docentes exposições da produção dos alunos. Realizar reuniões periódicas com o diretor para avaliação do processo de ensino e aprendizagem. Quadro 3: O Coordenador Pedagógico Fonte: (Cursos24Horas, 2013) A seguir, podemos verificar os deveres do Supervisor de Ensino e as principais características da sua função, sendo elas autoexplicativas. (Cursos24Horas, 2013) O Supervisor de Ensino Promover a troca de experiência entre os profissionais das escolas e realizar estudos e pesquisas. Atuar na coordenação e acompanhamento da formação e capacitação dos coordenadores e diretores de escolas. Registrar esta formação na rede de ensino. Acompanhar e auxiliar o trabalho dos gestores e coordenadores escolares e o cumprimento do calendário escolar. Acompanhar e articular a execução dos projetos políticos pedagógicos das escolas em sintonia com o Plano Educacional da sua rede de ensino. Atuar sobre a sistematização das diretrizes curriculares da rede de ensino. Participar das comissões sindicantes. Quadro 4: O Supervisor de Ensino Fonte: (Cursos24Horas, 2013) Existem duas formas de atividades que auxiliam a área educacional nos aspectos Pedagógico, Político e Administrativo-Financeiro, sendo eles (Cursos24Horas, 2013): 41 Atividades-fim – São aquelas que têm uma relação direta com o processo de ensino e aprendizagem. Atividades-meio – Não se relacionam diretamente com o processo educativo, mas são imprescindíveis para a sua efetividade, pois criam as condições para que as atividades-fim se realizem. Ainda seguindo as orientações do site Cursos24Horas, existem três objetivos da educação, sendo esses autoexplicativos conforme seus nomes demonstram: “Pleno desenvolvimento da pessoa” “Preparo da pessoa para o exercício da cidadania” “Qualificação da pessoa para o trabalho” A escola é um sistema educacional capaz de criar e desenvolver habilidades em seus aprendizes. Essas organizações de ensino são as principais responsáveis no desenvolvimento das pessoas como cidadãs, praticando e desenvolvendo atos de cidadania, além de preparar os indivíduos qualificando-os para o mercado de trabalho. 2.4.3 Avaliação Institucional Essa Avaliação Institucional, ou Analise do Ambiente Escolar como também é conhecida, é realizada com o objetivo de apurar e avaliar os progressos alcançados pela instituição de ensino, com isso, obtém-se o resultado do atual semestre e, com base nos resultado apurados, ocorre o planejamento para o próximo semestre. (Cursos24Horas, 2013) O levantamento dessas informações do período a ser avaliado pode ser alcançado da seguinte forma: Por meio de questionários, esses mesmos serão respondidos por todo o corpo escolar, objetivando o manifesto de todos os envolvidos junto à escola, com a finalidade de que os mesmos se conscientizem das responsabilidades que possuem perante a instituição de ensino e que saibam da importância da sua opinião na realização das alterações organizacionais dentro da empresa. (Cursos24Horas, 2013) 42 Podemos seguir cinco etapas simples para fazer o questionário da avaliação institucional, sendo elas (Cursos24Horas, 2013): 1. Definir temas e metas considerando todos os segmentos da comunidade escolar. 2. Selecione os temas que tem prioridade. 3. Definir uma pauta maior que englobe todas as demandas ou a maior parte delas. 4. A partir dessa identificação, os participantes da avaliação passam a analisar a grande pauta para identificar a origem do problema, os motivos que levaram à situação crítica, se ela é de responsabilidade coletiva ou de um setor ou pessoa específicos. 5. Depois de identificadas quais as intervenções precisam ser feitas no projeto educacional para sanar as dificuldades, é chegada a hora de propor as soluções, estabelecendo novas metas e mecanismos de controle e avaliação que assegurem o cumprimento do que foi estabelecido. É importante observar o prazo estabelecido para o cumprimento dessas novas metas, pois as mesmas são de extrema importância para o sucesso da instituição. Após a realização dessas novas etapas e a verificação que as mesmas fossem executadas devidamente, a instituição de ensino obterá um resultado satisfatório, pois a avaliação institucional tanto corrige os problemas da empresa quanto esclarece aos envolvidos os objetivos da organização. (Cursos24Horas, 2013) 2.4.4 Avaliação Escolar A Avaliação Escolar é um pouco parecida com a Avaliação Institucional, porém essa trata de examinar a produtividade de seus envolvidos, professores, alunos etc. (Cursos24Horas, 2013). Avaliação Escolar: Ela serve para proporcionar ao corpo docente, à equipe da escola e ao sistema de educação os subsídios para o aperfeiçoamento do ensino. O diagnostico precisa ser visto como uma análise do desempenho do aluno. Deve-se considerar o período e as condições de ensino proporcionadas naquele momento para se chegar a um resultado final. (Cursos24Horas, 2013) 43 2.5 ENGENHARIA DA INFORMAÇÃO 2.5.1 Engenharia da Informação No âmbito da Informação, a Engenharia da Informação (EI) centraliza diversas áreas como Comunicação, Informação, Computação, entre outras. O principal objetivo de seu surgimento foi a importância e a necessidade da aplicação do computador e da internet no cotidiano do ser humano, além da alta demanda por dispositivos móveis e a busca por apetrechos e/ou serviços com valores mais baixos, assim, tornando possível a inclusão digital para muitos, como explicado no site da Universidade Federal do ABC (UFABC): Engenharia da Informação é uma área do conhecimento constituída pela convergência de áreas tradicionais como Informação, Comunicação, Processamento Multimídia e Computação, devidamente contextualizadas na sociedade em que vivemos. A motivação principal decorre da utilização e importância do computador e da internet em nossas vidas, a demanda cada vez maior por informação com mobilidade, o anseio por novas aplicações multimídia e a busca por novos dispositivos e serviços a preços acessíveis, facilitando a inclusão digital. (UFABC, 2013) A EI abrange vários assuntos e que no seu todo pode ser identificado como Tecnologia da Informação (TI). Ainda, a EI faz uso dessa tecnologia para ter acesso rápido as informações, disponibilizando-as para a sociedade cuja necessidade por essa é crucial. Segundo o site da Universidade Federal do ABC (UFABC), essa sociedade também pode ser conhecida por Sociedade da Informação, como mencionado a seguir: A área engloba as diversas vertentes que no seu conjunto podem ser caracterizadas como as tecnologias da informação, num contexto multidisciplinar associado ao caráter social da informação. Além disso, a Engenharia da Informação está em profunda sintonia com os avanços do século XXI, adequada para fornecer respostas possíveis a uma sociedade cuja dinâmica é altamente dependente da disponibilidade de informação na hora em que ela é mais necessária: a chamada Sociedade da Informação. (UFABC, 2013) 44 Essa Sociedade da Informação é exigente quando se trata de disponibilidade da informação e, com isso, busca informações mais concentradas e com acessibilidade em diversos ambientes: “Os novos clientes da informação exigem acessos imersivos a ambientes de comunicações onde possam buscar informações, oportunidades de negócios, educação ou trabalho, intercâmbios culturais ou sociais, etc.” (UFABC). Porém, essa acessibilidade vai além da navegação habitual, onde as pessoas deixam de ter acesso apenas em um ambiente específico para integrar-se a um mundo completamente virtual e ter a sua realidade nas nuvens, conforme explica UFABC: “As formas de interação e acesso à informação vão além da navegação tradicional, fornecendo possibilidades de ambientes baseados em realidade virtual e mundos inteiramente digitais.”. Em outras palavras a Engenharia da Informação não está ligada apenas a área de novos conhecimentos, mas sim, a uma nova parte da Engenharia, parte a qual trata a informação baseada na carência da sociedade, conforme explicado a seguir. A Engenharia da Informação não é apenas uma nova área do conhecimento, no sentido de ser associada a novos conteúdos. Mais que isso, ela resulta de um novo recorte das Engenharias, que as classifica agora de acordo com as necessidades de organização da sociedade e da produção de valor, e não mais de acordo com a natureza física [...]. (UFABC, 2013) 2.5.1.1 Objetivos Segundo Pablo Vieira Florentino, professor do Instituto Federal da Bahia, existe inúmeros objetivos que beneficiam o uso da Engenharia da Informação nas organizações, entre eles podemos citar (FLORENTINO, 2009): O objetivo da Engenharia da Informação é empregar técnicas estruturadas em nível de organização e não em nível de projeto; A Engenharia da Informação se processa na direção top-down, através das seguintes etapas: Planejamento dos sistemas estratégicos da organização; 45 Planejamento das informações da organização; Análise da área de negócios; Projeto de sistemas; Construção; Corte. À medida que passa por essas etapas, a EI cria um repositório (Enciclopédia) de conhecimento sobre a organização, os seus modelos de dados, modelos de processos e projetos de sistemas; A EI cria uma estrutura para o desenvolvimento de uma organização computadorizada; Os sistemas confeccionados separadamente se encaixam numa estrutura; Dentro da estrutura podem-se construir e modificar sistemas rapidamente, através de ferramentas autorizadas; Facilitar ao máximo o uso de projetos e programas reaproveitáveis; A EI conta com a participação ativa dos usuários finais em cada uma das suas etapas; A EI facilita a evolução dos sistemas a longo prazo; Identificar como a informática pode alcançar da melhor forma possível os objetivos estratégicos da empresa. 2.5.2 Engenharia de Software Segundo Naur, P. (1969 apud PRESSMAN, 1995), Fritz Bauer propôs uma primeira definição a respeito da Engenharia de Software que a descrevia como: “O estabelecimento e uso de sólidos princípios de engenharia para que se possa obter economicamente um software que seja confiável e que funcione eficientemente em máquinas reais”. De acordo com Pressman, a Engenharia de Software pode ser caracterizada da seguinte forma: A engenharia de software é um rebento da engenharia de sistemas e de hardware. Ela abrange um conjunto de três elementos fundamentais – métodos, ferramentas e procedimentos – que possibilita ao gerente o controle do processo de desenvolvimento do software e oferece ao profissional uma base para a construção de software de alta qualidade produtivamente. (PRESSMAN, 1995 p. 31) 46 Os elementos citados por Pressman anteriormente são importantes no desenvolvimento de software, com eles o desenvolvedor pode alcançar um resultado mais eficiente e satisfatório. Os métodos proporcionam um melhor detalhamento de como fazer determinadas atividades na construção do sistema. Esses métodos englobam um vasto número de tarefas que compreendem: planejamento e estimativa do projeto, análise de requisitos de software e de sistemas, projeto da estrutura de dados, arquitetura de programa e algoritmo de processamento, codificação, teste e manutenção. Esses métodos, normalmente, inserem uma notação em diagrama ou orientada à linguagem especial e incluem um conjunto de fundamentos que promovem a qualidade do software. (PRESSMAN, 1995 p. 31) Essas ferramentas de engenharia de software oferecem suporte automatizado ou semiautomatizado aos métodos. Existem ferramentas para auxiliar cada um dos métodos citados anteriormente nesse trabalho. Segundo Pressman (1995 p. 32) quando essas ferramentas são agregadas de maneira que a informação gerada por uma determinada ferramenta possa ser usada por qualquer outra, é firmado um sistema de auxílio ao desenvolvedor denominado engenharia de software auxiliada por computador, combinando software, hardware e banco de dados, como Pressman menciona: Quando as ferramentas são integradas de forma que a informação criada por uma ferramenta possa ser usada por outra, é estabelecido um sistema de suporte ao desenvolvedor de software chamado engenharia de software auxiliada por computador (CASE – Computer-Aided Software Engineering). O CASE combina software, hardware e um banco de dados de engenharia de software (uma estrutura de dados contendo importantes informações sobre análise, projeto, codificação e teste) para criar um ambiente de engenharia de software [...] que seja análogo ao projeto auxiliado por computador/engenharia auxiliada por computador (CAD/CAE) para o hardware.” (PRESSMAN, 1995 p. 32) Os procedimentos da engenharia são compostos por um elo que agregam os métodos e as ferramentas possibilitando o desenvolvimento lógico e apropriado do software. Além disso, definem a ordem que os métodos serão executados e exigem relatórios, documentação, etc., conforme Pressman explica: 47 Os procedimentos definem a sequência em que os métodos serão aplicados, os produtos (deliverables) que se exige que sejam entregues (documentos, relatórios, formulários etc.), os controles que ajudam a assegurar a qualidade e a coordenar as mudanças, e os marcos de referência que possibilitam aos gerentes de software avaliar o progresso. (PRESSMAN, 1995 p. 32) 2.5.2.1 O Processo de Software O processo de software é um conjunto de procedimentos necessários no desenvolvimento de um sistema. De acordo com Sommerville: Um processo de software é um conjunto de atividades e resultados associados que levam à produção de um produto de software. Esse processo pode envolver o desenvolvimento de software desde o início, embora, cada vez mais, ocorra o caso de um software novo ser desenvolvido [...] de sistemas já existentes (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 36). Esses processos de software são sistemas complexos, além disso, necessitam de um ser humano para o seu julgamento. E por causa dessa necessidade as tentativas de tornar os processos de software automatizados não têm apresentado bons resultados. No entanto, existem algumas ferramentas que auxiliam esses processos, chamadas ferramentas CASE. De acordo com Sommerville (2003, 6ª Ed. p. 36), as ferramentas CASE “[...] podem apoiar algumas atividades de processo, mas não existe a possibilidade, pelo menos nos próximos anos, de uma automação mais extensiva, na qual o software assume o projeto criativo, liberando os engenheiros envolvidos do processo de software.” (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 36) 2.5.2.2 Modelos de Processo de Software Os modelos de processo de software podem ser entendidos como a parte que representa o processo de desenvolvimento do software. Além disso, todo modelo representa individualmente cada processo de forma fragmentada, ou seja, trata os processos de software 48 por partes. De acordo com Sommerviller (2003 6ª Ed. p. 36), um modelo de processo de software “[...] é uma representação abstrata de um processo de software. Cada modelo de processo representa um processo a partir de uma perspectiva particular, de uma maneira que proporciona apenas informações parciais sobre o processo.” (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 36) Segundo Sommerville (2003 6ª Ed. p. 37), “esses modelos são abstrações úteis e que podem ser utilizadas para explicar diferentes abordagens do desenvolvimento de software”. Ainda de acordo com o mesmo autor: “Para muitos sistemas de grande porte, naturalmente, não existe apenas um processo de software que possa ser utilizado. Processos diferentes são utilizados para desenvolver diferentes partes do sistema”. Baseando-se nas informações tiradas da obra de Sommerville, podemos entender que, no desenvolvimento de software de pequeno porte é indicado que se utilize apenas um único modelo de processo de software, já nos de porte maior, podemos aplicar mais de um modelo de processo no desenvolvimento das diversas partes do sistema. Entre os modelos de processo de software mencionados anteriormente, podemos citar alguns mais utilizados na área da engenharia (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 37): O Modelo Cascata: Esse modelo trata da especificação, desenvolvimento, validação e evolução do sistema. Esses procedimentos são fundamentais ao processo, e são realizados em etapas separadas do desenvolvimento do sistema. Podemos citar como exemplos dessas etapas a especificação de requisitos, o projeto de software, a implementação, os testes e a operação e manutenção. No Modelo Cascata encontramos cinco passos que devem ser seguidos. O primeiro é a Definição de Requisitos onde é feita toda coleta de dados e definidas as funcionalidades do sistema com base na necessidade do cliente. A segunda é o Projeto de Sistemas e de Software, momento para a criação de um protótipo do sistema. Na terceira fase, Implementação e Teste de Unidades, realiza-se as verificações de funcionalidades do software e as correções do sistema. Na quarta fase, Integração e Teste de Sistemas, o projeto é analisado como um sistema completo utilizando como se estivesse em ambiente real. Por último, na Operação e Manutenção, realiza-se a instalação do software no ambiente para qual foi projetado. Também 49 é o momento em que se deve observar o software com a finalidade de corrigir algum erro que venha a apresentar ou que ainda não tinha sido descoberto e corrigido durante as fases anteriores, ou implementar novas funcionalidades. A seguir temos uma representação do modelo cascata através de uma ilustração. Figura 5: Modelo Cascata: Ciclo de Vida do Software. Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 38) Desenvolvimento Evolucionário: Nesse modelo são realizadas apenas três atividades no projeto, a especificação, o desenvolvimento e a validação. O inicio é dado através do desenvolvimento rápido do sistema fundamentado em especificações abstratas, onde mais tarde tem suas funcionalidades aprimoradas baseadas nas necessidades do cliente. Sendo assim, o sistema pode ser produzido de forma satisfatória ao cliente. O modelo Evolucionário descreve suas atividades de desenvolvimento software utilizando três passos, a especificação, o desenvolvimento e a validação. O primeiro passo trata-se de realizar um desenvolvimento rápido do projeto baseado nas especificações coletadas, para posteriormente ter suas funcionalidades aperfeiçoadas com base nas 50 necessidades do usuário final e com isso criar um produto de qualidade e que satisfaça o cliente. A seguir, uma gravura demonstrando o modelo evolucionário: Figura 6: Desenvolvimento Evolucionário. Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 39) Desenvolvimento Formal de Sistemas: Essa abordagem se baseia na produção de uma especificação formal matemática do sistema e na transformação dessa especificação, utilizando-se métodos matemáticos, para construir um programa. A verificação de componentes do sistema é realizada mediante argumentos matemáticos, mostrando que eles atendem a suas especificações. Esse modelo tem seu desenvolvimento fundamentado em especificação formal matemática. Assim, baseando-se nessas especificações e utilizando métodos matemáticos o sistema tem sua construção realizada. Na análise de funcionalidade do sistema são utilizados argumentos matemáticos no intuito de mostrar a sua eficácia. A seguir temos uma figura representando o desenvolvimento formal de sistemas. 51 Figura 7: Desenvolvimento Formal de Sistemas. Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 40) Desenvolvimento Orientado a Reuso: Esse método consiste no reaproveitamento de componentes já existentes de outros sistemas e que possam ser reutilizados. Em vez do processo de construção do sistema partir do inicio, o seu desenvolvimento constitui-se da composição desses componentes reutilizáveis, conforme Sommerville explica: Essa abordagem tem como base a existência de um número significativo de componentes reutilizáveis. O processo de desenvolvimento de sistemas se concentra na integração desses componentes em um sistema, em vez de proceder ao desenvolvimento a partir do zero (SOMMERVILLE, 2003, 6ª Ed. p. 37). A seguir temos uma ilustração representando o desenvolvimento orientado a reuso. Figura 8: Desenvolvimento Orientado a Reuso. Fonte: (SOMMERVILLE, 2003 6ª Ed. p. 42) 52 Temos também o modelo ERP que será detalhado posteriormente. O ERP foi o modelo utilizado na implantação do projeto SAGU na Escola Professora Alice Avelino de Souza EPAAS. O modelo trata a implantação do sistema de forma detalhada através de etapas bem definidas. No tópico a seguir abordarei o assunto com maior clareza, esclarecendo um pouco mais sobre o modelo e seu ciclo de vida. 2.5.2.3 Ciclo de Vida de Sistemas ERP Segundo Alecrim (2013), o sistema Enterprise Resource Planning (ERP) que em sua essência tem significado Sistema de Gestão Empresarial, é a junção dos diversos setores empresariais (financeiro, operacional, marketing, planejamento, RH, etc.) que objetiva a integração entre eles, de maneira que todos façam parte de um sistema único. (ALECRIM, 2013) Com a unificação de todos os departamentos da organização – ou pelo menos os mais importantes – a comunicação empresarial se torna mais simples e de baixo custo. Por exemplo, o departamento financeiro pode se informar com rapidez o quanto se está gastando com impostos ou até mesmo o quanto pagar a determinados funcionários, de acordo com as informações disponibilizadas no sistema pelo departamento de recursos humanos. Outro exemplo, o departamento de marketing da empresa pode verificar no controle de vendas as saídas dos produtos e notar a baixa venda de determinados produto e com isso criar uma nova campanha de marketing para aumentar a saída desse produto. (ALECRIM, 2013) Observe que, com vários software na empresa e cada departamento trabalhando individualmente, essas operações seriam realizadas em maior tempo e com mais dificuldade de comunicação entre os setores, além de excessivos procedimentos burocráticos. Além disso, com o modelo ERP a empresa diminui os custos com menos fornecedores de software, o que reduz significativamente as despesas com licenças, suporte técnico, servidores, treinamento, entre outros. (ALECRIM, 2013) De acordo com Souza e Zwicker (2001), o modelo de ciclo de vida do ERP é composto por quatro etapas denominadas Decisão e Seleção, Implementação, Estabilização e Utilização. 53 Para visualizarmos melhor essa modelagem, abaixo segue uma ilustração representando o modelo do ciclo de vida de sistemas ERP: Figura 9: Ciclo de Vida de Sistemas ERP. Fonte: (SOUZA E ZWICKER, 2001) A imagem apresentada anteriormente mostra através de quatro passos os processos realizados nos sistemas ERP. Em primeiro momento é realizada a Decisão e Seleção do sistema a ser implantado, também é o momento em que são definidas as operações a serem estabelecidas no sistema para assim poder atender melhor a organização. Em seguida, são customizados os módulos e dadas às devidas instruções aos usuários para o uso adequado do sistema, e com isso realizar a Implantação apropriada além de obter melhor produtividade dentro da empresa. Em terceiro momento, dar-se a Estabilização do sistema, ou seja, momento em que o sistema firma-se a empresa. E por último, quando tudo está regularizado, se inicia a Utilização do sistema. Além disso, é o momento em que são feitas as observações no sistema no intuito de verificar se há a necessidade de novas implementações e com isso realizar as correções. 54 CAPÍTULO III ___________________________________________________________________________ 55 CAPÍTULO 3 3. MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO 3.1 PROPOSTA DE UM CICLO DE VIDA DO ERP Esse modelo é bastante conhecido pelo seu alto grau de complexidade. Para Oliveira, “as interações e interpretações de informações exigidas pelo ERP são maiores e mais complexas de gerenciar, do que nos outros tipos de software”. A seguir veremos as etapas propostas no ciclo de vida do ERP. (OLIVEIRA, 2009) Decisão e Seleção – Nessa etapa a empresa seleciona e decide qual sistema será utilizado na organização. É a etapa inicial do modelo proposto de um ciclo de vida do ERP. Para Souza (2000, apud Oliveira 2009), nessa fase a empresa deve pesquisar e analisar qual o melhor sistema que se adequa as suas necessidades. É a fase onde a empresa deve realizar uma busca bastante detalha sobre o software que deseja implantar e decidir se aquele sistema agrega mais pontos positivos ou negativos a sua organização. (SOUZA, 2000 apud Oliveira 2009) Segundo Souza (2000, apud Oliveira 2009), deve-se destacar que em nenhum momento a empresa considera a possibilidade do desenvolvimento de um sistema para atender as suas necessidades. Para ela, o ideal é adquirir o produto de um fornecedor. Seguindo as fases do ciclo de vida do ERP, a empresa opta por pesquisar um software que seja adequado a realizar suas tarefas, sendo assim, ela seleciona e decide qual sistema implantar. (OLIVEIRA, 2009) Implementação – É a segunda etapa do modelo de ciclo de vida do ERP. É a fase em que o sistema é colocado em funcionamento dentro da empresa. Segundo Souza (2000, apud Oliveira 2009), a fase de implantação pode ser descrita da seguinte forma: “[...] o processo pelo qual os módulos do sistema são colocados em funcionamento em uma empresa”. Existem alguns estudos que tratam à etapa de implementação a mesma de Implantação considerando as duas uma única fase. Pois, uma vez que o sistema está sendo implementado para atuar devidamente dentro da organização, nesta mesma fase o sistema já pode estar 56 atuando na empresa. Porém, como vimos no capítulo anterior na ilustração do ciclo de vida de sistemas ERP sugerido por Souza e Zwicker, 2001, (2.5.2.3), as etapas são representadas separadamente, tratando a implementação isolada da implantação (estabilização). Utilização – Nesta etapa o sistema é testado atuando na empresa, submetendo-se as atividades e práticas da corporação. Também é o momento de agregar novos conhecimentos a respeito do software, observando e verificando o seu funcionamento periodicamente no intuito de incrementar novos parâmetros as suas funcionalidades se existir a necessidade. (OLIVEIRA, 2009) Segundo Souza (2000, apud OLIVEIRA 2009), a realização dessa manutenção no sistema possui um nível de dificuldade elevando devido a sua abrangência funcional, complexidade do sistema e sua integração as diversas áreas, conforme o autor explica: [...] A complexidade dos sistemas ERP, sua abrangência e sua integração levam a dificuldade nas operações de manutenção, tais como atualização de versões, paradas para manutenção de máquinas, realização de backups, testes e mudanças de parametrização durante o uso. (SOUZA, 2000 p. 53) A manutenção ainda pode ser realizada de três maneiras. Existe a Manutenção Corretiva, a Manutenção Adaptativa e a Manutenção Evolutiva. A Manutenção Corretiva é realizada durante a utilização, os problemas são identificados e as alterações são realizadas. A Manutenção Adaptativa torna-se necessária quando o sistema troca de ambiente, podendo assim causar a necessidade de novos ajustes em seus parâmetros. E por último a Manutenção Evolutiva, que é descrita dessa forma devido ao acréscimo de novas funcionalidades ao sistema. (OLIVEIRA, 2009) 3.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO Quando uma empresa faz a aquisição de um sistema, um dos passos mais importantes é o processo de implantação, pois é onde o software acomoda-se a corporação. Uma vez que o sistema está implantado na empresa, dar-se início a fase de testes e observação do sistema, a 57 empresa fica sempre atenta a possíveis correções ou aperfeiçoamentos se necessário. Para realizar essa fase de implantação a empresa deve seguir alguns passos que o sistema ERP propõe, esses passos são representados textualmente por “fases dos processos”, como explica Oliveira: Um processo de implantação pode então ser definido como uma sequência de passos e transformações que estabelecem a transição entre esses estados. Por sua vez, essa transição também pode ser decomposta em uma sequência de “estados” intermediários, que são as “fases dos processos”. (OLIVEIRA, 2009 p. 45) Essas fases de processos de implantação serão descritas com maior clareza e mais detalhadamente nos próximos tópicos desse capítulo. As fases dos processos são descritas como: Análise, Projeto, Implementação, Teste e Treinamento e Acompanhamento, segundo Oliveira (2009 p. 56). 3.3 O MODELO DE PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO Para conseguirmos alcançar o objetivo de cada fase dos processos de implantação, devemos seguir um conjunto de atividades proposto pelo sistema ERP. Cada fase dos processos trabalha com seu conjunto de atividades próprio, os quais serão descritos a seguir. (OLIVEIRA, 2009) 3.3.1 Atividades da Fase de Análise Identificação de Processos – É a parte onde se faz o levantamento de todas as atividades realizadas pela empresa. É o momento em que são identificadas as atividades realizadas pela empresa e que não possuem um procedimento adequado de resolução. Também é o momento de observar as carências da empresa que o sistema implantado não atenderá, tornando assim, uma customização no sistema mais que necessária. Outro ponto muito importante na 58 Identificação dos Processos é a presença de suporte, pois, na maioria das vezes, a organização que abraça a ideia de realizar a implantação de um sistema, não possui os devidos conhecimentos. (OLIVEIRA, 2009) Identificação de Recursos (hardware) – Analisa e avalia a parte estrutural da empresa. Considera-se que nos processos anteriores à implantação já tenha ocorrido essa análise. Sendo assim, essa análise torna-se um pouco redundante, porém, torna-se clara sua necessidade quando apresentado a outra atividade do processo de implantação, o projeto de implantação. (OLIVEIRA, 2009) Análise do Ambiente (Sistemas e Integrações) – O modelo de sistemas ERP propõe a união dos diversos setores da empresa em um único sistema que atenda a todos esses setores e suas respectivas necessidades, porém, a empresa pode optar por não mudar algum dos sistemas já existentes. Sendo assim, torna-se necessário a identificação dos sistemas que não serão alterados e, posteriormente, analisa-los para, caso haja compatibilidade, estabelecer comunicação entre eles. (OLIVEIRA, 2009) Modelagem de Negócios – Podemos intender como a etapa mais importante da fase de análise. É a etapa da implantação onde se realiza as mudanças na empresa quanto a sua estrutura nos negócios, como Oliveira (2009), explica: A modelagem de negócios é [...], apenas como uma atividade da fase de análise, mas é importante ressaltar que não se trata de uma atividade simples. Sugere-se que esta atividade seja tratada como um “subprocesso” do processo de implantação, pois envolve mudanças estruturais nos negócios da empresa, redefinindo ou criando um complexo fluxo de informações. (OLIVEIRA, 2009 p. 48) Segundo Oliveira (2009), a Engenharia de Software não aborda completamente esse processo do sistema ERP, sendo necessário utilizar técnicas da Engenharia da Informação - EI para realizar essa atividade: As técnicas e ferramentas descritas pela Engenharia de Software não atendem completamente às necessidades desse subprocesso, sendo necessária a aplicação dos conceitos e técnicas abordadas pela Engenharia da Informação. (OLIVEIRA, 2009 p. 48) 59 Mapeamento dos Usuários – Esta etapa resume-se basicamente em apontar os funcionários da empresa que irão utilizar o sistema. Nesta etapa, verifica-se a capacidade e habilidade de manuseio de cada usuário, podendo assim estabelecer qual treinamento será realizado na empresa, individual ou coletivo. (OLIVEIRA, 2009) 3.3.2 Atividades da Fase de Projeto Planejamento do Projeto – Após as atividades realizadas, nesta fase torna-se a hora de definir e planejar todas as atividades seguintes do projeto. No planejamento deve conter o cronograma de atividades, levantamento de despesas, identificação da equipe, identificação dos riscos, e como já foi mencionado, o detalhamento das atividades seguintes. (OLIVEIRA, 2009) Plano de Treinamento – Esse plano deve ser feito de acordo com nas necessidades de cada usuário. Definem-se os procedimentos que serão executados como metodologia, metas, cronograma e os funcionários envolvidos. Ainda, no Plano de Treinamento, deve-se identificar as formas de avaliação do treinamento para que possa ser estimada a sua eficácia. (OLIVEIRA, 2009) 3.3.3 Atividades da Fase de Implementação Parametrização – Consiste na definição dos parâmetros internos do sistema que definem o seu comportamento. Essa configuração é feita com base nos processos realizados anteriormente nas outras atividades. (OLIVEIRA, 2009) Customização – Bastante similar com a Parametrização, a customização trata de adaptar o sistema a empresa, só que, diferente da outra atividade que consiste na definição, essa se fundamenta no desenvolvimento específico do sistema para a devida implantação. (OLIVEIRA, 2009) Instalações – Depois de realizar todas as atividades anteriores, chega o momento em que, todas as dependências do sistema como componentes, aplicativos, pacotes, etc. e 60 inclusive ele, são postos para funcionar para que os usuários possam fazer uso da nova ferramenta. (OLIVEIRA, 2009) Migração de Dados – Como já foi mencionado anteriormente, a organização pode optar por não se desfazer de todos os processos já efetivos na empresa. Portanto, fica explícito a necessidade da migração de dados de um sistema para o outro, caso exista compatibilidade e isso seja possível de realizar. (OLIVEIRA, 2009) 3.3.4 Atividades da Fase de Testes Teste de Integração – Podemos considerar essa atividade sendo basicamente uma verificação de compatibilidade entre o novo sistema adquirido pela empresa e os demais já existentes e que a organização optou por permanecer. De acordo com as informações necessárias para o perfeito funcionamento dos demais software citados, torna-se necessário a integração entre os sistemas e o compartilhamento da informação entre eles. (OLIVEIRA, 2009) Teste de Operação – Depois de realizar a verificação de compatibilidade entre os sistemas, o novo software deve ser submetido a um teste de operação, ou seja, o sistema passa por uma análise de funcionalidade e operação. Nesta atividade, as diversas ferramentas e funções do sistema são analisadas e verificadas de forma que possa ser constatada a sua eficácia na empresa. Essa verificação tem como objetivo principal encontrar falhas no sistema e corrigi-las. (OLIVEIRA, 2009) Verificação – A verificação resume-se em uma constatação de que os procedimentos de implantação estão sendo seguidos corretamente. A proposta dessa atividade é verificar e orientar os passos a serem seguidos na realização da implantação. (OLIVEIRA, 2009) Validação – Após a verificação do sistema e a customização efetuada, chega a hora de realizar a validação. Nesse momento, o sistema tem suas funcionalidades submetidas a testes de uso para verificar o seu comportamento. Caso o sistema não apresente seus parâmetros de funcionalidade de acordo com a fase de análise, uma nova customização deve ser feita no intuito de regularizar o funcionamento do sistema. (OLIVEIRA, 2009) 61 3.3.5 Atividades da Fase de Treinamento e Acompanhamento Liberação do Sistema – Após o sistema passar pela fase de implementação, o mesmo deve ter sua liberação de uso concedida pela gerência da organização. O funcionário da empresa responsável por essa liberação, normalmente o gerente de projetos, deve certifica-se de que a sua infraestrutura foi devidamente atendida para o uso adequado do sistema. (OLIVEIRA, 2009) Treinamento dos Usuários – Nessa atividade, os novos usuários são devidamente orientados sobre o uso do sistema, este por sua vez estando já em funcionamento. A Atividade de Treinamento propõe essa dinâmica objetivando o ganho de experiência dos usuários em realizar operações que são registradas no sistema. Contudo, essa não é toda ação que o usuário deve realizar na etapa de treinamento. Em outros momentos, esses mesmos usuários podem e devem ser submetidos a treinamentos anteriores, assim, os mesmos terão maior familiaridade com o sistema. (OLIVEIRA, 2009) Acompanhamento da Utilização – Nos primeiros momentos de uso do sistema, a equipe responsável pela implantação deve acompanhar de perto as operações, pois usualmente os novos usuários não possuem conhecimentos específicos sobre o sistema e necessitam de suporte técnico. Também é o momento de observar e tentar identificar falhas no sistema. (OLIVEIRA, 2009) Avaliação da Implantação – Depois de executar todos os passos anteriores e com o sistema em pleno funcionamento, torna-se necessário avaliar a implantação. O objetivo dessa análise é encontrar pontos críticos no sistema e corrigi-los, para que o mesmo não proporcione riscos em sua utilização. Após a identificação de tais riscos, a empresa cria planos de correção que provavelmente serão executados em uma próxima fase do ciclo de vida do ERP. (OLIVEIRA, 2009) Apesar das aparências, as atividades executadas no processo de implantação não precisam ser necessariamente cumpridas sequencialmente. No entanto, quando existe uma dependência de resultados de uma fase para a outra, sendo assim, é notável a necessidade de ordem de execução das atividades. (OLIVEIRA, 2009) 62 Além dos procedimentos executados em cada etapa, algumas atividades extras devem ser realizadas simultaneamente no processo de implantação. Geralmente são atividades de apoio. A realização dessas atividades extras não tem influencia direta com o processo de implantação, porém de forma geral, são essenciais para o processo e proporcionam um melhor resultado ao final do projeto. (OLIVEIRA, 2009) A seguir, com o auxílio de uma figura podemos acompanhar melhor visualmente o processo de implantação. A imagem demonstra as etapas percorridas na implantação de Sistemas ERP que já foram descritas anteriormente nesse trabalho. Vejamos (OLIVEIRA, 2009 p. 53): Figura 10: Processo de Implantação de Sistemas ERP. Fonte: (OLIVEIRA, 2009 p. 53) 63 CAPÍTULO IV ___________________________________________________________________________ 64 CAPÍTULO 4 4. IMPLANTAÇÃO DO SAGU A implantação do sistema levou aproximadamente um mês para ser concretizada devido a alguns contratempos e imprevisto em sua instalação. O período de teste e uso do software foi de 23/10/13 à 22/11/13. No total, foram utilizados quatro computadores, sendo dois desses destinados a realização de testes e os outros dois a implantação do sistema, além disso, foi necessária a instalação de mais alguns software de dependência do SAGU para seu funcionamento adequado. A seguir, vejamos a lista dos software de dependência do SAGU utilizados na instalação e implantação do sistema na Escola Professora Alice Avelino de Souza: Oracle VM VirtualBox – Responsável por emular a máquina virtual a qual o Debian foi instalado e posteriormente o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU. Debian – Sistema operacional necessário para o uso do software gestor. PHP – Software livre e responsável pela dinâmica na web. PostgreSQL – Responsável pela criação das tabelas utilizadas pelo software para o armazenamento das informações. Apache – Servidor web livre. Faz a ligação entre o banco e o browser e torna possível o armazenamento da informação 4.1 CENÁRIO ATUAL A Escola Professora Alice Avelino de Souza – EPAAS, atualmente, não dispõe de nenhum sistema gestor de informações escolares. Com isso, a mesma realiza suas atividades rotineiras utilizando apenas software editores de textos e em alguns casos editores de planilhas. 65 O armazenamento desse material escolar é feito de forma bastante desorganizada, por meio de pasta, subpasta e muitas outras subpastas, chegando até mesmo a centenas delas. Além disso, o material armazenado não é devidamente rotulado, ou seja, a descrição dos documentos, muitas vezes, não condiz com seu conteúdo, tornando a busca pelo documento necessário um verdadeiro transtorno além de um imenso contratempo. Como o armazenamento de documentos no sistema é de acesso “livre”, alguns professores da instituição com menos habilidades na área de informática, acabam realizando tais registros desorganizadamente. 4.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO Como já foi descrito o funcionamento dos sistemas ERP no Capítulo 2, a seguir explicarei os passos realizados na implantação do software na escola, descrevendo as atividades executadas em cada fase. Em primeiro momento, observando a carência da escola EPAAS e através de buscas realizadas na internet, foi decidido que o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU seria uma boa opção de implantação na instituição. Com a implantação do sistema, a escola poderia reduzir os serviços das atividades executas e aumentar sua produtividade além de gerir melhor as suas informações. Posteriormente foram instaladas as dependências do sistema e o software gestor. Na sequência, mostrou-se necessário aprimorar os conhecimentos sobre seu uso, para assim poder utilizá-lo de maneira adequada. Em terceiro momento, foi a fase em que o sistema tornou-se parte da empresa. Como o software estava sob período de teste, o mesmo foi instalado apenas em duas máquinas, em um notebook e um desktop da empresa. O sistema se manteve estável em todo o período de teste. O quarto e último passo foi a sua utilização. Nessa fase, foi o momento de ampliar os conhecimentos sobre o sistema e observar a existência de novas necessidades de implementação e possíveis correções. 66 4.3 RESULTADOS O Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU é uma ferramenta para o gerenciamento de informações escolares. Ele apresenta um considerável número de recursos e opções. Com ele a empresa é capaz de gerenciar suas informações, sendo essas do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Nível Superior (Graduação) ou Pós Graduação. O SAGU unifica os diversos setores de uma organização e os disponibilizam em uma única ferramenta. O software foi desenvolvido de forma a ser utilizado gratuitamente por seus usuários e empresas, ou seja, seu uso tem custo zero. Além disso, o SAGU atua em uma interface web, o que torna possível o trabalho mais produtivo para empresa, sendo necessário apenas que os setores envolvidos da organização tenham acesso à rede local ou a internet. No inicio, o software gestor se mostrou bastante promissor, contudo, ao final dessa análise os resultados obtidos mostram outra realizada do sistema. Apesar da expectativa criada pelo seu uso, o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU, não mostrou-se um sistema adaptável a escola, pois seu grau de complexidade é bem maior do que o esperado, desclassificando-o no termo de usabilidade. Um software que possui essa característica pode ser operado por qualquer usuário, sendo ele leigo no assunto ou não. Neste caso, o SAGU não mostrou ser possível um usuário qualquer utilizá-lo. Segundo Pagani (2011), partindo da engenharia de software, um software para possuir a característica (conceito) de usabilidade deve possuir as seguintes habilidades: Facilidade de Aprendizado – qualquer usuário pode utilizar o sistema facilmente em poucos instantes; Facilidade de Memorização – em pouco tempo de uso o manipulador do sistema já tem armazenado em sua memória todo o percurso de navegação; Minimizar a Taxa de Erros – todo erro que venha a ocorrer deve ser informado ao usuário para que o mesmo possa solucionar de maneira simples; Maximizar a Satisfação do Usuário – a interface do sistema, por mais simples que seja, deve transmitir ao seu usuário confiança e segurança, pois essas são as características principais que todo sistema deve possuir. (PAGANI, 2011) Posteriormente, será descrito os prós e contras encontrados no software nesse período de teste: 67 Seus principais pontos positivos são: Unificação de Setores – O sistema unifica as múltiplas divisões da empresa e os agrega em uma única ferramenta; Quantidade de Funções – O software possui uma quantidade muito grande de funções dos diversos setores de uma empresa; Software Livre – O SAGU é um software livre e com isso seu custo de uso é zero; Base de Dados Robusta – O sistema trabalha com o PostgreSQL, um dos mais poderosos e famosos SGBD do mercado. Com ele o software garante segurança e a integridade dos dados; Fácil Acesso às Informações – O sistema trabalha em uma interface web, o que torna o trabalho mais produtivo, sendo necessário apenas que os setores envolvidos tenham acesso à rede local ou a internet. Seus principais pontos negativos são: Instalação – Para realizar sua instalação é necessário um excelente nível de conhecimento sobre o Linux, seu sistema operacional; Uso Complexo – Por apresentar uma quantidade muito grande de opções, sua real intenção acaba caindo em efeito contraditório. À medida que o usuário usa o sistema, ele sente as dificuldades de se deparar constantemente com esse “leque” de opções. A quantidade de funções acaba deixando o usuário confuso; Infantilizado – O software apresenta um vasto número de recursos disponíveis para os diversos graus de escolaridade. Porém, logo nos primeiros minutos de uso do sistema, o usuário percebe o quanto infantilizado ele torna-se devido aos ícones utilizados em sua interface; Sem Suporte – À medida que os problemas apareciam um suporte especializado tornava-se necessário, suporte o qual não foi apresentado. Com isso, podemos concluir que o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU é uma excelente ferramenta no gerenciamento das informações institucionais, porém o sistema ainda pode melhorar bastante. Infelizmente, o software não atendeu as expectativas criadas e com isso acabou deixando a desejar. Lamentavelmente, a sua implantação na instituição em questão não foi bem sucedida. 68 CONSIDERAÇÕES FINAIS Deixo essa obra como fonte de pesquisa para trabalhos futuros a outros pesquisadores que desejam conhecer um pouco mais sobre os conceitos de Gestão Escolar, Engenharia de Software, Engenharia da Informação, Ciclo de Vida de Sistemas ERP, e sobre o Sistema Aberto de Gestão Unificada – SAGU, sistema o qual foi base dessa pesquisa, entre outros assuntos abordados. Para a conclusão desse trabalho, foi realizado um estudo bibliográfico e experimental. O estudo bibliográfico foi essencial na coleta de toda a informação teórica necessária para o desenvolvimento da obra. O estudo experimental foi necessário para a validação da pesquisa, com ele foi possível obter os resultados da implantação e realizar a constatação da eficácia do sistema. Sendo assim, tornando uma pesquisa essencial à outra. Como resultado da pesquisa, podemos esclarecer que o Sistema Aberto de Gestão Unificada, infelizmente, não mostrou-se um software adaptável a instituição em questão como sistema gestor. Entretanto, deve-se destacar que, apesar dos resultados encontrados, nada impede que outra empresa em potencial aos seus serviços alcance outros resultados aos obtidos nesta análise. O presente trabalho apenas relatou alguns resultados obtidos nesta pesquisa, não sendo necessariamente uma regra como resultado para outras instituições. O objetivo principal dessa obra foi verificar a aplicabilidade do Sistema Aberto de Gestão Unificada sobre o gerenciamento das informações da Escola Professora Alice Avelino de Souza - EPAAS, tendo como base a eficácia e a usabilidade do sistema. Contudo, os resultados atingidos não foram os aguardados, ou seja, com a conclusão da análise e a obtenção dos resultados, concluímos que o uso do sistema não atendeu as expectativas criadas. 69 REFERÊNCIAS ALECRIM, Emerson. O que é ERP? (Entreprise Resource Planning). Disponível em: < http://www.infowester.com/erp.php > Acessado: 10/08/2013. CURSOS 24 HORAS, Website. Gestão Escolar. Disponível em: < http://www.cursos24horas.com.br/gestãoescolar > Acessado em: 06/03/2013. EDUCMEDIA, blog. Sistema Aberto de Gestão Unificada- SAGU. Disponível em: < http://www.educmedia.com.br/2012/05/sistema-aberto-de-gestao-unificada-sagu/ > Acessado em: 07/03/2013. FREE SOFTWARE FOUNDATION. In Free Software Foundation. Disponível em: < http://www.fsf.org/ > Acessado em: 18/03/2013 FREE SOFTWARE FOUNDATION. In Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Free_Software_Foundation > Acessado em: 18/03/2013 LAUDON, Kenneth C. e LAUDON, Jane P. 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