$1È/,6('26,67(0$'(&21752/(,17(512(&86726'( 9,$%,/,'$'(12352&(662'((6758785$d2'2 '(3$57$0(172'(&21752/$'25,$(080$(035(6$ &21&(66,21È5,$'(9(Ë&8/26 Heloísa Maria Pereira Batista (UNCIENTRO), Elza Terezinha Cordeiro Müller (Orientador), e-mail: [email protected] Universidade Estadual do Centro-Oeste/ Setor de Ciências Contábeis 3DODYUDVFKDYH Contabilidade, Controladoria, &RQWUROOHU, Sistema de informação, Controle interno. 5HVXPR Percebendo a importância da controladoria para as organizações e analisando o perfil da empresa estudada, verifica que a mesma não possui um setor de controladoria, sendo que, as atividades de responsabilidade do FRQWUROOHU são realizadas pelo contador e supervisionadas pelo diretor financeiro. Por meio do presente trabalho busca-se implantar o departamento de controladoria na empresa para benefício da mesma. ,QWURGXomR Controladoria é uma área vinculada à contabilidade, dentre outras funções a principal é ser responsável pelo sistema de informações da empresa. Sua origem não está marcada por uma data específica. Segundo Schmidt e Santos (2006) a origem da controladoria está ligada ao processo de evolução dos meios sociais e de produção que ocorrem com o advento da revolução industrial, e existem quatro fatores que são considerados como influenciadores de sua origem, sendo eles, o aumento do tamanho e complexidade das organizações; a globalização física das empresas; o crescimento nas relações governamentais com negócios das companhias; e, o, aumento no número das fontes de capital. Nesse contexto, pode-se perceber que a controladoria surgiu da necessidade de adaptação das organizações quanto a evolução das mesmas e, com isso começaram a caracterizar-se as funções da controladoria; uma área de ampla visão, que é responsável por controlar um sistema de informações e dar suporte à administração para a tomada de decisões e alcançar os objetivos da empresa. Para Nascimento e Reginato (2007), a controladoria tem a função de interagir constantemente com o processo decisório da empresa, buscando dados e informações econômicofinanceiras em suas áreas de apoio, utilizando-se principalmente dos sistemas de mensuração, informação e de controles internos. Os mesmos autores ainda ressaltam que a área de controladoria tem como missão Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 estabelecer as conexões do processo de gestão, elemento central da dimensão de controle de gestão, com as informações do processo de gestão, elemento central da dimensão de controle de gestão, com as informações por ele requeridas, obtidas a partir do uso de um sistema de informações que possibilite a ela exercer esta atividade. A pessoa responsável por exercer a controladoria em uma empresa é denominada FRQWUROOHU e assumirá a posição de gestor do sistema de informações que será aplicado ao processo de gestão da empresa, e terá uma ampla visão sobre a organização. é o FRQWUROOHU que, geralmente irá desenvolver e apresentar o projeto de implantação do setor. De acordo com Oliveira, Perez Jr. e Silva (2005) o FRQWUROOHUé um dos principais executivos da empresa, devendo ser o gestor do sistema de informação gerencial. Portanto, o FRQWUROOHU deve ter conhecimento da empresa em que irá atuar, e ser altamente qualificado, pois é ele quem definirá e controlará o sistema de informações da empresa, garantindo que as mesmas cheguem aos gestores no prazo anteriormente estipulado e de maneira filtrada, para que realmente sejam úteis para a tomada de decisões. Nas empresas onde não existe um setor específico para a controladoria, a função do FRQWUROOHU será desenvolvida por profissionais da área contábil ou financeira, por exemplo, um gestor, porém as funções do mesmo se acumularão, de maneira que, ele será responsável pelas funções do FRQWUROOHU e também pela função de tomador de decisões, é comum também, em empresas menores, que o gestor de recursos humanos exerça a função de controlador, pois assim, também possui uma visão geral sobre a organização, característica fundamental para a existência do cumprimento de tais funções. Para que se possa implantar um departamento de controladoria dentro de uma organização, é necessário que se faça um estudo sobre o seu controle interno. Os autores Nascimento, Ott e Silva (2007), afirmam que o sistema de controles internos é fortemente influenciado pelo ambiente de controle da empresa, que se reflete as crenças e os valores da administração, formando um ambiente favorável ou desfavorável para a implantação e execução dos procedimentos de controle. Nascimento e Reginato (2007, p. 95) também sobre controle interno, relatam que “os controles internos estão intimamente ligados e são dependentes do modelo de gestão adotado na empresa, o qual é oriundo das crenças e valores dos gestores, repassados para a empresa e, por conseqüência, determinam os princípios a serem seguidos pelos mesmos”. Logo, o modelo de gestão é uma ferramenta não seguirá um modelo, e sim, será delineado de acordo com o processo de atuação da empresa, sendo que, as mudanças que ocorrem tanto no ambiente externo como interno, acabam influenciando também no modelo de gestão; no âmbito interno, o que determinará estas mudanças serão os próprios gestores ou administradores, pois, devem acompanhar o desenvolvimento das atividades e sempre buscar melhorias para a empresa. Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 O modelo de gestão funciona como um alimentador do sistema de informação, o qual permite a controladoria desempenhar sua função dentro da organização. ao mesmo passo que a controladoria tem o papel de controlar o sistema de informações que nutrirão o sistema de informações. A controladoria processará tais informações; repassará ao gestor, que então, tomará a decisão apropriada, visando atingir os objetivos organizacionais. Conforme já abordado anteriormente, pode-se perceber a importância de se manter um sistema de controle interno e de definir o modelo de gestão da empresa, também, que o responsável por manter estes sistemas é o FRQWUROOHU, e que a área da controladoria é fornecer suporte aos gestores e administradores em suas funções. Para saber se é viável não para a empresa a implantação de um novo setor, é necessário avaliar e entender o conceito de cada etapa, como por exemplo, planejamento, orçamento, custos e retorno do investimento. Neste contexto serão abordados tais assuntos, para que assim seja possível posteriormente calcular o custo da viabilidade de um futura estruturação do departamento de controladoria na empresa concessionária de veículos, a qual está sendo estudada. Ackoff DSXG Nascimento e Reginato (2007, p. 128) trata de planejamento como sendo “algo que fazemos antes de agir, isto é, tomada antecipada de decisões. É um processo de decidir o que fazer, e como, fazêlo, antes que requeira uma ação”. Entende-se, portanto, que é a primeira etapa a ser elaborada, para projetar as ações e traçar os objetivos necessários. O orçamento, bem como o calculo de custos são importantes para se obter um conhecimento quanto aos gastos com determinada tarefa (no caso a estruturação do departamento de controladoria), bem como os resultados que futuramente irá se obter. Esta relação custo-benefício, consiste em estar sempre avaliando se os gastos incorridos para a realização do presente projeto estão resultando em benefícios para a empresa e se tais benefícios são condizentes com o planejado na primeira fase de implantação do mesmo, ou seja, o planejamento. 0$7(5,$,6(0e72'26 Ao iniciar-se uma pesquisa, é necessário delinear o rumo a ser seguido, bem como os resultados que irão seguir dela. À maneira de se organizar tais etapas dá-se o nome de metodologia, ela será responsável por nortear a pesquisa. Para Pacheco Jr, Pereira e Pereira Filho (2007, p. 78) afirmam que “o método da pesquisa refere-se ao processo de raciocínio que leva ao conhecimento do fenômeno em estudo”. Desta forma, podem ser utilizados diferentes métodos, visando atingir o objetivo principal do estudo, neste caso a analise do sistema de controle interno de uma concessionária de veículos, para identificar a viabilidade de estruturação da controladoria na mesma, também os custos para esta estruturação. Quanto aos objetivos é uma pesquisa descritiva, quanto aos procedimentos, de ordem bibliográfica e estudo de caso. Quanto a coleta e tratamento de dados, é documental. O problema da pesquisa é abordado de Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 maneira qualitativa, que conforme Raupp e Beuren LQ Beuren (2006, p. 92) “[...] concebem-se analises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”. Desta forma, pode-se perceber que o trabalho é baseado em informações que possam dar continuidade à pesquisa, de maneira a atingir os objetivos propostos. 5(68/7$'26(63(5$'26 A partir das teorias estudadas e do caso exposto, espera-se avaliar e se necessário criar os controles internos nos principais departamentos da empresa, possibilitando assim a estruturação do departamento de controladoria. Com a criação de tais controles, busca-se mensurar os custos e a viabilidade para a construção de tal departamento, que, tem como princípio a utilização da informação gerada pelo sistema da empresa. Acredita-se que mantendo o objetivo principal do trabalho, interrelacionado com os custos da viabilidade mensurados corretamente por meio dos métodos expostos anteriormente, a empresa poderá utilizar-se de tais dados para enriquecer o seu processo administrativo gerencial e possuir maior segurança em seus demonstrativos contábeis, bem como em seus controles internos. 5()(5Ç1&,$6 SCHMIDT, Paulo e SANTOS, José Luiz dos; Fundamentos da Controladoria. (Coleção resumos de contabilidade: v.17) – São Paulo: Atlas, 2006. NASCIMENTO, Auster Moreira; REGINATO, Luciane (Org.). &RQWURODGRULD XPHQIRTXHQDHILFiFLDRUJDQL]DFLRQDO. São Paulo: Atlas, 2007. OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR, José Hernandes e SILVA, Carlos Alberto dos Santos. 3.ed. - São Paulo: Atlas, 2005. NASCIMENTO, Auster Moreira; OTT, Ernani e Silva, Letícia Medeiros. Sistemas de Controles Internos LQ NASCIMNETO, Auster Moreira; REGINATO, Luciane (org.). &RQWURODGRULD XP HQIRTXH QD HILFiFLD RUJDQL]DFLRQDOSão Paulo: Atlas, 2007. PACHECO JR, Waldemar, PEREIRA, Vera Lúcia Duarte do Valle e PEREIRA FILHO, Hypólito do Valle. Pesquisas sem tropeços: abordagem sistêmica. São Paulo: Atlas, 2007. RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Metodologia da Pesquisa Aplicável às Ciências Sociais. ,Q: BEUREN, Ilse Maria (Org.). &RPR(ODERUDU 7UDEDOKRV0RQRJUiILFRVHP&RQWDELOLGDGH3. ed. São Paulo: Atlas, 2006. Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009