METODOLOGIA DA PESQUISA E DO TRABALHO ACADÊMICO FACULDADE SÃO LUIZ 2013 FACULDADE SÃO LUIZ Avenida das Comunidades, 233. 88350-970. Brusque – SC. Tel: (47) 3396-7919 E-mail: [email protected] Site: www.faculdadesaoluiz.edu.br COLABORAÇÃO Catharina Obeidi Dias Dilson de Oliveira Daldoce Júnior Eliton Fernando Felczak Fagner Ramon Pacheco Haas Karina Santos Vieira Luiz Carlos Berri Maria Glória Dittrich Néreo Wilker Vicente Nivaldo Alves de Souza Renato Vieira Lima Silvano João da Costa Ficha catalográfica F143 Faculdade São Luiz Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico/ Faculdade São Luiz; colaboração de Dilson de Oliveira Daldoce Júnior, Karina Santos Vieira, Maria Glória Dittrich, Renato Vieira Lima, Silvano João da Costa. Brusque: Faculdade São Luiz, 2013. 74 p. Inclui bibliografia. ISBN 1. Redação técnica. 2. Publicações – Normas. I. Título CDD - 21 ed.001.42 CDU - 001.816 Ficha catalográfica elaborada por Luzia Fátima de Miranda CRB 14/672 APRESENTAÇÃO Caro leitor, A elaboração de um projeto de pesquisa e o próprio desenvolvimento da pesquisa, para que se alcancem resultados satisfatórios, requer: criatividade, planejamento, reflexões sólidas e embasadas em conhecimentos já existentes. É um caminho árduo a percorrer, porém realizador diante do esforço empreendido e das descobertas ou constatações alcançadas. Com o objetivo de estabelecer as próprias normas de metodologia, a Faculdade São Luiz, tomando por base as regras e normas da ABNT, adequou-as a sua realidade. Este trabalho é fruto da participação de professores, orientadores, acadêmicos, que ao longo dos anos vem participando do processo da elaboração dos projetos, do desenvolvimento e avaliação das pesquisas, na instituição. A cada um dos participantes, nossa gratidão e reconhecimento pelo profissionalismo e por se dedicar a esta área de conhecimento. Que esta publicação Metodologia da pesquisa e do trabalho acadêmico auxilie a você nas orientações básicas no desenvolvimento de seu trabalho acadêmico para aprender de forma criteriosa, apresentar adequadamente sua pesquisa conforme os padrões da metodologia científica e contribuir para o avanço do conhecimento na sociedade. Claudio M. Piontkewicz SUMÁRIO 1 O QUE É PESQUISA? .................................................................................................. 14 1.1 Elementos da pesquisa .......................................................................................... 14 1.2 Tipos de pesquisa ................................................................................................... 15 1.3 Desenvolvimento da pesquisa ............................................................................... 16 2 PROJETO DE PESQUISA ............................................................................................ 19 2.1 O que é Projeto de Pesquisa? ............................................................................... 19 2.2 Estrutura de um Projeto de Pesquisa ................................................................... 19 2.2.1 Título ................................................................................................................. 20 2.2.2 Resumo ............................................................................................................. 20 2.2.3 Palavras-chave ................................................................................................ 20 2.2.4 Objeto da pesquisa .......................................................................................... 20 2.2.5 Objetivos ........................................................................................................... 21 2.2.6 Introdução ......................................................................................................... 21 2.2.7 Formulação do problema ................................................................................ 22 2.2.8 Fundamentação teórica................................................................................... 22 2.2.9 Metodologia ...................................................................................................... 23 2.2.10 Cronograma ................................................................................................... 23 2.2.11 Orçamento ...................................................................................................... 23 2.2.12 Referências .................................................................................................... 23 2.2.13 Observações .................................................................................................. 24 2.2.14 Formulário do Projeto de Pesquisa.............................................................. 24 3 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ....................... 25 3.1 Introdução e organização do texto ........................................................................ 25 3.1.1 Margens ............................................................................................................ 25 3.1.2 Disposição das palavras e frases na linha .................................................... 25 3.1.3 Fonte ................................................................................................................. 26 3.1.4 Espaçamento ................................................................................................... 26 3.1.5 Parágrafo .......................................................................................................... 27 3.1.6 Paginação ......................................................................................................... 27 3.1.7 Títulos ............................................................................................................... 28 4 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO ............................................................. 33 4.1 Estrutura e descrição dos fichamentos e produções textuais críticas ............... 34 4.1.1 Ficha de leitura ou resumo ............................................................................. 34 4.1.2 Esquema ........................................................................................................... 35 4.1.3 Resenha (ou recensão) ................................................................................... 36 4.2 Estrutura e descrição do artigo científico e da produção monográfica.............. 37 4.2.1 Artigo científico ................................................................................................. 37 4.3 Elementos pré-textuais: o que vem antes do texto ............................................. 39 4.3.1 Cabeçalho......................................................................................................... 39 4.4 Produção monográfica (TCC – Trabalho de Conclusão de Curso) ................... 40 4.4.1 Capa .................................................................................................................. 42 4.4.2 Folha de Rosto ................................................................................................. 43 4.4.3 Errata................................................................................................................. 43 4.4.4 Folha de aprovação ......................................................................................... 44 4.4.5 Dedicatória........................................................................................................ 44 4.4.6 Agradecimentos ............................................................................................... 44 4.4.7 Epígrafe ............................................................................................................ 44 4.4.8 Resumo e descritores (palavras-chave) ........................................................ 45 4.4.9 Resumo em língua estrangeira ...................................................................... 45 4.4.10 Lista de abreviaturas e siglas ....................................................................... 45 4.4.11 Listas de Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas ........................................ 46 4.4.12 Sumário........................................................................................................... 48 4.5 Elementos textuais: o texto do trabalho acadêmico ............................................ 49 4.5.1 Introdução ......................................................................................................... 49 4.5.2 Desenvolvimento ............................................................................................. 49 4.5.3 Considerações finais ....................................................................................... 50 4.5.4 Notas explicativas e remissivas...................................................................... 50 4.5.5 Elementos ilustrativos...................................................................................... 51 4.6 Elementos pós-textuais: depois que o texto terminou ........................................ 51 4.6.1 Anexos .............................................................................................................. 51 4.6.2 Apêndice ........................................................................................................... 52 4.6.3 Glossário ........................................................................................................... 52 4.6.4 Referências ...................................................................................................... 52 5 NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES ................................................. 54 5.1 Citações ................................................................................................................... 54 5.2 Citações nas notas de rodapé ............................................................................... 57 5.2.1 Citação completa e citação resumida ............................................................ 58 5.2.2 Quando o autor tiver sido mencionado no texto ........................................... 59 5.2.3 – Expressões latinas nas notas de rodapé ................................................... 59 6 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 65 6.1 Normas para elaboração de referências .............................................................. 65 6.1.1 Normas quanto à Autoria .................................................................................... 65 6.1.2 Normas de referência por tipo de obra .............................................................. 68 6.1.4 Referências de citações clássicas ......................................................................... 70 6.1.4.1 Outros elementos de referência a obras clássicas ....................................... 74 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 76 INTRODUÇÃO A organização deste manual de Metodologia da pesquisa e do trabalho acadêmico surge do empenho de nossos acadêmicos, que perceberam a necessidade de novas informações que padronizassem e uniformizassem a produção de trabalhos na Faculdade São Luiz. Esta obra só foi possível através do empenho de alguns alunos e professores, que colaboraram na redação do mesmo, com senso crítico e sentimento de pertença à Instituição. Este Manual tem o objetivo de auxiliar os discentes da Faculdade São Luiz com alguns subsídios para a elaboração de seus trabalhos, no decurso do desenvolvimento de suas atividades intelectuais. Uma das principais características do trabalho acadêmico é o cuidado com sua apresentação em estruturas sistematizadas. A aplicação adequada das normas e técnicas demanda cuidado, conhecimento, ética e, principalmente, respeito pelos leitores do texto, pois um trabalho sistematizado lhes poupa esforço e maximiza seu tempo e compreensão. Assim, os métodos, em geral, apresentam-se como caminhos facilitadores. Para tanto, serão apresentadas normas práticas para o estudo, visando torná-lo cientificamente organizado. Foram adotadas aqui as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - para trabalhos escritos. Ademais, a Faculdade São Luiz reservou-se o direito de fazer seus próprios ajustes, acrescentando e inovando, naquilo em que as mesmas normas metodológicas se omitem. Este Manual está organizado em duas partes. A primeira vai Dos conceitos da pesquisa às normas de apresentação e se divide em quatro capítulos. O primeiro capítulo, trata de categorias conceituais sobre a pesquisa. O segundo tem como objeto a elaboração de um projeto de pesquisa, apresentando sua importância. No terceiro se encontram as normas e orientações para a elaboração e padronização gráfica de trabalhos acadêmicos. O quarto capítulo traz a estrutura do trabalho científico. Apresenta alguns tipos de trabalhos acadêmicos, com ênfase na produção dos TCC´s – Trabalhos de Conclusão de Curso - e seus elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. A segunda parte Das citações às referências se divide em dois capítulos. O primeiro deles se ocupa das Normas para apresentação de citações, e o segundo apresenta as Referências, incluindo também as Referências de citações clássicas. Que esta obra possa contribuir no desenvolvimento de pesquisas, dentro do nosso ambiente acadêmico, de modo que os trabalhos produzidos sejam bem construídos, sistematicamente, atendendo às normas que aqui se apresentam, qualificando-os ainda mais. Sendo assim, que o presente manual seja um companheiro eficaz e agradável na grande aventura da produção de conhecimento. Prof. Ms. Silvano João da Costa 80 ANOS DE FILOSOFIA EM BRUSQUE A história de um novo olhar sobre o mundo Apetecendo fornecer um contributo para a sociedade local e, principalmente, uma formação filosófica consistente aos seminaristas, criou-se, por iniciativa da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, o Curso Seminarístico de Filosofia na cidade de Brusque, caracterizando-se o primeiro curso superior de Santa Catarina. No mesmo intento supracitado, aos vinte dias de fevereiro de 1933, deu-se a aula inaugural do curso de Filosofia, ocorrendo uma preleção feita pelo Pe. Roberto Bramsiepe SCJ, vindo da Alemanha para tal finalidade. Pe. Dorvalino Koch SCJ assim refere-se: Fiel às determinações da Igreja, a Congregação SCJ traçou, com vigor, suas diretrizes em matéria de estudos filosóficos. Haja, para tanto, dizem as diretrizes, um instituto adequado onde se desenvolva um estudo público e sistemático. De cumprimento integral do currículo. Com escolha cuidadosa dos professores, feita pelos governos provincial e geral da Congregação.1 Num primeiro momento, as aulas do curso eram ministradas nas dependências do Convento Sagrado Coração de Jesus, que ladeia o atual campus da faculdade. Subsequentemente, ao ser criada a Fundação Educacional de Brusque (FEBE), bem como a Escola Superior de Estudos Sociais (ESES), os seminaristas da referida Congregação passaram a frequentar o curso de habilitação em Moral e Cívica, que compreendia algumas das disciplinas filosóficas. No entanto, em maio de 1986, tal curso passou a funcionar como Curso de Filosofia Pura, tendo reduzida a sua carga horária, de modo a deixá-lo mais adequado à realidade dos seminaristas. Atrelada ao mesmo propósito, fundados e fundamentados no sonho de Pe. João Leão Dehon (fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus), a Faculdade São Luiz (mantida pela ADBM – Associação Dehoniana Brasil Meridional) celebra hoje os oitenta anos dessa história. No decorrer desse tempo, foram formados inúmeros religiosos, padres, bispos e também leigos. 1 KOCH, Eloy Dorvalino. CONVENTO SCJ: contribuição à história da província de Brusque. Florianópolis [s. n.], 1992, p. 95. A faculdade, no intuito de “[...] contribuir, sob a inspiração de valores cristãos, com atividades de ensino, pesquisa e extensão de elevada qualidade, para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento regional”,2 conta hoje, além do curso de Filosofia, com cursos de pós-graduação lato sensu (MBA´s), associados à ESIC (Business Marketing School) e dispõe de uma infraestrutura moderna e arejada que possibilita o estudo e a interação entre os discentes. Ademais, desenvolvem-se, anualmente, projetos de cunho social que demonstram o compromisso para com a comunidade, a juventude e o meio ambiente. Na preocupação de bem acolher a todos que por aqui passam e prontamente atender às exigências da legislação, o prédio da instituição conta também com elevador e rampas de acesso para possibilitar a inclusão de pessoas com necessidades especiais. Educar com amor e com ardor! Possibilitar aos egressos da academia um conhecimento que lhes seja útil, atual e relevante! Formar pessoas engajadas na construção de uma sociedade mais justa, humana e solidária! Eis os propósitos que nortearam esse trajeto de oitenta anos e continuarão, de maneira ativa e efetiva, a nortear a busca de um novo olhar sobre o mundo. Renato Vieira Lima 2 PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA FAC. SÃO LUIZ, 2008/2010, p. 3. I PARTE DOS CONCEITOS DA PESQUISA ÀS NORMAS DE APRESENTAÇÃO Maria Glória Dittrich Renato Vieira Lima Silvano João da Costa 14 1 O QUE É PESQUISA? Na vasta produção científica, a questão sobre o que é pesquisa tem atravessado todos os tempos desde o surgimento da ciência. Na vida do ensino superior, nos tempos atuais, ela é fundamental para a produção do conhecimento e o desenvolvimento das práticas acadêmicas nas dimensões do ensino, da extensão e da própria pesquisa, articuladas entre si. A pesquisa implica um conjunto de atividades e procedimentos, tendo como objetivo a solução de problemas através da construção de conhecimentos, dentro de procedimentos científicos. “Pesquisar é [...] reunir informações necessárias para encontrar resposta para uma pergunta e assim chegar à solução de um problema” 3 de pesquisa. A pesquisa pode ser entendida como a produção de conhecimento e como princípio científico educativo, sendo parte integrante da formação acadêmica no ensino superior. 1.1 Elementos da pesquisa O problema – pergunta, dúvida, afirmação (a qual problema se quer responder com essa pesquisa?). É o ponto de partida fundamental. Sem um problema não há pesquisa; o método científico – elemento estruturante da direção e forma (tipo) da pesquisa; os procedimentos - as atividades para estruturar a solução, a resposta para o problema levantado; 3 BOOTH, Wayne C.; COLOM, Gregory G.; WIlLIAMS, Joseph. A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 7. 15 o planejamento – os recursos que se farão necessários para a execução da pesquisa e a organização do tempo no processo de elaboração; o relatório final da pesquisa – comunicação dos resultados. 1.2 Tipos de pesquisa Todo trabalho de graduação é fruto de uma pesquisa, esta que pode articular-se, caracterizar-se, de diversas formas ou tipos, da maneira que melhor atenda e corresponda aos objetivos do pesquisador. Para tanto, as pesquisas seguem algumas classificações, seja quanto à técnica empregada, aos objetivos e aos procedimentos técnicos. 1.2.1 Classificação quanto à técnica empregada Nesta situação, pode-se classificar uma pesquisa em Documentação Indireta e Documentação Direta. A Documentação Indireta caracteriza-se pela busca de dados e informações já existentes, acerca da temática abordada. Pode utilizar-se de fontes primárias (obras dos próprios autores/filósofos pesquisados – o que dá maior credibilidade à pesquisa) e secundárias (obras de comentadores, onde há uma análise, interpretação e ampliação do que já foi por eles pesquisado). A Documentação Direta é característica das chamadas Pesquisas de Campo, num contato direto com a realidade, coletando dados e informações inéditas, no próprio local onde se dão os fenômenos. 1.2.2 Classificação quanto aos objetivos Tendo em vista aquilo que se quer pesquisar, é fundamental que se estabeleça também esse parâmetro. Nesta classificação, cabem as pesquisas: Exploratória, Descritiva ou Explicativa. 16 A Pesquisa Exploratória “consiste em explorar o tema buscando criar familiaridade em relação a um fato ou fenômeno, geralmente feita através de um levantamento bibliográfico”.4 Muito comum no curso de Filosofia. A Pesquisa Descritiva descreve um fato ou fenômeno a partir de levantamento de dados, podendo ser através de questionários ou observação sistemática. A Pesquisa Explicativa procura formular uma explicação plausível para os fenômenos, após tê-los compreendido. Preocupa-se em dizer os “porquês” dos fatos. 1.2.3 Classificação quanto aos procedimentos técnicos Nesta dimensão, a pesquisa pode ser Bibliográfica, Documental e Experimental. A pesquisa bibliográfica apodera-se de livros, periódicos, revistas, teses, dissertações, jornais e outros meios, para se desenvolver. A pesquisa documental se assemelha à bibliográfica, no fato de também se utilizar de alguma fonte para que se transcorra. No entanto, diferencia-se pela procedência de tais informações. As obras utilizadas aqui são documentos diversos de arquivos públicos ou privados, cartas, ofícios, diários, fotografias, relatórios, etc. A pesquisa experimental trata de investigações de pesquisa empírica, formulando hipóteses e manipulando variáveis, através das relações de causa e efeito. Exige um rigor quanto à técnica. É fruto da experiência, estando passível a erros e acertos. 1.3 Desenvolvimento da pesquisa Toda pesquisa, no seu desenvolvimento, estrutura-se nas seguintes fases: 4 Feitura do projeto e o seu planejamento; SOUZA, Antônio Carlos de; FIALHO, Francisco Antônio Pereira; OTANI, Nilo. TCC: métodos e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007, p. 38. 17 coleta de dados (na pesquisa bibliográfica esta é a fase em que o pesquisador capta os dados nos fichamentos, nos resumos e nos apontamentos de textos e outros registros bibliográficos etc.); análise e interpretação dos dados (momento em que o pesquisador faz a organização de seus dados coletados, visando responder as questões do projeto). Esta fase é estruturada pelas reflexões e a sistematização das ideias construídas neste processo de forma coerente, pertinente e consistente; relatório final (trabalho escrito a ser entregue como parte das exigências do Curso, ou de outras instâncias de apoio à pesquisa).5 1.4 Orientador e orientando O desenvolvimento da pesquisa para os TCC’s, Monografias em cursos de Pós-Graduação Lato Sensu (Especialização), Dissertações e Teses em cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado), ocorre a partir da orientação de um professor que irá ajudar a conduzir o orientando, pesquisador, no seu processo de pesquisa para o desvelamento de seu objeto. Por sua vez, o orientando é o sujeito pesquisador diretamente responsável pela sua pesquisa. É ele quem de fato pesquisa, aprofundadamente, a partir das orientações de seu orientador, mas, também, a partir de suas intuições e saberes. O papel do orientador não é fazer a pesquisa para o orientando. Mas, efetivamente, orientá-lo no projeto de pesquisa no que diz respeito à metodologia na construção do corpo-teórico e na análise dos dados. Esta é uma vivência acadêmica de acolhimento e ajuda entre o orientador e o orientando, diante de suas necessidades. O orientador é aquele que pensa junto com seu orientando. Ele aponta ideias, modelos teóricos e métodos para que o orientando caminhe na busca das informações. Ele estimula o orientando a encontrar saídas para os seus problemas, como também discute limites e possibilidades teórico-metodológicas do objeto de pesquisa. Por sua vez, o orientando deve movimentar-se com disciplina e entusiasmo na direção do objetivo da pesquisa. 5 Cf. SOUZA et al, 2007, p. 36-41. 18 Já na produção do projeto de pesquisa, o orientador discute com o seu orientando a importância da delimitação do objeto de pesquisa, da clareza dos objetivos, da adequação do referencial teórico e metodológico. Este é um momento significativo na iniciação científica. O diálogo deve fortalecer o processo de tomada de consciência para a sistematização da estrutura organizacional da pesquisa. Problematizar é um exercício necessário na orientação de pesquisa. O orientador deve ser reflexivo, minucioso na observação do desenvolvimento da estrutura da pesquisa. Deve dialogar com o orientando sobre as questões como: coerência, consistência, relevância e pertinência entre o objeto, os objetivos, a metodologia, a fundamentação teórica, a análise dos resultados e as considerações finais. Ele mostra a necessidade de clareza e objetividade na redação do texto da pesquisa, bem como o rigor da norma culta da língua na escrita. Muito importante na orientação é a questão dos prazos a serem cumpridos e que já são propostos no projeto de pesquisa. O orientador e o orientando devem ter isto bem presente e procurar se autoguiarem corresponsavelmente, pois entre o projeto e o desenvolvimento deste, ocorre o processo inteiro da pesquisa. A feitura do projeto já é pesquisa. Ela vai se aprofundando no avanço da orientação como um processo de discussões, problematizações, coleta e sistematização de dados para o desvelamento dos objetivos propostos. Nesta caminhada, o orientador busca contato com o seu orientando e outros pesquisadores, frequentemente, fazendo um processo de abertura de consciência sobre a importância e compromisso para com o saber filosófico e científico. O orientador e o orientando tomam uma postura ética de corresponsabilidade, respeito e solidariedade nas relações de orientação. A honestidade e franqueza nos diálogos fazem parte do bom relacionamento e desenvolvimento da autoafirmação dos sujeitos envolvidos com a pesquisa. 19 2 PROJETO DE PESQUISA 2.1 O que é Projeto de Pesquisa? O projeto de pesquisa é um documento que nasce num movimento interativo de construção criativa que, certamente, visa expressar o sonho do pesquisador a ser realizado – a resposta para o problema proposto. É uma estrutura de elementos em que se apresenta um conjunto de decisões (abordagens teórico-metodológicas, estratégias, atividades etc.) organizadas num planejamento, cronologicamente estruturado, dentro do tempo previsto para a pesquisa. O projeto funciona como um guia do pesquisador, apontando os passos que ele deve seguir. “Além de ser um roteiro pré-estabelecido e rigorosamente elaborado, o projeto não é imutável, [...], o caminho percorrido ao longo da pesquisa acaba por imprimir-lhe novas características”,6 fazendo com que o pesquisador tenha que responder a novas exigências (perguntas). Para formular um projeto de pesquisa é necessário ter um conhecimento, uma determinada leitura exploratória sobre algum assunto. 2.2 Estrutura de um Projeto de Pesquisa O projeto de pesquisa na sua organização estrutural responde às seguintes perguntas: O que pesquisar? (definição do problema, base teórica e conceitual); por que pesquisar? (justificativa da escolha do problema – relevância e atualidade do assunto proposto para a pesquisa); para 6 que pesquisar? (propósitos de estudo – objetivos) GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas: Alínea, 2003, p. 11. 20 como pesquisar? (metodologia); quando pesquisar? (cronograma de atividades); com que recursos pesquisar? (orçamento); quem pesquisa? (pesquisador, equipe de pesquisa, orientadores, coordenadores da pesquisa). 2.2.1 Título O projeto abre sua proposta já a partir do título que revela, em síntese, a ideia central do mesmo. Evidente, como se trata de um projeto, o título nesta fase da pesquisa é provisório e poderá sofrer alterações assim que a pesquisa for se desenvolvendo e atingindo maior clareza sobre o seu objeto de estudo. 2.2.2 Resumo Deve conter no máximo 250 palavras, com breve introdução do assunto, objetivo(s), metodologia utilizada para desenvolver a proposta e resultados esperados. O resumo não começa com parágrafo e tem espaçamento simples. 2.2.3 Palavras-chave No mínimo três e no máximo cinco palavras, estando estas contidas no resumo, que bem expressem a temática abordada e facilitem a localização futura do trabalho. Devem aparecer em caixa-alta (letras maiúsculas). 2.2.4 Objeto da pesquisa O objeto da pesquisa implica o problema a ser pesquisado. É o assunto da pesquisa, o qual deve ser bem delimitado e apresentado de forma clara e concisa. O objeto de pesquisa, segundo Demo, “diz onde queremos chegar, o que pretendemos mostrar, descobrir, testar.”7 Isto implica uma pergunta aberta, que servirá de orientação durante o processo de pesquisa que o pesquisador irá 7 DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000, p. 161. 21 construir. Ressalta-se que esta deve apresentar o ponto exato que o pesquisador quer pesquisar. 2.2.5 Objetivos Os objetivos compõem uma parte do projeto, altamente relevante, para a projeção das ações necessárias para encontrar as respostas ao problema proposto. Eles determinam toda a pesquisa. Mostram até onde a pesquisa vai e, especialmente, para que ela está sendo proposta, o que ela pretende alcançar. Os objetivos, dentro do projeto de pesquisa necessitam ser flexíveis, na medida em que vão sendo referências orientadoras na investigação. Eles se dividem em geral e específicos. O objetivo geral perpassa todos os elementos do projeto. É o centro de direção de todas as ações para a investigação. Ele explica objetivamente aquilo que o pesquisador pretende realizar na pesquisa. Por outro lado, os objetivos específicos estão diretamente relacionados com o objetivo geral. Eles dizem respeito à futura redação de um capítulo, de um conteúdo que a pesquisa irá contemplar. Eles são problemas específicos a serem resolvidos. Ao resolver a proposta dos objetivos específicos, o pesquisador resolverá o objetivo geral do projeto de pesquisa. A proposta de um objetivo sempre é iniciada por um verbo no infinitivo, pois indicará a ação que o pesquisador irá desenvolver. 2.2.6 Introdução A introdução é o espaço no qual se busca mostrar o objeto e apresentar sua justificativa. Justificar significa apresentar razão suficiente para que algo tenha acontecido ou aconteça. A justificativa, em um projeto de pesquisa, visa encontrar motivos significativos que convençam sobre a escolha do objeto de pesquisa. Na justificativa, o pesquisador deve apresentar, objetivamente, a importância, a relevância e a pertinência do tema; mostrar a abrangência do assunto e sua articulação com a realidade. Ao justificar, o pesquisador deve ser claro e conciso, para mostrar ideias convincentes a partir de informações, conhecimentos que possui e que sustentam o interesse do leitor, sobretudo para procurar saber o porquê da 22 pesquisa. Este momento é importante pois, visa introduzir o leitor na ideia mesmo da pesquisa. Deve conter a(s) pergunta(s) elaborada(s) no problema de pesquisa. 2.2.7 Formulação do problema O tema da pesquisa, a ideia central, para se transformar em pesquisa necessita ser problematizado e objetivado em perguntas. Este procedimento é necessário para se encontrar os pontos específicos, que se necessita para encontrar a solução, para explicar o tema. O pesquisador, para problematizar o tema, deve, num primeiro momento, liberar sua imaginação para poder formular muitas perguntas. Em seguida ele relê as perguntas e pensa a extensão delas e vai fazendo associações entre elas em ordem de importância e pertinência; logo, vai classificando as mais potentes, que darão conta de responder às necessidades de seu tema. Esta ação metodológica leva ao exercício de seleção final, quando se constrói uma ou mais perguntas centrais que indicam a formulação definitiva do objeto de pesquisa. 2.2.8 Fundamentação teórica O referencial teórico é a revisão da bibliografia, da teoria ou teorias selecionadas para a construção da fundamentação. Nesta parte da pesquisa, o pesquisador vai encontrando ideias que vão se articulando na direção de cumprir com os objetivos, hipóteses, definição conceitual de categorias que sustentam as respostas para as perguntas correspondentes ao desvelamento explicativo do tema da pesquisa. A fundamentação serve de base para análise e interpretação dos dados, sejam eles referentes a ideias dentro de teorias, ou coletados na realidade empírica. O pesquisador deve deixar, muito claro, qual é a perspectiva teórica que ele utilizará para realizar a sua pesquisa. Em casos de pesquisas de maior complexidade, o pesquisador poderá se utilizar de vários referenciais teóricos distintos que poderão dinamizar e articular diferentes segmentos da pesquisa. 23 2.2.9 Metodologia O pesquisador, ao definir seu objeto de pesquisa, necessita descrever os passos procedimentais de sua investigação e que o conduzirão à realização de seus objetivos propostos. Esta parte apresenta os métodos, os meios técnicos, os instrumentos e procedimentos a serem aplicados. É o momento em que se diz qual é o tipo de pesquisa (bibliográfica, descritiva, experimental, prática, estudo de caso, documental etc.). O pesquisador deve justificar o porquê da escolha do tipo da pesquisa e apresentar o seu conceito (se bibliográfica, por exemplo, em que isso consiste? O que é uma pesquisa bibliográfica?), como também expressar, de forma clara, quais e como serão desenvolvidos os procedimentos passo a passo. 2.2.10 Cronograma O cronograma implica a organização do tempo para as atividades. É indicado prever um prazo adequado para as atividades da pesquisa, especialmente para as diversas revisões de literatura e da produção efetiva como tal. Aqui o pesquisador indica o período de execução das etapas da pesquisa (dia ou mês). 2.2.11 Orçamento O pesquisador precisa levantar as necessidades e disponibilidades dos recursos necessários para a realização de sua investigação. Entre eles, tem-se: tempo, infraestrutura humana e financeira, materiais, bibliografias, transporte, etc. O orçamento deve ser elaborado com muita precisão e fidelidade à realidade. 2.2.12 Referências As referências implicam a lista de material bibliográfico e outros tipos, que será importante para a viabilização do projeto de pesquisa. Deve-se ter a preocupação de referendar apenas obras utilizadas no texto e devidamente citadas nas notas de rodapé. Aquelas que contribuíram para com a pesquisa, mas não foram direta ou indiretamente citadas, devem compor a seção “Obras consultadas”. 24 2.2.13 Observações O projeto de pesquisa deverá ter em torno de 10 (dez) páginas, sem contar com os anexos e/ou apêndices; Espaçamento entre linhas: 1,5; A impressão deve ser feita na cor preta; Deve-se apagar todas as escritas na cor vermelha contidas no formulário - as orientações e exemplos – (colocar tudo na cor preta) para a finalização do projeto; O papel deve ser no tamanho A4(21X29,7cm), branco; Citações, referências e demais normas metodológicas deverão seguir as normas da ABNT vigentes e as normas apresentadas neste manual. 2.2.14 Formulário do Projeto de Pesquisa (Apêndice A) 25 3 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS 3.1 Introdução e organização do texto O trabalho acadêmico, segundo a ABNT, é o documento que expressa o resultado de uma pesquisa dentro de um tema específico “e que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados.”8 Para que se desenvolva da melhor maneira, algumas normas de padronização metodológica devem ser seguidas. A seguir, seguem determinadas orientações referentes à elaboração e apresentação dos mesmos trabalhos. 3.1.1 Margens As margens indicam a distância entre o limite do papel e o corpo do texto. São quatro margens: superior e inferior, direita e esquerda. As margens superior e esquerda devem ter 3 centímetros e as margens inferior e direita, 2. 3.1.2 Disposição das palavras e frases na linha Dentre as diversas maneiras de posicionar as frases e palavras nas linhas, no corpo dos trabalhos (no centro da linha, justificadas, alinhadas à direita ou à esquerda), a maneira usual para qualquer trabalho acadêmico, é a justificada, de modo que o texto inicie-se na margem esquerda e conclua-se na margem direita, ocupando toda a linha. 8 Cf. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: [s.n.], 2003, p. 3. 26 3.1.3 Fonte A palavra “fonte” é uma apropriação indevida da palavra inglesa fontque significa “tipo”. Sendo assim, fonte é o tipo (gráfico) de letra que utilizamos no computador. Algumas propriedades da fonte são: tamanho, espessura e cor. Em trabalhos acadêmicos deve-se utilizar-se as seguintes fontes: ● Tipo de letra: Arial ou Times New Roman; ● Tamanho 10: para legendas e notas de rodapé. ● Tamanho 11: para citações diretas acima de três linhas e para a paginação. ● Tamanho 12: para o corpo do texto. ● Cor: “Automático”, ou seja, preto. ● As impressões dos trabalhos acadêmicos devem ser feitas em folhas brancas de papel tamanho A4 (21X29,7cm). 3.1.4 Espaçamento Espaçamento é a quantidade de espaço que dista uma linha da outra, seja no corpo do texto, seja nas notas de rodapé. Os editores eletrônicos de texto oferecem procedimentos automáticos para configurar o espaçamento. Segundo a ABNT NRB 14724, no corpo do texto, mesmo que em citações indiretas ou diretas curtas, utiliza-se a forma de espaçamento 1,5; em contrapartida, em citações diretas longas (com recuo), usa-se espaçamento simples (1,0), assim como nas notas de rodapé, nas referências bibliográficas, nas legendas das ilustrações e nos dados de identificação do trabalho na capa e na folha de rosto. Falamos em recuar, por isso, faz-se pertinente explicar tal conceito. Recuar é “arrastar” todo o texto, para alguns centímetros depois da margem esquerda (como no exemplo abaixo). Utiliza-se recuo para citações diretas longas, ou seja, citações diretas com mais de três linhas (quatro linhas ou mais). Abaixo, seguem exemplos de espaçamento normalmente utilizados na digitação de textos. 27 Espaçamento simples (1,0): Em torno de nós, as ciências do real estendem de maneira desmesurada os abismos do tempo e do espaço; e elas constantemente descobrem ligações novas entre os elementos do universo.9 Espaçamento de 1,5 entre linhas: Entretanto, vemos que a fidelidade aparece na contemporaneidade como um valor cada vez mais considerado em descrédito. ZygmuntBauman, 10 importante teórico da pós-modernidade, diz que “[...] os jovens estão crescendo com a concepção de que o relacionamento puro e duradouro já não tem mais sentido.”11 3.1.5 Parágrafo O Parágrafo deve iniciar-se com um centímetro e meio de recuo, em relação à margem esquerda. 3.1.6 Paginação Paginar significa organizar as páginas do trabalho, numerando-as segundo a forma e no espaço reservado à paginação. Os números para a identificação das páginas devem ser números arábicos, colocados na parte superior da página, à direita e em tamanho 12. Nos editores de textos eletrônicos, a paginação fica no espaço que se designa “Cabeçalho”. A contagem das páginas deve começar a partir da Folha de Rosto (a folha que vem logo após a capa), ou seja, a quantidade de páginas de um trabalho inclui o 9 CHARDIN, Pierre Teilhard. O meio divino: ensaio de vida interior. Tradução Celso Márcio Teixeira. Petrópolis: Vozes, 2010, p. 11. 10 ZygmuntBauman nasceu em 1925 na Polônia, estudou sociologia e filosofia em Varsóvia. Em 1971, iniciou docência em Leds.[Cf. BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido - sobre a fragilidade dos laços humanos. In: orelha do livro. Rio de Janeiro: Zahar, 2004]. 11 BAUMAN, 2004,loc cit. 28 número de folhas utilizadas desde a Folha de Rosto. Porém, a numeração inicia-se apenas a partir da primeira página textual, embora as anteriores, não visivelmente numeradas, também entrem na contagem. No Sumário, respeite-se a contagem dos números das páginas. Lembre-se, no mesmo, deve-se utilizar a mesma fonte e o mesmo tamanho da letra do corpo de texto. 3.1.7 Títulos Todas as divisões do trabalho, partes, capítulos, itens e subitens, devem ser identificadas com títulos e subtítulos. Não recebem título os seguintes elementos pré-textuais, a dedicatória e a epígrafe. Há títulos numerados e títulos não numerados. Os títulos sem indicativo numérico são os dos seguintes elementos pré-textuais: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, resumos, sumário; e dos seguintes elementos pós-textuais: referência bibliográfica, glossário, apêndice(s) e anexo(s). Os demais títulos são numerados, sendo que o indicativo numérico precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de um caractere. 3.1.7.1 Título de parte e de capítulo Os títulos dos capítulos, com indicativo numérico, devem ser alinhados à esquerda e iniciam a 5 cm da margem superior (além da margem. Se somarmos esse número a ela, teremos um espaço de oito centímetros). A escrita dos capítulos e títulos será em letra maiúscula (CAIXA ALTA), tamanho 14. Devemos numerá-los em ordem progressiva. Usar alinhamento “centralizar” para os Capítulos não numerados, tais como: Sumário, Resumo, Anexos e Apêndices. Obs.: A numeração progressiva das seções, capítulos e títulos que compõem a divisão dos textos, nas suas especificidades, devem iniciar-se em folha distinta. Os títulos das subdivisões dos capítulos iniciam junto à margem esquerda, em linha destacada por um espaço 1,5 antes e depois. 29 Quando os títulos ocuparem mais de uma linha, utiliza-se, entre essas linhas, o espaçamento simples. Nos trabalhos de TCC ou dissertações, cada capítulo deve abrir uma nova página. Para os trabalhos acadêmicos da Faculdade São Luiz, a numeração dos títulos e subtítulos dos capítulos deve ser contínua, assim como a numeração das páginas e as notas de rodapé. Os títulos das subdivisões não podem ficar “sozinhos” na página, devem estar acompanhados de uma linha do texto a que elas se referem. 3.1.7.2 Títulos e Subtítulos em divisões de itens e subitens Os títulos de itens dos capítulos são numerados, alinhados à esquerda, grafados em maiúsculas, com letra tamanho 12, em negrito. Eles assumem o nível um da numeração progressiva. Os subtítulos, ou seja, os títulos dos subitens dos capítulos, também são numerados e alinhados à esquerda. Os subtítulos têm formatação diferenciada, segundo o nível ao qual pertencem: Os subtítulos de nível dois têm apenas a inicial da primeira palavramaiúscula, são grafados em tamanho 12 e em negrito. Os subtítulos de nível três têm apenas a inicial da primeira palavra em maiúscula, são grafados em tamanho 12, em negrito e em itálico. Os subtítulos de nível quatro têm apenas a inicial da primeira palavra em maiúscula, são grafados em tamanho 12. Ao usar numeração progressiva, não se deve ultrapassar quatro níveis ou dígitos (1.1.1.1). Exemplo de numeração progressiva: PRIMEIRA PARTE CAPÍTULO I 1 FIDELIDADE: PROMESSA E COMPROMISSO (nível 1, maiúscula, em negrito, à esquerda, numerado.) 30 1.1 Fidelidade criadora: disponibilidade, constância e obediência (nível 2, só a primeira letra da primeira palavra é maiúscula; à esquerda, em negrito.) 1.1.1 Fidelidade: esperança e fé (nível 3, só a primeira letra da primeira palavra é maiúscula; à esquerda, em negrito, em itálico.) 1.1.1.1 A promessa (nível 4, só a primeira letra da primeira palavra é maiúscula, à esquerda) Enumerações e listas também devem estar em recuo, como no exemplo: a. A chegada 1) O contato a) Procedimentos 3.1.7.3 Marcações especiais no texto São consideradas marcações especiais no texto: as aspas, o itálico, o negrito e o sublinhado. a) Aspas As aspas podem ser simples ou duplas. Cada uma delas tem uma utilização diferente. As aspas simples são utilizadas quando se faz uma transcrição dentro de outra, ou seja, quando já foram utilizadas as aspas duplas para uma transcrição. As aspas duplas são utilizadas em citações com até três linhas, expressões populares ou expressões que se deseja destacar, seja por ironia, seja por utilização não usual da palavra. É comum utilizarem-se aspas duplas em gírias e neologismos e para indicar um vocábulo antes de se oferecer sua definição ou conceito (especialmente em trabalhos de exegese). Exemplo: 31 Para Marcel a “fidelidade a uma promessa demonstra a possibilidade que temos de ultrapassar a ‘barreira do tempo`. Isso significa dizer que a personalidade transcende infinitamente uma disposição atual”.12 b) Itálico O itálico deve ser utilizado para termos de origem estrangeira e destaques intencionais (enfatizar expressões, frases ou ideias no texto). Utilizado também para referir-se a termos próprios de determinado autor, estudado ou referendado na obra, por exemplo: PERSONA em Jung. c) Negrito O negrito deve ser usado para indicar os títulos de livros, de periódicos e de jornais. O negrito também é utilizado para enfatizar expressões, frases ou ideias no texto, como o itálico. Sugere-se que as ênfases do pesquisador sejam marcadas em negrito ou sublinhado e as ênfases do autor sejam mantidas em itálico para diferenciá-las mais facilmente. Porém, o negrito e o sublinhado não devem ser utilizados para indicar palavras em outros idiomas e gírias. Obs.: Grifos Quando a ênfase é dada pelo autor, literalmente, no texto que se está citando, utiliza-se a expressão “grifo do autor”. Quando o destaque é dado pelo pesquisador e não consta no texto que se está citando, utiliza-se a expressão “grifo nosso”. Tais expressões devem estar expressas entre colchetes, ao final da referência da citação, na referida nota de rodapé. Esquematizando: 12 MARCEL, Gabriel. Filosofia concreta. Tradução: Alberto Gil Novales. Madrid: Revista de occidente, 1959, p.182. 32 ITENS DE FORMATAÇÃO NORMAS ● Arial ou Times New Roman. ●Tamanho 10: legendas e Fonte – Letra notas de rodapé. ● Tamanho 11: citações diretas acima de três linhas. ● Tamanho 12: corpo do texto. ●Tamanho 12 em “Negrito”: capítulos, títulos e subtítulos. ● Espaçamento entre Linhas: 1,5. Parágrafo ● Alinhamento: “Justificar” para o corpo de texto e “Centralizar” para Capítulos não numerados. ●Distanciamento da margem no início de parágrafo: 1,5cm. ● Esquerda e Superior: 3 cm. Margem ● Direita e Inferior: 2 cm. ● Algarismos Arábicos: 1,2,3. Numeração de Páginas ●Início da Numeração: Folha de Rosto. Obs.: Não numerar páginas de início de capítulo. Quadro 1: Resumo das Normas de Formatação dos Trabalhos Acadêmicos – Faculdade São Luiz. 33 4 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO Além da apresentação gráfica específica, o trabalho acadêmico possui um roteiro ou estrutura e uma linhagem própria. Neste Capítulo, classificam-se os diversos tipos de trabalho científico utilizados na Faculdade São Luiz e se apresentam suas estruturas, descrevendo cada uma das partes e aplicação. No ambiente acadêmico, utilizam-se vários tipos de trabalhos, os quais podem ser classificados conforme o seu porte, ou seja, conforme o número de páginas e esforço de pesquisa, em trabalhos de pequeno, médio e grande porte. Os trabalhos de pequeno porte, como fichamentos (resenhas, resumos e esquemas) e produções textuais críticas (como avaliações, análises e comentários) possuem de 1 a 10 páginas. Os trabalhos de médio porte, como o artigo científico, possuem de 10 a 30 páginas. O TCC na Faculdade São Luiz deve possuir no mínimo 30 e no máximo 60 páginas. Os trabalhos de grande porte são a dissertação e a tese, estes devem possuir, respectivamente, cerca de 150 páginas (dissertação) e 400 páginas (tese). Independentemente do porte, todos esses trabalhos acadêmicos são caracterizados por serem estruturados em três partes: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. A primeira parte é chamada de pré-textual e nela são alocados os elementos que vêm antes do texto. Eles se referem a título do trabalho, autor, local e data de realização e outros elementos próprios à identificação. A segunda parte é chamada de textual e é o próprio texto produzido. Ela é caracterizada por apresentar uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. A terceira parte é chamada de pós-textual e nela são alocados elementos informativos e acessórios. É o espaço para a referência bibliográfica e os anexos. 34 4.1 Estrutura e descrição dos fichamentos e produções textuais críticas Como fichamentos se entendem: 1. Fichas de leitura ou resumos (em esquemas e outras formas); 2. resenhas; Como produções textuais críticas se entendem: 1. Análises e comentários (de filmes, livros, palestras etc). A estrutura destes trabalhos é a seguinte: Parte pré-textual Cabeçalho (na mesma página) Título Parte Textual O texto com o conteúdo da Resenha, Ficha de Leitura, Resumos e Dossiê de Leitura. Parte Pós-textual Referências bibliográficas (em página separada) Anexos (se for o caso) Quadro 2: Estrutura do Trabalho Acadêmico. 4.1.1 Ficha de leitura ou resumo O resumo é uma apresentação concisa e seletiva de um texto, visando à apreensão das principais ideias expostas. São considerados três tipos de resumos: Resumo Indicativo, Resumo Informativo e Resumo Crítico. Cada um deles é descrito em suas características e estrutura. Resumo indicativo é aquele em que são apresentadas as ideias principais de um texto a partir de palavras-chave ou frases curtas. É introduzido por uma frase que mostra o tipo de texto (fonte) que está sendo trabalhado (livro, artigo, texto, filme). O resumo indicativo é utilizado nos Dossiês de Leituras que pode conter elementos críticos. Resumo informativo é aquele em que se encontram as informações essenciais de um texto. Envolve a seleção das partes principais e a construção de períodos coesos e coerentes. Os exemplos, ilustrações e demonstrações do texto 35 original não devem ser colocados em textos informativos. Este é o resumo geralmente solicitado como Fichamento. Resumo crítico se refere ao julgamento de um trabalho quanto à forma, à metodologia, ao conteúdo e à lógica. Difere da resenha, por não exigir a apresentação do autor do texto resenhado e a pesquisa bibliográfica, como aquela forma de fichamento exige. Para fazer uma ficha de leitura, lembre-se do seguinte: a.Identificar o título da obra que está sendo fichada ou resumida; b.Apresentar a referência bibliográfica completa da obra resumida; c.Lembrar-se que a primeira frase deve ser sempre explicativa, explicitando o tema central do documento ou fazendo menção ao autor da obra; d.Identificar as ideias principais de cada parágrafo e construir o texto a partir delas; e. Pôr as citações literais da obra original (que sejam breves) entre aspas duplas; f.Não utilizar primeira pessoa do plural e, certamente, não do singular. 4.1.2 Esquema O esquema é uma forma de fichamento e se caracteriza por ser a síntese de um texto em forma de itens. Também é chamado de resumo esquemático. O esquema tem características próprias, que devem ser respeitadas: a. Economia de palavras, evitando repetições e frases longas; b. As ideias principais de cada parágrafo podem ser expressas através de frases ou palavras-chave; c. Exige análise do texto, uma vez que as ideias secundárias devem se ligar sucessivamente umas às outras; d. As ideias devem ser organizadas por numeração progressiva, letras ou marcadores, como o travessão. 36 4.1.3 Resenha (ou recensão) A resenha é um trabalho científico de alto nível. É um texto que consiste na síntese de uma obra e sua apreciação, apontando pontos fortes e fracos e recomendando ou não a leitura. Para elaborar uma resenha é necessário conhecimento da obra, capacidade de estabelecer juízo de valor de forma independente, respeitando o pensamento do autor, e conhecimento de obras de outros autores sobre o tema. Para a resenha, lembre-se do seguinte: a. O título da resenha deve ser diferente do título da obra que está sendo resenhada, mas deve estar relacionado com a mesma; b. A referência bibliográfica completa da obra resenhada deve encabeçar o texto; c. Sugere-se a seguinte estrutura: · Apresentar as credenciais do autor do texto resenhado, ou seja, apresentar o autor da obra (breve biografia e outros dados relevantes); · Apresentar a obra em seus aspectos formais (se está numa Coleção, Série; a editora; a apresentação gráfica; o idioma, a tradução; o nível da linguagem e outros elementos que se julgar importantes); · Apresentar resumo indicativo, ou seja, o assunto do texto original; · Apresentar a organização da obra (suas partes, capítulos, divisões); · Apresentar resumo informativo ou síntese da obra, contendo as ideias principais de cada parte; · Apresentar uma apreciação, através de julgamento da obra a partir do ponto de vista metodológico (relação entre as partes, proporção, coerência, coesão), conteudíssimo (contribuições que trouxe, originalidade, relevância) e estético (características da linguagem utilizada e do estilo do autor); · Indicar o público da obra: a quem ela seria dirigida (grupo de pessoas, cursos); · Finalmente, apresentar os dados do resenhista (elemento opcional); · Colocar as citações literais (que sejam breves) da obra original entre aspas duplas. Todas as transcrições da obra resenhada devem ser citadas entre aspas e 37 com a indicação das páginas da obra entre parênteses. Se forem referenciadas obras de outros autores, devem ser utilizadas as citações conforme as normas; · Não utilizar primeira pessoa do plural ou do singular. 4.2 Estrutura e descrição do artigo científico e da produção monográfica 4.2.1 Artigo científico O artigo científico é considerado o meio de comunicação mais usado no meio acadêmico para divulgar o conhecimento gerado na atividade de pesquisa. O seu objetivo é discutir ou apresentar fatos referentes a um projeto de pesquisa sobre um dado problema dentro de uma área de conhecimento específica. Quanto ao conteúdo, o artigo é um trabalho científico com autoria declarada que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Além disso, os conteúdos que aborda não se constituem em material suficiente para um livro, nem estão manualizados, pois normalmente se encontram em fase de pesquisa ou discussão. Os artigos científicos são publicações veiculadas em periódicos especializados e são textos acadêmicos completos. O público visado pelo autor do artigo científico é a comunidade acadêmica relacionada com a área e temática específicas. É um dos recursos mais valorizados no meio acadêmico, porque permite aos pesquisadores expor à comunidade acadêmica e ao público em geral o resultado de suas pesquisas. Caracteriza-se, também, pela profundidade e aspecto técnico da análise dos questionamentos que levanta. O artigo estende-se, normalmente, até 20 páginas ou 8.500 palavras. O artigo científico da Filosofia diferencia-se dos artigos científicos de outras áreas do conhecimento como os das Ciências Exatas, Ciências Biomédicas e Ciências Sociais, não só pela temática, mas também pela sua organização. Denomina-se a estrutura do artigo como IRDC, sigla formada pelas suas principais partes: Introdução, Revisão de Literatura, Discussão, Conclusão. A Introdução é a transição entre uma visão geral da disciplina (fatos conhecidos) para a focalização do tópico específico de interesse, atraindo a atenção do leitor. Oferece o que se chama “estado de arte” ou brevestatus quaestionis do 38 tema (não da literatura), justifica a pesquisa apresentando sua relevância e caminha do tema geral para o recorte específico que se tratará no artigo. Oferece, também, um pequeno resumo de cada parte do artigo e esclarece as conclusões alcançadas. Na Revisão da Literatura são apresentados os dados coletados no estudo, avaliados e apresentados conforme um critério (definido pelo tema, hipóteses, marco teórico e objetivos). Normalmente se refere ao resultado da pesquisa bibliográfica do respectivo campo do saber. Na Discussão, interpretam-se os resultados da revisão bibliográfica em relação ao que se avançou no conhecimento do problema e as limitações do estudo. Finalmente, na Conclusão, retoma-se o que se apontou na introdução e apresentam-se sugestões para outras pesquisas. Veja-se a estrutura do artigo acadêmico: Parte pré-textual: Sem cabeçalho, sem capa ou Folha de Rosto · Título · Nome do autor com credenciais em nota de rodapé · Resumo · Palavras-chave (descritores) Parte textual: Deve ser dividido em itens e subitens, delimitando as partes IRDC: Introdução, Revisão da Literatura, Discussão e Conclusão. · Não é necessário escrever a palavra “Introdução”; · pode ser utilizado um título que se considere adequado. A introdução deve responder por cerca de 5 a 10% do total do artigo, ou seja, não deve ultrapassar a extensão de duas páginas. É o último elemento a ser redigido no artigo. · a Revisão de Literatura e a Discussão podem ser apresentadas separadamente ou em conjunto: Separadamente: apresente, na forma de paráfrases, resumos e diálogos entre autores, o tema, a partir dos documentos consultados; a seguir, discuta cada item, apresentando posições a favor e contrárias, pontos fortes e fracos; Em conjunto: apresente, na forma de diálogos entre autores e no estilo do parágrafo de julgamento das resenhas, o tema apresentando a ideia de certo(s) autor(es), apresentando posições a favor e contrárias, pontos fortes e fracos; 39 · não se coloca como título “Revisão de Literatura” ou “Discussão”. Utilize títulos criativos e adequados aos itens; · sugere-se que, na Revisão de Literatura e a Discussão, sejam utilizadas poucas subdivisões, no máximo três, para que o tema não fique muito fragmentado. Em cada item utilize meta-textos (parágrafos de introdução e apresentação) e parágrafos de ligação e conclusões parciais; · a conclusão é a menor parte do artigo, geralmente ocupa apenas 5 % do texto e revela o percurso metodológico, explicitando a consecução do objetivo previsto. Não apresenta elementos novos, mas retoma o que foi apresentado no artigo. É um “espelho” da introdução; · devem ser utilizadas as citações das obras consultadas. Podem ser utilizadas notas explicativas para o esclarecimento de termos e conceitos. Parte pós-textual: Lista bibliográfica completa 4.3 Elementos pré-textuais: o que vem antes do texto 4.3.1 Cabeçalho Alguns trabalhos de menor extensão poderão ter somente o cabeçalho para apresentar os elementos identificadores. Isso, fica a critério de cada professor que deve explicitar, como deseja, a identificação do trabalho solicitado. O cabeçalho pode ser utilizado em substituição à capa e Folha de Rosto, e nunca junto deles. Os itens devem ser apresentados em espaço simples e fonte no tamanho 12. Contém os seguintes elementos, na ordem apresentada: a. Nome da Instituição por extenso (todo em maiúsculas e em negrito); b. Nome da disciplina cursada; c. Nome do professor; e. Nome do aluno, por extenso; f. Data agendada para entrega do trabalho pelo professor, utilizando barras. 40 Exemplo: FACULDADE SÃO LUIZ Metafísica Professor: Ms. Luiz Carlos Berri Acadêmico: José da Silva Data: 17 ago. 2013 TÍTULO DO TRABALHO Segue-se o texto do trabalho e as divisões em itens, se houver. As folhas do trabalho acadêmico de pequeno porte devem ser juntadas por simples grampo na extremidade superior esquerda. 4.4 Produção monográfica (TCC – Trabalho de Conclusão de Curso) Todo trabalho escrito é uma forma de se apresentar os resultados de uma pesquisa. Nos cursos de graduação, ao procurar-se “[...] aprimorar a formação científica do estudante [...]”13 utiliza-se deste recurso, o TCC. Por meio dele, integraliza-se os créditos de um curso superior e, no nosso caso, do bacharelado em Filosofia. Para que o trabalho ocorra e transcorra da melhor maneira possível, sem fugir dos objetivos pré-estabelecidos e sem perder o foco do problema de pesquisa, é fundamental que, antes da sua execução, se desenvolva um projeto de pesquisa. Após a elaboração do projeto, a instituição de ensino superior deve, juntamente com o acadêmico, escolher um orientador para a pesquisa (ver capítulo 2). O trabalho, que deve conter de 30 a 60 páginas, deve ser entregue em duas vias à Secretaria Acadêmica, uma em CD e outra impressa. O formato do texto é monográfico e versará sobre um tema, afinado com uma linha de pesquisa, dentro do Curso de Graduação. Em cursos de graduação, o TCC também é entendido como Monografia. Etimologicamente, a palavra monografia quer dizer a escrituração de um único assunto. A monografia, segundo Salomon, foi vista como um “relatório que 13 SOUZA et al, 2007, p. 77. 41 objetivava esgotar a problemática de que tratava.”14 No entanto, pela complexidade da construção do conhecimento na pesquisa, a priori se reconheceu e se reconhece que nem sempre é possível esgotar um assunto em sua complexidade em uma única pesquisa. Diante disso, é positivo entender que a monografia é um documento científico, que registra sistematicamente a descrição de uma investigação científica. É importante esclarecer que a feitura de uma monografia “[...] não é um exercício de cópia de vários textos, repetindo incessantemente o que já foi dito por outro! Também cuide do oposto: um trabalho monográfico não é a manifestação de opiniões pessoais, sem fundamentá-las!”15 O trabalho de pesquisa na PósGraduação Lato Sensu - Especialização, implica um assunto específico, alinhado com a área de formação do Curso e constitui-se elemento obrigatório para o recebimento do título de pós-graduado. O trabalho é monográfico, com um número de 35 a 70 páginas. Na sua estrutura organizativa, a monografia tem os seguintes elementos: Parte pré-textual Capa (obrigatório e com 1 lauda) Folha de Rosto (obrigatório e com 1 lauda) Errata (opcional e com 1 lauda, ou mais) Folha de aprovação (obrigatório e com 1 lauda) Dedicatória (opcional e com 1 lauda) Agradecimento (opcional e com 1 lauda) Epígrafe (opcional e com 1 lauda) Resumo e palavras-chave (obrigatório e com 1 lauda) Resumo em língua estrangeira (obrigatório e com 1 lauda) Abreviaturas e Siglas (opcional e com 1 a 2 laudas) Sumário (obrigatório e com 1 a 2 laudas) Parte Textual Introdução (obrigatório e com 1 a 3 laudas) 14 SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho científico. 4. ed. Belo Horizonte: Interlivro, 1974, p. 219. 15 GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas: Alínea, 2003, p. 31. 42 Desenvolvimento (obrigatório e com 30 a 60 laudas) Considerações finais (obrigatório e com 1 a 3 laudas) Parte Pós-Textual Referência bibliográfica geral (obrigatório e com 1 a 10 laudas) Anexos (opcional) Apêndices (opcional) Contracapa em branco: (obrigatório e com 1 lauda) (Ver Apêndice B) 4.4.1 Capa A capa é elemento obrigatório dos trabalhos de médio e grande porte e é o primeiro elemento identificador dos trabalhos acadêmicos de médio e grande porte. O TCC, após aprovação pela banca, deve ser encadernado em capa dura, conforme as orientações do regulamento do TCC. A capa deve conter, na seguinte ordem (Apêndice B – Modelo de capa): a. Nome do autor do trabalho colocado na parte superior (no alto da página), centralizado, apenas iniciais maiúsculas, com fonte no tamanho 14; b. Título do trabalho centralizado, em negrito, todo em maiúsculas, fonte no tamanho 16. Quando ocupar mais de uma linha, deve-se utilizar o espaçamento simples no título. O título principal do trabalho deve ser claro e preciso, identificando o conteúdo e possibilitando a indexação e a recuperação da informação. Se houver subtítulo, deve ficar evidenciada a subordinação ao título principal. É praxe colocar o subtítulo na linha seguinte, sem utilizar dois pontos e sem negritá-lo. c. Nome da instituição educacional centralizado, apenas com iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14. d. Cidade onde se situa a instituição educacional, centralizado, apenas com iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14. e. Ano de conclusão do trabalho, centralizado, apenas com iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14. Entre cidade (d) e ano (e), utiliza-se espaçamento simples. (Ver apêndice C) 43 4.4.2 Folha de Rosto A Folha de Rosto é elemento obrigatório dos trabalhos de médio e grande porte e é o segundo elemento identificador do trabalho científico, contendo alguns elementos da Capa, acrescidos de uma breve descrição do objetivo do trabalho. Deve conter os elementos abaixo, na ordem apresentada: a. Nome do autor do trabalho na parte superior (alto da página) centralizado, apenas com as iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14; b. Título e subtítulo do trabalho, centralizado, em negrito, todo em maiúsculas, fonte no tamanho 16; c. Natureza do trabalho (monografia, artigo ou trabalho de disciplina), objetivo (exigência da disciplina, exigência do curso), nome da instituição a que é submetido; área de concentração e nome do orientador (ou professor/a que solicitou o trabalho), período e turno. Deve ser justificado, com recuo de 7 cm, com o formato de um retângulo, fonte no tamanho 12, espaçamento simples; d. Cidade onde se situa a instituição educacional, nome da mesma centralizado, apenas com iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14; e. Ano de entrega do trabalho, centralizado, apenas com iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14. (Ver apêndice D) 4.4.3 Errata Elemento opcional, utilizado para marcar erros no corpo do trabalho, visualizados antes da entrega final. Deve seguir o seguinte modelo: ERRATA Folha Linha Onde se lê 32 3 publicacao Leia-se publicação 44 4.4.4 Folha de aprovação Elemento obrigatório, constituído pelo nome do nome do autor do trabalho, título e subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome da instituição, área do conhecimento, data da aprovação, nome, título e assinatura dos componentes da banca examinadora. (Ver Apêndice D) 4.4.5 Dedicatória É elemento opcional. A dedicatória deve ficar em uma página separada (exclusiva para ela), e os dizeres vêm na margem inferior da folha. Define a quem o trabalho é dedicado. Não se coloca nesta página a expressão “Dedicatória” como título. Apenas as letras iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 12 e espaçamento de 1,5 linhas. 4.4.6 Agradecimentos É elemento opcional. Refere-se às pessoas e instituições que cooperaram para que o trabalho fosse realizado. Se forem poucos, usar a margem inferior com o texto alinhado à direita; se forem muitos, pode-se usar toda a folha. Coloca-se nesta página a expressão “Agradecimento” como título, sem indicativo numérico e centralizada. Apenas as letras iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 12 e espaçamento de 1,5 linhas. Os recuos de parágrafo são opcionais. 4.4.7 Epígrafe É elemento opcional. É um pensamento ou frase que norteia o trabalho. Ele deve vir entre aspas duplas, na margem inferior da página, alinhado à direita, apenas com as iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 12 e com o nome do autor da frase ou pensamento. Os recuos de parágrafo são opcionais. Podem constar epígrafes nas folhas de abertura dos capítulos (após os títulos). Essas serão 45 apresentadas como citações com mais de três linhas (recuo de 4 cm, fonte tamanho 10, espaçamento simples). 4.4.8 Resumo e descritores (palavras-chave) O resumo é elemento obrigatório. Trata-se da apresentação concisa e seletiva de um trabalho científico e das palavras-chave ou descritores. Só deve ser redigido após o término do trabalho. O resumo precede o texto monográfico e deve ser escrito em um único parágrafo com até 250 palavras. Não usa recuo de início de parágrafo e o espaçamento é simples. Utiliza-se letras no tamanho 12. Deverá conter: a) objetivo do trabalho (o que se pretendeu fazer?); b) justificativas (Por que se fez o trabalho?); c) os principais dados ou fatos que apoiam o que se encontrou (Do que trata o trabalho?); d) indicações da metodologia (como foi feito o trabalho?); e, e) principais conclusões, em grandes linhas (o que se encontrou, descobriu?) As palavras-chave ou descritores são palavras representativas do conteúdo do trabalho, no número mínimo de três e máximo de cinco. Essas palavras têm a função de descritores para catalogação e referência, devem estar dispostas em caixa alta, devem ser numeradas e não negritadas. 4.4.9 Resumo em língua estrangeira Elemento obrigatório, segundo a ABNT NBR 6028. Com as mesmas características do resumo. Deve ser titulado, conforme o idioma (Abstract em Inglês, Resumé em Francês, Resumen em espanhol etc). 4.4.10 Lista de abreviaturas e siglas É opcional, porém, necessária quando se usam abreviaturas que não são de conhecimento comum. Refere-se à relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no trabalho, seguida de seu significado correspondente por extenso. A lista de abreviaturas e siglas é produzida depois do término do trabalho, verificada a coerência no uso. 46 Sugere-se que as fontes primárias e as obras de referência sejam citadas na forma abreviada. Em trabalhos de pequeno e médio porte, no entanto, tais procedimentos não são necessários. Caso as anotações das fontes primárias sejam feitas através de siglas, essas devem ser indicadas em lista de abreviaturas. Por fontes primárias entendem-se os textos-base que constituem o objeto do estudo. Outras fontes de referência são as Sagradas Escrituras, fontes clássicas ou institucionais, dicionários etc. Podem ser indicadas, entre parênteses ( ), por uma sigla devidamente explicada (mencionando a edição usada) na lista de abreviaturas. (A referência completa dessas obras será fornecida na lista bibliográfica final.) O texto referido na abreviatura pode ser indicado pelo número ou parágrafo, pelo capítulo e versículo ou pela página, conforme a organização da obra. Exemplo 1 (como se fazer a abreviação de fontes primárias e montar a lista de abreviaturas): CIC - Codex Iuris Canonici DHLP - Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa Mt - Evangelho segundo Mateus SZ - Heidegger, SeinundZeit Exemplo 2 (como citar a fonte primária abreviada): (CIC, cân.771) (DHLP, “amar”) (Mt 1,12-15) (SZ, p.105) 4.4.11 Listas de Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas Caso sejam utilizados elementos ilustrativos na parte textual (desenvolvimento) do trabalho monográfico, eles devem ser listados por tipo, sequencialmente, nas listas de ilustrações. Esses elementos fazem parte dos elementos textuais, como desenvolvimento, do tema em trabalhos de médio e grande porte. São ilustrativos das argumentações e demonstrações. São eles: Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas. Figuras são os desenhos (estruturas, fluxogramas, esquemas de reações, esquemas de relações, diagramas, etc), fotos digitais ou analógicas, mapas, 47 imagens de jornais e revistas e imagens em geral. Os desenhos devem ser feitos de modo a ilustrar claramente a ideia que se quer passar, evitando-se formas rebuscadas e complicadas. É necessário apresentar a referência bibliográfica, se a figura for a reprodução de uma já publicada. Devem ser centralizadas na página e não devem ser “quebradas” em várias páginas. O Gráfico é a representação matemática de uma variável em função de outra(s). Como tal deve seguir as normas da matemática. Devem-se usar linhas visíveis, escala real. Outras orientações: evitar cores, colocar as barras de erro, só ligar os pontos se estes representarem uma função matemática, colocar uma escala legível e condizente com o número de algarismos significativos da medida, colocar as unidades de forma inteligível e usando sempre o sistema internacional de unidades, e seus símbolos. É bom lembrar que símbolos não têm flexão de plural. Portanto, quilômetros será sempre abreviados km e não kms. Os Quadros representam forma resumida de apresentar dados, características, graficamente. Obedecem às mesmas instruções para as tabelas a seguir. As Tabelas são formas resumidas de apresentar condições ou resultados de uma coleta de dados ou de uma análise de dados. Organiza os dados e apresenta-os de forma resumida. Ela deve ser sempre organizada de forma compreensível para quem não conhece o trabalho. Usar o mínimo possível de traços; evitar cores; colocar os desvios, número de algarismos significativos condizentes com a medida; colocar as unidades de forma inteligível e usando os símbolos do sistema internacional de unidades. É necessário indicar a fonte dos dados expostos na tabela, centralizar a tabela e ajustar o tamanho para que seja o mais legível possível. Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas devem receber um título indicativo. Os títulos devem ser numerados em sequência, por tipo, na ordem em que aparecem no texto, com algarismos arábicos. Ou seja, há uma numeração específica para cada tipo de ilustração. Os títulos indicativos devem oferecer todos os detalhes para se entender a ilustração sem ler o texto, mas sem serem muito extensos. Os títulos devem ser alinhados com as margens do texto, com somente a primeira letra maiúscula, letra em tamanho 12 e espaçamento simples. A ilustração é centralizada, mas o título indicativo segue o fluxo do texto. 48 Os significados dos símbolos, abreviaturas e siglas utilizados nas ilustrações devem ser colocados na legenda, não na ilustração. A legenda deve vir abaixo do título indicativo e da fonte da ilustração, ser alinhada com as margens do texto e conter todas as informações a respeito da ilustração de modo que ela e a figura formem um corpo independente do texto. 4.4.12 Sumário O sumário é obrigatório. Trata-se do último elemento pré-textual. Nele se relacionam os capítulos, divisões e subdivisões do trabalho, na ordem em que aparecem no texto e com a indicação das páginas nas quais figuram. (Os editores eletrônicos podem fazer o sumário automaticamente, desde que os títulos sejam formatados como tais.) O sumário não deve ser confundido com o índice, que vem no final do trabalho e em ordem alfabética. Deve conter os seguintes elementos: I. A palavra SUMÁRIO centralizada, todas as letras em maiúsculas, no tamanho 12, em negrito; II. Os títulos alinhados à esquerda, todos em maiúsculas, letra no tamanho 12 e numerados (numeração progressiva). Entre os títulos, bem como antes e depois do conjunto de seus subtítulos, utiliza-se um espaçamento duplo, o que corresponde a 12 pontos antes e 12 pontos depois ao se configurar o parágrafo no editor eletrônico de textos; III. Subtítulos em numeração progressiva, com apenas a inicial em maiúscula, fonte tamanho 12. Subtítulos de nível dois, negrito. Subtítulos de nível três, negrito e itálico. Subtítulos de nível quatro, itálico. O espaçamento dentro do conjunto dos subtítulos é simples. Entre os subtítulos e os títulos, o espaçamento é feito por espaçamento duplo, ou seja, 12 pontos antes e 12 pontos depois; IV. Número da página sequencial em todo o trabalho, no cabeçalho, à direita, letra tamanho 12. 49 4.5 Elementos textuais: o texto do trabalho acadêmico O desenvolvimento do conteúdo obedece à organização em introdução, desenvolvimento e conclusão, observando requisitos como a gradualidade, a coesão, a coerência e a unidade. O corpo do texto ou a parte textual de um trabalho acadêmico, como a monografia ou o artigo, é um relatório de pesquisa. Ou seja, esses trabalhos escolares apresentam o resultado de uma pesquisa, relatando os passos desde a coleta de dados (seja em campo, em documentos ou em bibliografia selecionada), a forma de análise desses dados e as conclusões às quais se chegou. Deve apresentar três elementos, nessa ordem: Introdução; Desenvolvimento e Conclusão. A seguir, detalha-se cada um desses elementos. 4.5.1 Introdução A introdução é o primeiro elemento da parte textual, mas é redigido por último. A Introdução deve ser redigida sem subdivisões e ocupar de 5 a 10 por cento do trabalho. É escrita no final do processo, utilizando sempre os verbos no tempo presente. Deve ser breve e objetiva. A palavra “Introdução” deve aparecer como título. Fazem parte dela, nessa ordem: a) apresentação dos elementos definidos no projeto de pesquisa: tema, problema, hipótese, justificativa, objetivos, metodologia e marco teórico; b) número de capítulos e síntese de cada capítulo; c) indicação das possíveis conclusões. 4.5.2 Desenvolvimento O desenvolvimento é o corpo ou o cerne do trabalho monográfico ou artigo. Responde por 80 a 90 por cento do trabalho. É construído com argumentações e demonstrações e a partir de uma perspectiva (ponto de vista) claramente definida. Deve ser organizado em seções ou capítulos e estes, por sua vez, em subseções, tantas quantas forem necessárias para que o assunto seja bem explanado. Sugerese que o trabalho seja dividido em três capítulos e estes, por sua vez, subdivididos em, no máximo, quatro subdivisões principais, chegando a subdivisões de nível quatro (Capítulo I; Item 1; Subitem 1.1, Subitem 1.1.1; Subitem 1.1.1.1). A palavra 50 “Desenvolvimento” não aparece no texto. Cada um dos capítulos, subtítulos e subitens do Desenvolvimento recebe um título específico. Para que haja equilíbrio e fluência, sugere-se que cada capítulo inicie com breve introdução, que relate os objetivos do capítulo, indique suas partes e temas e oriente o leitor para as possíveis conclusões daquele item. Sugere-se, ainda, que cada capítulo termine com uma conclusão parcial e uma transição para o capítulo seguinte. É importante que haja ligação entre cada subseção e todas elas, por seu turno, em relação aos capítulos, a fim de se manter a unidade no texto. Esses elementos de introdução e conclusão em cada capítulo são chamados meta-textos e são redigidos por último. Através deles faz-se o trabalho de coesão e coerência entre as subdivisões dos capítulos do trabalho acadêmico. 4.5.3 Considerações finais É a análise final do trabalho em que se deve apresentar, de forma clara, objetiva e ordenada, as conclusões apuradas no desenvolvimento da pesquisa. Deve retomar o problema e recapitular o que foi apresentado nos outros capítulos. A conclusão é um “espelho” da introdução. O que foi explicitado na introdução é verificado na conclusão, e, assim, deve evidenciar o cumprimento integral do que foi previsto na Introdução. Deve ser redigida sem subdivisões e ter tamanho semelhante ao da Introdução. Na conclusão, não se apresentam dados novos. Fazem parte dela, nessa ordem: a) verificação do problema, da hipótese e dos objetivos apresentados na introdução; b) retomada das conclusões de cada capítulo, com pequena síntese de cada um; c) conclusões gerais; d) Indicação de possíveis caminhos para desenvolvimentos posteriores; e, e) parágrafo de encerramento. 4.5.4 Notas explicativas e remissivas As notas explicativas, remissivas e bibliográficas podem ser: a) notas de pé de página ou notas de rodapé ou b) notas de fim (no final do capítulo ou do trabalho). Tanto nos trabalhos acadêmicos de pequeno como de médio e grande 51 porte, as explicações que sobrecarregam o texto, comentários bibliográficos, remissivas a outras partes e outros elementos semelhantes devem ser postos em nota e anunciados por uma chamada no texto, depois do elemento a que se referem. A chamada vem antes da pontuação, a não ser quando esta é ponto de interrogação ou exclamação. 4.5.5 Elementos ilustrativos Os elementos ilustrativos (Quadros, Tabelas, Figuras, Gráficos e outros) são desnecessários e não recomendados para os trabalhos de pequeno porte e para artigos científicos. Dependendo do tema e da abordagem, os elementos ilustrativos serão muito úteis em produções monográficas, mas devem ser usados com muito critério, pois devem ter coesão e coerência com o texto, ser bem explicitados e analisados e ser devidamente referenciados com títulos e fonte de informações. 4.6 Elementos pós-textuais: depois que o texto terminou Os elementos pós-textuais englobam aqueles dados e informações que se localizam na parte final do trabalho, após a escrita do texto. Contém as fontes e outros elementos que contribuam para a compreensão da pesquisa, inseridos como referência bibliográfica, anexos e apêndices. 4.6.1 Anexos É opcional. Trata-se de documento não elaborado pelo autor da pesquisa e utilizado para provar, ilustrar ou fundamentar um texto. São incluídos nesse elemento todos os documentos complementares ao trabalho, que esclareçam ou comprovem o conteúdo, como: cópias de documentos, leis, decretos, pareceres, recortes de publicações. O anexo deve ser identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivos títulos. 52 4.6.2 Apêndice É opcional e se refere a textos ou informações complementares elaborados pelo autor. São exemplos de apêndices: questionários de pesquisa, formulários, análises estatísticas, ilustrações, tabelas, ou seja, todo o material elucidativo ou ilustrativo, mas que não são essenciais à compreensão do texto. Deve ser identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivos títulos. 4.6.3 Glossário É opcional. É elaborado pelo autor da pesquisa e é um documento em que se apresentam as definições de termos e conceitos utilizados ou criados no trabalho. 4.6.4 Referências Trata da relação dos documentos citados ao longo do texto, para a elaboração da pesquisa. A apresentação das obras e documentos consultados deve ser a mais completa possível, observando-se as normas de documentação da ABNT. As obras devem ser listadas em ordem alfabética, com espaçamento simples na apresentação de cada obra e espaçamento 1,5 entre as entradas de obras. Deve-se verificar com cuidado os nomes dos autores, especialmente aqueles de origem europeia, para a forma correta de indicação. II PARTE CITAÇÕES E REFERÊNCIAS Dilson de Oliveira Daldoce Karina Santos Vieira Renato Vieira Lima Silvano João da Costa 54 5 NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES 5.1 Citações Como todo trabalho acadêmico é desenvolvido por meio de uma pesquisa, onde informações de outros autores são recolhidas, analisadas e envolvidas no texto, deve-se haver a preocupação de citá-las e referenciá-las fiel e pertinentemente. O intuito das citações é “exemplificar, esclarecer, confirmar ou documentar a interpretação de ideias contidas no texto; por isso, são também denominadas ‘testemunho de autoridade.’”16 Em suma, funcionam como um localizador das obras nas quais fez-se a pesquisa, ao mesmo tempo que atribui-se a elas a responsabilidade e os méritos que lhes cabem. Dentre os muitos objetivos das citações, vale destacar: Possibilitar o desenvolvimento do raciocínio; contribuir com as ideias defendidas pelo autor; identificar o legítimo “dono” das ideias apresentadas; viabilizar o acesso pleno e pronto ao texto original. Segundo a ABNT, “[...] é indispensável que seja indicada a fonte de onde foi extraída a citação [...].”17 Nesta perspectiva, viabilizando a padronização e uniformidade metodológica, a Faculdade São Luiz faz opção pelas notas de rodapé, que “[...] são indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo 16 ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 91. 17 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 55 autor”18, bem como, o espaço utilizado para transcrever-se as referências das citações contidas no corpo do texto. No primeiro caso supracitado, o autor faz, por meio de notas de rodapé, intervenções no texto, seja para explicar algum conceito, seja para demonstrar a tradução de alguma palavra estrangeira, etc. Quando a intervenção vir do próprio autor, colocar depois da mesma “[nota do pesquisador]”, caso se tenha consultado alguma obra para formular tal conceito/intervenção, haja o cuidado de indicar a devida referência, logo após o texto, entre parênteses. Exemplo: No texto: Para tanto, a alteridade¹ deve ser levada em conta, ao analisar-se o ser. No rodapé: 1 Alteridade: “Condição de um ser distinto de outro no seu modo de ser específico ou no seu facto [sic] de ser numérico [...] contrapõe-se a identidade de um ser consigo mesmo.” (LOGOS Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. São Paulo: Verbo. 1992. 1 v. p. 187.) Como visto anteriormente, as notas de rodapé, também chamadas de Notas de Referência, têm a finalidade de referendar as citações utilizadas. Para tanto, falemos mais sobre citações. Existem dois tipos de citações: a) Diretas As citações diretas são cópias de fragmentos de texto de determinada obra, de maneira idêntica e fiel. Dividem-se em Diretas Longas e Diretas Curtas. As diretas longas são aquelas cujo tamanho é superior a três linhas. Devem ter um recuo de quatro centímetros em relação à margem esquerda, com letras de número 11, sem aspas e com espaçamento simples. Ademais, deve estar separada do corpo do texto (tanto do texto que a antecede, quanto do texto que a sucede) por uma linha em branco. Veja o exemplo: 18 SOUZA et al, 2007, p. 107. 56 __________________ 4,0 cm O rosto, ainda coisa entre as coisas, atravessa a forma que entretanto, o delimita. O que quer dizer concretamente: o rosto falame e convida-me assim a uma relação sem paralelo com um poder que se exerce, quer seja fruição quer seja conhecimento.19 As diretas curtas possuem tamanho igual ou inferior a três linhas, estando no próprio corpo do texto, com aspas. Exemplo: Em consonância com tal pensamento, deve-se conceber alteridade como o próprio rosto, ou ainda, como “[...] o ser, o colocar-se ou constituir-se como outro”.20 b) Indiretas Uma citação indireta é uma reprodução do pensamento de algum autor, no entanto, sem copiar o texto do mesmo, absorvendo apenas o raciocínio do referido autor. O pesquisador consulta o texto de uma obra, interpreta-o, analisa-o e retira as ideias principais, fazendo um texto próprio, ou seja, não copiando parte da fonte primária. A essa atitude, damos o nome de Paráfrase. Além da paráfrase, temos ainda a Condensação, que é muito semelhante à paráfrase, no entanto, refere-se a um conteúdo muito maior, é como uma síntese de capítulos ou de toda uma obra. Uma vez que o trabalho acadêmico não pode ser fruto de conceitos e opiniões próprias do pesquisador, as citações Indiretas se fazem presentes em quase todo trabalho. Nas notas de rodapé, em casos de citações indiretas, deve-se utilizar a expressão “Cf.”, que indica que o referido conteúdo desenvolvido no corpo do texto não é da obra que se está referendando, mas está em “conformidade – conforme, confronte, confira” com a mesma. Exemplo de Citação Indireta (O pesquisador utilizou-se de uma obra para desenvolver um raciocínio próprio). No texto: O rosto não se submete à posse e não pode ser dominado pelos meus poderes, uma vez que em sua epifania, apresenta-se completamente resistente a qualquer apreensão.21 19 20 LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 8. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1970, p. 32. 57 No rodapé: 6 Cf. LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 2008, p. 8. As orientações metodológicas que seguem, destinadas às referências de citações e notas de rodapé, apresentam-se em conformidade com a ABNT (NBR – Normas Brasileiras Registradas 10520 de 08/2002 e NBR 6023 de 08/2002). 5.2 Citações nas notas de rodapé Entre a margem esquerda da página e a indicação numérica da nota de rodapé (ou referência), deve haver um centímetro. Ademais, as referências das citações indicadas nas notas de rodapé, devem conter os seguintes elementos: Último nome (sobrenome) do autor, em letras maiúsculas, seguido por vírgula; nome do autor, apenas com as iniciais maiúsculas (Pode ser abreviado, contendo apenas as iniciais), seguido de ponto; título da obra, em negrito (não negritar o ponto final), seguido de ponto (se houver subtítulo, dois pontos); subtítulo (se houver) sem negrito, seguido de ponto; tradutor e organizador (se houverem), seguidos de ponto. número da edição (se não for primeira edição) apresentado desta forma: (2. ed.); cidade da edição, com iniciais maiúsculas, seguida de dois pontos; nome da editora, seguido de vírgula; ano da publicação, seguido de vírgula; a abreviação de página (p.) que deve ser minúscula, seguida de ponto. Exemplo de referência de citação, em nota de rodapé: _________________________ 13 CUYPERS, Hubert. Teilhard, pró ou contra. 2.ed. Tradução de Frei Eliseu Lopes. Petrópolis: Vozes, 1969. 58 OBS.: Quando houver mais de um autor na obra referendada, disponham-se seus nomes do seguinte modo (Ponto e vírgula entre os autores): LEONEL, João; ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Bíblia, literatura e linguagem. São Paulo: Paulus, 2011, p. 21. Além disso, quando uma obra tiver mais do que três autores, referende-se o primeiro, apenas, e, em seguida, utilize-se a expressão latina “et al.”, que indica “e outros”. Exemplo: CRUZ, Denise Viuniski da Nova et al. Deleuze vai ao cinema. Campinas: Editora Alínea, 2010, p. 37. 5.2.1 Citação completa e citação resumida Ao citar pela primeira vez qualquer obra, a citação deve estar completa (como apresentada acima) na nota de rodapé. Depois de já ter sido citada uma vez, nas demais notas, pode-se usar a forma resumida, apresentando apenas o sobrenome do autor, o ano de publicação e o número de páginas, como no exemplo: Citação completa: 3 LEAL, Halina Macedo. Paul Feyerabende as possibilidade racionais da ciência. Curitiba: Editora CRV, 2011, p. 61. Citação resumida: 4 LEAL, 2011, p. 61. Deve-se haver o cuidado em casos de coincidência de sobrenomes entre os autores utilizados. Neste caso, além do sobrenome, acrescente-se a inicial do primeiro nome. Caso o problema persista (também as iniciais do primeiro nome coincidirem), coloque-se o primeiro nome completo. Exemplos: REALE, M., 1989, p. 20. REALE, G., 1994, p. 39. SILVA, Gustavo, 1946, p. 44. SILVA, Gabriel, 1954, p. 290. 59 5.2.2 Quando o autor tiver sido mencionado no texto Coloque-se apenas o ano da obra, seguido do número da página, como no exemplo: No Texto: Para Deleuze, “[...] a revolução científica moderna consistiu em ferir o movimento não mais a instantes privilegiados, mas ao instante qualquer.”5 No Rodapé: _________________________ 5 2010, p. 13. Caso haja no trabalho mais alguma obra do mesmo autor datada do mesmo ano, acrescente-se ao ano letras do alfabeto, de maneira sequencial. Cada obra do ano coincidente deve ter uma letra diferente. Exemplo: (2010b, p. 29). 5.2.3 – Expressões latinas nas notas de rodapé As expressões latinas têm o intuito de facilitar a elaboração e a leitura do trabalho, uma vez que, sendo utilizadas apropriadamente, não deixam margens para erros e “diminuem o trabalho” do pesquisador. Anteriormente, vimos que a primeira citação de determinada obra deve ser completa e a segunda, resumida. A partir dai, passam a ser utilizadas as expressões latinas. Tais expressões não devem estar contidas no texto, com exceção do “apud”, devem estar apenas nas notas de rodapé. a) Idem ou Id - Do mesmo autor, porém, obras diferentes. Quando a obra citada for do mesmo autor da obra citada anteriormente, substitui-se o nome do autor por essa expressão. LÉVINAS, Emmanuel. De Deus que vem à ideia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 48. LEVINAS, 2008, p. 53. Id., 2009, p. 31. 60 b) Ibidem ou Ibid. – Na mesma obra, do mesmo autor. Refere-se a uma outra citação do mesmo autor, presente na mesma obra, variando apenas a paginação, conforme o exemplo: __________________________________ 11 SANTOS, José Francisco dos. Realismo e falibilismo: um contraponto entre Peirce e Popper. Curitiba: Editora CRV, 2011, p. 25. 12 SANTOS, 2011, p. 27. 13 Ibid., p.48. OBS.: Como pode-se perceber, o Ibid e qualquer outra expressão latina não eliminam a citação resumida, que deve aparecer no trabalho. As expressões latinas são utilizadas a partir da terceira citação da mesma obra (como no exemplo acima). c) Opus Citatum – opere citato – op. cit. – Na obra citada Refere-se a uma obra já citada, porém, na nota de rodapé, intercalada por uma outra. Utilizada após o nome do autor, obrigatoriamente. __________________________ 4 SOUZA, 2003, p. 7. Id., 3005, p. 10. 6 SOUZA, op. cit., p. 18. 5 d) Passim – Aqui e ali em diversas passagens Utiliza-se quando faz-se necessário referendar ideias de um autor, extraídas de diversas partes de sua obra. Isso evita a repetição da indicação das páginas. __________________________ 4 SOUZA, 2003, passim. 61 e) Loco citato – loc. cit. – No lugar citado Indica que a referência à citação é a mesma que a anterior, ou seja, mesmo autor, mesma obra e mesma indicação de páginas. Deve ser indicada conforme o exemplo: __________________________ 4 SOUZA, 2003, p. 8. SOUZA, loc. cit. 6 Id., 2001, p. 50. 7 Ibid., p. 53-60. 5 f) Confira – Cf. – Confronte Sugere uma comparação ou uma conferência em relação a uma citação. Usado, sobretudo, em citações indiretas, paráfrases de outros autores, ou para mostrar argumentos que não se encontram explícitos no texto. __________________________ 15 Cf.. SOUZA, 2003, p. 7. g) Etsequentia – et seq. – Seguinte ou que segue Expressão usada quando se menciona somente a primeira página em que a citação figura na obra original, porém, mostra que o fragmento citado se refere também às demais páginas em sequência. Usado em citações indiretas. Onde não se indica o começo e o final da ideia citada. Somente em caso de paráfrase. __________________________ 9 Cf.. SOUZA, 2003, p. 9 et seq. 62 Apud – Citado por – Conforme – Segundo h) É a única das expressões latinas que pode figurar no texto do trabalho e não somente no rodapé. Quando somente no rodapé não é necessário a citação completa desde que esta tenha sido citada anteriormente. Indica uma citação de um autor feita a partir da consulta ou leitura de outrem. No texto: MathewLipman apud Souza15condiciona a criança [...] No rodapé: __________________________ 15 2001, p. 30. Quando somente no rodapé: ____________________ 15 LIPMAN, 1950 apud SOUZA, 2001, p. 30. OBSERVAÇÃO: Abrevia-se apenas se a obra já tiver sido citada anteriormente. OBS.: No exemplo acima, a citação foi resumida. Mas, relembrando o que foi dito anteriormente, só resume-se citações, após já terem sido colocadas de forma completa numa citação anterior. Logo, entende-se que este exemplo figura uma situação da obra já ter sido anteriormente citada. i) Omissões em Citação Omissões em citação são permitidas quando não alteram o sentido do texto. São indicadas pelo uso de reticências entre colchetes, [...], no início, no meio, ou no final da citação. No início da citação direta: Segundo Schopenhauer “[...] o mundo é minha representação.” 63 No meio da citação direta: Para Kant “A sensibilidade [...] é a faculdade das intuições; o Entendimento [...] é a faculdade dos conceitos.” No final da citação direta “É bem mais fácil demonstrar, na obra de um grande espírito, as falhas e os erros, que dar de sua obra um desenvolvimento claro [...].” c) Erros Ortográficos ou gramaticais em Citação direta Caso o pesquisador se depare com algum equivoco linguístico no fragmento que está citando em seu trabalho, é importante que ele indique isso que lhe parece absurdo. A expressão “sic” (advérbio latino que significa “assim mesmo”) deve ser utilizada entre colchetes com um espaço após a palavra ou frase em questão. Por exemplo: “Por isso a experiência do mudo [sic] sempre é uma experiência condicionada, formada subjetivamente, representada”.22 N.B.: A palavra correta é mundo, mas você não pode mudar, pois é uma citação direta. e) Ênfase ou destaque em palavras e expressões Para destacar ou enfatizar alguma palavra ou parte de uma citação, podem ser utilizados os recursos de negrito e itálico. Deve-se indicar ao final da referência da citação [entre colchetes], após a indicação da(s) página(s), a expressão: “grifo nosso”. Caso a palavra destacada conste na obra do autor original, deve-se indicar com a expressão “grifo do autor”. 5.2.4 Outras Formas de Citação a) Citação de Palestras, Debates, Comunicação, aulas, etc. 22 ZILLES, 2005, p. 89. 64 Quando citar alguma informação obtida através de informação verbal, devese indicar entre parênteses, a expressão da informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis, em nota e rodapé, conforme exemplo: O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre [informação verbal]7. ____________________ 7 Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001. b) Textos em outros idiomas e traduções Recomenda-se que um fragmento citado de obra em outro idioma seja colocado no texto em seu idioma original e que no rodapé seja apresentada a tradução correspondente seguida do nome do responsável pela mesma ou da expressão “tradução nossa” ou “tradução de...” [entre colchetes], caso o responsável pela tradução seja o próprio autor do trabalho. 65 6 REFERÊNCIAS Denomina-se referência à listagem dos documentos efetivamente citados no trabalho acadêmico-científico, as obras que não foram citadas, mas consultadas, pode-se fazer uma lista adicional usando o título “Obras Consultadas”. As Referências são alinhadas à margem esquerda do texto, espaços simples, em ordem alfabética e separadas entre si por dois espaços simples. Devem estar dispostas em ordem alfabética e com dois espaços simples entre uma e outra. 6.1 Normas para elaboração de referências 6.1.1 Normas quanto à Autoria a) UM AUTOR: CHAUÍ, Marilena. Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Brasiliense23, 199324. 23 Usa-se a expressão: sine nomine, [s.n.], no caso da editora não for identificada. A data é indispensável à referência, por isso se não constar na obra referenciada é necessário registrar-se uma data aproximada, entre colchetes da seguinte forma: Um ano ou outro – [1996 ou 1997] Data provável – [2001?] Data correta, mas não indicada no documento – [1976] Uso de intervalos menores de 20 anos – [entre 1970 e 1985] Data aproximada – [ca. 1950] Década certa – [196-] Década provável – [196-?] Século certo – [18-] Século provável – [18-?] Quando não constar a data da referência e não se conseguir estimar, usa-se [s.d]. 24 66 Quando se referenciam várias obras do mesmo autor, sendo ele o único, substitui-se o nome do autor das referências subsequentes por um traço equivalente a seis espaços, seguido de ponto. ______. Espinosa: uma filosofia da liberdade. São Paulo: Moderna, 1995. b) DOIS AUTORES OU TRÊS AUTORES: PILETTI, Cláudio; PILETTI, Nelson. História da Educação. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991. c) MAIS DE TRÊS AUTORES25: MOSER, Paul K. et al.A teoria do conhecimento: uma introdução temática. Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Fontes, 2004. d) COMO ORGANIZADOR, EDITOR, COORDENADOR, ETC. BOHN, Hilário I.; SOUZA, Osmar de (Org.). Faces do saber: desafios à educação do futuro. Florianópolis: Insular, 2002. FLEURY, Maria Tereza Leme; FISCHER, Rosa Maria Bueno (Coord.). Cultura e poder nas organizações.São Paulo: Atlas, 1989. e) MESMO AUTOR, MESMA DATA DE PUBLICAÇÃO26: RODRIGUES, AdyrBalastreri. Turismo e espaço: rumo a um conhecimento interdisciplinar. São Paulo: Hucitec, 1997a. ______. Turismo, modernidade e globalização. São Paulo: Hucitec, 1997b. 25 Quando houver mais de três autores, menciona-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al. 26 Acrescentam-se letras minúsculas ao ano, na sequência alfabética ascendente. 67 f) AUTOR DESCONHECIDO27: DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1993. g) PSEUDÔNIMO: ATHAYDE, Tristão de. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt, 1931. h) ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS, EMPRESAS, INSTITUIÇÕES, CONGRESSOS: IGREJA CATÓLICA. Fides etRatio. 7. ed. São Paulo: Paulinas, 2004. i) SOBRENOMES COMPOSTOS: - quando o segundo nome indica parentesco: NIVALDO JUNIOR, José. Maquiavel, o poder: história e marketing. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, [s.d] - quando o nome é espanhol: SÁNCHES VÁZQUES, Adolfo. Ética. Tradução João Dell’Anna. 25. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. - quando ligados por hífen: SCHERER-WARREN, Ilse. - quando um dos nomes é adjetivo: CASTELO BRANCO, Carlos. - quando o nome do autor é conhecido de forma composta: MACHADO DE ASSIS. 27 Quando se desconhece o autor (artigos de jornal sem autoria explícita, editoriais, etc.) a entrada é feita pelo título. 68 6.1.2 Normas de referência por tipo de obra a) MONOGRAFIAS CONSIDERADAS NO TODO SANTOS, Hênio dos. Ser vivente: um contínuo autofazer-se, um contínuo aprender. 2004. 103 f. Trabalho de Conclusão de Curso [Bacharelado] – Faculdade de Filosofia, Faculdade São Luiz, Brusque, 2004. b) DISSERTAÇÕES E TESES28 SOUZA, Nivaldo Alves de. A pedagogia de Santo Tomás e a filosofia para crianças de Matthew Lipman. 1995. 495 p. Dissertação [Doutorado em Filosofia],PontificiaUniversità San Tommaso D'aquino, Angelicum, Roma, 1995. c) BÍBLIA BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Tradução Centro Bíblico Católico. 34. ed. São Paulo: Paulus, 2002. d) DICIONÁRIO BRUGGER, Walter. Dicionário de filosofia. 2. ed. São Paulo29: Herder, 1969. e) ENCICLOPÉDIA ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Melhoramentos, 1993. 20 v. LOGOS Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. São Paulo: Verbo. 1992. 5 v. f) ANAIS30 CONGRESSO BRASILEIRO DE FILOSOFIA, 6.,1999, São Paulo. Meio século de filosofia. São Paulo: Legnar, 2003. 2 v. 28 SOBRENOME do autor, Prenome e outros Sobrenomes (se houver, abreviados ou não). Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Tipo de documento [tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso, etc.] (o grau) – vinculação acadêmica, Instituição, local, ano da defesa. 29 Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sineloco, abreviada, entre colchetes [s.l.]. 30 NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano, local (cidade) de realização. Título do documento (anais, atas, etc.) Local de publicação: editora, data da publicação. número de volumes (se houver). 69 g) ARTIGO/MATÉRIA EM REVISTA31 COVAL, Fabiano Stein. Ética e psicologia em Aristóteles. Reflexão.Os caminhos da ética. Campinas: PUC, n. 79/80, p. 11-18, jan./dez. 2001. h) ARTIGO/ MATÉRIA EM JORNAL32 COLOMBI, Adilson José. População urbana na Amazônia. Município Dia-aDia. Brusque, 12 abr. 2007. Opinião33, p. 2. i) SÉRIES E COLEÇÕES CHAUÍ, M. Leibniz: vida e obra. In: NEWTON, S. I. Princípios matemáticos; óptica; o peso e o equilíbrio dos fluídos. LEIBNIZ, G. W. A Monadologia;Discurso de metafísica e outros textos. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1983. 2. ed. (Os Pensadores). KONDER, Leandro. O que é dialética. 27. ed. São Paulo: Brasiliense, 1997. (Primeiros Passos, 23). j) NORMAS TÉCNICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 34: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 6.1.3 NORMAS DE REFERÊNCIA - MEIOS ELETRÔNICOS / PARTES a) DOCUMENTOS EM CD-ROM KOOGAN, Abrahão;HOUAISS, Antônio. Enciclopédia e dicionário Koogan Houaiss digital. São Paulo: Videolar Multimídia, 1998. 5 CD-ROM. b) DOCUMENTOS ONLINE Se houver identificação do autor no texto, coloca-lo antes do nome do site. FACULDADE SÃO LUIZ. História.Disponível em: <http: //www.faculdadesaoluiz.edu.br/instituicao/historia.asp>. Acesso em: 3 abr. 2006. 31 AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da revista. Título do fascículo, suplemento. Local da publicação: órgão responsável, volume, fascículo, página inicial e final, data. 32 Para referenciar artigo/matéria de revista ou de jornal online, seguem-se as mesmas normas, acrescentando-se as informações sobre o meio eletrônico pesquisado. 33 Quando não houver caderno, seção ou parte, a página da matéria ou do artigo precede a data. 34 O título e o subtítulo devem ser apresentados como estão no documento, separados por dois pontos. Em caso de subtítulo, apenas o título principal é grifado, podendo ser negrito ou itálico, sem chegar aos dois pontos. Quando não existir título deve-se apresentar alguma frase ou palavra que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes. 70 c) PARTES DE MONOGRAFIA35 RIBEIRO, Daniel Antônio de Carvalho. Igreja: função singular na idade média. In: ______. A idade média e a “idade média”. Brusque: [s.n.], 2003 d) PARTE DE UMA OBRA SILVEIRA, René José Trentin. A filosofia como atitude de vida: “aprender” ou “fazer” filosofia?In: LOMBARDI, José Claudinei (Org.). Globalização, pósmodernidade e educação: história, filosofia e temas transversais. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados; Caçador, SC: UnC36, 2003. p.111-115. e) CAPÍTULO DE LIVRO CASSIRER, Ernst. A definição do homem nos termos da cultura humana. In: ______. Ensaio sobre o homem:introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 2001. cap. 6, p. 107-120. 6.1.4 Referências de citações clássicas Para indicar a origem de uma citação feita a partir de um autor ou de uma obra clássica, principalmente nos campos da filosofia, da teologia e da história, é comum referenciar o texto segundo certos critérios que são universalmente válidos e específicos para cada autor. Tais padrões de referência obedecem a nomenclaturas e divisões que foram propostas consensualmente pelos sistematizadores das obras, tradutores e compiladores que organizaram os escritos. Feitas estas considerações, faz-se saber que os autores clássicos antigos, patrísticos, medievais, aqueles renascentistas e do período moderno que gozam de particular notoriedade, bem como santos, pontífices, reis, imperadores, religiosos, patriarcas etc. são referenciados na citação da seguinte maneira: NOME DO AUTOR, Título da obra (em itálico; pode ser abreviado), referência específica de acordo com a divisão própria da obra. EXEMPLOS: PLATÃO,Teeteto, 183e. PLATÃO, Parmênides, 137d-e. 35 Para referenciar monografias online, seguem-se as mesmas normas das partes de monografias, acrescentando-se as informações sobre o meio eletrônico pesquisado. 36 Em caso de haver duas editoras, indicam-se ambas com os respectivos locais (cidades). Já se forem três ou mais, indica-se a primeira ou a que estiver em destaque. 71 ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, VII, 9. ARISTÓTELES, Sobre a geração e a corrupção, 10, 372b, 29-31. LUCRÉCIO, De rerum natura, I, 328-330; 431-434. PLOTINO, Enéadas, VI, 9, 3. DIÓGENES LAÉRCIO, Vida dos filósofos, VI, 11. AGOSTINHO, De civitate Dei, XI, 26. AGOSTINHO, A cidade de Deus, XIV, 28. AGOSTINHO, Contra academicos, III. AGOSTINHO, De vera religione, XXXIX, 72. AGOSTINHO, Confessionum libri XIII, IV, 16, 31. ANSELMO DE AOSTA, Proslogium, 2. ALBERTO MAGNO, De natura et orig. animae, 2, 16. EUSÉBIO DE CESARÉIA, Hist. eccl., X, 4, 68. CLEMENTE DE ALEXANDRIA, Stromata, II, 20, 107, 2. AVICENA, Sufficientiae, I, 6. AVICENA, Metaphysica, VIII, 2. AVERRÓIS, In de caelo, III, c. 67. TOMÁS DE AQUINO, De anima, a. 2. TOMÁS DE AQUINO, De ente et essentia, 4. TOMÁS DE AQUINO, Boethii de Trinitate, 1, a. 7. TOMÁS DE AQUINO, In I sententiarum, 48, 1, 1. DANTE ALIGHIERI, Inferno, IV, 143. BOAVENTURA, Itinerarium mentis in Deum, II, 12. MAQUIAVEL, Discorsi sulla prima deca di Tito Livio, I, 3. LUTERO, De captivitate babylonica ecclesiae, Edição de Weimar, VI, 527. CAMPANELLA, De philosophia seu metaphisica, VI, 8, 14. SUAREZ, De ult. fine hom. I, 3, 1. BACON, Novum organon, II, 41-61. DESCARTES, Discurso sobre o método, IV. DESCARTES, Regulae ad directionem ingenii, regra II. PASCAL, Pensées, 233. SPINOZA, Ethica ordine geométrico demonstrata, I, Definitiones. SPINOZA, Ethica, V, propositio III. LOCKE, Ensaio sobre o entendimento humano, II, 23, 2. 72 Esta forma de referência é utilíssima dentro da pesquisa científica por permitir que a citação seja conferida em qualquer edição ou tradução que siga a numeração clássica, dando à produção acadêmica maior grau de cientificidade e universalidade em suas referências. Contudo, esta forma de referência do texto não é contemplada pelas normas da ABNT. Entende-se, então, que se deva, junto à referência clássica, indicar também a obra que serviu para a extração da citação (qual o tradutor, a edição etc.). Assim, sugere-se que a forma de referência clássica apareça indicada no texto (entre parênteses) e a referência da obra da qual a citação foi extraída seja indicada em nota de rodapé, segundo as normas da ABNT. EXEMPLO: No texto: Por potência, pode-se entender a possibilidade de uma mudança qualquer, ou melhor dizendo, “[...] o princípio de movimento ou de mudança que se encontra em outra coisa ou na própria coisa enquanto outra” (ARISTÓTELES, Metafísica, IV 12, 1019a, 15)1. _______________ 1 ARISTÓTELES, 2002, p. 225. Na referência bibliográfica: ARISTÓTELES. Metafísica. Texto grego com tradução e comentário de Giovanni Reale. Trad. ao port. Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002. No texto: Platão (Fedro, 278d)1, ao fazer referência aos sábios da Grécia arcaica (Homero, Sólon), para os quais Fedro buscava uma denominação apropriada, observou que seria demasiadamente excessivo chamá-los de sábios (sophós), sendo mais adequado chamar a cada um deles de amigo da sabedoria (philosophós) ou algo semelhante. _______________ 1 PLATÃO, 1966, p. 267. 73 Na referência bibliográfica: PLATÃO. Diálogos: Mênon, Banquete, Fédon. Trad. de Jorge Paleikat. Rio de Janeiro: Globo, 1966. v. 1. No texto: Santo Tomás lembra na sua Summatheologiae (II-II, q. 64, a. 7, ad 3)1 que “o clérigo, mesmo se matar a outrem para se defender, é irregular, embora tenha a intenção de se defender e não, de matar”. OU: O ato de matar a alguém, mesmo tendo em vista a autodefesa, demonstra em si uma irregularidade, tal que “o clérigo, mesmo se matar a outrem para se defender, é irregular, embora tenha a intenção de se defender e não, de matar” (TOMÁS DE AQUINO, Sum. theo., II-II, q. 64, a. 7, ad 3)1. _________________ 1 TOMÁS DE AQUINO, 1980, p. 2549. Na referência bibliográfica: TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Trad. de Alexandre Corrêa. 2. ed. Porto Alegre: EST, Sulina; Caxias do Sul: UCS, 1980. v.5. No texto: O Aquinate (C. gent.III, c. 2)lembra que “[…] el impulso de todo agente se dirige hacia algo cierto, pues de una potencia determinada no procede cualquier acción, sino que del calor procede la calefacción y del frío la refrigeración.”1 _________________ 1 TOMÁS DE AQUINO, 1953, p. 74. Na referência bibliográfica: TOMÁS DE AQUINO. Suma contra los gentiles. Trad. Jesus M. Pla. Castellano. Madrid: Católica, 1953. v. 2. 74 6.1.4.1 Outros elementos de referência a obras clássicas Depois dos elementos já indicados nas referências exemplificadas, é prática comum, em se tratando de textos clássicos, referenciar também a coleção ou o editor principal responsável por alguma obra significativa que contenha as obras do autor original. a) Citando a coleção Essas coleções são inúmeras e se tornam conhecidas dos pesquisadores através do seu uso. Por isso, geralmente são citadas apenas em siglas com a respectiva indicação. Exemplo: AGOSTINHO, De civ. Dei VII, 26: CCL 47, 246-248; PL 41, 253-255. Nesta citação, vê-se que após a referência da obra de Santo Agostinho estão colocados dois pontos e em seguida uma primeira sigla assim escrita “CCL”. Esta sigla indica a célebre coleção Corpus Christianorum. Series Latina, Turnhout 1953s. Os números que seguem dão a referência dentro desta coleção, muito utilizada pelos pesquisadores. A sigla “PL”, que se separa por ponto-e-vírgula da citação da coleção do CCL, indica outra coleção muito conhecida, principalmente em assuntos de filosofia e teologia. Indica a obra Patrologiaecursuscompletus do abade francês JacquesPaul Migne, compilada entre 1841-1864. O “L” da sigla indica a série latina, para diferenciar da série grega, indicada como “PG”. Outro Exemplo: “[...] Pois Deus não cessou de tudo empreender para fazer o homem subir até ele e fazê-lo sentar-se à sua direita”.1 _______________ 1 JOÃO CRISÓSTOMO, Serm. in Gen., 2, 1: PG 54, 587D-588A. b) Citando o editor Algumas das citações clássicas fazem referência ao editor responsável pela formatação da obra que se tornou padrão para o estudo crítico da mesma. 75 Exemplo: AMBRÓSIO, De bono mortis, 4, 13-15: Schenkl 714,10-717,12. Esta referência mostra a obra de Santo Ambrósio a partir da edição feita por Karl Schenkl compilada na coleção Corpus Scriptorum Ecclesiasticorum Latinorum, Wein, 1865s, conhecida pela sigla CSEL. A citação também poderia ter sido feita assim: AMBRÓSIO, De bono mortis, 4, 13-15: CSEL 32, 1, p. 714,10-717,12. OBSERVAÇÃO: Para que as citações clássicas, sejam feitas com precisão e coerência com a obra original, é necessário que se conheça a estrutura da obra e como ela foi organizada. O mesmo é válido para as siglas das coleções, que devem ser citadas segundo o uso padrão. 76 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Cientifico. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação - trabalhos acadêmicos - apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6023: informação e documentação – referências - elaboração. Rio de Janeiro, 2002. BOOTH, Wayne C.; COLOM, Gregory G., WIlLIAMS, Joseph. A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes, 2000. DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. FARINA, Raffaello. Metodologia: avviamento alla tecnica del lavoro scientifico. 4. ed. Roma: LAS, 1986. FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnicocientíficas. 7. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004. GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas: Alínea, 2003. JANSSENS, Jos. Note di metodologia: elenco bibliografico, nota bibliografica, stesura del testo. 3. ed. Roma: PUG, 1989. KOCH, Eloy Dorvalino. Convento SCJ: contribuição à história de Brusque. Florianópolis [s. n.], 1992. MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e padrões para teses, dissertações e monografias. 5. ed. Londrina: EDUEL, 2003. PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA FACULDADE SÃO LUIZ, 2008/2010. SALOMON, Delcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho científico. 4. ed. Belo horizonte: Interlivro, 1974. SOUZA, Antônio Carlos de; FIALHO, Francisco Antonio Pereira; OTANI, Nilo. TCC: Métodos e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007.