São Paulo, quinta-feira, 20 de agosto de 2015
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Ciência e Tecnologia
Crowdfunding é uma
opção para quem foi
abandonado pelo FIES
Vinicius Maximiliano (*)
Que os custos de
formação educacional
estão cada vez mais
altos no Brasil, não
é novidade alguma.
Afinal, com o incremento
da classe média
da última década,
instituições de ensino
superior tem obtido
um crescimento pela
procura de vagas em
todas as esferas da
graduação
ontudo, igualmente não
é um segredo que, em
geral, uma formação
“completa” demanda muito
Investimento, seja da família
ou do próprio estudante, que
muitas vezes acaba recorrendo
ao famoso FIES – Fundo de
Financiamento Estudantil.
Sem entrarmos no mérito do
programa (se é bom ou ruim,
eficiente ou não), tampouco no
custo final da utilização dele
após a formação do estudante, o que nos interessa nesse
artigo é a redução drástica
que o governo promoveu nos
repasses e novas concessões
do financiamento.
Essa “tesourada” deixou
milhares de estudantes e suas
famílias em uma situação sem
precedentes no Brasil desde
a redemocratização: quem
está no meio do curso, não vai
conseguir terminar porque não
teve nova concessão; quem
estava buscando entrar numa
faculdade, pode até ser aprovado na instituição, mas não
está sendo aprovado no FIES;
e por fim, quem está fazendo
programas de pós-graduação
praticamente ficou sem qualquer alternativa viável.
Segundo dados do MEC,
mais de 178 mil alunos simplesmente tiveram seus pedidos
indeferidos, já que a conta ia
custar alto demais, segundo o
Governo. E assim, todos esses
alunos ficaram órfãos do subsidio federal. Mesmo diante de
uma disputa judicial, o Ministério da Educação simplesmente
não cumpriu a determinação
liminar, e deixou milhares de
alunos sem resposta.
Mas ai você me pergunta: tá,
parou o FIES, não há expectativa de quando o programa
volte a aceitar inscrições, as
universidades estão reclamando que não estão recebendo os
repasses do governo federal... e
o crowdfunding com isso?
O financiamento coletivo
(conhecido mundialmente
como crowdfunding) foi uma
alternativa encontrada nos
EUA para reduzir e viabilizar
os altíssimos custos com a educação superior naquele país.
Ao contrário do Brasil, quase
a totalidade do ensino superior
norte americano é pago, ou
seja, a família e o estudante
tem que se preparar a vida toda
para poder pagar os custos de
formação educacional. E isso
gera naturalmente um passivo
a pagar muito grande, comprometendo a vida profissional dos
estudantes quando concluem
sua formação.
Observando que esse mercado estava sofrendo com
as dívidas dos ex-alunos, e
fazendo com que os novos
não conseguissem honrar seus
compromissos financeiros, foram criados sites específicos e
direcionados de crowdfunding
C
para ajudar o estudante a financiar seus estudos. A troca, em
geral, além da resiliência em
viabilizar a formação superior
de alguém, vai de recompensas
pela doação até participação
dos ganhos profissionais do
aluno por um determinado
período de tempo.
Existem inclusive sites que
auxiliam os estudantes com
mentores ao longo da formação na graduação, além de
vincular o financiamento das
despesas universitárias a uma
participação nos seus ganhos
futuros.
Observem que, se adotarmos
o financiamento coletivo para
esse tipo de suporte, não ganharia somente o estudante,
mas as próprias instituições de
ensino em si. As cotas anuais
da graduação seriam pagas à
vista, ou seja, gerariam fluxo
de caixa imediato para as
instituições.
Ganharia o governo, que
teria reduzida sua obrigação
de repasses para fomentar
o fluxo de caixa das universidades. Ganharia a família,
que poderia se programar ao
longo de toda a faculdade para
devolver os valores investidos,
além de claro, o estudante, que
poderia se dedicar com muito
mais afinco na sua formação
para que a “rentabilidade”
do investimento seja muito
maior.
Ademais, sempre que se
financia a formação de alguém, não se quer somente
o dinheiro de volta: deseja-se
ter um profissional qualificado,
competente, diferenciado e
que dê certo, ou seja, uma
cobrança “social” para que
ele faça jus ao apoio que teve.
Alguns sites, por exemplo,
vinculam que os beneficiados
pelos financiamentos coletivos façam o mesmo após se
formarem, gerando um ciclo
virtuoso de financiamento x
novos financiados x retorno
do investimento!
O Brasil, como deixo claro
no livro “Dinheiro da Multidão:
burocracia x oportunidades
no crowdfunding nacional”
ainda não possui uma legislação clara sobre as regras de
adoção do crowdfunding, o que
possibilita uma gama bastante
ampla de possibilidades, entre
elas sites especializados em
financiamento coletivo para
estudantes abandonados pelo
FIES.
Infelizmente o Brasil ainda
dispõe de poucas alternativas
ou institutos que possam suprir
toda a demanda por bolsas de
estudos de todos os beneficiários do FIES e que ficaram
desamparados, de modo que
estamos no momento ideal (o
chamado timing de negócio)
para o lançamento de uma
plataforma dedicada a viabilizar financiamento coletivo aos
nossos alunos!
E então, o que acha da ideia?
Se quiser conhecer mais sobre
os sites que falei, esse link
(http://crowdfunding.about.
com/od/Placeholderrr/tp/FundYour-Education-Using-TheseCrowdfunding-Sites.htm) tem
uma pequena relação do que
esta disponível (em inglês)!
(*) É advogado corporativo, gestor
contábil e financista. Possui MBA
em Direito Empresarial pela FGV. É
Especialista em Direito Eletrônico
pela PUC/MG, atuou como advogado
de Propriedade Intelectual no Brasil
para a Motion Picture Association
(MPA), Associação de Defesa da
Propriedade Intelectual (ADEPI) e
também para a União Brasileira de
Video (UBV).
HDL oferece DDNS gratuito
para seus dispositivos
A HDL, marca do Grupo Legrand, presente no mercado de
segurança há 39 anos, oferece
aos seus clientes o serviço de
DDNS, que foi criado para permitir o acesso remoto a todos
os dispositivos HDL, de forma
gratuita e totalmente confiável.
Com o desenvolvimento de
sistemas de vigilância, cada vez
mais usuários buscam realizar o
serviço através da rede e a solução mais utilizada para acesso
à Internet é o DDNS (Dynamic
Domain Name System).
Esse serviço facilita o acesso
remoto através da utilização
de domínios com nome personalizado ao invés de endereços IP, por exemplo: “www.
loja.legrand-ddns.com.br” ao
invés de “http//xxx.xxx.xxx.
xxx”. Além disso, o serviço é
gerenciado diretamente pela
equipe de suporte técnico da
HDL (www.hdl.com.br).
www.netjen.com.br
[email protected]
Conclusões Sobre Desenvolvimento
para a Internet das Coisas
A Internet das Coisas (IoT) fez com sucesso a transição de um conceito futurista à realidade tangível.
O fenômeno wearable e a promessa de um frigorífico ligado ou torradeira em cada 'casa inteligente'
estão provando ser os primeiros pilotos, com o ecossistema suscetível de expansão ao longo do tempo
Matthew Gharegozlou (*)
e fato, a evolução da Internet das Coisas - IoT - está
acontecendo de uma forma mais rápida que a imaginada.
De acordo com uma pesquisa global da Tata Consultancy
Systems junto a 795 empresas, 12% das entrevistadas esperam
investir até USD 100 milhões em IoT entre 2015 e 2018. A mesma
pesquisa mostra que 3% das empresas globais planejam investir
cerca de USD 1 bilhão nesse mesmo período. Nas empresas da
América Latina, espera-se um crescimento de 18,3% nas receitas
geradas pela adoção da Internet das Coisas.
Do ponto de vista da indústria de software, a avaliação também
é de que esta tecnologia está em plena aceleração.
A Progress, encomendou uma pesquisa junto a 675 desenvolvedores de aplicações para avaliar suas expectativas com relação
à Internet das Coisas (IoT). O relatório visa prever as tendências
futuras nesse novo nicho de evolução muito rápida. Vejamos
abaixo as principais conclusões:
D
1. O termo "IoT" é confuso
O que é Internet das Coisas? O que esse termo significa?
Parece haver resistência ao próprio termo por parte de 48%
daqueles que responderam à pesquisa. O conceito chegou a ser
descrito como confuso, enganoso, e até mesmo como uma jogada
de marketing.
Para outros, a expressão tem sido tão usada a tal ponto de
perder o seu significado. Fica a impressão de que, que antes
de embarcar em uma discussão sobre a criação de um produto
baseado em tecnologia IoT, a equipe de desenvolvimento pode
precisar, primeiro, esclarecer a utilização desse termo. E é o que
tentaremos neste espaço.
2. Trata-se de um nicho animador, mas exigente de
muito preparo
45% dos entrevistados da pesquisa já estão envolvidos no
desenvolvimento de ao menos uma aplicação IoT.
Fica evidente que é um nicho muito atrativo, a tal ponto de os
desenvolvedores estarem trabalhando em dispositivos IoT, seja
em seu dia-a-dia ou, pelo menos, nas horas vagas.
Nada menos que 77% dos desenvolvedores se dizem animados
com o potencial do setor.
Entretanto, apenas metade dos entrevistados alegou ter as
habilidades realmente necessárias para desenvolver tais aplicações, o que para alguns é preocupante. Daí o dado sintomático
de que a maior tendência dos desenvolvedores é voltar suas
estratégias para as tecnologias de código aberto que oferecem
acesso bem mais fácil ao aprendizado, o que pode encurtar o
caminho para a adoção.
3. O Que Já Está Funcionando na Área?
De acordo com os entrevistados, os segmentos mais interessantes e atualmente já servidos por dispositivos e serviços de
desenvolvimento em Internet das Coisas, incluem os nichos de
automação residencial, dispositivos wearable (usáveis) e de
fitness, além de aplicações automotivas.
Saltam à vista alguns casos claros de sucesso como o recente
IPO da FitBit (empresa global focada em objetos inteligentes para
ginástica e uso pessoal) e com a popularização nas grandes lojas
globais dos dispositivos domésticos da Nest (uma empresa especializada em produtos "smart" como câmeras de monitoramento
doméstico, detectores de fumaça de cigarro ou controladores de
temperatura ambiente).
Todos esses são exemplos de companhias com forte apelo
de mercado que estão abrindo o mercado de consumo para os
negócios relacionados à Internet das Coisas.
Tais aplicativos podem ser vistos, portanto, como pioneiros em
uma história que ainda está se desenrolando.
4. As Tendências Futuras
Saúde, aplicações de uso urbano e automotivas são classificadas com alto potencial para futuras aplicações de Internet das
Coisas.
Acompanhando, por exemplo, as estatísticas relativas ao nicho
de saúde, que é um mercado de particular interesse para mim,
posso destacar que já existem plugins disponíveis no mercado,
prontos para facilitar o desenvolvimento de aplicações para uso
médico-hospitalar voltados para iOS. Este é o caso, por exemplo,
do plugin HealthKit Cordova, desenvolvido pela Telerik, que pode
ser facilmente acessado.
A ponte entre a coleta de dados de saúde e o compartilhamento adequado de dados, com segurança e proteção para os
prestadores de serviços de saúde, permanece um desafio-chave
na evolução deste setor, mas é um segmento animador para se
acompanhar de perto.
5. Você pode ganhar dinheiro com a Internet das
Coisas... mas ainda no futuro
Apenas 65% das aplicações de Internet das Coisas foram relatadas como tendo gerado receitas pelos pesquisados. No entanto,
os desenvolvedores parecem acreditar que o foco em serviços de
gerenciamento de dados de usuários apresentou um potencial
mais estratégico em termos de negócios. Há uma expectativa de
que a receita venha a aumentar à medida que este campo das
aplicações amadurece um pouco mais.
6. Android e Java são particularmente populares como
plataforma e linguagem, respectivamente
Neste levantamento, Java e Android foram citados como a
forma preferida para se desenvolver aplicações para Internet
das Coisas. Munidos com o conjunto de ferramentas de sua
escolha, apenas 50% dos desenvolvedores sentiram que tinham
as habilidades e recursos para entregar aplicações IoT capazes,
por exemplo, de ler, armazenar e analisar os dados retornados
a partir de sensores.
(*) É Vice-presidente da Progress para a América Latina e Caribe
News
@TI
M it
Monitoramento
gratuito de performance
para aplicações ERP SAP®
Muitas vezes os processos de negócios são de alguma forma
comprometidos por lentidão ou baixo desempenho de sistemas. A
Pruvo, especialista em gestão do ciclo de vida das aplicações, constatou
que essa é uma das reclamações de usuários ao utilizarem soluções
de ERP. Para atender a essa demanda, a empresa criou uma versão
específica e totalmente gratuita do seu Monitor de Processos para
verificar o tempo de respostas de aplicações ERP SAP®. O serviço
ajudará a identificar o comportamento de transações no sistema em
busca de sua execução ideal (www.pruvo.com.br/).
@
Whitepages lanca app de identificação de
spam e bloqueio de chamada no Brasil
A Whitepages, líder em informações de contatos na América do
Norte, chega ao Brasil e anuncia o lançamento do Whitepages
Ident & Bloq Chamadas, um app gratuito que identifica chamadas de
spam que poderiam ser ligações inconvenientes de telemarketing, ou
até mesmo extorsão. Os números atuais mostram a importância da
ferramenta. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude - Consumidor, no mês de maio de 2015 o segmento de
telefonia respondeu por 67.267 registros, um total de 41,8% do total
de tentativas de fraude realizadas, aumento em relação aos 37,5%
registrados pelo setor no mesmo mês de 2014. O Whitepages Ident &
Bloq Chamadas já está disponível para Android no Google Play Store.
Para iOS o app deve chegar ao mercado em meados deste ano.
@
Soluções de smart media para o varejo
@
RA 2S Inovações Tecnológicas, integradora Cisco, em parceria com a
MappTV apresenta soluções inovadoras de smart media voltadas ao
mercado de varejo. O grande destaque dessas soluções é que funcionam
via WiFi inteligente, com infraestrutura de hardware e software Cisco,
rodando na plataforma de mídia da MappTV. “Nossas soluções de smart
media visam aumentar o engajamento e a relevância da marca junto ao
consumidor, tornando a publicidade mais interativa e direcionada ao
público-alvo, resultando em maior fidelização do cliente”, explica o presidente da 2S, Renato Carneiro. As soluções estarão em demonstração
no Latam Retail Show, evento voltado ao varejo, que acontecerá em São
Paulo entre os dias 24 e 27 de agosto (www.2s.com.br).
Accenture adquire Schlumberger Business
Consulting (SBC)
@
A Accenture (NYSE: ACN) firmou um acordo para adquirir a
Schlumberger Business Consulting (SBC), a unidade de consultoria
de gestão da Schlumberger, líder global em serviços em campos petrolíferos. A aquisição irá expandir as capacidades da Accenture Strategy
de ajudar as maiores empresas de exploração e produção do mundo a
alcançar maior competitividade e crescimento. Os termos da compra não
foram divulgados, e sua conclusão está sujeita à aprovação regulatória e
a outras condições habituais do mercado (www.accenture.com.br).
Dassault Systèmes faz parceria com a WSU/NIAR
@
A Dassault Systèmes, a empresa 3DEXPERIENCE, líder mundial
em software de projeto 3D, 3D Digital Mock Up and Product
Lifecycle Management (PLM), anuncia que assinou parceria com o
Instituto Nacional de Pesquisa em Aviação (NIAR) para abrir um Centro
de Inovação na Universidade Estadual de Wichita (WSU) para avançar
o uso de novas tecnologias, como a fabricação aditiva que vai moldar o
futuro da indústria da aviação. O Centro 3DEXPERIENCE fará parte do
Campus de Inovação da universidade americana. A cidade de Wichita, em
Kansas, é considerada o epicentro da educação aeroespacial e o Centro
de Inovação da Universidade ocupa o primeiro lugar nos Estados Unidos
em gastos da indústria em pesquisa e desenvolvimento aeroespacial,
de acordo com a National Science Foundation (http://www.3ds.com/
industries/aerospace-defense).
ABES firma convênio com a associação
SOFTSUL
@
A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) acaba de
firmar um convênio com a Associação Sul-Riograndense de Apoio ao
Desenvolvimento de Software – SOFTSUL com o objetivo de aprimorar
a atuação das entidades e seus parceiros, oferecendo apoio, incentivo e
orientação jurídica às empresas associadas. Com cerca de 250 membros,
a SOFTSUL foi criada há mais de 20 anos com o objetivo principal de
gerir o Programa SOFTEX no Rio Grande do Sul, além de incentivar o
desenvolvimento socioeconômico e o aumento da competitividade das
empresas do setor produtivo de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) (www.abes.org.br) ou (www.softsul.org.br).
Alerta sobre roubo de senhas do Facebook
por meio de sites falsos
A ESET, fornecedora de soluções de segurança da informação,
alerta sobre um novo scam que circula nas redes sociais e tem
o objetivo de roubar senhas dos usuários. Para atrair as pessoas, os
cibercriminosos utilizam vídeos de falsos sites no Facebook. Ao clicar
sobre a publicação, a vítima acessa um link encurtado e é direcionada
para uma página falsa. Ao contrário de outras campanhas maliciosas que
são ativadas por um único tipo de vídeo, o novo golpe utiliza cinco falsos
sites, com mais de 30 tipos de vídeos. A técnica utilizada ajuda a ampliar
o número de potenciais vítimas do ataque (www.eset.com.br).
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Conclusões Sobre Desenvolvimento para a Internet das Coisas