Nº 08 - Setembro 2009 Adriana Ortiz-Ortega é PhD em Ciências Sociais pela Yale University e pós-doutora pela Rutgers University. É conselheira acadêmica da Secretaria Geral da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), membro do Sistema Nacional de Investigadores (SNI) e autora de vários artigos e livros sobre políticas de aborto e direitos sexuais e reprodutivos. Adriana concedeu uma breve entrevista ao nosso informativo, sobre sua carreira e a atuação no Comitê de Seleção de Conteúdo do Scopus, que reproduzimos agora: Adriana Ortiz-Ortega Elsevier News: A senhora é doutora em Ciências Políticas e mestra em Economia Política e em Ciências Políticas e Filosofia. Como surgiu o interesse pelos temas aos quais se dedica atualmente? Adriana Ortiz-Ortega: Para mim, a ciência política representa meu interesse em ver como se dá a ação coletiva, como as ideias permeiam a sociedade e o que se faz com elas. É um tema vibrante que sempre me apaixona. “Para mim, a ciência política representa meu interesse em ver como se dá a ação coletiva, como as ideias permeiam a sociedade e o que se faz com elas” EN: Como vê a produção científica latino-americana nessas áreas? AO: Existem autores que trabalham os movimentos sociais e agentes políticos emergentes. As contribuições da América Latina tem sido fundamentais para estudar a transição para a democracia, entender o clientelismo e os movimentos sociais. Sem dúvida, reconhecer essas contribuições não me impede de constatar que a ciência política no mundo deve renovar-se para estar mais de acordo com as novas realidades que vão surgindo, sobretudo na área de gênero e sexualidades. EN: Em linhas gerais, como tem sido o trabalho do projeto de pesquisa realizado na China, África do Sul, México, Argentina e Chile: “A inserção de gênero e das sexualidades no currículo universitário nos contextos asiáticos, latino-americanos e africanos”, que se desenvolve desde 2004? AO: Tem sido um trabalho estimulante, pois tem me permitido estabelecer um diálogo global em torno dos temas do projeto, graças ao uso de plataformas virtuais temos conseguido avançar na integração de uma discussão que já dura cinco anos e começa a produzir os primeiros artigos. EN: Como pretende direcionar seu trabalho como novo membro do Comitê de Seleção de Conteúdo do Scopus? AO: Para mim, ser parte deste comitê é uma enorme oportunidade. Assumo desejando que minha experiência, formação interdisciplinar e o trabalho como assessora acadêmica da UNAM me permitam fazer contribuições de valor.