UNIVERSIDADE C ATÓLICA DE GOIÁS COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO PROJETO DE AUTO-AVALIAÇÃO I NSTITUCIONAL GOIÂNIA, ABRIL DE 2005 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 1- HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO 2- METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2.1- Objetivos Gerais 2.2- Objetivos Específicos 2.3- Metodologia Geral 2.3.1- Procedimentos 3- DIMENSÕES DA INSTITUIÇÃO A SEREM AVALIADAS 3.1- Missão 3.1.1- Missão da UCG 3.2- Princípios 3.3- Gestão Acadêmica 3.3.1 - Formação e Perfil Social 3.3.2 - Colegialidade 3.3.3 - Busca da Excelência Acadêmico-Social 3.3.4 - Criatividade Organizacional e Administrativa 3.3.5 - Expansão Derivada de Seu Compromisso Social 4- POLÍTICAS 4.1- Ensino 4.1.1- Gestão Acadêmica dos Curso de Graduação 4.1.2- Instâncias de Trabalho da Prograd 4.2- Pesquisa 4.2.1- Política de Pesquisa 4.2.2- Institutos 4.3- Extensão 4.3.1- Política de Extensão 4.3.2- Gestão da Extensão 4.3.3- Estrutura da Proex 4.3.4- Programas Institucionais 5- RESPONSABILIDADE SOCIAL 6- COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE 6.1- O Princípio da Comunicação 6.1.1- Objetivos 6.1.2- Estratégias 7- POLÍTICA DE PESSOAL 8- INFRA-ESTRUTURA FÍSICA 9- POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE E AO EGRESSO 9.1- Estudantes 9.2- Egressos 10- SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA 11- CRONOGRAMA DA AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 11.1- Etapa de Preparação 11.2- Etapa de Execução 11.3- Etapa de Consolidação 11.4- Avaliação Externa BIBLIOGRAFIA ANEXOS 3 APRESENTAÇÃO Histórico da UCG A Universidade Católica de Goiás - UCG é a mais antiga universidade do Centro-Oeste brasileiro. No ano de 1958, Dom Fernando Gomes dos Santos, Arcebispo de Goiânia, constitui a Sociedade Goiana de Cultura - SGC, entidade jurídica destinada à organização e manutenção da UCG. No fim da década de 1950, as condições históricas eram plenamente favoráveis à implantação do ensino superior na região Centro-Oeste. Pode-se afirmar que dois projetos se delineavam: por um lado, com a criação de Brasília, havia necessidade de formar quadros que viabilizassem o Plano de Metas do governo e a própria ocupação do espaço; por outro lado, a Igreja, inserida profundamente na comunidade regional, defendia a importância da educação universitária para a formação cristã das lideranças leigas. Em 17 de outubro de 1959, o decreto presidencial nº 47.041, assinado pelo Presidente Juscelino Kubitschek, criava a Universidade de Goiás, primeira universidade do estado e do Centro-Oeste. Havia, na capital, várias Escolas de nível superior que, no momento da concretização, constituíram o núcleo de criação. A Universidade de Goiás incorporou as instituições criadas com apoio da Igreja: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Goiás (fundada em 1948), a Faculdade de Ciências Econômicas (1950), a Escola de Belas Artes (1952) e a Faculdade Goiana de Direito (1958). A Universidade de Goiás agregou também outras instituições, reconhecidas ou autorizadas a funcionar pelo Governo Federal: a Escola de Enfermagem São Vicente de Paulo (1942) e a Escola de Serviço Social de Goiás (1957). O período de 1960 a 1971 caracterizou-se por esforços para organizar e consolidar internamente a estrutura jurídica e patrimonial da Universidade. O crescimento da demanda pelo ensino superior exigiu a organização dos recursos humanos, financeiros e administrativos e, ao mesmo tempo, a expansão do espaço físico. Por meio do Decreto Presidencial nº 68.917, de 19 de julho de 1971, a Universidade de Goiás transformou-se em Universidade Católica de Goiás. Respondendo às exigências da Reforma Universitária, implantada pela Lei nº 5.540/68, em 1972, a UCG realizou significativas adequações para redimensionar a sua estrutra administrativo-acadêmica. No encerramento da década de 1970 e inicio dos anos 1980, sintonizada com o projeto político da transição democrática do país e articulada com os setores mais críticos e progressistas da Igreja, a UCG construiu uma nova proposta de universidade, reorientando seu projeto acadêmico a partir de um conjunto de princípios reunidos em um documento intitulado As Grandes Linhas e os Critérios Operacionais da UCG. A divulgação das Grandes Linhas desencadeou um processo de discussão interna acerca da identidade e do papel da UCG na sociedade. O desenvolvimento do projeto de universidade, assentado nas diretrizes emanadas das Grandes Linhas, contribui para a configuração de uma Universidade comunitária, pluralista e participativa. Para atender à dinâmica desse processo, a estrutura da Universidade - que até aquele momento contava com apenas duas Vice-Reitorias: Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos - VA e Vice-Reitoria Administrativa - VAD - foi ampliada com a criação, em 1981, de mais duas Vice-Reitorias: Vice-Reitoria para Assuntos 4 Acadêmicos e Estudantis - VAE e Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa VPG. A década de 1990 torna-se o tempo da consolidação quantitativa e qualitativa: a UCG, mediante cursos de graduação e pós-graduação, de projetos de pesquisa e atividades de extensão nas comunidades, intensifica sua importante presença na região Centro-Oeste. É, também, na década de 90 que o quadro de oferta da educação superior no estado ganha nova configuração, trazendo para a UCG elementos que têm de ser considerados no seu projeto administrativo-pedagógico à medida que impõem a ela o compromisso de demarcar o diferencial que a identifica, ou seja, ser uma Instituição de ensino superior na verdadeira acepção e, portanto, com missão para além de um ensino de qualidade social, compromissando-se com o desenvolvimento social, cultural, científico, tecnológico, econômico e político do estado de Goiás e da região Centro-Oeste. Assumir esses compromissos implica rigorosamente administrar recursos, pessoal, prédios e equipamentos numa lógica que dê conta de sua dimensão também filantrópica. Tais compromissos têm sido mantidos mediante a gestão sempre mais qualificada e para a qual a avaliação tem sido desenvolvida como instrumento fundamental nessa sua forma de existir. Considerações Acerca do Projeto de Auto -Avaliação da UCG O advento do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior - SINAES, instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, trouxe para a UCG o compromisso de rearticulação das práticas de avaliação que vinham sendo desenvolvidas, uma vez que acena, de um lado, para uma perspectiva mais ampla, dado que estarão sendo cotejados, permanentemente, indicadores da instituição, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes e, de outro, pela dimensão política ensejada, ao possibilitar que cada instância da Instituição se auto-avalie, em relação à missão por ela proposta. A condução desse processo no interior da Instituição, atendendo a esse dispositivo legal do MEC, demandou a criação da Comissão Própria de Avaliação CPA. Para a composição da CPA, foram consultados os segmentos que se fariam nela representados, quais sejam, professores, funcionários e estudantes. Quanto aos representantes da sociedade, foram indicadas pessoas de reconhecida inserção no campo educacional no estado de Goiás. O trabalho inicial da CPA consistiu num esforço de divulgação, no interior da UCG, da proposta do SINAES, com o objetivo de sensibilização de toda a comunidade acadêmica. O processo de elaboração do Projeto de Auto-Avaliação foi orientado por um diálogo entre os diversos atores que compõem a Instituição, bem como por meio de pesquisas feitas em registros e documentos que retratam as realidades de cada setor, muitos dos quais contendo diagnósticos e programas de ação. Os documentos básicos da Instituição: Plano de Desenvolvimento Institucional, Plano Estratégico de Gestão Participativa, Os Planejamentos Setoriais e folders diversos constituiram-se em peças fundamentais na composição do presente Projeto. Em processo negociado com os vários setores, foram recortadas partes dos textos básicos que expressam as políticas respectivas e as metas explícitas ou implícitas no sentido de constituírem-se em referências a partir das quais os 5 objetivos, as ações e meios serão avaliados quanto à pertinência, oportunidade, eficácia e eficiência e outros indicadores considerados adequados. Esse documento que pretende expressar a pluralidade da Instituição, embora reconheça que, por sua complexidade, outras dimensões poderão ser contempladas, estrutura-se da seguinte forma: Apresentação, Histórico da Avaliação, Metodologia da Avaliação Institucional, Dimensões da Instituição a serem Avaliadas, Políticas, Responsabilidade Social, Comunicação com a Sociedade, Política de Pessoal, InfraEstrutura Física, Política de Atendimento ao Estudante e ao Egresso, Sustentabilidade Financeira e, finalmente, Cronograma da Avaliação Institucional. Desse modo e por último, vale registrar que a Instituição reconhece o caráter inconcluso do presente Projeto à medida que a própria dinâmica, que se instituirá no interior das práticas avaliativas, oferecerá subsídios ao seu permanente aprimoramento. 1- HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO A UCG, até meados da década de 70, não dispunha de um processo formal de avaliação permanente. As primeiras iniciativas de se sistematizar um processo de avaliação iniciaram-se com as Jornadas de Avaliação e de Reflexão Intercentros, sendo a primeira denominada I Jornada Intercentros (1979) - Realidade Brasileira e Educação, com o objetivo de questionar as ações pedagógicas, buscar subsídios para o planejamento das atividades docentes, reorientar as atividades acadêmicas em geral. A partir da década de 1980, deu-se continuidade às Jornadas, por meio de ações coletivas e participativas, cujos debates acadêmicos a respeito da avaliação permanente, da melhoria da qualidade da educação e da inserção da Universidade em seu meio social contribuíram para a formulação das Grandes Linhas e Linhas Operacionais da UCG que consolidaram o novo Projeto Político Pedagógico, o qual fortalecia o compromisso da UCG com os interesses da maioria da população nos termos propostos pelos documentos do Concílio Vaticano II, de Medellín, de Puebla e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Começava, assim, a se delinear a especificidade da UCG: uma Universidade que, desde então, concebe a formação acadêmica, o ensino, a pesquisa e a extensão, como espaços onde estudantes, professores e funcionários são sujeitos na construção do saber e de uma nova Sociedade. As Jornadas Intercentros continuaram sendo o principal instrumento de avaliação já refletindo, então, a nova concepção de Universidade: II Jornada (1980), intitulada "Ciências hoje" e III Jornada (1981), na qual três temas foram discutidos: "Universidade Comunidade"; "Universidade Ensino" e "Ciência e fé". Em 1986, realizou-se a IV Jornada que passou a se denominar “Jornada Universitária”. Em 1987, uma proposta de avaliação acadêmica foi formulada a partir de vários encontros e debates, envolvendo os diversos setores da UCG. Além desses eventos, entre 1985 e 1988, vários documentos foram apresentados como desafio ao universo acadêmico, tais como Plano Diretor da UCG, Esboço de Reestruturação Institucional da UCG, História do Projeto UCG, Perfil da Comunidade Universitária, Política de Pesquisa, Política de Graduação e Política Geral de Estágio e Extensão. Em 1991, teve início um processo de avaliação como instrumento institucional permanente, com a realização de cinco etapas: 1991, 1992, 1993, 1994 e 1997. Foi um processo amplo que atingiu toda a instituição e avaliou o desempenho de docentes, servidores administrativos e diretores de Departamento. Os resultados 6 nortearam uma série de mudanças na administração, no planejamento e na priorização de recursos, tendo em vista a qualidade acadêmica. Possibilitou ainda um auto-avaliação institucional, a compreensão da complexidade dos problemas e as dificuldades para o seu enfrentamento. Nesse período 1994 o MEC criou o PAIUB (Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras) e convocou as Universidades brasileiras a elaborarem um projeto de avaliação Institucional. Dentre os projetos de avaliação apresentados ao PAIUB, pelas universidades, somente quatorze foram aprovados integralmente, entre eles o da UCG. Ainda em 1994, um novo Projeto Político Pedagógico foi delineado e explicitado no documento “Projeto Acadêmico da UCG, Processo em Construção”, concebendo a UCG como um espaço não somente acadêmico, mas, sobretudo um espaço ético e sócio-político, aberto à defesa da cidadania plena e dos direitos humanos. No período de 1999 a 2001, a avaliação concentrou-se no desempenho docente dos professores convidados, na tentativa de orientar os diretores nos processos de renovação ou rescisão de contrato dos referidos professores. Em 2002, realizou-se a primeira avaliação pelos discentes por meio da Iternet. Além da avaliação acadêmica (dos docentes, da disciplina, auto-avaliação e avaliação da turma), foram avaliados vários aspectos que interferem na vida acadêmica, tais como: organização departamental, biblioteca, extensão, pesquisa e a própria avaliação institucional. Nesse mesmo ano, com a mudança de gestão na Universidade, enfatizou-se uma reestruturação normativa e de planejamento, já que os documentos legais estavam, há muito, obsoletos. Nesse sentido, de 2002 a 2004, foram elaborados ou atualizados, com ampla discussão e participação da comunidade universitária, os seguintes documentos: Estatuto da Sociedade Goiana de Cultura, Estatuto da Universidade Católica de Goiás, Regulamento da Carreira Docente, Planejamento Estratégico de Gestão Participativa; e estão em processo de reformulação o Regulamento da Carreira Administrativa e o Regimento Interno da UCG. O novo estatuto da UCG confere a sua estrutura um outro desenho pela transformação das Vice-Reitorias em Pró-Reitorias - Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Prope) e Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) - e das Coordenadorias Institucional e Administrativa em Pró-Reitoria Instituciona l (Prodin) e Pró-Reitoria Administrativa (Proad). Essa iniciativa resultou na percepção de que a Avaliação Institucional não pode estar desvinculada do planejamento e da obtenção e utilização eficaz das informações gerenciais. Esse esforço de reestruturação normativa promoveu o necessário arcabouço legal e a orientação para um caminhar mais consistente e realista da instituição, no qual a cultura avaliativa seja incorporada de forma processual e contínua. A partir de 2003, tendo como foco de trabalho o compromisso com o aperfeiçoamento dos processos de aprendizagem e das práticas de gestão na UCG, a Prograd deu continuidade às práticas de avaliação sistemática do processo ensino -aprendizagem, agora mediante entrevistas, estudos, constantes diálogos com coordenadores, diretores em meio aos processos de construção ou reformulação curricular e reconhecimento e aprovação de cursos pelo MEC. Visando a garantir a melhoria do sistema de busca de indicadores da qualidade de ensino, bem como conferir aos processo inte rnos de avaliação uma identidade de tal modo que venha cumprir a tarefa de instruir a tomada de decisão, manutenção ou 7 intervenção nas práticas de ensino-aprendizagem, em 2004/2, a Pró-Reitoria de graduação retomou o processo de avaliação centrado no ensino-aprendizagem, utilizando a sistemática do sistema on-line. Revisto e aprimorado com o objetivo de garantir uma leitura das questões que revelem o cotidiano da sala de aula universitária, o instrumento de avaliação interna partiu dos seguintes pressupostos: - mudança no foco da avaliação: do desempenho docente para a compreensão das dimensões do ensino-aprendizagem; - ampliação dos processo de compreensão do ato educativo e suas relações com o mundo contemporâneo; - centralidade da avaliação em quatro eixos de análise: o ensino e a prática pedagógica; o conhecimento; o processo de aprendizagem e autonomia intelectual; e o projeto político pedagógico e a identidade profissional; - fortalecimento dos aspectos qualitativos obtidos no resultado das avaliações como indicadores para encaminhamentos e tomadas de decisões curriculares; - articulação dos dados sistematizados da avaliação com outros instrumentos e práticas de reflexão sobre a qualidade do ensino na graduação: currículo, gestão, outros; - implementação da idéia de construção de projetos de aprendizagem, por parte dos alunos, como indutores da capacidade de apreensão do conhecimento no mundo contemporâneo. A partir dos dados sistematizados e discutidos com coordenadores de curso e diretores de departamentos, a Prograd tem implementado reflexões sobre como articular este instrumento de avaliação com outras metodologias e práticas, comumente utilizadas no interior da universidade: conselhos de professores e alunos, comissão permanente de avaliação (CPA), dentre outros. Resultado desse trabalho, ações e políticas serão definidas para a melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. 2- METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL O projeto de auto -avaliação da UCG inscreve-se numa trajetória que vai se delineando mediante ação intencional da instituição por entender seu caráter coadjuvante auxiliar no aprimoramento de suas práticas, sejam elas didáticopedagógicos, político-social, administrativo-financeira. Nessa trajetória, seu projeto de avaliação rompe com antigas tendências que vêem o conhecimento muito mais como produto do que como processo, concretizando-se mediante a metodologia processual, e portanto como prática que se realimenta no proceder, no percurso, no próprio andamento. As implicações que decorrem dessa compreensão trazem a responsabilidade social da avaliação para o sujeito da ação, tendo como pressuposto que, no decorrer do processo a reflexão por ela ensejada, possa produzir informações suficientemente relevantes para si mesmo, para seu contexto de referência e para o sistema educacional superior do País. Do ponto de vista do projeto institucional, a expectativa que se tem é de que um processo de avaliação, devidamente situado no âmbito das práticas educativas e, por isso, introjetadas no seu próprio fazer, tem a potencialidade de permanentemente induzir mudanças que conduzam ao aperfeiçoamento das práticas no sentido da maior aproximação na consecução do seu objeto de trabalho. Com efeito, a investigação qualitativa e quantitati va, nessa perspectiva, ganha expressão educacional na medida que se relacionar com a prática educativa, 8 conduzida intencionalmente, dessa forma, contribuindo para o empreendimento do projeto institucional. Assim entendida, é insuficiente apelar apenas para princípios, critérios, regras de descoberta, verificação, elaboração científica do conhecimento. É necessário que os princípios e normas, que presidem a avaliação institucional, sejam construídos a partir da consideração do acordo possível acerca do que é relevante, legítimo, correto e justo e, por isso, tendo seu fundamento no campo da ética e da responsabilidade social. Contudo, essa opção metodológica não dispensa o esforço de definição de indicadores que deverão ser objeto de investigação, sejam os de natureza quantitativa ou qualitativa. Embora se reconheça que os procedimentos da avaliação quando orientados por parâmetros e indicadores podem conduzir à perda das especificidades e características das diversas áreas de conhecimento e de setores da universidade, a opção foi orientada por uma necessidade de produzir um conjunto de dados comparáveis para viabilizar a formulação de metas e estratégias de ação. Os indicadores, que balizarão o projeto avaliativo, devem ser buscados no interior de suas finalidades e dos compromissos assumidos pela instituição, os quais dão significado à sua existência e, portanto, com a intenção de dimensionar a pertinência, eficácia, eficiência das ações e do conjunto de iniciativas que se integram ao seu fazer e lhe dão concretude. A oportunidade de permanentemente tensionar entre o que é feito e o que se deve fazer propicia mobilidade ao pensamento e fortalece o desejo e a vontade de promover ajustes e acertos. Nesse contexto, a avaliação é entendida como atividade estruturada que permite o julgamento da qualidade institucional e, conseqüentemente, apela para sua responsabilização com o projeto humano e social, com implicações no redirecionamento da própria instituição. Suas metas são balizadas pela consideração das modificações que se operam nas relações Estado-Sociedade, nas inovações na base técnica do trabalho, na necessidade de expansão acelerada da educação superior e na crescente exclusão social. Nesse quadro, a UCG coloca-se no esforço conjunto pela construção de uma nova ordem econômica, social, ética, moral e cultural pela mediação do ensino, da pesquisa e da extensão expressa em dois eixos: maior acesso e melhor qualidade da educação superior; qualidade de vida para um crescente número de pessoas. Os indicadores devem estar orientados para os aspectos: qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, relevância social da UCG e sua eficiência gerencial. Presidem, pois, a direção da busca de informação e conhecimentos, a respeito de suas práticas, indicadores de avaliação que contemplem as seguintes dimensões: − no aspecto global – o reconhecimento das demandas sociais e científicas, das diretrizes nacionais para educação, o Plano Nacional de Educação, enquanto política de Estado; − no aspecto particular – vocação e inserção regional, garantia de sua especificidade, sua história e das diferenças culturais, dos seus vínculos e compromissos sociais; − no aspecto específico – princípios e diretrizes que dão qualidade social ao seu projeto de ensino, de pesquisa e de extensão; os mecanismos operacionais, os procedimentos didático-pedagógicos e administrativos em geral, a qualificação do seu corpo docente, o financiamento e fomento à produção científica. 2.1- Objetivos Gerais − Implantar e implementar um processo contínuo de auto-avaliação como instrumento que informe a necessidade de redimensionar e aperfeiçoar o projeto 9 acadêmico e sócio-político da UCG no sentido de, permanentemente, conduzir o esforço institucional aos necessários ajustes para a melhoria e qualificação de sua prática educativa, mediante a utilização eficiente, ética e relevante na área de pessoal e de recursos materiais nos compromissos do ensino, pesquisa e extensão; − Fornecer ampla base de dados que auxiliem na gestão acadêmica e administrativa da Universidade no sentido de promover maior aproximação entre fins e meios. 2.2- Objetivos Específicos − Produzir conhecimento sobre sua realidade; − por em questão os sentidos do conjunto de atividades e finalidades cumpridas pela instituição; − identificar as causas dos seus problemas e deficiências; − aumentar a consciência pedagógica e a capacidade profissional do corpo docente e técnico-administrativo; − fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores institucionais; − tornar mais efetiva a vinculação da instituição com a comunidade; − julgar acerca da relevância científica e social de suas atividades e produtos; − prestar contas à sociedade. O objetivo geral da Avaliação Institucional é, conseqüentemente, constatar se as metas estabelecidas têm sido alcançadas, se as diretrizes propostas têm sido obedecidas, se os recursos da instituição são adequados para o que ela se propõe a fazer. Os resultados da auto-avaliação deverão ser entendidos como recursos que possam instruir: − os processos de qualificação do desempenho acadêmico; − a negociação de ações coletivas entre docentes de diferentes campos de saber para a consecução de objetivos pedagógicos definidos intencionalmente; − a formação permanente dos docentes para o refinamento no domínio da complexidade do corpo científico de sua respectiva área de formação e para constante aprimoramento de sua competência pedagógica; − o aprimoramento dos seus segmentos nos processos de comunicação tecnológica (alunos, professores e servidores); − o diálogo crítico e efetivo com a sociedade para a construção de parcerias em relação a projetos possíveis e desejáveis de interesse social e econômico; − análise crítica sobre o significado social da produção do conhecimento, bem como a identificação do impacto dos esforços realizados para avançar o conhecimento na formação técnico-científico que promove, bem como para sua atualização; − compreender, criticamente, a dinâmica das relações institucionais possibilitando identificar as deficiências ou qualidades relacionadas à estrutura e ao funcionamento da Universidade, superando-as ou potencializando-as para o desenvolvimento de melhores relações internas e externas. A avaliação institucional orientar-se-á para a confrontação crítica das práticas institucionais em relação ao que se propõe no Projeto Pedagógico Institucional e nos Projetos Pedagógicos de seus cursos, na Política de Pesquisa e Política de 10 Extensão. Dessa forma, as ações e comportamentos das pessoas e grupos serão avaliados tendo como referência os parâmetros postos pelos respectivos projetos. Dado que tanto o ensino, quanto a pesquisa e a extensão são mediações com as quais a Universidade promove sua interação, participação e compromisso com as demandas sociais externas, a avaliação das ações implica confrontá-las com os papéis sociais por ela propostos combinando, pois, a análise de processos e resultados. Nesse sentido, o processo avaliativo, tendo como compromisso instituir-se enquanto instrumento de aperfeiçoamento das práticas educativas, que lhe dão concretude, organizar-se-á tomando como referências (doc. CONAES): − respeito à identidade institucional - mediante a confrontação das práticas desenvolvidas em relação à sua missão, seus princípios, valores éticos e objetivos definidos nos seus documentos básicos; − globalidade - compreendendo todo o movimento e esforço empreendido nas relações internas e externas. A avaliação das ações internas deverá considerar seu significado em relação ao segmento social com o qual se relaciona como agente do desenvolvimento sócio-econômico, científico-tecnológico, artístico e cultural. Compreende reconhecer os esforços institucionais para tornar acessível os conhecimentos que produz e para aprimorar as habilidades e competências dos que nela ingressam, os esforços de ação transformadora que empreende no seu conte xto de atuação, a formação de profissionais que associa competência específica, dimensão humana e consciência social; − participação – avaliação empreendida pelos segmentos que compõem a Universidade, institucionalizada e com caráter público; − comparabilidade – adoção de sistemática que, sem a perda de especificidade das ações de cada órgão ou instância, permita relacionar dimensões objetivas e subjetivas da instituição; − continuidade – compreensão da avaliação como instrumento permanente que ilumina a tomada de decisões e as práticas que promovem a consecução mais plena do projeto institucional. Isto significa tomar a prática da avaliação como processo inerente à sua forma de existir; − sistematização – obrigatoriedade de se promover a leitura crítica da massa de dados e informações com a conseqüente visibilidade interna e externa. 2.3- Metodologia Geral A auto-avaliação será conduzida na UCG por uma comissão interna (CPA), integrada por docentes, discentes, servidores do quadro técnico-administrativo e representantes da sociedade, que responda pela totalidade do processo. A avaliação institucional é responsabilidade intrínseca de toda a comunidade que constrói a universidade e que dela deve participar na produção do saber, na formação acadêmica, nas estruturas de apoio, no relacionamento com a sociedade de modo ativo. Docentes, discentes, gestores acadêmicos, pessoal técnicoadministrativo devem participar como atores que constróem a Universidade, na construção e reconstrução de indicadores e demais instrumentos utilizados na avaliação. A Comissão Permanente de Avaliação (CPA) deverá assessorar os departamentos e unidades em suas propostas, sugerir, a partir dos dados quantitativos e qualitativos, levantados, alternativas para aprimoramento do processo de avaliação e apresentar, com freqüência, relatórios analíticos. Para esse fim, deverá envolver os diversos níveis de decisão da Universidade: 11 − nível estratégico: Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração CEPEA e Reitoria − nível tático: Pró-Reitorias − nível Operacional: Diretorias e Congregações Departamentais e os Institutos. Esse envolvimento é indispensável para garantir o encaminhamento de soluções para os problemas identificados. Nessas instâncias, serão realizadas discussões com as seguintes finalidades: − conhecimento do SINAES e, especificamente, das 10 dimensões institucionais que serão submetidas à Auto -Avaliação; − levantamento de sugestões, de metodologias, de procedimentos e de instrumentos (por exemplo, questionários, pareceres, estudos, discussões colegiadas, análise de documentos) específicos para a busca das informações requeridas; − análise dos aspectos mais relevantes de cada dimensão distribuídos em núcleos (Básicos e Optativos) para aprofundar o auto-conhecimento da universidade, levantando os pontos críticos; − arrolamento e análise da documentação, dos dados e indicadores já disponíveis; − identificação de problemas que obstaculizem o cumprimento das suas finalidades; − levantamento de propostas para os problemas encontrados; − integração com o Plane jamento Institucional A dinâmica do processo deverá nortear-se pelos referenciais enunciados (identidade da UCG, globalidade, participação, comparabilidade, continuidade e sistematização) que nos âmbitos específicos ganharão contornos próprios. O processo de auto-avaliação instituir-se-á nas unidades acadêmicas e nos setores de apoio, envolvendo os responsáveis pelas ações no planejamento e execução do trabalho. Além dessa integração, buscar-se-á promover a troca de experiências, a comunicação e socialização dos resultados e da análise, mediante a realização de encontros, seminários, forum de debate e publicações. 2.3.1- Procedimentos Conforme a especificidade das informações procuradas, serão utilizados diversos procedimentos avaliativos: − discussões colegiadas nas diversas instâncias de decisão da universidade; − questionários; − estudos; − pareceres; − análise de documentos. 3- DIMENSÕES DA INSTITUIÇÃO A SEREM AVALIADAS 3.1- Missão 3.1.1- Missão da UCG A missão da UCG consiste em cultivar, desenvolver, produzir e preservar a formação integral e ética do ser humano, bem como ser referência regional e nacional na formação de profissionais comprometidos com a vida, com o progresso da sociedade e com o desenvolvimento regional, capazes de responder adequadamente aos complexos desafios da sociedade atual. 12 A UCG afirma sua inserção regional como Instituição Católica de Ensino Superior, comunitária e filantrópica, que busca a identificação com as especificidades da região Centro-Oeste, num contexto de contemporaneidade aberta às perspectivas nacionais, sul-americanas e mundiais, empenhada em promover a cooperação nacional e internacional, mediante uma política de intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores. A partir da interlocução entre as ciências, culturas, tecnologias, artes, razão e fé, a UCG é chamada a produzir saberes, distribuir bens simbólicos, criar e recriar modelos interpretativos, transformadores da realidade, por meio do ensino, pesquisa e extensão, possibilitando a formação de quadros profissionais capacitados e comprometidos na solução dos graves problemas do nosso tempo. A UCG assume o compromisso de acolher qualquer pessoa que respeite a sua identidade, ampliando o diálogo, construindo parcerias com os mais diversos atores sociais, governamentais e não-governamentais, para, em processo de reciprocidade, encontrar alternativas capazes de responder adequadamente aos desafios da sociedade atual. 3.2- Princípios A UCG, na sua prática acadêmica e administrativa, reafirma a fidelidade a seus princípios orientadores: − ética: buscando construir o saber na articulação rigorosa entre o ethos científico e os valores morais, que dão sentido à conduta da pessoa humana em suas relações sociais, dentro e fora da instituição; − verdade: revelando, em consonância com sua identidade e com o princípio da liberdade acadêmica, o seu compromisso com a produção de saberes necessários à formação e pleno exercício da cidadania; − justiça: orientando a produção de saberes, bens e serviços, a serem apropriados de maneira eqüitativa e solidária, promovendo a defesa dos direitos sociais e políticos; − pluralidade: construindo o saber em todas as áreas do conhecimento, através do diálogo com as diferentes concepções de ciência e mediante o exercício da vivência democrática, fundada no respeito às diferenças; − participação: atuando de forma colegiada em suas práticas acadêmicoadministrativas, envolvendo os diversos segmentos que a compõem, no processo de construção da universitas; − autonomia: desenvolvendo procedimentos acadêmico-administrativos que favoreçam na prática cotidiana o exercício da responsabilidade gerencial de cada unidade, num espírito de colegialidade; − regionalidade: inserindo-se, com eficiência, competência e prontidão, nas questões regionais que se relacionam com as atividades culturais, sociais e científicas; − comunicação: tornando socialmente visíveis à comunidade interna e externa suas formas de atuação, estabelecendo contatos permanentes com atores interessados na socialização dos saberes e serviços oferecidos pela Instituição; − qualidade: buscando padrões de excelência em todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão. − transparência: procurando ser fiel à verdade em todos os procedimentos que constroem sua visibilidade acadêmico-social; − catolicidade: na fidelidade à mensagem evangélica, testemunhada e vivenciada em comunhão com a Igreja local e universal, mantendo a Instituição 13 comprometida com a universalidade do conhecimento, sem acepção de pessoas, raças e credos, no ensino, na pesquisa e na extensão; − cultura: construindo uma consciência cultural, que desvele suas raízes mais profundas, sendo herdeira de um saber histórico e criadora de novos conhecimentos, em defesa da vida e do meio ambiente. 3.3- Gestão Acadêmica Estatutariamente, a administração da UCG reflete as contradições históricas de uma instituição que, de um lado, é juridicamente entidade de direito privado (depende exclusivamente de seus próprios recursos), e do outro é entidade filantrópica (tem o dever de distribuir 20% do orçamento bruto em bolsas e programas de assistência social). A necessidade de uma gestão administrativa sóbria e eficiente convive com a dimensão comunitária e filantrópica da instituição. Esta imagem e diferencial constroem-se mediante busca persistente da ideal de posicionar-se definitivamente como Universidade Católica, comunitária e filantrópica, de excelência. Sobre seus indicadores discorreremos a seguir. 3.3.1- Formação e Perfil Social − Manifestação prática da identidade católica, no respeito ao aluno, oferecendo-lhe formação humana integral, com destaque para: − o respeito mútuo; − o convívio solidário; − o comportamento ético; − a capacidade crítica: − o zelo pelo sentimento religioso e moral; − o diálogo fraterno e ecumênico, que revela a catolicidade da instituição na aceitação da pessoa de qualquer credo, exercitando a razão, testemunhando a fé, confiando na liberdade responsável. − Reavaliação e atualização constante dos processos pedagógicos e metodológicos e dos conteúdos curriculares, à luz do perfil do profissional competente e da preparação para o exercício pleno da cidadania. − Identificação do desempenho profissional dos alunos egressos na sua inserção no mundo do trabalho, informando e atualizando os currículos e as formas adequadas de educação continuada; − Compromisso com a oferta de cursos de pós-graduação e extensão, em diferentes sistemas organizativos. 3.3.2- Colegialidade - Respeito à autonomia das instâncias institucionais. - Convivência participativa de todos os segmentos. - Assunção e cobrança de responsabilidades. - Qualificação persistente das relações humanas no interior da instituição. 3.3.3- Busca da Excelência Acadêmico-Social - Na sua política curricular, dinâmica, aberta e flexível. - Nas inovações pedagógicas, metodológicas e tecnológicas. - Na implementação de uma infra-estrutura física e de comunicação de excelência. - Na opção por um modelo de gestão acadêmico - administrativa fiel à missão da Instituição. 14 - Na qualificação continuada e na avaliação de desempenho de seus docentes e funcionários. 3.3.4- Criatividade Organizacional e Administrativa - Na capacitação e atualização do seu quadro docente e administrativo. - Nas respostas ágeis às demandas acadêmicas e sociais sob o primado da competência. - Na consolidação de parcerias comunitárias regionais, nacionais e internacionais. - Na visibilidade social, fazendo-se conhecida e reconhecida no seio da comunidade, pela busca intransigente da verdade. 3.3.5- Expansão Derivada de seu Compromisso Social - Do número de seus alunos de graduação, pós-graduação e extensão, com expansão programada. - Da multiplicidade de oferta de seus cursos, no cumprimento da função social do conhecimento no mundo do trabalho. - De sua presença no Estado de Goiás. - Da qualidade, diversidade e adequação de suas instalações físicas. - De seus programas de educação continuada para diferentes faixas etárias, diferentes níveis de escolaridade e áreas de conhecimento. 4 - POLÍTICAS 4.1 - Ensino Refletir sobre o ensino nos cursos de graduação da Universidade Católica de Goiás é, ao mesmo tempo, retomar e demarcar o pressuposto básico que norteia sua opção político-pedagógica como instituição católica, comunitária, filantrópica, ou seja, um perfil de universidade includente, consubstanciado pela construção de um projeto social, no qual o conhecimento esteja a serviço da vida, da promoção humana. Esta perspectiva deve conduzir à definição da responsabilidade social da universidade e, consequentemente, daquilo que é constitutivo do seu fazer. O cenário histórico em q ue se situa a sociedade contemporânea, bem como o modelo de desenvolvimento social por ela adotado, é balizado pelos avanços científicos e tecnológicos. Todavia, apenas a inserção dos países no mercado internacional não assegura a concretização do projeto de nação democrático, dado que o espaço social na qual é gestada a globalização é marcado por interesses, conflitos e contradições. Nesse sentido, o papel da universidade deve ser o de produzir a rigorosa reflexão crítica e ação educativa em favor do fortalecimento da identidade e desenvolvimento local como alternativa de construção de uma cidadania pautada na eqüidade social. Sintonizada com as demandas sociais contemporâneas, as universidades são chamadas a cumprirem seu papel social: a construção e consolidação de um projeto de nação. No que diz respeito ao papel desempenhado pela UCG, há que se destacar sua inserção social e compromisso com um projeto de sociedade em que o ensino contribui para que os avanços científicos, tecnológicos e culturais sejam compartilhados e se tornem, de fato, patrimônios universais de todos os cidadãos. Sem perder de vista a dinâmica das realidades regionais, nacionais e mundiais, esta postura permite à universidade organizar seu projeto educativo, mobilizando e incentivando a produção científica e suas necessárias relações entre ensinopesquisa-extensão. 15 Enquanto dimensão constitutiva do processo educativo, o ensino deve priorizar o desenvolvimento integral e a formação cidadã como princípios fundantes das relações humanas, éticas e sociais. Em decorrência disso, seus cursos de graduação são mobilizados a propiciar aos estudantes a vivência da vida científica, política e cultural como importantes espaços de construção de uma autonomia intelectual que possibilite a efetiva leitura e ação crítica sobre os fundamentos do conhecimento. Isso implica o desenvolvimento de habilidades para o aprender e recriar permanentemente. Sem perder de vista os aspectos humanísticos da educação, imprescindíveis à consecução de sua natureza católica, o ensino na graduação da UCG defronta-se com o desafio da busca do significado social da ciência e da tecnologia para a qualidade de vida dos cidadãos. Neste sentido, tem como lema norteador “ veritas, in scientia et fide” orientam todo o seu trabalho com o intuito de garantir à dimensão científica e tecnológica uma reflexão sobre os objetivos sociais e humanos inerentes `a construção do saber historicamente sistematizado. Contrapondo-se à racionalidade instrumental e, rompendo com a visão restrita de formação, a universidade deve promover o ensino tendo como referência a razão crítica. Em decorrência desta postura, empenha-se em garantir aos estudantes as condições para construção de um projeto de estudo e formação pautados na “primazia da aquisição e do desenvolvimento de hábitos investigatórios sobre a aquisição cumulativa de informações” (UCG, 1994, p. 16). No plano cognitivoinstrumental, essa cultura acadêmica possibilita ampliar o projeto formativo para as questões de âmbito prático, moral, estético e expressivo em relação à produção do conhecimento. O que se busca fortalecer nesta postura são os pressupostos filosóficos sobre o sentido do ensino, a saber: pensamento analítico e abstrato; flexibilidade de raciocínio para entender, administrar e projetar situações novas, mas, também e sobretudo, domínio da linguagem; visão de globalidade; atitude pluralista; visão prospectiva, capacidade de iniciativa, habilidade para o exercício de liderança; compreensão, crítica e análise de idéias, bem como dos valores do passado e do presente. Em outras palavras, hábitos de convivência com o mundo em seu dinamismo. (UCG, 1994, p. 16) A incorporação desses pressupostos filosóficos ao ensino é tarefa que deve mobilizar toda a universidade. E neste sentido, gestão, diretrizes, projeto políticopedagógico, currículo, programas, projetos, entre outros, são meios que devem propiciar aos estudantes as condições para uma formação geral, fundamentalmente comprometida com a capacidade de construção de um aprendizado autônomo. O que se pretende é o desenvolvimento de sujeitos capazes de problematizar, pesquisar, confrontar situações problemas, fazer análises, enfim, produzir conhecimentos: “a aprendizagem universitária está associada ao aprender a pensar e ao aprender a aprender. O ensino universitário precisa hoje ajudar o aluno a desenvolver habilidades de pensamento e identificar procedimentos necessários ao aprender.” (Libâneo, 2001, p. 29) Um ensino de graduação pensado nestas bases implica o domínio dos instrumentos do pensamento científico, na compreensão dos métodos e processos de produção das ciências, a inserção da pesquisa no ensino e como prática de iniciação científica. Face às demandas que devem orientar o perfil do ensino acima retratado, a política de graduação implementada pela UCG vem trabalhando com categorias centrais que devem nortear toda a sua cultura acadêmica: − flexibilidade curricular: entendida como essencial à construção de projetos diferenciados de ensino, deve garantir a postura crítica perante os desafios apresentados pela sociedade moderna. Da mesma forma, deve se constituir 16 − − − − como “elemento indispensável à estruturação curricular, de modo a atender tanto às demandas da sociedade tecnológica moderna, quanto aquelas que se direcionam a uma dimensão criativa e libertária para a existência humana” (Forgrad, 2004, p. 53) Neste caso, deve garantir aos alunos o pleno domínio e competência relativas à sua área de formação, bem como a aquisição de outros instrumentais que possibilitam a compreensão da realidade; determinantes técnico-científico-sociais: foco de todo o trabalho da assessoria pedagógica da UCG, na fase de construção ou revisão dos currículos dos cursos de graduação, essa categoria tem se pautado pelo perfil de profissional que se deseja formar e qual sociedade se pretende construir. Diante disso, as discussões têm se constituído pelo resgate do eixo epistemológico de cada curso, com clara ênfase nos determinantes que orientam a natureza e o perfil profissional, bem como o diálogo com outras ciências e com o mundo do trabalho. O que se busca com essa tentativa é o resgate da base epistemológica de cada currículo, a fim de fortalecer um perfil de profissional que saiba dominar com competência e ética os instrumentos com os quais cada profissão se expressa em seu processo evolutivo: “os objetivos da instituição e dos cursos concretizamse no currículo que, por sua vez, é efetivado por meio das atividades de ensino, visando atingir os resultados em termos de qualidade cognitiva, operativa e social das aprendizagens.” (Libâneo, 2001, p. 20) Com isso, os currículos na graduação, bem como todo o processo de ensino-aprendizagem, devem garantir a competência científica, tendo como ponto de partida os fundamentos das ciências e as áreas do conhecimento e, como instrumento, o diálogo constante com os clássicos de cada área do saber; currículo e produção de conhecimentos: o ensino de graduação deve ser capaz de possibilitar aos futuros profissionais o domínio de métodos, de múltiplos códigos e linguagens e uma formação/qualificação suficientemente ampla e abstrata. É na ampliação da capacidade de leitura do mundo e seus condicionantes históricos/políticos/sociais/culturais que se possibilita a apreensão dos saberes específicos de cada profissão. Neste caso, os currículos desenvolvidos e trabalhados na universidade devem romper com a lógica instrumental em que as instituições de ensino superiores se apresentam como o único “locus de transmissão do conhecimento”, para se constituir como espaço de produção e socialização do conhecimento historicamente produzido; o ensino na articulação com a pesquisa e extensão: garantir o princípio pedagógico que orienta a indissociabilidade entre essas três dimensões requer um esforço contínuo de compreensão das demandas sociais em seus recortes histórico-políticos-sociais. Segundo o Plano Nacional de Graduação, “ensino com extensão aponta para a formação do aluno contextualizada às agudas questões da sociedade contemporânea. Ensino com pesquisa aponta para o verdadeiro domínio dos instrumentos a partir dos quais cada profissão se expressa, em seu próprio processo evolutivo.” (Frograd, 2004, p. 39); formação integral: resultado da articulação entre as categorias da flexibilidade curricular, articulação entre ensino -pesquisa-extensão e da prática constante de diálogos interdisciplinares. Esta categoria retoma a capacidade de compreensão sobre o mundo do trabalho e as alternativas sociais e políticas de transformação da sociedade. Pensar o ensino na dimensão de uma formação integral é pensar de forma interdisciplinar, o que pressupõe considerar um projeto de sociedade auto-sustentável que não se distancia das questões éticas, ambientais, da saúde, da cultura, da economia, dentre outras. Isto posto, é a prática de reflexão sobre o 17 currículo norteada por questões problematizadoras: por quê? Para quem? Como? Com quais objetivos? Para qual momento histórico? − formação continuada: o momento histórico que configura a sociedade contemporânea exige que o ensino nos cursos de graduação seja o ponto de partida para uma cultura da formação continuada. Esta última, é resultado de uma formação inicial que estimula a busca pelo saber em outras modalidades de estudo: cursos seqüenciais, tecnológicos, cursos de extensão, cursos lato sensu, cursos strito sensu, dentre outros. Os currículos do ensino de graduação devem mobilizar o interesse e as demandas em cada área do saber por uma necessária e contínua prática de verticalização dos conhecimentos adquiridos na etapa da formação inicial. Isto requer, acima de tudo, que o projeto acadêmico da universidade esteja sintonizado com as demandas sociais; − a formação para o exercício de uma profissão em uma era de rápidas, constantes e profundas mudanças, requer, necessariamente, atenta consideração por parte da uni versidade. A decorrência normal desse processo parece ser a adoção de nova abordagem, de modo a ensejar aos egressos a capacidade de investigação e a de “aprender a aprender”. Este objetivo exige domínio dos modos de produção do saber na respectiva área, de modo a criar as condições necessárias para o permanente processo de educação continuada (Forgrad, 2003, p. 61). Garantir o exercício das categorias expostas anteriormente, bem como demarcar o sentido e a compreensão que a dimensão ensino deve permear nos cursos de graduação da UCG requer, acima de tudo, ampliar o sentido da categoria educação,. como prática social que deve acompanhar toda a construção do projeto educativo na universidade: a educação, quando apreendida no plano das determinações e relações sociais e, portanto, ela mesma constituída e constituinte destas relações, apresenta-se historicamente como um campo da disputa hegemônica. Esta disputa dá-se na perspectiva de articular as concepções, a organização dos processos e dos conteúdos educativos na escola e, mais amplamente, nas diferentes esferas da vida social, aos interesses de classe (Frigotto, 1999, p. 25). Em relação ao ensino, este deve ser objeto de constantes reflexões dos Projetos Político Pedagógicos de cada curso que, por sua vez, devem “ensejar a construção da intencionalidade para o desempenho social da IES, centrando-se no ensino, mas vinculando-se estreitamente aos processos de pesquisa e extensão. Com base na análise crítica do momento vivido, deve -se configurar a visão pretendida, efetivando as ações, refletindo sobre elas, avaliando-as e incorporando novos desafios” (Forgrad, 2003, p. 90). Primar pela excelência e qualidade do ensino da graduação na UCG requer, ainda, que sejam somados os esforços entre os meios e os fins educativos. Dessa relação, há que se destacar a natureza dessas ações pedagógicas de modo a garantir ao ensino a reflexão crítica, a curiosidade, o questionamento exigente, a inquietação e a incerteza como características básicas do sujeito cognoscente. Da mesma forma, programas, projetos e ações constituem-se como importantes instrumentos para garantir um projeto educativo circunstanciado como mediador e a serviço de um projeto social mais democrático e emancipador. 4.1.1- Gestão Acadêmica dos Cursos de Graduação A implementação de um projeto de ensino de graduação, coerente com as características da UCG, uma universidade particular, católica, comunitária, filantrópica e constituída segundo os parâmetros que presidem o modelo de uma instituição de caráter includente, deve se orientar por uma concepção e formato de organização administrativa viabilizadora dessa opção política. Os fundamentos que 18 dão suporte à gestão acadêmica do ensino dos cursos de graduação são de duas ordens, a saber: a liberdade acadêmica e a a utonomia universitária. A liberdade acadêmica, da qual decorre a autonomia universitária no plano institucional, no interior das sociedades democráticas, é princípio e condição indispensável para o desenvolvimento do ensino superior. Uma instituição de ensino, que permanentemente lança seu olhar sobre a realidade em constante transformação, somente poderá situar-se como sujeito de ação, nesse processo, se as práticas nela desenvolvidas forem construções que se dão em um espaço de liberdade para pensar, criticar, recriar e propor alternativas que contribuam com as mudanças socialmente significativas para o ambiente físico, político, econômico, cultural e para o segmento majoritário da população. Contrapondo-se, pois, ao modelo tecnocrático regido pela imposição de normas que engessam as práticas didático-pedagógicas, na medida em que elas operam de forma segmentada, atendendo aos interesses de uma sociedade corporativa ou tão somente os do mercado, a UCG conduziu sua opção política em favor de uma concepção e forma de gestão guiada por interesses sociais de setores mais amplos da sociedade. Nesse sentido, traz para si a responsabilidade de propor e apresentar soluções próprias para o ensino, ao invés de simplesmente reproduzir soluções, ou fórmulas pré-determinadas. Concretamente, a UCG coloca-se a exigência de experimentar novas opções e formatos de cursos e currículos, alternativas didático-pedagógicas, o incremento de novas tecnologias, a atribuição ou busca de novos significados para o tempo e espaço no processo de integralização currricular, bem assim, para o ensinar e o aprender. Impõe-se, ainda, o esforço de reconhecimento das aprendizagens que os alunos trazem consigo e que são construções históricas da suas vivências nos incontáveis espaços da vida social. A dimensão da gestão dos processos didático-pedagógicos: o eixo da indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão A gestão acadêmica, organizada segundo o princípio da liberdade e da autonomia, assenta-se sobre o eixo da indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão como prática que confere concretude ao seu projeto institucional. Mais do que espaço de transmissão e assimilação de informações, o ensino de graduação é desenvolvido, segundo o paradigma presente na sociedade contemporânea, orientada pelo pressuposto do caráter inconcluso dos conhecimentos científicos, com repercussão no recorte temático, com o conseqüente privilegiamento do eixo epistemológico dos seus respectivos campos. Nessa perspectiva, o ensino de graduação deve constituir-se ambiente fecundo para a construção/produção do conhecimento, fortalecendo a autonomia intelectual do aluno. E, a ele, devem ser propiciadas, também, as condições para o desenvolvimento dos processos teórico-epistemológicos de investigação da realidade, utilizando informações de forma seletiva.(Forgrad, 2004) o que se dá mediante a integração dos diversos níveis de ensino, perspectiva da Educação Continuada particularmente da graduação com a pós-graduação. Igualmente, há que se considerar as implicações que estão postas a partir da perspectiva do aprender a criar, do aprender a produzir, uma vez que é indispensável que se confira sentido, direção ao processo formativo. Todo saber é contextualizado historicamente, assim como toda atividade profissional humana se dá em contexto social, configurando que o papel da universidade se situa entre os interesses mais estreitos da sociedade tecnológica e a contingência ética da 19 necessidade de integração de todos ao patrimônio dos bens e da cultura que uma sociedade produz” (Forgrad, 2004) A adoção do princípio da liberdade acadêmica e a autonomia intelectual que dão suporte “ao aprender a aprender” inclui, necessária e politicamente, a dimensão da extensão e, portanto, traz para o ensino e a pesquisa a exigência de sua estreita articulação com as demandas sociais. Em última análise, a gestão acadêmica orienta-se pela busca permanente da excelência social do ensino na graduação e, nesse sentido, indutora da prática de gerenciamento: − do ensino e dos cursos; − dos processos pedagógicos e da promoção de ações interdisciplinares como espaço de diálogo entre os vários campos do conhecimento; − das atividades inovadoras na forma de ensinar e aprender e também no processo de integralização curricular; − na necessária e indispensável integração dos docentes e destes com o corpo técnico-administrativo; − na qualificação e avaliação de desempenho dos docentes e servidores; − dos processos contínuos de incorporação das tecnologias da informação e da comunicação. A colegialidade como prática de gestão do ensino Um projeto democrático, somente se viabiliza, quando sustentado em um modelo de gestão acadêmica compartilhada, capaz de articular os princípios e objetivos decorrentes de seu compromisso social, mediante permanente processo de negociação no plano interno, com diretores de Departamento, coordenadores de cursos, estudantes, servidores. A perspectiva de permanentemente reinventar as práticas, o ensinar e o aprender alimenta um modo de conduzir a gestão do processo educacional. Tem-se como pressuposto que o administrador não pode restringir-se aos aspectos gerenciais no processo educacional. Antes de tudo, ele deve se colocar numa posição proativa, juntamente com seus pares, promovendo as condições para gerar novas idéias, induzindo os gestores acadêmicos, mediante a transformação da ação administrativa, a busca de uma prática articuladora desse processo, em sua globalidade, na Instituição. A condução da gestão acadêmica na prática articuladora do processo pedagógico se faz de forma coletiva e cotidiana, em especial, com os Departamentos enquanto instâncias acadêmicas e espaço primordial de operacionalização da política curricular do curso ou dos cursos nas áreas de conhecimento que lhe são próprios. Também são os Departamentos mediações no processo de articulação dos cursos com outras instâncias e com o campo profissional no qual os egressos atuarão. Os princípios sobre os quais sua prática se fundamenta podem assim ser sintetizados: respeito à autonomia das instâncias institucionais; convivência participativa de todos os segmentos; assunção e cobrança de responsabilidades; relação orgânica entre a direção as demais instâncias envolvidas no projeto acadêmico. Compõem a estrutura administrativa da Prograd − Coordenação de Programação Acadêmica – CPA − Coordenação da Secretaria de Apoio à Prograd – SaPrograd − Coordenação de Apoio Pedagógico – CAP 20 − − − − − − − Assessoria Especial de Apoio ao Discente Centro de Educação Aberta e a Distância – CEAD Coordenação do Colegiado das Licenciaturas – COL Secretaria Geral - SG Coordenação de Admissão Discente – CAD Sistema de Bibliotecas – SIBI Clínica Escola Vida - CEV 4.1.2- Instâncias de Trabalho da Prograd Centro de Educação Aberta e a Distância – CEAD O Centro de Educação Aberta e a Distância - CEAD, tem como propósito ampliar o alcance de seu projeto educativo e social pela introdução das novas tecnologias da informação e da comunicação, no desenvolvimento de atividades e programas no campo didático-pedagógico, orientado pelo paradigma que fundamenta a modalidade de ensino a distância. O CEAD tem a função de garantir a definição e a continuidade de uma política para a efetivação dessa modalidade de educação em acordo com a missão, os valores éticos e morais, a filosofia e o projeto político-pedagógico da UCG. Cabe também ao CEAD definir as diretrizes pedagógicas para a elaboração de cursos, na modalidade a distância, em diferentes níveis de ensino, constituindose em um espaço educacional para a gestão desses cursos. O CEAD tem também por função centralizar as ações da Instituição nessa modalidade de educação, propondo e desenvolvendo metodologias de ensino não presenciais e materiais didáticos em mídias específicas. As metas do Centro de Educação Aberta e a Distância estão comprometidas com os Projetos e Programas definidos no Plano Estratégico de Gestão Participativa da Instituição. A política de gestão tem por finalidade garantir a execução das ações propostas no Programa de Inovação Pedagógica, Metodologica e Tecnológica, integrante do Plano Estratégico, bem como estreitar seu relacionamento com as instituições parceiras dos convênios já firmados e ampliar sua atuação identificando e firmando novas parcerias. O CEAD deve também criar condições favoráveis para o desenvolvimento de pesquisa e, conseqüentemente, da produção do saber com vistas à sua divulgação em diferentes instituições educacionais e o compartilhamento de seu trabalho com elas. A atuação do CEAD abrange ações no campo da extensão, graduação e pósgraduação, respeitando a legislação educacional que regula o ensino a distância. As metas do CEAD estão, portanto, direcionadas ao oferecimento de programas de formação inicial e continuada na modalidade de educação a distância, objetivando ampliar as condições de acesso, ao ensino superior, de mais amplos segmentos sociais. Programa de Formação Continuada de Professores na UCG O Programa de Formação Continuada de Professores na UCG, implantado pela Prograd, entende que a educação continuada “é uma prática social que se realiza ao longo da vida” (UCG. PEG. 2003, p. 18), portanto, deve constituir-se em compromisso político e pedagógico permanente de professores e da Instituição como um todo que, por sua vez, prima pela excelência do ensino. A excelência 21 acadêmica pode ser indicada pelos seguintes elementos, articulados, continuamente, à prática pedagógica docente: criação do conhecimento como base do desenvolvimento; respeito à diversidade cultural; indissociabilidade entre ensinopesquisa-extensão; qualidade social na formação humana e profissional dos alunos, bem como sua inserção no mundo do trabalho; avaliação como elemento intrínseco ao processo educativo; permanente atualização científica, pedagógica, metodológica e tecnológica dos currículos, dentre outros. São organizados pelo Programa cursos a distância e ta mbém em aulas presenciais, com encontros quinzenais e minicursos coordenados pela Prograd. Os procedimentos metodológicos são diferenciados, conforme a natureza do evento: exposição didática e dialogada; práticas contínuas de estudo, debates, discussões, reflexões; atividades integradoras; trocas de experiências; produção e socialização dos estudos realizados. Esse Programa ainda contempla a organização de outros eventos formativos: Semana de Integração Acadêmica e Planejamento; Encontro com Professores Convidados; Palestras; Seminários; Simpósios; Colóquios, outros. Nessa perspectiva, concorda-se com Libâneo (2001, p. 30), ao argumentar que toda a Instituição é um espaço educativo, “uma comunidade de aprendizagem construída pelos seus componentes, um lugar em que os profissionais podem decidir sobre seu trabalho e aprender mais sobre sua profissão”. Assim, a capacitação docente ainda ocorre em diversificadas instâncias que incluem reuniões de Congregações, realizadas nos departamentos, assim como reuniões de Colegiados, e envolve, da mesma forma, as formações lato sensu e stricto sensu, mestrado e doutorado, que contam com licença para Pós-Graduação. Programa de Monitoria Com o propósito de implementar a necessária interação entre ensino, pesquisa e extensão, a Pró-Reitoria de Graduação – Prograd, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil – Proex, vem desenvolvendo esforços no sentido da reestruturação do Programa de Monitoria, ao oferecer uma nova configuração, qual seja a de torná-la um campo de reflexão, que fortaleça a vida acadêmica na Graduação, por meio de seminários de formação, com estudos e discussões, que suscitem o debate em torno do projeto acadêmico-educativo, por meio da colaboração entre estudantes e professores em atividades de ensino, pesquisa e extensão. No exercício da Monitoria, o aluno goza da prerrogativa da isenção de parte das mensalidades no valor equivalente a 12 créditos, categoria I. O monitor terá que desenvolver 12 horas de atividades na UCG, vinculadas a uma disciplina ou núcleo de disciplinas, laboratórios, centros, institutos ou unidades acadêmicas. Essas atividades serão empreendidas a partir de projetos elaborados, em conjunto com os professores, com objetivo de possibilitar aprofundamento nos conhecimentos teórico-prático na área ou disciplina em que o aluno estiver desenvolvendo a monitoria. Política de Formação de Professores A Política de Formação de Professores guarda estreita relação com os compromissos assumidos pela UCG com a melhoria do ensino, mediante ações de assessoramento aos órgãos públicos, responsáveis pela oferta do ensino básico, na definição de políticas educacionais, na formulação de planos de trabalho, na 22 capacitação dos professores, seja de forma direta nos programas de extensão ou indireto com a presença de alunos dos cursos de licenciatura. Essa política é coordenada, acompanhada e avaliada pelo Colegiado das Licenciaturas, composto por diretores de Departamentos que oferecem cursos de Licenciatura. Além de assumir a formação de professores para a melhoria da escola básica, tem, entre suas metas, a incorporação de um percentual significativo dos profissionais da educação do estado de Goiás e da Região Centro-Oeste. Neste sentido, a UCG lança mão de algumas estratégias de inclusão dos docentes ou não nos cursos de licenciatura tais como o subsídio aos alunos dos cursos de Licenciatura, de modo a possibilitar uma mensalidade diferenciada, mais acessível aos seus alunos; a oferta de bolsas integrais a egressos de escolas públicas, que se disponham a atuar como parceiras no processo de formação de professores, enquanto campo de estágio para os alunos dos referidos cursos. Para os professores em exercício sem a formação inicial, promove novas oportunidades de formação em nível de graduação e aperfeiçoamento e pós-graduação lato sensu na modalidade a distância ou semi-presencial. Sistema de Bibliotecas A UCG tem uma Biblioteca Central – BC que disponibiliza seus serviços, mediante o sistema SIBI/UCG, estendendo-os às Bibliotecas Setoriais localizadas nos campi II e IV e na Pós-Graduação. Ela ainda oferece seus serviços por meio de Bibliotecas Digital e Virtual. O Setor de Biblioteca busca integrar-se na vida da Universidade, ao promover a leitura e a pesquisa, caracterizando o que a Unive rsidade produz e divulgando-o ao público. Constitui-se num Centro de Informação: espaço complexo, com múltiplas funções na academia, ao envolver diversos profissionais em suas atividades e serviços. Os objetivos das Bibliotecas da UCG são: proporcionar os suportes informacionais necessários às atividades de ensino, pesquisa e extensão; promover atividades interdisciplinares e interdepartamentais de incentivo à leitura e à pesquisa; organizar e conservar os suportes informacionais sob seus cuidados. Constituem ações permanentes da BC: oferecer serviços básicos de busca e consulta, auxílio à pesquisa e levantamento bibliográfico; serviço de comunicação e informação por meio do Catálogo de Periódicos, do Boletim Bibliográfico, da Lista de Novas Aquisições e de Sumários Correntes; consulta local e empréstimo domiciliar, empréstimo entre Bibliotecas, treinamento de usuários, orientação técnica para trabalhos científicos, orientação na normalização de referências bibliográficas, orientação sobre a aplicação de normas técnicas na área de documentação, comutação bibliográfica (COMUT), planejamento e organização de eventos na Biblioteca, alimentação de dados de catálogos externos (CCN). A BC promove atividades de extensão com a finalidade de divulgar seu acervo e serviços, no sentido de maior e melhor utilização de seus recursos bibliográficos, aumentando, em conseqüência, a demanda, que determina a implementação, melhoria e reestudo dos serviços prestados. Política de Estágio Trabalho desenvolvido entre a Prograd e Proex, o estágio constitui-se como “um componente curricular do processo de formação acadêmica, constituído e constituinte das dimensões do ensino, pesquisa e extensão. É desenvolvido em 23 campos de atuação profissional com vistas à construção e socialização do conhecimento, enquanto processo social, coletivo e histórico. Espaço políticopedagógico privilegiado de construção da práxis possibilita a inserção do estudante no mundo laboral e na prática social, como processo de participação/intervenção nas relações entre a universidade e demais segmentos sociais” (Doc. Política de Estágio da UCG p. 11) Gestão Departamental Enquanto princípio e eixo de trabalho defendido pela Prograd, a Gestão Departamental se constitui em um espaço primordial de operacionalização do plano estratégico de gestão da UCG e da política curricular do(s) curso(s) relativo(s) à área de conhecimento que lhe são próprios. A UCG conta com 40 cursos, sendo que, em 2004, obteve um total de 22.066 alunos matriculados e de 4.319 alunos diplomados (Anexo 01). É por meio do Departamento que os cursos estabelecem relações com as demais instâncias da Instituição e deve empenhar-se por uma prática solidária, plural, livre de dogmatismos, guetos, corporativismo, conservadorismo, etc. Portanto, a gestão colegiada deve primar pela constituição de um espaço em que se desenvolve a habilidade para a prática colegiada, como caminho para a gestão compartilhada entre os sujeitos do processo educativo. Políticas de Atendimento ao Estudante A UCG desenvolve diferentes programas de apoio aos estudantes de forma a integrá-los na vida acadêmica, como sujeitos autônomos da criação e recriação de conhecimentos. Compõem o Programa as diferentes modalidades de Laboratórios em especial os de informática o acesso gratuito a Internet linkada a inúmeros serviços, Biblioteca Virtual, Acompanhamento de alunos com defasagem de aprendizagens, apoio didático-pedagógico aos alunos com direitos especiais. Serviço de Audiovisual O Serviço de Audiovisual, estruturado em sub-seções, destina-se ao trabalho de apoio às atividades didáticas dos docentes e dispõe de recursos de informática. Esse serviço de apoio funciona, descentralizadamente, de modo a atender as demandas das atividades de ensino em todas as áreas e cursos, com apoio do pessoal técnico. Os auditórios estão dotados de equipamentos de multimídia e são utilizados para atividades culturais e específicas de ensino. Além da disponibilidade dos recursos tecnológicos, conforme relatado anteriormente, a UCG dispõe de um número considerável de laboratórios de informática para o uso de alunos e para atividades de ensino. Avaliação dos Cursos Os cursos de graduação são permanentemente avaliados, segundo processos e métodos internos definidos por suas respectivas congregações, buscando o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas, do currículo, da sistemática de avaliação da aprendizagem, e de outras dimensões que concorrem para a melhoria das atividades do ensino. Essas avaliações são procedidas mediante reuniões freqüentes de professores por período do curso e em reunião de congregação. Além dessas iniciativas e como prática que se instituiu com a experiência do PAIUB, a PROGRAD juntamente com a antiga Coordenação Institucional, agora Prodin, empreendem trabalho de avaliação dos cursos e do ensino, conforme relatado no histórico da avaliação, provendo os gestores de informações para 24 orientar as políticas de pessoal, de pesquisa, na definição da aplicação dos recursos, dos programas de formação continuada de professores, etc. Por último, foram balizadores da política do ensino instrumentos como o PROVÃO e mais especificamente o trabalho das Comissões de Especialistas realizado para fins de reconhecimento dos cursos (nestes últimos anos, em número muito expressivo) indicando em relatórios aspectos que deveriam merecer iniciativas e cuidados em relação às condições de oferta e a dinâmica instituída na consecução dos respectivos cursos. Este trabalho desenvolvido pelas comissões ad hoc do MEC abriu para a UCG uma perspectiva muito fecunda particularmente em vista dos insumos por elas propiciados para a condução administrativo-pedagógica dos cursos de graduação. Em vista da qualidade desse instrumento, utilizado nas avaliações dos cursos em processo de reconhecimento, foram desenvolvidos esforços para extensão daqueles critérios na avaliação dos cursos mais antigos desta Universidade. 4.2- Pesquisa 4.2.1- Política de Pesquisa Na UCG, a pesquisa visa a constituir a Universidade naquilo que é sua essencialidade: a produção sistemática e rigorosa de conhecimento nas diferentes áreas. A pesquisa fundamenta o trabalho universitário, tanto do ponto de vista do ensino quanto da extensão e realiza a função do ensino superior de criação do conhecimento. A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - Prope da Universidade Católica de Goiás – UCG, em consonância com as demais Pró-Reitorias, é um órgão executivo que coordena e orienta as atividades de pós-graduação, capacitação docente, pesquisa e editoração da UCG. Para tal, estrutura-se em cinco coordenações: Pós-Graduação Stricto Sensu Implementa e supervisiona Programas de Mestrado da instituição, bem como cursos de Doutorado e Mestrado em convênio com renomadas Universidades. Pós-Graduação Lato Sensu Executa programas de capacitação acadêmica e/ou profissional em várias áreas do conhecimento, através de cursos de especialização/atualização. Capacitação Docente Realiza programas de educação continuada para professores da Instituição, contribuindo para a qualificação e capacitação docente em cada curso, garantindo presença de Mestres, Doutores e Pós-Doutores docentes e pesquisadores nos departamentos e institutos. Coordenação da Editora A produção literária, cultural e científica da Instituição encontra na Editora os veículos mais conceituados de divulgação e intercâmbio com todas as mais importantes instituições de ensino superior do país e do mundo. Seu catálogo contabiliza mais de 100 livros publicados, além de 7 periódicos especializados. Coordenação de Pesquisa 25 A Coordenação de Pesquisa é composta de um coordenador e três assessorias: Assessoria de Projetos de Pesquisa, Assessoria de Bolsas de Pesquisa e Assessoria de Captação de Recursos Financeiros para Pesquisa. Pesquisa Discente A Prope vem, desde 1990, incentivando pesquisa discente na UCG, por meio de programas de iniciação científica, com os seguintes objetivos: − Inserir o aluno de graduação da UCG, a partir do terceiro período do curso, em projetos de pesquisa; − despertar a vocação científica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes de graduação, mediante sua participação em projetos de pesquisa; − preparar o aluno de graduação para ingressar em cursos de mestrado e doutorado. Atualmente, esses programas apresentam-se nas seguintes modalidades: − PIBIC - PROGAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA/CB: Nesse programa são disponibilizadas, no primeiro semestre de cada ano, bolsas de pesquisa financiadas pelo CNPq. O aluno contemplado recebe bolsa correspondente a 1/3 do valor de bolsa do mestrado, por um período de 12 meses. A cota destinada à Universidade Católica de Goiás é de 48 bolsas; − BIC - PROGRAMA INTERNO DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA/CB: Nesse programa são disponibilizadas 110 bolsas de pesquisa financiadas pela própria Universidade Católica de Goiás, oferecidas no primeiro e no segundo semestre de cada ano. O aluno contemplado recebe a bolsa por um período de 10 meses, correspondente ao valor de 20 créditos da categoria 1, exceto as parcelas fixas dos meses de janeiro e julho; − OVG/SECTEC – PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA OVG/PROPE/SECTEC/CB: Esse programa surgiu de um convênio entre a Universidade Católica de Goiás, a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e a Secretaria de Ciências e Tecnologia do Estado de Goiás (SECTEC). As bolsas são oferecidas no primeiro e no segundo semestre de cada ano.Para concorrer a essa modalidade de bolsa o aluno já deve ser bolsista da OVG. A cota destinada a esse programa é de 50 bolsas; − VOLUNTÁRIOS DE PESQUISA/CB: Nessa modalidade, os alunos não recebem bolsas. Entretanto, têm os mesmos direitos e deveres de alunos bolsistas. Os editais para participar dessa modalidade são publicados no primeiro e no segundo semestre de cada ano. Pesquisa Docente No que se refere à pesquisa docente, A PROPE possui uma política de incentivo e apoio ao pesquisador, normas para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, um sistema de avaliação e aprovação dos projetos a serem desenvolvidos e um sistema de gerenciamento dos projetos (que inclui também a pesquisa discente). Todas as pesquisas devem ser vinculadas aos núcleos de pesquisa e às Linhas e Grupos de Pesquisa cadastrados no CNPq. O cadastro dos projetos de professores vinculados a Núcleos de Pesquisa da UCG efetiva-se on-line, por meio do Sistema de Gestão de Pesquisa - SIGEP. O julgamento de cada processo inclui, atualmente, o coordenador do núcleo de pesquisa, consultores externos ad-hoc, representantes de cada uma das oito Grandes Áreas do CNPq e membros do Comitê Assessor de Pesquisa da UCG. 26 Na aprovação de projetos são priorizados os que atendem os seguintes critérios: − ser coordenado por um professor doutor; − projetos que se enquadram nas linhas de pesquisa dos seus respectivos Grupos de Pesquisa e ou Núcleos de Pesquisa; − favorecer a integração graduação, pós-graduação e pesquisa mediante a participação de alunos (iniciação científica, mestrado ou doutorado); − visar o desenvolvimento regional ou local; − possuir contrapartida financeira externa ou outro tipo de parceria. Os Projetos financiados integralmente por fontes externas, por não demandarem recursos internos, recebem tratamento diferenciado. Todavia, estão sujeitos ao acompanhamento e avaliação previstos nas normas da Prope. No momento, estão cadastrados no SIGEP 625 pesquisadores envolvidos em 325 pesquisas em andamento, 163 pesquisas concluídas e 51 projetos aguardando o julgamento para serem desenvolvidos. Das pesquisas em andamento 16 contam com financiamento externo. Núcleos de Pesquisa A produção de pesquisas na UCG está organizada a partir das áreas de conhecimento estabelecidas pelo CNPq e se concretizam nos vinte e seis núcleos de pesquisas. A área de Ciências Exatas e da Terra possui cinco Núcleos de Pesquisa em Computação; Núcleo de Pesquisa em Matemática; Núcleo de Pesquisa em Física; Núcleo de Pesquisa em Engenharia. A área de Ciências Biológicas possui quatro núcleos de Pesquisa: Núcleo de Pesquisa Replicon/DNA/Paternidade; Centro de Estudos de Pesquisas Biológicas; Núcleo de Pesquisa em Ciências Biomédicas e Centro de Biologia Aquática. A área de Ciências da Saúde possui dois núcleos de pesquisa: núcleo de Pesquisa-Comunicação e seus Distúrbios; núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde e Sociedade. A área de Ciências Agrárias possui o Núcleo de Pesquisa. A área de Ciência Sociais Aplicadas possui cinco núcleos de pesquisa: Núcleo de Pesquisa e Estudos em Estado, Sociedade e Cidadania; Núcleo de Estudos e Pesquisas do Edifício e da Cidade; Centro de Pesquisas Econômicas e Núcleo de Pesquisa e Estudo do Departamento de Ciências Jurídicas. A área de Ciências Humanas possui nove núcleos de pesquisa: Núcleo de Pesquisa em Filosofia; Núcleo de Pesquisa em Educação; Núcleo de PesquisaLaboratório de Análise Experimental do Comportamento; Núcleo de Pesquisa Investigação sobre Gênero; Núcleo de Pesquisa em Infância, Adolescência e Família; Centro de Pesquisa de História, Geografia e Ciências Sociais; Núcleo de Pesquisa e Estudos em Relações Internacionais; Núcleo de Pesquisa e Estudos da Religião e Núcleo de Pesquisa de Estudos Psicossociológicos. A área de Lingüistica e Letras possui o núcleo de pesquisa em Linguagem e Literatura. 4.2.2- Institutos Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia – IGPA. O Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia - IGPA, criado em 1971, com o intuito inicial de produzir estudos arqueológicos, paleontológicos e de História 27 Natural, ampliou gradativamente suas ações. O acervo do IGPA se constitui em um grande centro de documentação audiovisual indígena do Brasil e possui um vasto material arqueológico. Esse Instituto está estruturado a partir de cinco áreas: Etiologia, Arqueologia, Meio Ambiente, Educação e Documentação. Tem como objetivos principais: desenvolver pesquisa básica e aplicada em suas áreas de atuação, pois garante e efetua interfaces com todos os departamentos da UCG; e produzir e divulgar documentos, estudos e pesquisas que revelam a participação em questões sociais relevantes referentes as suas áreas de atuação. O IGPA foi pioneiro na atuação de pesquisa aplicada em áreas impactadas por grandes projetos desenvolvimento, como por exemplo, as hidrelétricas. Esse Instituto tem se firmado como referência de pesquisa a serviço do estudo da memória e patrimônio histórico e cultural do Centro-Oeste do Brasil. Instituto do Trópico Subúmido – ITS O Instituto do Trópico Subúmido foi implantado em 1992, é um órgão de natureza cientifica, tecnológica, pedagógica e de extensão, cujas ações estão voltadas para o Sistema Biogeográfico do Cerrado – buscando sempre associar conhecimento e soluções Todas as atividades são desenvo lvidas mediante de Projetos que se agrupam em Programas, que por sua vez se organizam em quatro áreas de atuação: Ciência e Tecnologia; Planejamento Ambiental e Organização do Espaço; Desenvolvimento e Economia do Cerrado e Educação. Além dos programas dessas quatro áreas, o ITS possui dois programas especiais; Programa das Estações Ciência e Programa Editorial. A Estação Ciência é um Núcleo regional de pesquisa, educação e conservação do meio ambiente. Estão implantadas seis unidades: Estação Ciência São José (Campus II da UCG), Estação Ciência Binômio da Costa Lima (Parque Ecológico de Goiânia), Estação Ciências de Mineiros (Mineiros-GO), Estação Ciências de Serranópolis, Estação Ciências de Jataí (Jataí-GO) e Estação Ciências de Correntina (Correntina -BA). Resultam dos projetos desenvolvidos até o momento os seguintes produtos de pesquisa de docentes: livros; capítulos de ivros; artigos completos; artigos resumidos; trabalhos completos em anais; trabalhos resumidos em anais; produtos sem registro ou patente; relatórios de pesquisa. Os produtos de pesquisas de discentes são os relatórios de pesquisa. Relações Interinstitucionais Faz parte também da política de pesquisa da UCG, implementada pela Prope, o estabelecimento de parcerias com outras instituições e órgãos, a saber: Universidade Federal de Goiás – UFG; Fundação Aroeira; Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq; Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECTEC; Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hidricos - SEMARH/GO; Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEMA-MT; Associção Nacional de PósGraduados em Educação – ANPED; Neotropica Tecnológica Ambiental A UCG encontra-se inscrita no Programa de Cooperação Acadêmica entre a União Européia e a América Latina, o que possibilitará a inserção de diversos pesquisadores, além da parceria com outras IES da região, da América Latina e da Europa. Atualmente, desenvolve projeto que tem como foco a pesquisa sobre resgate de CO2 no Cerrado. 28 Desenvolve ainda, o Projeto BIOGEM, que conta com financiamento internacional e visa a produção de energia a partir do aproveitamento do lixo, por meio da biomassa. Apoio aos Pesquisadores A Prope desenvolve uma sistemática de apoio à realização de eventos científicos promovidos por docentes e discentes mediante a cobertura das seguintes despesas: transporte aéreo e terrestre, hospedagem, alimentação e ajuda de custo Eventos Científicos Regularmente são realizados pela Prope os seguintes eventos: − avaliação dos Programas de Iniciação Científica: dos Programas PIBIC/CNPq, Prope/BIC, PROPE/OVG, Voluntários de Pesquisa. − jornada de Produção Científica das Universidades Católicas do Centro-Oeste. Além destes, com o apoio financeiro e estratégico da Prope são realizados diversos eventos científicos pelos Departamentos, Núcleos e Institutos de Pesquisa, assim como pelos Programas de Pós-Graduação. Pós-Graduação No que se refere à Pós-Graduação, A UCG oferece diversos cursos de Especialização (institucionais e interinstitucionais), além dos seguintes Programas de Mestrado: Ciências Ambientais, Ciências da Religião, Ecologia e Produção Sustentável, Educação, Patrimônio Cultural, Psicologia. 4.3- Extensão 4.3.1- Política de extensão A extensão universitária na UCG deriva dos objetivos institucionais de compromisso social da Uni versidade e se desenvolve como locus significativo para a construção de um projeto societário, verdadeiramente emancipador. Ao mesmo tempo, a extensão é pensada como campo de teorização, reunindo um conjunto de reflexões e concepções, em torno do significado social, histórico e institucional da UCG. A extensão na UCG objetiva articular dois aspectos fundamentais de seu projeto de Universidade: qualidade acadêmica/científica e compromisso social, relacionando os grandes temas sócio-político-culturais com os processos educativos. Nesse sentido, as finalidades e orientações que persistem nessa trajetória decorrem da defesa da indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão pautada no diálogo interdisciplinar com as mais amplas demandas sociais, referendada por posturas éticas. A Extensão é pensada, nessa perspectiva, como a categoria ética que pergunta pelo sentido e relevância do ensino e da pesquisa, denotando a intencionalidade da produção e da socialização do conhecimento. A sua afirmação como espaço constitutivo do ensino e pesquisa aprofunda as possibilidades de reconhecimento dos vínculos entre as práticas profissionais e as práticas sociais, ampliando a relação entre formação profissional, compromisso social e transformação do saber acadêmico em um bem público. As perspectivas institucionais para a extensão na UCG integram, oficialmente, o Plano Estratégico de Gestão Participativa, aprovado pelo Conselho Universitário, em 2003 (UCG, 2003), com destaque para a avaliação e consolidação da concepção e política de extensão, compondo, simultaneamente, a gestão acadêmica e 29 administrativa da Universidade e sua reconhecida inserção social na cidade de Goiânia, Estado e região Centro-Oeste. São prioridades na extensão, sistematizar, aprovar e avaliar as políticas de assistência estudantil, cultura, estágio/extensão e de educação continuada. Consolidar, ampliar e criar parceiras com instituições/organismos locais, estaduais e internacionais. Implementar cursos de especialização lato sensu, derivados das áreas de atuação dos Programas/Projetos e Centro de Extensão. Intensificar a pesquisa e a produção de conhecimento no âmbito da extensão. Assim, a extensão universitária consolida-se como um dos parâmetros de avaliação de si própria, constituindo um desafio permanente para referenciar a Universidade como instituição social sintonizada com a realidade brasileira. 4.3.2- Gestão da Extensão A partir da concepção e da política de extensão, compreende-se que a gestão da extensão e a institucionalidade de suas dimensões conceitual, social e política, somente pode ser apreendida em face de uma determinada concepção de educação, intrínseca a um projeto político pedagógico de universidade. Nesse horizonte, a extensão na UCG sempre assumiu em suas prioridades e desafios da sua gestão acadêmica intensificar os vínculos com os cursos e Departamentos, programas e cursos de pós-graduação, associando ensino, pesquisa e extensão. De modo especial, esse desafio é enfrentado pela gestão colegiada, descentralizada, com a participação efetiva no processo de planejamento e avaliação de professores, estudantes e funcionários vinculados as coordenações, projetos, programas, centros e instituto coordenados pela Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil por meio de Plenárias, Seminários, supervisão e registro. Nessa direção e à luz de fundamentos teórico-metodológicos, que trazem como pressuposto e fim a realidade sociocultural em toda sua amplitude, compreende-se que a extensão universitária tem a sua gestão e avaliação correlacionadas com a estrutura institucional e seu projeto acadêmico. As atividades de extensão, ensino e pesquisa constituem os campos de trabalho dos docentes da UCG. Portanto todos os docentes participantes, responsáveis e proponentes de projetos e programas de extensão, têm assegurado horas contratuais de trabalho docente para estas atividades especialmente os professores de tempo contínuo (30 horas) e tempo integral (40 horas). Certamente estas condições de trabalho favorecem a institucionalização da extensão, sua dimensão acadêmica e sua condição de componente da docência universitária. 4.3.3- Estrutura da Proex A Proex orienta e coordena todas as atividades de extensão e serviços comunitários da UCG. Assim, busca a produção de conhecimentos científicos e a realização de estudos norteadores da inserção social da UCG, do seu compromisso social e institucional com a educação e o ensino universitário. Dentro da sua organização interna possui três coordenações gerais: Coordenação de Assuntos Estudantis de Estágio - CAE, Coordenação do Programa Cultural - CPC e Coordenação Geral de Estágio e Extensão - ETG. A CAE é responsável pelo desenvolvimento da Política de Assistência Estudantil na UCG, exercendo suas atividades por meio dos setores de Serviço Social, Psicologia e Pedagogia. Dessa forma, estabelece uma política de relacionamento com o movimento estudantil organizado e com os estudantes da 30 UCG em geral, buscando desenvolver atividades coordenadas que possam contribuir na formação dos alunos ucegeanos, proporcionando-lhes condições favoráveis de relacionamento e integração na vida universitária. A CPC é responsável por coordenar, promover e produzir cultura, refletir e pesquisar sobre o fazer artístico, construindo, coletivamente, a política de extensão da UCG. Tem desenvolvido suas ações em diferentes áreas da cultura e das artes, possibilitando momentos de reflexão e fruição de extrema importância para formar e desenvolver uma postura cidadã nos alunos desta universidade, lançando, para além dos conhecimentos específicos do ensino acadêmico, a possibilidade de inserção desse conhecimento nas manifestações culturais. Além de atuar na comunidade ucegeana, tem inserção na comunidade maior, promovendo espetáculos e momentos de reflexão sobre a importância da cultura para a formação de um povo consciente e um Estado pleno. A CPC tem núcleos constituídos nas áreas de Teatro, Música e Dança e, em estágio de formação, nas áreas de Multimídia, Artes Visuais, Literatura e Cultura Popular, responsáveis pela produção de espetáculos, seminários, mesas redondas, simpósios, pesquisas e oficinas em suas respectivas áreas. Os núcleos são compostos por grupos de Criação e Produção formados por alunos da instituição e da comunidade em geral, oriundos das oficinas gratuitas que a CPC oferece, bem como por pessoas da comunidade em geral. A ETG é a área onde a extensão realiza a investigação e a produção de conhecimento como exigência do próprio sentido, razão e finalidade da universidade. A ETG coordena os Programas Institucionais: Instituto, Centros, Programas e Projetos, numa perspectiva de compromisso com as políticas públicas, buscando articular grandes temas sócio-histórico-culturais, com o processo educativo e formação profissional. Na coordenação do estágio, a ETG promove, em articulação com a Prograd, debates que subsidiem teoricamente a realização do estágio em todos os cursos da Universidade. Além disso, aprecia propostas de ampliação e renovação de convênios para a realização de estágio curricular obrigatório e não obrigatório. Articula e negocia com instituições espaços de atuação do estagiário, viabilizando a celebração de convênios e o cumprimento de seus termos e define, juntamente com os outros órgãos coordenadores de estágio, as condições para aprovações de campos, com vistas à efetivação da Política de Estágio da UCG. Tal coordenação se fundamenta na concepção de estágio como componente curricular do processo de formação acadêmica, constituído e constituinte das dimensões do ensino, da pesquisa e da extensão, espaço político-pedagógico privilegiado de construção de práxis, que possibilita a inserção do estudante no mundo laboral e na prática social, como processo de participação/intervenção nas relações entre a universidade e demais segmentos sociais. 4.3.4- Programas Institucionais Os Programas Institucionais de extensão universitária caracterizam-se pelo enraizamento na área acadêmica, pela interdepartamentalização e interdisciplinaridade, pela relação com o estágio curricular e por suas áreas temáticas: saúde coletiva; infância, adolescência e família; direitos humanos; educação pública; gerontologia social; gênero; etnia; educação ambiental; 31 planejamento urbano; educação continuada; pedagogia da alternância; inovações tecnológicas e sociais; agricultura familiar e capacitação de grupos de assentamentos da reforma agrária. A seguir serão dispostos os Programas Institucionais empreendidos pela Proex: Instituto Dom Fernando - IDF: contribui com a construção da cidadania e inclusão social por meio da educação sócio-ambiental e na luta pela garantia dos direitos humanos; incentiva o respeito ao meio ambiente, promovendo ações sócioeducativas e produtivas que privilegiem o desenvolvimento sustentável; contribui na formulação e implementação de políticas públicas de assistência social que atendam às demandas das populações das camadas populares; desenvolve estudos e pesquisas e elabora e desenvolve projetos, nas áreas de preservação do meio ambiente e desenvolvimento comunitário. Centro de Estudo, Pesquisa e Extensão Aldeia Juvenil - CEPAJ: subsidia intervenções e elaboração de políticas públicas voltadas para a infância e adolescência; contribui para a garantia e defesa de direitos das crianças e adolescentes, desenvolvendo atividades de educação e formação para a cidadania e desenvolve metodologias de atendimento individual e grupal com crianças, adolescentes e famílias vítimas de violência física, sexual e psicológica. Centro de Educação Comunitária de Meninas e Meninos - CECOM: dedica-se à promoção da cidadania de crianças, adolescentes, jovens e comunidade em geral; trata a questão da infância em suas diversas manifestações, desenvolvendo suas atividades por meio de diversos programas de atendimento e formação permanente dos educadores, subsidia intervenções sociais e colabora na formulação de estratégias de implementação de políticas sociais voltadas para a infância, adolescência e família. Centro Afro-Brasileiro de Estudos e Extensão - CEAB: realiza e divulga estudos sobre preconceito, exclusão social e cultura afro-brasiliera e implementa programas de ação de combate ao racismo, em parcerias com várias instituições. Centro de Línguas Vivas – CLV Católica Idiomas: desenvolve estudos e pesquisas relativas ao ensino de línguas e literatura, fortalece os cursos de licenciatura, desenvolvendo estudos, cursos, eventos inter-culturais, inter-lingüisticos e publicações e busca qualificar o ensino de línguas por meio da formação dos profissionais das diversas áreas do conhecimento. Oficina de Planejamento Urbano e Ambiental - OPUA: presta asssessoria técnica para Prefeituras, associações de moradores, representações populares e comunidades organizadas para o desenvolvimento de projetos na área de urbanismo e meio ambiente e produz conhecimentos sobre as questões ambientais e urbanas, subsidiando as políticas públicas do setor. Programa Aprender a Pensar - PAP: atende, numa perspectiva interdiscilinar, crianças e adolescentes, com altas habilidades, da rede pública e particular de ensino e faz o acompanhamento psicológico das respectivas famílias. Programa de Direitos Humanos - PDH: realiza estudos e pesquisas numa perspectiva interdisciplinar sobre as situações de violação dos direitos humanos: promove ações sociais de mobilização em associações de bairro e movimento popular e participa na organização e operacionalização de ações de defesa dos direitos humanos. Programa de Educação Ambiental - PEA: auxilia na compreensão dos problemas sócio-ambientais por meio de estudos, pesquisas, palestras, cursos e produção de material didático e fomenta e implanta por meio da reflexão-ação mudanças de posturas e práticas, visando à preservação do meio-ambiente. 32 Programa de Educação e Cidadania - PEC: busca fortalecer a escola pública como projeto coletivo e como processo de democratização do saber: desenvolve um trabalho pedagógico na perspectiva da formação continuada de professores das escolas públicas, articulando seus desafios à formação acadêmica das Licenciaturas na UCG: propicia assessoria técnico-pedagógica a assentamentos rurais em municípios da Diocese de Goiás, assessoria pedagógica à Educação de Jovens e Adultos nos projetos AJA Expansão e Alfabetização solidária. Programa em Nome da Vida - PNV: organiza redes de informação sobre substâncias psicoativas e as implicações de consumo; promove estudos e pesquisas reativas a questão das drogas através da interdisciplinariedade; forma profissionais de diversas áreas com projetos de prevenção do uso de drogas e promove ações que visem à valorização da auto-estima, auto-confiança, desenvolvendo competências de comunicação, buscando a redução de fatores de risco. Programa Interdisciplinar da Mulher: Estudos e Pesquisas - PIM-EP: busca aprofundar o conhecimento sobre a categoria de gênero em uma perspectiva interdisciplinar; promove atividades para uma maior visibilidade à situação das mulheres na sociedade como uma questão de Direitos Humanos; presta assessoria na área de gênero para os cursos (graduação e pós-graduação) da UCG e para organizações governamentais e não-governamentais; organiza um banco de dados sobre a questão de gênero e mantém publicações regulares. Programa Permanente de Cursos de Extensão - PPCE: amplia a interlocução entre a universidade (UCG) e a sociedade, em relação a temas de interesse e nas várias áreas do conhecimento; busca a atualização e divulgação de conhecimentos produzidos nas diversas áreas acadêmicas e promove o debate entre o saber acadêmico e o saber popular. Programa Zootécnico de Extensão Rural - PZER: promove o desenvolvimento das comunidades rurais por meio do estudo e caracterização dos sistemas de produção e sua inserção no mercado, favorece a utilização de inovações tecnológicas e sociais no setor agropecuário, implementação de ações sócioeconômicas adaptadas às condições locais da comunidade e identifica demandas de pesquisa básica e aplicada adaptadas à região estudada. Programa de Extensão Comunitária de Educação Continuada em Língua Estrangeira - PECECLE: promove um ambiente de pesquisa/ação para docentes e discentes de língua estrangeira numa perspectiva de formação continuada referente ao pedagógico e ao lingüistico e produz estudos e reflexões sobre as questões ligadas à Educação Inclusiva e aos Ciclos de Desenvolvimento Humano. Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI: contribuir na formulação de políticas públicas em relação ao idoso, democratizar o saber, possibilitando às pessoas adultas e idosas o acesso à Universidade, na perspectiva da educação continuada, do resgate da cidadania e do desenvolvimento do espírito de convivência e despertar nos alunos de graduação de diversos cursos da UCG a consciência da responsabilidade social, motivando-os a assumir presença efetiva nas organizações da sociedade civil e nos movimentos sociais. 5- RESPONSABILIDADE SOCIAL A responsabilidade social da UCG está definida, em primeiro plano, na Constituição Federal de 1988 nos Artigos 6º, 203 e 204; na Lei Orgânica da Assistência Social n. 8.743/93, especificamente nos Artigos 1º, 2º e 3º; na Política Nacional de Assistência Social, precisamente nos seus princípios, destinatários, 33 objetivos e diretrizes e no Estatuto da Sociedade Goiana de Cultura, nos Artigos 2º, 4º e 6º, dentre outros. A contribuição e a participação das organizações da sociedade civil na prestação de serviços à população brasileira têm sido historicamente reconhecidas, não só pelo mérito do trabalho realizado, mas também pela significativa parcela da população atendida. Esse reconhecimento é traduzido objetivamente pela concessão de imunidade, incentivos e isenções fiscais, para aquelas organizações sem fins lucrativos, que executam serviços de natureza assistencial, educacional e de saúde, com caráter filantrópico, isto é, de forma gratuita e permanente. A compreensão sobre a responsabilidade social da UCG deriva do pressuposto de que a Universidade é uma instituição social e que sua finalidade e legitimidade interna e externa precisam ser renovadas e reafirmadas, não como prestadora de serviços, mas fundamentalmente pelas idéias de formação, reflexão, criação e crítica, ou seja, a função social da universidade é essencialmente educacional e perpassa as relações entre ensino, pesquisa e extensão. A partir desta perspectiva, entende-se que a UCG cumpre sua responsabilidade social quando se orienta por preceitos legais e institucionais de liberdade e gestão democrática das atividades acadêmicas; possibilita a participação da sociedade civil no seu interior; participa na elaboração e implantação de políticas públicas nas áreas de saúde, cultura, educação, ciência e tecnologia e desenvolvimento tecnológico; possibilita a inclusão social de parcelas significativas de jovens no ensino superior; promove a identidade de grupos excluídos e acolhe em seu interior as diversas pluralidades e diversidades sócio-historicamente constituídas. A responsabilidade social da UCG tem sua expressão máxima nas atividades de extensão realizadas e se materializam nos Instituto, Centros, Programas, Projetos existentes e Prestação de Serviços Gratuitos como CEPSI, Clínicas Escola e Escritório de Práticas Jurídicas, Laboratório de Análises Clínicas. No âmbito da UCG pode ser ressaltada a articulação entre as atividades de extensão e as Unidades Acadêmicas de graduação. Uma outra expressão da relação ensino e extensão é a criação de Cursos de Especialização lato sensu a partir das experiências e demandas oriundas da extensão. Os cursos têm sido efetivados por meio de convênios com entidades que requerem e custeiam as despesas dos mesmos. Por exemplo, Curso de Especialização em Saúde Mental, demandado pela Secretaria Municipal de Saúde e custeado com recursos do Ministério da Saúde (em andamento) e Curso de Especialização em Violência Doméstica Contra Crianças, Adolescentes e Mulheres, demandado pelas diversas instituições municipais da área e aprovado pelo Pólo de Saúde de Goiânia (em processo de efetivação). Dois outros cursos também estão sendo oferecidos: Especialização em Saúde: Gerontologia Social e Formação em Política Social: Feminismo e Gênero. As linhas de trabalho da extensão são múltiplas e nasceram fundamentalmente da sensibilidade e compromisso ético da UCG em responder as demandas que estão postas na nossa contemporaneidade com marcas profundas de exclusão/inclusão social. Os resultados destes trabalhos são os mais variáveis e férteis possíveis, e se expressam, por exemplo, em publicações ou em ações sociais concretas. As formas visíveis que assumem podem ser expressas: por assessorias e consultorias prestadas; cursos ministrados; estudos; pesquisas; atendimentos diretos; socialização por meio de debates, palestras, seminários, simpósios, Fóruns, eventos diversos; composição e representação em diversos Conselhos de Direito; produção 34 de material informativo e didático; participação na elaboração de políticas públicas para diversos setores; realização de oficinas e apresentação de atividades culturais. Essas ações tornam-se relevantes e significativas especialmente porque são elaboradas e realizadas em parceria com entidades governamentais e nãogovernamentais e instituições diversas. A assumência da responsabilidade social pela UCG também pode ser percebida a partir das ações desenvolvidas no sentido da inclusão social dos estudantes que apresentam carência socioeconômica e, também, pela sua participação nas ações de extensão que produzem impacto na sua formação. Dessa forma, propicia moradia estudantil, tendo como objetivo assistir alunos do interior do estado e de outros estados da federação que não possuem família em Goiânia. Esses alunos têm a oportunidade de participar do Conselho e Coordenação da Casa, bem como da Associação de Moradores das Casas Estudantis. Dessa forma, estes papéis assumidos pelos alunos e a experiência de viver em moradia coletiva constituem-se em fatores importantes na sua formação pessoal e profissional. Também os estagiários que atuam nos diversos programas e projetos de assistência estudantil têm oportunidade de conhecer a realidade dos estudantes assistidos, participando de entrevistas, visitas domiciliares e outras ações. A partir de sua adesão ao ProUni, a UCG passa a adotar o sistema de cotas direcionando vagas aos alunos afrodescendentes e portadores de necessidades especiais, inserindo-se, assim na política de ações afirmativas. Desse modo, contribui para a inclusão social de alunos que não teriam condições de ter acesso à Universidade. O ProUni também favorece os portadores de necessidades especiais na condição de destinatários específicos para a bolsa, não sendo obrigados a terem cursado o ensino médio em escola pública ou na condição de bolsistas integrais. Quanto ao atendimento e acompanhamento de portadores de necessidades especiais cabe à Prograd a indicação de monitores para este fim. A UCG cumpre a legislação específica nesse sentido quanto à contratação de portadores de necessidades especiais. As políticas institucionais de inclusão de alunos em situação econômica desfavorecida é executada pela CAE, pelo Setor de Serviço Social, que orienta o estudante de baixo poder econômico ou com dificuldades momentâneas para custear os seus estudos, quanto às possibilidades de bolsas que a UCG oferece, por meio de recursos próprios ou convênios. A política institucional da UCG para a inclusão e permanência de alunos das camadas populares se expressa nas seguintes modalides: bolsas filantropia; bolsas Prouni; bolsas universitárias (OVG); alunos credenciados pelo FIES; alunos beneficiados com o crédito educativo interno; descontos sobre o débito contraído no semestre no valor de 10% a 50% para alunos carentes, objetivando facilitar a negociação do débito, bem como alongamento do parcelamento do débito e desconto para alunos dos cursos de licenciatura, no sentido de contribuir com a formação de quadros para as redes públicas de ensino. A UCG, consciente da importância da formação política de seus alunos, dentro de princípios éticos e democráticos tem procurado fortalecer as entidades estudantis por meio de cessão do espaço físico para o Diretório Central dos Estudantes – DCE e Centros Acadêmicos, ajuda financeira, viabilização de realização e participação em eventos políticos-estudantis, culturais, acadêmicos. Dessa forma, relaciona -se como o movimento estudantil, respeitando a sua autonomia e atuação. As atividades realizadas pela Coordenação do Programa Cultural procuram cumprir seu objetivo maior de criar uma postura cidadã por meio do exercício e 35 vivência da arte e da cultura. Concebe-se que essa possibilidade, oferecida gratuitamente aos alunos e à comunidade em geral, proporciona-lhes a oportunidade quase sempre rara em nosso estado, da reflexão, fruição e da produção da arte, bem como contribui para a manutenção e respeito da memória e do patrimônio cultural. Além da gratuidade das oficinas artísticas, do acesso a espetáculos, palestras, exposições, simpósios promovidos pela CPC e do favorecimento da possibilidade da produção artística, são oferecidos aos alunos da UCG bolsas de incentivo às atividades culturais. Destacam-se, ainda, as apresentações artísticas, exibição de filmes, oficinas, performances e atividades correlatas que são realizadas em bairros da periferia de Goiânia, em galpões ou em praças públicas, em projetos que prevêem um esforço coletivo de transformação social. A UCG, por meio do Programa Cultural, tem contribuído para a valorização da memória cultural brasileira, o respeito à cultura popular e a divulgação da literatura nacional, trabalhando os temas, peças musicais, literárias e teatrais, propriamente ditas, na montagem de espetáculos, promoção de simpósios, palestras, formação de grupos de estudo voltados para a produção, preservação e reflexão sobre a arte e a cultura regional e nacional. É a partir dessas ações que expressam a sua responsabilidade social que a UCG, como instituição social, aprofunda as possibilidades de reconhecimento dos vínculos entre as práticas profissionais e as práticas sociais, da relação entre formação profissional e compromisso social e da transformação do saber acadêmico e da educação em um bem público. Este é o eixo norteador das diversas ações que são estimuladas e implementadas pela política do ensino, da pesquisa e da extensão na UCG. 6- COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE A Política que norteia a prática da UCG na área de Comunicação Social e Marketing tem como referência a natureza, a identidade e a missão da instituição. Com base na interlocução entre as ciências, culturas, tecnologias, artes, razão e fé, a UCG é chamada a produzir saberes, distribuir bens simbólicos, criar e recriar modelos interpretativos, transformadores da realidade, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, possibilitando a formação de quadros profissionais capacitados e comprometidos na solução dos graves problemas do nosso tempo (UCG. PEGP, 2003). 6.1 - O Princípio da Comunicação delineia a opção de atuação da Católica de Goiás nessa área: tornar “socialmente visíveis à comunidade interna e externa suas formas de atuação, estabelecendo contatos permanentes com atores interessados na socialização dos saberes e serviços oferecidos pela Instituição” (UCG. PEGP, 2003, p. 35). Constituindo o conjunto de princípios em que se fundamentam as atividades de comunicação social numa instituição, a Política de Comunicação traça perspectivas e objetivos. Sendo assim, é definida de forma permanente, independente da gestão, uma vez que baseia-se na missão e nos valores institucionais. A Política de Comunicação Social e Marketing da UCG tem como parâmetro para elaboração de suas diretrizes, portanto, o papel e a responsabilidade sociais da Universidade, considerada sua importante função de divulgação da produção 36 acadêmica junto à sociedade, principalmente junto às comunidades universitária, local e à imprensa. A importância da comunicação social na mediação do processo educativo é incontestável. Instituição compromissada com a “construção de uma sociedade justa e democrática, a UCG busca formar cidadãos informados em relação ao seu contexto educacional e à realidade global, visando o desenvolvimento de senso crítico. 6.1.1- Objetivos É função da Comunicação, na UCG, é proceder a gestão da marca institucional e promover a necessária difusão dos projetos de ensino, da produção científica, da pós-graduação e da extensão da Universidade junto aos públicos-alvo, frente aos princípios adotados, de forma correspondente aos seus reais e permanentes esforços na busca da excelência acadêmica e administrativa, no cumprimento de sua responsabilidade social. De forma sucinta, são objetivos perseguidos pela comunicação social da UCG: − Planejar e implementar ações que possibilitem a divulgação da produção acadêmica da UCG junto aos públicos internos e à sociedade em geral, visando a democratização do acesso ao conhecimento produzido na Universidade. − Responder às demandas por informação / divulgação dos diversos segmentos (públicos) internos, por intermédio de veículos e estratégias de comunicação dirigidas. − Gerenciar a imagem institucional, dando visibilidade à presença da Católica de Goiás no Ensino Superior, como “instituição pioneira e detentora de experiência histórica no ensino superior; idônea; qualificada; atualizada; tecnologicamente avançada; filantrópica e comunitária; incentivadora e apoiadora do desenvolvimento cultural regional e nacional”, junto ao público interno e à sociedade em geral. − Desenvolver campanhas institucionais internas e externas, de acordo com as necessidades de comunicação, mediante as ferramentas do Marketing, da produção de jornalismo e Design, assim como da atuação no âmbito das Relações Públicas. − Colaborar, a partir do fluxo interno da informação, para a obtenção de uma visão sistêmica da Universidade, que aponte oportunidades de integração dos públicos e interface das diversas áreas do conhecimento - interdisciplinariedade e interdepartamentalização. − Desenvolver de forma articulada a relação com a mídia regional, nacional e internacional, visando a divulgação da produção institucional, principalmente a partir de suas áreas de excelência - indicando professores pesquisadores de determinadas áreas do conhecimento como fontes noticiosas - e de suas iniciativas de interesse público e/ou de segmentos sociais organizados. − Promover a disseminação de uma cultura organizacional sintonizada com os valores e princípios adotados pela Universidade. − Buscar interatividade e intercâmbio permanentes com as comunidades interna e externa. 6.1.2- Estratégias Os princípios da Católica de Goiás são considerados para a definição do posicionamento de Comunicação e Marketing da Universidade. Por exemplo, o posicionamento no âmbito da publicidade e propaganda, mesmo em cenário de 37 acirrada concorrência, prioriza a busca de criatividade para conseguir o enaltecimento dos diferenciais da UCG enquanto instituição de ensino superior, sem adotar posturas provocativas e depreciativas das demais IES. Nas ações de comunicação e marketing são enfatizados os diferenciais da instituição, a partir das condições de oferta dos cursos (como projeto políticopedagógico; infra-estrutura, laboratórios, bibliotecas e capacitação do quadro docente), dos acervos culturais, artísticos e bibliográficos, dos profissionais que compõem seus quadros, do destaque na vida acadêmica e profissional de graduandos e graduados pela UCG; dos resultados de pesquisas desenvolvidas e da ação comunitária que a Universidade empreende, fruto de sua “profunda e histórica inserção social” – política acadêmica comunitária . A democratização do acesso ao conhecimento produzido na academia exige eficientes mecanismos de comunicação. Na UCG, o Planejamento de Comunicação e Marketing não se limita aos canais dos meios de comunicação de massa, mas envolve também os meios tradicionais e alternativos. A busca permanentemente empreendida na UCG é por uma visibilidade legítima, principalmente a partir da produção acadêmica, por meio das ferramentas e recursos oriundos do Jornalismo, do Marketing, principalmente com foco social, cultural e endomarketing, entre outros, inclusive patrocinando eventos cuja proposta agrega valor à marca da Universidade, valorizando sua imagem pública. Na relação comunicacional da instituição com seus públicos, que resulta em relações educativas implícitas e explicitas, nenhum meio de comunicação é desprezado. Para escolha, são considerados o objetivo da comunicação, o públicoalvo, o cenário, o custo operacional e o resultado esperado, sempre com base em dados resultantes de análise técnica, a partir de pesquisas de audiência e de efetividade dos meios de comunicação, entre outros aspectos. 7- POLÍTICA DE PESSOAL Desde que a natureza e a missão da instituição sejam reconhecidas e assumidas, nela convivem no respeito mútuo pessoas de diferentes credos e ideologias. As políticas instituídas e as práticas utilizadas para a gestão de pessoas na UCG devem refletir-se, positivamente, nas relações de trabalho, na motivação e na satisfação dos seus servidores (docentes e pessoal técnico adminstrativo) e na própria qualidade e adequação da organização do processo de trabalho. Criam-se assim, condições para a valorização da pessoa humana na UCG, investindo em seu desenvolvimento, remunerando-o em função do seu nível de colaboração e criando canais de comunicação, a fim de que caiba ao próprio servidor a responsabilidade de ser o artífice de seu desenvolvimento. A política de pessoal docente da UCG fica clara em seu Estatuto que diz: − os integrantes do corpo docente da UCG serão admitidos por processo seletivo, levando em consideração o respeito à identidade católica da instituição, a titulação adequada, a comprovada produção técnico-científica, a capacidade pedagógica e a competência técnica do candidato, de acordo com as especificidades das diferentes áreas de conhecimento; − a relação de trabalho entre SGC e o corpo docente é regida pela Legislação Trabalhista, pelo Regulamento de Carreira Docente, pelos atos normativos internos, bem como pelas leis especiais ou complementares que disciplinam a matéria; 38 − a carreira docente na UCG é disciplinada por regulamento próprio, que fixa as regras sobre admissão, promoção, substituição, funções de categoria, regime disciplinar e afastamento; − o corpo administrativo da UCG é constituído pelos funcionários que desempenham funções e atribuições de apoio às atividades acadêmicas e administrativas; − a relação de trabalho entre a SGC e o corpo administrativo é regido pela Legislação Trabalhista, pelo Regulamento de Carreira Administrativa, pelos atos normativos internos e pelas leis especiais ou complementares que dispõem sobre a matéria; − os integrantes do corpo administrativo serão admitidos, preferencialmente por meio de processo seletivo, respeitadas as especificidades do cargo. Quanto aos Programas de Qualificação profissional e de melhoria da qualidade de vida para os corpos docente e técnico-administrativo, a UCG investe recursos mediante bolsas de estudo tanto para a graduação de seus servidores quanto para a pós-graduação (Anexo 02). Investe-se também na qualificação profissional e na qualidade de vida de seus servidores aplicando, para tanto anualmente, o levantamento de necessidades de treinamento. Após a tabulação o Plano de Desenvolvimento é montado e os cursos oferecidos são priorizados mediante as solicitações formuladas e de acordo com os seguintes pressupostos: − que a educação é permanente porque o ser humano não para de aprender, de se completar, de atualizar-se continuamente, e ainda pela necessidade de que ele hoje esteja se preparando para adaptar-se a constante evolução da ciência e da tecnologia, visando enfrentar com êxito os desafios da empregabilidade imposta por atual mercado de trabalho; − o Programa de Desenvolvimento de Pessoal deve espelhar o Programa de Desenvolvimento Organizacional, uma vez que são as pessoas que garantem o funcionamento de todos os espaços das ações universitárias. Pressupõem-se ainda compromissos com a missão institucional, uma vez que ele deve estar vinculado às expectativas internas e externas e enfocam a cultura organizacional desta Instituição que se entende como comprometida com a excelência acadêmica e com o autodesenvolvimento contínuo. Para a conquista deste perfil é imprescindível o estabelecimento de uma política de desenvolvimento de pessoas que valorize o quadro de profissionais da UCG, por meio de ações estratégicas que culminem em programas de qualificação/capacitação permanente das pessoas. Esta atitude baseia-se no enfoque de que a dimensão profissional e humana são complementares. A pretensão da UCG é construir um processo de desenvolvimento que gerencie a empregabilidade, dando aos servidores condições de se manterem permanentemente dentro dos requisitos de competência, conhecimentos e habilidades profissionais exigidos pela Instituição e/ou pelo mercado de trabalho. A gestão de qualidade demanda uma série de ações que incidem sobre as relações entre pessoas na instituição, transformando as relações de trabalho.Implica em mudança de atitudes, de cultura organizacional/setorial. O diagnóstico compartilhado é essencial, uma vez que o grupo deve identificar quais mudanças e correções são requeridas. As correções de insatisfações, ou inadequações são de extrema valia para o desenvolvimento de um bom clima organizacional/setorial que favorece, com clareza, a motivação, a aceitação, o comprometimento, o entusiasmo, a disciplina às normas e a adaptação 39 de mudanças em práticas administrativas mais eficientes e eficazes, sem resistências. A Avaliação de Performance do funcionário técnico-administrativo deve ser feita constantemente, mesmo não tendo um instrumento formal de Ava liação de Desempenho. Este instrumento está em estudo e será implantado ainda este ano com as seguintes diretrizes: − acompanhar a performance dos funcionários abrindo um espaço ao diálogo, como reforço dos aspectos positivos e busca de eliminação dos negativos contribuindo com o aumento da eficiência organizacional e com o nível de satisfação das pessoas a partir das informações resultantes desta prática; − o processo de acompanhamento formal possibilitará à Instituição o conhecimento dos problemas/dificuldades dos servidores versus órgãos, subsidiando suas ações para superação dos entraves, uma vez que o desenvolvimento e a valorização dos recursos humanos são requisitos essenciais e insubstituíveis para a concretização dos objetivos e metas organizacionais; − neste processo é necessária a clareza de que as pessoas possuem carências e qualidades que podem ser trabalhadas e de que o alcance da eficiência passa necessariamente pelo acompanhamento e desenvolvimento das pessoas e dos grupos que fazem a organização. A Instituição conta com uma Ouvidoria permanente, aberta a todos os segmentos que a compõem para conhecimento do grau de satisfação, das condições de trabalho, dos planos de estudo, entre outras. Além da Ouvidoria, temos aplicado o Diagnóstico de Clima Organizacional, eventualmente, juntos aos funcionários técnicos-administrativos e os resultados são bastante satisfatórios quanto ao ambiente de trabalho, benefícios concedidos, salário, relação com as lideranças, estabilidade de emprego, aproveitamento de potencial e motivação. A comunidade ucegeana trabalha com compromisso e responsabilidade. A estrutura de poder é determinada pelos estatutos da mantenedora e da própria instituição. Porém, a relação de hierarquia é democrática e colegiada, fazendo com que todos se sintam participantes e co-responsáveis pelo sucesso da instituição. O grau de satisfação pessoal e profissional é percebido pela pequena rotatividade de pessoas, sendo que os índices de antiguidade ficam assim definidos: − 17,25% (mais de 21 anos de UCG); − 15,12% (16 a 20 anos); − 20,64% (8 a 15 anos); − 13,16% (4 a 7 anos); − 32,20% (0 a 3 anos); Obs: Dados relativos ao pessoal técnico-administrativo colhidos com a pesquisa Valorizando sua Opinião, aplicada em novembro de 2002. Quanto aos benefícios, ressaltamos que a UCG desenvolve uma política de promoção de seu quadro de pessoal, cumprindo todos os benefícios determinados por lei e ainda, oferece aos docentes licença para programa de pós-graduação stricto sensu duas bolsas de estudo para cada servidor, que pode ser utilizada inclusive pelo dependente, complementa o salário recebido pelo INSS quando o servidor é afastado para licença médica, proporciona ao servidor administrativo 10 dias de licença remunerada por ano, após completar 10 anos de UCG, anuênio, convênio com o SESC, maior número de dias para luto e gala, exames laboratoriais gratuitos, estacionamento gratuito, acompanhamento domiciliar e hospitalar, entre outros. 40 A UCG distingue-se pelas sua identidade expressa em seu Estatuto, de ser católica, comunitária, pluridisciplinar, zelando pela fidelidade à doutrina e às determinações da Igreja, pela excelência de sua organização e pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como por primar pela qualificação humana, funcional e acadêmica de sua direção, e dos professores e servidores. Assim, busca por intermédio das Políticas de Pessoal, envolver as dimensões da produtividade, das Relações e da Qualidade de Vida, procurando atingir as metas e os melhores resultados, tanto pessoal quanto Institucional; aprimorando relações mediante o estabelecimento de vínculos e boa comunicação; inspirando e motivando as pessoas a fazerem emergir o melhor delas e da UCG. 8 - INFRA-ESTRUTURA FÍSICA. A função administrativa deve sempre visar a articulação dos recursos que garantam o suporte administrativo para a realização da multidimensionalidade acadêmica, em cujo meio as pessoas saibam claramente o que devem fazer, contando com as melhores condições de trabalho para realizarem bem aquilo que deve ser realizado. Nessa perspectiva, o ambiente material que é oferecido às pessoas, os equipamentos, as máquinas, a tecnologia que se lhes são colocadas à disposição devem permitir uma ação de qualidade acadêmica. Para tanto, a infraestrutura física deve estar ajustada às necessidades das pessoas e às necessidades dos serviços que elas devem prestar, com a qualidade que é exigida. Na UCG, esse ambiente material resulta, pois, em contar com as condições adequadas de funcionamento da Instituição, das instalações, equipamentos disponíveis, máquinas necessárias, tecnologias, espaços suficientes, dependências apropriadas de convivência e de desportos. Tudo isso faz parte das condições inerentes ao ambiente material da Universidade (Anexo 03). Para a UCG é imprescindível implantar, ampliar e racionalizar, em cada área, os espaços e equipamentos comuns, evitando deslocamentos indesejáveis da comunidade universitária. O atendimento das necessidades de espaço físico e de equipamentos deve se realizar sem improvisações, com racionalização e organicidade. A criação de infra-estrutura básica deve visar a implantação de instalações completas, flexíveis e de fácil expansão. É necessário criar espaços de estar, de encontro e de convivência qualificados e integrados às edificações. Especial atenção deve ser dada às exigências de locomoção dos portadores de necessidades físicas especiais inclusive com progressiva adaptação dos edifícios antigos. A infra-estrutura de informação e comunicação é mantida em permanente processo de qualificação e de expansão para atender à necessidade de atualização dos equipamentos, em vista das exigências do ensino, da pesquisa e da extensão que crescem exponencialmente. É meta da UCG continuar oferecendo a seus estudantes, de forma incremental, o acesso a recursos de computação por meio de laboratórios, salas de internet e núcleos de pesquisa. A rede de dados da UCG, na Praça Universitária, é uma rede em anel ATM 622 Mbps e, nos demais locais, FrameReley de 256 a 1.024 Kbps. Isso tem possibilitado disponibilizar serviços tais como: e-mail para todos os alunos mediante convênio com o portal Universia; acesso on-line dos alunos a todos os seus dados acadêmicos pessoais (Sistema SOL); sistema de vídeo-conferência nos auditórios, sistema interno de CA-TV; Biblioteca Virtual em convênio com a RICESU; consulta, via Internet ou através de quiosques ao acervo da Biblioteca Central. No presente exercício (2005), está 41 prevista a aquisição de 70 microcomputadores para substituir equipamentos obsoletos e outros 110 para expandir o parque existente. 9- POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE E AO EGRESSO 9.1- Estudantes A política de atendimento aos estudantes da UCG compreende: − instrumentos normativos – Estatuto da UCG, Estatuto e Regulamento da Casa do Estudante e Ato Normativo que proíbe qualquer manifestação de trote – que contemplam os direitos e deveres do corpo discente; − programas de intercâmbio com universidades estrangeiras; − política de permanência dos alunos, por meio de bolsas e financiamentos; − programas de acompanhamento psicológico e pedagógico que visam a atender os alunos com dificuldades acadêmicas e pessoais. A adesão ao ProUni permitiu o acesso de estudantes da rede pública com comprovada carência sócio-econômica, em consonância com as políticas de acesso e permanência do MEC. No programa de bolsa filantropia da UCG, há um processo criterioso na seleção dos bolsistas, sendo beneficiados os candidatos que apresentarem menor renda familiar per capita. Em cada processo seletivo semestral, mais de 5.000 (cinco mil) candidatos se inscrevem. ‘ A UCG contribui com auxílio financeiro aos Centros Acadêmicos (recurso financeiro anual) para participação dos alunos em congressos estudantis, bem como aluguel de ônibus, ajuda para estada etc. Isto possibilita o intercâmbio dos alunos da UCG com estudantes de todo o território nacional. Na realização de encontros regionais e nacionais sediados pelos cursos da Católica, a UCG tem contribuído com espaço físico, material gráfico, vigilância, limpeza etc. 9.2- Egressos A UCG mantém o Programa de Acompanhamento de Egressos que tem como finalidade é reintegrar os ex-alunos à vida da Universidade, oferecendo formação continuada, com base na avaliação profissional. Os egressos são informados, durante os Encontros específicos, sobre todas as oportunidades de atualização e aperfeiçoamento, especialmente sobre os cursos de Especialização e Mestrados oferecidos pela UCG. A própria programação dos Encontros de Egressos inclui palestras sobre temática atual ligada à respectiva realidade profissional. O Programa busca, também, o fortalecimento da Associação dos Alunos Egressos da Universidade Católica de Goiás - ASSAE, com registro em 1999. A opinião dos empregadores sobre os egressos da UCG é conhecida por meio do contato com estes, no âmbito da Coordenação de Estágio e Extensão. De maneira informal, são colhidas avaliações por ocasião de congressos e eventos diversos, e ainda mediante a atuação das Empresas Juniores dos cursos de graduação. A opinião dos empregadores é registrada e considerada na avaliação institucional interna, a partir das contribuições dos setores diretamente responsáveis pelo contato com eles. 10 - SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA A Universidade Católica de Goiás tem sua sustentabilidade financeira na receita proveniente da cobrança de mensalidades A composição do seu alunado, 42 atualmente, revela um percentual significativo de estudantes de baixo poder aquisitivo. Há, portanto, uma contingência imposta por este quadro, que obriga a Instituição, coerente com a opção pelo modelo includente, por um lado, a assegurar a permanência do aluno e, por outro, a buscar o equilíbrio econômico financeiro, tendo em vista a oferta de um ensino de qualidade social, articulado à pesquisa e à extensão É dominante a preocupação com a escassez de recursos em um momento em que a universidade é instada a promover a expansão da oferta sem a perda da qualidade do ensino superior. A necessidade de qualificação do corpo docente , de melhoria da infra-estrutura física, de reposição de equipamentos, de financiamento da pesquisa, do custeio dos programas sociais. É nessa realidade que se insere a política econômico-financeira da UCG orientada no sentido de manter seus gastos rigorosamente dentro dos parâmetros orçamentários. A alocação de recursos pelos diversos projetos e atividades se dá mediante planos de trabalho elaborado pelas diversas unidades, em consonância com o Plano Institucional, quantificando e justificando os objetivos, elaborando previsões de custos e indicando prováveis fontes de financiamento Com relação ao reajuste das mensalidades escolares e dos salários, a UCG cumpre rigorosamente as determinações legais e procura manter sempre um diálogo aberto com as entidades representantivas tanto do corpo discente como dos docentes e do pessoal administrativo. Na busca de formas alternativas de receita, a UCG intensifica seus esforços na consecução de projetos e convênios mediante parceria com entidades governamentais e não-governamentais que vão desde a promoção de eventos regionais sistemáticos até a cooperação técnica e científica visando o desenvolvimento de atividades conjuntas em diversas áreas do conhecimento científico. 11- CRONOGRAMA DA AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 11.1- Etapa de preparação – Abril/Maio de 2005 − Reunião com a Reitoria (Reitor, Chefe de Gabinete, Pró-Reitores e Assessores) para apresentação do Projeto de Auto-Avaliação e coleta de informações e sugestões a cargo da CPA e Assessoria de Planejamento. − Discussão da Proposta de Auto -Avaliação com os Departamentos. − Constituição das CPA de Curso. − Levantamento dos documentos que definem as políticas e diretrizes da UCG. − Levantamento de Dados e Indicadores da UCG que possam auxiliar na fundamentação e justificativa das análises e interpretações. 11.2- Etapa de Execução Minutas por Área – Junho/Agosto/Setembro/Outubro de 2005 − Elaboração da minuta de um Documento Preliminar por parte das CPA de Cursos ressaltando e descrevendo os aspectos mais relevantes, bem como os pontos positivos e negativos de cada dimensão institucional. − Apreciação e aprovação do “Documento Preliminar” pela Congregação do Departamento. 43 − Encaminhamento dos Documentos Preliminares à CPA da UCG. Documento Síntese - Novembro/Dezembro de 2005 e Fevereiro/Março de 2006 Elaboração de um Documento Síntese por meio do qual a CPA procura identificar omissões, consensos e contradições dos Documentos Preliminares. Apreciação e aprovação do Documento Síntese por parte do Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração - CPEA. 11.3- Etapa de Consolidação – Abril/Maio de 2006 − Elaboração do Relatório Final. − Divulgação do Relatório Final para a comunidade universitária. − Elaboração de um Balanço Crítico. 11.4- Avaliação Externa – Agosto de 2006. BIBLIOGRAFIA CRUB – Programa CRUB de Avaliação Institucional para as Universidades brasileiras, 2001. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia; Alternativa, 2001. FORGRAD – Fórum de pró-reitores de graduação das universidades brasileiras: resgatando espaços e construindo idéias: 1997 a 2003. UCG – Avaliação Institucional: proposta inicial, caderno 2, 1998.