Tribuna Liberal tribuna memória Domingo | 27 de Maio | 2012 | PG 10 ALKMIN COMEMORA ANIVERSÁRIO Todas as escolas estaduais de Sumaré hoje são herança do Grupo Escolar de Rebouças, criado pelo Governo do Estado de São Paulo, em 1925. Vinte anos depois, o Grupo passou a se chamar “André Rodrigues de Alkmin”. Com esse nome atravessou gerações e chegou aos nossos dias. Dezenas de professores e centenas de alunos têm sua vida e sua história ligadas a essa simpática escola, que se tornou parte integrante do cenário urbano, cultural e afetivo de Sumaré. Por isso, a Pró-Memória se associa ao Alkmin para participar da festa do seu aniversário, e ao mesmo tempo rememorar pedaços de sua história. Trazendo o passado para o presente deseja realçar a importância do ensino e da cultura na formação do cidadão, em especial das novas gerações. As fotos que ilustram esta página e a “Memória Fotográfica” são imagens eloqüentes de um passado honroso, e os textos singelos dos alunos, publicados em jornais antigos, deixam ver nas entrelinhas a seriedade de um ensino eficaz, que produziu resultados e pode servir de modelo. Não é por acaso que um estudante universitário, em trabalho de fim de curso, pesquisa hoje o ensino em Sumaré nos anos 1950 e se admira do que viu na Escola do Alkmin. O GRUPO ESCOLAR DE REBOUÇAS, FUTURO ALKMIN Até 1921 a atividade escolar de Sumaré se restringia à existência de classes isoladas. Nesse ano, precisamente a 4 agosto, essas classes foram agrupadas, transformando-se nas ESCOLAS REUNIDAS DE REBOUÇAS. Funcionavam num prédio de Atílio Foffano, perto da cadeia, na atual Praça da República nº 173, alugado pela Prefeitura de Campinas. No dia 28 de maio de 1925 saiu o decreto que criava o Grupo Escolar de Rebouças e criava, também, mais quatro classes. A instalação da nova Escola foi em 4 de junho desse ano e tinha 239 alunos. Até que ficasse pronto o novo prédio do Grupo Escolar, os alunos se apertaram como puderam no prédio antigo. Não demorou muito e a nova escola estava pronta: tinha 8 salas de aula, uma sala para a Diretoria, uma para a portaria, uma para o depósito e as instalações sanitárias. O prédio era de Sebastião Raposeiro e foi alugado ao Estado por cinco anos. Alguns velhos sumareenses ainda gostariam de lembrar os nomes de seus antigos professores. Veja aqui a lista do primeiro corpo docente do Grupo Escolar de Rebouças, em 1925: Plínio Machado da Silva, Beatriz de Toledo Lima, Adalgisa Delgado, Alice Carvalho Lamanéres, Maria Benedita de Campos Machado, Maria Amélia Carvalho, Ana Costa, Francisca Bittencourt Prado. A Coragem Foram Diretores dessa Escola os professores: Vicente Ferreira Bueno, Antonio Salustiano da Silva, Genésio de Assis, Ubirajara Paula Ferreira e Francisco Álvarez, este por volta de 1940. Esse diretor deixou preciosas informações escritas sobre a Escola, sobre o patrono André Rodrigues de Alkmin e sobre as escolas isoladas nas fazendas, bairros e sítios de Rebouças na época. Desde a fundação da Escola, até pelo menos 1939, foi porteiro do estabelecimento Josias Pereira de Souza. O primeiro servente foi um senhor de sobrenome Bussolin, substituído por José Maria Barroca, depois por Pico Barroca, Antonio Paglioto, e outros. Em 1939, conforme relatório do Diretor Francisco Álvarez, o corpo docente se compunha dos seguintes professores: Plínio Machado da Silva, Olga Bllliger, Ana Costa, Geni Navarro, Diva Ferreira Rocha, Sofia Gigliotti Novais, Carlota Lobo de Paula, Elvira Mortiz, Ana Nogueira Ferraz, Benedita Morais Teixeira, Guiomar Tintori e Daizy B. de Oliveira, estas duas últimas substitutas efetivas. Durante vários anos a Escola teve a associação de escoteiros cujo patrono era Francisco Barreto Leme. O escotismo teve por diversas vezes intensa atividade e prestou grandes serviços à Escola, mas se extinguiu antes de 1930. Em 1945, por decreto de 10 de fevereiro, o Governo do Estado deu como patrono do Grupo Escolar de Rebouças o nome do “Professor André Rodrigues de Alkmin”. E no dia 7 de julho desse mesmo ano foram inaugurados a placa e o retrado do patrono, com a presença da viúva D. Ilda Alkmin e várias autoridades. O professor André Rodrigues de Alkmin André Rodrigues de Alkmin era mineiro de Baependi, onde nasceu em 4 de fevereiro de 1878. Descendia de um velho tronco genealógico paulista. Formou-se professor em 1901 e foi Diretor do Grupo Escolar Cesário Mota, em Itu, onde se casou em 1903. Foi Diretor também em Guaratinguetá; mas deixou a direção em 1910, para lecionar português na Escola Complementar dessa cidade, onde ficou por muitos anos. De 1928 a 1930 exerceu o cargo de Inspetor Fiscal da Escola Normal Livre de Lorena. Faleceu em 28 de março de 1932. Em homenagem póstuma, a Escola Normal de Guaratinguetá deu seu nome a uma das salas de sua escola em homenagem ao ilustre educador. Em 1957, o Grupo Escolar André Rodrigues de Alkmin passou para o prédio da Rua Dom Barreto, onde está até hoje. Dia do Soldado Maldade Castigada Fotos: Associação Pró-Memória De 16 a 22 de Maio de 2012 Dia 16 de Maio de 2012. Ironildes Maria de Jesus, com 89 anos. Elvis Grasiliano Faria Pereira, com 29 anos. Nestor Messias do Nascimentp, com 96 anos. Moacir Antonio Castillioni, com 55 anos. Maria Gaiotti Noveletto, com 81 anos. Dia 17 de Maio de 2012. Airton de Moraes Regis, com 68 anos. Noel Mendes, com 81 anos. Dia 18 de Maio de 2012. Margarida Maria de Jesus, com 84 anos. Pedro Salustiano Silva, com 56 anos. Dia 19 de Maio de 2012. Félix Luis Miranda, com 85 anos. Odeleto Pereira dos Santos, com 38 anos. Santina Batista Ferreira, com 74 anos. Rolando Fanasca Sobrinho, com 71 anos. Dorival Gomes Barroca - Antigo Funcionário do Alkmin Dia 20 de Maio de 2012. Fernando Aparecido Camargo, com 47 anos. Kinitaka Hishida, com 65 anos. Simão Rodrigues dos Santos, com 30 anos. Dia 21 de Maio de 2012. José Ferreira, com 54 anos. Adelaide Constante Martins, com 83 anos. Maria dos Santos da Silva, com 67 anos. Dia 22 de Maio de 2012. Valdemar da Silva, com 59 anos. Antonia Adélia Terranio, com 70 anos. Tereza Simões da Silva, com 79 anos. Odair Paulino, com 63 anos. Francisco Antonio de Toledo (Texto extraído do livro “Sumaré Outras Histórias”) Falecimentos Romilda Raposeiro Ghirardello - Antiga Funcionária do Alkmin Minha Mãe Eu sempre ouço alguém dizer: Nunca seja medroso! Fraco mesmo, nunca devemos perder a coragem. A nossa vida é uma viagem e para essa viagem é preciso ter a alma forte, dominar a covardia e enfrentar o perigo. O medo é próprio daquelas almas cheias de pecado, maldade, porque quem receia a punição não se entrega ao pecado. Todas as pessoas que tem a consciência tranqüila, caminha sem medo do inimigo. Todos nossos inimigos são derrotados pela força da razão. Devemos não afrontar o inimigo, não procurar o perigo e sim pregar amor e paz. Mas se isso for impossível, não fujamos; caiamos batalhando. Porque se morrermos lutando, morreremos feliz. No dia 25 de Agosto comemoramos o Dia do “Soldado”. Nesse dia também comemoramos, a data do aniversario de Luiz Alves de Lima e Silva, o “Duque de Caxias”. Ele era filho de grandes militares; nasceu em 25 de Agosto de 1803, no Estado do Rio de Janeiro, na Vila Estrela, e morreu em 07 de maio de 1880 na Fazenda Santa Monica. Com 05 anos de idade recebeu uma estrela de cadete, graças especiais de D João VI. Entre as campanhas onde se destacou pela bravura e pelo seu Patriotismo destaca-se a guerra do Paraguai. Nada mais justo que a escolha da data do natalício de “Duque de Caxias” para ser o “Dia do Soldado”. Nesse dia no país todo, onde houver uma guarnição militar, honras especiais são prestadas à memória do grande Patriota. Luiz Alves de Lima e Silva é o Patrono do Exercito Nacional. Carlos era um menino muito malvado. Passava o pé nos companheiros, judiava dos animais, levantava o banco para que seus colegas caíssem. Nenhum menino gosta dele. Um dia, indo para a escola, encontrou com uma senhora que lhe pediu uma informação. Tendo sido informada, a senhora continuou a caminhada até o local que desejava. Lá chegando, notou que estava enganada, distribuiu naquela casa todos os presentes que levava. Só mais tarde foi que Carlos refletindo viu o que havia feito. A Senhora procurava a casa dele, a fim de lhe dar os presentes. Por maldade, ele mesmo a desviou de lá. Sua maldade trouxe-lhe bem depressa o seu castigo. Minha mãe é a rainha do nosso lar. É ela que luta e sofre por nós. Devemos amá-la e respeitá-la sempre, porque seu papel é o imediato a Deus. Quando saio para a escola, seu olhar triste me acompanha, prevendo talvez um mundo de perigos, que ela supõe poder acontecer-me no trajeto. Esta sublime rainha ora e pede a Deus para que eu e meus irmãos sejamos felizes. É ela que muitas noites tem velado a cabeceira de um filho doente, percorrendo com os dedos as contas de um rosário. Sejamos, pois, todos os filhos do mundo, bons e obedientes, dignos de ser homem de mulheres de uma sociedade honesta, justa e culta. A você mãezinha querida, dedico-lhe este cantinho de jornal, rendo-lhe a homenagem da rainha do lar. Beijo-lhe as mãos mãezinha, essas mãos santas e nobres e que Deus lhe abençoe! Aluno: Celso Parmegiane Professora: Marília A.Lima Extraído do Jornal “Brasília” de 28/9/1958 Nome da Aluna: Marlene Conceição Zagui Nome do Professora: Nilde Bonafé Extraído do Jornal “Brasília” de 28/9/1958 Aluna: Elizabeth Pancoti Professora: Terezinha C.Baptista Extraído do Jornal “Brasília” de 28/9/1958 Nome da Aluna: Irani Prado Nome do Professora: Clara de Camargo Extraído do Jornal “Brasília” de 28/9/1958 Descrição do Meu Grupo Escolar Creio que todos vocês conhecem o meu Grupo Escolar. No entanto nunca é demais se falar daquilo que se gosta. É meu grupo recém construído, composto de seis salas de aula, portaria, diretoria, sala de professores, gabinete dentário, cozinha, galpão e banheiros sendo estes separados: para meninos e para meninas. Todos os dias, antes da entrada as aulas é distribuído o leite para todas as crianças. Há três períodos de aulas consecutivos. As três horas que passo em meu grupo são horas de alegria, pois estou num ambiente acolhedor onde impera a ordem, a justiça e o saber. Nome da Aluna: Mafalda Didona Nome do Professora: Nilda Bonafé Extraído do Jornal “ Brasília” de 28/9/1958 Colaboração: Cemitério da Saudade de Sumaré O Cavalo Roubado Certo dia um caboclo apresentou-se diante de um juiz para dizer-lhe que seu cavalo fora roubado por um cigano. O Juiz mandou que o caboclo, trouxesse os três a sua presença. No dia, seguinte lá estavam os três diante do juiz, o cavalo, o caboclo, e o cigano. O caboclo gritava: - (Não). O Cavalo é meu. O cigano que era o ladrão, também gritava. - Não, o cavalo é meu eu o comprei há muitos anos contravinham o cigano em voz alta. O Juiz não sabia a quem dava razão. E o caboclo com raiva gritou pela segunda vez. - O cavalo é meu e eu vou provar o que estou dizendo. Arrancando a manta que trazia nos ombros, gritou. Se o cavalo é seu, diga-me então de que olho ele é cego? O cigano, que nem sequer sabia a cor dos olhos do animal, titubeou um pouco, e disse: - Ele é cego do olho direito. O caboclo arrancando a manta da cabeça do animal disse: - Esse cavalo pelo contrário, não é cego de nenhum olho, ele enxerga com os dois olhos muito bem. O juiz ordenou então que o caboclo fosse embora com o cavalo, e o cigano foi severamente punido. Moral: De Deus nada fica encoberto. Aluna: Maria Tereza Yanssen Professora: Maiba Apparecida Maluf Extraído do Jornal “Brasília” de 28/9/1958 ASSOCIAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA DE SUMARÉ Temos um acervo de aproximadamente 200.000 documentos e 40.000 fotos. Se tiver interesse em preservar as fotos de sua família ou publicá-las, dirija-se ao Centro de Memória. Estudantes, professores, pesquisadores e população em geral são sempre bem-vindos. A Associação Pró-Memória é uma entidade particular, sem fins lucrativos. Se você quiser ajudá-la a se manter ou ampliar suas atividades, torne-se um sócio. Custa R$ 20,00 por mês. Por conta disso, você recebe um DVD com todo material publicado no mês pela imprensa local e um filme original de Sumaré. Endereços: Praça da República 102 – Centro –E-mail [email protected] - Fones 3803-3016 e 3883-8829