OUT / NOV / DEZ 2009 • No 4 • ANO XXXIII
Eventos
XVIII Jornada
Rio-São Paulo
de Reumatologia e
II Jornada Anual da SRRJ:
perfeitas na forma
e no conteúdo
Dia a dia
É possível usar
o FRAXTM na
população brasileira?
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Em 2 anos de terapia
combinada adalimumabe + MTX:
• 49% dos pacientes alcançaram a remissão clínica1
Durante 5 anos de terapia
com adalimumabe:
• Inibição sustentada da progressão radiológica2
Contraindicações/Precauções
Assim como observado com outros antagonistas de TNF, foram relatados casos de tuberculose
associados ao HUMIRATM (adalimumabe).
A administração concomitante de antagonistas de TNF e abatacept tem sido associada a aumento
do risco de infecções, incluindo infecções sérias, quando comparada a antagonistas de TNF isolados.
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HUMIRATM (adalimumabe). Indicações: Artrite Reumatóide, Artrite Psoriásica, Espondilite Anquilosante, Doença de Crohn e Psoríase em placas. Contra-Indicações: hipersensibilidade conhecida ao
adalimumabe ou quaisquer componentes da fórmula do produto. Advertências e Precauções: Infecções: foram relatadas infecções graves devido a bactérias, micobactérias, infecções fúngicas
invasivas, virais ou outras infecções oportunistas. Estas infecções podem não ser consistentemente reconhecidas em pacientes que usam bloqueadores de TNF e isto leva a atraso no início do
tratamento apropriado, algumas vezes resultando em fatalidades. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas e recomenda-se cautela quando se decidir utilizar HUMIRATM
(adalimumabe) em pacientes com histórico de infecções de repetição ou com doença de base que possa predispor o paciente a infecções. Tuberculose: assim como observado com outros
antagonistas de TNF, foram relatados casos de tuberculose (freqüentemente disseminada ou extrapulmonar) associados ao HUMIRATM (adalimumabe) durante os estudos clínicos. Antes de iniciar o
tratamento, todos os pacientes devem ser avaliados quanto à presença de tuberculose ativa ou inativa (latente), com anamnese detalhada, radiografia de tórax e teste tuberculínico (PPD). Se a
tuberculose ativa for diagnosticada, o tratamento com HUMIRATM (adalimumabe) não deve ser iniciado. Se for diagnosticada tuberculose latente, antes que o tratamento com HUMIRATM (adalimumabe)
seja iniciado, deve-se iniciar a profilaxia antituberculosa apropriada. Reativação da Hepatite B: o uso de inibidores de TNF foi associado à reativação do vírus da hepatite B (HBV). Pacientes portadores
do HBV e que requerem terapia com inibidores de TNF devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais e sintomas da infecção ativa por HBV durante a terapia e por alguns meses seguidos
após o término da mesma. Eventos neurológicos: os antagonistas de TNF, incluindo o HUMIRATM (adalimumabe), foram associados, em raros casos, com exacerbação de sintomas e/ou evidência
radiológica de doença desmielinizante, incluindo esclerose múltipla. Malignidades: em partes controladas de estudos clínicos com antagonistas de TNF, foi observado maior número de casos de
linfoma entre os pacientes que receberam antagonistas de TNF do que entre os pacientes controle. O tamanho do grupo de controle e a duração limitada das partes controladas dos estudos não
permitem chegar a conclusões definitivas. Há maior risco de linfoma em pacientes com artrite reumatóide com doença inflamatória de longa duração, altamente ativa, o que complica a estimativa do
risco. Durante os estudos abertos de longa duração com HUMIRATM (adalimumabe), a taxa total de malignidades foi similar ao que seria esperado para idade, sexo e raça na população geral. Com o
conhecimento atual, um risco possível para o desenvolvimento dos linfomas ou outras malignidades nos pacientes tratados com um antagonista de TNF não pode ser excluído. Casos muito raros de
linfoma hepatoesplênico de células T, um raro e agressivo linfoma que é freqüentemente fatal, foram identificados em pacientes recebendo adalimumabe. A maioria dos pacientes foi previamente
tratada com infliximabe, ou recebeu terapia concomitante com azatioprina ou 6-mercaptopurina para doença de Crohn. A associação causal entre este tipo de linfoma e adalimumabe não está clara.
Alergia: durante estudos clínicos, reações alérgicas graves associadas ao uso de HUMIRATM (adalimumabe) foram raramente observadas. Se uma reação alérgica grave ocorrer, a administração deve
ser interrompida imediatamente e iniciado tratamento apropriado. A tampa da agulha da seringa contém borracha natural (látex). Pacientes sensíveis ao látex podem ter reações alérgicas graves.
Eventos hematológicos: raros relatos de pancitopenia, incluindo anemia aplástica, foram observados com agentes bloqueadores de TNF. A descontinuação da terapia com HUMIRATM (adalimumabe)
deve ser considerada em pacientes com anormalidades hematológicas significativas confirmadas. Insuficiência cardíaca congestiva: HUMIRATM (adalimumabe) não foi formalmente estudado em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Entretanto, em estudos clínicos com outro antagonista de TNF, uma taxa mais elevada de eventos adversos sérios relacionados a ICC foi relatada,
incluindo piora da ICC e novo episódio de ICC. Processos auto-imunes: Se um paciente desenvolver sintomas que sugiram Síndrome Lúpica durante o tratamento com Adalimumabe, o tratamento
deve ser descontinuado. O tratamento com HUMIRATM (adalimumabe) pode resultar na formação de anticorpos auto-imunes. Carcinogenicidade, Mutagenicidade e Alterações na Fertilidade: Não foram
realizados estudos experimentais de longo prazo para avaliar o potencial carcinogênico ou os efeitos do adalimumabe sobre a fertilidade. Imunizações: Os pacientes em tratamento com HUMIRATM
(adalimumabe) podem receber vacinações simultâneas, com exceção das vacinas vivas. Gravidez: Mulheres em idade reprodutiva devem ser advertidas a não engravidar durante o tratamento com
Adalimumabe. Lactação: Recomenda-se decidir entre descontinuar o tratamento com Adalimumabe ou interromper o aleitamento, levando em conta a importância do medicamento para a mãe. Uso
pediátrico: não foram estudadas eficácia e segurança em pacientes pediátricos.Interações Medicamentosas: Metotrexato: Não há necessidade de ajuste das doses de nenhum dos dois medicamentos.
Outras: Não foram realizados estudos formais de farmacocinética entre Adalimumabe e outras substâncias. O uso concomitante de adalimumabe com anakinra ou abatacepte não é recomendado.
Interação com testes laboratoriais: não são conhecidas interferências entre Adalimumabe e testes laboratoriais. Reações Adversas: anormalidade nos exames laboratoriais, astenia, síndrome gripal,
dor abdominal, infecção, febre, distúrbio de membranas mucosas, dor nas extremidades, edema facial, dor lombar, celulite, calafrios, sepse, reação alérgica, reação no local de injeção (dor, eritema,
prurido, edema. reação local, hemorragia local, erupção local), exantema, prurido, herpes simples, distúrbios cutâneos, herpes zoster, exantema maculopapular, distúrbios nas unhas, pele seca,
sudorese, alopécia, dermatite fúngica, urticária, nódulo cutâneo, úlcera de pele, eczema, hematoma subcutâneo, hiperlipidemia, hipercolesterolemia, aumento de fosfatase alcalina, uréia, creatinafosfoquinase, desidrogenase lática e ácido úrico, edema periférico, ganho de peso, cicatrização anormal, hipopotassemia, náuseas, diarréia, dor de garganta, anormalidade das provas de função
hepática, esofagite, vômitos, dispepsia, constipação, dor gastrintestinal, distúrbios dentários, gastroenterite, distúrbios da língua, monilíase oral, estomatite aftosa, disfagia, estomatite ulcerativa,
anemia, granulocitopenia, aumento do tempo de coagulação, presença de anticorpo antinuclear, leucopenia, linfadenopatia, linfocitose, plaquetopenia, púrpura, equimoses, aparecimento de autoanticorpos, infecções das vias respiratórias superiores, rinite, sinusite, bronquite, aumento da tosse, pneumonia, faringite, dispnéia, distúrbio pulmonar, asma, infecção urinária, monilíase vaginal,
hematúria, cistite, menorragia, proteinúria, polaciúria, cefaléia, tontura, parestesia, vertigem, hipoestesia, nevralgia, tremor, depressão, sonolência, insônia, agitação, conjuntivite, distúrbios oculares,
otite média, alteração do paladar, anormalidades visuais, borramento da visão, olho seco, distúrbios auditivos, dor ocular, hipertensão, vasodilatação, dor torácica, artralgia, cãibras musculares,
mialgia, distúrbios articulares, sinovite, distúrbios tendinosos. Posologia e Administração: Artrite Reumatóide : 40 mg, administrados em dose única injetável por via subcutânea, a cada 14 dias.
Artrite Psoriásica: 40 mg, administrados em dose única injetável por via subcutânea, a cada 14 dias. Espondilite Anquilosante: 40 mg, administrados em dose única por via subcutânea, a cada 14
dias. Doença de Crohn: 160 mg na semana 0, 80 mg na semana 2 e 40 mg em semanas alternadas, a partir da semana 4, por via subcutânea. Psoríase em Placas: 80 mg na semana 0 e 40 mg em
semanas alternadas a partir da semana 1, por via subcutânea. Superdosagem: A dose máxima tolerada de adalimumabe não foi determinada em humanos. Armazenamento: Deve ser armazenado
em geladeira na temperatura entre 2 oC e 8 oC. Não deve ser congelado. Registro no MS: no 1.0553.0294. Por se tratar de um medicamento novo, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer.
Informações Adicionais: Estão disponíveis aos profissionais de saúde: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda – Diretoria Médica: Rua Michigan, 735 – Brooklin, São Paulo / SP 04566-905 ou fone 0800
703 1050. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Referências: 1. Breedveld FC, Weisman MH, Kavanaugh AF, Cohen SB, Pavelka K, van Vollenhoven R, Perez JL, Spencer-Green GT, para os investigadores do PREMIER. Arthritis
& Rheumatism. 2006; 54:26-37. 2. Keystone EC, Kavanaugh AF, Sharp JT, Patra K, Perez JL. Inhibition of radiographic progression in patients with long-standing rheumatoid arthritis
treated with adalimumab plus methotrexate for 5 years. Pôster apresentado no EULAR 2007, Barcelona, Espanha, (THU 0168). 3. Bejarano V et al. Effect of the early use of the antitumor necrosis factor adalimumab on the prevention of job loss in patients with early rheumatoid arthritis. Arthritis & Rheumatism 2008, 59(10):1467-1474. 4. Jamal S et al. Adalimumab
response in patients with early versus stablished rheumatoid arthritis: DE 019 randomized controlled trial subanalysis. Clin Rheumatol published online 09/12/2008. DOI 10.1007/s10067008-1064-0 5. Breedveld FC et al. A Multicenter, Randomized, Double-Blind Clinical Trial of Combination Therapy With Adalimumab Plus Methotrexate Versus Methotrexate Alone or
Adalimumab Alone in Patients With Early, Aggressive Rheumatoid Arthritis Who Had Not Had Previous Methotrexate Treatment. Arthritis & Rheumatism 2006, 54(1):26-37.
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Editorial
Apesar das chuvas...
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e as águas de março costumam fechar o verão, como
bem eternizou nosso maior maestro, as águas de
dezembro abriram como nunca a estação na temporada 2009-2010. Desde então, a chuva não tem dado trégua para o Sudeste, onde ocorreram nossos maiores eventos no fim do ano passado – a Jornada Rio-São Paulo de
Reumatologia, de 3 a 5 de dezembro, e a Jornada Capixaba
de Reumatologia, de 10 a 12 de dezembro. O mau tempo,
felizmente, não afugentou os participantes nem esfriou os
debates.
Nem poderia ser diferente. Menos de dois meses antes,
na Filadélfia, o Brasil fez bonito no encontro anual do
American College of Rheumatology, que ocorreu de 16 a
21 de outubro. Alguns dos estudos levados por nossos
reumatologistas foram apresentados com destaque e outros conquistaram importantes reconhecimentos.
Se o último trimestre de 2009 foi intenso, o início de 2010
também já promete. No momento, a equipe responsável
pelo XXVIII Congresso Brasileiro de Reumatologia se de-
dica a fechar a programação e a organizar cada detalhe do
evento, marcado para o período de 18 a 22 de setembro, em
Porto Alegre. Reserve essa data em sua agenda e não perca.
Enquanto isso, veja também nesta edição o que nossos
colegas vêm pesquisando, na Primeira fila, e aproveite para
conhecer um pouco da história de Edgar Allan Poe, elaborada pelo Dr. Hilton Seda por ocasião do bicentenário do
nascimento do poeta. Apesar de sua genialidade, Poe não
conseguiu suportar o peso da vida por muito tempo, tão ao
contrário de Oscar Niemeyer, o artista carioca homenageado nesta capa, em referência ao evento de Angra dos
Reis. Aos 102 anos de vida, o arquiteto é dono de invejável
vitalidade e de uma mente em permanente estado de ebulição. É essa longevidade, de vida, de ideais e de produtividade, que desejamos a você nesta nova década.
Um forte abraço dos editores!
Marcelo Pinheiro, Fábio Jennings e
Kaline Medeiros
SOCIEDADE
BRASILEIRA DE
REUMATOLOGIA
Diretoria Executiva SBR – Biênio 2008-2010
Presidente
Ieda Maria Magalhães Laurindo – SP
Tesoureiro
Manoel Barros Bertolo – SP
Secretária-geral
Claudia Goldenstein Schainberg – SP
Vice-tesoureiro
Célio Roberto Gonçalves – SP
Primeiro-secretário
Gilberto Santos Novaes – SP
Diretor científico
Eduardo Ferreira Borba Neto – SP
Segundo-secretário
Francisco José Fernandes Vieira – CE
Presidente eleito
Geraldo da Rocha Castelar Pinheiro – RJ
Boletim da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Av. Brig. Luís Antônio, 2.466, conjuntos 93 e 94
01402-000 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3289-7165 / 3266-3986
www.reumatologia.com.br
@ [email protected]
Coordenação editorial
Diretoria Executiva
Índice
4
6
10
12
16
18
21
O melhor do Brasil
Primeira fila
Coluna Seda
Dia a dia
Notas
Questão de foco
Jornalista responsável
Solange Arruda (Mtb 45.848)
Conselho editorial
Marcelo de Medeiros Pinheiro – SP
Martin Fábio Jennings Simões – SP
Kaline Medeiros Costa Pereira – SP
Colaborador: Plínio José do Amaral – SP
Layout
Sergio Brito
Impressão
Sistema Gráfico SJS
Tiragem: 2.000 exemplares
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 4 • out/nov/dez/2009
Revista Reumatologista.pmd
ACR 2009
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ACR 2009
Brasileiros
conquistam
a Filadélfia
O Brasil brilhou no 73º Encontro Científico
Anual do American College of Rheumatology,
o ACR 2009, realizado na Filadélfia (EUA),
de 16 a 21 de outubro do ano passado.
Olha a RBR no ACR!
A Revista Brasileira de Reumatologia (RBR)
também fez bonito no ACR 2009, ao figurar
em destaque no estande da Elsevier durante
os quatro dias do evento. Esse privilégio, que
já tinha sido experimentado durante o Eular
2009, demonstra a projeção que a
Reumatologia brasileira vem ganhando dia
após dia ao redor do mundo e, mais uma vez,
atesta a qualidade científica da publicação, a
caminho da tão sonhada indexação em 2010. A presidente da SBR, Ieda Laurindo,
entrega a RBR a Richard Wakefield.
A
Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São
Paulo (EPM-Unifesp) participou do
ACR 2009 com dez estudos. Dois deles
são dignos de nota: o de Henrique A.
Mariz, sobre FAN em indivíduos sadios, que entrou na lista de pôsteres comentados, e o de Tatiana Molinas, sobre acupuntura na dor lombar aguda não
específica, que recebeu menção de notável, com os mais altos escores de qualidade, e ficou entre os melhores trabalhos do encontro, em meio a mais de 3
mil resumos enviados! Feita sob a
orientação do professor Jamil Natour,
também da Unifesp, a pesquisa de
Tatiana já tinha sido premiada no último congresso da Liga Europeia contra o
Reumatismo, o Eular 2009. A Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (FMUSP), por sua vez, levou nove
trabalhos à Filadélfia, todos em forma
de pôster. Entre eles estava o de Rosa
Tatiana Molinas e Marcelo Cardoso
recebem mais um prêmio internacional por
seu estudo sobre acupuntura.
Pereira, que mereceu menção honrosa
ao mostrar o efeito de um programa de
treino de equilíbrio (PTB) com enfoque
em técnicas para melhorar a coordenação e a mobilidade de mulheres com
osteoporose. Como se não bastassem os
destaques das nossas escolas de medicina, o Latin American Study Group obteve expressivo sucesso no evento, ten-
do contado com 104 participantes e recebido uma excelente avaliação – 81%
de “muito satisfeito”, não obstante a baixa qualidade da acomodação do espaço
reservado para a reunião. Um dos trabalhos apresentados pelo grupo,
Comparison of an interferon-gamma assay
with tuberculin skin testing for detection of
tuberculosis infection in patients with
rheumatoid arthritis in a TB-endemic
population, do peruano Eduardo Acevedo
Vasquez, figurou no último dia do evento como um dos highlights do ACR. Para
completar, na oportunidade a Dra.
Eloisa Bonfá, professora titular da
FMUSP, foi convidada para representar nosso continente na revisão da classificação das doenças CID-10 da Organização Mundial da Saúde, empreitada
que será desenvolvida nos próximos dois
anos. Aliás, quem tiver sugestões nesse
sentido pode contatar a professora pelo
e-mail [email protected].
Foco na população pediátrica
A Reumatologia Pediátrica foi tema de duas
apresentações orais de brasileiros no ACR 2009.
Gecilmara Pileggi, da FMUSP-Ribeirão Preto, discorreu
sobre o estudo da imunogenicidade e segurança da
vacina contra a varicela em pacientes com doenças
reumáticas da faixa etária pediátrica, e a dupla Cynthia
Saviolli e Clóvis Silva, do Instituto da Criança do
Hospital das Clínicas da FMUSP, descreveu um novo
padrão de gengivite na dermatomiosite juvenil. Além
disso, Vanessa Bueno, da Unifesp, levou um pôster
sobre artrite idiopática juvenil poliarticular.
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 4 • out/nov/dez/2009
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Na mira dos pacientes pediátricos: Gecilmara Pileggi (à esq.) e
Cynthia Saviolli e Clóvis Silva.
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É do Brasil!
Veja aqui a lista completa dos trabalhos apresentados por nossos colegas no encontro anual do ACR, em 2009:
1. Mortality Trends Related to Dermatomyositis and Polymyositis, State of São
Paulo, Brazil, 1985-2007: a Study Using Multiple-Cause-of-Death
• Deborah C. C. Souza, Augusto H. Santo, José M. P. Souza, Celso Escobar
Pinheiro e Emilia I. Sato, Unifesp
14. Impact of Physical Activity Program in Systemic Lupus Erythematosus
• Marcelo I. Abrahão, Rafael Montenegro-Rodrigues, Roberta G. Marangoni,
Stella Peccin e Virginia F. M. Trevisani, Unifesp
2. Balance Ability in Polyarticular Juvenile Idiopathic Arthritis
• Vanessa Bueno, Claudio A. Len, Maria T. Terreri, Jamil Natour e Maria O.
Hilário, Unifesp/EPM
15. A Novel 60 Kda Reactivity in Cyclic Neutropenia: High Titer Classic ANCA
Pattern and Negative Anti-Peroxidase-3
• Camila E. Rodrigues, Eloisa Bonfá, Elvira R. P. Velloso, Flávia K. Teixeira,
Vilma S. T. Viana, Cleonice Bueno, Andréa Kondo e Rosa M. R. Pereira, FMUSP
3. Relationship Between Increases in BMD on Denosumab and Reduction in
Fracture Risk
• Michael McClung, Steven Cummings, Cristiano A. F. Zerbini et al., Hospital
Heliópolis
16. Does the School Dimension Determine Impairment of Health-Related
Quality of Life in Patients with Juvenile Idiopathic Arthritis?
• Tania M. S. Mendonça, C. A. Len, Carlos H. M. Silva, Rogerio M. C. Pinto e M.
O. E. Hilário, Universidade Federal de Uberlândia, Unifesp
4. Juvenile Dermatomyositis: a Novel Gingival Vessel Alteration Pattern?
• Cynthia Savioli, Clóvis A. Silva, Gisele M. Fabri, Katia Kozu, Lucia M. A. Campos e José T. T. Siqueira, FMUSP
17. Sensorineural Hearing Loss in Diffuse Systemic Sclerosis
• Tatiana A. Monteiro, Romy B. C. Souza, Eloisa Bonfá, Ricardo F. Bento, Elaine
S. Novalo e Laura G. E. Vasconcelos, FMUSP
5. Anti-Aquaporin-4 Antibodies are Highly Specific for Neuromyelitis Optica
and Show no Association with Sjögren’s Syndrome and Other Autoimmune
Diseases
• Alessandra Dellavance, Rossana R. Alvarenga, Silvia H. Rodrigues, Fernando
Kok, Alexandre W. S. Souza, Luís Eduardo C. Andrade, Fleury Medicina e Saúde, Unifesp, FMUSP
18. Low Lean Mass: a Major Factor for Low Bone Mass in Pre-Menopausal
Women with Systemic Lupus Erythematosus
• Luciana P. Costa, Eloisa Bonfá, Valeria F. Caparbo, Eduardo F. Borba, Luciana
F. Muniz, Juliane A. Paupitz e Rosa M. R. Pereira, FMUSP
6. Varicella Vaccine in Children and Adolescents with Systemic Lupus
Erythematosus (SLE) – Immunogenicity and Safety
• Cassia M. P. Barbosa, Maria T. Terreri, Claudio A. Len, Maria Isabel MoraesPinto, Paula Rosario, Maria O. Hilário e Clóvis A. A. Silva, Unifesp, FMUSP
7. Effectiveness of Sensorimotor Training in Patients with Rheumatoid Arthritis
• Kelson N. G. Silva Sr., Lucas E. P. P. Teixeira, Aline M. Imoto, Marcelo I. Abrahão,
Alvaro N. Atallah, Stella Peccin e Virginia F. M. Trevisani, Unifesp
8. ANA-Positive Healthy Individuals and Autoimmune Rheumatic Patients
Present Distinctive Pattern and Titer Profiles at the ANA HEp-2 Assay
• Henrique A. Mariz, Silvia H. Rodrigues, Silvia H. B. Campos, Gilda A. Ferreira,
Emilia I. Sato e Luís Eduardo C. Andrade, Unifesp, Fleury Medicina e Saúde,
UFMG
9. Juvenile Systemic Lupus Erythematosus Frequently Develops in a
“Background” of Primary Immunodeficiencies
• Adriana A. Jesus, Bernadete Liphaus, Clóvis A. Silva, Luís Eduardo C. Andrade,
Antonio Coutinho e Magda Carneiro-Sampaio, FMUSP, Unifesp, Instituto
Gulbenkian de Ciência, Oeiras, Portugal
10. Phenotype Characterization of Regulatory T Cells (CD25highCD12low
FoxP3+) in Systemic Lupus Erythematosus
• Danilo Mesquita, Wilson M. Cruvinel, Julio A. P. Araujo, Esper G. Kallas e Luís
Eduardo C. Andrade, Unifesp, Universidade Católica de Goiás, USP
11. Altered Balance Between the Effector and Regulatory T Cell Pathways in
Systemic Lupus Erythematosus and Decreased Regulatory T Cell Levels in Active
Lupus Nephritis
• Danilo Mesquita, Wilson M. Cruvinel, Julio A. P. Araujo, Esper G. Kallas e Luís
Eduardo C. Andrade, Unifesp, Universidade Católica de Goiás, Goiânia, USP
12. Anti-Tnf α Therapy: Cardiac Safety in Rheumatoid Arthritis and Ankylosing
Spondylitis with Subclinical Diastolic Dysfunction
• Julio C. B. Moraes, Alessandro C. Lianza, Ana C. M. Ribeiro, Carla Gonçalves,
Jozelio F. Carvalho, Rosa M. R. Pereira, Lissiane K. N. Guedes e Eloisa Bonfá,
FMUSP
13. Efficacy and Safety of Concurrent Training in Systemic Sclerosis
• Ana Lucia de Sá Pinto, Bruno Gualano, Romy B. C. de Souza, Vitor S. Painelli,
Natalia C. Oliveira, Guilherme G. Artioli e Fernanda R. Lima, FMUSP
19. Evidence for Antimalarial Beneficial Effect in Cardiac Arrhythmic Events in
a Large Systemic Lupus Erythematosus (SLE) Cohort
• Ricardo A. Teixeira, Eduardo F. Borba, Eloisa Bonfá, Anísio Pedrosa, Silvana
Nishioka e Martino Martinelli Filho, Incor, FMUSP
20. Acupuncture for Acute Non-Specific Low Back Pain: a Randomized,
Controlled, Placebo Trial
• Tatiana Molinas Hasegawa, Andreia Salvador Baptista, Marcelo Cardoso de
Souza, Alexandre Massao Yoshizumi e Jamil Natour, Unifesp
21. Effectiveness of Neuromuscular Electrical Stimulation on Knee Osteoarthritis
Patients: Randomized Clinical Trial
• Aline M. Imoto, Stella Peccin, Kelson N. G. Silva Sr., Lucas E. P. P. Teixeira,
Marcelo I. Abrahão e Virginia F. M. Trevisani, Unifesp
22. Sarcopenia: a Relevant Factor for Bone Mineral Density in Elderly Men
Community-Dwelling
• Camille F. Danilevicius, Jaqueline B. Lopes, Liliam Takayama, Valéria F. Caparbo
e Rosa M. R. Pereira, FMUSP
23. Safety and Immunogenicity of Varicella Vaccine in Patients with Juvenile
Rheumatic Diseases Using Methotrexate and Corticosteroids
• Gecilmara S. Pileggi, Cleonice B. S. de Souza e Virginia P. L. Ferriani, FMUSPRibeirão Preto
24. Thalamic Volumes Predict Cognitive Impairment Evaluated by Speed
Processing Tasks in Systemic Lupus Erythematosus
• Simone Appenzeller, Bruce Pike, Leticia Rittner, Gabriel Leonard, Martin
Veilleux e A. E. Clarke, Unicamp, McGill University, Montreal, QC, MUHC, Montreal, QC
25. Functional and Morphological Evaluation of the Digital Microcirculation
with Laser Doppler Imaging and Nailfold Capillaroscopy in Systemic Sclerosis
• Marcelo J. U. Correa, Luís Eduardo C. Andrade e Cristiane Kayser, Unifesp
26. Prevalence and Types of Cognitive Impairment in Young Women with
Systemic Lupus Erythematosus (SLE)
• Simone Appenzeller, Bruce Pike, Gabriel Leonard, Martin Veilleux e A. E.
Clarke, Unicamp, McGill University, Montreal, QC, MUHC, Montreal, QC
27. Early Death in Wegener’s Granulomatosis: Disease and Treatment Factors
• Fernando H. C. Souza, Ari S. Halpern e Samuel K. Shinjo, FMUSP
28. A 12-Month Randomized Controlled Trial of Balance Training in Elderly
Women with Osteoporosis: Improvement of Quality of Life and Reduction of
Falls
• Melisa M. Madureira e Rosa M. R. Pereira, FMUSP
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Notícias das regionais
O melhor do Brasil
Pernambuco
Reumatologia do HC/UFPE promove
primeiro curso de atualização
para ex-residentes e ex-estagiários
J
á estava na hora de rever egressos e de permutar antigas e novas experiências. O Serviço de Reumatologia
do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco (HC/UFPE) promoveu, em Recife, seu primeiro curso de reciclagem para ex-residentes e ex-estagiários nos dias 14 e 15 de novembro de 2009. Idealizado e
coordenado pela reumatologista Angela Duarte, que é chefe do serviço, o evento teve a presença de 45 dos 57 exresidentes e estagiários que por ali já passaram, de oito integrantes da Reumatologia da UFPE e de cinco médicos
convidados, entre os quais a diretora científica e preceptora
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do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE), Rina Dalva
Neubarth, que abrilhantou a iniciativa com sua vasta experiência em artrite reumatoide e manuseio de biológicos.
A programação científica não poderia ter sido mais atrativa
para os participantes, com uma abrangente revisão sobre
imunologia básica, a cargo da pesquisadora Norma Lucena,
do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – Fiocruz, com
uma aula sobre a relação entre os aspectos clínicos e
imunológicos das doenças autoimunes, ministrada pelo diretor da Reumatologia do HSPE, William Chahade, com
duas palestras sobre o papel da imagem nas doenças
reumatológicas, proferidas pelos médicos Fernando Gurgel,
da Clínica Lucilo Ávila, e Eolo Santana, do Serviço de Radiologia do HC/UFPE e da Clínica Multimagem, e com
outras apresentações sobre manuseio da terapia biológica e
doenças como a espondilite anquilosante e a artrite
psoriásica, feitas por
Angela Duarte, Claudia
Marques, Andrea Tavares e Aline Ranzolin, entre outros palestrantes de
Recife. O curso ainda
abriu espaço para a discussão de casos clínicos,
comandada pelos ex-residentes Lilian Azevedo
Da esquerda para a direita,
Rina Dalva, Angela Duarte e
(PE) e Evaldo Gomes de
Claudia Marques compõem
Sena (PB) e pelos atuais
a mesa do evento.
residentes do serviço,
Thiago Sotero e Laurindo Rocha. Os organizadores reservaram o encerramento do evento para homenagear o pioneiro da Reumatologia do Norte-Nordeste, o médico Geraldo Gomes, e a preceptora da Residência Médica do HC/
UFPE, Fátima Menezes, assim como Wiliam Chahade, por
sua contribuição para a Reumatologia nacional e por seu
empenho em prol do intercâmbio científico da residência
médica da universidade. Na oportunidade, Angela Duarte
também recebeu uma homenagem especial pela sua dedicação à formação dos novos reumatologistas.
6
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Notícias das regionais
O melhor do Brasil
Espírito Santo
Jornada capixaba avalia as conquistas
da década do osso e enumera os desafios
do Estado nas próximas décadas
U
ma retrospectiva sobre as melhorias e as mudanças na abordagem das doenças reumáticas nos últimos
dez anos. Essa ideia deu o tom da VII
Jornada Capixaba de Reumatologia, que
ocorreu de 10 a 12 de dezembro de 2009,
em Vitória, e teve como tema central a
década do osso e da articulação. De acordo com a presidente da Sociedade de
Reumatologia do Espírito Santo (Sores),
a reumatologista Valéria Valim, o evento abordou os maiores progressos observados de 2000 até o fim de 2009, como a
melhoria na avaliação clínica e
laboratorial, as revisões nos critérios de
classificação diagnóstica das doenças
reumáticas autoimunes e a descoberta
de novas opções terapêuticas, entre outros. “Todos esses avanços mudaram o
foco e o objetivo do tratamento, que agora é fazer diagnóstico precoce e induzir
remissão”, sustenta Valéria. “Essa é a
meta dos médicos e pacientes e deve ser
também a do poder público: sem dor,
sem sequela e um dia também sem medicamentos”, vislumbra. Além de permitir essa reflexão, a oportunidade serviu para os 200 participantes da jornada
reverem as conquistas e os desafios do
Estado, que, apesar de ter exames de boa
qualidade nas redes pública e privada,
um programa de especialização em
Reumatologia e medicamentos de alto
custo – o Espírito Santo foi o primeiro a
fornecer regularmente os fármacos biológicos –, só dispõe de 25 reumatologistas e de apenas um reumatologista
pediátrico. Por isso, já durante a abertura do evento, que contou com a presença de um representante da Associação Nacional de Grupos de Pacientes
Reumáticos (Anapar) e do secretário de
Estado da Saúde do Espírito Santo,
Anselmo Tozi, a presidente da Sores
apresentou o contexto do Estado no
atendimento aos pacientes reumáticos e
propôs dez soluções a Tozi, que se comprometeu a rever a pauta e encaminhar
respostas. A jornada também foi a ocasião escolhida pelo representante da
Anapar para estimular a criação de uma
associação regional de apoio aos pacientes artríticos e ainda serviu de ensejo para
uma homenagem a Luís Eduardo
Coelho de Andrade, da Universidade
Federal de São Paulo. “O professor forneceu apoio técnico durante a fase de
estruturação do Laboratório de
Imunologia do Hospital Universitário
Cassiano Antonio de Moraes (Hucam),
da Universidade Federal do Espírito
Santo, e se dedicou ao Pronuclear, um
projeto importante na consolidação do
núcleo de pesquisa em Vitória”, explica
Valéria, muito satisfeita com o resultado do evento, que teve uma adesão de
80% dos reumatologistas locais.
Dez soluções para a
Reumatologia no Espírito Santo
1 Abrir concurso para reumatologistas
reumatologistas que atuam como clínicos-gerais nos
2 Realocar
hospitais públicos
3
4
5
6
7
Fazer contrato de emergência para reumatogistas pediátricos
8
Regularizar e aproveitar a mão de obra qualificada de fisioterapia na área
de Reumatologia em programa de atendimento em artrite reumatoide
pelo Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo
9
Organizar as redes de atendimento por meio de criação de diretrizes,
protocolos e competência por nível de atendimento
10
Criar programas de atendimento multidisciplinar em Reumatologia
Promover capacitação dos médicos da rede básica
Rever os protocolos de dispensação das medicações de alto custo
Aumentar o tempo de atendimento da consulta médica pelo
reumatologista e garantir retorno aos pacientes atendidos pelo Estado
Equipar e ampliar o centro de referência e o centro de infusão do Hucam
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Notícias das regionais
O melhor do Brasil
Rio de Janeiro / São Paulo
18ª Jornada Rio-São Paulo
de Reumatologia reúne mais de
400 especialistas em Angra dos Reis
Mais uma vez o evento confirmou por que é
um dos maiores encontros da especialidade no País.
Manoel Barros Bértolo,
tesoureiro da SBR.
Ieda Maria Laurindo, presidente da SBR.
José Carlos Szajubok, presidente da SPR
na gestão 2008-2009.
D
e 3 a 5 de dezembro de 2009, a Sociedade Paulista de
Reumatologia (SPR) e a Sociedade de Reumatologia
do Rio de Janeiro (SRRJ), por meio de seus presidentes José
Carlos Szajubok e Reno Martins Coelho, respectivamente,
realizaram em Angra dos Reis um evento com dimensões de
congresso. Com mais de 400 participantes e reumatologistas
de todos os Estados brasileiros, a jornada superou as expectativas de quem foi até lá em busca de novos conhecimentos. As
diretoras científicas Blanca Bica e Elaine de Azevedo organizaram um programa no qual os convidados nacionais abordaram, de forma atual, assuntos diversos da área em cursos préjornada, mesas-redondas, conferências e encontros com professor. Os convidados estrangeiros Maurizio Cutolo, Georg
Schett e Paul Emery fizeram palestras de porte realmente internacional, trazendo novidades sobre capilaroscopia, artrite
reumatoide inicial e terapia com corticosteroides. A chuva,
contudo, atrapalhou os planos de quem procurava praia e sol.
Mas aqueles que participaram das atividades oferecidas pela
Jornada Rio-São Paulo receberam, de fato, uma enxurrada de
boas informações e evidências científicas em Reumatologia.
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 4 • out/nov/dez/2009
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A comissão organizadora do evento: da esquerda para a direta,
Elaine de Azevedo, Geraldo Castelar, Blanca Bica, José Carlos
Szajubok, Cláudia Schainberg e Reno Martins Coelho.
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Notícias das regionais
O melhor do Brasil
Rio de Janeiro
Egressos da Reumatologia
da Uerj se encontram
pela primeira vez em 18 anos
Dr. Hilton Seda e Dra. Nafice Araujo.
Visão geral da plateia, durante a jornada.
A
Dr. Hilton Seda
recebe
homenagem
do Dr. Reno
Coelho e da SRRJ.
Dr. Marcelo Pinheiro, Dr. Roger Levy e Dra.
Rosa Pereira premiam a vencedora do quiz
com uma viagem ao Eular 2010, em Roma.
Reumatologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(Uerj) realizou, nos dias 11 e 12 de setembro de 2009, seu primeiro encontro de egressos, o qual reuniu professores, alunos, ex-residentes e atuais residentes com o objetivo de favorecer
a troca de experiências entre os que
ainda estão em formação e os que já
atuam na prática clínica, além de promover a atualização científica dentro
da especialidade. O evento veio consolidar o sucesso de uma história que
começou em 1986, quando a professora Elisa Albuquerque introduziu o
serviço de Reumatologia no Hospital
Universitário Pedro Ernesto, da Uerj.
Rapidamente, foi-se pavimentando o
caminho para a criação da Disciplina
de Reumatologia da Faculdade de
Ciências Médicas da Uerj, que ocorreu em 1992, seguida da Residência
Médica em Reumatologia, em 1996.
De lá para cá, passaram por lá 24 residentes, nove estagiários e oito mestrandos/doutorandos do Programa de
Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas. A disciplina, que tem
entre suas principais linhas de pesquisa a artrite reumatoide, a síndrome do
anticorpo antifosfolípide e o lúpus
eritematoso sistêmico, conta hoje com
três professores – além de Elisa, Roger
Levy e Geraldo Castelar –, cinco médicos, três dos quais efetivos –
Evandro Klumb, Verônica Vilela e
Francinne Machado – e dois estagiários – Bruno Schau e Renata Figueiredo. A partir de 2010, abre espaço
para mais um residente, totalizando
quatro por ano, o que mostra a constância de sua trajetória de sucesso e
crescimento ao longo de seus 18 anos
de existência.
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O que nossos colegas andam estudando
Primeira fila
Pesquisa clínica
Sialometria e cintilografia de parótida
como provas da função salivar em pacientes
com artrite reumatoide soropositiva*
Carlos Eduardo Silva Pedrazas1
José Ângelo de Souza Papi2
Mario Newton Leitão de Azevedo3
Introdução
Pacientes com artrite reumatoide (AR) podem apresentar redução do fluxo salivar.
Objetivo
Verificar se os resultados da sialometria e da cintilografia de parótida são concordantes no diagnóstico da
função salivar em pacientes com AR.
Desenho do estudo
Transversal retrospectivo.
Métodos
O estudo envolveu 78 pacientes com AR soropositiva, provenientes do Ambulatório de Reumatologia do
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, com média de idade de 50 anos. Os participantes responderam a um questionário para a avaliação da presença de xerostomia e realizaram a sialometria em repouso e após estímulo, bem como cintilografia de parótida. Na análise estatística, foi utilizado o teste de
Mann-Whitney para as variáveis dicotômicas, assim como o de Kruskal-Wallis para as variáveis não
dicotômicas.
Resultados
A xerostomia foi observada em 74% dos pacientes. Na sialometria em repouso, 66,7% dos participantes
apresentaram fluxo reduzido, o que ocorreu com 35,9% deles na sialometria estimulada. Já na cintilografia,
12,8% não captaram saliva e 64,1% tiveram captação moderada. Por sua vez, o esvaziamento glandular de
saliva foi insatisfatório em 59% do grupo estudado. O fato é que os dois exames apresentaram concordância estatisticamente significativa (p=0,002 para a sialometria em repouso com a captação na cintilografia e
p=0,001 para a sialometria estimulada com o esvaziamento na cintilografia).
Conclusão
Os resultados da sialometria em repouso concordam com a captação de saliva na cintilografia de parótida
e os da sialometria estimulada correspondem ao esvaziamento glandular de saliva na cintilografia de parótida.
*Tese apresentada para a obtenção de título de
1
Aluno do mestrado
mestre no curso de pós-graduação em Clínica Médica
2
Orientador da tese
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
3
Orientador da tese
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2/3/2010, 10:18
Primeira fila
O que nossos colegas andam estudando
Pesquisa básica
Estudo do polimorfismo Glu298Asp
da óxido nítrico sintetase endotelial em
pacientes com lúpus eritematoso sistêmico*
Tamara Mucenic1
João Carlos Tavares Brenol2
Ricardo Machado Xavier3
Objetivo
Avaliar possíveis associações entre o polimorfismo Glu298Asp da região codificadora do gene da óxido nítrico
sintetase endotelial (eNOS) e a suscetibilidade ao lúpus eritematoso sistêmico (LES) e manifestações clínicas
relacionadas com a doença.
Métodos
O estudo incluiu 113 pacientes de descendência europeia com diagnóstico de LES, segundo o Colégio Americano de Reumatologia, todos eles provenientes do ambulatório do Serviço de Reumatologia do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, e 206 controles saudáveis, de mesma descendência. Os indivíduos estudados realizaram genotipagem por meio de reação em cadeia da polimerase (PCR) para o polimorfismo Glu298Asp da
região codificadora do gene da eNOS. Dados clínicos, demográficos e laboratoriais também foram analisados,
a fim de avaliar a associação com genótipos específicos.
Resultados
A distribuição do genótipo Glu298Asp e dos alelos não teve diferença estatísticamente significativa entre os
pacientes lúpicos e os controles. Da mesma forma, não houve associação relevante do polimorfismo com
glomerulonefrite lúpica, síndrome antifosfolipídeo, doença cardiovascular (DCV) e fatores de risco para DCV.
Conclusão
Os achados apresentados não evidenciaram papel importante do polimorfismo estudado na suscetibilidade
para o LES nem para as manifestações clínicas avaliadas, fato que pode ser devido à perda de poder estatístico
nessas análises de subgrupo.
*Trabalho apresentado para a obtenção de título de mestre
1
Aluna do mestrado
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o
2
Orientador do trabalho
apoio da Fipe/Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
3
Coorientador de trabalho
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Coluna Seda
BICENTENÁRIO DO
NASCIMENTO DE
EDGAR ALLAN POE
Hilton Seda
E
m 2009, comemorou-se o bicentenário do nascimento
de Edgar Allan Poe, o segundo filho de David Poe Jr.,
um ator de terceira categoria e, além do mais, alcoólatra, descendente de ramo escocês-irlandês. Seu avô paterno, David
Poe, participou do grande movimento que culminou na independência da América do Norte. Sua mãe, uma inglesa bonita
chamada Elizabeth Arnold Hopkins Poe, era uma atriz
talentosa, mas também alcoólatra. Edgar, nascido no dia 19 de
janeiro de 1809, em Boston, Massachusetts, ficou órfão muito
cedo, quando tinha 2 anos. Primeiro, morreu seu pai, que já
havia abandonado a família, em decorrência de seu vício; pouco depois, a mãe, tuberculosa, em 1811. A tuberculose também levou o irmão mais velho, aos 25 anos. A irmã Rosalie
desenvolveu-se fisicamente, mas era mentalmente retardada;
faleceu em instituição para excepcionais. A morte de sua mãe,
aos 24 anos, marcou-o profundamente, o fato estando evidente em suas obras. Depois da morte de Elizabeth, Edgar foi
acolhido por Francis e John Allan, mas não chegou a ser adotado; recebeu, entretanto, o sobrenome do casal. John Allan
era um comerciante de tabaco estabelecido prosperamente em
Richmond. Francis Allan faleceu em 1829. Em 1830, John
Allan casou-se novamente. Nesse mesmo ano, cortou relações
com Poe ao encontrar uma carta em que ele dizia que “o senhor Allan não se encontra muito frequentemente sóbrio”. O
incidente fez com que, ao morrer, em março de 1834, John
Allan excluísse totalmente Poe de seu testamento1-4.
Edgar Allan Poe estudou, entre 1815 e 1820, em academias
de Londres, para onde o casal que o acolheu havia viajado. Os
Allans retornaram aos Estados Unidos em 1820 e Poe foi matriculado em academias de
Richmond, onde se destacou
em Línguas. Do mesmo modo,
sobressaiu em Línguas Neolatinas,
em 1926, quando cursava a Universidade Charlottesville, na Virgínia. Bebia muito, reconfortando-se com a sensação que o álcool lhe
proporcionava, mas não o tolerava bem. Em virtude
de Poe ter perdido 2 mil dólares em jogo, John Allan o retirou
da universidade, além de ter-se recusado a pagar essa dívida.
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Poe voltou para Richmond para trabalhar nos negócios de
Allan, mas o convívio não deu certo, o que o levou a fugir para
Boston. Em 1827, usando o pseudônimo de Edgar A. Perry,
entrou para o Exército dos Estados Unidos, tendo ido servir
no Fort Independence, mas, em novembro desse mesmo ano,
foi transferido para uma unidade no Sul do país. Em abril de
1829, deu baixa do exército. Em 1830, ingressou na Academia
Militar de West Point e ficou conhecido pelos versos cômicos
que fazia tendo os oficiais como mote. Em 1831, usando de
artifícios de comportamento, passou pela corte marcial, foi considerado culpado e demitido. Naquele ano, foi morar com sua
tia paterna Maria Clemm e sua prima Virgínia, em Baltimore.
Em 1835, propôs casamento a Virgínia. Há rumores de que se
teria casado secretamente com ela, em setembro. O fato é que,
em outubro, Poe levou ambas para Richmond. Casou-se oficialmente com Virgínia Clemm, que ainda não completara 14
anos, em maio de 1836.
Em dezembro de 1835, Poe havia conseguido o lugar de
editor do Messenger, um jornal próspero, o qual lhe foi oferecido por White, seu proprietário, mas, em 1837, se indispôs com
ele, por achar seu salário inadequado, e pediu demissão, tendo
viajado em seguida para Nova York. Durante dois anos, trabalha em Nova York e Filadélfia como colaborador independente. Em 1839, na Filadélfia, voltou a ter um emprego como
editor associado da revista Burton’s Gentleman’s, de propriedade de William Burton. Nessa posição, contribui com um artigo assinado mensalmente e se encarrega da maior parte das
revisões de livros. No ano seguinte, entretanto, foi demitido depois de discutir com
Burton. Naquele momento, pensa, pela primeira vez, em ter sua própria publicação literária, porém não consegue os recursos necessários
para concretizar seu intento. Em 1842, ainda na Filadélfia, Virgínia sofreu uma hemorragia, anunciando uma
doença que lhe seria fatal cerca de cinco anos depois. Nesse mesmo ano, teve um encontro com
Charles Dickens e demitiu-se da revista Graham’s, da
qual era editor associado desde 1841, por divergências sobre
privilégios editoriais. Em 1843, tornou-se colaborador da The
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Pioneer, nova publicação de propriedade de James Russell
Lowell, a qual teve vida curta – não durou mais que três números. Poe, mais uma vez, tenta criar uma revista própria,
que se chamaria The Stylus e seria novo fracasso. Diante da
situação, optou, em 1843 e 1844, por fazer conferências em
Filadélfia e Nova York abordando o tema Poetas e Poesia na
América, mas, em 1844, volta a ocupar a posição de redator no
New York Evening Mirror e transfere sua família para a cidade.
Logo ao chegar, promove uma trapaça jornalística que teve
grande sucesso no New York Sun: uma fantasiosa viagem de
balão sobre o Atlântico. Em 1845, mantém suas atividades de
conferencista e colabora no Broadway Journal, do qual se tornou, por curto período, editor e proprietário, em virtude de
desentendimento entre seus editores. Essa publicação é interrompida em 1846 por dois motivos: prejuízos e
doença de Poe. Um fato trágico, em abril de 1847,
a morte de Virgínia por tuberculose, leva Poe
à depressão e à fuga na embriaguez. No
ano seguinte à morte de Virgínia, Poe
fez, em fevereiro, uma conferência na
New York Society Library, denominada The Universe, em
que discorreu sobre o princípio da morte e da aniquilação como parte dos desígnios do Universo, a qual viria a
ser publicada em livro, em julho,
sob o título de Eureka. O ano
de 1848 foi marcado por tentativas de conquistas amorosas: com Marie Louise
Shew, Annie Richmond
e a poetisa Sarah Helen
Whitman, com a qual
chegou a noivar, mas
ela própria desfez o
contrato porque ele
não conseguiu deixar
de beber. Poe entrou
novamente em profunda depressão e teria usado generosas doses de
láudano. Fez uma nova
conferência, The Poetic
Principle, em Providence, no
fim desse ano. Em 1849, foi
passar dois meses em Richmond.
Lá, propôs casamento a uma namorada de infância, Sarah Elmira
Royster Shelton, que enviuvara. Deslo-
ca-se, a seguir, para Baltimore, novamente entregando-se ao
uso excessivo de álcool e sofrendo suas consequências fatais.
Em 1847, Poe fez um poema, MLS, dedicado a Marie Louise
Shew, que cuidou de Virgínia nas últimas fases de sua doença,
e em 1848, escreveu To Helen, dedicado a Helen Whitman1-3.
Precursor avesso a obviedades
Edgar Allan Poe dizia que obras com significado óbvio deixam de ser arte e que as de qualidade deveriam ser breves e
concentradas em um efeito específico. Em The Philosophy of
Composition, descreve o método de escrita do seu famoso The
Raven (O Corvo). Ele é considerado um dos precursores da
ficção científica e fantástica modernas. Algumas
de suas produções são aceitas como precursoras do gênero policial4. Arthur Conan
Doyle (Edimburgo, 1859 - Crowborough, 1930),
criador do famoso Sherlock Holmes, além da influência de seu professor de medicina, Joseph
Bell, cuja capacidade de observação e dedução assombrava todos que o cercavam, recebeu também a
de Edgar Allan Poe por meio do detetive M. Dupin,
criado por ele, e que foi um dos heróis de Conan Doyle
desde a infância, como declarou em sua autobiografia Memórias e Aventuras, de 19245. Em The
Murders in the Rue Morgue and Other Stories
(Assassinatos na Rua Morgue e Outras
Histórias), de 1841, escrito para a
Graham’s, há um momento em
que Dupin diz para seu amigo,
que com ele caminhava: “—
Ele é um camarada muito
baixinho, é verdade: serviria bem melhor para o
Théâtre dés Variétés.” A resposta espantada foi: “—
Dupin, isso vai além de
minha compreensão. Não
hesito em dizer que estou
assombrado e dificilmente posso acreditar na evidência de meus sentidos.
Como foi possível que você
soubesse que eu estava pensando em...?” 6 . Sherlock
Holmes, em uma de suas histórias, também penetra no pensamento de seu inseparável amigo,
o dr. Watson. São igualmente consideradas obras policiais pioneiras The
Purloined Letter (A Carta Roubada) e The >>
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Coluna Seda
>>
Mistery of Marie Roget (O Mistério de
Marie Roget).
As primeiras produções de Poe datam de 1820-1825, mas estão todas perdidas, exceto O, Tempora! O, Mores! (Que tempos! Que Costumes!). Eram sátiras em versos.
Em 1827, é impresso seu primeiro livro, um pequeno volume de menos de 12 poemas (Tamerlaine and Other Poems),
“escrito por um bostoniano”, no qual estão Dreams (Sonhos),
Visit of the Dead (A Visita dos Mortos), Evening Stars (Estrela
Vespertina) e Imitation (Imitação). Em 1831, Poems sai em segunda edição em Nova York, já com seu nome como autor,
contendo também outras peças: To Helen, Israfel, The Doomed
City (Cidade Condenada), Irene, A Paean e The Valley Nis (O
Vale da Inquietação). Nesse livro, há ainda uma introdução
em prosa, Letter to Mr. ————, uma visão extremamente
romântica da arte3.
Poe publicou muito nas revistas e jornais que editou e em
que colaborou: contos, poemas e revisões de livros. Histórias
sérias e cômicas, várias delas posteriormente reunidas em livros. Só escreveu um romance (novela): O Relato de Arthur
Gordon Pym, publicado em 1838, em Nova York, depois de ter
saído, em série, no Messenger, em 1837. Essa obra inspiraria
Herman Melville (Nova York, 1819-1891) em seu clássico Moby
Dick3,7. Poe também submeteu algumas de suas obras a concursos. Em 1831, vários contos ao jornal Philadelphia Saturday;
em 1833, também contos ao Baltimore Saturday Visiter, jamais
publicados. Em 1833, ganhou um primeiro prêmio de 50 dólares com MS. Found in a Box (Manuscrito Encontrado em uma
Garrafa) e um segundo lugar com o poema The Coliseum, ambos impressos pelo Visiter em outubro do mesmo ano. Em junho de 1843, ganhou um prêmio de cem dólares com The Gold
Bug (O Escaravelho Dourado), em disputa patrocinada pelo
Dollar Newspaper, da Filadélfia. A primeira publicação de Poe
em revista de grande circulação ocorreu em 1834: The Visionary,
que saiu na Godey’s Lady’s Book3,4. O mais famoso poema de
Poe, The Raven (O Corvo), apareceu pela primeira vez em janeiro de 1845, no Evening Mirror, de Nova York. Em dezembro desse mesmo ano, saiu The Raven and Other Poems, publicado por Wiley e Putnam3.
Poe participou de algumas polêmicas. Em 1845, em série de
cinco artigos, sob o título Little Longfellow War (Pequena Guerra
de Longfellow), acusa o grande poeta Henry Wadsworth
Longfellow (Postlad, 1807 - Cambridge, 1882) de plágio3,7.
Em maio de 1846, iniciou, no Godey’s, uma série satírica sobre
escritores de Nova York bastante conhecidos, entre eles
Thomas Dunn English, que fez uma réplica encolerizada no
Evening Mirror. Poe fez uma tréplica e processou o Mirror, que
lhe havia feito vários ataques, tendo ganho a causa3.
É de se notar que, no ano de sua morte, 1849, Poe ainda
Bipolaridade e alcoolismo
A análise do quadro mórbido de Edgar
Allan Poe não é simples, pois se entrelaçam
vários fatores atuantes, como muito bem diz
Rentchnick2: “Incontestavelmente, Poe foi
um alcoólatra, um psicopata, um paranoide, um
sádico e um maníaco-depressivo; além disso, estava atormentado por sua impotência sexual, em virtude de uma fixação
neurótica pela imagem de sua mãe, morta muito jovem.”
As primeiras tentativas de estudar a doença, ou as doenças,
de Poe concentraram-se na dependência do álcool. A teoria
do alcoolismo hereditário era muito valorizada, tendo em vista que tanto seu pai como sua mãe tinham sido alcoólatras. O
alcoolismo crônico teria, pouco a pouco, desencadeado estigmas psíquicos, tais como alucinações, obsessão da morte e do
lúgubre e tentativa de suicídio. É verdade que Poe, já aos 17
anos, bebia consideravelmente, apesar de não suportar bem o
álcool. Não era propriamente a bebida que o atraía, e sim o
bem-estar que ela lhe proporcionava. Mas algumas de suas
bebedeiras memoráveis o levaram a perder algumas das boas
posições que ocupava em revistas e jornais nos quais trabalhava como editor. O fato concreto, entretanto, é que, durante
muitos anos tentando vencer suas crises de depressão, refugiou-se na bebida e no ópio. O consumo que fazia do ópio,
porém, deve ter sido discreto, pois jamais se viciou nessa prática. O alcoolismo não explica, de maneira convincente, todo
o drama da vida de Poe. É incontestável que esse vício tem
uma explicação no estado de angústia que o consumia e resultava de outras causas1,2.
Há um estudo clássico da psicanalista Marie Bonaparte (Edgar Poe, Editions Denoël et Steele, Paris, 1933), citado em
todos os trabalhos que cuidam da patografia de Poe.
Essa autora, para explicar o complexo quadro mórbido de Poe, rememora todos os fatos trágicos que
ocorreram em sua vida: o abandono do pai,
a morte precoce de sua mãe tísica, sua adoção por uma família burguesa rica
quando tinha 2 anos e meio de idade, o amor pela sua segunda mãe,
que igualmente perdeu, o rancor
de seu pai adotivo e a ruptura com este último, que o levou à miséria. Ele também se
casou com sua jovem prima
Virgínia, de 13 anos, com
saúde débil, que igualmente
faleceu de tuberculose.
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escrevia no Flag of Our Union, de
Boston.
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Marie Bonaparte diz mais: “Ele foi, desde seus 3 anos de idade, condenado pelo destino a viver em um luto eterno”2. Não
é de admirar que tais antecedentes tenham marcado profundamente a vida do grande poeta, que tinha história familiar de
instabilidade mental. Rentchnick2 assinala que Eros, sinônimo de libido, satisfação do princípio do prazer, e Tanatos, o
instinto de morte, destruição e desprazer, são os dois polos
constantes da obra de Edgar Allan Poe, por influência do falecimento de sua mãe e de sua esposa muito jovem9,10.
Poe referiu-se, certa vez, em carta a seu pai adotivo, que não
conseguia compreender os repetidos ataques de desespero que
lhe ocorriam espontaneamente, sem aparente ligação com nenhuma causa externa. Essa descrição é típica das variações de
humor de natureza endógena primária1.
As demonstrações de perturbação psíquica de Poe começaram na infância, na escola, e se prolongaram por
toda a sua vida, pelo período em que esteve no exército e
durante sua atuação nos periódicos em que trabalhava.
Existem indícios de que suas relações com sua esposa,
uma menina, eram meramente platônicas e resultavam, provavelmente, de um complexo de Édipo, ainda mais que sua atividade sexual posterior sempre
se deu com mulheres muito mais velhas que ele1. Édipo
era filho de Laio, rei de Tebas, e de Jocasta9. O complexo
de Édipo, segundo a psicanálise, consiste em sensação intensa
de dependência afetiva da própria mãe e rejeição, também de
modo intenso, do pai, sem que
o indivíduo o saiba10. O termo
vem do fato de Édipo, tornado rei
de Tebas, ter-se casado, sem saber, com
sua própria mãe, resultando numa relação incestuosa da qual nasceram quatro filhos9. Poe teria certa aversão por relações sexuais normais, o que seria a
razão de sua impotência sexual. Marie Bonaparte, analisando a trama e as personagens do conto Assassinatos na Rua Morgue,
conclui que o orangotango representa o símbolo do macho
brutal, o crime, a agressão sexual contra a mãe, e o marinheiro, que foi testemunha do assassínio, o próprio jovem Poe1.
Tudo indica que Poe tenha sofrido de uma síndrome bipolar
(maníaco-depressiva), como atestam suas crises de depressão
e a natureza fantástica e altamente imaginativa de suas histórias, com o alcoolismo se constituindo somente como meio,
como tentativa, de vencer seu estado depressivo1,11.
Em 1849, no fim de setembro, Poe foi para Baltimore, onde
ingressou em um grupo político e participou de uma eleição
local. Parece ter-se entregado a uma bebedeira contínua em
uma das tabernas mais conhecidas da cidade. Segundo relatório publicado 25 anos depois no New York Herald pelo médico
J.J. Moran, que o atendeu no Hospital da Universidade de
Washington, em Baltimore, Poe foi encontrado no dia 7 de
outubro, em um banco, em estado de completo torpor, e foi
transportado por uma viatura para o hospital. Nem suas
vestimentas nem seu hálito exalavam odor de álcool. Não estava em delírio nem em agitação. Seu estado era comatoso.
Depois de tratado, ao acordar, respondeu bastante bem às perguntas feitas pelo médico e disse: “... eu deveria desaparecer
em um abismo repelido por Deus e pelos homens como escória da sociedade”. Após esse estado de agitação, seus olhos se
reviraram e sua cabeça pendeu para frente, escreveu o dr.
Moran. Permaneceu nesse estado de torpor cerca de uma hora,
com o pulso fraco, rígido, irregular e acelerado. Morreu na
manhã do domingo, 7 de outubro, como resultado de uma “congestão cerebral”. Contudo, a verdadeira causa de sua morte
não é conhecida, permanecendo
um mistério. Há muitas especulações, mas seu prontuário médico está perdido, bem como seu
atestado de óbito1-4. Não é descabido pensar que Poe tenha sofrido de cirrose hepática, cuja causa
mais comum é o alcoolismo11, porém não há informações que possam confirmar a hipótese.
O túmulo original de Poe está na Westminster Church, em
Baltimore. Nele está escrito Original Burial Place of Edgar Allan
Poe e há um corvo como ornamento. Em 2009, ano do segundo centenário de seu nascimento, discutiu-se a possibilidade
de transferência de seus restos mortais, com algumas cidades
na disputa por esse privilégio.
Referências
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Edições Roche: Clássicos da História e Medicina, Edgar Allan Poe (7),
Editora Mauá, Rio de Janeiro.
Rentchnick P: Pathographies (73), Edgar Poe, Médecine et Hygiène
42:1606-1616, 1984.
Cronologia in Poe E A: Assassinatos na Rua Morgue, L&M Pocket,
Porto Alegre, 2009.
Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Seda H: Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes e Reumatismo,
Bol Soc Reumatol Rio de Janeiro, 36 (127): 4-6, 2008.
Poe E A: Assassinatos na Rua Morgue, L&PM Pocket, Porto Alegre, 2009.
Dicionário Enciclopédico Larousse Ilustrado, Editora Abril, São Paulo,
2006.
O Corvo, tradução de Machado de Assis in Assis M: O Almada & Outros
Poemas, Editora Globo S.A., São Paulo, 1997.
Dicionário de Mitologia Greco-Romana, Abril Cultural, São Paulo, 1973.
Costeira O: Termos e Expressões da Prática Médica, FQM, Divisão
Médica, Rio de Janeiro, 2001.
Lane KAG: The Merck Manual, Merck & Co., Inc., 1999.
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Dia a dia
O FRAXTM pode ser usado
na população brasileira?
Marcelo de Medeiros Pinheiro*
A adoção dessa
ferramenta depende de
um banco de dados
epidemiológicos
representativo, ainda não
existente em nosso país.
*Marcelo de Medeiros Pinheiro
é médico-assistente da Disciplina de
Reumatologia da Escola Paulista
de Medicina da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp-EPM),
em São Paulo – SP.
(Quality-adjusted life years, QALYs) e
a mortalidade segundo a expectativa de
vida de cada país.
Utilizando cálculos de probabilidade
e diversas metodologias, como testes não
paramétricos, regressão de Cox, curvas
de Kaplan-Meyer/Log Rank, modelos
bayesiano e de Poisson e testes de verossimilhança (Likelihood), o grupo verificou a relevância de cada fator de risco naquele determinado estudo. Dentre
os principais fatores clínicos de risco
identificados, destacaram-se idade, dados antropométricos, fratura prévia, história de fratura de quadril materna ou
paterna, tabagismo atual, consumo de
álcool, uso de glicocorticosteroides, relato de artrite reumatoide e outras causas secundárias de osteoporose, de acordo com o sexo e a origem étnica. A seguir, foram realizadas revisões sistemáticas de cada um desses fatores para
identificar a consistência das informações e dos achados em diversos cenários
populacionais.
Pontos de corte personalizados
para cada país
Assim, após o cálculo da probabilidade de risco de fratura em dez anos, é
possível estabelecer o limiar para intervenção com base na análise de custoefetividade do tratamento, na utilização
e distribuição de recursos e na expectativa de vida em cada país. Os valores
propostos para os Estados Unidos – 3%
para quadril e 20% para fraturas maiores – podem não ser, necessariamente,
os mesmos para a Inglaterra ou para a
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O
FRAXTM é uma ferramenta desenvolvida para aglutinar os fatores clínicos de risco para fratura por
osteoporose. Levando em consideração
aspectos genéticos, ambientais e a densidade óssea do fêmur, o instrumento
objetiva quantificar a probabilidade de
ocorrer fratura por fragilidade óssea em
dez anos. Dessa forma, é possível calcular o risco de o paciente vir a fraturar o
quadril ou sofrer lesões consideradas
maiores, como as de vértebra, antebraço e úmero. Além disso, a ferramenta
ilustra bem as peculiaridades dos fatores de risco – genéticos, antropométricos, composição corporal, densidade óssea, dieta, atividade física e outros
hábitos de vida – entre os diversos países do mundo e ressalta as dificuldades
encontradas para explicar as diferenças
populacionais da prevalência de osteoporose e fraturas, de acordo com a população estudada.
Por meio de metanálise, Kanis e cols.
avaliaram os dados primários de nove
grandes estudos epidemiológicos prospectivos (CaMOS, EVOS/EPOS,
DOES, Rotterdam, Sheffield, Dubbo,
Hiroshima, Gothenburg e Rochester),
feitos com 59.232 indivíduos no total,
dos quais 74% eram mulheres. Aproximadamente 75% tinham as medidas da
densidade óssea do fêmur e relatos de
mais de 5.000 fraturas por fragilidade
óssea em quadril, vertebral clínica,
úmero, antebraço e fêmur, contabilizando 249 mil pessoas por ano. Os pesquisadores analisaram ainda outros desfechos, como a qualidade de vida
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Suécia, por exemplo. Na prática, cada
país deve estabelecer seus próprios pontos de corte.
Embora não existam grandes estudos
epidemiológicos em amostra representativa da população brasileira, sabe-se
que a prevalência dos fatores clínicos de
risco para baixa densidade óssea e fratura se assemelha à encontrada nos estudos norte-americanos e europeus. Da
mesma forma, a densidade óssea da coluna lombar e a do fêmur proximal em
mulheres na pós-menopausa (Latin
America Osteoporosis Study –
LAVOS; São Paulo Osteoporosis Study
– SAPOS e a coorte do Butantã-SP) são
similares às dos estudos internacionais,
como Study of Osteoporotic Fractures
(SOF) e European Vertebral Osteoporosis Study (EVOS). Por que, então,
possuímos risco de fratura tão diferente
das populações utilizadas no FRAXTM,
como as dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia? O impacto e a relevância
desses fatores, assim como a interação
entre eles, particularmente entre sexo,
idade, densidade óssea e tipo de fratura,
são de fundamental importância epide-
miológica e representam uma das principais explicações para justificar esse
achado.
Em breve, a Organização Mundial de
Saúde deverá recomendar a utilização
do FRAXTM para indicação de tratamento em pacientes de risco, bem como fornecer subsídios para a tomada de decisão por órgãos governamentais e gestores de saúde. Dessa maneira, cada país
poderá empregar melhor seus recursos
de saúde, baseando-se nos custos diretos, indiretos e nas QALYs. Além disso, vale a pena lembrar que, durante o
último encontro do ACR, na Filadélfia,
foram apresentadas as primeiras propostas para a reformulação do manual de
condutas para o diagnóstico e a terapêutica da osteoporose induzida por
glicocorticosteroides e, em todas elas, os
autores adotaram o FRAXTM para definir medidas de tratamento.
Em busca de mais
estudos epidemiológicos
Até o momento, as populações que
podem utilizar-se do FRAXTM são aquelas que possuem dados epidemiológicos
consistentes, a exemplo de China, Reino Unido, Itália, França, Espanha, Áustria, Hong Kong, Líbano, Nova
Zelândia, Suíça, Turquia, Bélgica, Finlândia, Japão, Alemanha, Suécia, Estados Unidos e, mais recentemente, Argentina. O Brasil ainda não está autorizado a usar essa ferramenta, uma vez que
não dispõe de um banco de dados prospectivos de referência.
Valendo-se das características dos brasileiros, de acordo com os estudos nacionais, nossos pesquisadores realizaram
mais de uma centena de simulações e
verificaram que não é possível empregar nenhum banco de dados das populações disponibilizadas pelo FRAXTM,
pois os resultados foram muito discrepantes. Da mesma forma, não se recomenda a utilização da ascendência étnica do paciente na escolha de sua população de base, a exemplo de adotar a referência da Itália ou da Espanha caso o
indivíduo tenha tais origens. Outro aspecto interessante está no fato de o uso
dessa ferramenta não ser indicado para
pessoas que estejam em tratamento para
osteoporose, uma vez que não há como
ajustar o risco pelo efeito da terapêutica.
No Brasil, um país com grandes dimensões geográficas e enorme variedade étnica, caracterizada por intensa miscigenação e dificuldade para definir cada
raça ou até mesmo cor da pele, mais estudos epidemiológicos são necessários e
fundamentais para desenharmos o melhor cenário e o mais próximo da verdadeira realidade nacional. Na prática,
portanto, precisamos obter mais dados
epidemiológicos representativos da população brasileira para a utilização do
FRAXTM. À luz do conhecimento atual,
o uso de qualquer um dos bancos de
dados disponíveis no instrumento não é
recomendado em nosso meio, visto que
não dispomos de informações específicas a respeito de custo-efetividade do
tratamento para a nossa realidade.
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Notas
Chegadas e partidas
• O mês de dezembro começou mais triste para o Grupo de Pacientes Artríticos de
São Paulo, o Grupasp. Sua vice-presidenudo
te, Rioko K
Kudo
udo, morreu na manhã do dia
10 de dezembro de 2009, em São Paulo,
deixando saudades em seus companheiros
de jornada, já que dedicou os últimos dez
anos de sua vida ao trabalho humanitário
promovido pela entidade. Paulista da cidade de Lins, Rioko era a primogênita de
nove irmãos e, ao longo de sua carreira,
trabalhou como secretária executiva e, em
outros momentos, como tradutora de várias publicações. Ainda jovem, foi acometida pela dolorosa artrite reumatoide, com
a qual conviveu por quase 40 anos, tendo
sofrido todas as limitações impostas pela
doença. Em 1999, já aposentada, associouse ao Grupasp, que estava despontando na
ocasião. Pouco tempo depois, Rioko tornou-se voluntária no grupo por ter
visualizado a importância do trabalho ali
realizado. Com o crescimento da entidade, que então fazia palestras educativas
Grupasp ganha
maior projeção no
cenário nacional
Além de contar com 1.600 associados
nos dias atuais, o Grupasp é sócio-fundador da Associação Nacional de Grupos de
Pacientes Reumáticos (Anapar), ao lado de
outros 11 grupos de várias regiões brasileiras. Pela Anapar, no mês de outubro, o
Grupasp promoveu, em Fortaleza, um
fórum para discutir a problemática do paciente reumático, evento que teve a participação de 600 pessoas e de autoridades
de vários órgãos governamentais ligados
à saúde. Como se não bastasse, o grupo
conquistou uma suplência no Conselho
Nacional de Saúde e assim, mais fortalecido, poderá continuar lutando pela implantação de políticas públicas de atenção aos
portadores de doenças reumáticas, que
atingem quase 30 milhões de adultos, jovens e crianças no Brasil.
indústria e da Secretaria de Estado da Saúde, bem como o respeito de médicos de
importantes escolas de medicina, os quais,
atualmente, são seus parceiros e conselheiros científicos. Além disso, lutou pelo acesso aos fármacos biológicos, que hoje fazem
parte do Protocolo de Medicamentos Excepcionais do Sistema Único de Saúde e
beneficiam milhares de portadores de
doenças reumáticas. “Nessa jornada de
luta e de fé, Rioko nos guiou com sua luz,
nos estimulou com sua coragem, nos ensinou com sábia paciência e, com seu calor
humano, nos acolheu, deixando em nossa
lembrança a força do amor que, com certeza, nos ajudará a dar continuidade ao trabalho que ela tão bem realizou”, emociona-se Guiomar.
• O reumatologista cearense Antonio Cleyton M
M.. Ribeiro
Ribeiro, professor da Universidade Federal do Ceará, deixou-nos na véspera do último Natal. De acordo com
Fernando Neubarth, que preside este ano o XXVIII Congresso Brasileiro de
Reumatologia, tudo ocorreu de uma forma tranquila, como era do feitio do professor, “o que, se atenua o gesto de partida, aumenta sempre o impacto da surpresa,
porque não era hora”, salienta Neubarth. Mas, como disse o poeta Mario Quintana:
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é Natal... Quando se vê, já terminou o ano...
Dois meses antes, a última vez em que Neubarth teve o prazer de encontrar o
amigo, Cleyton o abraçou, daquele jeito amável discreto, e lhe disse: “Estarei em
Porto Alegre, no congresso”. De uma forma ou de outra, temos certeza que sim.
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para pacientes reumáticos, Rioko foi convidada para secretariar a associação, função que exerceu por quase quatro anos.
Com o falecimento de dona Cidinha, que
coordenava o Grupasp, Rioko decidiu assumir a direção do grupo para impedir seu
encerramento e convidou a amiga Guiomar Mônaco para dividir a empreitada. “O
desafio era enorme porque, naquela ocasião, o grupo já possuía quase 400 associados que não podiam ficar desamparados”,
assinala Guiomar. Sob a liderança de
Rioko, o Grupasp retomou sua missão,
com a implantação de novos projetos e a
divulgação de seu trabalho sério, transparente e produtivo ao público em geral. Assim, a entidade conquistou a credibilidade
de associados, das sociedades médicas, da
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Ministério da Saúde celebra o Dia Mundial
de Combate à Osteoporose com evento em Brasília
Cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose.
No entanto, somente uma em cada três pessoas recebe o
diagnóstico correto e, dessas, apenas uma em cada cinco
faz algum tipo de tratamento. Ainda assim, os gastos com
medicamentos alcançaram R$ 36 milhões em 2006. Para
ajudar a mudar esse cenário crítico, a Área Técnica de Saúde
do Idoso, do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério
da Saúde, promoveu, em outubro passado, um evento
focado na prevenção da doença em comemoração ao Dia
Mundial de Combate à Osteoporose. A iniciativa foi
marcada por um painel de políticas e ações preventivas de
osteoporose, de quedas e de fraturas, que ocorreu em 17 de
outubro com a presença de gestores, profissionais de saúde
e entidades de classe. O painel incluiu a apresentação de
experiências de sucesso, assim como de uma carta de intenção para sensibilizar os presentes e estimular ações
interdisciplinares sobre o tema. No dia seguinte, foi a vez
de envolver o público em geral na celebração com um encontro no Parque da Cidade de Brasília Sarah Kubitschek,
cuja programação teve várias atividades culturais e de promoção de saúde voltadas principalmente para idosos e
mulheres, que, afinal, formam a população mais afetada pela
osteoporose.
Lilian Costallat, da Unicamp,
recebe prêmio por sua atuação
na docência e na pesquisa
Seus colegas, pares e alunos não esperavam um anúncio diferente. Em
dezembro, a professora titular de
Reumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp), Lilian Tereza Lavras Costallat, recebeu o Prêmio
de Reconhecimento Acadêmico
Zeferino, juntamente com outros 18
docentes de diferentes áreas da universidade, também reconhecidos na ocasião. O prêmio é conferido anualmente a professores ativos da Unicamp que
tenham se destacado em suas funções
de docência e pesquisa, após várias etapas de exame por parte de especialistas de fora da escola. Lilian, que também faz parte do Conselho Universitário da Unicamp, atua em regime de
dedicação exclusiva na universidade e
tem mais de 130 trabalhos publicados
em revistas nacionais e internacionais,
a maioria sobre lúpus eritematoso
sistêmico, sua principal linha de pesquisa. O Boletim Informativo da SBR
vem reforçar esse destaque e cumprimentar nossa colega pela importante
conquista. Parabéns, professora!
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LIVROS
Um breviário de pérolas
“Li, aos poucos, como se o estivesse sorvendo em pequenos goles, o livro Jaculatórias – Reflexões para o Dia a
Dia do Médico, do reumatologista paranaense João Manuel Cardoso Martins. A obra oferece oportunidade para
uma leitura rápida, temática, de ocasião, sobre assuntos
atinentes ao cotidiano do médico, iluminando aspectos
que costumam ficar à sombra, com a qualidade rara de
ser sucinta sem ser superficial. O formato do livro, de
texto breve, priva o leitor da prosa corrida, franca, aberta e reflexiva, estilo com o qual João Manuel já nos brindou noutros escritos, mas igualmente nos deleita. O autor exorta a formação de cultura geral do médico, tão
negligenciada por um curso de graduação cada vez mais
convergente. Recomendo vivamente esse excelente livro, que acaba por confirmar o que todos já sabíamos:
João Manuel Cardoso Martins é um intelectual sensível,
com uma formação humanística que exala largura e profundidade”.
José T
upinambá Sousa V
asconcelos
Tupinambá
Vasconcelos
Reumatologista em Teresina (PI)
Começou a contagem
regressiva para o XXVIII
Congresso Brasileiro de
Reumatologia
Reserve os últimos dias do inverno deste ano
para passar em Porto Alegre. Afinal, o XXVIII
Congresso Brasileiro de Reumatologia vai ser
realizado na capital gaúcha, de 18 a 22 de setembro. Como
a Reumatologia se encontra num raro momento de descobertas científicas, o evento promete ser um porto de reconhecimentos e reflexões, de permuta de experiências e de
aquisição de conhecimentos, ao qual você naturalmente não
pode faltar. Com contribuições de reumatologistas de todo o
Brasil, a diretoria da SBR e a comissão organizadora do congresso têm se dedicado a lapidar a programação científica do
congresso, que pretende abranger todos os temas e aspectos
da rica e variada área de atuação da especialidade. Qualquer que seja sua linha de pesquisa ou o foco de sua clínica,
o fato é que o congresso falará diretamente com você. Mais
informações em www.reumatologia.com.br.
A Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde do campus
Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP) recebeu recentemente a aprovação para o
credenciamento provisório da Residência Médica em
Reumatologia após ter sido vistoriada por avaliadores da Comissão Nacional de Residência Médica e da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Essa área, no entanto, deve fazer parte do edital para 2011, uma vez que a aprovação não
chegou a tempo para o corrente ano. Como integrante desse
processo, a SBR pôde conferir a qualidade do programa recém-aprovado e estimula os jovens médicos interessados a prestarem a prova e fazerem sua residência na PUC-Sorocaba a
partir do ano que vem. Para a entidade, essa será mais uma
importante opção para completar a formação dos nossos futuros reumatologistas.
Ex-presidente da Sociedade de
Reumatologia de Alagoas ganha
prêmio por
seu trabalho
fotográfico
Nos intervalos de
clínica e pesquisa, a
reumatologista
alagoana Cidinha
Madeiro, que já
presidiu a Sociedade de Reumatologia de Alagoas, pega
sua câmera e sai em busca dos melhores ângulos para
eternizar as belezas de sua terra. Em janeiro, esse
hábito lhe rendeu, pela quinta vez consecutiva, o
Prêmio Espia 2009 na categoria de fotógrafo amador.
O reconhecimento, criado pelo blog do escritor Carlito
Lima, conterrâneo de Cidinha, tem o objetivo de
homenagear cidadãos que contribuem para a cultura
alagoana em suas diversas áreas de expressão. O blog
da escritora carioca Ana Jácomo, no qual a
reumatologista sempre posta seu trabalho fotográfico,
fez um registro da premiação, que foi acompanhado, é
claro, de mais uma bela foto. Vale conferir em
http://anajacomo.blogspot.com/2010/02/parabenspra-cidinha-e-irina.html.
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PUC-Sorocaba vai ter Residência
Médica em Reumatologia a partir
do ano que vem
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Questão de foco
Um exercício de arte
Vera e José Marques são companheiros na vida e nas fotos.
Fazem da câmera fotográfica mais do que um hobby, mas um
exercício de arte, eternizando cenas que, para os olhos comuns,
passariam despercebidas. Vera, em particular, gosta de batizar
as imagens que capta e de associá-las a fragmentos de poemas,
oferecendo, como resultado de seu trabalho, uma mensagem
que inunda de significado a retina, a mente e o coração.
Espera
Eu te esperei
num tempo de saudade,
e te esperei na minha solidão;
e te esperei nas noites de vigília,
e até nos meus sonhos, te esperei...
[...]
ELOAH BORDA
Quando as crianças brincam
Quando as crianças brincam
E eu as ouço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar
E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
[...]
FERNANDO PESSOA
Imenso azul
“Quem não tem amor no mundo
Não vem neste lugar
Quem não vê azul profundo
Não tem mais pra onde olhar”
HERBERT VIANNA
Caso você também tenha imagens que mereçam ser compartilhadas, envie suas fotos para o e-mail: [email protected]
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Untitled-1 1
24/7/2009 16:57:33
Ação Sinérgica que
vai além da dor1
• Diminuição da dor 1
• Ajuda na recuperação
da mobilidade articular 1
• Maior tolerabilidade, com o menor
consumo de AINES / analgésicos 2,3,4
Caixa com 30 cápsulas | Caixa com 90 cápsulas
Referências Bibliográficas: 1) Reginster, J. et al. Naturocetic (glucosamine and chondroitin sulfate) compounds as structure-modifying drugs in the treatment of osteoarthritis. Curr. Op. Rheumatol, 15: 651-55, 2003. 2) Dodge GR, et al. Glucosamine sulfate modulates
the levels of aggrecan and matrix metalloproteinase-3 synthesized by culture human osteoarthritis articular chondrocytes. Osteoarthritis and Cartilage 2003; 11:424-432. 3) Seda, H. Seda, AC. Osteoartrite: Reumatologia - Diagnóstico e Tratamento / Carvalho MAP, ed
Medsi: 289-307, 2001. 4) De los Reyes, GC. et al. Glucosamine and chondroitin sulfates in treatment of osteoarthritis: a survey. Prog in Drugs Res: 55: 81-103, 2000. 5) Bula do produto. ARTROLIVE. sulfato de glicosamina. sulfato de condroitina. MS - 1.0573.028.
6) IMS/PMB – MAT SET/08.
INFORMAÇÕES PARA PRESCRIÇÃO: ARTROLIVE. sulfato de glicosamina + sulfato de condroitina. MS – 1.0573.0286. INDICAÇÕES: ARTROLIVE é indicado para osteoartrite, osteoartrose ou artrose em todas as suas manifestações. CONTRA-INDICAÇÕES:
ARTROLIVE É CONTRA-INDICADO EM PACIENTES QUE APRESENTEM HIPERSENSIBILIDADE A QUAISQUER DOS COMPONENTES DE SUA FÓRMULA; GRAVIDEZ E LACTAÇÃO. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: SÃO NECESSÁRIOS O DIAGNÓSTICO PRECISO E O ACOMPANHAMENTO CUIDADOSO DE PACIENTES COM SINTOMAS INDICATIVOS DE AFECÇÃO GASTRINTESTINAL, HISTÓRIA PREGRESSA DE ÚLCERA GÁSTRICA OU INTESTINAL, DIABETES MELLITUS, OU A CONSTATAÇÃO DE
DISTÚRBIOS DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO OU DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA ASSIM COMO PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA DAS FUNÇÕES RENAL, HEPÁTICA OU CARDÍACA. SE OCORRER EVENTUALMENTE ULCERAÇÃO PÉPTICA OU SANGRAMENTO GASTRINTESTINAL EM PACIENTES SOB TRATAMENTO, A MEDICAÇÃO DEVERÁ SER SUSPENSA IMEDIATAMENTE. DEVIDO À INEXISTÊNCIA DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL, ARTROLIVE NÃO
ESTÁ INDICADO PARA SER UTILIZADO DURANTE A GRAVIDEZ. NÃO EXISTEM INFORMAÇÕES SOBRE A PASSAGEM DO MEDICAMENTO PARA O LEITE MATERNO SENDO DESACONSELHADO SEU USO NESSAS CONDIÇÕES E AS LACTANTES SOB
TRATAMENTO NÃO DEVEM AMAMENTAR. PODE OCORRER FOTOSSENSIBILIZAÇÃO EM PACIENTES SUSCETÍVEIS, PORTANTO PACIENTES COM HISTÓRICO DE FOTOSSENSIBILIDADE A OUTROS MEDICAMENTOS DEVEM EVITAR SE EXPOR À LUZ
SOLAR. FORAM DESCRITOS NA LITERATURA, ALGUNS CASOS DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA REVERSÍVEL, EM PACIENTES NÃO PREVIAMENTE HIPERTENSOS, NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PORTANTO, A
PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER VERIFICADA PERIODICAMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. FORAM RELATADOS POUCOS CASOS DE PROTEINÚRIA LEVE E AUMENTO DA CREATINO-FOSFOQUINASE (CPK) DURANTE TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA, QUE VOLTARAM AOS NÍVEIS NORMAIS APÓS INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O tratamento concomitante com antiinflamatórios não-esteroidais pode incorrer no agravamento
de reações adversas do sistema gastrintestinal, sendo recomendado um acompanhamento médico mais rigoroso nesses casos. Alguns autores da literatura médica descrevem que o uso de glicosamina e condroitina pode incorrer em um aumento da resistência à
insulina, porém, esses estudos foram realizados com doses muito superiores às indicadas na terapêutica clínica normal e sua validade ainda é discutida por vários outros autores. Estudos recentes demonstraram que a associação condroitina e glicosamina, quando
empregada em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo II, não levou a alterações no metabolismo da glicose. Os resultados destes estudos não podem ser extrapolados para pacientes com diabetes mellitus descompensado ou não-controlado. É recomendável
que pacientes diabéticos monitorem seus níveis sanguíneos de glicose mais frequentemente durante o tratamento com ARTROLIVE. O uso concomitante de ARTROLIVE com os inibidores da topoisomerase II (etoposídeo, teniposídeo e doxorrubicina) deve ser evitado, uma vez que a glicosamina induziu resistência in vitro a estes medicamentos em células humanas cancerosas de cólon e de ovário. Há relato de um caso na literatura de potencialização do efeito da varfarina, com consequente aumento dos valores sanguíneos
de INR (International Normalized Ratio). Portanto, o uso concomitante de ARTROLIVE com anticoagulantes orais deve levar em conta avaliações rigorosas do INR. Reações adversas: SISTEMA CARDIOVASCULAR: EDEMA PERIFÉRICO E TAQUICARDIA JÁ
FORAM RELATADOS COM O USO DA GLICOSAMINA, PORÉM NÃO FOI ESTABELECIDA UMA RELAÇÃO CAUSAL. FORAM DESCRITOS NA LITERATURA, ALGUNS CASOS DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA REVERSÍVEL, EM PACIENTES NÃO PREVIAMENTE
HIPERTENSOS, NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PORTANTO, A PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER VERIFICADA PERIODICAMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
MENOS DE 1% DOS PACIENTES EM ESTUDOS CLÍNICOS APRESENTARAM CEFALÉIA, INSÔNIA E SONOLÊNCIA NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM A GLICOSAMINA. ENDÓCRINO-METABÓLICO: ESTUDOS RECENTES DEMONSTRARAM QUE A
ASSOCIAÇÃO CONDROITINA E GLICOSAMINA, QUANDO EMPREGADA EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II, NÃO LEVOU A ALTERAÇÕES NO METABOLISMO DA GLICOSE. OS RESULTADOS DESTES ESTUDOS NÃO PODEM
SER EXTRAPOLADOS PARA PACIENTES COM DIABETES MELLITUS DESCOMPENSADO OU NÃO-CONTROLADO. É RECOMENDÁVEL QUE PACIENTES DIABÉTICOS MONITOREM SEUS NÍVEIS SANGUÍNEOS DE GLICOSE MAIS FREQUENTEMENTE
DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. GASTRINTESTINAL: NÁUSEA, DISPEPSIA, VÔMITO, DOR ABDOMINAL OU EPIGÁSTRICA, CONSTIPAÇÃO, DIARRÉIA, QUEIMAÇÃO E ANOREXIA TÊM SIDO RARAMENTE DESCRITOS NA LITERATURA NA
VIGÊNCIA DE TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PELE: ERITEMA, PRURIDO, ERUPÇÕES CUTÂNEAS E OUTRAS MANIFESTAÇÕES ALÉRGICAS DE PELE FORAM REPORTADAS EM ENSAIOS CLÍNICOS COM GLICOSAMINA. PODE
OCORRER FOTOSSENSIBILIZAÇÃO EM PACIENTES SUSCETÍVEIS, PORTANTO PACIENTES COM HISTÓRICO DE FOTOSSENSIBILIDADE A OUTROS MEDICAMENTOS DEVEM EVITAR SE EXPOR À LUZ SOLAR. POSOLOGIA: Adultos: Recomenda-se
iniciar a terapêutica com a prescrição de 1 cápsula via oral 3 vezes ao dia. Como os efeitos do medicamento se iniciam em média após a terceira semana de tratamento deve-se ter em mente que a continuidade e a não-interrupção do tratamento são fundamentais
para se alcançar os benefícios analgésicos e de mobilidade articular. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. CPD 2029102 05/07 BU 05
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24/7/2009 17:23:44
O adalimumabe foi associado a uma
redução significativa e sustentada
nos sinais e sintomas de EA ativa.1
Melhora avaliada por médicos e pacientes:
• Dor nas costas noturna e total1
• Inflamação1
• Escores BASFI e BASDAI1
• Redução dos episódios de
uveíte anterior em pacientes
com EA ativa2
• Concentração de
proteína C-reativa1
Contraindicações/Precauções
Assim como observado com outros antagonistas de TNF, foram relatados casos de tuberculose
associados ao HUMIRATM (adalimumabe).
A administração concomitante de antagonistas de TNF e abatacept tem sido associada a aumento
do risco de infecções, incluindo infecções sérias, quando comparada a antagonistas de TNF isolados.
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Humiratm (adalimumabe). Indicações: Artrite Reumatóide, Artrite Psoriásica, Espondilite Anquilosante, Doença de Crohn e Psoríase em placas. Contra-Indicações: hipersensibilidade conhecida ao
adalimumabe ou quaisquer componentes da fórmula do produto. Advertências e Precauções: Infecções: foram relatadas infecções graves devido a bactérias, micobactérias, infecções fúngicas
invasivas, virais ou outras infecções oportunistas. Estas infecções podem não ser consistentemente reconhecidas em pacientes que usam bloqueadores de TNF e isto leva a atraso no início do
tratamento apropriado, algumas vezes resultando em fatalidades. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas e recomenda-se cautela quando se decidir utilizar HUMIRATM
(adalimumabe) em pacientes com histórico de infecções de repetição ou com doença de base que possa predispor o paciente a infecções. Tuberculose: assim como observado com outros
antagonistas de TNF, foram relatados casos de tuberculose (freqüentemente disseminada ou extrapulmonar) associados ao HUMIRATM (adalimumabe) durante os estudos clínicos. Antes de iniciar o
tratamento, todos os pacientes devem ser avaliados quanto à presença de tuberculose ativa ou inativa (latente), com anamnese detalhada, radiografia de tórax e teste tuberculínico (PPD). Se a
tuberculose ativa for diagnosticada, o tratamento com HUMIRATM (adalimumabe) não deve ser iniciado. Se for diagnosticada tuberculose latente, antes que o tratamento com HUMIRATM (adalimumabe)
seja iniciado, deve-se iniciar a profilaxia antituberculosa apropriada. Reativação da Hepatite B: o uso de inibidores de TNF foi associado à reativação do vírus da hepatite B (HBV). Pacientes portadores
do HBV e que requerem terapia com inibidores de TNF devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais e sintomas da infecção ativa por HBV durante a terapia e por alguns meses seguidos
após o término da mesma. Eventos neurológicos: os antagonistas de TNF, incluindo o HUMIRATM (adalimumabe), foram associados, em raros casos, com exacerbação de sintomas e/ou evidência
radiológica de doença desmielinizante, incluindo esclerose múltipla. Malignidades: em partes controladas de estudos clínicos com antagonistas de TNF, foi observado maior número de casos de
linfoma entre os pacientes que receberam antagonistas de TNF do que entre os pacientes controle. O tamanho do grupo de controle e a duração limitada das partes controladas dos estudos não
permitem chegar a conclusões definitivas. Há maior risco de linfoma em pacientes com artrite reumatóide com doença inflamatória de longa duração, altamente ativa, o que complica a estimativa
do risco. Durante os estudos abertos de longa duração com HUMIRATM (adalimumabe), a taxa total de malignidades foi similar ao que seria esperado para idade, sexo e raça na população geral. Com
o conhecimento atual, um risco possível para o desenvolvimento dos linfomas ou outras malignidades nos pacientes tratados com um antagonista de TNF não pode ser excluído. Casos muito raros
de linfoma hepatoesplênico de células T, um raro e agressivo linfoma que é freqüentemente fatal, foram identificados em pacientes recebendo adalimumabe. A maioria dos pacientes foi previamente
tratada com infliximabe, ou recebeu terapia concomitante com azatioprina ou 6-mercaptopurina para doença de Crohn. A associação causal entre este tipo de linfoma e adalimumabe não está clara.
Alergia: durante estudos clínicos, reações alérgicas graves associadas ao uso de HUMIRATM (adalimumabe) foram raramente observadas. Se uma reação alérgica grave ocorrer, a administração deve
ser interrompida imediatamente e iniciado tratamento apropriado. A tampa da agulha da seringa contém borracha natural (látex). Pacientes sensíveis ao látex podem ter reações alérgicas graves.
Eventos hematológicos: raros relatos de pancitopenia, incluindo anemia aplástica, foram observados com agentes bloqueadores de TNF. A descontinuação da terapia com HUMIRATM (adalimumabe)
deve ser considerada em pacientes com anormalidades hematológicas significativas confirmadas. Insuficiência cardíaca congestiva: HUMIRATM (adalimumabe) não foi formalmente estudado em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Entretanto, em estudos clínicos com outro antagonista de TNF, uma taxa mais elevada de eventos adversos sérios relacionados a ICC foi relatada,
incluindo piora da ICC e novo episódio de ICC. Processos auto-imunes: Se um paciente desenvolver sintomas que sugiram Síndrome Lúpica durante o tratamento com Adalimumabe, o tratamento
deve ser descontinuado. O tratamento com HUMIRATM (adalimumabe) pode resultar na formação de anticorpos auto-imunes. Carcinogenicidade, Mutagenicidade e Alterações na Fertilidade: Não foram
realizados estudos experimentais de longo prazo para avaliar o potencial carcinogênico ou os efeitos do adalimumabe sobre a fertilidade. Imunizações: Os pacientes em tratamento com HUMIRATM
(adalimumabe) podem receber vacinações simultâneas, com exceção das vacinas vivas. Gravidez: Mulheres em idade reprodutiva devem ser advertidas a não engravidar durante o tratamento com
Adalimumabe. Lactação: Recomenda-se decidir entre descontinuar o tratamento com Adalimumabe ou interromper o aleitamento, levando em conta a importância do medicamento para a mãe. Uso
pediátrico: não foram estudadas eficácia e segurança em pacientes pediátricos.Interações Medicamentosas: Metotrexato: Não há necessidade de ajuste das doses de nenhum dos dois medicamentos.
Outras: Não foram realizados estudos formais de farmacocinética entre Adalimumabe e outras substâncias. O uso concomitante de adalimumabe com anakinra ou abatacepte não é recomendado.
Interação com testes laboratoriais: não são conhecidas interferências entre Adalimumabe e testes laboratoriais. Reações Adversas: anormalidade nos exames laboratoriais, astenia, síndrome gripal,
dor abdominal, infecção, febre, distúrbio de membranas mucosas, dor nas extremidades, edema facial, dor lombar, celulite, calafrios, sepse, reação alérgica, reação no local de injeção (dor, eritema,
prurido, edema. reação local, hemorragia local, erupção local), exantema, prurido, herpes simples, distúrbios cutâneos, herpes zoster, exantema maculopapular, distúrbios nas unhas, pele seca,
sudorese, alopécia, dermatite fúngica, urticária, nódulo cutâneo, úlcera de pele, eczema, hematoma subcutâneo, hiperlipidemia, hipercolesterolemia, aumento de fosfatase alcalina, uréia, creatinafosfoquinase, desidrogenase lática e ácido úrico, edema periférico, ganho de peso, cicatrização anormal, hipopotassemia, náuseas, diarréia, dor de garganta, anormalidade das provas de função
hepática, esofagite, vômitos, dispepsia, constipação, dor gastrintestinal, distúrbios dentários, gastroenterite, distúrbios da língua, monilíase oral, estomatite aftosa, disfagia, estomatite ulcerativa,
anemia, granulocitopenia, aumento do tempo de coagulação, presença de anticorpo antinuclear, leucopenia, linfadenopatia, linfocitose, plaquetopenia, púrpura, equimoses, aparecimento de autoanticorpos, infecções das vias respiratórias superiores, rinite, sinusite, bronquite, aumento da tosse, pneumonia, faringite, dispnéia, distúrbio pulmonar, asma, infecção urinária, monilíase vaginal,
hematúria, cistite, menorragia, proteinúria, polaciúria, cefaléia, tontura, parestesia, vertigem, hipoestesia, nevralgia, tremor, depressão, sonolência, insônia, agitação, conjuntivite, distúrbios oculares,
otite média, alteração do paladar, anormalidades visuais, borramento da visão, olho seco, distúrbios auditivos, dor ocular, hipertensão, vasodilatação, dor torácica, artralgia, cãibras musculares,
mialgia, distúrbios articulares, sinovite, distúrbios tendinosos. Posologia e Administração: Artrite Reumatóide : 40 mg, administrados em dose única injetável por via subcutânea, a cada 14 dias.
Artrite Psoriásica: 40 mg, administrados em dose única injetável por via subcutânea, a cada 14 dias. Espondilite Anquilosante: 40 mg, administrados em dose única por via subcutânea, a cada 14
dias. Doença de Crohn: 160 mg na semana 0, 80 mg na semana 2 e 40 mg em semanas alternadas, a partir da semana 4, por via subcutânea. Psoríase em Placas: 80 mg na semana 0 e 40 mg em
semanas alternadas a partir da semana 1, por via subcutânea. Superdosagem: A dose máxima tolerada de adalimumabe não foi determinada em humanos. Armazenamento: Deve ser armazenado
em geladeira na temperatura entre 2 oC e 8 oC. Não deve ser congelado. Registro no MS: no 1.0553.0294. Por se tratar de um medicamento novo, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer.
Informações Adicionais: Estão disponíveis aos profissionais de saúde: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda – Diretoria Médica: Rua Michigan, 735 – Brooklin, São Paulo / SP 04566-905 ou fone 0800
703 1050. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Referências: 1. van der Heidje et al. Efficacy and safety of adalimumab in patients with ankylosing spondylitis: results of a multicenter, randomized, double-blind placebo-controlled
trial. Arthritis Rheum 2006, 54 (7): 2136-46. 2. Rudwaleit M et al. Adalimumab effectively reduces the rate of anterior uveitis flares in patients with active ankylosing spondylitis: results
of a prospective, open-label study. Ann Rheum Dis. 2008, 67: 1218-21.
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