UNIVERSIDADE C ATÓLICA DE GOIÁS
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
PROJETO DE AUTO-AVALIAÇÃO I NSTITUCIONAL
GOIÂNIA, ABRIL DE 2005
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1- HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO
2- METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
2.1- Objetivos Gerais
2.2- Objetivos Específicos
2.3- Metodologia Geral
2.3.1- Procedimentos
3- DIMENSÕES DA INSTITUIÇÃO A SEREM AVALIADAS
3.1- Missão
3.1.1- Missão da UCG
3.2- Princípios
3.3- Gestão Acadêmica
3.3.1 - Formação e Perfil Social
3.3.2 - Colegialidade
3.3.3 - Busca da Excelência Acadêmico-Social
3.3.4 - Criatividade Organizacional e Administrativa
3.3.5 - Expansão Derivada de Seu Compromisso Social
4- POLÍTICAS
4.1- Ensino
4.1.1- Gestão Acadêmica dos Curso de Graduação
4.1.2- Instâncias de Trabalho da Prograd
4.2- Pesquisa
4.2.1- Política de Pesquisa
4.2.2- Institutos
4.3- Extensão
4.3.1- Política de Extensão
4.3.2- Gestão da Extensão
4.3.3- Estrutura da Proex
4.3.4- Programas Institucionais
5- RESPONSABILIDADE SOCIAL
6- COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE
6.1- O Princípio da Comunicação
6.1.1- Objetivos
6.1.2- Estratégias
7- POLÍTICA DE PESSOAL
8- INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
9- POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE E AO EGRESSO
9.1- Estudantes
9.2- Egressos
10- SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
11- CRONOGRAMA DA AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
11.1- Etapa de Preparação
11.2- Etapa de Execução
11.3- Etapa de Consolidação
11.4- Avaliação Externa
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
3
APRESENTAÇÃO
Histórico da UCG
A Universidade Católica de Goiás - UCG é a mais antiga universidade do
Centro-Oeste brasileiro. No ano de 1958, Dom Fernando Gomes dos Santos,
Arcebispo de Goiânia, constitui a Sociedade Goiana de Cultura - SGC, entidade
jurídica destinada à organização e manutenção da UCG.
No fim da década de 1950, as condições históricas eram plenamente
favoráveis à implantação do ensino superior na região Centro-Oeste. Pode-se
afirmar que dois projetos se delineavam: por um lado, com a criação de Brasília,
havia necessidade de formar quadros que viabilizassem o Plano de Metas do
governo e a própria ocupação do espaço; por outro lado, a Igreja, inserida
profundamente na comunidade regional, defendia a importância da educação
universitária para a formação cristã das lideranças leigas.
Em 17 de outubro de 1959, o decreto presidencial nº 47.041, assinado pelo
Presidente Juscelino Kubitschek, criava a Universidade de Goiás, primeira
universidade do estado e do Centro-Oeste.
Havia, na capital, várias Escolas de nível superior que, no momento da
concretização, constituíram o núcleo de criação. A Universidade de Goiás incorporou
as instituições criadas com apoio da Igreja: a Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Goiás (fundada em 1948), a Faculdade de Ciências Econômicas (1950), a
Escola de Belas Artes (1952) e a Faculdade Goiana de Direito (1958). A
Universidade de Goiás agregou também outras instituições, reconhecidas ou
autorizadas a funcionar pelo Governo Federal: a Escola de Enfermagem São
Vicente de Paulo (1942) e a Escola de Serviço Social de Goiás (1957).
O período de 1960 a 1971 caracterizou-se por esforços para organizar e
consolidar internamente a estrutura jurídica e patrimonial da Universidade. O
crescimento da demanda pelo ensino superior exigiu a organização dos recursos
humanos, financeiros e administrativos e, ao mesmo tempo, a expansão do espaço
físico. Por meio do Decreto Presidencial nº 68.917, de 19 de julho de 1971, a
Universidade de Goiás transformou-se em Universidade Católica de Goiás.
Respondendo às exigências da Reforma Universitária, implantada pela Lei nº
5.540/68, em 1972, a UCG realizou significativas adequações para redimensionar a
sua estrutra administrativo-acadêmica.
No encerramento da década de 1970 e inicio dos anos 1980, sintonizada com
o projeto político da transição democrática do país e articulada com os setores mais
críticos e progressistas da Igreja, a UCG construiu uma nova proposta de
universidade, reorientando seu projeto acadêmico a partir de um conjunto de
princípios reunidos em um documento intitulado As Grandes Linhas e os Critérios
Operacionais da UCG. A divulgação das Grandes Linhas desencadeou um processo
de discussão interna acerca da identidade e do papel da UCG na sociedade. O
desenvolvimento do projeto de universidade, assentado nas diretrizes emanadas das
Grandes Linhas, contribui para a configuração de uma Universidade comunitária,
pluralista e participativa.
Para atender à dinâmica desse processo, a estrutura da Universidade - que
até aquele momento contava com apenas duas Vice-Reitorias: Vice-Reitoria para
Assuntos Acadêmicos - VA e Vice-Reitoria Administrativa - VAD - foi ampliada com a
criação, em 1981, de mais duas Vice-Reitorias: Vice-Reitoria para Assuntos
4
Acadêmicos e Estudantis - VAE e Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa VPG.
A década de 1990 torna-se o tempo da consolidação quantitativa e qualitativa:
a UCG, mediante cursos de graduação e pós-graduação, de projetos de pesquisa e
atividades de extensão nas comunidades, intensifica sua importante presença na
região Centro-Oeste.
É, também, na década de 90 que o quadro de oferta da educação superior no
estado ganha nova configuração, trazendo para a UCG elementos que têm de ser
considerados no seu projeto administrativo-pedagógico à medida que impõem a ela
o compromisso de demarcar o diferencial que a identifica, ou seja, ser uma
Instituição de ensino superior na verdadeira acepção e, portanto, com missão para
além de um ensino de qualidade social, compromissando-se com o desenvolvimento
social, cultural, científico, tecnológico, econômico e político do estado de Goiás e da
região Centro-Oeste.
Assumir esses compromissos implica rigorosamente administrar recursos,
pessoal, prédios e equipamentos numa lógica que dê conta de sua dimensão
também filantrópica. Tais compromissos têm sido mantidos mediante a gestão
sempre mais qualificada e para a qual a avaliação tem sido desenvolvida como
instrumento fundamental nessa sua forma de existir.
Considerações Acerca do Projeto de Auto -Avaliação da UCG
O advento do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior - SINAES,
instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, trouxe para a UCG o
compromisso de rearticulação das práticas de avaliação que vinham sendo
desenvolvidas, uma vez que acena, de um lado, para uma perspectiva mais ampla,
dado que estarão sendo cotejados, permanentemente, indicadores da instituição,
dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes e, de
outro, pela dimensão política ensejada, ao possibilitar que cada instância da
Instituição se auto-avalie, em relação à missão por ela proposta.
A condução desse processo no interior da Instituição, atendendo a esse
dispositivo legal do MEC, demandou a criação da Comissão Própria de Avaliação CPA. Para a composição da CPA, foram consultados os segmentos que se fariam
nela representados, quais sejam, professores, funcionários e estudantes. Quanto
aos representantes da sociedade, foram indicadas pessoas de reconhecida inserção
no campo educacional no estado de Goiás.
O trabalho inicial da CPA consistiu num esforço de divulgação, no interior da
UCG, da proposta do SINAES, com o objetivo de sensibilização de toda a
comunidade acadêmica.
O processo de elaboração do Projeto de Auto-Avaliação foi orientado por um
diálogo entre os diversos atores que compõem a Instituição, bem como por meio de
pesquisas feitas em registros e documentos que retratam as realidades de cada
setor, muitos dos quais contendo diagnósticos e programas de ação.
Os documentos básicos da Instituição: Plano de Desenvolvimento
Institucional, Plano Estratégico de Gestão Participativa, Os Planejamentos Setoriais
e folders diversos constituiram-se em peças fundamentais na composição do
presente Projeto.
Em processo negociado com os vários setores, foram recortadas partes dos
textos básicos que expressam as políticas respectivas e as metas explícitas ou
implícitas no sentido de constituírem-se em referências a partir das quais os
5
objetivos, as ações e meios serão avaliados quanto à pertinência, oportunidade,
eficácia e eficiência e outros indicadores considerados adequados.
Esse documento que pretende expressar a pluralidade da Instituição, embora
reconheça que, por sua complexidade, outras dimensões poderão ser contempladas,
estrutura-se da seguinte forma: Apresentação, Histórico da Avaliação, Metodologia
da Avaliação Institucional, Dimensões da Instituição a serem Avaliadas, Políticas,
Responsabilidade Social, Comunicação com a Sociedade, Política de Pessoal, InfraEstrutura Física, Política de Atendimento ao Estudante e ao Egresso,
Sustentabilidade Financeira e, finalmente, Cronograma da Avaliação Institucional.
Desse modo e por último, vale registrar que a Instituição reconhece o caráter
inconcluso do presente Projeto à medida que a própria dinâmica, que se instituirá no
interior das práticas avaliativas, oferecerá subsídios ao seu permanente
aprimoramento.
1- HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO
A UCG, até meados da década de 70, não dispunha de um processo formal de
avaliação permanente. As primeiras iniciativas de se sistematizar um processo de
avaliação iniciaram-se com as Jornadas de Avaliação e de Reflexão Intercentros,
sendo a primeira denominada I Jornada Intercentros (1979) - Realidade Brasileira e
Educação, com o objetivo de questionar as ações pedagógicas, buscar subsídios
para o planejamento das atividades docentes, reorientar as atividades acadêmicas
em geral.
A partir da década de 1980, deu-se continuidade às Jornadas, por meio de ações
coletivas e participativas, cujos debates acadêmicos a respeito da avaliação
permanente, da melhoria da qualidade da educação e da inserção da Universidade
em seu meio social contribuíram para a formulação das Grandes Linhas e Linhas
Operacionais da UCG que consolidaram o novo Projeto Político Pedagógico, o qual
fortalecia o compromisso da UCG com os interesses da maioria da população nos
termos propostos pelos documentos do Concílio Vaticano II, de Medellín, de Puebla
e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Começava, assim, a se
delinear a especificidade da UCG: uma Universidade que, desde então, concebe a
formação acadêmica, o ensino, a pesquisa e a extensão, como espaços onde
estudantes, professores e funcionários são sujeitos na construção do saber e de
uma nova Sociedade.
As Jornadas Intercentros continuaram sendo o principal instrumento de avaliação
já refletindo, então, a nova concepção de Universidade: II Jornada (1980), intitulada
"Ciências hoje" e III Jornada (1981), na qual três temas foram discutidos:
"Universidade Comunidade"; "Universidade Ensino" e "Ciência e fé". Em 1986,
realizou-se a IV Jornada que passou a se denominar “Jornada Universitária”.
Em 1987, uma proposta de avaliação acadêmica foi formulada a partir de vários
encontros e debates, envolvendo os diversos setores da UCG. Além desses eventos,
entre 1985 e 1988, vários documentos foram apresentados como desafio ao
universo acadêmico, tais como Plano Diretor da UCG, Esboço de Reestruturação
Institucional da UCG, História do Projeto UCG, Perfil da Comunidade Universitária,
Política de Pesquisa, Política de Graduação e Política Geral de Estágio e Extensão.
Em 1991, teve início um processo de avaliação como instrumento institucional
permanente, com a realização de cinco etapas: 1991, 1992, 1993, 1994 e 1997. Foi
um processo amplo que atingiu toda a instituição e avaliou o desempenho de
docentes, servidores administrativos e diretores de Departamento. Os resultados
6
nortearam uma série de mudanças na administração, no planejamento e na
priorização de recursos, tendo em vista a qualidade acadêmica. Possibilitou ainda
um auto-avaliação institucional, a compreensão da complexidade dos problemas e
as dificuldades para o seu enfrentamento.
Nesse período 1994 o MEC criou o PAIUB (Programa de Avaliação Institucional
das Universidades Brasileiras) e convocou as Universidades brasileiras a
elaborarem um projeto de avaliação Institucional. Dentre os projetos de avaliação
apresentados ao PAIUB, pelas universidades, somente quatorze foram aprovados
integralmente, entre eles o da UCG.
Ainda em 1994, um novo Projeto Político Pedagógico foi delineado e explicitado
no documento “Projeto Acadêmico da UCG, Processo em Construção”, concebendo
a UCG como um espaço não somente acadêmico, mas, sobretudo um espaço ético
e sócio-político, aberto à defesa da cidadania plena e dos direitos humanos.
No período de 1999 a 2001, a avaliação concentrou-se no desempenho docente
dos professores convidados, na tentativa de orientar os diretores nos processos de
renovação ou rescisão de contrato dos referidos professores.
Em 2002, realizou-se a primeira avaliação pelos discentes por meio da Iternet.
Além da avaliação acadêmica (dos docentes, da disciplina, auto-avaliação e
avaliação da turma), foram avaliados vários aspectos que interferem na vida
acadêmica, tais como: organização departamental, biblioteca, extensão, pesquisa e
a própria avaliação institucional.
Nesse mesmo ano, com a mudança de gestão na Universidade, enfatizou-se
uma reestruturação normativa e de planejamento, já que os documentos legais
estavam, há muito, obsoletos. Nesse sentido, de 2002 a 2004, foram elaborados ou
atualizados, com ampla discussão e participação da comunidade universitária, os
seguintes documentos: Estatuto da Sociedade Goiana de Cultura, Estatuto da
Universidade Católica de Goiás, Regulamento da Carreira Docente, Planejamento
Estratégico de Gestão Participativa; e estão em processo de reformulação o
Regulamento da Carreira Administrativa e o Regimento Interno da UCG.
O novo estatuto da UCG confere a sua estrutura um outro desenho pela
transformação das Vice-Reitorias em Pró-Reitorias - Pró-Reitoria de Graduação
(Prograd), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Prope) e Pró-Reitoria de
Extensão e Apoio Estudantil (Proex) - e das Coordenadorias Institucional e
Administrativa em Pró-Reitoria Instituciona l (Prodin) e Pró-Reitoria Administrativa
(Proad).
Essa iniciativa resultou na percepção de que a Avaliação Institucional não pode
estar desvinculada do planejamento e da obtenção e utilização eficaz das
informações gerenciais. Esse esforço de reestruturação normativa promoveu o
necessário arcabouço legal e a orientação para um caminhar mais consistente e
realista da instituição, no qual a cultura avaliativa seja incorporada de forma
processual e contínua.
A partir de 2003, tendo como foco de trabalho o compromisso com o
aperfeiçoamento dos processos de aprendizagem e das práticas de gestão na UCG,
a Prograd deu continuidade às práticas de avaliação sistemática do processo
ensino -aprendizagem, agora mediante entrevistas, estudos, constantes diálogos
com coordenadores, diretores em meio aos processos de construção ou
reformulação curricular e reconhecimento e aprovação de cursos pelo MEC.
Visando a garantir a melhoria do sistema de busca de indicadores da qualidade
de ensino, bem como conferir aos processo inte rnos de avaliação uma identidade de
tal modo que venha cumprir a tarefa de instruir a tomada de decisão, manutenção ou
7
intervenção nas práticas de ensino-aprendizagem, em 2004/2, a Pró-Reitoria de
graduação retomou o processo de avaliação centrado no ensino-aprendizagem,
utilizando a sistemática do sistema on-line. Revisto e aprimorado com o objetivo de
garantir uma leitura das questões que revelem o cotidiano da sala de aula
universitária, o instrumento de avaliação interna partiu dos seguintes pressupostos:
- mudança no foco da avaliação: do desempenho docente para a compreensão
das dimensões do ensino-aprendizagem;
- ampliação dos processo de compreensão do ato educativo e suas relações com
o mundo contemporâneo;
- centralidade da avaliação em quatro eixos de análise: o ensino e a prática
pedagógica; o conhecimento; o processo de aprendizagem e autonomia
intelectual; e o projeto político pedagógico e a identidade profissional;
- fortalecimento dos aspectos qualitativos obtidos no resultado das avaliações
como indicadores para encaminhamentos e tomadas de decisões curriculares;
- articulação dos dados sistematizados da avaliação com outros instrumentos e
práticas de reflexão sobre a qualidade do ensino na graduação: currículo, gestão,
outros;
- implementação da idéia de construção de projetos de aprendizagem, por parte
dos alunos, como indutores da capacidade de apreensão do conhecimento no
mundo contemporâneo.
A partir dos dados sistematizados e discutidos com coordenadores de curso e
diretores de departamentos, a Prograd tem implementado reflexões sobre como
articular este instrumento de avaliação com outras metodologias e práticas,
comumente utilizadas no interior da universidade: conselhos de professores e alunos,
comissão permanente de avaliação (CPA), dentre outros. Resultado desse trabalho,
ações e políticas serão definidas para a melhoria da qualidade do ensino, da
pesquisa e da extensão.
2- METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O projeto de auto -avaliação da UCG inscreve-se numa trajetória que vai se
delineando mediante ação intencional da instituição por entender seu caráter
coadjuvante auxiliar no aprimoramento de suas práticas, sejam elas didáticopedagógicos, político-social, administrativo-financeira. Nessa trajetória, seu projeto
de avaliação rompe com antigas tendências que vêem o conhecimento muito mais
como produto do que como processo, concretizando-se mediante a metodologia
processual, e portanto como prática que se realimenta no proceder, no percurso, no
próprio andamento.
As implicações que decorrem dessa compreensão trazem a responsabilidade
social da avaliação para o sujeito da ação, tendo como pressuposto que, no decorrer
do processo a reflexão por ela ensejada, possa produzir informações
suficientemente relevantes para si mesmo, para seu contexto de referência e para o
sistema educacional superior do País.
Do ponto de vista do projeto institucional, a expectativa que se tem é de que
um processo de avaliação, devidamente situado no âmbito das práticas educativas e,
por isso, introjetadas no seu próprio fazer, tem a potencialidade de
permanentemente induzir mudanças que conduzam ao aperfeiçoamento das
práticas no sentido da maior aproximação na consecução do seu objeto de trabalho.
Com efeito, a investigação qualitativa e quantitati va, nessa perspectiva, ganha
expressão educacional na medida que se relacionar com a prática educativa,
8
conduzida intencionalmente, dessa forma, contribuindo para o empreendimento do
projeto institucional. Assim entendida, é insuficiente apelar apenas para princípios,
critérios, regras de descoberta, verificação, elaboração científica do conhecimento. É
necessário que os princípios e normas, que presidem a avaliação institucional, sejam
construídos a partir da consideração do acordo possível acerca do que é relevante,
legítimo, correto e justo e, por isso, tendo seu fundamento no campo da ética e da
responsabilidade social.
Contudo, essa opção metodológica não dispensa o esforço de definição de
indicadores que deverão ser objeto de investigação, sejam os de natureza
quantitativa ou qualitativa. Embora se reconheça que os procedimentos da avaliação
quando orientados por parâmetros e indicadores podem conduzir à perda das
especificidades e características das diversas áreas de conhecimento e de setores
da universidade, a opção foi orientada por uma necessidade de produzir um
conjunto de dados comparáveis para viabilizar a formulação de metas e estratégias
de ação.
Os indicadores, que balizarão o projeto avaliativo, devem ser buscados no
interior de suas finalidades e dos compromissos assumidos pela instituição, os quais
dão significado à sua existência e, portanto, com a intenção de dimensionar a
pertinência, eficácia, eficiência das ações e do conjunto de iniciativas que se
integram ao seu fazer e lhe dão concretude. A oportunidade de permanentemente
tensionar entre o que é feito e o que se deve fazer propicia mobilidade ao
pensamento e fortalece o desejo e a vontade de promover ajustes e acertos.
Nesse contexto, a avaliação é entendida como atividade estruturada que
permite o julgamento da qualidade institucional e, conseqüentemente, apela para
sua responsabilização com o projeto humano e social, com implicações no
redirecionamento da própria instituição. Suas metas são balizadas pela
consideração das modificações que se operam nas relações Estado-Sociedade, nas
inovações na base técnica do trabalho, na necessidade de expansão acelerada da
educação superior e na crescente exclusão social.
Nesse quadro, a UCG coloca-se no esforço conjunto pela construção de uma
nova ordem econômica, social, ética, moral e cultural pela mediação do ensino, da
pesquisa e da extensão expressa em dois eixos: maior acesso e melhor qualidade
da educação superior; qualidade de vida para um crescente número de pessoas. Os
indicadores devem estar orientados para os aspectos: qualidade do ensino, da
pesquisa e da extensão, relevância social da UCG e sua eficiência gerencial.
Presidem, pois, a direção da busca de informação e conhecimentos, a respeito
de suas práticas, indicadores de avaliação que contemplem as seguintes dimensões:
− no aspecto global – o reconhecimento das demandas sociais e científicas, das
diretrizes nacionais para educação, o Plano Nacional de Educação, enquanto
política de Estado;
− no aspecto particular – vocação e inserção regional, garantia de sua
especificidade, sua história e das diferenças culturais, dos seus vínculos e
compromissos sociais;
− no aspecto específico – princípios e diretrizes que dão qualidade social ao seu
projeto de ensino, de pesquisa e de extensão; os mecanismos operacionais, os
procedimentos didático-pedagógicos e administrativos em geral, a qualificação do
seu corpo docente, o financiamento e fomento à produção científica.
2.1- Objetivos Gerais
− Implantar e implementar um processo contínuo de auto-avaliação como
instrumento que informe a necessidade de redimensionar e aperfeiçoar o projeto
9
acadêmico e sócio-político da UCG no sentido de, permanentemente, conduzir o
esforço institucional aos necessários ajustes para a melhoria e qualificação de
sua prática educativa, mediante a utilização eficiente, ética e relevante na área
de pessoal e de recursos materiais nos compromissos do ensino, pesquisa e
extensão;
− Fornecer ampla base de dados que auxiliem na gestão acadêmica e
administrativa da Universidade no sentido de promover maior aproximação entre
fins e meios.
2.2- Objetivos Específicos
− Produzir conhecimento sobre sua realidade;
− por em questão os sentidos do conjunto de atividades e finalidades cumpridas
pela instituição;
− identificar as causas dos seus problemas e deficiências;
− aumentar a consciência pedagógica e a capacidade profissional do corpo
docente e técnico-administrativo;
− fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores institucionais;
− tornar mais efetiva a vinculação da instituição com a comunidade;
− julgar acerca da relevância científica e social de suas atividades e produtos;
− prestar contas à sociedade.
O objetivo geral da Avaliação Institucional é, conseqüentemente, constatar se
as metas estabelecidas têm sido alcançadas, se as diretrizes propostas têm sido
obedecidas, se os recursos da instituição são adequados para o que ela se propõe a
fazer. Os resultados da auto-avaliação deverão ser entendidos como recursos que
possam instruir:
− os processos de qualificação do desempenho acadêmico;
− a negociação de ações coletivas entre docentes de diferentes campos de saber
para a consecução de objetivos pedagógicos definidos intencionalmente;
− a formação permanente dos docentes para o refinamento no domínio da
complexidade do corpo científico de sua respectiva área de formação e para
constante aprimoramento de sua competência pedagógica;
− o aprimoramento dos seus segmentos nos processos de comunicação
tecnológica (alunos, professores e servidores);
− o diálogo crítico e efetivo com a sociedade para a construção de parcerias em
relação a projetos possíveis e desejáveis de interesse social e econômico;
− análise crítica sobre o significado social da produção do conhecimento, bem
como a identificação do impacto dos esforços realizados para avançar o
conhecimento na formação técnico-científico que promove, bem como para sua
atualização;
− compreender, criticamente, a dinâmica das relações institucionais possibilitando
identificar as deficiências ou qualidades relacionadas à estrutura e ao
funcionamento da Universidade, superando-as ou potencializando-as para o
desenvolvimento de melhores relações internas e externas.
A avaliação institucional orientar-se-á para a confrontação crítica das práticas
institucionais em relação ao que se propõe no Projeto Pedagógico Institucional e nos
Projetos Pedagógicos de seus cursos, na Política de Pesquisa e Política de
10
Extensão. Dessa forma, as ações e comportamentos das pessoas e grupos serão
avaliados tendo como referência os parâmetros postos pelos respectivos projetos.
Dado que tanto o ensino, quanto a pesquisa e a extensão são mediações com
as quais a Universidade promove sua interação, participação e compromisso com as
demandas sociais externas, a avaliação das ações implica confrontá-las com os
papéis sociais por ela propostos combinando, pois, a análise de processos e
resultados.
Nesse sentido, o processo avaliativo, tendo como compromisso instituir-se
enquanto instrumento de aperfeiçoamento das práticas educativas, que lhe dão
concretude, organizar-se-á tomando como referências (doc. CONAES):
− respeito à identidade institucional - mediante a confrontação das práticas
desenvolvidas em relação à sua missão, seus princípios, valores éticos e
objetivos definidos nos seus documentos básicos;
− globalidade - compreendendo todo o movimento e esforço empreendido nas
relações internas e externas. A avaliação das ações internas deverá considerar
seu significado em relação ao segmento social com o qual se relaciona como
agente do desenvolvimento sócio-econômico, científico-tecnológico, artístico e
cultural. Compreende reconhecer os esforços institucionais para tornar acessível
os conhecimentos que produz e para aprimorar as habilidades e competências
dos que nela ingressam, os esforços de ação transformadora que empreende no
seu conte xto de atuação, a formação de profissionais que associa competência
específica, dimensão humana e consciência social;
− participação – avaliação empreendida pelos segmentos que compõem a
Universidade, institucionalizada e com caráter público;
− comparabilidade – adoção de sistemática que, sem a perda de especificidade
das ações de cada órgão ou instância, permita relacionar dimensões objetivas e
subjetivas da instituição;
− continuidade – compreensão da avaliação como instrumento permanente que
ilumina a tomada de decisões e as práticas que promovem a consecução mais
plena do projeto institucional. Isto significa tomar a prática da avaliação como
processo inerente à sua forma de existir;
− sistematização – obrigatoriedade de se promover a leitura crítica da massa de
dados e informações com a conseqüente visibilidade interna e externa.
2.3- Metodologia Geral
A auto-avaliação será conduzida na UCG por uma comissão interna (CPA),
integrada por docentes, discentes, servidores do quadro técnico-administrativo e
representantes da sociedade, que responda pela totalidade do processo. A
avaliação institucional é responsabilidade intrínseca de toda a comunidade que
constrói a universidade e que dela deve participar na produção do saber, na
formação acadêmica, nas estruturas de apoio, no relacionamento com a sociedade
de modo ativo. Docentes, discentes, gestores acadêmicos, pessoal técnicoadministrativo devem participar como atores que constróem a Universidade, na
construção e reconstrução de indicadores e demais instrumentos utilizados na
avaliação.
A Comissão Permanente de Avaliação (CPA) deverá assessorar os
departamentos e unidades em suas propostas, sugerir, a partir dos dados
quantitativos e qualitativos, levantados, alternativas para aprimoramento do processo
de avaliação e apresentar, com freqüência, relatórios analíticos. Para esse fim,
deverá envolver os diversos níveis de decisão da Universidade:
11
− nível estratégico: Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração CEPEA e Reitoria
− nível tático: Pró-Reitorias
− nível Operacional: Diretorias e Congregações Departamentais e os Institutos.
Esse envolvimento é indispensável para garantir o encaminhamento de
soluções para os problemas identificados. Nessas instâncias, serão realizadas
discussões com as seguintes finalidades:
− conhecimento do SINAES e, especificamente, das 10 dimensões institucionais
que serão submetidas à Auto -Avaliação;
− levantamento de sugestões, de metodologias, de procedimentos e de
instrumentos (por exemplo, questionários, pareceres, estudos, discussões
colegiadas, análise de documentos) específicos para a busca das informações
requeridas;
− análise dos aspectos mais relevantes de cada dimensão distribuídos em núcleos
(Básicos e Optativos) para aprofundar o auto-conhecimento da universidade,
levantando os pontos críticos;
− arrolamento e análise da documentação, dos dados e indicadores já disponíveis;
− identificação de problemas que obstaculizem o cumprimento das suas finalidades;
− levantamento de propostas para os problemas encontrados;
− integração com o Plane jamento Institucional
A dinâmica do processo deverá nortear-se pelos referenciais enunciados
(identidade da UCG, globalidade, participação, comparabilidade, continuidade e
sistematização) que nos âmbitos específicos ganharão contornos próprios. O
processo de auto-avaliação instituir-se-á nas unidades acadêmicas e nos setores de
apoio, envolvendo os responsáveis pelas ações no planejamento e execução do
trabalho.
Além dessa integração, buscar-se-á promover a troca de experiências, a
comunicação e socialização dos resultados e da análise, mediante a realização de
encontros, seminários, forum de debate e publicações.
2.3.1- Procedimentos
Conforme a especificidade das informações procuradas, serão utilizados diversos
procedimentos avaliativos:
− discussões colegiadas nas diversas instâncias de decisão da universidade;
− questionários;
− estudos;
− pareceres;
− análise de documentos.
3- DIMENSÕES DA INSTITUIÇÃO A SEREM AVALIADAS
3.1- Missão
3.1.1- Missão da UCG
A missão da UCG consiste em cultivar, desenvolver, produzir e preservar a
formação integral e ética do ser humano, bem como ser referência regional e
nacional na formação de profissionais comprometidos com a vida, com o progresso
da sociedade e com o desenvolvimento regional, capazes de responder
adequadamente aos complexos desafios da sociedade atual.
12
A UCG afirma sua inserção regional como Instituição Católica de Ensino
Superior, comunitária e filantrópica, que busca a
identificação com as
especificidades da região Centro-Oeste, num contexto de contemporaneidade aberta
às perspectivas nacionais, sul-americanas e mundiais, empenhada em promover a
cooperação nacional e internacional, mediante uma política de intercâmbio de
estudantes, professores e pesquisadores.
A partir da interlocução entre as ciências, culturas, tecnologias, artes, razão e
fé, a UCG é chamada a produzir saberes, distribuir bens simbólicos, criar e recriar
modelos interpretativos, transformadores da realidade, por meio do ensino, pesquisa
e extensão, possibilitando a formação de quadros profissionais capacitados e
comprometidos na solução dos graves problemas do nosso tempo.
A UCG assume o compromisso de acolher qualquer pessoa que respeite a
sua identidade, ampliando o diálogo, construindo parcerias com os mais diversos
atores sociais, governamentais e não-governamentais, para, em processo de
reciprocidade, encontrar alternativas capazes de responder adequadamente aos
desafios da sociedade atual.
3.2- Princípios
A UCG, na sua prática acadêmica e administrativa, reafirma a fidelidade a
seus princípios orientadores:
− ética: buscando construir o saber na articulação rigorosa entre o ethos científico
e os valores morais, que dão sentido à conduta da pessoa humana em suas
relações sociais, dentro e fora da instituição;
− verdade: revelando, em consonância com sua identidade e com o princípio da
liberdade acadêmica, o seu compromisso com a produção de saberes
necessários à formação e pleno exercício da cidadania;
− justiça: orientando a produção de saberes, bens e serviços, a serem apropriados
de maneira eqüitativa e solidária, promovendo a defesa dos direitos sociais e
políticos;
− pluralidade: construindo o saber em todas as áreas do conhecimento, através do
diálogo com as diferentes concepções de ciência e mediante o exercício da
vivência democrática, fundada no respeito às diferenças;
− participação: atuando de forma colegiada em suas práticas acadêmicoadministrativas, envolvendo os diversos segmentos que a compõem, no processo
de construção da universitas;
− autonomia: desenvolvendo procedimentos acadêmico-administrativos que
favoreçam na prática cotidiana o exercício da responsabilidade gerencial de cada
unidade, num espírito de colegialidade;
− regionalidade: inserindo-se, com eficiência, competência e prontidão, nas
questões regionais que se relacionam com as atividades culturais, sociais e
científicas;
− comunicação: tornando socialmente visíveis à comunidade interna e externa
suas formas de atuação, estabelecendo contatos permanentes com atores
interessados na socialização dos saberes e serviços oferecidos pela Instituição;
− qualidade: buscando padrões de excelência em todas as atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
− transparência: procurando ser fiel à verdade em todos os procedimentos que
constroem sua visibilidade acadêmico-social;
− catolicidade: na fidelidade à mensagem evangélica, testemunhada e vivenciada
em comunhão com a Igreja local e universal, mantendo a Instituição
13
comprometida com a universalidade do conhecimento, sem acepção de pessoas,
raças e credos, no ensino, na pesquisa e na extensão;
− cultura: construindo uma consciência cultural, que desvele suas raízes mais
profundas, sendo herdeira de um saber histórico e criadora de novos
conhecimentos, em defesa da vida e do meio ambiente.
3.3- Gestão Acadêmica
Estatutariamente, a administração da UCG reflete as contradições históricas
de uma instituição que, de um lado, é juridicamente entidade de direito privado
(depende exclusivamente de seus próprios recursos), e do outro é entidade
filantrópica (tem o dever de distribuir 20% do orçamento bruto em bolsas e
programas de assistência social). A necessidade de uma gestão administrativa
sóbria e eficiente convive com a dimensão comunitária e filantrópica da instituição.
Esta imagem e diferencial constroem-se mediante busca persistente da ideal
de posicionar-se definitivamente como Universidade Católica, comunitária e
filantrópica, de excelência. Sobre seus indicadores discorreremos a seguir.
3.3.1- Formação e Perfil Social
− Manifestação prática da identidade católica, no respeito ao aluno, oferecendo-lhe
formação humana integral, com destaque para:
− o respeito mútuo;
− o convívio solidário;
− o comportamento ético;
− a capacidade crítica:
− o zelo pelo sentimento religioso e moral;
− o diálogo fraterno e ecumênico, que revela a catolicidade da instituição na
aceitação da pessoa de qualquer credo, exercitando a razão, testemunhando
a fé, confiando na liberdade responsável.
− Reavaliação e atualização constante dos processos pedagógicos e
metodológicos e dos conteúdos curriculares, à luz do perfil do profissional
competente e da preparação para o exercício pleno da cidadania.
− Identificação do desempenho profissional dos alunos egressos na sua inserção
no mundo do trabalho, informando e atualizando os currículos e as formas
adequadas de educação continuada;
− Compromisso com a oferta de cursos de pós-graduação e extensão, em
diferentes sistemas organizativos.
3.3.2- Colegialidade
- Respeito à autonomia das instâncias institucionais.
- Convivência participativa de todos os segmentos.
- Assunção e cobrança de responsabilidades.
- Qualificação persistente das relações humanas no interior da instituição.
3.3.3- Busca da Excelência Acadêmico-Social
- Na sua política curricular, dinâmica, aberta e flexível.
- Nas inovações pedagógicas, metodológicas e tecnológicas.
- Na implementação de uma infra-estrutura física e de comunicação de excelência.
- Na opção por um modelo de gestão acadêmico - administrativa fiel à missão da
Instituição.
14
-
Na qualificação continuada e na avaliação de desempenho de seus docentes e
funcionários.
3.3.4- Criatividade Organizacional e Administrativa
- Na capacitação e atualização do seu quadro docente e administrativo.
- Nas respostas ágeis às demandas acadêmicas e sociais sob o primado da
competência.
- Na consolidação de parcerias comunitárias regionais, nacionais e internacionais.
- Na visibilidade social, fazendo-se conhecida e reconhecida no seio da
comunidade, pela busca intransigente da verdade.
3.3.5- Expansão Derivada de seu Compromisso Social
- Do número de seus alunos de graduação, pós-graduação e extensão, com
expansão programada.
- Da multiplicidade de oferta de seus cursos, no cumprimento da função social do
conhecimento no mundo do trabalho.
- De sua presença no Estado de Goiás.
- Da qualidade, diversidade e adequação de suas instalações físicas.
- De seus programas de educação continuada para diferentes faixas etárias,
diferentes níveis de escolaridade e áreas de conhecimento.
4 - POLÍTICAS
4.1 - Ensino
Refletir sobre o ensino nos cursos de graduação da Universidade Católica de
Goiás é, ao mesmo tempo, retomar e demarcar o pressuposto básico que norteia
sua opção político-pedagógica como instituição católica, comunitária, filantrópica, ou
seja, um perfil de universidade includente, consubstanciado pela construção de um
projeto social, no qual o conhecimento esteja a serviço da vida, da promoção
humana. Esta perspectiva deve conduzir à definição da responsabilidade social da
universidade e, consequentemente, daquilo que é constitutivo do seu fazer.
O cenário histórico em q ue se situa a sociedade contemporânea, bem como o
modelo de desenvolvimento social por ela adotado, é balizado pelos avanços
científicos e tecnológicos. Todavia, apenas a inserção dos países no mercado
internacional não assegura a concretização do projeto de nação democrático, dado
que o espaço social na qual é gestada a globalização é marcado por interesses,
conflitos e contradições. Nesse sentido, o papel da universidade deve ser o de
produzir a rigorosa reflexão crítica e ação educativa em favor do fortalecimento da
identidade e desenvolvimento local como alternativa de construção de uma
cidadania pautada na eqüidade social.
Sintonizada com as demandas sociais contemporâneas, as universidades são
chamadas a cumprirem seu papel social: a construção e consolidação de um projeto
de nação. No que diz respeito ao papel desempenhado pela UCG, há que se
destacar sua inserção social e compromisso com um projeto de sociedade em que o
ensino contribui para que os avanços científicos, tecnológicos e culturais sejam
compartilhados e se tornem, de fato, patrimônios universais de todos os cidadãos.
Sem perder de vista a dinâmica das realidades regionais, nacionais e mundiais, esta
postura permite à universidade organizar seu projeto educativo, mobilizando e
incentivando a produção científica e suas necessárias relações entre ensinopesquisa-extensão.
15
Enquanto dimensão constitutiva do processo educativo, o ensino deve
priorizar o desenvolvimento integral e a formação cidadã como princípios fundantes
das relações humanas, éticas e sociais. Em decorrência disso, seus cursos de
graduação são mobilizados a propiciar aos estudantes a vivência da vida científica,
política e cultural como importantes espaços de construção de uma autonomia
intelectual que possibilite a efetiva leitura e ação crítica sobre os fundamentos do
conhecimento. Isso implica o desenvolvimento de habilidades para o aprender e
recriar permanentemente.
Sem perder de vista os aspectos humanísticos da educação, imprescindíveis
à consecução de sua natureza católica, o ensino na graduação da UCG defronta-se
com o desafio da busca do significado social da ciência e da tecnologia para a
qualidade de vida dos cidadãos. Neste sentido, tem como lema norteador “ veritas, in
scientia et fide” orientam todo o seu trabalho com o intuito de garantir à dimensão
científica e tecnológica uma reflexão sobre os objetivos sociais e humanos inerentes
`a construção do saber historicamente sistematizado. Contrapondo-se à
racionalidade instrumental e, rompendo com a visão restrita de formação, a
universidade deve promover o ensino tendo como referência a razão crítica.
Em decorrência desta postura, empenha-se em garantir aos estudantes as
condições para construção de um projeto de estudo e formação pautados na
“primazia da aquisição e do desenvolvimento de hábitos investigatórios sobre a
aquisição cumulativa de informações” (UCG, 1994, p. 16). No plano cognitivoinstrumental, essa cultura acadêmica possibilita ampliar o projeto formativo para as
questões de âmbito prático, moral, estético e expressivo em relação à produção do
conhecimento. O que se busca fortalecer nesta postura são os pressupostos
filosóficos sobre o sentido do ensino, a saber:
pensamento analítico e abstrato; flexibilidade de raciocínio para entender, administrar e
projetar situações novas, mas, também e sobretudo, domínio da linguagem; visão de
globalidade; atitude pluralista; visão prospectiva, capacidade de iniciativa, habilidade para o
exercício de liderança; compreensão, crítica e análise de idéias, bem como dos valores do
passado e do presente. Em outras palavras, hábitos de convivência com o mundo em seu
dinamismo. (UCG, 1994, p. 16)
A incorporação desses pressupostos filosóficos ao ensino é tarefa que deve
mobilizar toda a universidade. E neste sentido, gestão, diretrizes, projeto políticopedagógico, currículo, programas, projetos, entre outros, são meios que devem
propiciar aos estudantes as condições para uma formação geral, fundamentalmente
comprometida com a capacidade de construção de um aprendizado autônomo. O
que se pretende é o desenvolvimento de sujeitos capazes de problematizar,
pesquisar, confrontar situações problemas, fazer análises, enfim, produzir
conhecimentos: “a aprendizagem universitária está associada ao aprender a pensar
e ao aprender a aprender. O ensino universitário precisa hoje ajudar o aluno a
desenvolver habilidades de pensamento e identificar procedimentos necessários ao
aprender.” (Libâneo, 2001, p. 29) Um ensino de graduação pensado nestas bases
implica o domínio dos instrumentos do pensamento científico, na compreensão dos
métodos e processos de produção das ciências, a inserção da pesquisa no ensino e
como prática de iniciação científica.
Face às demandas que devem orientar o perfil do ensino acima retratado, a
política de graduação implementada pela UCG vem trabalhando com categorias
centrais que devem nortear toda a sua cultura acadêmica:
− flexibilidade curricular: entendida como essencial à construção de projetos
diferenciados de ensino, deve garantir a postura crítica perante os desafios
apresentados pela sociedade moderna. Da mesma forma, deve se constituir
16
−
−
−
−
como “elemento indispensável à estruturação curricular, de modo a atender tanto
às demandas da sociedade tecnológica moderna, quanto aquelas que se
direcionam a uma dimensão criativa e libertária para a existência humana”
(Forgrad, 2004, p. 53) Neste caso, deve garantir aos alunos o pleno domínio e
competência relativas à sua área de formação, bem como a aquisição de outros
instrumentais que possibilitam a compreensão da realidade;
determinantes técnico-científico-sociais: foco de todo o trabalho da assessoria
pedagógica da UCG, na fase de construção ou revisão dos currículos dos cursos
de graduação, essa categoria tem se pautado pelo perfil de profissional que se
deseja formar e qual sociedade se pretende construir. Diante disso, as
discussões têm se constituído pelo resgate do eixo epistemológico de cada curso,
com clara ênfase nos determinantes que orientam a natureza e o perfil
profissional, bem como o diálogo com outras ciências e com o mundo do trabalho.
O que se busca com essa tentativa é o resgate da base epistemológica de cada
currículo, a fim de fortalecer um perfil de profissional que saiba dominar com
competência e ética os instrumentos com os quais cada profissão se expressa
em seu processo evolutivo: “os objetivos da instituição e dos cursos concretizamse no currículo que, por sua vez, é efetivado por meio das atividades de ensino,
visando atingir os resultados em termos de qualidade cognitiva, operativa e social
das aprendizagens.” (Libâneo, 2001, p. 20) Com isso, os currículos na graduação,
bem como todo o processo de ensino-aprendizagem, devem garantir a
competência científica, tendo como ponto de partida os fundamentos das
ciências e as áreas do conhecimento e, como instrumento, o diálogo constante
com os clássicos de cada área do saber;
currículo e produção de conhecimentos: o ensino de graduação deve ser
capaz de possibilitar aos futuros profissionais o domínio de métodos, de múltiplos
códigos e linguagens e uma formação/qualificação suficientemente ampla e
abstrata. É na ampliação da capacidade de leitura do mundo e seus
condicionantes históricos/políticos/sociais/culturais que se possibilita a apreensão
dos saberes específicos de cada profissão. Neste caso, os currículos
desenvolvidos e trabalhados na universidade devem romper com a lógica
instrumental em que as instituições de ensino superiores se apresentam como o
único “locus de transmissão do conhecimento”, para se constituir como espaço
de produção e socialização do conhecimento historicamente produzido;
o ensino na articulação com a pesquisa e extensão: garantir o princípio
pedagógico que orienta a indissociabilidade entre essas três dimensões requer
um esforço contínuo de compreensão das demandas sociais em seus recortes
histórico-políticos-sociais. Segundo o Plano Nacional de Graduação, “ensino com
extensão aponta para a formação do aluno contextualizada às agudas questões
da sociedade contemporânea. Ensino com pesquisa aponta para o verdadeiro
domínio dos instrumentos a partir dos quais cada profissão se expressa, em seu
próprio processo evolutivo.” (Frograd, 2004, p. 39);
formação integral: resultado da articulação entre as categorias da flexibilidade
curricular, articulação entre ensino -pesquisa-extensão e da prática constante de
diálogos interdisciplinares. Esta categoria retoma a capacidade de compreensão
sobre o mundo do trabalho e as alternativas sociais e políticas de transformação
da sociedade. Pensar o ensino na dimensão de uma formação integral é pensar
de forma interdisciplinar, o que pressupõe considerar um projeto de sociedade
auto-sustentável que não se distancia das questões éticas, ambientais, da saúde,
da cultura, da economia, dentre outras. Isto posto, é a prática de reflexão sobre o
17
currículo norteada por questões problematizadoras: por quê? Para quem? Como?
Com quais objetivos? Para qual momento histórico?
− formação continuada: o momento histórico que configura a sociedade
contemporânea exige que o ensino nos cursos de graduação seja o ponto de
partida para uma cultura da formação continuada. Esta última, é resultado de
uma formação inicial que estimula a busca pelo saber em outras modalidades de
estudo: cursos seqüenciais, tecnológicos, cursos de extensão, cursos lato sensu,
cursos strito sensu, dentre outros. Os currículos do ensino de graduação devem
mobilizar o interesse e as demandas em cada área do saber por uma necessária
e contínua prática de verticalização dos conhecimentos adquiridos na etapa da
formação inicial. Isto requer, acima de tudo, que o projeto acadêmico da
universidade esteja sintonizado com as demandas sociais;
− a formação para o exercício de uma profissão em uma era de rápidas,
constantes e profundas mudanças, requer, necessariamente, atenta
consideração por parte da uni versidade. A decorrência normal desse processo
parece ser a adoção de nova abordagem, de modo a ensejar aos egressos a
capacidade de investigação e a de “aprender a aprender”. Este objetivo exige
domínio dos modos de produção do saber na respectiva área, de modo a criar as
condições necessárias para o permanente processo de educação continuada
(Forgrad, 2003, p. 61).
Garantir o exercício das categorias expostas anteriormente, bem como
demarcar o sentido e a compreensão que a dimensão ensino deve permear nos
cursos de graduação da UCG requer, acima de tudo, ampliar o sentido da categoria
educação,. como prática social que deve acompanhar toda a construção do projeto
educativo na universidade:
a educação, quando apreendida no plano das determinações e relações sociais e, portanto,
ela mesma constituída e constituinte destas relações, apresenta-se historicamente como um
campo da disputa hegemônica. Esta disputa dá-se na perspectiva de articular as concepções,
a organização dos processos e dos conteúdos educativos na escola e, mais amplamente, nas
diferentes esferas da vida social, aos interesses de classe (Frigotto, 1999, p. 25).
Em relação ao ensino, este deve ser objeto de constantes reflexões dos
Projetos Político Pedagógicos de cada curso que, por sua vez, devem “ensejar a
construção da intencionalidade para o desempenho social da IES, centrando-se no
ensino, mas vinculando-se estreitamente aos processos de pesquisa e extensão.
Com base na análise crítica do momento vivido, deve -se configurar a visão
pretendida, efetivando as ações, refletindo sobre elas, avaliando-as e incorporando
novos desafios” (Forgrad, 2003, p. 90).
Primar pela excelência e qualidade do ensino da graduação na UCG requer,
ainda, que sejam somados os esforços entre os meios e os fins educativos. Dessa
relação, há que se destacar a natureza dessas ações pedagógicas de modo a
garantir ao ensino a reflexão crítica, a curiosidade, o questionamento exigente, a
inquietação e a incerteza como características básicas do sujeito cognoscente. Da
mesma forma, programas, projetos e ações constituem-se como importantes
instrumentos para garantir um projeto educativo circunstanciado como mediador e a
serviço de um projeto social mais democrático e emancipador.
4.1.1- Gestão Acadêmica dos Cursos de Graduação
A implementação de um projeto de ensino de graduação, coerente com as
características da UCG, uma universidade particular, católica, comunitária,
filantrópica e constituída segundo os parâmetros que presidem o modelo de uma
instituição de caráter includente, deve se orientar por uma concepção e formato de
organização administrativa viabilizadora dessa opção política. Os fundamentos que
18
dão suporte à gestão acadêmica do ensino dos cursos de graduação são de duas
ordens, a saber: a liberdade acadêmica e a a utonomia universitária.
A liberdade acadêmica, da qual decorre a autonomia universitária no plano
institucional, no interior das sociedades democráticas, é princípio e condição
indispensável para o desenvolvimento do ensino superior. Uma instituição de ensino,
que permanentemente lança seu olhar sobre a realidade em constante
transformação, somente poderá situar-se como sujeito de ação, nesse processo, se
as práticas nela desenvolvidas forem construções que se dão em um espaço de
liberdade para pensar, criticar, recriar e propor alternativas que contribuam com as
mudanças socialmente significativas para o ambiente físico, político, econômico,
cultural e para o segmento majoritário da população.
Contrapondo-se, pois, ao modelo tecnocrático regido pela imposição de
normas que engessam as práticas didático-pedagógicas, na medida em que elas
operam de forma segmentada, atendendo aos interesses de uma sociedade
corporativa ou tão somente os do mercado, a UCG conduziu sua opção política em
favor de uma concepção e forma de gestão guiada por interesses sociais de setores
mais amplos da sociedade. Nesse sentido, traz para si a responsabilidade de propor
e apresentar soluções próprias para o ensino, ao invés de simplesmente reproduzir
soluções, ou fórmulas pré-determinadas.
Concretamente, a UCG coloca-se a exigência de experimentar novas opções
e formatos de cursos e currículos, alternativas didático-pedagógicas, o incremento
de novas tecnologias, a atribuição ou busca de novos significados para o tempo e
espaço no processo de integralização currricular, bem assim, para o ensinar e o
aprender. Impõe-se, ainda, o esforço de reconhecimento das aprendizagens que os
alunos trazem consigo e que são construções históricas da suas vivências nos
incontáveis espaços da vida social.
A dimensão da gestão dos processos didático-pedagógicos: o eixo da
indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão
A gestão acadêmica, organizada segundo o princípio da liberdade e da
autonomia, assenta-se sobre o eixo da indissociabilidade ensino, pesquisa e
extensão como prática que confere concretude ao seu projeto institucional. Mais do
que espaço de transmissão e assimilação de informações, o ensino de graduação é
desenvolvido, segundo o paradigma presente na sociedade contemporânea,
orientada pelo pressuposto do caráter inconcluso dos conhecimentos científicos,
com repercussão no recorte temático, com o conseqüente privilegiamento do eixo
epistemológico dos seus respectivos campos.
Nessa perspectiva, o ensino de graduação deve constituir-se ambiente
fecundo para a construção/produção do conhecimento, fortalecendo a autonomia
intelectual do aluno. E, a ele, devem ser propiciadas, também, as condições para o
desenvolvimento dos processos teórico-epistemológicos de investigação da
realidade, utilizando informações de forma seletiva.(Forgrad, 2004) o que se dá
mediante a integração dos diversos níveis de ensino, perspectiva da Educação
Continuada particularmente da graduação com a pós-graduação.
Igualmente, há que se considerar as implicações que estão postas a partir da
perspectiva do aprender a criar, do aprender a produzir, uma vez que é
indispensável que se confira sentido, direção ao processo formativo.
Todo saber é contextualizado historicamente, assim como toda atividade profissional
humana se dá em contexto social, configurando que o papel da universidade se situa
entre os interesses mais estreitos da sociedade tecnológica e a contingência ética da
19
necessidade de integração de todos ao patrimônio dos bens e da cultura que uma
sociedade produz” (Forgrad, 2004)
A adoção do princípio da liberdade acadêmica e a autonomia intelectual que
dão suporte “ao aprender a aprender” inclui, necessária e politicamente, a dimensão
da extensão e, portanto, traz para o ensino e a pesquisa a exigência de sua estreita
articulação com as demandas sociais.
Em última análise, a gestão acadêmica orienta-se pela busca permanente da
excelência social do ensino na graduação e, nesse sentido, indutora da prática de
gerenciamento:
− do ensino e dos cursos;
− dos processos pedagógicos e da promoção de ações interdisciplinares como
espaço de diálogo entre os vários campos do conhecimento;
− das atividades inovadoras na forma de ensinar e aprender e também no
processo de integralização curricular;
− na necessária e indispensável integração dos docentes e destes com o corpo
técnico-administrativo;
− na qualificação e avaliação de desempenho dos docentes e servidores;
− dos processos contínuos de incorporação das tecnologias da informação e da
comunicação.
A colegialidade como prática de gestão do ensino
Um projeto democrático, somente se viabiliza, quando sustentado em um
modelo de gestão acadêmica compartilhada, capaz de articular os princípios e
objetivos decorrentes de seu compromisso social, mediante permanente processo
de negociação no plano interno, com diretores de Departamento, coordenadores de
cursos, estudantes, servidores.
A perspectiva de permanentemente reinventar as práticas, o ensinar e o
aprender alimenta um modo de conduzir a gestão do processo educacional. Tem-se
como pressuposto que o administrador não pode restringir-se aos aspectos
gerenciais no processo educacional. Antes de tudo, ele deve se colocar numa
posição proativa, juntamente com seus pares, promovendo as condições para gerar
novas idéias, induzindo os gestores acadêmicos, mediante a transformação da ação
administrativa, a busca de uma prática articuladora desse processo, em sua
globalidade, na Instituição.
A condução da gestão acadêmica na prática articuladora do processo
pedagógico se faz de forma coletiva e cotidiana, em especial, com os
Departamentos enquanto instâncias acadêmicas e espaço primordial de
operacionalização da política curricular do curso ou dos cursos nas áreas de
conhecimento que lhe são próprios. Também são os Departamentos mediações no
processo de articulação dos cursos com outras instâncias e com o campo
profissional no qual os egressos atuarão.
Os princípios sobre os quais sua prática se fundamenta podem assim ser
sintetizados: respeito à autonomia das instâncias institucionais; convivência
participativa de todos os segmentos; assunção e cobrança de responsabilidades;
relação orgânica entre a direção as demais instâncias envolvidas no projeto
acadêmico.
Compõem a estrutura administrativa da Prograd
− Coordenação de Programação Acadêmica – CPA
− Coordenação da Secretaria de Apoio à Prograd – SaPrograd
− Coordenação de Apoio Pedagógico – CAP
20
−
−
−
−
−
−
−
Assessoria Especial de Apoio ao Discente
Centro de Educação Aberta e a Distância – CEAD
Coordenação do Colegiado das Licenciaturas – COL
Secretaria Geral - SG
Coordenação de Admissão Discente – CAD
Sistema de Bibliotecas – SIBI
Clínica Escola Vida - CEV
4.1.2- Instâncias de Trabalho da Prograd
Centro de Educação Aberta e a Distância – CEAD
O Centro de Educação Aberta e a Distância - CEAD, tem como propósito
ampliar o alcance de seu projeto educativo e social pela introdução das novas
tecnologias da informação e da comunicação, no desenvolvimento de atividades e
programas no campo didático-pedagógico, orientado pelo paradigma que
fundamenta a modalidade de ensino a distância.
O CEAD tem a função de garantir a definição e a continuidade de uma política
para a efetivação dessa modalidade de educação em acordo com a missão, os
valores éticos e morais, a filosofia e o projeto político-pedagógico da UCG.
Cabe também ao CEAD definir as diretrizes pedagógicas para a elaboração
de cursos, na modalidade a distância, em diferentes níveis de ensino, constituindose em um espaço educacional para a gestão desses cursos.
O CEAD tem também por função centralizar as ações da Instituição nessa
modalidade de educação, propondo e desenvolvendo metodologias de ensino não
presenciais e materiais didáticos em mídias específicas.
As metas do Centro de Educação Aberta e a Distância estão comprometidas
com os Projetos e Programas definidos no Plano Estratégico de Gestão Participativa
da Instituição. A política de gestão tem por finalidade garantir a execução das ações
propostas no Programa de Inovação Pedagógica, Metodologica e Tecnológica,
integrante do Plano Estratégico, bem como estreitar seu relacionamento com as
instituições parceiras dos convênios já firmados e ampliar sua atuação identificando
e firmando novas parcerias. O CEAD deve também criar condições favoráveis para o
desenvolvimento de pesquisa e, conseqüentemente, da produção do saber com
vistas à sua divulgação em diferentes instituições educacionais e o
compartilhamento de seu trabalho com elas.
A atuação do CEAD abrange ações no campo da extensão, graduação e pósgraduação, respeitando a legislação educacional que regula o ensino a distância. As
metas do CEAD estão, portanto, direcionadas ao oferecimento de programas de
formação inicial e continuada na modalidade de educação a distância, objetivando
ampliar as condições de acesso, ao ensino superior, de mais amplos segmentos
sociais.
Programa de Formação Continuada de Professores na UCG
O Programa de Formação Continuada de Professores na UCG, implantado pela
Prograd, entende que a educação continuada “é uma prática social que se realiza ao
longo da vida” (UCG. PEG. 2003, p. 18), portanto, deve constituir-se em
compromisso político e pedagógico permanente de professores e da Instituição
como um todo que, por sua vez, prima pela excelência do ensino. A excelência
21
acadêmica pode ser indicada pelos seguintes elementos, articulados, continuamente,
à prática pedagógica docente: criação do conhecimento como base do
desenvolvimento; respeito à diversidade cultural; indissociabilidade entre ensinopesquisa-extensão; qualidade social na formação humana e profissional dos alunos,
bem como sua inserção no mundo do trabalho; avaliação como elemento intrínseco
ao processo educativo; permanente atualização científica, pedagógica, metodológica
e tecnológica dos currículos, dentre outros.
São organizados pelo Programa cursos a distância e ta mbém em aulas
presenciais, com encontros quinzenais e minicursos coordenados pela Prograd. Os
procedimentos metodológicos são diferenciados, conforme a natureza do evento:
exposição didática e dialogada; práticas contínuas de estudo, debates, discussões,
reflexões; atividades integradoras; trocas de experiências; produção e socialização
dos estudos realizados.
Esse Programa ainda contempla a organização de outros eventos formativos:
Semana de Integração Acadêmica e Planejamento; Encontro com Professores
Convidados; Palestras; Seminários; Simpósios; Colóquios, outros.
Nessa perspectiva, concorda-se com Libâneo (2001, p. 30), ao argumentar que
toda a Instituição é um espaço educativo, “uma comunidade de aprendizagem
construída pelos seus componentes, um lugar em que os profissionais podem
decidir sobre seu trabalho e aprender mais sobre sua profissão”. Assim, a
capacitação docente ainda ocorre em diversificadas instâncias que incluem reuniões
de Congregações, realizadas nos departamentos, assim como reuniões de
Colegiados, e envolve, da mesma forma, as formações lato sensu e stricto sensu,
mestrado e doutorado, que contam com licença para Pós-Graduação.
Programa de Monitoria
Com o propósito de implementar a necessária interação entre ensino, pesquisa e
extensão, a Pró-Reitoria de Graduação – Prograd, em parceria com a Pró-Reitoria
de Extensão e Apoio Estudantil – Proex, vem desenvolvendo esforços no sentido da
reestruturação do Programa de Monitoria, ao oferecer uma nova configuração, qual
seja a de torná-la um campo de reflexão, que fortaleça a vida acadêmica na
Graduação, por meio de seminários de formação, com estudos e discussões, que
suscitem o debate em torno do projeto acadêmico-educativo, por meio da
colaboração entre estudantes e professores em atividades de ensino, pesquisa e
extensão.
No exercício da Monitoria, o aluno goza da prerrogativa da isenção de parte das
mensalidades no valor equivalente a 12 créditos, categoria I. O monitor terá que
desenvolver 12 horas de atividades na UCG, vinculadas a uma disciplina ou núcleo
de disciplinas, laboratórios, centros, institutos ou unidades acadêmicas. Essas
atividades serão empreendidas a partir de projetos elaborados, em conjunto com os
professores, com objetivo de possibilitar aprofundamento nos conhecimentos
teórico-prático na área ou disciplina em que o aluno estiver desenvolvendo a
monitoria.
Política de Formação de Professores
A Política de Formação de Professores guarda estreita relação com os
compromissos assumidos pela UCG com a melhoria do ensino, mediante ações de
assessoramento aos órgãos públicos, responsáveis pela oferta do ensino básico, na
definição de políticas educacionais, na formulação de planos de trabalho, na
22
capacitação dos professores, seja de forma direta nos programas de extensão ou
indireto com a presença de alunos dos cursos de licenciatura.
Essa política é coordenada, acompanhada e avaliada pelo Colegiado das
Licenciaturas, composto por diretores de Departamentos que oferecem cursos de
Licenciatura. Além de assumir a formação de professores para a melhoria da escola
básica, tem, entre suas metas, a incorporação de um percentual significativo dos
profissionais da educação do estado de Goiás e da Região Centro-Oeste.
Neste sentido, a UCG lança mão de algumas estratégias de inclusão dos
docentes ou não nos cursos de licenciatura tais como o subsídio aos alunos dos
cursos de Licenciatura, de modo a possibilitar uma mensalidade diferenciada, mais
acessível aos seus alunos; a oferta de bolsas integrais a egressos de escolas
públicas, que se disponham a atuar como parceiras no processo de formação de
professores, enquanto campo de estágio para os alunos dos referidos cursos. Para
os professores em exercício sem a formação inicial, promove novas oportunidades
de formação em nível de graduação e aperfeiçoamento e pós-graduação lato sensu
na modalidade a distância ou semi-presencial.
Sistema de Bibliotecas
A UCG tem uma Biblioteca Central – BC que disponibiliza seus serviços,
mediante o sistema SIBI/UCG, estendendo-os às Bibliotecas Setoriais localizadas
nos campi II e IV e na Pós-Graduação. Ela ainda oferece seus serviços por meio de
Bibliotecas Digital e Virtual.
O Setor de Biblioteca busca integrar-se na vida da Universidade, ao promover
a leitura e a pesquisa, caracterizando o que a Unive rsidade produz e divulgando-o
ao público. Constitui-se num Centro de Informação: espaço complexo, com múltiplas
funções na academia, ao envolver diversos profissionais em suas atividades e
serviços. Os objetivos das Bibliotecas da UCG são: proporcionar os suportes
informacionais necessários às atividades de ensino, pesquisa e extensão; promover
atividades interdisciplinares e interdepartamentais de incentivo à leitura e à pesquisa;
organizar e conservar os suportes informacionais sob seus cuidados.
Constituem ações permanentes da BC: oferecer serviços básicos de busca e
consulta, auxílio à pesquisa e levantamento bibliográfico; serviço de comunicação e
informação por meio do Catálogo de Periódicos, do Boletim Bibliográfico, da Lista de
Novas Aquisições e de Sumários Correntes; consulta local e empréstimo domiciliar,
empréstimo entre Bibliotecas, treinamento de usuários, orientação técnica para
trabalhos científicos, orientação na normalização de referências bibliográficas,
orientação sobre a aplicação de normas técnicas na área de documentação,
comutação bibliográfica (COMUT), planejamento e organização de eventos na
Biblioteca, alimentação de dados de catálogos externos (CCN).
A BC promove atividades de extensão com a finalidade de divulgar seu acervo
e serviços, no sentido de maior e melhor utilização de seus recursos bibliográficos,
aumentando, em conseqüência, a demanda, que determina a implementação,
melhoria e reestudo dos serviços prestados.
Política de Estágio
Trabalho desenvolvido entre a Prograd e Proex, o estágio constitui-se como “um
componente curricular do processo de formação acadêmica, constituído e
constituinte das dimensões do ensino, pesquisa e extensão. É desenvolvido em
23
campos de atuação profissional com vistas à construção e socialização do
conhecimento, enquanto processo social, coletivo e histórico. Espaço políticopedagógico privilegiado de construção da práxis possibilita a inserção do estudante
no mundo laboral e na prática social, como processo de participação/intervenção
nas relações entre a universidade e demais segmentos sociais” (Doc. Política de
Estágio da UCG p. 11)
Gestão Departamental
Enquanto princípio e eixo de trabalho defendido pela Prograd, a Gestão
Departamental se constitui em um espaço primordial de operacionalização do plano
estratégico de gestão da UCG e da política curricular do(s) curso(s) relativo(s) à
área de conhecimento que lhe são próprios. A UCG conta com 40 cursos, sendo
que, em 2004, obteve um total de 22.066 alunos matriculados e de 4.319 alunos
diplomados (Anexo 01). É por meio do Departamento que os cursos estabelecem
relações com as demais instâncias da Instituição e deve empenhar-se por uma
prática solidária, plural, livre de dogmatismos, guetos, corporativismo,
conservadorismo, etc. Portanto, a gestão colegiada deve primar pela constituição de
um espaço em que se desenvolve a habilidade para a prática colegiada, como
caminho para a gestão compartilhada entre os sujeitos do processo educativo.
Políticas de Atendimento ao Estudante
A UCG desenvolve diferentes programas de apoio aos estudantes de forma a
integrá-los na vida acadêmica, como sujeitos autônomos da criação e recriação de
conhecimentos. Compõem o Programa as diferentes modalidades de Laboratórios
em especial os de informática o acesso gratuito a Internet linkada a inúmeros
serviços, Biblioteca Virtual, Acompanhamento de alunos com defasagem de
aprendizagens, apoio didático-pedagógico aos alunos com direitos especiais.
Serviço de Audiovisual
O Serviço de Audiovisual, estruturado em sub-seções, destina-se ao trabalho de
apoio às atividades didáticas dos docentes e dispõe de recursos de informática.
Esse serviço de apoio funciona, descentralizadamente, de modo a atender as
demandas das atividades de ensino em todas as áreas e cursos, com apoio do
pessoal técnico. Os auditórios estão dotados de equipamentos de multimídia e são
utilizados para atividades culturais e específicas de ensino.
Além da disponibilidade dos recursos tecnológicos, conforme relatado
anteriormente, a UCG dispõe de um número considerável de laboratórios de
informática para o uso de alunos e para atividades de ensino.
Avaliação dos Cursos
Os cursos de graduação são permanentemente avaliados, segundo processos e
métodos internos definidos por suas respectivas congregações, buscando o
aperfeiçoamento das práticas pedagógicas, do currículo, da sistemática de avaliação
da aprendizagem, e de outras dimensões que concorrem para a melhoria das
atividades do ensino. Essas avaliações são procedidas mediante reuniões
freqüentes de professores por período do curso e em reunião de congregação.
Além dessas iniciativas e como prática que se instituiu com a experiência do
PAIUB, a PROGRAD juntamente com a antiga Coordenação Institucional, agora
Prodin, empreendem trabalho de avaliação dos cursos e do ensino, conforme
relatado no histórico da avaliação, provendo os gestores de informações para
24
orientar as políticas de pessoal, de pesquisa, na definição da aplicação dos recursos,
dos programas de formação continuada de professores, etc.
Por último, foram balizadores da política do ensino instrumentos como o
PROVÃO e mais especificamente o trabalho das Comissões de Especialistas
realizado para fins de reconhecimento dos cursos (nestes últimos anos, em número
muito expressivo) indicando em relatórios aspectos que deveriam merecer iniciativas
e cuidados em relação às condições de oferta e a dinâmica instituída na consecução
dos respectivos cursos.
Este trabalho desenvolvido pelas comissões ad hoc do MEC abriu para a UCG
uma perspectiva muito fecunda particularmente em vista dos insumos por elas
propiciados para a condução administrativo-pedagógica dos cursos de graduação.
Em vista da qualidade desse instrumento, utilizado nas avaliações dos cursos em
processo de reconhecimento, foram desenvolvidos esforços para extensão daqueles
critérios na avaliação dos cursos mais antigos desta Universidade.
4.2- Pesquisa
4.2.1- Política de Pesquisa
Na UCG, a pesquisa visa a constituir a Universidade naquilo que é sua
essencialidade: a produção sistemática e rigorosa de conhecimento nas diferentes
áreas. A pesquisa fundamenta o trabalho universitário, tanto do ponto de vista do
ensino quanto da extensão e realiza a função do ensino superior de criação do
conhecimento.
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - Prope da Universidade
Católica de Goiás – UCG, em consonância com as demais Pró-Reitorias, é um órgão
executivo que coordena e orienta as atividades de pós-graduação, capacitação
docente, pesquisa e editoração da UCG. Para tal, estrutura-se em cinco
coordenações:
Pós-Graduação Stricto Sensu
Implementa e supervisiona Programas de Mestrado da instituição, bem como
cursos de Doutorado e Mestrado em convênio com renomadas Universidades.
Pós-Graduação Lato Sensu
Executa programas de capacitação acadêmica e/ou profissional em várias
áreas do conhecimento, através de cursos de especialização/atualização.
Capacitação Docente
Realiza programas de educação continuada para professores da Instituição,
contribuindo para a qualificação e capacitação docente em cada curso, garantindo
presença de Mestres, Doutores e Pós-Doutores docentes e pesquisadores nos
departamentos e institutos.
Coordenação da Editora
A produção literária, cultural e científica da Instituição encontra na Editora os
veículos mais conceituados de divulgação e intercâmbio com todas as mais
importantes instituições de ensino superior do país e do mundo. Seu catálogo
contabiliza mais de 100 livros publicados, além de 7 periódicos especializados.
Coordenação de Pesquisa
25
A Coordenação de Pesquisa é composta de um coordenador e três
assessorias: Assessoria de Projetos de Pesquisa, Assessoria de Bolsas de Pesquisa
e Assessoria de Captação de Recursos Financeiros para Pesquisa.
Pesquisa Discente
A Prope vem, desde 1990, incentivando pesquisa discente na UCG, por meio
de programas de iniciação científica, com os seguintes objetivos:
− Inserir o aluno de graduação da UCG, a partir do terceiro período do curso, em
projetos de pesquisa;
− despertar a vocação científica e incentivar novos talentos potenciais entre
estudantes de graduação, mediante sua participação em projetos de pesquisa;
− preparar o aluno de graduação para ingressar em cursos de mestrado e
doutorado.
Atualmente, esses programas apresentam-se nas seguintes modalidades:
− PIBIC - PROGAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA/CB: Nesse programa são disponibilizadas, no primeiro semestre de
cada ano, bolsas de pesquisa financiadas pelo CNPq. O aluno contemplado
recebe bolsa correspondente a 1/3 do valor de bolsa do mestrado, por um
período de 12 meses. A cota destinada à Universidade Católica de Goiás é de
48 bolsas;
− BIC - PROGRAMA INTERNO DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA/CB:
Nesse programa são disponibilizadas 110 bolsas de pesquisa financiadas pela
própria Universidade Católica de Goiás, oferecidas no primeiro e no segundo
semestre de cada ano. O aluno contemplado recebe a bolsa por um período de
10 meses, correspondente ao valor de 20 créditos da categoria 1, exceto as
parcelas fixas dos meses de janeiro e julho;
− OVG/SECTEC – PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA
OVG/PROPE/SECTEC/CB: Esse programa surgiu de um convênio entre a
Universidade Católica de Goiás, a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG)
e a Secretaria de Ciências e Tecnologia do Estado de Goiás (SECTEC). As
bolsas são oferecidas no primeiro e no segundo semestre de cada ano.Para
concorrer a essa modalidade de bolsa o aluno já deve ser bolsista da OVG. A
cota destinada a esse programa é de 50 bolsas;
− VOLUNTÁRIOS DE PESQUISA/CB: Nessa modalidade, os alunos não recebem
bolsas. Entretanto, têm os mesmos direitos e deveres de alunos bolsistas. Os
editais para participar dessa modalidade são publicados no primeiro e no
segundo semestre de cada ano.
Pesquisa Docente
No que se refere à pesquisa docente, A PROPE possui uma política de
incentivo e apoio ao pesquisador, normas para o desenvolvimento de projetos de
pesquisa, um sistema de avaliação e aprovação dos projetos a serem desenvolvidos
e um sistema de gerenciamento dos projetos (que inclui também a pesquisa
discente). Todas as pesquisas devem ser vinculadas aos núcleos de pesquisa e às
Linhas e Grupos de Pesquisa cadastrados no CNPq.
O cadastro dos projetos de professores vinculados a Núcleos de Pesquisa da
UCG efetiva-se on-line, por meio do Sistema de Gestão de Pesquisa - SIGEP. O
julgamento de cada processo inclui, atualmente, o coordenador do núcleo de
pesquisa, consultores externos ad-hoc, representantes de cada uma das oito
Grandes Áreas do CNPq e membros do Comitê Assessor de Pesquisa da UCG.
26
Na aprovação de projetos são priorizados os que atendem os seguintes
critérios:
− ser coordenado por um professor doutor;
− projetos que se enquadram nas linhas de pesquisa dos seus respectivos Grupos
de Pesquisa e ou Núcleos de Pesquisa;
− favorecer a integração graduação, pós-graduação e pesquisa mediante a
participação de alunos (iniciação científica, mestrado ou doutorado);
− visar o desenvolvimento regional ou local;
− possuir contrapartida financeira externa ou outro tipo de parceria.
Os Projetos financiados integralmente por fontes externas, por não
demandarem recursos internos, recebem tratamento diferenciado. Todavia, estão
sujeitos ao acompanhamento e avaliação previstos nas normas da Prope.
No momento, estão cadastrados no SIGEP 625 pesquisadores envolvidos em
325 pesquisas em andamento, 163 pesquisas concluídas e 51 projetos aguardando
o julgamento para serem desenvolvidos. Das pesquisas em andamento 16 contam
com financiamento externo.
Núcleos de Pesquisa
A produção de pesquisas na UCG está organizada a partir das áreas de
conhecimento estabelecidas pelo CNPq e se concretizam nos vinte e seis núcleos
de pesquisas.
A área de Ciências Exatas e da Terra possui cinco Núcleos de Pesquisa em
Computação; Núcleo de Pesquisa em Matemática; Núcleo de Pesquisa em Física;
Núcleo de Pesquisa em Engenharia.
A área de Ciências Biológicas possui quatro núcleos de Pesquisa: Núcleo de
Pesquisa Replicon/DNA/Paternidade; Centro de Estudos de Pesquisas Biológicas;
Núcleo de Pesquisa em Ciências Biomédicas e Centro de Biologia Aquática.
A área de Ciências da Saúde possui dois núcleos de pesquisa: núcleo de
Pesquisa-Comunicação e seus Distúrbios; núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde
e Sociedade.
A área de Ciências Agrárias possui o Núcleo de Pesquisa.
A área de Ciência Sociais Aplicadas possui cinco núcleos de pesquisa:
Núcleo de Pesquisa e Estudos em Estado, Sociedade e Cidadania; Núcleo de
Estudos e Pesquisas do Edifício e da Cidade; Centro de Pesquisas Econômicas e
Núcleo de Pesquisa e Estudo do Departamento de Ciências Jurídicas.
A área de Ciências Humanas possui nove núcleos de pesquisa: Núcleo de
Pesquisa em Filosofia; Núcleo de Pesquisa em Educação; Núcleo de PesquisaLaboratório de Análise Experimental do Comportamento; Núcleo de Pesquisa
Investigação sobre Gênero; Núcleo de Pesquisa em Infância, Adolescência e Família;
Centro de Pesquisa de História, Geografia e Ciências Sociais; Núcleo de Pesquisa e
Estudos em Relações Internacionais; Núcleo de Pesquisa e Estudos da Religião e
Núcleo de Pesquisa de Estudos Psicossociológicos.
A área de Lingüistica e Letras possui o núcleo de pesquisa em Linguagem e
Literatura.
4.2.2- Institutos
Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia – IGPA.
O Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia - IGPA, criado em 1971,
com o intuito inicial de produzir estudos arqueológicos, paleontológicos e de História
27
Natural, ampliou gradativamente suas ações. O acervo do IGPA se constitui em um
grande centro de documentação audiovisual indígena do Brasil e possui um vasto
material arqueológico.
Esse Instituto está estruturado a partir de cinco áreas: Etiologia, Arqueologia,
Meio Ambiente, Educação e Documentação. Tem como objetivos principais:
desenvolver pesquisa básica e aplicada em suas áreas de atuação, pois garante e
efetua interfaces com todos os departamentos da UCG; e produzir e divulgar
documentos, estudos e pesquisas que revelam a participação em questões sociais
relevantes referentes as suas áreas de atuação.
O IGPA foi pioneiro na atuação de pesquisa aplicada em áreas impactadas
por grandes projetos desenvolvimento, como por exemplo, as hidrelétricas. Esse
Instituto tem se firmado como referência de pesquisa a serviço do estudo da
memória e patrimônio histórico e cultural do Centro-Oeste do Brasil.
Instituto do Trópico Subúmido – ITS
O Instituto do Trópico Subúmido foi implantado em 1992, é um órgão de
natureza cientifica, tecnológica, pedagógica e de extensão, cujas ações estão
voltadas para o Sistema Biogeográfico do Cerrado – buscando sempre associar
conhecimento e soluções
Todas as atividades são desenvo lvidas mediante de Projetos que se agrupam
em Programas, que por sua vez se organizam em quatro áreas de atuação: Ciência
e Tecnologia; Planejamento Ambiental e Organização do Espaço; Desenvolvimento
e Economia do Cerrado e Educação.
Além dos programas dessas quatro áreas, o ITS possui dois programas
especiais; Programa das Estações Ciência e Programa Editorial. A Estação Ciência
é um Núcleo regional de pesquisa, educação e conservação do meio ambiente.
Estão implantadas seis unidades: Estação Ciência São José (Campus II da UCG),
Estação Ciência Binômio da Costa Lima (Parque Ecológico de Goiânia), Estação
Ciências de Mineiros (Mineiros-GO), Estação Ciências de Serranópolis, Estação
Ciências de Jataí (Jataí-GO) e Estação Ciências de Correntina (Correntina -BA).
Resultam dos projetos desenvolvidos até o momento os seguintes produtos
de pesquisa de docentes: livros; capítulos de ivros; artigos completos; artigos
resumidos; trabalhos completos em anais; trabalhos resumidos em anais; produtos
sem registro ou patente; relatórios de pesquisa. Os produtos de pesquisas de
discentes são os relatórios de pesquisa.
Relações Interinstitucionais
Faz parte também da política de pesquisa da UCG, implementada pela Prope,
o estabelecimento de parcerias com outras instituições e órgãos, a saber:
Universidade Federal de Goiás – UFG; Fundação Aroeira; Conselho Nacional de
Pesquisa – CNPq; Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECTEC;
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hidricos - SEMARH/GO;
Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEMA-MT; Associção Nacional de PósGraduados em Educação – ANPED; Neotropica Tecnológica Ambiental
A UCG encontra-se inscrita no Programa de Cooperação Acadêmica entre a
União Européia e a América Latina, o que possibilitará a inserção de diversos
pesquisadores, além da parceria com outras IES da região, da América Latina e da
Europa. Atualmente, desenvolve projeto que tem como foco a pesquisa sobre
resgate de CO2 no Cerrado.
28
Desenvolve ainda, o Projeto BIOGEM, que conta com financiamento
internacional e visa a produção de energia a partir do aproveitamento do lixo, por
meio da biomassa.
Apoio aos Pesquisadores
A Prope desenvolve uma sistemática de apoio à realização de eventos
científicos promovidos por docentes e discentes mediante a cobertura das seguintes
despesas: transporte aéreo e terrestre, hospedagem, alimentação e ajuda de custo
Eventos Científicos
Regularmente são realizados pela Prope os seguintes eventos:
− avaliação dos Programas de Iniciação Científica: dos Programas PIBIC/CNPq,
Prope/BIC, PROPE/OVG, Voluntários de Pesquisa.
− jornada de Produção Científica das Universidades Católicas do Centro-Oeste.
Além destes, com o apoio financeiro e estratégico da Prope são realizados
diversos eventos científicos pelos Departamentos, Núcleos e Institutos de Pesquisa,
assim como pelos Programas de Pós-Graduação.
Pós-Graduação
No que se refere à Pós-Graduação, A UCG oferece diversos cursos de
Especialização (institucionais e interinstitucionais), além dos seguintes Programas
de Mestrado: Ciências Ambientais, Ciências da Religião, Ecologia e Produção
Sustentável, Educação, Patrimônio Cultural, Psicologia.
4.3- Extensão
4.3.1- Política de extensão
A extensão universitária na UCG deriva dos objetivos institucionais de
compromisso social da Uni versidade e se desenvolve como locus significativo para a
construção de um projeto societário, verdadeiramente emancipador.
Ao mesmo tempo, a extensão é pensada como campo de teorização, reunindo um
conjunto de reflexões e concepções, em torno do significado social, histórico e
institucional da UCG.
A extensão na UCG objetiva articular dois aspectos fundamentais de seu
projeto de Universidade: qualidade acadêmica/científica e compromisso social,
relacionando os grandes temas sócio-político-culturais com os processos educativos.
Nesse sentido, as finalidades e orientações que persistem nessa trajetória
decorrem da defesa da indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão pautada no
diálogo interdisciplinar com as mais amplas demandas sociais, referendada por
posturas éticas. A Extensão é pensada, nessa perspectiva, como a categoria ética
que pergunta pelo sentido e relevância do ensino e da pesquisa, denotando a
intencionalidade da produção e da socialização do conhecimento.
A sua afirmação como espaço constitutivo do ensino e pesquisa aprofunda as
possibilidades de reconhecimento dos vínculos entre as práticas profissionais e as
práticas sociais, ampliando a relação entre formação profissional, compromisso
social e transformação do saber acadêmico em um bem público.
As perspectivas institucionais para a extensão na UCG integram, oficialmente,
o Plano Estratégico de Gestão Participativa, aprovado pelo Conselho Universitário,
em 2003 (UCG, 2003), com destaque para a avaliação e consolidação da concepção
e política de extensão, compondo, simultaneamente, a gestão acadêmica e
29
administrativa da Universidade e sua reconhecida inserção social na cidade de
Goiânia, Estado e região Centro-Oeste.
São prioridades na extensão, sistematizar, aprovar e avaliar as políticas de
assistência estudantil, cultura, estágio/extensão e de educação continuada.
Consolidar, ampliar e criar parceiras com instituições/organismos locais, estaduais e
internacionais. Implementar cursos de especialização lato sensu, derivados das
áreas de atuação dos Programas/Projetos e Centro de Extensão. Intensificar a
pesquisa e a produção de conhecimento no âmbito da extensão.
Assim, a extensão universitária consolida-se como um dos parâmetros de
avaliação de si própria, constituindo um desafio permanente para referenciar a
Universidade como instituição social sintonizada com a realidade brasileira.
4.3.2- Gestão da Extensão
A partir da concepção e da política de extensão, compreende-se que a gestão
da extensão e a institucionalidade de suas dimensões conceitual, social e política,
somente pode ser apreendida em face de uma determinada concepção de educação,
intrínseca a um projeto político pedagógico de universidade.
Nesse horizonte, a extensão na UCG sempre assumiu em suas prioridades e
desafios da sua gestão acadêmica intensificar os vínculos com os cursos e
Departamentos, programas e cursos de pós-graduação, associando ensino,
pesquisa e extensão.
De modo especial, esse desafio é enfrentado pela gestão colegiada,
descentralizada, com a participação efetiva no processo de planejamento e
avaliação de professores, estudantes e funcionários vinculados as coordenações,
projetos, programas, centros e instituto coordenados pela Pró-Reitoria de Extensão
e Apoio Estudantil por meio de Plenárias, Seminários, supervisão e registro.
Nessa direção e à luz de fundamentos teórico-metodológicos, que trazem
como pressuposto e fim a realidade sociocultural em toda sua amplitude,
compreende-se que a extensão universitária tem a sua gestão e avaliação
correlacionadas com a estrutura institucional e seu projeto acadêmico.
As atividades de extensão, ensino e pesquisa constituem os campos de
trabalho dos docentes da UCG. Portanto todos os docentes participantes,
responsáveis e proponentes de projetos e programas de extensão, têm assegurado
horas contratuais de trabalho docente para estas atividades especialmente os
professores de tempo contínuo (30 horas) e tempo integral (40 horas). Certamente
estas condições de trabalho favorecem a institucionalização da extensão, sua
dimensão acadêmica e sua condição de componente da docência universitária.
4.3.3- Estrutura da Proex
A Proex orienta e coordena todas as atividades de extensão e serviços
comunitários da UCG. Assim, busca a produção de conhecimentos científicos e a
realização de estudos norteadores da inserção social da UCG, do seu compromisso
social e institucional com a educação e o ensino universitário. Dentro da sua
organização interna possui três coordenações gerais: Coordenação de Assuntos
Estudantis de Estágio - CAE, Coordenação do Programa Cultural - CPC e
Coordenação Geral de Estágio e Extensão - ETG.
A CAE é responsável pelo desenvolvimento da Política de Assistência
Estudantil na UCG, exercendo suas atividades por meio dos setores de Serviço
Social, Psicologia e Pedagogia. Dessa forma, estabelece uma política de
relacionamento com o movimento estudantil organizado e com os estudantes da
30
UCG em geral, buscando desenvolver atividades coordenadas que possam
contribuir na formação dos alunos ucegeanos, proporcionando-lhes condições
favoráveis de relacionamento e integração na vida universitária.
A CPC é responsável por coordenar, promover e produzir cultura, refletir e
pesquisar sobre o fazer artístico, construindo, coletivamente, a política de extensão
da UCG. Tem desenvolvido suas ações em diferentes áreas da cultura e das artes,
possibilitando momentos de reflexão e fruição de extrema importância para formar e
desenvolver uma postura cidadã nos alunos desta universidade, lançando, para
além dos conhecimentos específicos do ensino acadêmico, a possibilidade de
inserção desse conhecimento nas manifestações culturais. Além de atuar na
comunidade ucegeana, tem inserção na comunidade maior, promovendo
espetáculos e momentos de reflexão sobre a importância da cultura para a formação
de um povo consciente e um Estado pleno.
A CPC tem núcleos constituídos nas áreas de Teatro, Música e Dança e, em
estágio de formação, nas áreas de Multimídia, Artes Visuais, Literatura e Cultura
Popular, responsáveis pela produção de espetáculos, seminários, mesas redondas,
simpósios, pesquisas e oficinas em suas respectivas áreas. Os núcleos são
compostos por grupos de Criação e Produção formados por alunos da instituição e
da comunidade em geral, oriundos das oficinas gratuitas que a CPC oferece, bem
como por pessoas da comunidade em geral.
A ETG é a área onde a extensão realiza a investigação e a produção de
conhecimento como exigência do próprio sentido, razão e finalidade da universidade.
A ETG coordena os Programas Institucionais: Instituto, Centros, Programas e
Projetos, numa perspectiva de compromisso com as políticas públicas, buscando
articular grandes temas sócio-histórico-culturais, com o processo educativo e
formação profissional.
Na coordenação do estágio, a ETG promove, em articulação com a Prograd,
debates que subsidiem teoricamente a realização do estágio em todos os cursos da
Universidade. Além disso, aprecia propostas de ampliação e renovação de
convênios para a realização de estágio curricular obrigatório e não obrigatório.
Articula e negocia com instituições espaços de atuação do estagiário, viabilizando a
celebração de convênios e o cumprimento de seus termos e define, juntamente com
os outros órgãos coordenadores de estágio, as condições para aprovações de
campos, com vistas à efetivação da Política de Estágio da UCG. Tal coordenação se
fundamenta na concepção de estágio como componente curricular do processo de
formação acadêmica, constituído e constituinte das dimensões do ensino, da
pesquisa e da extensão, espaço político-pedagógico privilegiado de construção de
práxis, que possibilita a inserção do estudante no mundo laboral e na prática social,
como processo de participação/intervenção nas relações entre a universidade e
demais segmentos sociais.
4.3.4- Programas Institucionais
Os Programas Institucionais de extensão universitária caracterizam-se pelo
enraizamento
na
área
acadêmica,
pela
interdepartamentalização
e
interdisciplinaridade, pela relação com o estágio curricular e por suas áreas
temáticas: saúde coletiva; infância, adolescência e família; direitos humanos;
educação pública; gerontologia social; gênero; etnia; educação ambiental;
31
planejamento urbano; educação continuada; pedagogia da alternância; inovações
tecnológicas e sociais; agricultura familiar e capacitação de grupos de
assentamentos da reforma agrária. A seguir serão dispostos os Programas
Institucionais empreendidos pela Proex:
Instituto Dom Fernando - IDF: contribui com a construção da cidadania e inclusão
social por meio da educação sócio-ambiental e na luta pela garantia dos direitos
humanos; incentiva o respeito ao meio ambiente, promovendo ações sócioeducativas e produtivas que privilegiem o desenvolvimento sustentável; contribui na
formulação e implementação de políticas públicas de assistência social que atendam
às demandas das populações das camadas populares; desenvolve estudos e
pesquisas e elabora e desenvolve projetos, nas áreas de preservação do meio
ambiente e desenvolvimento comunitário.
Centro de Estudo, Pesquisa e Extensão Aldeia Juvenil - CEPAJ: subsidia
intervenções e elaboração de políticas públicas voltadas para a infância e
adolescência; contribui para a garantia e defesa de direitos das crianças e
adolescentes, desenvolvendo atividades de educação e formação para a cidadania e
desenvolve metodologias de atendimento individual e grupal com crianças,
adolescentes e famílias vítimas de violência física, sexual e psicológica.
Centro de Educação Comunitária de Meninas e Meninos - CECOM: dedica-se à
promoção da cidadania de crianças, adolescentes, jovens e comunidade em geral;
trata a questão da infância em suas diversas manifestações, desenvolvendo suas
atividades por meio de diversos programas de atendimento e formação permanente
dos educadores, subsidia intervenções sociais e colabora na formulação de
estratégias de implementação de políticas sociais voltadas para a infância,
adolescência e família.
Centro Afro-Brasileiro de Estudos e Extensão - CEAB: realiza e divulga estudos
sobre preconceito, exclusão social e cultura afro-brasiliera e implementa programas
de ação de combate ao racismo, em parcerias com várias instituições.
Centro de Línguas Vivas – CLV Católica Idiomas: desenvolve estudos e
pesquisas relativas ao ensino de línguas e literatura, fortalece os cursos de
licenciatura, desenvolvendo estudos, cursos, eventos inter-culturais, inter-lingüisticos
e publicações e busca qualificar o ensino de línguas por meio da formação dos
profissionais das diversas áreas do conhecimento.
Oficina de Planejamento Urbano e Ambiental - OPUA: presta asssessoria técnica
para Prefeituras, associações de moradores, representações populares e
comunidades organizadas para o desenvolvimento de projetos na área de
urbanismo e meio ambiente e produz conhecimentos sobre as questões ambientais
e urbanas, subsidiando as políticas públicas do setor.
Programa Aprender a Pensar - PAP: atende, numa perspectiva interdiscilinar,
crianças e adolescentes, com altas habilidades, da rede pública e particular de
ensino e faz o acompanhamento psicológico das respectivas famílias.
Programa de Direitos Humanos - PDH: realiza estudos e pesquisas numa
perspectiva interdisciplinar sobre as situações de violação dos direitos humanos:
promove ações sociais de mobilização em associações de bairro e movimento
popular e participa na organização e operacionalização de ações de defesa dos
direitos humanos.
Programa de Educação Ambiental - PEA: auxilia na compreensão dos problemas
sócio-ambientais por meio de estudos, pesquisas, palestras, cursos e produção de
material didático e fomenta e implanta por meio da reflexão-ação mudanças de
posturas e práticas, visando à preservação do meio-ambiente.
32
Programa de Educação e Cidadania - PEC: busca fortalecer a escola pública
como projeto coletivo e como processo de democratização do saber: desenvolve um
trabalho pedagógico na perspectiva da formação continuada de professores das
escolas públicas, articulando seus desafios à formação acadêmica das
Licenciaturas na UCG: propicia assessoria técnico-pedagógica a assentamentos
rurais em municípios da Diocese de Goiás, assessoria pedagógica à Educação de
Jovens e Adultos nos projetos AJA Expansão e Alfabetização solidária.
Programa em Nome da Vida - PNV: organiza redes de informação sobre
substâncias psicoativas e as implicações de consumo; promove estudos e
pesquisas reativas a questão das drogas através da interdisciplinariedade; forma
profissionais de diversas áreas com projetos de prevenção do uso de drogas e
promove ações que visem à valorização da auto-estima, auto-confiança,
desenvolvendo competências de comunicação, buscando a redução de fatores de
risco.
Programa Interdisciplinar da Mulher: Estudos e Pesquisas - PIM-EP: busca
aprofundar o conhecimento sobre a categoria de gênero em uma perspectiva
interdisciplinar; promove atividades para uma maior visibilidade à situação das
mulheres na sociedade como uma questão de Direitos Humanos; presta assessoria
na área de gênero para os cursos (graduação e pós-graduação) da UCG e para
organizações governamentais e não-governamentais; organiza um banco de dados
sobre a questão de gênero e mantém publicações regulares.
Programa Permanente de Cursos de Extensão - PPCE: amplia a interlocução
entre a universidade (UCG) e a sociedade, em relação a temas de interesse e nas
várias áreas do conhecimento; busca a atualização e divulgação de conhecimentos
produzidos nas diversas áreas acadêmicas e promove o debate entre o saber
acadêmico e o saber popular.
Programa Zootécnico de Extensão Rural - PZER: promove o desenvolvimento
das comunidades rurais por meio do estudo e caracterização dos sistemas de
produção e sua inserção no mercado, favorece a utilização de inovações
tecnológicas e sociais no setor agropecuário, implementação de ações sócioeconômicas adaptadas às condições locais da comunidade e identifica demandas
de pesquisa básica e aplicada adaptadas à região estudada.
Programa de Extensão Comunitária de Educação Continuada em Língua
Estrangeira - PECECLE: promove um ambiente de pesquisa/ação para docentes e
discentes de língua estrangeira numa perspectiva de formação continuada referente
ao pedagógico e ao lingüistico e produz estudos e reflexões sobre as questões
ligadas à Educação Inclusiva e aos Ciclos de Desenvolvimento Humano.
Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI: contribuir na formulação de
políticas públicas em relação ao idoso, democratizar o saber, possibilitando às
pessoas adultas e idosas o acesso à Universidade, na perspectiva da educação
continuada, do resgate da cidadania e do desenvolvimento do espírito de
convivência e despertar nos alunos de graduação de diversos cursos da UCG a
consciência da responsabilidade social, motivando-os a assumir presença efetiva
nas organizações da sociedade civil e nos movimentos sociais.
5- RESPONSABILIDADE SOCIAL
A responsabilidade social da UCG está definida, em primeiro plano, na
Constituição Federal de 1988 nos Artigos 6º, 203 e 204; na Lei Orgânica da
Assistência Social n. 8.743/93, especificamente nos Artigos 1º, 2º e 3º; na Política
Nacional de Assistência Social, precisamente nos seus princípios, destinatários,
33
objetivos e diretrizes e no Estatuto da Sociedade Goiana de Cultura, nos Artigos 2º,
4º e 6º, dentre outros.
A contribuição e a participação das organizações da sociedade civil na
prestação de serviços à população brasileira têm sido historicamente reconhecidas,
não só pelo mérito do trabalho realizado, mas também pela significativa parcela da
população atendida. Esse reconhecimento é traduzido objetivamente pela concessão
de imunidade, incentivos e isenções fiscais, para aquelas organizações sem fins
lucrativos, que executam serviços de natureza assistencial, educacional e de saúde,
com caráter filantrópico, isto é, de forma gratuita e permanente.
A compreensão sobre a responsabilidade social da UCG deriva do
pressuposto de que a Universidade é uma instituição social e que sua finalidade e
legitimidade interna e externa precisam ser renovadas e reafirmadas, não como
prestadora de serviços, mas fundamentalmente pelas idéias de formação, reflexão,
criação e crítica, ou seja, a função social da universidade é essencialmente
educacional e perpassa as relações entre ensino, pesquisa e extensão.
A partir desta perspectiva, entende-se que a UCG cumpre sua
responsabilidade social quando se orienta por preceitos legais e institucionais de
liberdade e gestão democrática das atividades acadêmicas; possibilita a participação
da sociedade civil no seu interior; participa na elaboração e implantação de políticas
públicas nas áreas de saúde, cultura, educação, ciência e tecnologia e
desenvolvimento tecnológico; possibilita a inclusão social de parcelas significativas
de jovens no ensino superior; promove a identidade de grupos excluídos e acolhe
em seu interior as diversas pluralidades e diversidades sócio-historicamente
constituídas.
A responsabilidade social da UCG tem sua expressão máxima nas atividades
de extensão realizadas e se materializam nos Instituto, Centros, Programas, Projetos
existentes e Prestação de Serviços Gratuitos como CEPSI, Clínicas Escola e
Escritório de Práticas Jurídicas, Laboratório de Análises Clínicas. No âmbito da UCG
pode ser ressaltada a articulação entre as atividades de extensão e as Unidades
Acadêmicas de graduação. Uma outra expressão da relação ensino e extensão é a
criação de Cursos de Especialização lato sensu a partir das experiências e
demandas oriundas da extensão. Os cursos têm sido efetivados por meio de
convênios com entidades que requerem e custeiam as despesas dos mesmos. Por
exemplo, Curso de Especialização em Saúde Mental, demandado pela Secretaria
Municipal de Saúde e custeado com recursos do Ministério da Saúde (em
andamento) e Curso de Especialização em Violência Doméstica Contra Crianças,
Adolescentes e Mulheres, demandado pelas diversas instituições municipais da área
e aprovado pelo Pólo de Saúde de Goiânia (em processo de efetivação). Dois outros
cursos também estão sendo oferecidos: Especialização em Saúde: Gerontologia
Social e Formação em Política Social: Feminismo e Gênero.
As linhas de trabalho da extensão são múltiplas e nasceram
fundamentalmente da sensibilidade e compromisso ético da UCG em responder as
demandas que estão postas na nossa contemporaneidade com marcas profundas de
exclusão/inclusão social. Os resultados destes trabalhos são os mais variáveis e
férteis possíveis, e se expressam, por exemplo, em publicações ou em ações sociais
concretas. As formas visíveis que assumem podem ser expressas: por assessorias e
consultorias prestadas; cursos ministrados; estudos; pesquisas; atendimentos diretos;
socialização por meio de debates, palestras, seminários, simpósios, Fóruns, eventos
diversos; composição e representação em diversos Conselhos de Direito; produção
34
de material informativo e didático; participação na elaboração de políticas públicas
para diversos setores; realização de oficinas e apresentação de atividades culturais.
Essas ações tornam-se relevantes e significativas especialmente porque são
elaboradas e realizadas em parceria com entidades governamentais e nãogovernamentais e instituições diversas.
A assumência da responsabilidade social pela UCG também pode ser
percebida a partir das ações desenvolvidas no sentido da inclusão social dos
estudantes que apresentam carência socioeconômica e, também, pela sua
participação nas ações de extensão que produzem impacto na sua formação. Dessa
forma, propicia moradia estudantil, tendo como objetivo assistir alunos do interior do
estado e de outros estados da federação que não possuem família em Goiânia.
Esses alunos têm a oportunidade de participar do Conselho e Coordenação da Casa,
bem como da Associação de Moradores das Casas Estudantis. Dessa forma, estes
papéis assumidos pelos alunos e a experiência de viver em moradia coletiva
constituem-se em fatores importantes na sua formação pessoal e profissional.
Também os estagiários que atuam nos diversos programas e projetos de assistência
estudantil têm oportunidade de conhecer a realidade dos estudantes assistidos,
participando de entrevistas, visitas domiciliares e outras ações.
A partir de sua adesão ao ProUni, a UCG passa a adotar o sistema de cotas
direcionando vagas aos alunos afrodescendentes e portadores de necessidades
especiais, inserindo-se, assim na política de ações afirmativas. Desse modo,
contribui para a inclusão social de alunos que não teriam condições de ter acesso à
Universidade. O ProUni também favorece os portadores de necessidades especiais
na condição de destinatários específicos para a bolsa, não sendo obrigados a terem
cursado o ensino médio em escola pública ou na condição de bolsistas integrais.
Quanto ao atendimento e acompanhamento de portadores de necessidades
especiais cabe à Prograd a indicação de monitores para este fim. A UCG cumpre a
legislação específica nesse sentido quanto à contratação de portadores de
necessidades especiais.
As políticas institucionais de inclusão de alunos em situação econômica
desfavorecida é executada pela CAE, pelo Setor de Serviço Social, que orienta o
estudante de baixo poder econômico ou com dificuldades momentâneas para
custear os seus estudos, quanto às possibilidades de bolsas que a UCG oferece, por
meio de recursos próprios ou convênios. A política institucional da UCG para a
inclusão e permanência de alunos das camadas populares se expressa nas
seguintes modalides: bolsas filantropia; bolsas Prouni; bolsas universitárias (OVG);
alunos credenciados pelo FIES; alunos beneficiados com o crédito educativo interno;
descontos sobre o débito contraído no semestre no valor de 10% a 50% para alunos
carentes, objetivando facilitar a negociação do débito, bem como alongamento do
parcelamento do débito e desconto para alunos dos cursos de licenciatura, no
sentido de contribuir com a formação de quadros para as redes públicas de ensino.
A UCG, consciente da importância da formação política de seus alunos,
dentro de princípios éticos e democráticos tem procurado fortalecer as entidades
estudantis por meio de cessão do espaço físico para o Diretório Central dos
Estudantes – DCE e Centros Acadêmicos, ajuda financeira, viabilização de
realização e participação em eventos políticos-estudantis, culturais, acadêmicos.
Dessa forma, relaciona -se como o movimento estudantil, respeitando a sua
autonomia e atuação.
As atividades realizadas pela Coordenação do Programa Cultural procuram
cumprir seu objetivo maior de criar uma postura cidadã por meio do exercício e
35
vivência da arte e da cultura. Concebe-se que essa possibilidade, oferecida
gratuitamente aos alunos e à comunidade em geral, proporciona-lhes a oportunidade
quase sempre rara em nosso estado, da reflexão, fruição e da produção da arte,
bem como contribui para a manutenção e respeito da memória e do patrimônio
cultural. Além da gratuidade das oficinas artísticas, do acesso a espetáculos,
palestras, exposições, simpósios promovidos pela CPC e do favorecimento da
possibilidade da produção artística, são oferecidos aos alunos da UCG bolsas de
incentivo às atividades culturais.
Destacam-se, ainda, as apresentações artísticas, exibição de filmes, oficinas,
performances e atividades correlatas que são realizadas em bairros da periferia de
Goiânia, em galpões ou em praças públicas, em projetos que prevêem um esforço
coletivo de transformação social.
A UCG, por meio do Programa Cultural, tem contribuído para a valorização da
memória cultural brasileira, o respeito à cultura popular e a divulgação da literatura
nacional, trabalhando os temas, peças musicais, literárias e teatrais, propriamente
ditas, na montagem de espetáculos, promoção de simpósios, palestras, formação de
grupos de estudo voltados para a produção, preservação e reflexão sobre a arte e a
cultura regional e nacional.
É a partir dessas ações que expressam a sua responsabilidade social que a
UCG, como instituição social, aprofunda as possibilidades de reconhecimento dos
vínculos entre as práticas profissionais e as práticas sociais, da relação entre
formação profissional e compromisso social e da transformação do saber acadêmico
e da educação em um bem público. Este é o eixo norteador das diversas ações que
são estimuladas e implementadas pela política do ensino, da pesquisa e da extensão
na UCG.
6- COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE
A Política que norteia a prática da UCG na área de Comunicação Social e
Marketing tem como referência a natureza, a identidade e a missão da instituição.
Com base na interlocução entre as ciências, culturas, tecnologias, artes,
razão e fé, a UCG é chamada a produzir saberes, distribuir bens simbólicos, criar e
recriar modelos interpretativos, transformadores da realidade, por meio do ensino, da
pesquisa e da extensão, possibilitando a formação de quadros profissionais
capacitados e comprometidos na solução dos graves problemas do nosso tempo
(UCG. PEGP, 2003).
6.1 - O Princípio da Comunicação delineia a opção de atuação da Católica de
Goiás nessa área: tornar “socialmente visíveis à comunidade interna e externa suas
formas de atuação, estabelecendo contatos permanentes com atores interessados
na socialização dos saberes e serviços oferecidos pela Instituição” (UCG. PEGP,
2003, p. 35).
Constituindo o conjunto de princípios em que se fundamentam as atividades
de comunicação social numa instituição, a Política de Comunicação traça
perspectivas e objetivos. Sendo assim, é definida de forma permanente,
independente da gestão, uma vez que baseia-se na missão e nos valores
institucionais.
A Política de Comunicação Social e Marketing da UCG tem como parâmetro
para elaboração de suas diretrizes, portanto, o papel e a responsabilidade sociais da
Universidade, considerada sua importante função de divulgação da produção
36
acadêmica junto à sociedade, principalmente junto às comunidades universitária,
local e à imprensa.
A importância da comunicação social na mediação do processo educativo é
incontestável. Instituição compromissada com a “construção de uma sociedade justa
e democrática, a UCG busca formar cidadãos informados em relação ao seu
contexto educacional e à realidade global, visando o desenvolvimento de senso
crítico.
6.1.1- Objetivos
É função da Comunicação, na UCG, é proceder a gestão da marca
institucional e promover a necessária difusão dos projetos de ensino, da produção
científica, da pós-graduação e da extensão da Universidade junto aos públicos-alvo,
frente aos princípios adotados, de forma correspondente aos seus reais e
permanentes esforços na busca da excelência acadêmica e administrativa, no
cumprimento de sua responsabilidade social.
De forma sucinta, são objetivos perseguidos pela comunicação social da UCG:
− Planejar e implementar ações que possibilitem a divulgação da produção
acadêmica da UCG junto aos públicos internos e à sociedade em geral, visando a
democratização do acesso ao conhecimento produzido na Universidade.
− Responder às demandas por informação / divulgação dos diversos segmentos
(públicos) internos, por intermédio de veículos e estratégias de comunicação
dirigidas.
− Gerenciar a imagem institucional, dando visibilidade à presença da Católica de
Goiás no Ensino Superior, como “instituição pioneira e detentora de experiência
histórica no ensino superior; idônea; qualificada; atualizada; tecnologicamente
avançada; filantrópica e comunitária; incentivadora
e apoiadora do
desenvolvimento cultural regional e nacional”, junto ao público interno e à
sociedade em geral.
− Desenvolver campanhas institucionais internas e externas, de acordo com as
necessidades de comunicação, mediante as ferramentas do Marketing, da
produção de jornalismo e Design, assim como da atuação no âmbito das
Relações Públicas.
− Colaborar, a partir do fluxo interno da informação, para a obtenção de uma
visão sistêmica da Universidade, que aponte oportunidades de integração dos
públicos e interface das diversas áreas do conhecimento - interdisciplinariedade
e interdepartamentalização.
− Desenvolver de forma articulada a relação com a mídia regional, nacional e
internacional, visando a divulgação da produção institucional, principalmente a
partir de suas áreas de excelência - indicando professores pesquisadores de
determinadas áreas do conhecimento como fontes noticiosas - e de suas
iniciativas de interesse público e/ou de segmentos sociais organizados.
− Promover a disseminação de uma cultura organizacional sintonizada com os
valores e princípios adotados pela Universidade.
− Buscar interatividade e intercâmbio permanentes com as comunidades interna e
externa.
6.1.2- Estratégias
Os princípios da Católica de Goiás são considerados para a definição do
posicionamento de Comunicação e Marketing da Universidade. Por exemplo, o
posicionamento no âmbito da publicidade e propaganda, mesmo em cenário de
37
acirrada concorrência,
prioriza a busca de criatividade para conseguir o
enaltecimento dos diferenciais da UCG enquanto instituição de ensino superior, sem
adotar posturas provocativas e depreciativas das demais IES.
Nas ações de comunicação e marketing são enfatizados os diferenciais da
instituição, a partir das condições de oferta dos cursos (como projeto políticopedagógico; infra-estrutura, laboratórios, bibliotecas e capacitação do quadro
docente), dos acervos culturais, artísticos e bibliográficos, dos profissionais que
compõem seus quadros, do destaque na vida acadêmica e profissional de
graduandos e graduados pela UCG; dos resultados de pesquisas desenvolvidas e
da ação comunitária que a Universidade empreende, fruto de sua “profunda e
histórica inserção social” – política acadêmica comunitária .
A democratização do acesso ao conhecimento produzido na academia exige
eficientes mecanismos de comunicação. Na UCG, o Planejamento de Comunicação
e Marketing não se limita aos canais dos meios de comunicação de massa, mas
envolve também os meios tradicionais e alternativos.
A busca permanentemente empreendida na UCG é por uma visibilidade
legítima, principalmente a partir da produção acadêmica, por meio das ferramentas e
recursos oriundos do Jornalismo, do Marketing, principalmente com foco social,
cultural e endomarketing, entre outros, inclusive patrocinando eventos cuja
proposta agrega valor à marca da Universidade, valorizando sua imagem pública.
Na relação comunicacional da instituição com seus públicos, que resulta em
relações educativas implícitas e explicitas, nenhum meio de comunicação é
desprezado. Para escolha, são considerados o objetivo da comunicação, o públicoalvo, o cenário, o custo operacional e o resultado esperado, sempre com base em
dados resultantes de análise técnica, a partir de pesquisas de audiência e de
efetividade dos meios de comunicação, entre outros aspectos.
7- POLÍTICA DE PESSOAL
Desde que a natureza e a missão da instituição sejam reconhecidas e
assumidas, nela convivem no respeito mútuo pessoas de diferentes credos e
ideologias.
As políticas instituídas e as práticas utilizadas para a gestão de pessoas na
UCG devem refletir-se, positivamente, nas relações de trabalho, na motivação e na
satisfação dos seus servidores (docentes e pessoal técnico adminstrativo) e na
própria qualidade e adequação da organização do processo de trabalho.
Criam-se assim, condições para a valorização da pessoa humana na UCG,
investindo em seu desenvolvimento, remunerando-o em função do seu nível de
colaboração e criando canais de comunicação, a fim de que caiba ao próprio
servidor a responsabilidade de ser o artífice de seu desenvolvimento.
A política de pessoal docente da UCG fica clara em seu Estatuto que diz:
− os integrantes do corpo docente da UCG serão admitidos por processo seletivo,
levando em consideração o respeito à identidade católica da instituição, a
titulação adequada, a comprovada produção técnico-científica, a capacidade
pedagógica e a competência técnica do candidato, de acordo com as
especificidades das diferentes áreas de conhecimento;
− a relação de trabalho entre SGC e o corpo docente é regida pela Legislação
Trabalhista, pelo Regulamento de Carreira Docente, pelos atos normativos
internos, bem como pelas leis especiais ou complementares que disciplinam a
matéria;
38
− a carreira docente na UCG é disciplinada por regulamento próprio, que fixa as
regras sobre admissão, promoção, substituição, funções de categoria, regime
disciplinar e afastamento;
− o corpo administrativo da UCG é constituído pelos funcionários que
desempenham funções e atribuições de apoio às atividades acadêmicas e
administrativas;
− a relação de trabalho entre a SGC e o corpo administrativo é regido pela
Legislação Trabalhista, pelo Regulamento de Carreira Administrativa, pelos atos
normativos internos e pelas leis especiais ou complementares que dispõem sobre
a matéria;
− os integrantes do corpo administrativo serão admitidos, preferencialmente por
meio de processo seletivo, respeitadas as especificidades do cargo.
Quanto aos Programas de Qualificação profissional e de melhoria da
qualidade de vida para os corpos docente e técnico-administrativo, a UCG investe
recursos mediante bolsas de estudo tanto para a graduação de seus servidores
quanto para a pós-graduação (Anexo 02).
Investe-se também na qualificação profissional e na qualidade de vida de
seus servidores aplicando, para tanto anualmente, o levantamento de necessidades
de treinamento. Após a tabulação o Plano de Desenvolvimento é montado e os
cursos oferecidos são priorizados mediante as solicitações formuladas e de acordo
com os seguintes pressupostos:
− que a educação é permanente porque o ser humano não para de aprender, de se
completar, de atualizar-se continuamente, e ainda pela necessidade de que ele
hoje esteja se preparando para adaptar-se a constante evolução da ciência e da
tecnologia, visando enfrentar com êxito os desafios da empregabilidade imposta
por atual mercado de trabalho;
− o Programa de Desenvolvimento de Pessoal deve espelhar o Programa de
Desenvolvimento Organizacional, uma vez que são as pessoas que garantem o
funcionamento de todos os espaços das ações universitárias.
Pressupõem-se ainda compromissos com a missão institucional, uma vez que
ele deve estar vinculado às expectativas internas e externas e enfocam a cultura
organizacional desta Instituição que se entende como comprometida com a
excelência acadêmica e com o autodesenvolvimento contínuo.
Para a conquista deste perfil é imprescindível o estabelecimento de uma
política de desenvolvimento de pessoas que valorize o quadro de profissionais da
UCG, por meio de ações estratégicas que culminem em programas de
qualificação/capacitação permanente das pessoas. Esta atitude baseia-se no
enfoque de que a dimensão profissional e humana são complementares.
A pretensão da UCG é construir um processo de desenvolvimento que
gerencie a empregabilidade, dando aos servidores condições de se manterem
permanentemente dentro dos requisitos de competência, conhecimentos e
habilidades profissionais exigidos pela Instituição e/ou pelo mercado de trabalho.
A gestão de qualidade demanda uma série de ações que incidem sobre as
relações entre pessoas na instituição, transformando as relações de trabalho.Implica
em mudança de atitudes, de cultura organizacional/setorial.
O diagnóstico compartilhado é essencial, uma vez que o grupo deve
identificar quais mudanças e correções são requeridas. As correções de
insatisfações, ou inadequações são de extrema valia para o desenvolvimento de um
bom clima organizacional/setorial que favorece, com clareza, a motivação, a
aceitação, o comprometimento, o entusiasmo, a disciplina às normas e a adaptação
39
de mudanças em práticas administrativas mais eficientes e eficazes, sem
resistências.
A Avaliação de Performance do funcionário técnico-administrativo deve ser
feita constantemente, mesmo não tendo um instrumento formal de Ava liação de
Desempenho. Este instrumento está em estudo e será implantado ainda este ano
com as seguintes diretrizes:
− acompanhar a performance dos funcionários abrindo um espaço ao diálogo,
como reforço dos aspectos positivos e busca de eliminação dos negativos
contribuindo com o aumento da eficiência organizacional e com o nível de
satisfação das pessoas a partir das informações resultantes desta prática;
− o processo de acompanhamento formal possibilitará à Instituição o conhecimento
dos problemas/dificuldades dos servidores versus órgãos, subsidiando suas
ações para superação dos entraves, uma vez que o desenvolvimento e a
valorização dos recursos humanos são requisitos essenciais e insubstituíveis
para a concretização dos objetivos e metas organizacionais;
− neste processo é necessária a clareza de que as pessoas possuem carências e
qualidades que podem ser trabalhadas e de que o alcance da eficiência passa
necessariamente pelo acompanhamento e desenvolvimento das pessoas e dos
grupos que fazem a organização.
A Instituição conta com uma Ouvidoria permanente, aberta a todos os
segmentos que a compõem para conhecimento do grau de satisfação, das
condições de trabalho, dos planos de estudo, entre outras.
Além da Ouvidoria, temos aplicado o Diagnóstico de Clima Organizacional,
eventualmente, juntos aos funcionários técnicos-administrativos e os resultados são
bastante satisfatórios quanto ao ambiente de trabalho, benefícios concedidos, salário,
relação com as lideranças, estabilidade de emprego, aproveitamento de potencial e
motivação.
A comunidade ucegeana trabalha com compromisso e responsabilidade. A
estrutura de poder é determinada pelos estatutos da mantenedora e da própria
instituição. Porém, a relação de hierarquia é democrática e colegiada, fazendo com
que todos se sintam participantes e co-responsáveis pelo sucesso da instituição.
O grau de satisfação pessoal e profissional é percebido pela pequena
rotatividade de pessoas, sendo que os índices de antiguidade ficam assim definidos:
− 17,25% (mais de 21 anos de UCG);
− 15,12% (16 a 20 anos);
− 20,64% (8 a 15 anos);
− 13,16% (4 a 7 anos);
− 32,20% (0 a 3 anos);
Obs: Dados relativos ao pessoal técnico-administrativo colhidos com a pesquisa
Valorizando sua Opinião, aplicada em novembro de 2002.
Quanto aos benefícios, ressaltamos que a UCG desenvolve uma política de
promoção de seu quadro de pessoal, cumprindo todos os benefícios determinados
por lei e ainda, oferece aos docentes licença para programa de pós-graduação
stricto sensu duas bolsas de estudo para cada servidor, que pode ser utilizada
inclusive pelo dependente, complementa o salário recebido pelo INSS quando o
servidor é afastado para licença médica, proporciona ao servidor administrativo 10
dias de licença remunerada por ano, após completar 10 anos de UCG, anuênio,
convênio com o SESC, maior número de dias para luto e gala, exames laboratoriais
gratuitos, estacionamento gratuito, acompanhamento domiciliar e hospitalar, entre
outros.
40
A UCG distingue-se pelas sua identidade expressa em seu Estatuto, de ser
católica, comunitária, pluridisciplinar, zelando pela fidelidade à doutrina e às
determinações da Igreja, pela excelência de sua organização e pelas atividades de
ensino, pesquisa e extensão, bem como por primar pela qualificação humana,
funcional e acadêmica de sua direção, e dos professores e servidores. Assim, busca
por intermédio das Políticas de Pessoal, envolver as dimensões da produtividade,
das Relações e da Qualidade de Vida, procurando atingir as metas e os melhores
resultados, tanto pessoal quanto Institucional; aprimorando relações mediante o
estabelecimento de vínculos e boa comunicação; inspirando e motivando as pessoas
a fazerem emergir o melhor delas e da UCG.
8 - INFRA-ESTRUTURA FÍSICA.
A função administrativa deve sempre visar a articulação dos recursos que
garantam o suporte administrativo para a realização da multidimensionalidade
acadêmica, em cujo meio as pessoas saibam claramente o que devem fazer,
contando com as melhores condições de trabalho para realizarem bem aquilo que
deve ser realizado. Nessa perspectiva, o ambiente material que é oferecido às
pessoas, os equipamentos, as máquinas, a tecnologia que se lhes são colocadas à
disposição devem permitir uma ação de qualidade acadêmica. Para tanto, a infraestrutura física deve estar ajustada às necessidades das pessoas e às necessidades
dos serviços que elas devem prestar, com a qualidade que é exigida.
Na UCG, esse ambiente material resulta, pois, em contar com as condições
adequadas de funcionamento da Instituição, das instalações, equipamentos
disponíveis, máquinas necessárias, tecnologias, espaços suficientes, dependências
apropriadas de convivência e de desportos. Tudo isso faz parte das condições
inerentes ao ambiente material da Universidade (Anexo 03).
Para a UCG é imprescindível implantar, ampliar e racionalizar, em cada área,
os espaços e equipamentos comuns, evitando deslocamentos indesejáveis da
comunidade universitária. O atendimento das necessidades de espaço físico e de
equipamentos deve se realizar sem improvisações, com racionalização e
organicidade. A criação de infra-estrutura básica deve visar a implantação de
instalações completas, flexíveis e de fácil expansão. É necessário criar espaços de
estar, de encontro e de convivência qualificados e integrados às edificações.
Especial atenção deve ser dada às exigências de locomoção dos portadores de
necessidades físicas especiais inclusive com progressiva adaptação dos edifícios
antigos.
A infra-estrutura de informação e comunicação é mantida em permanente
processo de qualificação e de expansão para atender à necessidade de atualização
dos equipamentos, em vista das exigências do ensino, da pesquisa e da extensão
que crescem exponencialmente. É meta da UCG continuar oferecendo a seus
estudantes, de forma incremental, o acesso a recursos de computação por meio de
laboratórios, salas de internet e núcleos de pesquisa. A rede de dados da UCG, na
Praça Universitária, é uma rede em anel ATM 622 Mbps e, nos demais locais,
FrameReley de 256 a 1.024 Kbps. Isso tem possibilitado disponibilizar serviços tais
como: e-mail para todos os alunos mediante convênio com o portal Universia;
acesso on-line dos alunos a todos os seus dados acadêmicos pessoais (Sistema
SOL); sistema de vídeo-conferência nos auditórios, sistema interno de CA-TV;
Biblioteca Virtual em convênio com a RICESU; consulta, via Internet ou através de
quiosques ao acervo da Biblioteca Central. No presente exercício (2005), está
41
prevista a aquisição de 70 microcomputadores para substituir equipamentos
obsoletos e outros 110 para expandir o parque existente.
9- POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE E AO EGRESSO
9.1- Estudantes
A política de atendimento aos estudantes da UCG compreende:
− instrumentos normativos – Estatuto da UCG, Estatuto e Regulamento da Casa do
Estudante e Ato Normativo que proíbe qualquer manifestação de trote – que
contemplam os direitos e deveres do corpo discente;
− programas de intercâmbio com universidades estrangeiras;
− política de permanência dos alunos, por meio de bolsas e financiamentos;
− programas de acompanhamento psicológico e pedagógico que visam a atender
os alunos com dificuldades acadêmicas e pessoais.
A adesão ao ProUni permitiu o acesso de estudantes da rede pública com
comprovada carência sócio-econômica, em consonância com as políticas de acesso
e permanência do MEC. No programa de bolsa filantropia da UCG, há um processo
criterioso na seleção dos bolsistas, sendo beneficiados os candidatos que
apresentarem menor renda familiar per capita. Em cada processo seletivo semestral,
mais de 5.000 (cinco mil) candidatos se inscrevem.
‘
A UCG contribui com auxílio financeiro aos Centros Acadêmicos (recurso
financeiro anual) para participação dos alunos em congressos estudantis, bem como
aluguel de ônibus, ajuda para estada etc. Isto possibilita o intercâmbio dos alunos da
UCG com estudantes de todo o território nacional. Na realização de encontros
regionais e nacionais sediados pelos cursos da Católica, a UCG tem contribuído com
espaço físico, material gráfico, vigilância, limpeza etc.
9.2- Egressos
A UCG mantém o Programa de Acompanhamento de Egressos que tem como
finalidade é reintegrar os ex-alunos à vida da Universidade, oferecendo formação
continuada, com base na avaliação profissional.
Os egressos são informados, durante os Encontros específicos, sobre todas
as oportunidades de atualização e aperfeiçoamento, especialmente sobre os cursos
de Especialização e Mestrados oferecidos pela UCG. A própria programação dos
Encontros de Egressos inclui palestras sobre temática atual ligada à respectiva
realidade profissional.
O Programa busca, também, o fortalecimento da Associação dos Alunos
Egressos da Universidade Católica de Goiás - ASSAE, com registro em 1999.
A opinião dos empregadores sobre os egressos da UCG é conhecida por
meio do contato com estes, no âmbito da Coordenação de Estágio e Extensão. De
maneira informal, são colhidas avaliações por ocasião de congressos e eventos
diversos, e ainda mediante a atuação das Empresas Juniores dos cursos de
graduação. A opinião dos empregadores é registrada e considerada na avaliação
institucional interna, a partir das contribuições dos setores diretamente responsáveis
pelo contato com eles.
10 - SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
A Universidade Católica de Goiás tem sua sustentabilidade financeira na
receita proveniente da cobrança de mensalidades A composição do seu alunado,
42
atualmente, revela um percentual significativo de estudantes de baixo poder
aquisitivo. Há, portanto, uma contingência imposta por este quadro, que obriga a
Instituição, coerente com a opção pelo modelo includente, por um lado, a assegurar
a permanência do aluno e, por outro, a buscar o equilíbrio econômico financeiro,
tendo em vista a oferta de um ensino de qualidade social, articulado à pesquisa e à
extensão
É dominante a preocupação com a escassez de recursos em um momento
em que a universidade é instada a promover a expansão da oferta sem a perda da
qualidade do ensino superior. A necessidade de qualificação do corpo docente , de
melhoria da infra-estrutura física, de reposição de equipamentos, de financiamento
da pesquisa, do custeio dos programas sociais.
É nessa realidade que se insere a política econômico-financeira da UCG
orientada no sentido de manter seus gastos rigorosamente dentro dos parâmetros
orçamentários.
A alocação de recursos pelos diversos projetos e atividades se dá mediante
planos de trabalho elaborado pelas diversas unidades, em consonância com o Plano
Institucional, quantificando e justificando os objetivos, elaborando previsões de
custos e indicando prováveis fontes de financiamento
Com relação ao reajuste das mensalidades escolares e dos salários, a UCG
cumpre rigorosamente as determinações legais e procura manter sempre um diálogo
aberto com as entidades representantivas tanto do corpo discente como dos
docentes e do pessoal administrativo.
Na busca de formas alternativas de receita, a UCG intensifica seus esforços
na consecução de projetos e convênios mediante parceria com entidades
governamentais e não-governamentais que vão desde a promoção de eventos
regionais sistemáticos até a cooperação técnica e científica visando o
desenvolvimento de atividades conjuntas em diversas áreas do conhecimento
científico.
11- CRONOGRAMA DA AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
11.1- Etapa de preparação
– Abril/Maio de 2005
− Reunião com a Reitoria (Reitor, Chefe de Gabinete, Pró-Reitores e Assessores)
para apresentação do Projeto de Auto-Avaliação e coleta de informações e
sugestões a cargo da CPA e Assessoria de Planejamento.
− Discussão da Proposta de Auto -Avaliação com os Departamentos.
− Constituição das CPA de Curso.
− Levantamento dos documentos que definem as políticas e diretrizes da UCG.
− Levantamento de Dados e Indicadores da UCG que possam auxiliar na
fundamentação e justificativa das análises e interpretações.
11.2- Etapa de Execução
Minutas por Área – Junho/Agosto/Setembro/Outubro de 2005
− Elaboração da minuta de um Documento Preliminar por parte das CPA de Cursos
ressaltando e descrevendo os aspectos mais relevantes, bem como os pontos
positivos e negativos de cada dimensão institucional.
− Apreciação e aprovação do “Documento Preliminar” pela Congregação do
Departamento.
43
− Encaminhamento dos Documentos Preliminares à CPA da UCG.
Documento Síntese - Novembro/Dezembro de 2005 e Fevereiro/Março de
2006
Elaboração de um Documento Síntese por meio do qual a CPA procura
identificar omissões, consensos e contradições dos Documentos Preliminares.
Apreciação e aprovação do Documento Síntese por parte do Conselho de
Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração - CPEA.
11.3- Etapa de Consolidação
– Abril/Maio de 2006
− Elaboração do Relatório Final.
− Divulgação do Relatório Final para a comunidade universitária.
− Elaboração de um Balanço Crítico.
11.4- Avaliação Externa
– Agosto de 2006.
BIBLIOGRAFIA
CRUB – Programa CRUB de Avaliação Institucional para as Universidades
brasileiras, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia;
Alternativa, 2001.
FORGRAD – Fórum de pró-reitores de graduação das universidades brasileiras:
resgatando espaços e construindo idéias: 1997 a 2003.
UCG – Avaliação Institucional: proposta inicial, caderno 2, 1998.
Download

Projeto de Autoavaliação