8 Caderno especial do Jornal do Comércio Porto Alegre, 30 de março de 2015 Marcas Dominantes são valiosas e representam desafio à concorrência É fácil compreender o conceito de "marca dominante". Sempre que o nome de uma empresa ou de um produto atinge níveis de lembrança ou de preferência iguais ou maiores que a soma de todas as demais marcas que foram citadas no mesmo setor, esse nome desfruta de uma enorme vantagem em relação ao espaço que ocupa na memória dos consumidores e na capacidade de suprir os seus desejos de compra ou de consumo. "As Marcas Dominantes são verdadeiras latifundiárias do ex- traordinário território onde as decisões são tomadas: o nosso cérebro", explica o consultor e estrategista Paulo Di Vicenzi, criador do projeto Marcas de Quem Decide e que adaptou esse conceito aos objetivos deste estudo. Nas tabelas acima são apresentadas as 10 Marcas Dominantes que atingiram os índices mais expressivos nesta edição. Elas estão ordenadas pelo tamanho da vantagem que possuem sobre o somatório das demais marcas citadas em seus respectivos setores. Na lembrança, a Sicredi é Marca Dominante que exibe a maior vantagem sobre os nomes concorrentes no setor de Cooperativa de Crédito. Está 69,2 pontos percentuais à frente de todas as outras marcas somadas. No lado das preferidas, quem fica no topo da lista é a Tramontina, como marca de Talher. Todas as demais marcas citadas nesse setor somam 8,6%, dando à Tramontina uma vantagem de 63,1 pontos percentuais. Complica a situação nos 10 setores com maior nível de desconhecimento Quando o público pesquisado pela Qualidata foi questionado sobre Auditoria Empresarial, sete em cada 10 pessoas entrevistadas não conseguiram lembrar do nome de nenhuma empresa desse setor. Esse volume é 8% mais alto que o verificado no levantamento anterior, quando Auditoria Empresarial também apareceu no topo da lista de desconhecimento de marcas. E chegou a 75,4% a quantidade de gestores de negócios e profissionais que admitiram não ter uma empresa desse setor que pudesse ser classificada como preferida. Esse resultado é 5% maior que o obtido em 2014. Nas tabelas ao lado estão relacionados os 10 setores que apresentaram os níveis mais altos de desconhecimento de marcas. Em absolutamente todos eles a variação foi para cima. Ou seja, os índices positivos sinalizam que uma quantidade maior de pessoas não está lembrando o nome de empresas que atuam nesses seto- res. E, também, que ficou maior o número daqueles dispostos a não levar tão a sério eventuais laços de fidelidades existentes nas relações com empresas desses setores. Vale refletir sobre esses dados. Cresce o número de marcas que entram na memória e no coração do público O conceito de "pulverização" está relacionado à quantidade de marcas que são citadas em determinado setor. Quanto maior esse número, mais pulverizado ele é. Por oposição, quanto menor o número de marcas mencionadas em um setor, mais concentrado ele é. Nas tabelas ao lado estão listados os 10 setores onde a pulverização é mais alta. 169 nomes foram citados em Restaurante. Foram lembrados 162 nomes em Imobiliária, e 151 foram apontadas como preferidas.