UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA A SUA OPINIÃO RS CURSO “ESCOLA E PESQUISA UM ENCONTRO POSSÍVEL ” Justina Ines Riboldi PROJETO DE PESQUISA: CRESCER SEM MEDO DE SER FELIZ Projeto de Pesquisa apresentado junto ao curso de Extensão “Escola e Pesquisa: um Encontro Possível”. Coordenadora: Dra Nilda Stecanela Orientadora: Selma Helgenstiler Arendt São Marcos 2010 Sumário 1- Dados de Identificação....................................................................................03 2- Tema................................................................................................................03 2.1 Delimitação do Tema.................................................................................03 2.2 Problema....................................................................................................03 3- Justificativa..................................................................................................... 03 4- Hipóteses.........................................................................................................03 5- Objetivos.........................................................................................................04 5.1 Objetivo Geral...........................................................................................04 5.2 Objetivo Específicos.................................................................................04 6- Metodologia....................................................................................................04 7- População / Amostra.......................................................................................04 8- Recursos..........................................................................................................04 8.1 Recursos Humanos....................................................................................04 8.2 Recursos Materiais.....................................................................................04 9- Cronograma......................................................................................................05 10- Referencial Teórico Metodológico...................................................................05 11- Referências...................................................................................................... .07 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Universidade de Caxias do Sul Pró-Reitoria de Extensão Curso “Escola e Pesquisa: Um Encontro Possível” Coordenadora: Dr. Nilda Stecanela Orientadora do Projeto: Selma Helgenstiler Arendt Período: março a setembro Autores: Professora Justina Ines Riboldi Escola de Ensino Fundamental Orestes Manfro – São Marcos-RS Turma 41: Ana Vitória Cioato, Augusto Boff, Anderson da Silva, Beatriz Casal, Deividi Bruno da Luz Gomes, Felipe da Luz Pólo, Guilherme Coelho dos Santos, Gustavo Debovi, Jennifer Stefany de Castilhos, João Pedro Torrescasana Guzzon, Joel Mateus Zucco, Letícia Vedana de Andrade, Luana Melos de Aguiar, Luiza Biasotto, Natália Camassola, Pedro Antonio Perin, Vitor Daniel Fabro, Yasmin Copelli de Lima, Maurício Vieira Vargas. 2 TEMA Da pré adolescência à adolescência sem medo de ser feliz. 2.1 Delimitação do Tema: O desafio de crescer sem medo de ser feliz. 2.2 Problema: É preciso temer o que vai acontecer na adolescência? 3 JUSTIFICATIVA Os estudantes da turma 41 da Escola Estadual de Ensino Médio Maranhão têm uma preocupação com o que lhes espera na adolescência e se precisam temer esta fase. E as perguntas: “O que será que nos aguarda na adolescência?” “O que vamos enfrentar?” “Precisamos ter medo de crescer?” Podemos crescer sem medo de ser feliz vão se acumulando na mente destes pré adolescentes. Some-se a isso as mudanças que vão acontecendo em seus corpos e os estudos do corpo humano, conteúdo da série em que estão. Este projeto vai ajudá-los a descobrirem sobre como seus corpos funcionam e como a vida acontece. É um convite aos alunos a descobrirem o mundo em que vivem: os seus corpos e os relacionamentos. 4 HIPÓTESES Somos crianças ou somos adolescentes? A maioria das pessoas se sente adolescente com 12 anos. As mudanças que acontecem na adolescência são normais? E quais são? Tendo-se problemas na adolescência, sempre pode-se contar com os pais? A maioria dos jovens passa o seu tempo livre com os amigos e os assuntos mais comentados são namorar e “ficar”. O adolescente precisa fazer coisas escondidas da família? Os pais tem muitas preocupações com os filhos? Vários adolescentes já podem ter sofrido algum tipo de violência? Os adolescentes não acreditam mais em contos de fada, só as crianças. É preciso ter sonhos, desejar coisas boas, para crescer feliz. Todas as pessoas felizes vivem uma história de amor. A escolha de uma profissão é importante e o tipo de trabalho que se escolhe é que vai ajudar na busca da felicidade. Os estudos são importantes. 5 OBJETIVOS 5.1 Objetivo Geral Investigara saber qual a perspectiva de futuro das crianças e pré-adolescentes de hoje, verificando os problemas em ser pré-adolescente e adolescente para poder crescer sem medo de ser feliz. 5.2 Objetivos Específicos Pesquisar quais são os problemas que afetam o crescimento das crianças e será que é tão preocupante assim crescer? E o que “nós vamos ver?” Verificar o que lhes aguarda na adolescência, pois seguidamente escutam dos adultos “tu vai ver quando crescer”. Identificar quais são os desejos dos pais em relação aos filhos. Pesquisar se há informações suficientes sobre os assuntos que mais interessa aos adolescentes. 6 METODOLOGIA O método a ser utilizado para a realização dessa pesquisa envolverá a pesquisa de opinião, com aplicação de questionários contendo questões abertas e fechadas, a fim de buscar respostas nos entrevistados para que ajudem os pesquisadores a resolverem as questões que estão lhe preocupando. Terá características de um estudo exploratório e reflexivo que possibilitará aos estudantes refletir sobre aspectos da passagem da infância para a pré adolescência e desta para a adolescência. 7 POPULAÇÃO AMOSTRA A população desta pesquisa envolve adultos, adolescentes e pré adolescentes. Pretende-se entrevistar 50 adultos, 50 adolescentes e 50 pré adolescentes escolhidos aleatoriamente. 8 RECURSOS 8.1 Recursos Humanos Alunos entrevistadores participantes do projeto. 8.2 RECURSOS MATERIAIS Instrumento de pesquisa: questionário. Livros, internet: aprofundamento teórico do tema da pesquisa. 9 CRONOGRAMA PERÍODO DESCRIÇÃO DA AÇÃO PESPONSÁVEIS MARÇO Definição e exploração do Os autores tema Construção do anteprojeto Os autores de pesquisa ABRIL Construção da versão final Os autores do projeto de pesquisa com referencial teórico. Construção do instrumento Os autores de pesquisa. Realização do pré-teste e Os autores construção do instrumento definitivo de pesquisa. MAIO Realização do trabalho de Os autores campo JUNHO Interpretação dos resultados Os autores da pesquisa JULHO Sistematização dos Os autores e orientadores resultados em artigo cientifico. AGOSTO Divulgação na escola, dos Os autores resultados. SETEMBRO Avaliação do projeto. Os autores Apresentação dos resultados Os autores e orientadores no X Seminário “Escola e Pesquisa um Encontro Possível” 10 REFERENCIAL TEÓRICO A adolescência por si só já traz indagações e preocupações, pois é uma fase em que se sai de um terreno seguro para um mundo desconhecido. O projeto “crescer sem medo de ser feliz” vem contribuir com respostas sobre as questões que angustiam os alunos sobre o fato de terem que encarar em breve a adolescência. Mudanças na adolescência, ficar, namorar, amor, relacionamentos, importância dos amigos, dos estudos, os sonhos, os desejos, a busca da felicidade é o que justifica este projeto. Algumas situações e sensações são bem próprias dessa fase – como sentir o corpo crescendo e tudo mudando! O corpo da menina é bem diferente do corpo do menino. Na adolescência estas diferenças sexuais são marcantes: nas meninas as mamas começam a crescer, o corpo vai adquirindo o contorno feminino, vão crescendo os pelos pubianos e os axilares e logo depois acontece a primeira menstruação. As pernas, os braços ficam enormes, as ideias e os pensamentos ficam se amontoando na cabeça e todo mundo começa a se chatear por qualquer motivo. Ao mesmo tempo, muitas ideias novas começam a surgir, com muitos planos e sonhos para o futuro. Ser adolescente é, entre outras coisas, não ser mais criança. Mas, também significa não ser adulto ainda, o que torna a adolescência uma fase muito especial, cheia de inquietações, descobertas e significados. “No ano passado, adolescentes começaram a circular pelas escolas brasileiras com pulseiras coloridas. Parecia apenas mais uma moda, até que os adultos perceberam que tudo se tratava de um jogo com conotação sexual – para cada cor, havia uma atitude correspondente. Assim, se um menino arrebentasse a pulseira amarela no braço de uma menina, ela tinha de dar um abraço nele. Se fosse roxa, a “prenda” era um beijo de língua (a lilás era “só” um selinho). A escala de carícias chegava a “sexo” (preta), “tudo o que quiser” (transparente) e “todas as opções as opções anteriores” (dourada). Não há relatos de que a brincadeira estivesse sendo levada às últimas conseqüências, mas imediatamente pais e educadores ficaram alarmados – talvez pelo fato de ver a garotada falando abertamente sobre... aquilo. E o que poderia ser uma oportunidade para uma conversa franca sobre um tema tão importante (porém ainda tabu para muita gente) acabou, em vários casos, com a proibição pura e simples do uso dos acessórios nas escolas. A atitude foi condenada por especialistas, que reforçam a necessidade de compreender que , quando os jovens entram na puberdade, iniciam um processo intenso e conflituoso para construir a própria sexualidade. Ajudá-lo a entender esse caminho á a melhor maneira de lhes dar ferramentas para ter uma vida sexual plena e responsável.” Nova Escola. Ano XXV, nº 233. Junho / Julho 2010 Mudanças físicas e psíquicas perpassam pela construção da sexualidade. Na pré adolescência e a adolescência é uma época em que os hormônios estão à flor da pele. Daí a importância de a escola dialogar e ajudá-los a passar por essa etapa de ansiedade onde meninos e meninas estão formando a própria identidade. Por isso pais e escola devem estar abertos para a compreensão dessa fase. Refletir sobre a Sexualidade Juvenil é ir além do fator biológico que é o conteúdo de ciências da 4ª série, é compreendê-la como expressão de sentimentos, de afetos e valores de jovens situados na cultura atual onde a sexualidade desperta mais cedo. Então devemos estar em sintonia com o que diz Tania Zaguri no livro O Professor Refén: para entenderem porque fracassa a educação no Brasil que diz “O século XX desde seu início, está repleto de pedagogos e estudiosos da educação cujas teorias remetem à necessidade de a escola inserir seu trabalho, o mais amplamente possível, no conteúdo social.” Queremos que nossos alunos cresçam “sem medo de ser feliz” então é o nosso dever de escola precavê-los em relação as conseqüências de uma gravidez indesejada e às doenças sexualmente transmissíveis. “Deveria ser ensinado na escola que cada um se conheça. A menina precisa saber o seu ciclo fisiológico, o que acontece quando ovula... Sabendo isso, ela saberá adotar medidas, entenderá que no momento da ovulação ela fica mais excitada, pois é o período fértil. A educação sexual ainda está sendo pouco adotada na escola e também nas famílias o assunto pode e deve ser mais discutido.” Luciana Virginia Sempesta Múhe. Ginecologista e obstetra, Brasília, DF. Pág. 17 – ano 45 – Nº 381 / Outubro 2007. Revista Mundo Jovem – Um Jornal de Ideias. Pois a sexualidade irrompe, quase de repente e com ela o desenvolvimento da função reprodutiva, o que traz muitas descobertas e novas responsabilidades. Hoje os adolescentes iniciam a vida sexual muito cedo, sem entender bem o porquê, as vezes por problemas familiares, as vezes por descoberta do próprio corpo, para descobrir o outro. Mas isto nem acontecendo de uma forma muito precoce. Eles ainda não tem a maturidade que o ato sexual deve ser amoroso, que deve trazer felicidade para a vida do jovem e por isso deve ser encarado com responsabilidade com o próprio corpo e com o corpo do(a) parceiro(a). “É muito importante que os adolescentes sejam orientados quanto a sua sexualidade e métodos anticoncepcionais, nas escolas, serviços de saúde, comunidades, grupos de jovens, meios de comunicação e na família.” Mundo Jovem. Ano XIIV. Nº 365. Abril 2006. Pág. 14. Compreensão e diálogo são fundamentais durante esse processo e esta é a primeira questão a ser levada em conta. Os jovens, os pré adolescentes precisam ser ouvidos. Daí a importância da escola, os pais deixarem as cobranças de lado e manterem o diálogo aberto com eles, fazendo-os pensar. Não é só a escola despejar as informações que são os ensinamentos e conteúdos. É preciso proporcionar-lhes condições de conversa e fazê-los refletir. Enfim exige que nós adultos exercitemos a tolerância, o acolhimento a estes jovens pois há possibilidades e caminhos para crescer feliz de modo responsável e além do desafio de encarar as mudanças corporais e a avalanche de desejos e novas experiências eles tem a necessidade de construir-se, posicionar-se e auto afirmar-se que já é um desafio na adolescência. E nós podemos sim contribuir, pois conforme afirma Henrique Klajner. “... Auto estimular crianças e adolescentes para buscarem felicidade por si próprios através da auto-conquistas, desde que nascem é oferecer-lhes as máximas oportunidades nesse sentido e com isso levá-los aos temidos “fantasmas” da adolescência”. Livro Adolescência, crescimento e felicidade, pág. 38. Talvez, nós adultos estejamos colocando rótulos nos adolescentes e isso faz com o título seja pertinente “crescer sem medo de ser feliz”, por que os problemas e dificuldades são raramente compreendidos pela sociedade e pelos adultos em si. As tempestades na adolescência não deixam dúvidas que existem conflitos, porém as condutas aplicáveis muitas vezes deixam a desejar. Muitos familiares tendem a usar jargões como “Aborrescentes!”, “Adolescentes são todos iguais!” Esse descompasso entre a família e o adolescente existe porque há dúvidas de ambas as partes. Muitos comportamentos ruins que acontecem com adolescentes acontecem porque há um certo conservadorismo ainda empregado por parte dos pais o qual pertence ao século passado. O suporte familiar era oferecido e transmitido de geração em geração onde os pais interferiam na individualidade do filho sem questionar. Já com o pré-adolescente e adolescente do século XXI, para ser feliz, ele não quer imposições que uma felicidade autentica conquistada com determinação e coragem fruto do seu esforço. 11 REFERÊNCIAS KLAJNER, Henrique. Auto-estimulação e adolescentes/São Paulo: Marco Zero 2005 MUNDO JOVEM: Ano XIIV, nº 365, abril 2006, p. 14. _______________: Luciana Virginia Sempesta Múhe. Ginecologista e obstetra, Brasília, DF. Pág. 17 – ano 45 – Nº 381 / Outubro 2007. NOVA ESCOLA. Ano XXV, nº 233. Junho / Julho 2010. ZAGURI, Tania, O professor refém: para entenderem porque fracassa a educação no Brasil / – 7ª edição Rio de Janeiro: Record 2006