UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE ACONSELHAMENTO SOBRE MODOS SAUDÁVEIS DE VIDA MEDIANTE O PERFIL ALIMENTAR DE USUÁRIOS DE SERVIÇO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE GRUPO TUTORIAL MARIANO DE ABREU Tutora: Aline Cristine de Souza Lopes Linha de Pesquisa: Promoção de Modos de Vida Saudáveis Belo Horizonte Aconselhamento sobre modos saudáveis de vida mediante o perfil alimentar de usuários de Serviço de Atenção Primária à Saúde Autoras: ANDRADE, Karine Amorim de; Acadêmica de Nutrição, monitora do PET-Saúde UFMG/SMSA-BH. TOLEDO, Mariana Tâmara Teixeira; Mestranda em Enfermagem e Saúde. MENDONÇA, Raquel de Deus; Mestranda em Enfermagem e Saúde. LOPES, Mariana Souza; Acadêmica de Nutrição, monitora do PET-Saúde UFMG/SMSA-BH. CARMO, Glaucilene Eliane S.; Enfermeira da Estratégia Saúde da Família da Secretaria Municipal de Belo Horizonte – MG, Preceptora do PET-Saúde. LOPES, Aline Cristine Souza; Professora Adjunta do Departamento Materno Infantil e Saúde Pública, Tutora do PET-Saúde UFMG/SMSA-BH. Introdução: O aconselhamento sobre modos saudáveis de vida, incluindo a alimentação e atividade física, é estratégia fundamental para a promoção da saúde, sendo imprescindível a participação dos profissionais de saúde aos quais cabe orientar e estimular à população em relação a hábitos saudáveis. Objetivo: Verificar a realização de aconselhamento sobre modos saudáveis de vida por profissionais de saúde mediante o perfil alimentar dos usuários atendidos. Métodos: Estudo seccional, desenvolvido em Serviço de Atenção Primária à Saúde de Belo Horizonte–MG do Distrito Sanitário Leste, com usuários ≥ 20 anos que consentiram em participar da pesquisa sobre “Promoção de Modos de Vida Saudáveis” integrante do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde da Universidade Federal de Minas Gerais e Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (PETSaúde UFMG/SMSA-BH). Foram obtidos dados sociodemográficos, morbidade referida, hábitos alimentares e aconselhamento sobre modos saudáveis de vida. Análise estatística constou de descrição dos dados e aplicação dos testes QuiQuadrado, t-Student e Mann Whitney (p≤0,05). Resultados: Participaram 417 usuários, sendo 78,9% do sexo feminino e mediana de idade de 39 anos (20; 85). Referente ao perfil alimentar, 72,2% realizavam menos de 5 refeições diárias, 59,5% não comiam frutas diariamente, 94,6% e 80,4% possuíam consumo per capita de óleo e açúcar acima da recomendação, respectivamente. Além disso, os indivíduos apresentaram elevado percentual de inadequação no consumo de refrigerante comum (65,5%), suco artificial (80,8%), temperos industrializados (76,5%), peixe (95,7%), bem como do consumo de gordura aparente de carnes (91,1%) e pele de frango (92,7%). A prevalência de aconselhamento sobre modos saudáveis de vida foi de 40,8%, sendo que dentre os profissionais de saúde responsáveis pelo aconselhamento o médico apresentou maior prevalência (87,6%), enquanto que os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) não foram citados. Destaca-se que os usuários aconselhados consumiam diariamente menos temperos industrializados (17,5% vs. 23,3%; p=0,001), refrigerante comum (6,2% vs. 16,1%; p=0,004), doces tipo bala/ goma de mascar (3,6 vs. 10,5; p=0,005) e mais adoçante (8,4% vs. 5,8%; p=0,002) comparado aos indivíduos que não receberam aconselhamento. Conclusão: Apesar das associações observadas entre hábitos alimentares da população e aconselhamento sobre modos saudáveis de vida, este se mostrou pouco atuante frente ao perfil alimentar observado. Portanto, há necessidade de maior atuação de todos os profissionais de saúde quanto à prática de aconselhamento sobre modos saudáveis de vida visando à prevenção de agravos e a promoção da saúde. Palavras-Chave: Aconselhamento; consumo de alimentos; promoção da saúde.