Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco Diálogos sobre pessoas dissidentes da heterossexualidade e sexualidades Anna Paula Oliveira Silva1 Resumo: O presente trabalho pretende descrever algumas dificuldades enfrentadas pelas pessoas dissidentes da heterossexualidade que buscam se organizar em uma sociedade onde boa parte baseia-se no binarismo.Para isso será necessário resgatar brevemente um pouco à Era Vitoriana descrita pela filosofia da diferença de Michael Foucault e de como as sexualidades são avaliadas pelas sociedades ocidentais de forma hierárquica e excludente. Neste percurso, destacaremos também as contribuições dos Estudos Feministas e dos Estudos de Gêneros. Palavras-Chave: Estudos de gênero, heteronormatividade, sexualidades dissidentes. 1 Introdução O presente trabalho2 pretende descrever algumas dificuldades enfrentadas pelas pessoas dissidentes da heterossexualidade3 que buscam se organizar em uma sociedade onde boa parte baseia-se no binarismo. Tal questão será considerada a partir da discussão do teórico da filosofia da diferença, Michael Foucault, e outros autores como Judith Butler (1999) e Gayle Rubin (1989) que são relevantes para os Estudos de Gêneros. Foucault(1988), em seu estudo defende a tese de que as sexualidades não são determinadas biologicamente, mas sim produtos de construções sócio-históricas. Em sua obra “A História da Sexualidade. A Vontade de Saber” (1988), o autor crítica a forma tradicional de se perceber a sexualidade como um desejo natural e mostra que existe, a todo o momento, uma produção de novas sexualidades. As discussões sobre o sistema sexo/gênero na visão da filósofa pós-estruturalista Judith Butler (1999) e da antropóloga cultural Gayle Rubin (1989) também serão contemplada nesse estudo. Nesse momento, serão discutidos sobre as diferenças e a 1 Doutoranda em Psicologia pela UNESP. Mestre em Psicologia pela UFRJ. [email protected] O presente estudo é parte do trabalho de doutorado em Psicologia que é orientado pelo professor Dr Fernando Silva Teixeira Filho. [email protected] 3 Serve para denominar as pessoas que experienciam/vivenciam os erotismos dissidentes da heterossexualidade (por exemplo, as chamadas pelo discurso médico ou psicológico de pessoas de orientação sexual homossexual ou bissexual). 2 1 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco hierarquização dos gêneros. Posteriormente, temas como homofobia, casamento entre pares do mesmo sexo, famílias dissidentes e adoção de crianças por dissidentes da heterossexualidade também serão abordados. 2 O sexo na sociedade ocidental Através das análises apresentadas por Michael Foucault sobre a história das sexualidades evidencia-se que vivemos em uma sociedade heterossexual compulsória. Nela, boa parte dos indivíduos cresce vivenciando a heterossexualidade como modelo universal absoluto e aprendem a rejeitar os erotismos dissidentes e as dissidências de gêneros. Mas existem olhares e perspectivas analíticas que criticam essa forma essencialista de se enxergar o mundo, ou seja, que se preocupam em desnaturalizar o sexo e descolá-lo do gênero e este da orientação sexual. Para Butler (1999), há um modelo de compreensão de fabricação dos gêneros e identidades (sexuais e de gêneros) que nos ajudam a compreender a presença da homofobia como fato e “destino” a serem enfrentados por tod@s4 aquel@s dissidentes das normativas heterossexuais. Nesta perspectiva gênero é um “processo que não tem origem nem fim, de modo que é algo que ‘fazemos’, e não algo que ‘somos’” (SALIH, p.67). De modo complementar e em consonância com Foucault, a antropóloga GayleRubin (1989) também critica a visão essencialista da sexualidade. Ao tratar do sistema sexo/gênero, ela adverte que a organização social do sexo está baseada no gênero, ou melhor, a sociedade é guiada por diferenças de gênero (homem e mulher, masculino e feminino), fundando-se em uma heterossexualidade obrigatória. A autora afirma que há uma hierarquia das sexualidades e expressões de gêneros que regula as relações humanas e organiza todo um sistema de privilégios e de desigualdades a partir de uma pirâmide erótica na sociedade. Fazer parte do topo da pirâmide significa adquirir status e, consequentemente, os benefícios e privilégios sociais, econômicos e materiais a ele associado. Quanto mais alguém se encontrar abaixo dessa hierarquização, mais sofrerá discriminação. 4 O símbolo arroba (@)será utilizado quando necessário em algumas palavras do trabalho, em consonância com os Estudos Feministas que buscam estrategicamente desconstruir o machismo e o sexismo na língua portuguesa. 2 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco Encontram-se na base da pirâmide os dissidentes da heterossexualidade e, por conseguinte, desprovidos de direitos e associados à abjeção5. Apesar de Michael Foucault não problematizar diretamente as relações de gêneros em seus estudos, suas analises sobre sexo, sexualidade e poder, assim como, a ordem dos discursos e os dispositivos disciplinares e de regulação servem como caixa de ferramentas imprescindíveis para as problematizações sobre os estudos feministas, LGBTTTI6, os Estudos Queer e as análises de gêneros. De acordo com Foucault (1988), antes da Era Vitoriana, existiam discursos sem vergonha e corpos eram colocados à mostra que circulavam e relatavam experiências sexuais sem reticencias. Mas foi a partir do século XVIII que começou a proliferar discursos sobre o sexo que se propagavam por meio de instituições que controlavam as pessoas e a população em geral, como as escolas, as famílias, as igrejas, as ciências e tantas outras instituições regulatórias. Assim, essa Era foi caracterizada por uma rígida repressão das práticas sexuais e acompanhada de uma intensa valorização da vida familiar patriarcal e burguesa. Nesse período, as sexualidades passaram a ser contidas e limitadas a função reprodutora dentro da família hetero-conjugal. Por essa ocasião até podia-se falar sobre sexo, mas desde que fosse em local controlado e permitido pelas normas da época. A sexualidade passou a ser adotada como medida de valor e verdade e, seguindo essas proposições,as ciências passaram a investigá-la, pois acreditavam que ela poderia descrever algo sobre o indivíduo. Com isso, tudo o que fugia à norma estabelecida como regimes de verdades foi designado como desviante. Assim, existia a norma heterossexual e monogâmica, vista como padrão, e aqueles que não a seguiam eram vistos como inadequados. O sexo passou a ser visto como um risco, o que resultava em falar cada vez mais dele. Portanto, aponta-se que “a emergência de novas formas de existências e suas novas formas de relações humanas, solicita urgência para que as classificações nosográficas, sexuais e de gêneros sejam colocadas em análise” (PERES, 2005. p.19). 5 A abjeção refere-se ao espaço a que a coletividade costuma relegar aqueles e aquelas que considera uma ameaça ao seu bom funcionamento, à ordem social e política. 6 Trata-se de acrônomo para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexos. 3 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco 3 O feminismo e a visibilidade dos dissidentes da heterossexualidade A visibilidade que os dissidentes da heterossexualidade estão conquistando ocorreram à custa de lutas sociais emancipatórias e discussões teóricas de intelectuais nas décadas de 1960 e 1970. Nessa época, o feminismo precisava “justificar que as mulheres, tanto quanto os homens, também são sujeitos de desejo e, como tal, devem ter o direito à igualdade de oportunidades e transito social em pé de igualdade” (TEIXEIRA FILHO, 2013 p.17). Nessa perspectiva, o Movimento Feminista é dividido em momentos. O primeiro se deu com o sufragismo, ou seja, estava voltado para estender o direito do voto à mulher. Ficou conhecido como a primeira onda do feminismo. A segunda onda, além de se preocupar com demandas sociais e políticas, voltou-se também para construções teóricas que problematizavam as questões de gênero. A visibilidade das feministas vai além das marchas e protestos públicos. Elas passaram a se declarar nos livros, revistas e jornais e, posteriormente, ocuparam espaços acadêmicos, resultando no surgimento dos Estudos da Mulher. Com isso, torna-se visível uma mulher que era silenciada, segregada e submissa aos homens. Vários estudos sobre as vidas femininas surgem e um deles discute as desigualdades sociais entre homens e mulheres, a princípio conectados as características biológicas gerando teorias do patriarcado. Esse debate irá constituir o conceito de gênero (LOURO, 1997). A terceira onda é reconhecida como “feminismo da diferença”e é: marcada pela forte presença dos posicionamentos das teóricas feministas negras que instauraram no interior do movimento feminista uma necessidade de ampliação das analíticas da opressão feminina para outros termos que não o patriarcado. (TEIXEIRA FILHO, 2013, p.56). Sendo assim, surge nessa ocasião a sugestão de desnaturalizar os essencialismos com bases biológicas que colocavam a mulher num lugar de passividade e opressão. É nessa fase do feminismo que irão surgir teóricas como Judith Butler e Donna Haraway que contribuirão para a Teoria Queer7. 7 Nova política de gênero que tem como objetivo confrontar os regimes de verdade contidos nas definições de normal-anormal (patológico), a partir das críticas às normatizações postuladas no âmbito político, acadêmico e social, constituídasa partirdo poder disciplinar e de controle. 4 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco Nessa perspectiva, é relevante trazer para a discussão a homofobia declarada em relação aos dissidentes da heterossexualidade que ainda persiste em nossa sociedade. 4 Homofobia Por não seguirem as normas construídas pelas culturas ocidentais e por cruzarem as fronteiras do sistema sexo/gênero, @s dissidentes da heterossexualidade sofrem preconceitos, violências físicas e psíquicas, o que por sua vez @s destituem de direitos a ter direitos, ou seja, de acesso à cidadania. Alguns indivíduos se revelam e saem do “armário”, outros preferem se esconder. Para Sedgwick (2007), a homossexualidade é estabelecida como um segredo que não pode ser revelado e tem que ser mantido dentro do “armário”. Como mencionado anteriormente, a heterossexualidade, para a nossa sociedade, é tida como modelo universal de normalidade. Assim, todas as pessoas devem ser heterossexuais. Neste sentido, “sair do armário” não é algo que já tenha sido superado (SEDGWICK, 2007). Deste modo, @s dissidentes da heterossexualidade constroem novos armários. Isso depende muito das relações de poder que são estabelecidas em determinado momento. Revelar-se como dissidente da heterossexualidade pode incitar contra si atitudes homofóbicas. A homofobia é um “fenômeno social e cultural” caracterizado pelo “medo ou rejeição da homossexualidade”. Esse receio é “um fenômeno cultural que está longe de ser universal, e que reveste diferentes formas e significações segundo o contexto” (CASTAÑEDA, 2007, p.81). A homofobia também pode ser entendida como um princípio ideológico, uma atitude, um sistema de crenças e valores que provoca dor a milhões de pessoas por ter orientação sexual diferente da maioria e quer se manifestar em seu ambiente para a vida pessoal, familiar e social (LÓPEZ, s/d, p.2). Podemos observar várias dificuldades que @s dissidentes da heterossexualidade passam para conseguir alcançar seus objetivos, entre elas desemprego, preconceito, conservadorismo, dificuldade em adotar. Mesmo assim eles desejam se casar, adotar uma criança e serem reconhecidos como uma entidade familiar e cidadã. 5 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco 5 A adoção na família dissidente O casamento entre pares do mesmo sexo passou a ser permitido no ano de 2013 no Brasil.De acordo com Cabral (s/d), a união estável é estabelecida pela relação informal e está fundamentada nos afetos. Já o casamento e o testamento público são os negócios jurídicos mais imponentes do ordenamento jurídico e demanda livre manifestação de vontade, testemunhas, cumprimento do princípio da oralidade e assinatura (do testador ou dos nubentes, conforme o caso). Optam se casar aqueles que estão dispostos a exercer as formalidades e a atribuir certos direitos ao outro cônjuge. @s dissidentes tiveram que esperar por muitos anos para alcançarem o direito ao casamento. Enfrentaram e ainda enfrentam preconceitos, pois a homossexualidade estabelecia um prenúncio à ordem social. Ela ameaçava: “à reprodução biológica, à divisão tradicional de poder entre homem e mulher na família e na sociedade e, sobretudo, à manutenção dos valores e da moralidade responsáveis por toda uma ordem e visão de mundo” (MISKOLCI, 2007, p.105). Então seria o casamento entre pares do mesmo sexo uma vitória ou um aprisionamento ao sistema heterossexual? Casar não seria normatizar? O casamento responde aos direitos de quem? O casamento realmente garante que o casal dissidente seja uma família? Mas já que são casados porque não podem adotar? Butler (2003) acredita que o casamento é algo que os dissidentes da heterossexualidade não deveriam se orgulhar, pois muitos foram os estigmas sociais que eles passaram e passam. Para ela: ... a tendência recente para o casamento gay é, de certo modo, uma resposta à AIDS e, em particular, uma resposta envergonhada, uma resposta na qual a comunidade gay busca desautorizar sua chamada promiscuidade, uma resposta na qual parecemos saudáveis e normais e capazes de manter relações monogâmicas ao longo do tempo. (BUTLER, 2003, p.239). O casamento traria para a sociedade um ar de mais tranquilidade, pois casar significa normatizar, se enquadrar, seguir o modelo imposto pela sociedade e pelo Estado. Contudo os estigmas deixariam de existir? Sobre as configurações do matrimonio igualitário ainda persistem problematizações a respeito da adoção de crianças considerando que equivocadamente 6 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco ainda ronda os dissidentes da heterossexualidade o estigma da pedofilia. Muitos sujeitos ainda necessitam permanecer no armário na hora de procurar um emprego ou quando vão solicitar a adoção de uma criança. Existem muitos preconceitos e mitos que permeiam o âmbito da adoção. Destaca-se que quando a pessoa que pleiteia a adoção é um dissidente da heterossexualidade, o que fica explícito quando se trata de uma família dissidente, várias organizações se pronunciam contra a deliberação da adoção. São elas: Igreja Católica e outas ordens religiosas; e o campo jurídico (adoção só ocorre por via judicial/jurisprudência). Considerações Finais Neste trabalho abordamos algumas dificuldades enfrentadas pelas pessoas dissidentes da heterossexualidade que buscam se organizar em uma sociedade onde boa parte baseia-se no binarismo. Concluímos que são várias dificuldades. Elas são: Sexualidades avaliadas pela sociedade ocidental de forma hierárquica; Fazer parte de uma sociedade heterossexual compulsória; Homofobia; e Preconceitos no âmbito da adoção. É nítido que a família nuclear heterossexual não pode ser mais vista como o único modelo de família, o enfrentamento desses sujeitos feito através de associações LGBT e outras políticas estão contribuindo para que a sociedade passe a enxergar a diversidade de famílias que desejam a sua visibilidade e é isso que percebemos diante de novos arranjos familiares possíveis e viáveis em nossa sociedade. O casamento beneficia uma boa parte dos sujeitos dissidentes. E os que não desejam se casar, mas querem adotar uma criança? Para eles só restará o local mais baixo da pirâmide erótica proposta por Gayle Rubin (1989). Sobre a adoção, existem dissidentes que desejam adotar, mas os preconceitos sobre o adotante muitas vezes é um empecilho para a construção de um laço de amor e afetos entre uma pessoa e uma criança. É necessário desconstruir as normas pela qual estamos aprisionados há anos, as pessoas querem desejar além da norma, as expressões dos “devires” estão pedindo passagem para que as diferentes formas de existências e de expressão das sexualidades sejam reconhecidas e respeitadas como direitos detod@s. 7 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT5 – Gênero, Corpo e Sexualidades - Coord. Martha Ramírez-Galvéz e Carolina Branco Referências bibliográficas BUTLER, Judith. (2003) O parentesco é sempre tido como heterossexual? Campinas, Cadernos Pagu, Unicamp, (21) 2003. BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. CASTAÑEDA, Marina. A experiência homossexual: explicações e conselhos para os homossexuais, suas famílias e seus terapeutas. Tradução de Brigitte Hervot e Fernando Silva Teixeira-Filho. São Paulo: A Girafa Editora, 2007. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988. LÓPEZ, Jorge JavierOsma. Víctimas de la homofobia: consecuencias psicológicas. ACGIL – Associación Cristiana de Gais i Lesbianes de Catalunya., s/d Retirado de: <http://www.acgil.org/documents/246_documents_Victimasdelahomofobia,JorgeOsma. pdf>. Acesso em: 12 fev. 2013. LOURO, Guacira Lopes. A emergência do gênero. In: Gênero sexualidade e educação 1997. MISKOLCI, Richard. Pânicos morais e controle social – reflexões sobre o casamento gay. Cadernos Pagu (UNICAMP), v. 28, p. 101-128, 2007. PERES, Wiliam Siqueira. (2005).Subjetividade das travestis brasileiras: da vulnerabilidade da estigmatização à construção da cidadania. Rio de Janeiro: RJ, Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Programa de Pós Graduação em Psicologia, (Tese, Doutorado). RUBIN, Gayle. Reflexionando sobre el sexo: notas para uma teoria radical de la sexualidade. Tradução Julio Velasco e Maria Angeles Toda. In: Vance, C. s. (Comp.). Placer y peligro: explorando la sexualidadefeminina. Madrid: TalasaEdiciones, 1989. SALIH, Sarah. Judith Butler e a teoria queer. Tradução de Guacira Lopes Louro. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. SEDGWICK, EveKosofsky. A epistemologia do armário. Cadernos PAGU, n.28, janjun, 2007, p.19-54. TEIXEIRA FILHO, Fernando Silva. (2013) Psicologia e teoria queer: das identidades aos devires. São Paulo: SP, Universidade Estadual Paulista. (Tese de Livre Docência). 8