Ano IV Edição 22 Agosto, Setembro e Outubro de 2012 Repórter Sindasp _1_ Anúncio _2_ Repórter Sindasp Av. Paulista, 1.337, 22º andar Cerqueira César, São Paulo - SP CEP: 01311-200 Tel./Fax: (11) 3549-9832 www.sindaspcg.org.br [email protected] Expediente Diretoria • Presidente Valdir Aparecido do Santos • Vice-presidente Daniel Mansano • 1º Secretário Silvio Gonzales • 2º Secretário Lucio M. de Melo • 1º Tesoureiro Marcos Farneze • 2ª Tesoureira Regina Terezin Conselho Fiscal • Efetivo Aparecido Luiz Grillo José Augusto do N. Preto Marcos Aurelio Brunello • Suplente Gilmar Paes Carlos Alberto Nunes Antonio Carlos Costa Ferreira • Produção e Edição De León Comunicações Tels.: (11) 5017-4090/7604 E-mail: [email protected] • Editora e Jornalista Responsável Lenilde Plá De León (MTb 11.707/SP) • Coordenadora Editorial Débora Luz (MTb 48.121/SP) • Redator Paulo Prendes (MTb 61.957/SP) • Colaboração Paloma Minke (MTb 53.985/SP) • Projeto Gráfico Marcelo Vieira [email protected] • Diagramação Dênia Oliveira [email protected] • Periodicidade Trimestral • Tiragem 3.000 exemplares • Impressão e acabamento Graphic Express - Tel.: (11) 3159-5354 E-mail: [email protected] As opiniões expressas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e os anúncios veiculados são de inteira responsabilidade dos anunciantes. Reflexo da paralisação no comércio exterior Valdir Santos Presidente do SINDASP Nos últimos dois meses, os despachantes aduaneiros vivenciaram o mais significativo episódio de paralisações no serviço público federal, que gerou diversos problemas e prejuízos a todos os envolvidos nas operações. Nós, do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros - Sindasp, atuamos ativamente durante os dois meses em que os serviços dos despachantes aduaneiros ficaram comprometidos devido à operação-padrão feita, principalmente pelos servidores da Anvisa e da Receita Federal do Brasil - RFB, buscando soluções viáveis para a continuidade dos trabalhos. Estamos conscientes de que, mesmo com o fim das paralisações, os impactos da greve deverão ser sentidos no setor até o final do mês de outubro. Neste período, nossa diretoria agiu de forma intensa proporcionando condições para prosseguir com as atividades dos nossos associados, diante dos entraves gerados pelo impasse entre governo e servidores públicos federais. Não poderíamos ficar parados sabendo que o movimento grevista impedia que fossem despachadas mais de mil toneladas de cargas, encarecendo o custo de armazenagem para o exportador, uma vez que o tempo de liberação das mercadorias foi aumentado, acarretando enormes prejuízos. Cabe registrar também que nossa Entidade obteve uma importantíssima conquista para a simplificação da liberação das mercadorias. Graças à nossa rápida e eficaz intervenção, fomos ouvidos e atendidos pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, que se dispôs a reformular o Artigo 3º da Portaria 722, publicada em 8 de agosto de 2012, que exigia procedimentos específicos para importações realizadas pelos países asiáticos e Estados Unidos, visto que a situação estava ocasionando problemas para a liberação de produtos provenientes dos demais países. Felizmente, por se contrapor às instruções vigentes sobre o assunto, atendeu o nosso pedido. Essa vitória, que evitou prejuízos de milhares de dólares aos importadores e exportadores em custos de armazenagem, demurrages e linhas de produções paralisadas por conta da não liberação dos produtos, demonstra o comprometimento do Sindasp e da Classe na luta em prol dos interesses dos clientes dos nossos associados para evitar maiores custos. Atitudes como estas garantem a qualidade dos serviços executados e o reconhecimento da importante contribuição desta Classe ao comércio exterior brasileiro. Repórter Sindasp _3_ SINDASP São Paulo SINDASP participa de debate sobre as medidas de facilitação do comércio exterior brasileiro Realizado pelo Grupo Aduaneiras, com apoio do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo Sindasp e da Universidade Católica de Santos o Seminário “Projeto de Facilitação Comercial da OMC no Brasil”, que aconteceu no dia 2 de agosto de 2012, trouxe orientações sobre as práticas em andamento para simplificação do comércio exterior no País. O presidente do Sindasp, Valdir Santos, ressaltou a importância da cooperação entre as autoridades aduaneiras e os despachantes aduaneiros, que resultam em conquistas para o setor, como exemplo, as melhorias nas operações realizadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Leonardo Correia Macedo, auditor fiscal da Receita Federal do Brasil – RFB, representante do Brasil na Organização Mundial de Aduanas - OMA, Paulo Costacurta de Sá Porto, Natália Ramos de Souza, Rodrigo Cardoso Silva e Cláudio O presidente do SINDASP, Valdir Santos destacou a importância da cooperação entre as autoridades aduaneiras e os despachantes aduaneiros durante seu painel no Seminário. Luiz Rodrigues de Sá, representantes da Unisantos, Edison Jorge Takeshi Kaneko, inspetor-chefe da Alfândega do Aeroporto Internacional de Guarulhos, John Mein, secretário-executivo do Procomex, Osvaldo Agripino, doutor em Direito e professor na Univali – SC, Matheus Miller, secretário executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados – ABTRA, e Demes Britto, advogado, professor e membro da Comissão de Direito Aduaneiro da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/ SP participaram do seminário. SINDASP e Banco do Brasil renovam parceria para cursos e treinamentos O presidente do Sindasp, Valdir Santos (ao centro) e o assessor de diretoria, Jovair Martins ao lado dos representantes do Banco do Brasil, quando0 firmaram a parceria de desconto de 20% para os associados na realização dos cursos oferecidos pelo banco. _4_ Repórter Sindasp O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo e o Banco do Brasil firmaram um novo contrato de parceria de cursos voltados à área de comércio exterior. A parceira consiste em fornecer desconto de 20% nos treinamentos oferecidos pelo banco aos associados do Sindasp. Anteriormente, esse abatimento era de 15%. O Sindasp e o Banco do Brasil são parceiros há 62 anos, trabalhando pela capacitação do despachante aduaneiro e pelo desenvolvimento do comércio exterior brasileiro. “A parceria com o Sindasp é extremamente importante para a construção e atualização de conhecimentos relacionados ao comércio exterior. Por meio de ações conjuntas realizamos treinamentos e eventos para associados, ampliando a possibilidade de agregar novos conceitos/experiências e com isso os participantes podem repassá-los para os demais funcionários, com grande efeito multiplicador”, afirmou a gerente-geral da Diretoria de Negócios Internacionais do Banco do Brasil, Rosa de Lima Nahas. SINDASP São Paulo Diretoria do SINDASP se reúne com representantes do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Espírito Santo O presidente do Sindasp, Valdir Santos e o assessor de diretoria, Jovair Martins se reuniram com o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Espírito Santo, Luis Kleber da Silva Brandão e seu vice-presidente, Wellington de Jesus Victoriano, para tratar de assuntos de interesse da Categoria. Dentre os assuntos abordados, estava o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias – FUNDAP. O FUNDAP é um financiamento para apoio às empresas com sede no Espírito Santo e que realizam operações de comércio exterior tributadas com ICMS no Estado. O assunto interessa ao Sindasp, pois muitos associados operam com empresas industriais com sede no Espírito Santo, que fazem uso de insumo importado, e poderão também ter acesso aos financiamentos. Após a reunião, a diretoria do Sindasp foi convidadapara participar de um almo- O presidente do Sindasp, Valdir Santos (3º e 2º da esq. para direita, respectivamente) se reuniram com os representantes do comercio exterior e da categoria do Espírito Santo, durante a visita ao estado capixaba ço de confraternização, no qual compareceram também o inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória, Flávio José Passos Coelho, e os representantes da área de Comércio Exterior – SECEX do Banco do Brasil em Vitória, Marcos Augusto P. Ticianeli, Alexandre da Silva Velho, Fernando Pôncio Paiva, e Ricardo Gio Moraes. Universidade Motodista recebe palestra sobre perfil do Despachante Aduaneiro Sindasp participará da Expo SCALA 2012 No dia 14 de agosto de 2012, o despachante aduaneiro do Grupo V. Santos Logística Internacional, Reinaldo dos Santos ministrou a palestra “O Perfil, Responsabilidades e Oportunidades do Despachante Aduaneiro”, na Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo-SP. O painel, que contou com o apoio da professora e apresentadora do programa Comexlog da TV ABCD, Claudia Bocci, teve como objetivo trazer à tona, de forma abrangente, para alunos dos cursos de Comércio Exterior e de Administração da universidade, o universo relacionado à profissão, a responsabilidade de representar uma empresa importadora por meio de procuração e sobre o relacionamento com os órgãos anuentes. Segundo Reinaldo, a profissão oferece uma série de oportunidades, especialmente ao momento econômico vivido pelo Brasil atualmente. “É uma área que não fica restrita ao desembaraço aduaneiro junto à Receita Federal, pois envolve uma série de carreiras no segmento do comércio exterior. Existe uma infinidade de áreas que atuam com importação e exportação que necessitam do intermédio do despachante aduaneiro”, afirmou. O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo confirmou presença na 13ª Expo SCALA, maior e mais importante feira de Logística, Comércio Exterior, negócios e relacionamento do interior do Estado de São Paulo, que ocorre nos dias 6 e 7 de novembro de 2012, no Royal Palm Hotéis e Resorts, em Campinas-SP. O evento tem um importante papel para a logística do interior do estado, pois a Região Metropolitana de Campinas, que abriga o Aeroporto Internacional de Viracopos, que tem a previsão de movimentar 1.175,561 toneladas, pelo Teca VCP, em 2012. A programação conta com um tradicional ciclo de palestras que acontecem nos dois dias do evento. A comissão organizadora pretende durante todo o ano promover encontros para debater os principais temas que interferem diretamente na logística, carga, transportes e comércio exterior. Além disso, a Expo SCALA também é famosa por apresentar duas premiações. Uma delas é o Prêmio Infraero de Eficiência Logística de Viracopos, que destaca as empresas mais eficientes no desembaraço de cargas no aeroporto. A segunda premiação é o Troféu Fênix, que homenageia a atuação dos prestadores de serviços junto ao aeroporto de Viracopos. Repórter Sindasp _5_ SINDASP Campinas Após 15 anos de tentativas para que os projetos de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos saíssem do papel, as obras tiveram início em 31 de agosto de 2012. A Companhia Ambiental de São Paulo - Cetesb concedeu a licença ambiental que autorizou o início das obras do aeroporto. O custo total da ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos é de R$ 8,4 bilhões e acontecerá em cinco etapas. Ao final das obras, Viracopos se transformará em uma cidade aeroportuária, com centro de convenções, shopping e hotel. A ampliação de Viracopos é considerada de fundamental importância para absorver a demanda do setor aéreo e, principalmente, para receber os turistas na Copa de 2014. De acordo com Alberto Kuster, diretor-presidente do consórcio Aeroportos Brasil, que venceu a concorrência para administrar o aeroporto, garantiu que “essas obras transformarão Viracopos no mais moderno aeroporto da América Latina. Com a licença concedida dentro do prazo que havíamos solicitado vamos entregar o novo terminal Acervo Infraero Concessionária inicia obras de modernização no Aeroporto Internacional de Viracopos Aeroporto Internacional de Viracopos até maio de 2014”. O novo terminal de passageiros terá 110 mil metros quadrados de área, edifício garagem com capacidade para 4,5 mil veículos e 28 pontos de estacionamento de aviões com fingers (pontes de embarque e desembarque). A capacidade de passageiros passará a 14 milhões por ano, o dobro da atual. Até o fim do período da concessão da Aeroportos Brasil, em 2042, a expectativa é que Viracopos atenda 80 milhões de passageiros anualmente. Segunda pista A concessionária Aeroportos Brasil apresentou, no dia 17 de setembro de 2012, o projeto de construção da segunda pista de pouso, inicialmente prevista para 2018, quando o número de passageiros deve chegar a 22 milhões anualmente. O projeto da nova pista precisa de aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac. De acordo com o projeto, as obras não devem atrapalhar as operações no aeroporto. A nova pista será construída a 2,5 quilômetros da atual e, deste modo, a operação de partidas e decolagens simultâneas não será prejudicada. _6_ Repórter Sindasp Disputa política As primeiras propostas para a ampliação de Viracopos para que se tornasse o maior aeroporto de transporte de carga do Brasil começaram em 1997. Desde então, disputas políticas entre a prefeitura de Campinas, Estado e União dificultaram a execução do projeto de ampliação. SINDASP Guarulhos Despachantes Aduaneiros sofrem com operação-padrão no Aeroporto Internacional Pilhas de pastas de processos no chão formaram uma fila simbólica de atendimento, enquanto os despachantes aduaneiros esperaram pelo atendimento no posto da Anvisa, em Guarulhos. Tensão e apreensão. Diversas pastas de processos enfileiradas no chão, formando uma fila simbólica de atendimento. Despachantes aduaneiros se revezavam e se organizavam para manter a ordem e a paciência durante as várias horas, por vezes dias, esperando pelo atendimento para conseguir dar entrada ao processo para o desembaraço de uma carga. Foi essa a rotina do despachante aduaneiro durante a greve dos servidores públicos federais, que se estendeu até o dia 31 de agosto de 2012, especialmente no Aeroporto Internacional de Guarulhos, prejudicando a atividade econômica brasileira, principalmente as importações e exportações do Brasil. A operação-padrão realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, causou tumultos diários. O atendimento era feito das 9h às 12h, priorizando os importadores com mandado judicial para a liberação de cargas, mesmo assim, sem vazão de demanda. Por conta de uma liminar judicial, obtida pelo Sindicato da Indústria Farmacêutica – Sindusfarma, os próprios profissionais definiram uma lista de atendimento e organizaram uma fila simbólica com as pastas de processos, na espera pelo atendimento. A servidora da Anvisa, Rosana Soares, afirmou que mesmo com a greve, o quadro de funcionários no aeroporto de Guarulhos aumentou de 30% para 50%, para atender os processos de importação de mercadorias mais urgentes, como o caso de produtos químicos e farmacêuticos, um dos mais prejudicados com a paralisação. Porém, as geladeiras e os armazéns da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero permaneciam lotados, causando carência de insumos na indústria. Empresas, entidades e trabalhadores do setor de saúde estiveram em alerta pela falta de material usado em tratamentos e exames de saúde, além de equipamentos médico-hospitalares. O setor é altamente dependente de importações, especialmente da Índia e da China, origem de 70% dos itens trazidos ao País. O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – Sindasp esteve empenhado durante toda a paralisação dos servidores para solucionar esse impasse. “A nossa Categoria, especialmente os profissionais que dependem do segmento da saúde foram extremamente prejudicados. O Sindicato é contrário a qualquer tipo de greve e, por isso, trabalhamos em conjunto com todos os órgãos anuentes”, disse o diretor do Sindasp, Marcos Farneze. A Prefeitura de Guarulhos e o Consórcio Aeroporto de Guarulhos S/A assinaram no dia 19 de setembro de 2012 um protocolo de intenções que deverá garantir diversos benefícios para a cidade. O documento é um compromisso entre as partes que garante investimentos em mão de obra qualificada, capacitação de profissionais e intervenções viárias no entorno do Aeroporto de Guarulhos. Até 2016 serão investidos mais de R$ 3 bilhões em obras no aeroporto (terminal de passageiros, nova pista de taxiamento, intervenções no pátio de equipamentos, modernização do processamento de bagagens e na área de escape) e melhorias no entorno (hotel, edíficio garagem e centro de entretenimento). Com isso, o aeroporto que hoje conta com 30 mil funcionários, passará em 2016 a contar com 60 mil no contingente. Sidnei Barros Prefeitura e Concessionária firmam compromisso para a privatização do Aeroporto de Guarulhos O prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (dir.) e o presidente do Consórcio Aeroporto de Guarulhos S/A, Antônio Miguel Marques assinam o protocolo. Repórter Sindasp _7_ SINDASP São José dos Campos Divulgação Infraero define projeto de ampliação do aeroporto Aeroporto de São José dos Campos A Infraero planeja lançar nas próximas semanas uma licitação para contratar a ampliação do aeroporto de São José dos Campos. O prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB) relatou que o presidente da Infraero, Gustavo Vale já autorizou o processo de ampliação do terminal, obra prevista para acabar em oito meses. O valor do investimento não foi divulgado. A ampliação será executada por meio da instalação de um Módulo Operacional de Passageiros - MOP na área em que está o estacionamento do terminal aeroportuário. A prefeitura de São José dos Campos destacou que o MOP permitirá, ao menos, quadruplicar a capacidade de passageiros do terminal, que atualmente é de 90 mil por ano. Segundo a Infraero, a licitação para a construção do MOP deve levar quatro meses e outros quatro para a implantação _8_ Repórter Sindasp do novo terminal. Já o novo estacionamento será construído em outro espaço do terminal, em área do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial - DCTA, proprietária da gleba. “Com essa ampliação aumentará também a capacidade do aeroporto em receber voos diários para pelo menos dez. O projeto é emergencial e tem o objetivo de melhorar as instalações”, afirmou Cury. O projeto para o novo aeroporto, previsto para ser construído às margens da rodovia dos Tamoios, ainda não tem previsão de sair do papel. Por enquanto, ele encontra-se em estudo. Também não está definido se o novo terminal será municipal ou concedido à iniciativa privada. O prefeito afirmou que dependerá de estudos da Secretaria de Aviação Civil. A proposta ainda está em análise pelo governo. Reportagem de Capa FEIRA INTERNACIONAL DE LOGÍSTICA, TRANSPORTE DE CARGAS E COMÉRCIO EXTERIOR ONDE O SETOR FAZ NEGÓCIOS 2A4 O MUNDO INTERMODAL EM EXPOSIÇÃO Abril 2013 13 - 21h TRANSPORTE MARÍTIMO Transamerica Expo Center São Paulo - Brasil TRANSPORTE AÉREO TRANSPORTE FERROVIÁRIO n TRANSPORTE RODOVIÁRIO n Aumento de 23% na área disponível para exposição 2º maior evento do mundo para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior Aeroportos, EADIs, Portos, Terminais, Serviços e Sistemas de Transporte, Logística, Comércio Internacional de Cargas, Equipamentos e Tecnologia n Mais de 45 mil visitantes, dos quais 65% são embarcadores de carga em busca de novas soluções, melhores práticas e networking com os grandes players do mercado nacional e internacional Participe e faça parte desse importante encontro dos melhores profissionais do setor. www.intermodal.com.br Realização Patrocínio Informações: Kelly Lima: 11 4689 1935 - r. 2112 - [email protected] Repórter Sindasp _9_ Bruna Sá: 11 4689 1935 - r. 2110 - [email protected] Reportagem de Capa Depois da greve... Mesmo com o fim da mobilização dos servidores públicos federais, os reflexos ainda são sentidos no comércio exterior do País Servidores públicos federais realizaram ato público nos portos e aeroportos de todo o País. Os últimos meses foram angustiantes para os despachantes aduaneiros. Mesmo com o fim da greve dos servidores públicos federais no dia 31 de agosto de 2012 - a mobilização teve início em julho de 2012 -, os reflexos ainda são sentidos em diversos setores econômicos, principalmente no comércio exterior de todo o País. A paralisação dos servidores federais ligados ao comércio exterior – Ministério da Agricultura, Receita Federal do Brasil - RFB, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa – trouxe prejuízos diários para o setor de US$ 12 milhões, além de acarretar perda de contrato para exportadores brasileiros. Nos aeroportos, os armazéns da Infraero ficaram lotados, sem dar vazão aos produtos, muitos deles com urgência de liberação. Nos portos, cerca de 150 navios estiveram parados, aguardando o desembaraço para carregar ou descarregar mercadorias, gerando perda financeira para exportadores e importadores. Nas estações aduaneiras, mais de 1.200 caminhões ficaram na fila para a liberação das cargas. “A redução no ritmo das operações ocasionou um tempo muito grande para a liberação das cargas, chegando a 10 dias. Armazéns operando no limite de sua capacidade e altos custos com armazenagem dos produtos em câmeras frias causaram às empresas prejuízos irrecuperáveis, além de correr o risco de ultrapassar o prazo de validade de suas mercadorias”, afirmou o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo - Sindasp, Valdir Santos. _10_ Repórter Sindasp De acordo com o presidente, as empresas que transacionam e fazem o transporte das cargas recebem por volume despachado. “Sem conseguir tirar as encomendas do aeroporto, essas empresas ficam sem pagamento”, disse Valdir, que complementou, “de igual maneira, nós despachantes aduaneiros, temos sido muito prejudicados pelo fato de que a nossa remuneração depende do volume de despachos aduaneiros concluídos”. A formalização das assinaturas dos acordos entre governo e as entidades sindicais para solucionar as pendências e retornar ao trabalho seguiu pela madrugada do dia 30 de agosto de 2012. O reajuste oferecido pelo governo foi de 15,8%, divididos em três anos. Entre as principais reivindicações dos servidores estavam a criação de uma carreira única para a Regulação Federal, subsídio como forma de remuneração, correção das tabelas remuneratórias em comparação com outras carreiras exclusivas do Estado e compensação da perda salarial decorrente da inflação. “Não queremos entrar no mérito de julgar se as reivindicações dos servidores são justas ou não. Cabe-nos enfatizar que tais movimentos provocaram enorme impacto negativo para as atividades do setor, visto que são serviços essenciais às empresas e à sociedade, atingindo diretamente o desenvolvimento do País, ainda mais diante do atual cenário de crise econômica na Europa, com total incerteza na economia mundial”, ponderou o presidente do Sindasp. Reportagem de Capa Guarulhos A operação-padrão realizada pela Anvisa causou tumultos diários no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O atendimento era feito das 9h às 12h, priorizando aqueles importadores com mandado judicial para a liberação de cargas, mesmo assim, sem vazão da demanda. As geladeiras e os armazéns da Infraero permaneceram lotados, gerando carência de insumos na indústria. Empresas, entidades e trabalhadores do setor de saúde ficaram em alerta pela falta de material usado em tratamentos e exames de saúde, além de equipamentos médico-hospitalares. O setor é altamente dependente de importações, especialmente da Índia e da China, origem de 70% dos itens trazidos ao País. “O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo – Sindusfarma conseguiu uma liminar na Justiça para protocolar novos documentos de embarque de produtos farmacêuticos junto a Anvisa, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 48 horas. Por conta disso, os próprios despachantes se organizaram, criando lista de atendimentos. Mesmo assim, nem todos conseguiam a liberação da mercadoria”, disse o diretor do Sindasp, Marcos Farneze, que acompanhou a mobilização na região. Viracopos A paralisação causou prejuízo de US$ 10 mil por dia à cadeia logística do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas-SP. As operações no local ficaram 60% mais lentas. Durante a greve, Viracopos foi um dos piores pontos de liberação de mercadorias nos setores de importação e exportação do Estado, de acordo com o presidente do Sindasp, Valdir Santos. As maiores prejudicadas foram as empresas que operam com mercadorias que necessitam de armazenamento nas câmeras frias - o preço pago por cinco dias de estoque chegava a 1,5% o valor do processo na mercadoria. “Os armazéns de Viracopos ficaram no limite. Nosso medo é que essas mercadorias que ficaram paradas por muito tempo se tornem inutilizáveis. O prejuízo seria enorme”, afirmou Santos. Despachantes aduaneiros organizaram senha simbólica de atendimento, priorizando os despachados dos produtos mais urgentes. Porto de Santos A situação no porto de Santos, litoral paulista, também foi caótica. O volume de contêineres parados nos quatro terminais marítimos especializados nessa operação chegou a 3.874 Teus (contêiner de 20 pés). Entre as mercadorias estavam produtos siderúrgicos, automotivos, agentes orgânicos, medicamentos, arroz, frutas, eletrônicos e pastas químicas de madeira. A greve dos fiscais ligados ao Ministério da Agricultura afetou um universo maior de cargas. Além de responsáveis pela inspeção de mercadorias de origem vegetal e animal, a categoria vistoria toda a madeira que entra no País para evitar a introdução de pragas – por isso o interior de quase todos os contêineres é revestido com paletes de madeira, usados para facilitar o manuseio da carga. Sem a liberação das importações, os terminais ficaram abarrotados e com pouco espaço para receber os contêineres de exportação. Além da lentidão em receber a carga, a greve impôs outro ônus ao importador: quanto mais tempo a carga ficava parada, maior o custo de armazenagem cobrado do importador, um dos itens de maior receita dos terminais. Repórter Sindasp _11_ Reportagem de Capa Arrecadação A queda da arrecadação federal fez com que o governo reduzisse a previsão de receita primária total este ano em R$ 1,359 bilhão, de acordo com o relatório bimestral de despesas e receitas divulgado no dia 20 setembro de 2012 pelo Ministério do Planejamento. O período de maior queda da arrecadação está relacionado com a efetivação da operação crédito zero desencadeada pelos auditores fiscais da Receita Federal. Despachante aduaneiro ao se deparar com a falta de atendimento na Anvisa. Fiscalização As planilhas com os resultados das metas de fiscalização de junho nas Delegacias da Receita Federal do Brasil registraram uma desaceleração significativa por conta da mobilização. De acordo com levantamento feito pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil – Sindifisco Nacio- nal, nos primeiros 10 dias de julho foram lançadas 375 fiscalizações a menos que no mesmo período de 2011. Em junho, a categoria deixou de lançar cerca de 430 fiscalizações. Com apenas 12 dias de crédito zero, os números atuais já estão abaixo do registrado no ano passado no que se refere às metas de fiscalização (42,6% contra 44,4%). Liberação de medicamentos De todos os setores prejudicados com a greve, o da saúde foi o mais atingido. Segundo a Associação Nacional dos Hospitais Privados, 75% dos seus 46 associados sentiram algum efeito da greve em seus estoques de materiais, reagentes e remédios. Com o fim da greve, a Anvisa decidiu alterar a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 81/2008, que trata da importação de produtos, de modo a agilizar a liberação de medicamentos e produtos para a saúde que ficaram retidos durante a greve. Para atender à demanda dos locais com maior quantidade de produtos a serem liberados, foram mobilizados no mínimo, 45 servidores de outras unidades. A diretoria colegiada também decidiu agir prioritariamente nos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Congonhas e Tom Jobim (RJ) e nos portos de Itajaí (SC), _12_ Repórter Sindasp Santos (SP) e Mauá (RJ), deslocando servidores preferencialmente da Gerência de Portos, Aeroportos e Fronteiras - PAF de outros Estados para colaborarem em uma ação de esforço concentrado para a liberação de medicamentos e produtos para a saúde. Foram mobilizados, aproximadamente, 45 servidores para atuarem nesses locais. A diretoria determinou ainda que as áreas técnicas mantiveram monitoramento contínuo sobre os impactos dessas medidas, especialmente da suspensão de licença de pré-embarque, a fim de evitar acúmulo de licenciamentos pós-embarque. Outro fator acompanhado foi o cumprimento das exigências sanitárias pelos importadores de produtos para a saúde, que são normalmente apuradas antes da liberação dos produtos. Reportagem de Capa Decreto 7.777/12 O Decreto nº 7.777/12 publicado pela presidência da República, no Diário Oficial da União – DOU, em 25 de julho de 2012, permite que servidores federais em greve sejam substituídos por equivalentes estaduais. Porém, a medida foi questionada pelos servidores públicos, que acusaram o governo de autoritarismo e, por repúdio, intensificaram as manifestações grevistas. De acordo com o decreto, “compete aos Ministros de Estado supervisores dos órgãos ou entidades em que ocorrer greve, paralisação ou retardamento de atividades e serviços públicos: I - promover, mediante convênio, o compartilhamento da execução da atividade ou serviço com Estados, Distrito Federal ou Municípios, e II - adotar, mediante ato próprio, procedimentos simplificados necessá- rios à manutenção ou realização da atividade ou serviço. As atividades de liberação de veículos e cargas no comércio exterior serão executadas em prazo máximo a ser definido pelo respectivo Ministro de Estado supervisor dos órgãos ou entidades intervenientes”. Conforme o documento, os padrões adotados pelos Estados serão encerrados com o término da greve ou paralisação. Os servidores da Anvisa se pronunciaram, por meio de nota oficial, alegando que, além de arbitrária, a norma “em questão é ilegal e inconstitucional ao conceder aos estados, municípios e Distrito Federal poderes para a execução de atividades que, segundo a Constituição Federal (artigo 21, inciso XII, alíneas c, d e f, e inciso XXII), são prerrogativas indelegáveis da União”. Servidores das Agências Reguladoras em reunião no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, visando pressionar o Governo a negociar. Repórter Sindasp _13_ Reportagem de Capa Impacto Político A ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Helena Hoffmann, disse que houve abuso por parte de servidores públicos na onda de greves registrada no País. Segundo ela, o Ministério do Planejamento e a Advocacia Geral da União - AGU discutem internamente a regulamentação do direito de greve, mas não há uma definição sobre possível envio ao Congresso de projeto de lei por parte do Executivo. Para a ministra, a regulamentação da lei de greve precisa ser debatida pelo Congresso. Ela lembrou que os abusos cometidos pelos servidores durante as greves no serviço público federal certamente terão reflexos na legislação. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior também fez um apelo ao Congresso Nacional para regulamentar o direito de greve no funcionalismo público. A fim de evitar excessos que causam transtornos à população e à economia, durante entrevista sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual de 2013. A ministra alertou que o governo quer regras mais claras para as greves do funcionalismo público. Segundo ela é preciso “um regramento melhor”. “Precisamos que o País discuta os limites do direito de greve. É necessário estabelecer as condições em que a greve pode ser exercida sem causar danos à economia ou transtornos para a população”, afirmou. No início de setembro, o governo iniciou uma série de reuniões para elaborar projeto de lei de regulamentação do direito de greve dos servidores públicos. A informação foi passada no dia 3 de setembro de 2012 pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias Melo, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Manifesto no terminal de passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos. _14_ Repórter Sindasp Entrevista Presidente do Sindasp opina sobre a greve na RFB e dos órgãos anuentes Valdir Santos Presidente do Sindasp Em março de 2012, a Receita Federal do Brasil - RFB iniciou a operação Maré Vermelha, que consistia em intensificar a fiscalização de produtos importados no âmbito nacional. Na sequência, os auditores fiscais iniciaram uma operação, o que desencadeou a paralisação dos órgãos federais anuentes (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, INMETRO, Ministério do Exército, Polícia Federal, dentre outros). A greve dos servidores públicos federais alastrou-se rapidamente transformando-se em um dos maiores movimentos dos últimos 40 anos no País. Durante a paralisação, o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo - Sindasp procurou orientar os despachantes aduaneiros no sentido de garantir o desenvolvimento de seus trabalhos, haja vista que foram eles um dos grandes prejudicados com a paralisação. O presidente do Sindasp, Valdir Santos faz uma análise do movimento e suas consequências para o setor. Quais foram os reflexos da greve para os despachantes aduaneiros? Temos de considerar que a greve dos servidores públicos federais que atuam em comércio exterior foi bem preocupante e nos causou muitos prejuízos. O despachante aduaneiro trabalha na linha de frente, liberando as mercadorias de importação e exportação nos quatro modais: aéreo, marítimo, rodoviário e ferroviário. Muitos profissionais não conseguiam liberar suas mercadorias e tiveram de arcar com os prejuízos, como exemplo, o pagamento de folha de salário e despesas de suas empresas. Tivemos informações de empresas cujos proprietários recorreram a empréstimos bancários para arcar com despesas de funcionários e infraestrutura. trabalho dos profissionais da Classe que souberam orientar, informar, verificar, trabalhar 24 horas, e conseguir, ainda que precariamente, a liberação das mercadorias. Dentre os órgãos reivindicadores, quais prejudicaram mais o trabalho do despachante aduaneiro? Tivemos pontos que foram bem complicados. As operações que envolviam a Anvisa, que consideramos o gargalo, foram as mais afetadas, pois a infraestrutura não é adequada, além da questão do número de servidores que precisa ser aumentado com urgência. O fato só foi minimizado, graças ao esforço pessoal dos funcionários ali lotados. Qual a previsão de normalização dos serviços? A concentração de mercadorias represadas foi muito grande. Esperava-se que este processo de liberação de quase toda a mercadoria, que estava represada junto às alfândegas de importação e exportação, ocorresse em 30 dias. Por meio do despachante aduaneiro, esse tempo foi reduzido para 10 dias. Mais uma vez mostra o quanto o despachante aduaneiro é importante e que não mede esforços para atender seus clientes. Como os despachantes aduaneiros atuaram durante a greve? Infelizmente em meio à greve, todos que atuam neste segmento tiveram seus prejuízos e nós despachantes também. Alguns conseguiam liberar as mercadorias e outros não. Houve momentos de desconfiança quanto à atuação desses profissionais, sendo que algumas empresas de importação e exportação queriam responsabilizar o profissional por não liberar a mercadoria em tempo hábil. Sem o despachante aduaneiro as repartições aduaneiras do Brasil param. E elas só não entraram em colapso devido ao Quanto tempo levava para liberar uma mercadoria? O modal aéreo de São Paulo, por exemplo, formado pelos aeroportos de Guarulhos e o de Viracopos, sofreram muito. As mercadorias que eram canalizadas e parametrizadas no canal vermelho e amarelo demoravam um período maior. Então ocorreram casos de mercadorias que chegaram a ficar 20 dias, até um mês para serem liberadas. No modal marítimo, no Porto de Santos e nos modais rodoviário e ferroviário, acontecia o mesmo. Quais medidas o Sindicato adotou para amenizar os efeitos da greve? O Sindasp já vinha orientando os despachantes aduaneiros sobre como atuar em situações como esta. Várias medidas foram tomadas, pois muitos despachantes nos procuravam pedindo ajuda para resolver o problema e nós estávamos prontos a ajudá-los a liberar suas mercadorias. O envolvimento de outras associações que atuam no segmento de comércio exterior foi fundamental na busca de uma solução para o problema. Agora estaremos sempre trabalhando em conjunto. Repórter Sindasp _15_ Reportagem Sindasp homenageia os 90 anos da Hormino Maia Com eficiência e agilidade, a empresa se tornou referência no comércio exterior brasileiro Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados e pela sua representatividade no comércio exterior brasileiro, o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – Sindasp entregou uma placa comemorativa à empresa Hormino Maia – Logística de Comércio Exterior pelos seus 90 anos de atividades ligadas ao setor. Composta por ex-funcionários que assumiram a empresa após o falecimento de seu fundador, Hormino Maia, em 1944, a empresa reflete as políticas e posturas que remetem ao bem estar da equipe e ao trabalho desenvolvido com qualidade, para assim atingir seu foco principal: a satisfação total de seus parceiros e clientes, atuando com eficiência e agilidade, se tornando referência no comércio exterior. “Nós do Sindasp acompanhamos a seriedade e a dedicação dos despachantes aduaneiros que trabalham na Hormino Maia. Essa homenagem é um estímulo para que continuem a desenvolver esse trabalho que vem realizando há nove décadas com excelência, em prol do desenvolvimento do setor”, disse o vice-presidente do Sindicato, Daniel Mansano, que ao lado do assessor da presidência, Jovair Martins fizeram a entrega da placa. Para o diretor, e sócio da Hormino Maia, Ivon Silas Bulgarelli, esse reconhecimento é uma mo- Diretoria do Sindasp entrega a placa aos sócios da Hormino Maia em comemoração aos 90 anos da empresa. tivação a mais para a empresa continuar trabalhando em prol do crescimento do comércio exterior brasileiro. “Esse prestígio é muito importante, porque somos despachantes aduaneiros e parceiros do Sindasp. É muito gratificante receber essa homenagem”, afirmou. Comércio exterior sustentável foi destaque no ENAEX 2012 O evento debateu a sustentabilidade e a desburocratização da economia internacional Comércio exterior sustentável. Essa foi a proposta discutida por empresários, dirigentes, operadores, agentes, consultores, especialistas e autoridades do governo durante a 31ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior – ENAEX 2012, realizado nos dias 27 e 28 de setembro de 2012, no Rio de Janeiro-RJ. O tradicional evento de comércio exterior do Brasil, composto de Plenária, Área de Exposição de Produtos e Serviços de Comércio Exterior, Espaço de Promoção de Negócios contou com a participação da diretora, Regina Terezin e do diretor suplente, Carlos Alberto Costa Ferreira do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – Sindasp, representando a Entidade. Entre as propostas discutidas durante o encontro estavam o aumento dos investimentos em infraestrutura de logística, base para a redução de custos de exportação - aumentando _16_ Repórter Sindasp a competitividade dos produtos manufaturados e diminuindo a dependência das commodities - maior desburocratização dos negócios com o mercado internacional e ampliação das políticas de inovação no comércio exterior. Outros temas debatidos foram a realização de uma mesa-redonda com representantes dos Conselhos da Autoridade Portuária, no dia 27, e a reunião do Conselho de Comércio Exterior do Mercosul - MERCOEX, integrado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB, Cámara de Exportadores de La República Argentina - CERA, Unión de Exportadores del Uruguai - UEU e Centro de Importadores del Paraguay - CIP. O evento, realizado pela AEB, teve quatro mil inscritos, recorde desde a primeira edição, em 1972, segundo a organização do evento. Em 2013, o ENAEX será realizado nos dias 22 e 23 de agosto, também no Rio de Janeiro. Em Defesa da Classe Atendendo à solicitação do Sindasp, MAPA revoga artigo da Portaria nº 722 Publicação não distinguia a origem das embalagens a serem fumigadas, causando problemas na hora do desembaraço lisação dos produtos provenientes de todas as regiões do Brasil ou demais países. Atento ao cenário de greve que existia, o Sindicato entrou em contato com o gabinete do Ministro do MAPA, Mendes Ribeiro Filho, em Brasília – DF, requerendo, em caráter de urgência, a modificação do referido artigo para não causar mais danos ao comércio exterior brasileiro. Por conta da publicação, esses produtos, dos quais a muito custo os despachantes aduaneiros estavam conseguindo liberação, ficaram represados nos portos e aeroportos do País. Na qualidade de representante legal da Classe dos Despachantes Aduaneiros, o Sindasp honrou seu compromisso de acompanhar as atividades e os interesses da Categoria. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA revogou o artigo 3º da Portaria nº 722, que determinava, em caráter excepcional e temporário, a obrigatoriedade da fumigação de embalagens e suportes de madeira que acondicionem diversas mercadorias. A Portaria 760, publicada no Diário Oficial da União – DOU de 16 de agosto de 2012, atendeu à solicitação do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – Sindasp que apontou a não distinção da origem das embalagens a serem fumigadas, causando problemas na hora da fiscalização e do desembaraço. Tal procedimento, como descrito no artigo, refere-se ao tratamento de embalagens de madeira provenientes de países da Ásia e dos Estados Unidos, o que causou a para- CAMEX No ar novo Portal da Camex O objetivo é facilitar o acesso às decisões e atender ao que determina a lei de acesso à informação vil da Presidência da República e os Ministérios das Relações Exteriores, da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Planejamento, Orçamento e Gestão, e do Desenvolvimento Agrário. Reprodução A Câmara de Comércio Exterior – Camex lançou no dia 27 de setembro de 2012 o seu Portal, no endereço www.camex.gov.br. O novo site trará notícias e informações referentes à legislação e às áreas de atuação do órgão, como a defesa comercial, Tarifa Externa Comum, consolidação de normas, facilitação de comércio e logística, financiamento e garantia às exportações; e negociações internacionais. O novo Portal visa dar mais visibilidade às decisões tomadas pelo Conselho de Ministros e pelo Comitê Executivo de Gestão da Camex - Gecex. Na página inicial, há um mecanismo de busca para localizar rapidamente as Resoluções em vigor, com as alterações consolidadas. Para ter acesso às decisões, basta informar o número da Resolução, o ano ou uma palavra-chave. Outra novidade será a publicação do cronograma de reuniões da Camex e do Gecex e também os assuntos que serão discutidos. A pauta será incluída no site no dia das reuniões. Integram a Camex o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que a preside, a Casa Ci- Repórter Sindasp _17_ Siscomex Receita Federal libera acesso ao Siscomex pela internet Novo sistema garantirá mais transparência A Receita Federal do Brasil – RFB lançou no dia 23 de agosto de 2012 a possibilidade de uso do Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex pela internet, que pode ser acessado por meio da própria página da Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br). O Siscomex Importação pela internet Importação Web é um sistema integrado de comércio exterior, que inclui, em uma só plataforma, o acompanhamento de informações de todos os agentes envolvidos na importação e exportação. Até então, para acessar o sistema, o usuário precisava estar ligado a uma rede dedicada e a conexão era feita por uma rede segura com certificado digital. Para usar o aplicativo na internet, no entanto, o importador deve estar habilitado a acessar o Siscomex e, no caso de despachantes e ajudantes de despachantes, deverão estar inscritos no Cadastrado Aduaneiro. "Esta é a primeira grande mudança de plataforma", comemorou o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, Ernani Checcucci Filho. "Com a solução, de qualquer computador do País, e do mundo, o usuário _18_ Repórter Sindasp pode ter acesso à rede e não precisa mais estar conectado por cabos e fios de uma rede segura", continuou. Conforme o subsecretário, a mudança trará redução de custos operacionais para todos os envolvidos, principalmente para os importadores de menor porte. Ele salientou que o sistema dá mais transparência ao processo, mas não necessariamente impulsionará o volume de compras internacionais. "O fluxo de importações tem mais a ver com o rumo da economia", disse. Checcucci Filho enfatizou que o novo Siscomex Importação é uma interface mais amigável ao usuário. De acordo com ele será possível digitar o número de uma declaração da importação de qualquer computador do mundo e saber em que estágio da operação está. Antes, a consulta apenas era permitida para terminais em que o aplicativo da Receita estivesse instalado. Há cerca de 200 mil importadores e exportadores cadastrados no sistema mas, segundo o secretário, o volume de operadores é maior pois existem muito mais usuários do sistema. Reportagem Presidente do Sindasp apresenta sugestões para o aumento da competitividade nos aeroportos privatizados Valdir Santos foi um dos palestrantes do III Fórum Internacional de Investidores em Infraestrutura Aeroportuária No dia 6 de agosto de 2012, o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo - Sindasp, Valdir Santos, afirmou que é preciso dedicar mais atenção às mudanças na movimentação de cargas dos aeroportos recém-privatizados, durante o III Fórum Internacional de Investidores em Infraestrutura Aeroportuária – Aeroinvest, em São Paulo. “Desde a concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília à iniciativa privada, muito se tem falado sobre os terminais de passageiros, mas nós, despachantes aduaneiros, sabemos da ne- cessidade de mudanças para agilizar os procedimentos de liberação das mercadorias. Temos de exigir que as empresas concessionárias realizem melhorias em benefício de toda a comunidade, passageiros e operadoras”, disse Valdir. Em seu pronunciamento, o presidente do Sindasp falou das tarifas de armazenagem de carga nos terminais brasileiros como um dos fatores que influenciam na competitividade do País frente aos principais terminais do mundo. As tarifas sãos as caras do mundo, com taxa de 1,10% sobre o valor da mercadoria para o prazo de cin- co dias e 1,65%, para o prazo de 10 dias. Valdir também chamou a atenção para a fase pela qual o setor vem passando, que iniciou com a Operação Maré Vermelha, em março de 2012, e agravou-se com a operação-padrão da Receita Federal e a paralisação dos servidores da Anvisa, gerando efeitos negativos ao setor, à economia e à sociedade. “Apesar dos atuais problemas, nosso comércio exterior evoluiu muito e se fizerem algumas mudanças, certamente teremos condições de competir com os principais terminais aeroportuários do mundo.” O presidente do Sindasp, Valdir Santos falou sobre as tarifas de armazenagem de carga nos terminais brasileiros durante sua palestra na III Aeroinvest. Por sua vez, o diretor do International Air Transport Association – IATA, Carlos Ebner, um dos participantes do painel, afirmou que o Aeroporto Internacional de Guarulhos está no mesmo patamar de aeroportos como o de Madri (Espanha), Miami (EUA) e Lima (Peru) em termos de grandeza e prestação de serviços. “As experiências internacionais de concessão dos aeroportos não demonstraram resultados positivos, sendo que no aeroporto de Delhi (Índia), houve um aumento de 600% nas tarifas após a privatização”. O grande desafio às concessionárias brasileiras, na opinião de Ebner, é consolidar o Aeroporto Internacional de Guarulhos como o hub da América do Sul, tornando o custo com serviços e combustível das aeronaves mais competitivo. Para Francisco Lyra, presidente da CFLY Aviation, a competitividade no setor passa pela necessidade de maior investimento na aviação executiva, uma vez que a limitação de destinos dos vôos comerciais no aero- porto de Congonhas, por exemplo, restringe o crescimento da economia do País. Segundo Lyra, o investimento em aeródromos privados em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília desafogaria em 20% o movimento em Congonhas, que ficaria destinado apenas aos voos comerciais. “A utilização de jatos representa melhor gestão de tempo dos executivos e sucesso nas negociações, inclusive no fechamento de negócios no Brasil com companhias estrangeiras”, justificou. Repórter Sindasp _19_ Comentários Jurídicos Habilitação para operar no Siscomex - Novo Radar Domingos de Torre (*) Não se pode negar – apesar de algumas críticas acumuladas ao longo destes anos sobre a operacionalidade do sistema, que o Radar configura um poderoso e eficaz instrumento de controle de que dispõe a Administração Aduaneira no combate às fraudes e aos ilícitos aduaneiros, entre os quais se destacam os de lavagem de dinheiro, interposição fraudulenta de terceiros, subfaturamento, empresas laranjas, empresas de fachada, etc. Vigorando desde 2002, tendo como base a Portaria nº 350/2002 do Ministério da Fazenda, o sistema criado para o exercício desse controle, que dispõe sobre a habilitação da pessoa física responsável pela pessoa jurídica importadora e exportadora para a prática de atos no Siscomex e sobre o credenciamento dos respectivos representantes para a prática de atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, perante o Siscomex, vem sofrendo algumas alterações nestes últimos anos, porém sempre voltadas para o seu contínuo aperfeiçoamento. Assim é que a última Instrução Normativa, de nº 650, datada de 2006, vigorou por quase seis anos, até que a Administração entendeu que se deveria simplificar seus procedimentos fiscais e os ligados aos trâmites necessários à consecução de seus fins e o fez baseada na experiência que a prática demonstrou nos importantes centros aduaneiros do País, razão pela qual editou a Instrução Normativa RFB nº 1.288, de 02.09.2012, implementada pelo Ao Declaratório Executivo nº 33, de 01.10.2012, da COANA. Por esta última norma, que revogou expressamente a anterior, mudou-se a nomenclatura das Modalidades de Habilitação, passando agora a vigorar apenas duas grandes Modalidades, a saber: Pessoa Jurídica, com três Submodalidades denominadas: Expressa, Ilimitada e Limitada e a Modalidade Pessoa Física. A sistemática anterior albergava quatro Modalidades conhecidas por Ordinária, Simplificada, Especial e Restrita, com várias Submodalidades. _20_ Repórter Sindasp A Submodalidade Expressa, agora criada, agrupa determinados tipos de pessoas jurídicas para as quais apenas se exige – para fins de deferimento do pleito de habilitação, a verificação documental apresentada, não sendo aplicável a análise fiscal prevista com o objetivo de estimar a capacidade financeira da pessoa jurídica requerente. Enquadram-se aqui as sociedades anônimas de capital aberto, bem como suas subsidiárias integrais e as empresas autorizadas a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul) e as empresas públicas ou sociedades de economia mista, pessoas físicas estas que já se encontravam na norma anterior, porém na Submodalidade da Modalidade Simplificada. A Submodalidade Ilimitada fazia parte, de certo modo, da Modalidade Ordinária no sistema anterior, e alcança as pessoas jurídicas cuja capacidade financeira seja superior a US$ 150.000,00 dos Estados Unidos da América, para operações de comércio exterior com cobertura cambial, em cada período consecutivo de seis meses, a qual será apurada mediante critérios definidos em ato normativo da RFB, tendo a COANA editado o Ato Declaratório Executivo nº 33, do dia 1º deste mês, informando que a estimativa da capacidade financeira levará em conta a soma dos recolhimentos de alguns tributos e contribuições, conforme informações obtidas da base de cálculo da RFB, a saber: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS e a Contribuição Previdenciária dos funcionários empregados pela pessoa jurídica requerente, durante os últimos cinco anos-calendário, anteriores ao protocolo do requerimento. Já a Submodalidade Limitada veio praticamente substituir a figura das Importações de Pequena Monta que vigorava na sistemática anterior e abarca as pessoas jurídicas cuja estimativa financeira seja igual ou inferior a US$ 150.000,00 dos Estados Unidos da América, para operações de comércio exterior com cobertura cambial, em cada período consecutivo de seis meses, sendo que o interessado poderá requerer a revisão de estimativa apurada em análise fiscal, apresentando documentação que ateste capacidade financeira superior à estimada. Já a Modalidade Pessoa Física é deferida para o próprio interessado, inclusive quando qualificado como produtor rural, artesão, artista ou assemelhado e a pessoa física habilitada somente poderá realizar: 1) operações de comércio exterior para realização de suas atividades profissionais, inclusive na condição de produtor rural, artesão, artista ou assemelhado; 2) importações para seu uso e consumo próprio, e 3) importações para suas coleções pessoais. A Habilitação da pessoa física será solicitada mediante requerimento, conforme modelo único anexo à IN-RFB nº 1.288/2012, em qualquer unidade da RFB e deverá ser instruído com cópia do documento de identificação com foto, instrumento de mandato do representante e cópia de seu documento de identificação, quando for o caso, nota fiscal de produtor rural quando for o caso e de cópia da carteira de artesão, também quando for o caso. As petições de Habilitação das pessoas responsáveis pelas Pessoas Jurídicas constituirão a peça inicial do processo eletrônico (e-processo), sejam de habilitação, sejam de revisão, sendo o processo respectivo enviado pela unidade da RFB de protocolo, para análise da unidade da RFB de jurisdição aduaneira do peticionário. O pedido, portanto, pode ser efetuado em qualquer unidade da RFB, independentemente da jurisdição do interessado. Ao recepcionar o pleito, aí sim a unidade da RFB receptora do mesmo deverá, imediatamente, enviá-lo à unidade da RFB de jurisdição aduaneira do requerente, que o analisará. No que se refere ao Credenciamento dos Representantes das Pessoas Jurídicas ou Físicas para a prática de atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, pode-se dizer que as novas regras não introduziram modificações substanciais em relação à sistemática anterior, mas o assunto será abordado oportunamente. Segue, por oportuno, um pequeno esquema ilustrativo das novas Modalidades de Habilitação: Comentários Jurídicos MODALIDADES DE HABILITAÇÃO PESSOA FÍSICA PESSOA JURÍDICA Expressa Ilimitada Limitada Pessoa jurídica de capital aberto constituída sob a forma de capital de sociedade anônima Pessoa jurídica cuja estimativa de capacidade financeira seja superior a US$ 150.000,00 apurada de acordo com o ADE Coana 33/2012 Pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade financeira seja igual ou inferior a US$ 150.000,00 apurada de acordo com o ADE Coana 33/2012 No caso de habilitação do próprio interessado, inclusive quando qualificado como produtor rural, artesão, artista ou assemelhado Despacho Aduaneiro Expresso Linha Azul Empresa pública ou sociedade de economia mista Órgão da administração pública direta, autarquia e fundação pública, órgão público autônomo, organismo internacional (*) Domingos de Torre Assessor jurídico do Sindasp, advogado tributarista e professor universitário Pessoa jurídica que opera exclusivamente em exportações Repórter Sindasp _21_ SINDASP na Mídia Imprensa destaca Sindasp Mídias Aduaneiras Agência Anhanguera de Notícias Jornal Destak Maxpress Portal Aeroportoemguarulhos.com Portal Brazil.com Portal Cosmo.com Portal Dihitt Portal Estadão Portal G1.com Portal Intelog Portal Jovem Pan Portal Repórter Cidade Portal Viracopos.com Rádio Bandeirantes Rádio Central Revista Porto S.A. Revista Sem Fronteiras O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, Valdir Santos ocupou um amplo espaço nos veículos de comunicação do setor neste último trimestre de 2012 quando falou dos reflexos da greve dos servidores público, entre julho e agosto de 2012, como a entrevista para o programa “Ciranda da Cidade”, da rádio Bandeirantes, sendo reprisada e repercutida nos demais programas da emissora. Importantes temas ganharam destaque na mídia e tiveram o presidente Santos como fonte. O assunto “a valorização do despachante aduaneiro” e “o prejuízo causado pela greve dos servidores da Anvisa e da Receita Federal” foram os que mais repercutiram. Feaduaneiros Operador Econômico Autorizado - OEA Os acontecimentos que abalaram o Mundo em setembro de 2001 acabaram por precipitar uma série de providências por parte do EUA, todas voltadas para a defesa da soberania deste País e, enfim, dos aliados que estão expostos a atos de sabotagem e de terror. Assim, dentro da política de Facilitação do Comércio da Organização Mundial do Comércio – OMC, foi gerada a necessidade da Modernização das Aduanas, que segue as medidas projetadas pela Organização Mundial de Aduanas – OMA e que tem como base, também, não só a simplificação e facilitação dos trâmites ligados aos despachos de mercadorias importadas ou a exportar, mas, agora – e principalmente, a segurança nos transportes e nas circulações de mercadorias que transitam no comércio internacional, desde sua origem até seu destino e em todos os seus trânsitos. E foi a partir desta realidade que se concebeu a figura do OEA, sendo que em alguns países esse instituto aduaneiro já foi regulamentado e em outros tal figura ainda está em fase de estudos para regulamentação e que tem por objetivo garantir níveis de seguridade e controle adequados a gestão das empresas que desejam ser autorizadas com o fim, também, de facilitar o comércio por intermé_22_ Repórter Sindasp dio de um controle mais eficaz por parte das Aduanas. É o caso, por exemplo, do Peru, que exatamente no mês passado regulamentou essa figura. O Brasil, segundo se observa da Consulta Pública realizada em 13/10/2010 pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, será adotado o modelo de certificação que vigora nos Estados Unidos da América, bem como serão adotadas, obviamente, as normas da OMA quanto à normatividade desse instituto. Observa-se da leitura daquela Consulta, por outro lado, que também se adotará o sistema de Reconhecimento Mútuo, que consiste no fato de duas ou mais Aduanas reconhecerem a qualidade do OEA, e isso por força de Acordos Internacionais. O OEA, também conhecido no Brasil por Operador Econômico Qualificado - OEQ, portanto, foi concebido para outorgar maior poder de confiabilidade às empresas que atuam com regularidade no comércio importador e exportador, para o que deverá ser prévia e devidamente qualificado após o preenchimento de uma série de requisitos. Em consonância com os modelos internacionais, o Brasil, ainda a se ver daquela Consulta Pública, poderá qualificar, além de outros, os já conhecidos Intervenientes em Operações de Comércio Exterior constante da legislação aduaneira brasileira, tais como os importadores, exportadores, despachantes aduaneiros, transportadores, agentes de carga, administradores de portos e aeroportos, operadores de terminais, operadores de transporte multimodal, permissionários e concessionários de recintos alfandegados, distribuidores e fabricantes. Um OEA, assim, desde que autorizado ou qualificado, terá algumas vantagens em relação às suas cargas, como, por exemplo, tratamento prioritário, etc, pois o mesmo está previamente qualificado pelas normas e padrões de capacidade, eficiência e segurança impostos pela Marco da OMA que gerou a criação dessa nova figura. Em nível de Aduana para Aduana, portanto, é evidente que o OEA estreitará os naturais laços de cooperação que deve presidir entre as Administrações Aduaneiras no combate comum à prevenção de ingresso de mercadorias perigosas e de eventuais práticas de atos terroristas e em nível de Aduana para as Empresas ou vice-versa, resta claro que serão estabelecidas cadeias logísticas internacionais mais confiáveis, em proveito de todos os envolvidos nas operações, pois o sistema propicia maior facilidade e simplificação, sem prejuízo da segurança. No Brasil o OEA está ainda em fase de estudos. *Daniel Mansano - Presidente da FEADUANEIROS Anúncio Repórter Sindasp _23_ Anúncio _24_ Repórter Sindasp