ANO IH -
Aárea de
ióformática
se prepara
para oCenso 90
O IBGE .está se preparando para o
C€nso 90. Na área de informática isto significa, também, implantação de Çentros dz
Processamento de Dados nas Unidades
Regionais, passando para os estados parte
do trabalho que antes era centralizado na
Diretoria de Informática, no Rio.
- Isso envolve uma luta por verbas.
Exatamente. num momento em que o país
está vivendo .grave crise econômica. E a
gente tendo urgência de obter recursos
para realizar um projeto feito esse, que é
fundamental para a rápida e boa . c~mclu­
são do Censo, uma operação gigantesca
qu.e traz resultados de inquestionável importância para a .sociedade. (Entrevista
com o Diretor de Infprmática, JQSé Sant'Anna Bevilaqua, na página 3.)
Técnicos das
Unidades Regionais
têm encontro n·o Rio
O Núcleo de Planejamento e Supervisão
- NPS, da 'Diretoria de Pesquisas, está
orga~izando na Escola Nacional de Ciên. cias Estatísticas - ENCE, no Rio,· de 18
de setembro a 13 de outubro, o Censo .de
Apedeiçoamento . e Capa.citação em Pesquisa.
Gerentes, subgerentes, chefes de Serviço
e coordenadores estaduais de' todas as
Unidades Regionais participarão d~sse
treinamento onde técnicos da DPE atuarão
como instrutores e falarão sobre os conceitos básicos de estatística, economia e sociologia utilizados nas pesquisás da DPE.
A ·hora· de dançar
. a Ciranda
Setembro é mês de Ciranda em Itamaracá. E quem convida é Lia, a cirandei1'à
mais famosa da ilha. O X Festival de Ciranda de Pernambuco começa com a primeira lua cheia do mês na praia de 1aguaribe e só termina dia 30, reunindo os grupos ·de cirandeiros para a finalíssima.
(Página 7)
SETEMBRO DE 1989 -
28
A PNAD/89 está começando
Cerca de 84 mil domicílios brasileiros serão
visitados . por . mais de 900 entrevistadores, de 2
· de outubro a. 30 de novembro. Está começando
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD/89 . .
Realizada anualmente . :. . menos em ano de
Censo -, a PNAD 'pesquisa informações sobre
habitação, rendimento e . mão-de-obra, associadas . a características demogrâficas e eçlucacionais. Além disso, a PNAD é s~mpre acompanhada de uma pesquisa suplem~ntai: que, este ano,
terá como tema o' mercado informal de trabalho.
A divulgação da pesquisa será feita em nível
nacional, utilizando jornais, rádio e TV ·e, inclusive, propaganda no·horário gratuito de TV, por
· quatro semanas, em todo o Brasil. Serão distri-
Geógrafos pesquisam
habitações populares·
buídas, també~, por intermédio das Unidades
Regionais, milhares de cartas personalizadas,
assinadas pelo Presidente do IBGE, pàra governadores, secretários de estado, prefeitos, associações, sindic~tos, igrejas. Isto com o objetivo
de facilitar o máximo possivel o trabalho dos
pesquisadores.
· .
Para permitir que este retrato fiel de nossa
·gente se~a traçg.do com maior eficiência ainda,
foi organizado um treinamento que apresenta
. uma novidade em relação ·aos outros anos: desta
·vez em regime de internato_, no Hotel Chácara
das Rosas, em Petrõpolis, região serrana do Rio
de Janeiro, de 11 a 15 de setembro: (Editorial e
página 7)
''Brosilão" no
Bie ~nal
Brasil - uma V!são Geográfica nos Anos 80
foi o grande lançamento do IBGE na IV Bienal
Internacional do Livro, no Riocenfro. O "BrasiJão" 'foi a publicação que inais vendeu no
estande do IBGE e só foi m~smo super~da pelos
imbatíveis mapas, :-sempre campeões de venda.
O lançamehto, ·no sábado, dia 2 de setembro,
foi prestigiado pelo Diretor de .Geociências,
Mauro ·Pereira da Mello, pela Oiretora-Adjunta
Marilourdes Fe:rr~ita e pela equipe do DEGEO,
liderada por Solange Tietzmann Silva. (Página 6)
Favela da Mangueira: tijolo substitui tábua mas a carên·
cia continua.
O DEGEO está fazendo o Cadastro de Aglomerados Subnormais. Trata-se de um levantamento de conjuntos de habitações precárias, carentes de serviços públicos como água, luz e
esgoto, em todo o Território NacionaL Encerrada
a primeira fase do estudo, ficou co~statado que
a Região Metropolitana . de. São Paulo. é a que
tem o maior número de aglomerados (1.100), enquanto o Rio fica com 700. (Página 8)
O lançamento do "Brasilão" contou com a ·presença de
técnicos do Departamento de Geografia e · do Diretor
Mauro Mello.
·
Pág' · 2
JORNAL DO IBGE - Setembro de 1989
--=--------------------------------------------------------------------------------------
,..
Homenagem ao craque
Editorial
Os fJ.lllcionários da Unidade Regional do Rio
Grande do Sul prestam homenagem ao colega e ex-craque de futebol, Elizeu Guimarães de Oliveira, contando um pouco da
sua história. ,
Quando os entrevistadores do IBGE 'ganharem as ruas no dia 2 de outubro estarão iniciando o trabalho de campo da última PNAD
desta década.
Sementes · de tamboril
~rte
Você faz
desta equipe que envolve,
nos bastidores, milhares de pessoas na preparação, processamento e divulgação da
PNAD/89.
Mais do que ninguém, você sabe a seriedade e o profissionalismo que cercam cada
trabalho desta Casa. Portanto, é muito impor.tante a sua participação nesse "mutirão" que
Reynaldo Euclydes Pacheco, de Sã'o Paulo,
faz: uma solicitação.
( ... ) J;>eço, se p.o~ível, o envio de semen- tes da flora da Reserva Ecológica, como, por
exemplo, o tamboril ( ... ) Informo que devo
plantá-l!ls. na cidade de ltanhandu, ·sul de
Minas Gerais.
N. R.: Seu pedido foi encaminhado à Reserva Ecológica do IBGE em Brasília.
vai abrir para o IBGE as portas de cada casa
visitada.
D;tdos sobre a . população
Com esse objetivo, o de facilitar o acesso do
e~trevistador
e esclarecer o entrevistado sobre
Agnáldo Santos do·s Reis de Conceição de
a importância desta pesquisa, tem propaganda
Jacuípe, na Bahia, pede infonnilções sobre
sendo veiéulada na t~levisão, tem todo um
população.
( ... ). Ele tem 64 anos e a ~ispostção e o
~entusiasmo que muitas vezes faltam ao jovem, de hoje ( ... ), Çomeçou a jogar aos 12
anos no Clube Amador Tristezense em Porto
Alegre ( ... ). Em 47 ele conseguiu realizar
ull)a das façanhas que até o momento não
foi superada no iHo Grande do Sul ( . .. )
marcou seis gols em uma só partida ( ... ).
O gol mais lindo de toda a sua carreira foi
na disputa em Porto Alegre entre o Inter e
o Flamengo, O placar final apontou 6x2 e
marcou o quinto gol da partida ( . . . ). Em
entrevista concedida !lo jornal Zero Hora da
capital gaúcha, ele confessou que os g.ols
sempre foram a sua maior alegria dentro do
futebol ( ... ). Entretanto, seu coraÇão o im-
trabalho da imprensa e estão sendo distribuí-
( ... ) Após ter assistido ao programa Glo-
pediu de continuar jôgando ( ... ) ·e a Dele-
dos pacotes promocionais a entidades públicas
bo Ciência, que· enfocáva o tema "'Quantos
e privadas, em todo o país. Essas entidades
somos, Quantos seremos", resolvi ·escrever
gacia. do IBGE passou a confar .com ele
( .·.. ). Hoje, seu coração só 'tem ' problemas
vão funcionar como multiplicadores de opi-
para o IBGE e solicitar infc.rmações.
~o,
'
'
colaboràndo com o nosso trabalho.
. ~.. R. : Agnaldo, você de;erá estar receben-
Mas é voc'ê, funcionário .do IBGE, que
do, além deste jornal, algumas publicações .e
melhor do que ninguém
pode promover, di-
textos nossos sobre o assunto.
quando e1.1:á .torcendo por seu "timão" do
peito: o Colorado de Porto Alegre ( ... ).
.
.
.N. R . : Com certeza, este é um assunto que o
Jl vai pautar, se possível, áinda este ano.
vulgar a PNAD/89. Este trabalho é dé todos
... nés.
Partic~pe.
.
Para tirar suas. dúvidas, escreva para a equipe médica, na
Av. Beira-Mar, 436, 4.0 andar, Castelo, Rio de Janeir.o;. Não
precisa se identificar.
Presidente da República
José Samey
Ministro-Chefe da· Secretaria <le Planejamento e Coordenação
João Batista -de Abreu
Secretário-Geral
Ricardo Luís Santiaco
~·
-~
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASIÍ.;EIRO DE GEOGRAFIA E
ESTA11STICA - IBGE
Presidente: Char!es Curt Mueller
Diretor-Geral: David Wu Tai
Diretor de Pesquisas: Lenitdo Fernandes Silva
Diretor de Geociências: Mauro Pereira de Mello
Diretor de Informática: José Sant'Anna llevilaqua.
JORNAL DO IBGE
Ano 111 - setembro 1989 - N.0 28
Publicação mensal destinada aos funcionlirios do IBGE
Editado pela Co&rde'Da!loria de Comunicaçiio Soda! - A'(enid'l
Franklin ROQWYe!t, 194 - 9.o andar - ·Rio de Janeiro Te!.: (021) ~20-1~22
·
·
Editora ReSponsável: Shirley Soares (Reg. no 12 . 466" MT-RJ)
Editora Assistente: Sheila Rierá
Redaçiio e Reportacem: Marco Santos, Paulo Roberto Cardoso
e Lecy Delfim
Equipe de· Apoio: 'Fátima ·.santos, Gilson Costa, Paulo Villas
B~as e Robson Waldhelm
Publicidade: Teresa Cristina Millions. (l\esponsá.vel)
ProlfiUilllção Gráfico-Editorial: Gerência de '"Ed;toraçlio
Diqramaçio: Sér!Po Lopes
Compoaição, Arte-Finalização, lmpreuio e Circulação: Centro
de Documentação' e Disseminação de Informações - CDDI/
Departamento de Produção Cráfica e Ger~ncia de Marketing
Tiragem: 14. 000 exemplares
Permitida a transcrição total ou parcial de matérla publicada
do Jornal do IBGE, desde que citada a fonte
1) Os
animais domésticos
R.
Por ser uma doença in-
podem transmitir o vírus da
curável e que gera muitos pre-
AIDS para o ser humano?
conceitos, a AIDS leva geral-
R.
Não. O convívio com ani-
mais, como cães, gatos, .pássa-
mente à
. mento.
.
d~pressão
e ao isola-
Principalmente as pes-
.ros o papagaios, !lão apresenta
soas mais próxi!llas devem com-
risco de · contaminação para o
partilhar desses momentos
ser humano. Estes animais não
ceis. No seu caso, procure estar
~ão
perto dessa pessoa,
reservatórios para o vírus da
sen~o
difí~
o ami-
AIDS e não o transmitem; além
go que
d~sso,
o vírus ql.le provoca AIDS
programar junto com ele pas-
em animais ·é diferente do vírus
seios que ·sempre tenham feito
que causa a AIDS no ser hu-
juntos, coisas agradáveis que o
mano.
façam esquecer um poucO da
~empre
foi. Procure
2) O que posso f!lzer para
9oença. Procure sempre saber
ajudar um amigo que contraiu
como ele está se' sentindo, para
o vírus da AIDS, sem ter ainda ·
que possam conversar sobre is·
desenvolvido a ·doença, e que
so cliuamente. sempre que ele
está muito preocupado, inclusi-
estivet disposto; falar sobre al-
ve demonstrando sinais de de-
go, no caso uma dóença, que
pressão?
esteja nos assustando, diminui
a ansiedade, que é difícil de
supürtar sozinho. Erifim, tente
estar disponível para ouvi-lo,
ser amigo, buscando juntos as
formas possíveis de auxílio, como procurar um médico ou
psicoterapeuta, por exemplo. A
sua amizade e presença ;podem
ajudar a afastar o medo e a diminuir a solidão.
3) A masturbação recíproca,
entre pessoas do mesmo sexo .ou
de sexos dife.I;"entes, pode transmitir AIDS? .
R:A pdncípio não. O risco só
~xiste
se pelo menos uma das
pessoas estiver contaminada
.
com o vírus da AIDS e o esper·
ma ou secreção vaginal dessa
pessoa éntrar em contato com
a pele ferida ou com lesões inflamàtórias do parceiro.
. Página 3
JORNAL DO ffiGE- Setembro de 1989
DI: a
descentraliza~ão
atinge. . maturidade
O processo de descentralização da
·infonnática no IBGE teve início em 1984.
Mas a sua maturidade só veio com
~ . experiência do Censo .Experimental
. de L~eira. Hoje, as Unidades ·
Regionais se prepàram para o
X Recense~ento Geral do Brasil.
Pará, Ceará, Rio Grande do Norte;
Pernambuco, Espírito Santo, Minas
Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. _Está prevista a iristalação dos centros de
Goiás, Distrito Federal; Maranhão,
Piauí, Mato Grosso do Sul, Bahia e
Paraíba.
Essa história comeÇou há cinco
anos, com a decisão de passar para
as Unidades Regionais as tarefas de
preparação dos dados para o processamento das pesquisas. Era o ponto de ~ida para a descentralização
operacional do IBGE. Apesar das
dificuldades econômicas, · naquela
época já se pensava na criação dos
Centros de Processamento de Dados
- CPD nos .diversos estados. Sabiase, no entanto, que antes dessa ·im~.
plantação dos CPD era da maior
importância a preparação de documentação sobre as rotinas operacionais.
•
- Vimos logo que as Unidades
Regionais precisariam de um manual
· próprio para a crítica dos dados, além
dos manuais de coleta. E haVia, também, a necessidade de .uma homogeneidade nos procedimentos de rotina~
para que todt>s pudéssemos trabalhar
da mesma forma. Do contrário, chegaríamos a resultados, impossíveis dé
ser somados, comparados, afirma o
Diretor de Informática, José Sant'
Anna -Bevila'qu~.
.
•
FunciOnários das UR~ recebem treinamento na DI.
Mas, apesar da iiQplantação desses
centros de processamento em alguns
e$tados, o trabalho conti~uava estruO começo da desCentralização
turado dentro de uma metodologia
centralizada.
Havia sido transferida
O primeiro passo, então, foi a produção de vários manuais orl.entando para as URs apenas parte do trabalho.
sobre os prôcessÓs de crítica e codi- Mas era preciso dar um salto qualificação dos questionários. Pouco de- tativo. E esse salto aconteceu com o
pois, essas tarefas passaram a ser Censo Experimental de Limeira. Pela
executadas nas Unidades Regionais primeira vez, foi testado um procedido Espírito Santo, 1üo Grande do mento .operacional que permitia o
Norte e. Santa· Catarina, que fizeram. manuseio dos dados, feito totalmente ·
parte da fase .de experiência do pro- na unidade descentralizada~ A interájeto. Ficou comprovado que o tra- ,ção com os recursos da sede só aconbalho feito dessa forma ganhava tece no final do processo, quando o
maior rapideZ e qualidade e valia a dado já está pronto.
pena estendê-lo · a outrqs estados.
Nessa segunda fase, foi implantado
Um salto na qualidade
o CPD de São Paulo, já com . um ..
· equipamento ma,is sofisticado.
'No Censo Experimental .de Limei- Em 1985, a administração apaixonou-se pelo projeto e decidiu in- ra foi introduzido um novo conceito
vestir, expandindo essa descentrali:za- na parte de codificação, que será
ção. O projeto tinha sido forte o su- fundamental para melhor~ a qualifi~iente para vencer a mudança polídade do pr.Oéesso · operacional do
tica e se estabelecer pela sua impor- Censo Demográfico de 90. 11: a coc;litância, lembra Bevilaqua.
ficação assistida por eomp1,1tador, que
Em alguns estados vale a pe_na investir ainda na criação de centros de
processamento fora da capital. Há um
projeto para a implantação de pelo
menos 12. centros que deverão ser
montados no interior do país, como
unidades de apoio para ~ ·apuração
do Censo .00.
As Unidades Regionais que já têm
Centro de Processamento de Dados
. para as ~quisas contínuas deverão
expandir os recursos .de informática
para processar o 1Censo 90. Segundo
Bevilaqua, "atualmente há preocupação em trabalhar ~e forma descentralizada as pesquisas contínuas para
que isso sirva também co~o treinamento das URs. Aquelas que só trabalhavam com a coleta de dados agora são responsáveis, também, pelo
tratamento básico da informação.
Além de coletar, estão codificando,
empastando, digitando e criticando
os dados".
reduz drasticamente a· intervenção
manual.
Tudo isso foi testado em Limeira.
Em três ·meses ·o Ceruo estava fechado, pronto para ser traballiado. Era
possível fazer funcionar um ·centro
de produção' de dados,. mantendo ·o
controle à distAncia.. Sempre que foi
· preciso resolver àlgum problema ·em
Isto envolve um treinamento, que
Limeira, a equipe de suporte da ·DI,
no Rio, atuou junto aos fun~ionários tem que ser feito pela Diretoria de
de lá, sem ter q~e se deslocar, super- . Informática e pela Diretoria de Pesvisionando-os por meio de. terminais quisas em conjunto. A primeira entra
remotos de cómputador.
com a estrutura operacional e a se- . Chegamos à conclusão de que
gunda com a metodologia da pesquihavia necessidade de expandir o prosa. Isso habilita as URs a implantar
jeto para as demais Unidades .Regionais e que 21 URs tinham porte para novos serviços, como os do' Censo,
receber os equipamentos necessários, utilizando a estrutura de que já dispõem, Essa é a eStratégia que a' DI
diz Bevilaqua.
tem seguido: "Unir o -útil ao agradável". Ou seja, ao mesmo tempo em
que isso . é bom para as pesquisas
O que se tem hoje
contínuas, deixa, também, a equipe
Atu!llmente1 . há dez centros de pro- treinada para as tarefas do Censo
cessamento montados, cujo objetivo é 90 - um trabalho do tamanho do
a produção de pesquisas contínuas: Brasil.
Página 4
· JORNAl DO IBGE
Setembro de 1989
•
Pagamento ficou mais
•
rápido .com o novo sistema
•
Antigamente, para receber o pagamento do mês era preciso enfrentar;
com paciência, a· fila do guichê da tesouraria, onde um funcionári.o. entregava
envelope por .envelope cada salário. Com
o pagamento feito por intermédio dos
bancos a vida fi.cou mais fácil, pois os
salários passaram a ser de.positados nas
contas deis funcionários. E hoje, c'om o
uso de computadores, esse processo ficou ainda mais rápido. O novo sistema
de pagamento utilizando o Banco dé
Dados foi implantado no IBGE, em janeiro,
trouxe economia de tempo e
de gastos operacionais.
Mas, afinal, qu~ .processo é esse? Qua.l
o C!llJlinho que os nossos salários percorrem até ~hegarem às nossas mãos? .
Diversos setores do Rio e dos estados
participam desse processo. Mas é. o De"
partàqlento de Administração de Recursos Humanos - DERHU, da Superintendência de Re'cursos Humanos, responsável pelo planejamento das atividades
·de pe~al, a unidade centralizadora de
toda operação, no Rio. E conta com o
apoio indispensável da Diretoria de lnf4?rmática, · através das Gerências de Suporte e Produção - GESUP e de Desenvolvimento.
Tudo começa com as folhas de freqüência. Nelas são. registradas, diariamente, além da freqüência, falta, abonoacordo e. dispensa médica. Terminado o
mês, as unidades em t~o o país têm
um prazo de dois dias para epviar essas
folhas à Dl/GESUP.
e
tados no Rio quan't<) as folhas de pagamento e os contracheQues dessas Unidades Regionais.
• Feitos os contracheques, os setores de
pessoa.l de todos os estados aguardam
in~ormação do Rio, confirmando a data
do pagàmento, para· a sua distribuição.
Finanças
Quando a folha de pagamento fica
pronta é enviada à área financeira local.
Cabe ao Departamento de Finança~, da
Superintendência de Recursos Financeiros, Materiais e Patrimoniais - SPF,
processar e adequar as despesas com
pessoal ao orçamento da Casá.
O IBGE tem crédito do Tesouro
Nacional e o pagamento · depende de
um repasse de verbas da , SEPl.AN.
Quando a folha chega às nossas mãos,
fazemos o depósito para o pagamento
do pe~soal do Rio e efetuamos um "subrepasse" para os funcionários dos estados, explicá Jorge Fernandes Marques,
gerente. de.Finanças da SPF.
se·gundo ele, esse processo de depósito no Rio leva normalmente três dias.
Só depois que os bancos confirmam a
liberação dô pagamento é que é emitido
o memorando a todas as unidades de
pessoal pa~a que elas distribuam os contracheques: O processo é o mesmo em
to~os os estados, variando apenas o
As infonnaçõ~s ·relativas à$ folhas de freqüência e respectivos descontos são introduzidas
no Banco de Dados.
prazo para a liberação do pagamento
nos bancos.
Jorge Fernandes lembra, aincfa, que a
verba de pessoal liberada pela SEPLAN
só pode ser usada para o pagamento
dos funcionários . Compra de computadores e material de limpeza, por exemplo, só com a verba de custeio e despesas de capital, também liberada pela
SEPLAN.
Outros encargos
.Liberado o pagamento, são feitos,- ainda, os relatórios do Imposto. de Renda,
IAPAS, de dependentes etc. E, às vezes,
é necessário fazer uma folha su{llementar para corrigir algumas d_iferenças .
. Isto vem ocprrendo, por exemplo, com
relação ao desconto do Imposto de Renda. · Como a tabela tem chegado depois
do fechamento da ,folha· de pagamento,
tem sido preciso fazer uma outra com
os devidos acertos.
Além disso, existe a remuneração de
férias, que segue um processo semelhante ao do pagamento mensal. Aqui
· também ouve melhoria com o novo sistema de pagamento pelo Banco de
Dados.
Cláudio Antônio Pires Brandão, chefe
do DERHU, elogia o novo sistema, que
.foi desenvolvido por técnicos de vários
departamentos do IBGE:
.
Folhas de pagamento
Após a verificação das folhas de freqüência é feito um levantamento de
transferências e promoções de funcionários, auxílios (creche, babá e reabilitação)
e de$contos ( SIAS; ASSIBGE, Imposto
de Renda, JAP AS e Ticket-Refeição).
Todas essàs informaçõe~ vão para o Banco de Dados. Aí que sai a folha de pagamento e o .contracheque.
~
As Unidades Regionais, que já con- :i
tam com um Centro de Processamento =
.
>
de Dados, encaminham essas informa- 0
ções à DI, via computadõr, e recebem ~
as folhas de pagamento também por
computador, fazendo seus próprios con- ~
tracheques. Para as demais tudo é via
malote: tanto os dadqs para serem digi- As Unidades de Pessoal separam e encaminham os cootracheques para os departamentos.
- Este sistema simplificou os cálculos
e trouxe benefícios aos empregados. Agora podemos pagar, por ·exemplo, as pro. moções por .mérito no mês seguinte ao
da avaliação de desempenho. E mais,
os funcionários afastados por licença
médiea não saeni mais da folha de pagamento, o que é uma grande conquista.
Migúel Mubárack Heluy, superintendente de Recursos Humanos, ressalta que
o sistema de pagamento é apenas o primeiro módulo desenvoiYido no Banco .de
Dados de Recursos Humanos. Ainda es-'
tá prevista a implantação de outros módulos envolvendo: Avaliação e Desempenho, Benefícios, Treinamento, Recrutamepto e Seleção, Medicina e Segurança do Trabalho e Cargos e Salários, que
proporcionarão melh.or atend.inlento· aos
funcionários, atuando c~m mais rapidez •
e eficiência.
Vem aí a 11 Mostra de Filmes
(Por enquanto; só· no
N
QUE.M NAO
~io)
,
~VIU,
no ·cinema, VERA no .IBGE
JOil. •.U.
po ffiGE
etembro de 1989
Pág"na 5
Eles dão aquele apoiO!
'
.
Eles são responsáveis, muitas vezes, pelo primeiro
''bom-dia'' que recebemos. Por trás da equipe
d~ técnicos, plariejadores e analistas .
do IBGE .existe t~do um suporte que torna
mais agradável o s~rviço. Da lâmpada e o telefone
até · o cafezinho: eles ~ão aq"4ele apoio!
..
Fotos de Gilson Costa e ·P aulo Villas Bôas
Desde 1963 Claudionor Pastor trabalha como poi:teiro, na. Presidência.
"Por aqui passa todo mundo, até ministro. Mas de vez em quando é preciso "barrar", principalme~te o~jor-.
nalistas que são muito insistentes. É.
preciso um jeito muito especial para
lidar com eles,"
Bombeiro hidráulico de Mangueira,
Gilson de Faria .está sempre bem
disposto para enfrentar o trabalho.
.
Compositor de sambas e pagodes, ele
.
não perde o jeito de sambista, mesmo
consertando canos e torneiras.
As . no.tícias, na verdade,
cheg3:m à. imprensa . por intermédio do Miguel, Frtm·
cisco e Ricardo. Eles são da
Coordenadoria de Comunicação Social e qt.,~ase diariamente entregam textos nos
jornais, revistas e emissora~
.de rádio e TV. Eles levam o ·
IBGE para as 'ruas.
Os vigilantes José Roberto Alves e Aldo Neves Sampaio cuidam .da segurança do IBGE em Mangueira e Parada de Lucas.· Eles garantem que até
hoje não houve nada de grave em ~eus plantõ~s, apenas alguns sustos.
Medir pressão, verificar temperatura e dar
medicamen~9s
·são tarefas
diárias para a auxiliar de enfermagem Maria de Lourdes Lima. Há oito anos ela faz ~sse trabalho no IBGE
_no. Serviço Médico de Mangueira.
Ascensorista do prédio da BeiraMar, Milton da Silva compara . SUíJ
vida com um elevador: "Cheia .de altos e baixos". Mas, mesmo na fase
"dos baixos"1 ele não .perde o bom
humor. Comunicativo, e muito querido por todos.
L:_& IBGE
Rejane Oliveira S~ntos é secretária
há pouco tempo na .Gerência de
Medicina do ·Trabalho, mas diz que
está satisfeita com o que faz e espera
crescer profissionalmente. No Dia das
Secretárias (30 de setembro) ela estará envolvida com a Campanha Interna de· Prevenção à AIDS, que a
gerência está promovendo.
Quem liga para a ENCE, pela
manhã, ouve o tradicional "ENCE,
Bom-Dia" de Eneide Oliveira de Castro, que está neste po~o há oito' anos.
"As vezes, a ininl!a voz fica . íneio ·
rouca por causa da b;1ixa temperatura do ambiente. Mas vale a pena, pois
adoro me comunicar."
Waldyr de Freitas Toledo trabalha
na garagem do IBGE e, segundo ele,
entende "de tudo em termos de mecânica". E mesmo nos fins de semana
não. se livra dos mÓtores: "Sempre
tem um amigo que leva o carro para
dar uma olhada, lá em casa".
)
O trabalho de Arubal da Rocha Almeida é percprrer, diariamente, sob
sol ou cliuva, 112 km no confuso
trânsito do Rio. Há um ano ele dirige
.a ·Kombi que faz o percurso Sede/
Mangueira/LucaS. E garante: "Sou
muito paciente ao volante, tenho 33
anos de carteii'a · e nunca sofri um
a~idente".
.
Trocar lâmpadas e reatores é uma
das tarefas mais freqüentes do eletricista João Henrique Barros, que faz
a manutenção da Sede. Ele não descansa nem nos fins· de semana: i<Sem~ .
pre ajudo os vizinhos e os am'igos nà
instalação ou reparo de aparelhos
elétri.cos".
'
'Página 6
JOKNA
Nossa ·presença
na Bienal do Livro
O IBGE participou d~ 24 de
agosto a 3 de ~etembro da IV Bienal
Internacion_al do Livro, no Pavilhão
de Exposições do Riocentro. No dia
2 houve o lançamento de Brasil .uma Visão Geográfica nos Anos 80,
elaborado por técnicos do Departamento de Geo~rafia, da DGC. O
livro abord? 13 temas que vão desde a questão ambiental até as telecomunicações e seu desenvolvimento no Brasil. É ô primeiro trabalho
sobre o assunto na área de Geogra:
fia.
Outra atração foi .o novo Mapa
Político do Brasil,' que mostra as
áreas indígenas do país, facilmente
localizadas por meio de desenhos
Alexandre Polastri, do CDDI, mostra o
estande do IBGE ao Governador Moreira
Franco.
·
de ocas. Os visitantes foram brindados com Mapas do Brasil, em embalagens de bolso.
Foram divulgadas também obras
como o Anuário · Estatístico do
Bras~l . 87-88, a coleção Pedil de
Mães e Crianças no Brasil, a Metodologia dos lndices de Preços (IPC,
INPC e IPCA), as Séries Estatísticas
Retrospectivas e um dos últimos
lançamentos da Casa, Volume Micl'oempresas - Censos Econô~icós
de·1985.
~tulos,
O Coral dos Funcionários comemorou
o seu quarto aniversário com uma pragramação especJa/.: "Vinlcius:· textos e
músicas". De 21 a 25 de agosto o Coral
· se apresentou no auditório de MQngueira c no dia 29 tiO .audUório da Associação dos Servidores Civis do Brcml para
os funcionário~ da Sede .
Em Mat1gueíra, na abertura das éo-
me~rações, cerca de 250 pessoas ·ouvi-
ram emocionadas antigos sucessos de
Vinicius, c~mo Gente Humilde, Eu Sei
que Vou te Amar c Garota de Ipanema.
Além da música, o Coral lembrou; também, a poesia de quem anunciava que
o amor não é imortal "posto que é . chamá', nias dese;ava que ele fosse infinito.
nacionais e estrangeiros.
Promoçã9 do mês
Setembro de 1989
Coral: homenagem •
a Vinicius de Moraes
A Bienal contou com a participa:.
ção de 11 países, ocupàndo 150 estand~s e divulgando mais. de 200
mil
DO IBGE
<;LASSIFICADOS
A Editora Nova Fronteira enviou cinco · exemplares de Simb~lismo
Planetário para serem sorteados, este mês.
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N . R . : Qu~ndo fechamos esta edição,' o JI de julho estava começando a ser
distribuído e o JI de agosto ainda estava na gráHca. Assim, nesta edição daremos
somente o resultado do teste de junho. Estamos aguardando cartas até o fechamento
do Jl de outubro, no dia 22 de setembro, quando daremos ~ resultado dos testes
de julho e agosto.
Resultado do 10.0 Teste. Respesta: As Horas Nuas. Foram sorteados com o
livro Eles: Maria de Fátima Oliveira Muniz do Nascimento (UR/PI), Ana Maria
Cardoso Nunes · (DEMAT/Gab.), Durval Moreira (UR/ES), Jorge Luiz da Rosa
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JORNAL DO IBGE
Setembro de 1989
é de
Uma dança de roda distinta das cirandinhas
infantis. Nascida, cantada e dançada no meio do
povo; a ciraTida: é democrática,~ de todos. E Lia,
a cirandeira famosa que mora na ilha de Itamaracá, convida para ·o X Festival de Cirandá de
Pernambuco, que acontece este mês na própria.
ilha.
todoJ
Aí as pessoas entram 11a roda, ele mãos dadas.
girando ao redor dos tocadores que ficam no
centró. E quem quiser pode se chegar, abrir espaço entre os que e~ão dançando, fechando o círculo com a sua presença: Neie jogo não existe
discriminação por idade, cor, sexo ou condição
social. O número de participantes não tem limite:
pode-se en!rar e sair da rod~ qÜantas vezes
quiser.
As danças começam no priffl!!iro sábado de setembro, na praia de ]aguaribe. No último sábado
do mês, dia 30, acontece a finalíssima~ · reunindo
os· quatro grupos classifiçados nas noites anteriores.
Paulo Teixeira Galvão, Técnico de Estudo e
Pesquisa da Unidade Regi01wl de Pernam~uco,
participa do Festival com seÚ grupo, que conta,
inclusive, com outros ibgeanos. "Sou rnuito ligado
à musica e· acho bonito' ver o povo na roda, de
mãos dadas, dançando a ciranda", afirma Paulo,
garantindo que até o Movimento Negro, do qual
também faz parte, tem seus militantes no festival.
Essa dança não tem segredo, é simples como
Lia, como o poVó de Itamaracá e de tantos outros lugares qtfl! se reúne ao ar livre para brincar.
Quanda se est:utam os primeiros sons da zabumba .e dos · instrumentos da ciranda, os mestres
cirandeiros começam a tirar .cantigas que falam
do doce da cima ·e do amor, elo mar, da moça
bonita que tem beijo wm gosto de flor e da lua~
que, sempre que pode, aparece para cirandar.
PELO BRASIL AFORA,
Os 26 coordenadores estaduais e os
22 supervisores da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios foram a
Petrópolis, a 66 kin do Rio, para o
trein~mento da PNAD. De ll a . i5
~este mês, eles permaneceram em
"regime de internato" no Hotel Chácara das Rosas. Segundo técnicos do
Departamento de Erpprego e Rendimentos esta forma centrali~da é para
que haja uma única retransmissão do
treinamento nas Unidades Regionais.
O Coral dos Funcionários do . IBGE
foi convidado para o encerramento
dQ encontro, que teve, também,
seresta.
Região
Nordeste
PERNAMBUCO
Foi inaugurado este
mês o Centro de Processamento de Dados da Unidade Regional, com um com· putador COBRA 540 c vários terminais,
que vão agilizar os trabalhos. Esteve
presente o Diretor de Informática, .José
Sant'Anna Bevilaqua.
Em agosto o coordenadÓr do Grupo
de Coordenação das Estatísticas Agropecuárias - GCE~, Aluísio de Araújo
Càvalcanti e 0 geógrafo Rivalpo Pinto
de Gusmão visitaram diversas c~des
penuunbucanas para realizar pesquisa
de campo sob re o d esenvo1viment o d e
culturas de arroz, algodão, ceboll!- e
tomate.
A SI AS acaba de comprar o prédio
onde estavam instalados 0 laboratório· c
. ·
da ant'1ga E sco)a d e E ngeas of1cmas
nharia de Pernambuco.' 'O prédio, que
fica junto à sede da UR; <4lpois de restaurado, ·vai abrigar os serviços de
~ ·'
·
Região
Norte
Em agosto, o gerente de Marketing,
Antônio Penteado, c o chefe do Setor
. de Comercialização, Delfin Tei:~eira,,
ambos do. CDDI, estiveram em Manaus,
visitando o Setor. de Document~ão c
~isseminação da UR, para supervisionar
as vendas de livros.
RONDôNIA - A Unidade Regional
está dando apoio técnico aos projetos de
emancipação de 25 novos mumc1p10s,
que estão tramitando pela Assembléia
Estadual.
Sudeste
PARÁ- No dia 15 de agosto estiveram
na UR os técnicos do Departamento de
Emprego e Rendimentos- DEREN, da
Diretoria de Pesquisas, Paulo César de
S~mza e Jussara Rieveres, que discutiram detalhes técnicos com os supervisores e o coordenador da PNAD/ 89. Na
· ocasiã.o, também falaram sobre a implantação da Pesquisa Mensal de Emprego - PME, em Belém, em novembro.
RIO DE JANEIRO
O chefe do Departàmento de Erppregó 1e · Rendimentos ,- DEREN, da Diretoria dé Pesquisas, Nelson Senra, fez uma palestra para
102 Agentes d~ Goleta do Rio, dia 24
de agosto, no auditório do Colégio' Pedro
li. ·A palestra teve como tema a implantação e o desenvolvimento da Pesquisa
Mensal de Emprego - PME e ·os problemas da r~de de coleta n~sta pesquisà.
AMAPÁ _ 0 Grupo de Coordenação
de Estatísticas Agropecuárias - GCEA,
com apoio do governo do estado, elaborou um. trabalh<? intit\llado "Aspectos da
Agropecuária Amapaense". Até então,
não havia inf~rÍnações sobre 0 assunto.
A. publicação, com 36 páginas, preenche a lacuna de informações que havia
t
t ·
·
·
nes e se or.
· t aIaçoes,
- ·
AMAZONAS
.
- Com novas ms
o setor de assistência médica da UR
acaba de receber ·um sofisticado equiPaménto odontológico,
Este .m~s, o IBGE participa da III
Semana de Geografia do Ámazonas.
Convidada pelo Departamento de Geografia da Universidade do Amazonas,' a
equipe da UR preparou uma exposlÇ'ão
com venda de livros e mapas.
O Setor de Recursos Humanos da UR
deu início ao curso ·sobre Técnicas de
. ~9!-li~~; ,par~ 52 , funcionários.
Região
MINAS GERAIS - O Diretor-Geral,
David Wu Tai, esteve dia 9 de agosto
na Un~dade Regional visitando a.s instaiações e mantendo contato com os funcionários.
DEAGRO, da Diretó~ia de Pesquisas, da
12. a Exposição Internaci!)nal de Animais - EXPOINTER 89, realizada de
23 de agosto a 3 de setembro, nb Parque A.ssis Brasil, na cidade de Esteio.
Paralelamente, · foram realizadas a e:"
Exposição Nacional de Animais, a u.a
Exposição de Máquinas e lmplementos
A~ícolas e a . 6. 3 Feira Estadual de
Artesanato.
Para Fidélis Marteleto, gerente do
Proj.e to de Organização das Estatísticas
Agropecuárias do DEAGRO, esta foi
uma boa oportunidade para divulgar o
novo Sistema de Difusão Estatística IND que é um subsistema do SIDRA.
Assim, quem estiver interessado em informações agropecuárias pCi>de obtê-ias
via EMBRATEL, através da Rede Pública de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes - RENPAC, como
foi demonstrado nó estande do IBGE.
SANTA' CATARINA - A nova diretoria
da Associação dos Servidores do JBGE,
naquele estado, para a gestão 89/ 91,
. tomou posse no dia 26 de agosto.
·-
r:, .
A~Âl
l(fJf~
. n·~r~~r
{'t ·Al.. ·
Região
Sul
RIO ÇRANDE .DO SUL - O IBGE
participou, através da Unidade Regional
e do Departamento de Agropecuária -
DISTRITO FEDERAL - As equipes
do Set or.
· de Basc O perac10na
· I e das
Agências estão empenhadas na fase de
contagem rápida para a atualização da
base geográfica para o Censo· 90. Esse
trabalho estará concluído até ·dezembro.
MATO GROSSO - O Setor de Base
OperàciQI'la) tem se dedicado inteiramente ao . serviço de atualização cárto· gráfica e delimitação de . setores e zonas
de · trabalho. Dos 96 municípios . do estado, 38 já tiveram. os dados levantados
c. estão sendo encaminhados ao Departamento. de Cartografia da Diretoria de
Geociências, no Rio:
~~:...
· ~~--·,.;.·.~
........·-!;V-·t.,t.~u_..·-..,;.._....:..---~'·~~""!Õ.~-._ _ _..;.__ _;,._ _....;.__ _ _ _~_.____.__..,.._~.......~----~·-·P&D
BRASIL AFORA
Página 8
JORNAL DO IBGE - Setembro de 1989
A realidade· sem poesia das favelas
Compositore$ como Herivelto Martins
e Orestes Barbosa utilizaram a poesia
para descrever a vida no morro, i
.onde ·se "vive pertinho do céu" e as "'ê
pessoas pisam "nos astros, distraídas". ~ ~~;iitJII~~=:~
À realidade, porém, não é nada poética.
Até em Tocantins aparecem nas
estatísticas os barracos com portas
"sem trinco" e estudiosos garantem que
já têm pobre disc;iminando o mais pobre.
O termo "favela", segundo Laude- de alheia. Além disso, é necessário quÍsa de Campo e que servirão Qamo favelas, 1.100 s6 na Região Metrolino Freire, designa um arbusto da que ele seja carente de serviços .pú~ referencial para o cadastramento.
politana· de São . Paulo, que têm 37
municípios. · Dessas 1. 100, mais da
caatinga baiana, que deu noiiJe a um blioos essenciais (água, luz, esgoto).
morro célebre na Guerra dos CanuA primeira fase de elaboração do , Pobre di~criminando o mais pobre metade estava na capital paulista,
principal p6lo concentrador de ,atividos, em fins do século pa5sado. Os ca~astro foi reali~ada pélas Unidades
dades
econômicas. A Região Metrobarracões construídos para abrigar os Regionais, de acordo com os dados
Passando a chamar de favelas to-.
spldados que voltaram ao Rio, depois já existentes do Censo de 80. Atual- dos os aglomerados subnorma~s, de politana do Rio de Janeiro tinha cerda campanha contra os jagupços de . mente a rede de coleta está realizan- acordo com Helena Balassiano, exis- ca de 700 favelas, 400 delas na "cidaAntonio Conselheirõ, foram apelida- do atualizações, que envolvem pes- tem no Brasil, dados de· 80, 4.825 ~e m~ravilhosa", e com grande concentração também na Baixada Flumidos pelo povo de "favelas". Eram no ·
Morro da Providência, perto da Esnense .(Nova . Iguaçu, Duque de Catràda de Ferro Central do Brasil.
xias, Nil6polis e São João de Meriti).
Quando os soldados retornaram aos
A técnica do DEGEO explica que
quartéis, os barracos foram vendidos
as classes sociais estão se subdividinà população pobre da cidade, passanqo. ·"Agora existem ·classes mfodia
. "Os políticos vêm . aqui e
do o local a/ se chamar Morro da Faalta, média e baixa." Com isso, as
· ficam prometendo melhorar..
vela. Daí essa designação para confaixas de menor poder. aquisitivo
Eu não acredito. Meu
juntos de habitações populares, canse
saem do subúrbio e vão para as cidapai, que andava com essa
truídos de maneira tosca e com ·pou• gente, morreu e se não
. des da perif~ria ·da Região Metropofossem os filhos seria
cos recursos higiênicos.
litana. Os segmentos Q.e baixíssima
enterrado como indigente."
renda
que lá se encontravam vão paAntônio Constantino, um
ê
ra as favela_s. Este proçesso tem geraFavelização em ritmo acelerado
dos moradores mais anti~os
da Favela da Maré
do, inclusive, preconceito social. '~Já
tem pobre discriminando os mais poo processo de favelização está em
bres' . garante Helena. "Os preÇos
constante crescimento ·e se torna cados bar-racos estão cada vez mais
da vez mais irreversível. Ele é resul"O esgoto que os moradores fizeram
era ótimo. Os Homens
altos·, tanto para àlugar· quanto pará
, tado das transformações s6cio-econôdisseram que iam urbani2ar mas
comprar, o que · acaba se tornando
micas no país, tanto no aspecto urbaficou pior. Agora quando
inacessível para o novo migrante."
no quanto no rural, em conseqüência
chove, entope tudo."
da forte urbanização e do volumoso
Emir Coelho Cruz, moradora há
30 anos na Maré
fluxo rnigrat6rio entre o campo e a
Caminhando para a periferia
cidade.
. O Departamento de Geografia Sendo assim, a aJtemativa para
DEGEO, dentro de um amplo projeesta classe de baixíssima renda é busto da Diretoria de Geociências, ela; car as favelas da periferia, pois a
borou o "Cadastro de Aglomerados
chamada classe média baixa, também
Subnom:tais", para os do Rio, as poem função do aumento no preço· dos
pulares favelas. Esse projeto tem •
aluguéis do subúrbio, está procurancomo um dos objetivos servir de sub- ~
do moradia nos municípios mais dissídio para os trabalhos do Recenséa~ ~
tantes. ·
menta .Ceral .de 1990.
~
- t evidente que . este processo é
Segundo Helena Mesquita Balassioompensado pelo desenvolvimento
. ano, db DEGEO, a . primeira pr~o­
dos transportes (trens, metrô e linhas
cqpação do departamento foi a de se
~ regulares de ônibus) que facilitam e
"Tem torneira, cano, mas água
ten~af chegar a um conceito e a uma
u integram a mobilidade do trabalha~
que é bom, nada."
denominação que abrangess~ todo o
g dor, assegura a técnica.
Maria Aparecida oos Santos, da
~
Territ6rio Nacional, no que diz res· Favela ·dá Maré
~
A fav~lização que está aoont~cendo
peito a favelas e similares.
nos grandes centros não é uiri fenômepo isolado, póis em outras Regiões
· -. Essas habitações têm nomes diPequenos
Metropolitanas observam-se procesA dura realidade
ferentes em várias . . re~iões, como
brasileirôs
da favela nas
sos ~emelhantes.
''baixadas", "mocambos', "invasões".
aprendem desde
"roupas comuns
Por isso optamos por denominá-las dependuradas", ..
86 J?ara dar um exemplo bem atual,
cedo que a vida
não ê brincadeira.
o recem-criado Estado de Tocantins
como "Aglomerados Subnonnais", es_já tem 20 . favela~. Por ser · uma (suclatece a técnica responsável pelo
posta) nova frente· de trabalho está
projeto.
atraindo mão-de-obra, o que, com
Para fazer parte deste cadastro fCl>i
"'
certeza, vai aumentar, em ritmo acedefinido que o conjunto tenha oculerado,
número de habitações po- .
pado até período recente,. de maneira ·
pulares.
desordenada, t~rrenos de proprieda._
.
"
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Download

A PNAD/89 está começando