CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA - ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA ESTUDO DE VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO MODAL FERROVIARIO ANA JÚLIA NUNES ANDREOTTI CÉLIO CIRINO GRAZIELA DE CÁSSIA RUFINO DA SILVA JOÃO BAPTISTA SOARES NETO MIRELE MOREIRA DA SILVA REGIANE APARECIDA PARIS PALMITAL 2014 ANA JÚLIA NUNES ANDREOTTI CÉLIO CIRINO GRAZIELA DE CÁSSIA RUFINO DA SILVA JOÃO BAPTISTA SOARES NETO MIRELE MOREIRA DA SILVA REGIANE APARECIDA PARIS ESTUDO DE VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO MODAL FERROVIARIO Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC Prof. Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Logística Orientador: Ronqui PALMITAL Prof. Roberto Gabriel 2014 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA ANA JÚLIA NUNES ANDREOTTI CÉLIO CIRINO GRAZIELA DE CÁSSIA RUFINO DA SILVA JOÃO BAPTISTA SOARES NETO MIRELE MOREIRA DA SILVA REGIANE APARECIDA PARIS ESTUDO DE VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO MODAL FERROVIARIO APROVADO EM ____/____/____ BANCA EXAMINADORA: __________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR (NOME COMPLETO) – ORIENTADOR __________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR (NOME COMPLETO) – EXAMINADOR __________________________________________________________ Dedicamos este trabalho à Deus pelo esplendor da vida, presente em todas as atividades; Aos amigos pelo incentivo. Aos professores que sempre nos apoiaram. Às nossas famílias pela compreensão, carinho e paciência durante todo este curso, principalmente nos momentos de dificuldades. AGRADECIMENTOS Nosso muito obrigado ao nosso orientador, o Professor Roberto Gabriel Ronqui, pelo auxílio seguro e oportuno durante todo o processo de orientação deste trabalho, pois aliado à sua experiência profissional e intelectual, todas as dicas e instruções foram imprescindíveis para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho. Também agradecemos aos nossos Professores Rafael Augusto Oliva e José Marcelino Calegari por nos terem apoiado, não só durante as aulas, mas especialmente durante o processo de desenvolvimento deste trabalho. Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado! “A ferrovia que leva ao sucesso é construída em cima de um solo de humildade com pesados trilhos chamados erros que somente são fixados numa linha reta com maciços pregos de perseverança.” - Eduardo Siqueira Filho RESUMO Este trabalho trata de uma pesquisa sobre logística de transporte, com foco no modal ferroviário, sua história que começou com a criação da máquina a vapor, e no Brasil como incentivo ao investimento neste modal, a utilização desde o início do século XIX até os dias de hoje, situação atual da malha, diferença entre bitolas, comparativo com países desenvolvidos e com os de tamanho territorial comparado ao Brasil, comparação no uso com outros modais, importância para o desenvolvimento econômico e de processos logísticos do país. Foi realizado também uma pesquisa para levantamento de dados sobre o interesse da população sobre este modal, sendo este uma alternativa de descongestionamento das vias mais utilizadas para transporte de cargas. Palavras Chaves: Ferrovias, Modal Ferroviário, Privatização, Empreendedorismo, Desenvolvimento, Logística de transporte. LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 - UTILIZAÇÃO DOS MODAIS EM GRANDES POTÊNCIAS ................ 17 GRÁFICO 2 - VOCÊ SABE QUAL FERROVIA PASSA POR PALMITAL? ............... 18 GRÁFICO 3 - VOCÊ SABE QUAL É O NOME DA CONCESSIONÁRIA QUE ADMINISTRA ESSA FERROVIA? ............................................................................ 19 GRÁFICO 4 - VOCÊ SABE QUAL PRINCIPAL PRODUTO TRANSPORTADO POR VIA FÉRREA? ........................................................................................................... 20 GRÁFICO 5 - VOCÊ SABE QUANTOS QUILÔMETROS EXISTEM DE FERROVIA NO BRASIL? ............................................................................................................. 21 GRÁFICO 6 - VOCÊ JÁ ANDOU DE TREM? ........................................................... 22 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS RFFSA – Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada CNT – Confederação Nacional do Transporte FEPASA – Ferrovia Paulista Sociedade Anônima SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 2. UMA BREVE HISTÓRIA DA FERROVIA NO MUNDO E NO BRASIL .................. 13 2.1 FERROVIAS NO BRASIL SUA CRIAÇÃO E CRESCIMENTO ................... 14 2.2 DECADÊNCIA E PRIVATIZAÇÃO .............................................................. 15 3. SITUAÇÃO ATUAL DA MALHA ............................................................................ 15 3.1 TRANSPORTE DE CARGAS .......................................................................... 16 3.2 INVESTIMENTO NO SETOR FERROVIÁRIO ................................................. 16 4. COMPARATIVO NO USO E TAMANHO DAS FERROVIAS................................. 16 4.1 COMPARATIVOS COM OUTROS PAÍSES ............................................... 17 5. RESULTADOS ................................................................................................... 18 6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 22 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24 1. INTRODUÇÃO Atualmente as empresas estão com foco na cadeia logística para sobreviver no mercado, que consiste em integrar todos os processos de uma organização. A importância desta cadeia está em produzir com maior eficiência e entregar o produto em menor tempo, no lugar certo, na hora certa, na quantidade correta e com qualidade desejada pelo cliente. O transporte está totalmente ligado a esses fatores, sendo de vital importância para as organizações e para que esses processos sejam concluídos. Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância do modal de transporte com ênfase no estudo das ferrovias, já que o Brasil é um grande produtor primário, principalmente na produção de grãos, minério de ferro e derivados de petróleo. Grandes problemas como diferenças no tamanho das bitolas, a extensão da malha que não corresponde à quantidade de demanda, o sucateamento da via, a quase inexistência de transporte de passageiros neste modal, existindo somente em grandes centros. O transporte ferroviário está passando por um processo de revitalização já que na metade do século 20 estava em decadência, após muitas privatizações e perdas o país voltou a investir neste modal. Este trabalho de conclusão analisou o modal ferroviário no Brasil, sua história, e fez um breve comparativo com outros modais e sua importância para a logística do país. Em linhas gerais, o objetivo deste trabalho foi analisar o impacto negativo pela falta de investimento e uso do modal ferroviário. Como objetivos específicos podem ser destacados: a) Analisar os impactos positivos e negativos das concessões das rede ferroviárias. b) Demonstrar a redução de custos de transporte de cargas usando o modal ferroviário; c) Analisar alternativas para que as empresas do país se conscientizem a usar esse tipo de transporte gerando uma redução de custos. O presente trabalho teve como principal justificativa a necessidade de se diminuir custos tanto paras as empresas quanto para os consumidores, além de mostrar como é mais viável e econômico a utilização do modal ferroviário para os demais fins. As teorias existentes demonstram ser um tema de fundamental importância para a utilização da logística no país, com diversas fontes de pesquisa apontando inúmeros projetos desenvolvidos e a serem feitos para melhorar a qualidade do transporte nas empresas e diminuir os impactos financeiros presentes no país. Qual seria o impacto financeiro com a utilização deste modal? O quanto é necessário o equilíbrio do uso de modais de transporte? A partir das pesquisas teóricas efetuadas, a dificuldade de conscientização e de compreensão das autoridades para a urgente necessidade de diminuição dos custos que se apresenta como sendo o ponto principal deste trabalho. Neste sentido, pode-se afirmar que a utilização desse modal causa uma enorme diminuição no impacto econômico principalmente para grandes empresas e produtores rurais. Quanto ao aspecto financeiro, o custo investido no aumento da malha ferroviária, representa um percentual elevado na construção de ferrovias e adaptação das malhas já existentes. É de fundamental importância destacar que a construção e adequação para melhor uso das malhas ferroviárias, além dos aspectos abordados anteriormente, podem diminuir e muito o custo seja com transporte, manutenção de equipamentos ou mesmo continuidade do empreendimento. A metodologia utilizada foi dividida entre os adequados procedimentos e técnicas de pesquisa, conforme a seguir: Histórico: foi realizado um estudo histórico acerca do por que da diminuição do modal ferroviário. Comparativo: realizou-se fazer uma comparação dos custos do Brasil com outras grandes potencias que utilizam esse modal. Monográfico ou estudo de caso: a partir de pesquisa em monografias e estudos de casos para a implantação do projeto, avaliou-se o quão viável seria o investimento necessário para o modal. Para o desenvolvimento do trabalho, algumas técnicas de pesquisa foram necessárias, dentre as quais podem ser destacados a documentação indireta, abrangendo a pesquisa documental em sites da Internet e ainda, a pesquisa bibliográfica; como complementação da pesquisa, há a documentação direta, sendo as principais: Será elaborado um questionário para se verificar o interesse e conhecimento das pessoas da comunidade escolar e não escolar sobre o tema escolhido e sua importância econômica e social, feita com os alunos da escola técnica Mário Antônio Verza de Palmital; É um instrumento importante de pesquisa para este projeto, onde serão analisados os mais diversos projetos disponíveis na Internet. 2. UMA BREVE HISTÓRIA DA FERROVIA NO MUNDO E NO BRASIL As ferrovias têm origem no século XIX, quando a máquina a vapor começou a ser utilizada para movimentar composições por cima de trilhos, mas o primeiro registro histórico, em que o homem começou a usar trilhos para movimentar cargas foi feito por volta de 600 a. C., na Grécia antiga região de Corinto, o transporte era feito em cima de madeiras para movimentar embarcações com o uso de tração animal e escravos. Outro momento registrado por historiadores foi no século XVI na Alemanha, havia um sistema de transporte em cima de trilhos também de madeira e usando força animal, que ficou conhecido como Wagon Ways (caminhos de vagões), esse tipo de transporte era utilizado para extração de minérios e água do fundo das minas. Por volta do ano de 1776 começaram a ser usados trilhos de ferros, o que caracterizou a Rail Way ou linha férrea. No ano de 1804 surgiu a primeira locomotiva movida a vapor criada pelo inglês Richard Trevithick, com essa nova máquina surgiu a possibilidade de transportar grandes quantidades de cargas por longas distâncias e também transportes de passageiros. Segundo Milani (2010 p. 15) “Assim, entendese que o sistema ferroviário foi fundamental para expansão do desenvolvimento industrial, possibilitando um maior movimento da economia através da circulação dos fluxos de mercadoria, serviços e passageiros”. A Inglaterra cria em 1830, ano que ficou marcado como o início da Era das Ferrovias, a primeira linha férrea para passageiros em escala comercial e com horários regulares. Em 1870 foram desenvolvidos os primeiros sistemas férreos movidos à eletricidade, criada por alemães. 2.1 FERROVIAS NO BRASIL SUA CRIAÇÃO E CRESCIMENTO De acordo com Filho (2006 p.21) “no século XIX, Irineu Evangelista de Souza – Barão de Mauá – foi o precursor da ferrovia no Brasil, com seu empreendedorismo e sua visão de futuro lançou os primeiros trilhos ligando o Rio de Janeiro a Serra de Petrópolis”, sendo assim, este modal marcou o inicio de um grande desenvolvimento no Brasil, pois este podia transportar grandes quantidades de cargas por longas distâncias, já que nesses dias o transporte era feito no lombo de mulas mais lento e menos competitivo. Essa estrada de ferro foi criada em 1854 com 14 quilômetros de extensão e ficou conhecida como Estrada de Ferro Mauá e teve apenas valor político e simbólico, viria a ser apenas um incentivo para construção de novas ferrovias. A segunda estrada de ferro construída no Brasil foi a Recife and São Francisco Railway que foi inaugurada em 1858. Em 1867 foi criada a São Paulo Railway Ltd, a primeira estrada de ferro construída no estado de São Paulo, com a finalidade de ligar a cidade centro com o porto de Santos, com o fim de escoar a produção cafeeira. Essas foram as principais ferrovias criadas no Brasil Imperial, após a Proclamação da Republica, existiam no país 9583 quilômetros de malha ferroviária. No inicio do século XX a expansão foi longa chegando a 29.000 quilômetros. O maior crescimento foi no estado de São Paulo que chegou a ter 18 ferrovias. A partir do primeiro governo de Getúlio Vargas, a priorização de transporte foi para o modal rodoviário, colocando em segundo plano os demais, que representaram um papel importante para o desenvolvimento econômico no país até a metade do século XX. Nesse momento o estado nacionalizou as ferrovias administradas por capital estrangeiro para prevenir que quebrassem, mas o investimento foi pouco e no ano de 1947 o Brasil tinha 35.623 quilômetros de via férrea. 2.2 DECADÊNCIA E PRIVATIZAÇÃO Na década de 50 foi criada a Rede Ferroviária Federal S/A – RFFSA, sua finalidade era padronizar os procedimentos, modernizar a operação, reduzir despesas e aumentar a produção. Em 1971 o governo do estado de São Paulo criou a FEPASA que era a união de cinco ferrovias estatais que cobriam quase todo o estado. Nas próximas décadas o governo federal enfrentou crises financeiras e ocorreu a degradação da infraestrutura da via férrea e perda de mercado para o modal rodoviário, mais eficiente na época. Nos anos 90 houve a privatização de RFFSA e da FEPASA, essas concessões continuam até hoje. Segundo a CNT (2013) as décadas que se seguiram trouxeram grandes obstáculos para as ferrovias. Na década de 1980, com a crise fiscal do estado brasileiro, os modelos vigentes de gestão das ferrovias se tornam insustentável. As receitas da RFFSA não eram suficientes para arcar com a dívida contraída no final desse período, iniciaram-se os estudos para o retorno da participação do capital privado no setor. Na década de 1990, a malha da RFFSA foi concedida. 3. SITUAÇÃO ATUAL DA MALHA Segundo Silva (2011, p. 20), “Há 86 anos a malha ferroviária brasileira já era maior que a dos dias de hoje. Porém o maior problema é a infraestrutura inteira de transporte.”, hoje o Brasil detém um sistema ferroviário que totaliza 30.129 quilômetros, incluindo trens urbanos e de passageiros, e 28.840 quilômetros foram concedidos ao capital privado. Um dos maiores problemas atuais é a diferença entre bitolas que é a largura determinada pela distancia interna das cabeças de dois trilhos. No Brasil a bitola mais usada é a métrica que possui um metro de distancia entre as partes internas dos trilhos, também é comum o uso de bitola de 1,60 metros e em muitos trechos, principalmente no transporte urbano de passageiros é usada a bitola mista que é o uso de três trilhos, essas diferenças entre tamanhos de acordo com Silva (2011, p. 21) “(...)dificulta a integração total desse modal de transporte, pois se for necessário o transbordo de carga serão elevados os custos operacionais e a eficiência do tempo de transporte.” 3.1 TRANSPORTES DE CARGAS Segundo a CNT (2013) as ferrovias movimentam principalmente produtos de baixo valor agregado, que são produtos agrícolas, minério de ferro, líquidos e combustíveis, ainda de acordo com a CNT o minério de ferro é o principal produto transportado pelo modal ferroviário representando 73% do total movimentado, e o estado mais produtor é Minas Gerais graças ao quadrilátero ferrífero. Outro produto que ganha destaque no uso do transporte ferroviário é a soja que detém uma participação de 7% na movimentação de produtos por esse modal de transporte, mas o setor que mais transporta soja é o rodoviário, mas a ferrovia responde por uma boa parcela na logística deste produto que nos próximos anos pode chegar a 30% da quantidade transportada. O maior problema ainda é a pouca utilização deste modal e a dificuldade dos produtores de chegar até uma estação de carga, pois as ferrovias estão situadas no litoral brasileiro e a produção de grãos se concentra no interior do país, assim o deslocamento da produção para a malha ferroviária geram custos elevados. 3.2 INVESTIMENTOS NO SETOR FERROVIÁRIO Segundo a CNT (2013 p.31) “(...) os recursos disponibilizados devem ser ampliados para atender a demanda por transporte ferroviário de carga em curto e longo prazo”. Estão previstos investimentos de R$39 bilhões para a infraestrutura da malha, com a intenção de expandir o setor, acesso a portos e um novo modelo de concessão, tendo em vista as soluções dos gargalos logísticos, que para a CNT são necessários R$29,5 bilhões para a solução desses gargalos, para que se tenha eficiência e dinamismo. 4. COMPARATIVO NO USO E TAMANHO DAS FERROVIAS Segundo o IPEA (2010 p.5) “(...) as características e os custos do modal fazem com que países de grandes dimensões territoriais movimentem boa parte de suas cargas com o uso de trens”. Este comparativo mostra que é uma solução logística o uso de transporte ferroviário para o descongestionamento até mesmo em outros modais, já que o mais usado no Brasil é o transporte rodoviário que representa 75% da movimentação de cargas, isso reflete nos custos e competitividade. 4.1 COMPARATIVOS COM OUTROS PAÍSES O Brasil é o 5° maior país em tamanho territorial, ficando atrás de Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Esses países são grandes potencias econômica, assim as matrizes de transporte são bem equilibradas como mostra a o gráfico 1, percebe-se que o uso de modais em países continentais é bem equilibrado, com exceção da Rússia que necessita do modal ferroviário para transporte em grandes distâncias e é mais acessível para a população. Gráfico 1 - Utilização dos modais em grandes potências Fonte: SILVA (2011, p.27), adaptado pelos autores Sendo assim, percebe-se que no Brasil há um grande desequilibrio com relação no uso de diferentes modais e o mais usado é o rodoviário, por ser politicamente correto, pois a carga tributária é maior e paga-se pedagio para usar as rodovias, tanto para cargas quanto para passeio. 4. RESULTADOS Foi realizada uma pesquisa no ambiente escolar com 85 alunos de diversos cursos, no qual foram elaboradas cinco questões que serão discutidas abaixo. Gráfico 2 - Você sabe qual ferrovia passa por Palmital? Fonte: Próprios autores, 2014 No gráfico 2 os resultados obtidos foram que 78% dos alunos desconhecem o nome da ferrovia que atravessa o município de Palmital. Gráfico 3 - Você sabe qual é o nome da concessionária que administra essa ferrovia? Fonte: Próprios autores, 2014 No grafico 3 a questão abordada mostra que apenas 19% dos entrevistados sabem que a empresa America Latina Logística tem o direito de concessão desta ferrovia. Gráfico 4 - Você sabe qual principal produto transportado por via férrea? Fonte: Próprios autores, 2014 No gráfico 4 foi constatado que 81% dos estudantes não tem conhecimento que o principal produto transportado pelo modal ferroviário é o minério de ferro. Gráfico 5 - Você sabe quantos quilômetros existem de ferrovia no Brasil? Fonte: Próprios autores, 2014 No grafico 5 a pesquisa mostra que 92% dos discentes entrevistados desconhecem que existem 31.129 quilometros distribuidos em 22 estados mais o Distrito Federal. Gráfico 6 - Você já andou de trem? Fonte: Próprios autores, 2014 No grafico 6, o levantamento estatistico mostra que 58% dos alunos entrevistados já andou em algum tipo de trem, sendo entre o pesquisado o metro, trem de carga e metropolitano. Após a analise desta pesquisa constata-se que o modal ferroviario é pouco conhecido e divulgado, comprovando assim o sucateamento e abandono, não só fisico mas também intelectual e cultural, já que a cidade de Palmital, município que se encontra a escola técnica, local onde foi feita a pesquisa, cresceu e se desenvolveu graças a chegada da ferrovia trazendo desenvolvimento a comunidade palmitalense. Esta estatisca revela que poucas pessoas se interessam pela importância da via para o desenvolvimento econômico do país, causando desinteresse por parte dos órgãos administrativos da federação. 5. CONCLUSÃO Com a globalização o comércio amplia sua area de atuação, procurando novoa mercados, para que esse crescimento aconteça é necessário ter uma sistema logístico eficiente. Os modais de transporte estão ganhando foco maior e sendo cada vez mais fundamentais para que as organizações se mantenham competitiva e atuante no mercado. Segundo Coelho (2010 p. 1) “A logística envolve muito mais do que apenas o transporte e a distribuição, abrangendo também a armazenagem, gestão de estoques e compras bem como a gestão de atividades de apoio”, sendo assim, o transporte é indispensável porque o processo logístico seja concluído. Escolher o modal correto no Brasil é um ponto difícil para as empresas, pois a nação carece de infraestrutura para auxiliar na demanda das organizações. Percebe-se então que o modal ferroviário é uma alternativa viável para o transporte de cargas no Brasil, melhorando de forma eficiente a logística do país, tornando-o mais competitivo e atuante no mercado internacional. A sittuação ferroviaria do país está para mudar, porque as empresas estão dando maior destaque para a logística de transporte, porque é uma area de grande relevancia nos processos empresariais, já que depende do transporte para que as materias primas cheguem no processo produtivo. Assim a organização torna-se dependente de um processo logístico eficiente, obrigando o estado a intervir em infraestrutura para melhorar a qualidade e diminuir os custos do setor. A ferrovia não é a solução logística do Brasil, ela é parte importante no processo de otimização e organização no escoamento de cargas, o ideal é que haja investimento no setor para que este possa suprir a demanda do país. REFERÊNCIAS CNT – Confederação Nacional do Transporte: O Sistema Ferroviário Brasileiro, Brasília 2013. Disponível em: http://www.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Transporte_e_economia__o_sistema_ferroviario_brasileiro_.pdf. Acesso em 28/08/2014. COELHO, Leandro Callegari: Logística Empresarial – Conceitos e Definições. 2010. Disponível em: http://www.logisticadescomplicada.com/logistica-empresarialconceitos-e-definicoes/. Acesso em 06/10/2014 FILHO, Márcio Xavier: A Importância do Modal Ferroviário de Carga no Brasil Utilizando a Intermodalidade. São Paulo: Fatec, 2006. Disponível em: http://daroncho.com/tcc/tcc61-marcio.pdf. Acesso em 25/09/2014. IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: Série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, Transporte Ferroviário de Cargas no Brasil: Gargalos e Perspectivas para o Desenvolvimento Econômico e Regional. 17 de Maio de 2010. Disponível em: http://www.antt.gov.br/html/objects/_downloadblob.php?cod_blob=12104 . Acesso em 28/08/2014. MILANI, Renato Matias: A Importância do Sistema Ferroviário para o Desenvolvimento Capitalista: Uma Análise do Caso Brasileiro – Da Implantação ao Avanço Industrial nos Anos 50. São Paulo: Faap, 2010. Disponível em: http://www.faap.br/faculdades/economia/ciencias_economicas/pdf/Renato.pdf. Acesso em 16/10/2014. SILVA, Felipe de Abreu Inácio: Infraestrutura Ferroviária e Desenvolvimento Econômico: o caso de um projeto de grande vulto. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2011. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/38297/000822912.pdf?sequence=1 Acesso em 25/09/2014.