I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IFGoiano. 06 e 07 de novembro de 2012. HÁBITO DO CONSUMO DE CARNES: UMA ANÁLISE APLICADA AOS CONSUMIDORES DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO – CÂMPUS RIO VERDE – GO SILVA, Beatriz Severino1; SILVA, Marco Antônio Pereira2; BARROS, Julliane Carvalho3; CARVALHO, Bruno Sousa1; BRASIL, Tcherena de Amorim4; SANTOS, Priscila Alonso2. 1 Discente do Programa de Pós Graduação em Zootecnia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde – GO. [email protected]; 2 Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde – GO; 3 Discente do Programa de Pós Graduação em Zootecnia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde – GO. Bolsista pela FAPEG; 4 Nutricionista do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde – GO. RESUMO: Esta pesquisa teve por objetivo verificar o hábito do consumo de carne dos consumidores do Instituto Federal Goiano Câmpus Rio Verde-GO (IF Goiano), por meio de questionários. Os consumidores responderam a seguintes questionamentos: sexo, faixa etária, escolaridade, tipos de carnes que consumiam qual a forma de consumo, a carne que eles consideravam mais saudável e frequência do consumo. Foram entrevistados 131 consumidores de carnes dos quais 58(44%) eram do sexo masculino e 73(56%) do sexo feminino. Destas 45,8% pessoas possuíam uma faixa etária de 16 a 20 anos, 26% de 21 a 25 anos, 19,8% de 26 a 35 anos, 5,3% de 31 a 35 e 3,1% maior que 41 anos. 88,55% dos consumidores relataram consumir carne diariamente, 6,9% consomem duas vezes por semana, 1,5% uma vez por semana e 3,1% outros dias, a maioria dos consumidores (58,02%) consomem todos os tipos de carne, porém 19,08% têm preferência por carne bovina. Palavras-chave adicionais: Bovina, Suína, Aves, Peixe. INTRODUÇÃO O processo de globalização acelera o fluxo de informações entre as pessoas de diferentes países, permitindo que informações sobre os hábitos alimentares e preferências do consumidor se espalhem rapidamente (SILVA et al., 2007). O estudo do consumidor final como um agente importante nas cadeias produtivas, é crucial para as organizações que pretendem ser ou continuar sendo competitivas, bem como para a formulação de estratégias empresariais sustentáveis no longo prazo (PORTO, 2005). Conhecer as preferências e comportamentos dos consumidores de alimentos tem sido uma importante área de estudos, através do conhecimento dos atributos que fazem a preferência dos consumidores, empresas têm desenvolvido estratégias, buscando garantir a competitividade e sustentabilidade das cadeias de produção a que pertencem (BRISOLA & CASTRO, 2005). Dessa forma o objetivo desta pesquisa foi verificar o hábito do consumo de carnes dos consumidores do Instituto Federal GoianoCâmpus Rio Verde-GO (IF Goiano). MATERIAL E MÉTODOS Para alcançar o objetivo proposto foi realizada uma pesquisa através da aplicação de questionários com intuito de verificar o hábito do consumo de carne dos consumidores do Instituto Federal Goiano Câmpus Rio VerdeGO (IF Goiano). Os consumidores responderam a seguintes questionamentos: sexo, faixa etária, escolaridade, tipos de carnes que consumiam qual a forma de consumo, a carne que eles consideravam mais saudável e frequência do consumo. Os resultados foram expressos em forma de Gráficos utilizando-se o programa Excel 2007 (2007). RESULTADO E DISCUSSÃO Foram entrevistados 131 consumidores de carnes dos quais 58 (44%) eram do sexo masculino e 73 (56%) do sexo feminino. 1 I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IFGoiano. 06 e 07 de novembro de 2012. Destas 45,8% pessoas possuíam uma faixa etária de 16 a 20 anos, 26% de 21 a 25 anos, 19,8% de 26 a 35 anos, 5,3% de 31 a 35 e 3,1% maior que 41 anos. A escolaridade das pessoas que responderam o questionário mostrou que 3 (2,3%) cursavam o Proeja (Programa de Educação para Jovens e Adultos), 4 (3,1%) o ensino fundamental, 8 (6,1%) o ensino médio incompleto, 79 (60,3%) o ensino médio completo, 12 (9,2%) o curso técnico, 15 (11,4%) o superior incompleto e 10 (7,6%) o superior completo. Montini (2005) pesquisou o consumo de carne bovina no estado do Paraná tendo maior participação de pessoas com faixa etária acima de 51 anos, com 31%, seguidos pelas pessoas com idade, entre 31 e 40 anos, com 28%, já os entrevistados com idade entre 21 e 30 anos correspondem a 22% da amostra. Entre os entrevistados 62,86% eram do sexo feminino e 37,14% homens. A Figura 1 mostra os tipos de carnes mais consumidas. A maioria dos consumidores (58,02%) consomem todos os tipos de carne, porém com 19,08% a preferência por carne bovina sobressai às demais. Figura 1 – Tipos carnes consumidas. O consumo domiciliar per capita de carne bovina da região Norte é 38% superior à média nacional, já a carne suína, verifica-se que o consumo da região Sul é 90% maior que a média do Brasil e com relação ao consumo de frango o consumo entre as Grandes Regiões do país é a menos significativa, ou seja, o consumo domiciliar per capita médio da região Norte, que é a maior consumidora nacional é 38% superior ao consumo do Centro-Oeste, que é a menor consumidora IBGE (2004). Com relação à frequência do consumo de carnes, independente do tipo de carne consumida, 88,55% dos consumidores relataram consumir diariamente, 6,9% consomem duas vezes por semana, 1,5% uma vez por semana e 3,1% outros dias (Figura 2). Figura 2 – Frequência de consumo. Mazzuchett et al., (2005) relataram que a maioria dos entrevistados pertencentes à classe A consome carne bovina duas vezes por semana, sendo que as demais frequências também são significantes, apesar de não haver registro de consumo de carne 6 vezes por semana. A classe B consome carne bovina 5 vezes por semana, enquanto as classes C e D possuem maior frequência em 2 vezes por semana. A carne de peixe com 56,49% foi relatada pelos consumidores entrevistados como a mais saudável. Sendo considerada saudável por ser uma carne magra, possuir gorduras insaturadas, de fácil digestão, com alto teor de proteínas, sais minerais e vitaminas, qualidades essas de grande importância para a saúde humana. Quanto à forma de consumo 58% dos consumidores apontaram para todas as formas de consumo, 18% como frita e 14% cozida. Outras formas de consumo, assada e nem todas as formas foram relatadas em 2%, 2% e 6% respectivamente (Figura 3). 2 I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IFGoiano. 06 e 07 de novembro de 2012. EXCEL. Microsoft Office 2007. 2007. GUEDES, V. L. Teias ecológicas, consumo de carne e de calorias. Educação ambiental em ação. n. 41, 2012. Disponível em: <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo =1302&class=41>. Acessado em 29/09/2012. Figura 3 – Forma de consumo. O maior consumo de carne frita está diretamente relacionado à rotina do dia a dia e hábito como consumo de produtos prontos (fast food), aumentando a quantidade de calorias consumidas, favorecendo o surgimento de doenças, essencialmente causadas por má alimentação e falta de atividade física, tendo uma variável influência genética (GUEDES, 2012). CONCLUSÃO Os resultados obtidos mostraram que o consumo de carne é realizado frequentemente por 88,55% dos consumidores, sendo as carnes fritas mais consumidas e as carnes assadas menos consumidas. A carne mais consumida é a bovina, 19,08% das pessoas estudadas à consome. Apesar de 56,49% das pessoas estudadas considerar a carne de peixe mais saudável, menos de 2% dos entrevistados a consome semanalmente. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa de orçamentos familiares 2002-2003: microdados: Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de Índices de Preços, 2004. MAZZUCHETTI, R. N.; BATALHA, M. O. O comportamento do consumidor em relação ao consumo e às estruturas de comercialização da carne bovina na região de AMERIOS/PR. Revista Varia Scientia, v. 04, n. 08, p. 25-43, Dezembro, 2005. MONTINI, A. L. Consumo de carne bovina: uma análise aplicada às redes varejistas, londrina, estado do Paraná. Informações Econômicas, SP, v.35, n.10, Outubro, 2005. PORTO, R. G. Consumidor final de carnes: características e hábitos em Pelotas-RS. 2005. Dísponivel em: <http://www.ica.ufmg.br/gemisa/attachments/a rticle/48/Pesquisa_MercadoCarnePelotas.pdf> Acesso: 25/08/2012. SILVA, L. M.; LIMA FILHO, D. O.; SPROESSER, R. L. Perfil dos consumidores de carne de frango: um estudo de caso na cidade de campo grande, estado do mato grosso do sul. Informações Econômicas, SP, v.37, n.1, jan. 2007. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRISOLA, M. V.; CASTRO, A. M. G. Preferências do consumidor de carne bovina do distrito federal pelo ponto de compra e pelo produto adquirido. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 8199, janeiro/março, 2005. 3