III SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA. 2014 385 Inventário Rápido da Chiropterofauna em Fragmentos Florestais na Região de Joatuba, Laranja da Terra - ES V. T. Pimenta1*; I. S. Borloti1; J. P. M. Hoppe1 & A. D. Ditchfield1 1 Laboratório de Estudos em Quirópteros- Universidade Federal do Espírito Santo. *Email para correspondência: [email protected]. Introdução A importância de se inventariar mamíferos é ressaltada por Pardini et al. (2003) devido ao grau de ameaça e importância ecológica do grupo. Levantamentos acurados sobre a ocorrência ou não ocorrência de espécies nas unidades de conservação ou fragmentos florestais são de grande importância para pesquisas científicas. Levantamentos são essenciais para originar políticas de manejo de recursos naturais, preservação da biodiversidade dentro dos limites das unidades de conservação e identificar expansões ou novas reservas (Stohlgren et al., 1995). No entanto situações emergenciais e a falta de recursos financeiros limitam a realização de inventários em longo prazo. Para suprir estas deficiências, desde 1992 a “Nature Conservancy” tem realizado Programas de Avaliação Biológica Rápida que objetivam coletar, analisar e disseminar informações sobre áreas importantes para a conservação da biodiversidade (Young et al. 2003). A Ordem Chiroptera merece uma atenção especial, pois é a segunda ordem mais especiosa dentre os mamíferos. Possivelmente devido a grande diversidade de hábitos alimentares é a ordem mais diversa localmente (Reis et al., 2007). Na região Neotropical essa diversidade alimentar alcança seu nível máximo, não só de morcegos, mas também de toda a Classe Mammalia (Gardner, 1977; Ferrarezi & Gimenez, 1996; Freeman, 2000; Wetterer et al., 2000; Simmons, 2005). A família Phillostomidae ocupa virtualmente todos os níveis tróficos (Fenton, et al., 1992), podendo ocorrer numa mesma localidade morcegos nectarívoros, frugívoros, insetívoros, carnívoros e até os hematófagos (Simmons, 2005). Material e Métodos Área de estudos. A área amostrada localiza-se no distrito de Joatuba, zona rural do município de Laranja da Terra, região leste do estado do Espírito Santo (19º 52` 43,30``S e 40º 57` 34,96``O, altitude de 258 m). A região possui vegetação nativa altamente 386 PIMENTA ET AL.: INVENTÁRIO RÁPIDO DA CHIROPTEROFAUNA. fragmentada, sendo que a monocultura de tomate e a pecuária bovina ocupam a maior parte da paisagem local. O relevo é acidentado e o clima é do tipo tropical quente e seco, com estação chuvosa no verão e seca no inverno. Inserida no bioma da Mata Atlântida, a formação vegetal dominante é a Floresta Estacional Semidecidua, caracterizada por ser uma mata verde na época chuvosa e com perda de folhas na época seca (MMA, 2007). Os dois maiores fragmentos de mata na região foram amostrados, ambos possuem em torno de cinco hectares e são distantes entre si por 1,2 km (19º 53` 14,67``S e 40º 56` 40,51` O, altitude de 381 m, ponto médio entre os dois fragmentos). Coleta dos dados. Foram realizadas oito noites de amostragem, uma por mês, no período entre junho de 2009 e janeiro de 2010. Os morcegos foram amostrados por meio de redes de neblina, armadas no sub-bosque até 3 m de altura. Oito redes (cinco de 6 x 2,5 m, duas de 9 x 2,5 m e uma de 12 x 2,5 m) foram utilizadas em cada noite, expostas durante as primeiras seis horas após anoitecer. O esforço amostral foi calculado na forma de redehoras, sendo que a área de cada rede somada foi multiplicada pelo número de horas expostas (rede.hora). O índice de capturas foi calculado dividindo-se o número de morcegos capturados pelo esforço amostral. Os seguintes dados foram registrados para cada morcego capturado: espécie, sexo, estado reprodutivo, medida de antebraço e peso. Os primeiros indivíduos de cada espécie foram coletados como espécimes testemunho e levados ao Laboratório de Estudo em Quirópteros na Universidade Federal do Espírito Santo, onde foram mortos pelo processo de quebra da coluna cervical, fixados em formol 10% e conservados em meio úmido (etanol 70%). Análise dos dados. As capturas foram separadas de acordo com o horário, definidas em intervalos de uma hora, com cada noite tendo seis amostras. Foi realizada uma estimativa de riqueza de espécies utilizando o estimador Jackknife de segunda ordem (Jackknife2) que segundo Rex et al. (2008) é o mais eficiente na estimativa da riqueza de espécies de morcegos utilizando um inventário incompleto. Esse método é importante para detectar espécies que são pouco abundantes e que por isso são difíceis de serem encontradas em levantamentos (Chao, 1984). Duas curvas de acumulação de espécies foram feitas, uma para capturas observadas durante o período de amostragem, e outra usando os dados observados para estimativas de esforço amostral maior, utilizando a rarefação de Coleman, que permite estimar a velocidade que se acrescentariam espécies inéditas. Realizou-se um cálculo de dominância utilizando o índice de Berger-Parker. Este índice estima a dominância dentro de uma comunidade, ou seja, verifica se há ou não dominância de uma determinada espécie numa comunidade (Berger & Parker, 1970). A III SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA. 2014 387 homogeneidade ou a equitabilidade (J) da comunidade de morcegos foi analisada pelo índice de Pielou, que determina a distribuição dos indivíduos entre as espécies. Este índice varia entre zero e um, sendo que valores próximos a um indicam uma maior equitabilidade das espécies na amostra, ou seja, as abundâncias são semelhantes (Ludwing & Reynolds, 1988; Pinto-Coelho, 2000) A diversidade de espécies da área foi determinada a partir do índice de Shannon-wiener (H´). Este índice se baseia em informações teóricas e mede o grau de incerteza em predizer qual será a espécie a que pertence um indivíduo tomado ao acaso de uma amostra de „S‟ espécies e „N‟ indivíduos (Odum, 1988). De acordo com Pinto-Coelho (2000), o índice de diversidade de Shannon-Wiener (H) reflete dois atributos básicos: o número e a equitatibidade de espécies, assumindo que todos os indivíduos são amostrados aleatoriamente, e que todas as espécies estão representadas na amostra. Essas análises (riqueza, diversidade, equitabilidade dominância) foram importantes para dizer o quanto a amostragem foi representativa da riqueza de espécies da comunidade. Uma análise de influência da competição interespecífica requer uma amostragem representativa dessa riqueza. Resultados e Discussão O estudo registrou um esforço amostral de 150 m2/h, gerando 900 m2.h por noite de amostragem totalizando 7200 m2.h de redes expostas, o sucesso de capturas atingiu 0,0238 capturas/m2.h. Registrando um total de 172 capturas que representam duas famílias, oito gêneros e 14 espécies (Tabela 1). A família mais comum amostrada foi Phyllostomidae (n=171, 7 gêneros, 12 espécies) desta a subfamília Carollinae teve a maior abundância (n=66, 1 gêneros, 2 espécies), embora a subfamília Stenodermatinae tenha apresentado maior riqueza de táxons (n=55, 2 gêneros, 5 espécies). A família Vespertilionidae teve apenas uma captura da espécie Myotis riparius. Carollia perspicillata (Phyllostomidae, Carollinae, n=62) e Artibeus lituratus (Phyllostomidae, Stenodermatinae, n=22), foram as espécies mais comuns. Morcegos da Família Molossidae foram visualizados forrageando durante o final da tarde, porém nenhum foi capturado. A estimativa de riqueza da área alcançou 16 - 20 espécies. A curva de acumulação de espécies gerada usando dados brutos (Figura 1) pareceu estar perto de estabilizar, porém, aquela gerada pelo método de Rarefação de Coleman (figura 2) mostrou que a amostragem da área está incompleta. 388 PIMENTA ET AL.: INVENTÁRIO RÁPIDO DA CHIROPTEROFAUNA. Figura 1. Curva do coletor observada. Eixo x: noites de amostragem; eixo y: número de espécies acumuladas. Figura 2. Curva do coletor produzida pela Rarefação de Coleman.. Eixo x: noites de amostragem; eixo y: número de espécies acumuladas. O resultado para o índice de Berger-Parker foi d=0,360465116 e 1/d=2,77419355. O índice de homogeneidade e equitabilidade de Pielou resultou em j = 0,7407496. A diversidade da área foi medida com os índices de Shannon-Wiener, resultando em h= 1,854881. A diversidade é baixa para uma área de floresta de Mata Atlântica, apresentando um número pouco superior ao encontrado por Oprea et al. (2009) para uma restinga capixaba. As espécies de morcegos frugívoros (Artibeus fimbriatus, A. lituratus, A. obscurus, Carollia brevicauda, C. Perspicillata, Platyrrhinus lineatus e P. recifinus) representam metade da riqueza de espécies (n=7) e mais da metade das capturas (n=110, 64%). Morcegos insetívoros foram representados por apenas um indivíduo (Myotis riparius). Artibeus lituratus, Platyrrhinus lineatus e Glossophaga soricina são citadas como espécies generalistas e adaptadas a ambientes antropizados (Brendt & Uieda, 1996). O uso apenas de redes de neblina é o método mais empregado em inventários de morcegos em todo o Brasil (Bergallo et al. 2003, Esbérard & Bergallo 2005), pois demanda equipes III SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA. 2014 389 pequenas e baixo investimento. Este método mostra-se bastante funcional para espécies da Família Phyllostomidae e tende a subamostrar espécies das famílias Emballonuridae, Thyropteridae, Vespertilionidae e Molossidae (Voss & Emmons, 1996, Simmons & Voss, 1998). O alto número de frugívoros também é relatado como possível reflexo da amostragem com redes de neblina (Arita, 1993; Pedro & Taddei, 1997). Tabela 1. táxons de morcegos capturados na região de Joatuba, Laranja da Terra – ES, com número de indivíduos capturados. Táxon n Guilda alimentar Família Phyllostomidae Sub-família Stenodermatinae Artibeus fimbriatus 15 Frugívoro Artibeus lituratus 22 Frugívoro Artibeus obscurus 1 Frugívoro Platyrrhinus lineatus 20 Frugívoro Platyrrhinus recifinus 1 Frugívoro Sub-família Carollinae Carollia brevicauda 4 Frugívoro Carollia perspicillata 64 Frugívoro Sub-família Glossophaginae Anoura caudifer 2 Nectarívoro Anoura geoffroyi 16 Nectarívoro Glossophaga soricina 3 Nectarívoro Sub-família Desmodontinae Desmodus rotundus 1 Hematófago Sub-família Phyllostominae Phyllostomus discolor 19 Onívoro Phyllostomus hastatus 3 Onívoro Família Vespertilionidae Sub-família Myotinae Myotis riparius 1 Insetívoro 14 Número total de espécies 172 Número total de capturas A fragmentação do ambiente coloca as espécies em condição de risco, podendo resultar em extinções, bem como a perda de populações geneticamente viáveis (Erlich, 1998). A riqueza de espécies está associada com a área dos fragmentos florestais, assim como o número de espécies vulneráveis diminui progressivamente com a diminuição do tamanho da floresta (Gascon et al., 1999; Goodman & Rakotond-Ravony, 2000). Platyrrhinus recifinus é citado como vulnerável na lista vermelha da IUCN (MMA, 2008) e na lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção (Machado et al., 2005) por destruição e fragmentação do hábitat. Porém não consta na lista de espécies da fauna ameaçadas de extinção no estado do Espírito Santo. Espécie endêmica da Mata Atlântica 390 PIMENTA ET AL.: INVENTÁRIO RÁPIDO DA CHIROPTEROFAUNA. que, embora seja rara em vários pontos da distribuição (Dias & Peracchi, 2008), séries numerosas têm sido obtidas para a Mata Atlântica no Espírito Santo (Peracchi & Albuquerque 1993; Peracchi et al., 2011). Sua ocorrência em uma área altamente antropizada pode significar que a espécie não é tão sensível quanto se pensa, embora a frequência de capturas tenha sido bem menor do que P. lineatus que é a espécie mais comum do gênero deste bioma. Conclusão Inventários rápidos são ferramentas úteis para estimar a riqueza e abundância de espécies em uma determinada localidade. Tendo em vista que este tipo de metodologia demanda baixo custo financeiro e requer menos tempo de amostragem. O método com rede de neblina é eficiente para captura de espécies Phyllostomidae, subamostrando as outras famílias. O uso de outras formas de amostragens se faz necessário para tornar os inventários da chiropterofauna mais completos. Agradecimentos Agradecimentos especiais ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) pela autorização da pesquisa na área do Espírito Santo. Literatura Citada Arita, H. T. 1993. Rarity in neotropical bats: correlations with Phylogeny, diet, and body mass. 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