Trabalho sobre forma sonata para a disciplina de Apreciação musical
Professor: Frederico
HISTÓRICO
• A forma-sonata surgiu no início do Classicismo,
em meados do século XVIII. Embora não se
saiba quem foi seu criador, ela deve muito de
sua existência a um dos filhos de Bach, Carl
Philipp Emanuel. Ele foi um dos primeiros a
adotá-la em seus concertos, sonatas e
sinfonias, e praticamente definiu a forma.
• No Barroco, o termo “sonata” era usado para
definir qualquer gênero puramente instrumental
– assim como “cantata” era um gênero vocal. As
sonatas de Scarlatti, por exemplo, eram
compostas no esquema A-B.
VISÃO,GERAL
• A forma-sonata pode ser esquematizada como
qualquer forma ternária, A-B-A, como um
scherzo, por exemplo. Porém, ficou mais usual
anotar a sonata como exposiçãodesenvolvimento-reexposição.
• A forma-sonata se inicia com a exposição, onde,
como o próprio nome indica, são apresentados
os temas; no desenvolvimento, eles são
transformados, tratados de maneiras diferentes;
e, na reexposição, o material temático retorna à
sua forma original, embora nem sempre isso
signifique um retorno literal.
Estrutura
• Exposição: Tema A, na tônica, tema B, na dominante.
• A exposição pode ser precedida por uma breve
introdução, mais lenta ou mais "fraca" que a melodia
principal
• Desenvolvimento: Temas A' e B', executados
aleatoriamente em tons distintos.
• Reexposição: Temas A e B na tônica ou na
dominante.
• A reexposição pode ser sucedida por uma coda, um
trecho musical de caráter rápido e conclusivo, com o
propósito de dar as "considerações finais" da
música.
Resumo geral da estrutura sonata
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Exposição
A
Ponte
B
Coda
tônica modulante Dominante
Obs: a exposição vai até a barra dupla.
• Desenvolvimento – livre
• Reexposição
A
Ponte
B
Coda
Subdominante modul. tônica
A Sonata em Dó maior, K. 545 de Wolfgang Amadeus Mozart
(1756-1791), começa com o tema A. A partir de cerca de 10"
iniciam uma série de escalas (ponte)que levam a composição
para outra tonalidade. O tema B é tocado nesse outro tom, em
cerca de 27". Aos 38" ouvimos a coda para encerrar essa
seção. Toda essa parte é repetida.
Em cerca de 1'50" é apresentado o desenvolvimento. Nota-se
que vários elementos mostrados anteriormente aqui são
retorcidos, recombinados, reorganizados, para criar algo novo.
É como se uma criança acabasse de montar uma casa com
Lego e resolvesse fazer outra casa, com as mesmas peças da
anterior.
Em 2'15" o tema A é reapresentado, com leves diferenças. Idem
para B, em 2'45". O B é o que está mais diferente até chegar ao
coda.
• A tonalidade em que a obra foi composta
normalmente é indicada, pois tende a sugerir o
"clima" da composição, bem como sua dificuldade.
Cada instrumento têm mais facilidade de tocar em
certos tons. Além disso, associa-se a alguns tons
estados de espírito correspondentes. Por exemplo, a
tonalidade da sonata de Mozart que ouvimos, dó
maior, é associada à leveza. E, ao piano, é o tom
mais fácil de se tocar.
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Na origem do termo, sonata, de sonare (latim) era uma música para "soar":
não tinha forma definida e no Barroco foram escritas principalmente para
solistas de instrumentos de sopro ou cordas acompanhados do baixo
contínuo, que era o cravo com a mão esquerda (o baixo) reforçada por uma
viola da gamba ou fagote. As sonatas de Domenico Scarlatti foram feitas
para cravo solo e compostas no esquema A-B.Com o passar do
tempo, sonata passou a designar a forma musical definida já por Carl
Philipp Emanuel Bach (filho de J. S. Bach) e que se tornou o modelo de
música no classicismo. Na sonata clássica (Haydn, Mozart, Beethoven e
muitos outros) o primeiro movimento é desenvolvido dentro da forma
sonata, que é muito rígida, definindo assim a obra musical que em geral era
composta em três movimentos: depois desse que tem a forma predefinida
vem o movimento livre, em andamento lento (Andante, Adagio, Largo, etc) e
a peça termina com um Allegro (ou Scherzzo, como em Beethoven) com
forma: as do Rondo ou Minueto, eram as mais usadas. A sonata
no Classicismo às vezes tinha um quarto movimento:
primeiro movimento rápido, cuja forma se baseava na forma-sonata.
movimento lento, geralmente em forma de variações;
movimento dançante (minueto, por exemplo, remanescente da suíte);
movimento final, de caráter enérgico e conclusivo (scherzo, por exemplo).
Principais compositores barrocos: Purcell, Corelli, Couperin, Bach, e
Handell.
• Sonata Clássica
É uma composição para instrumentos solistas,
geralmente piano, em três movimentos
(normalmente dois rápidos e um lento), sendo
um deles escrito na forma tradicional
(exposição, desenvolvimento, reexposição). Os
compositores que mais escreveram sonatas
clássicas foram Mozart, Haydn e Beethoven.
• Forma Sonata Allegro
Esta forma mais complexa aparece muito nas sinfonias e
concertos, tanto para instrumentos como para
orquestras e em Sonatas também. Em geral no primeiro
e último movimento de um concerto ou sinfonia de 3
movimentos e frequentemente no tempo Allegro
(andamento). A Forma Sonata Allegro se destaca com
uma Introdução, o desenvolvimento dos temas e a
recapitulação das ideias. Foi a forma do auge desde o
período do Classicismo ao fim do período do
Romantismo e se encontra em diversos movimentos das
sinfonias, sonatas, quartetos de Mozart, Beethoven,
Brahams, etc e concertos de Chopin, Lliszt, Richard
Strauss etc.
Formas
•
. Forma
binária
Esta forma a música se apresenta em: AA:BB: Encontramos várias suites do
período barroco com as pequenas danças neste formato. A Forma também é
frequentemente encontrada no Coral Sacro. Exemplo: Bach escreveu inúmeros
corais neste formato. Um exemplo claro é o Versus VII da Cantata nº4, Christ lag in
todesbanden. Bach emprestou a melodia da Missa, Victimae Paschali Laudes,
original para as Festividades da Páscoa da Igreja Católica. Neste Coral, Bach usa
um total de doze compassos (sem contar com a repetição de quatro compassos
que se repetem no início, sem mudança alguma). A Parte "A" tem apenas quatro
compassos, mas ele repete esta parte como sugere a Forma Binária (levando a
Parte "A" de quatro compassos a oito após a repetição). Na repetição de "A" não há
mudança alguma no arranjo musical, somente o texto muda. Na parte "B" (nova
linha melódica), Bach muda a possibilidade deste coral estar na forma estrófica e
deixa o arranjo como na forma canção, mas ele não repetiu a parte "B" embora
manteve a parte melódica em oito compassos, dando a simetria da forma binária no
final (oito compassos em cada parte); sendo quatro compassos introduzindo o
segundo tema e os últimos quatro compassos da parte "B" Bach divide ao meio,
estendendo o tema "B" por dois compassos e numa cadência final os últimos dois
compassos, em vez de Amen, usa o Hallelujah num ritardando. Bach utiliza, ao
todo, 48 notas (semínimas) no valor de unidade de tempo para os doze compassos
(sem contar com a repetição idêntica dos primeiros quatro compassos).
• Forma Ternária
Como o nome implica, é de certa forma
similar a forma Binária, mas é
representada na seguinte estrutura: ABA'
invariavelmente a primeira parte (A) se
repete, mas quando isto acontece há uma
leve modificação---não é apenas uma
repetição do que já foi apresentado
anteriormente
• Forma Estrófica
Nesta forma temos os hinos e corais litúrgicos, aonde o
Tema "A" é o verso apresentado e a cada nova estrofe o
tema melódico se repete. O próprio Hino Nacional do
Brasil é um exemplo. O tema "A" se apresenta na
primeira estrofe:
• Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, etc, até o fim
da primeira estrofe
• e quando a segunda estrofe inicia, em:
• Deitado eternamente em berço esplêndido… etc,
• estamos de volta repetindo o tema A. Neste caso temos
"A, A, A ,A", sendo que temos dois versos na primeira
estrofe e mais dois.
•
O Concerto
Estas estruturas são definidas por material temático,
melodias, centro tonal etc. Nas épocas mais primitivas
da música era mais comum ver as variações com
mudanças simples na tonalidade Maior e menor para
cada movimento. Em geral o primeiro movimento era
mais galante, 'rápido no tempo Allegro com uma
tonalidade maior. Já o segundo movimento ficaria mais
lento, no tempo Andante, ou Largo, logo a tonalidade
mudaria também de maior (do primeiro movimento
(frequentemente Allegro) para menor. O terceiro
movimento poderia ser apresentado numa outra forma
e de volta a tonalidade principal, maior e até num
Allegro Vivace para um final triunfal e imponente. Em
geral a cada movimento a Forma muda.
• Forma Moderna
Mais recentemente a maneira de lidar com as
formas mudaram e tem sido demonstradas
através de superimposição, justaposição,
estratificação e outras interrupções e
simultaneidades. Compositores modernos
usaram, por exemplo, o minimalismo para
demonstrar o mínimo possível de contexto
harmônico numa obra, mantendo a música ao
máximo de sua simplicidade, essência e ainda
expondo uma ideia toda complexa e intrínseca.
Como exemplo temos Arvo Pärt com sua obra
Spiegel im Spiegel.
• 2. Referências bibliográficas:
• Lawrence Earp, Guillaume de Machaut: A Guide to Research, Nova
Iorque: Garland Publishing, 1995.
• The Works of Guillaume de Machaut, La Trobe University Library
(June 2, 2003). visitado: 15 Março de 2008.
• Reese, Gustave (1954). Music in the Renaissance. New York: W.W.
Norton & Co.
• Guia do Lied (em inglês)
• "Canzone", em The New Grove Dictionary of Music and Musicians,
ed. Stanley Sadie. 20 vol. Londres, Macmillan Publishers Ltd., 1980.
• The New Harvard Dictionary of Music, ed. Don Randel. Cambridge,
Massachusetts, Harvard University Press, 1986.
• Wisnik, José Miguel, "Heitor Villa-Lobos"---visitado 15 de Março de
2008
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Forma Sonata Allegro