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Livro sobre o cineasta Walter Salles e sua obra é o
novo lançamento da Publifolha
Na Estrada – O Cinema de Walter Salles traz a história de todos os seus filmes,
além de informações exclusivas sobre On the Road, seu grandioso projeto ainda
não finalizado
Autor do livro revela uma conversa do diretor brasileiro com Wim Wenders
Principal nome entre os cineastas brasileiros
surgidos na década de 1990, Walter Salles
construiu uma carreira que soma oito filmes e já
levou 26 milhões de espectadores às salas de
cinema. Suas obras dialogam com os momentoschave vividos pelo Brasil nas duas últimas
décadas, como Abril Despedaçado, Linha de
Passe e Central do Brasil, esse premiado em
Festivais como o de Berlim e o Globo de Ouro,
além de receber a indicação ao Oscar de melhor
filme estrangeiro em 1999.
Na Estrada – O Cinema de Walter Salles, escrito
pelo jornalista e crítico da Folha de S.Paulo
Marcos Strecker e lançado pela Publifolha, é a
primeira publicação que analisa a filmografia
completa do cineasta e o impacto de seus filmes
no cenário do cinema brasileiro.
O autor aborda quais foram suas principais influências como diretor e roteirista, a
relação que teve com diretores e artistas nacionais e internacionais, e também a
recepção do público e da crítica a respeito de seus filmes. Marcos Strecker trata
das motivações artísticas do mais prestigiado diretor brasileiro. “Walter mostrou
uma nova face do Brasil para o mundo. Com sua obra, resgatou a autoestima de
um país em crise. Modernizou nosso cinema, introduzindo a produção de grandes
cineastas do exterior e resgatando os mestres brasileiros do passado.”
O livro traz um perfil biográfico de Walter Salles desde a sua infância até os dias
de hoje e apresenta uma conversa dele com o diretor alemão Wim Wenders sobre
a experiência de filmar nos Estados Unidos e as dificuldades de cineastas
independentes trabalharem em Hollywood.
Os road movies, também são objeto de análise de Na Estrada, que traz
informações inéditas sobre seus novos projetos, como o filme On the Road,
produzido por Francis Ford Coppola e adaptado do clássico de Jack Kerouac, obra
fundadora da contracultura nos EUA, e Searching for On the Road, documentário
que entrevista artistas, especialistas e remanescentes da geração beat. Segundo
Strecker, “On the Road vai se tornar um marco na carreira de Salles e é um dos
filmes mais aguardados no mundo inteiro em 2011”.
Na estrada – O Cinema de Walter Salles ainda conta com 18 artigos do diretor
brasileiro sobre cinema, artes, política e o cotidiano do Brasil, publicados na Folha
de S.Paulo.
A entrevista
Trecho da entrevista com Walter Salles e Wim Wenders, feita por Marcos Strecker
em 2006, na Salônica (Grécia).
Marcos Strecker — Vocês
dois [Walter Salles e Wim
Wenders] já trabalharam em
road mo viés sem usar
roteiros. Quando o diretor
deve utilizá-los?
Walter Salles — Em
português a palavra “roteiro”
tem a ver com rota. É o que
o roteiro deveria ser, a
indicação de um caminho.
Não
deveria
encerrar
oportunidades, mas ampliálas.
Trabalhei
com
roteiristas muito instruídos, com os quais a história final era o resultado do que
havíamos esboçado no início do processo. Mas “acidentes” aconteceram on the
road, e também “nas margens” da estrada. Um exemplo é uma sequência de
Terra Estrangeira, que acabou completamente transformada pelo nosso encontro
com uma comunidade de negros angolanos, cabo-verdianos e moçambicanos.
Nem Daniela Thomas [codiretora do filme] nem eu havíamos visto essas
comunidades em nenhum filme português. Mesmo assim estavam lá, presenças
importantes e palpáveis diante de nossos olhos. Alteramos o roteiro para
incorporar esses personagens na história, porque ela tinha a ver com o exílio, num
sentido existencial, mas também político. Esses personagens eram que nem os
brasileiros. Então os incorporamos. A história foi transformada pela experiência da
realização. O filme deve ser a grande pergunta cuja resposta você começa a
responder durante o processo. E o roteiro deve permanecer como a base que vai
permitir responder — ou não — às perguntas no final da jornada. Por outro lado,
um roteiro mais estruturado, como era o caso de Diário s de Motocicleta, escrito
por Jose Rivera, era excelente no início…
Wim Wenders — Mas nesse caso era um filme de época.
Walter Salles — Sim, mas o que percebi é que quanto mais estruturado for, mais
você pode ter opções. Um pouco como o jazz, no sentido de que é mais fácil se
afastar do bom roteiro inicial, porque você sempre pode achar o núcleo da melodia
novamente. Foi um processo libertador, os dois processos foram libertadores.
Na Estrada – O Cinema de Walter Salles
Autor: Marcos Strecker
Editora: Publifolha
336 páginas
R$ 49,90
O livro pode ser adquirido nas principais livrarias do país, pelo televendas 0800140090 ou pelo site www.publifolha.com.br
Sobre o autor
Marcos Strecker é jornalista e crítico. Estudou cinema e física na USP e
acompanha desde o início a carreira do diretor Walter Salles. Dirigiu o
documentário Julia Mann (2005), sobre a mãe brasileira do escritor alemão
Thomas Mann. Editou o site Cine Guia e foi colaborador da Mostra Internacional
de Cinema de São Paulo. Na Folha de S.Paulo, exerceu as funções de
correspondente-bolsista em Paris, editor-assistente de “Mundo”, repórter dos
cadernos “Mais!” e “Ilustrada” e editorialista. Atualmente, é editor de Mídias
Sociais da Folha Online.
Sobre a Publifolha
Criada em 1995, a Publifolha é hoje uma das principais editoras do Brasil. Tem
forte atuação nas áreas de guias turísticos, informação e entretenimento. Com um
catálogo diversificado, as publicações auxiliam o leitor a conquistar objetivos de
estudo, trabalho, bem-estar e lazer. Seus títulos estão distribuídos em 20 áreas,
como turismo, desenvolvimento profissional, referência, literatura (brasileira e
estrangeira), artes, saúde, puericultura, comportamento, infantil e culinária.
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