INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS ALTERAÇÃO DE FORMA DE ARCO EM MODELO DE ESTUDO COM USO DE APARELHO AUTOLIGADO JOÃO MARCELO DE FRANCESCO SOUZA SÃO PAULO 2013 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS ALTERAÇÃO DE FORMA DE ARCO EM MODELO DE ESTUDO COM USO DE APARELHO AUTOLIGADO JOÃO MARCELO DE FRANCESCO SOUZA Monografia apresentada Especialização em FUNORTE/SOEBRÁS ao Programa Ortodontia do NÚCLEO de ICS- CAMPO BELO SÃO PAULO, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista Orientador: Carinhena SÃO PAULO 2013 Prof. Ms. Glauber Fabre FOLHA DE APROVAÇÃO SOUZA, J. M. F. Alteração de forma de arco em modelo de estudo com uso de aparelho autoligado. [Monografia] São Paulo. FUNORTE, 2013. São Paulo, __ / __ / 2013 Banca Examinadora Prof(a). Ms(a).: Andréia Christina Calles Titulação: Mestre em Ortodontia pela Universidade Metodista de São Paulo Julgamento: _________________________________________________________ Assinatura: __________________________________________________________ Pro. Ms.: Glauber Fabre Carinhena Titulação: Mestre em Ortodontia pela universidade Metodista de São Paulo Julgamento: _________________________________________________________ Assinatura: __________________________________________________________ Prof(a). Ms(a).: Simone Carinhena Gomes Titulação: Mestre em Ortodontia pela Universidade de São Paulo Julgamento:__________________________________________________________ Assinatura: __________________________________________________________ Resultado:___________________________________________________________ DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus, por me iluminar nas horas mais difíceis e me dar foça necessária para sempre seguir em frente sempre que necessário. Por isso uso sempre a seguinte frase ¨Eu não tenho a vida que pedi para Deus, pois a vida que ele me deu é muito mais do que eu esperava¨. Aos meus pais Gustavo Domingues de Souza e Sonia Regina de Francesco, que fizeram um grande sacrifício, sempre priorizando o estudo em minha vida e por isso estou aqui realizando mais um sonho que antes parecia impossível. Aos meus irmãos Gustavo Domingues de Souza Filho e Milly de Francesco Souza Liberati, os quais me orgulham muito e me espelho pra vencer todos os obstáculos que possam surgir na vida. A minha noiva Catiuscia Mura Garé, uma pessoa maravilhosa que com muito amor, carinho e paciência sempre me apoia nas decisões difíceis, me incentiva a buscar meus objetivos, tem parte fundamental nesta conquista e torna minha vida muito mais completa. Espero que a gente continue juntos sempre. Ao meu tio Silvio Antonio de Francesco, Cirurgião Dentista especialista em Ortodontia, o qual além de despertar em mim o interesse pela profissão e me incentivar sempre, é um espelho e motivo de orgulho para toda Família. Ao meu grande amigo Alexandre Melotti Dottore, Cirurgião Dentista, Buco-Maxilo Facial, Especialista e Implantodontia, Mestre e Periodontia. Além de um currículo exemplar um profissional excepcional, agradeço por todo incentivo que me deste, todo apoio e conselhos rentáveis para meu crescimento profissional e pessoal. AGRADECIMENTOS Ao prof. Dr. Galuber Carinhena, com todo seu conhecimento e busca por mais, tem nos passado com muita paciência e dedicação toda informação teórica e pratica do que tem de melhor e mais atual do contesto ortodôntico. A Prof(a). Ms(a) Simone Carinhena Gomes, pela sua simpatia e companheirismo tanto nas aulas teóricas como praticas, sua forma sempre dedicada em passar todo conhecimento na área. Ao Prof. Ms Caio Carinhena, pelos conhecimentos transmitidos e pelo relacionamento amigo que nortearam nosso convívio. A Prof.(a) Ms.(a) Andréia Christina Calles, pelos conhecimentos compartilhados e momentos amistosos que tornou essa caminhada mais leve e que valeu a pena. Aos funcionários da ESO (Escola Superior de Odontologia), que com seu trabalho, paciência e dedicação tornou essa fase da minha vida muito mais rentável. Aos colegas da Especialização, pelos momentos agradáveis, pela troca de experiência profissional e pessoal, somaram um valor inestimável em minha carreira profissional e minha vida. LISTA DE TABELAS Tabela 1-Principais braquetes autoligados disponíveis comercialmente...................21 Tabela 2-Prescrição Roth...........................................................................................36 Tabela 3-Tratamento Ortodôntico..............................................................................38 Tabela 4-Inicial (T1) da Arcada Superior....................................................................48 Tabela 5-Final (T2).....................................................................................................48 Tabela 6-Comparativa................................................................................................49 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Ilustração referente as prescrições proposta por Roth...............................37 Figura 2-Distância intercaninos superiores inicial......................................................41 Figura 3-Distância intercaninos superiores final.........................................................41 Figura 4-Distância inter 1° pré-molares superiores inicial..........................................42 Figura 5-Distância inter 1° pré-molares superiores final............................................42 Figura 6-Distância inter 2° pré-molares superiores inicial..........................................42 Figura 7- Distância inter 2° pré-molares superiores final .........................................42 Figura 8-Distância inter 1° molares superiores inicial................................................43 Figura 9-Distância inter 1° molares superiores final...................................................43 Figura 10-Distância inter 2° molares superiores inicial..............................................43 Figura 11-Distância inter 2° molares superiores final.................................................43 Figura 12-Distância intercaninos inferiores inicial......................................................44 Figura 13-Distância intercaninos inferiores final.........................................................44 Figura 14-Distância inter 1° pré-molares inferiores inicial..........................................44 Figura 15-Distância inter 1° pré-molares inferiores final............................................44 Figura 16-Distância inter 2° pré-molares inferiores inicial..........................................45 Figura 17-Distância inter 1°pré-molares inferiores final.............................................45 Figura 18-Distância inter 1° molares inferiores inicial................................................45 Figura 19-Distância inter 1° molares inferiores final...................................................45 Figura 20-Distância inter 2° molares inferiores inicial................................................46 Figura 21-Distância inter 2° molares inferiores final...................................................46 LISTA DE SIGLAS T1-Tabela 1 T2-Tabela 2 LISTA DE FOTOS Foto 1-Frontal.............................................................................................................39 Foto 2- Perfil...............................................................................................................39 Foto 3-Sorrindo...........................................................................................................39 Foto 4-Lateral Direita..................................................................................................39 Foto 5-Frente..............................................................................................................39 Foto 6-Lateral Esquerda.............................................................................................39 Foto 7-Uso de elásticos classe III com mola para distalização..................................40 Foto 8-Após Distalização............................................................................................40 Foto 9-Frontal.............................................................................................................40 Foto 10-Perfil..............................................................................................................40 Foto 11-Sorrindo.........................................................................................................40 Foto 12-Lateral Esquerda...........................................................................................41 Foto 13-Frontal...........................................................................................................41 Foto 14-Lateral Direita................................................................................................41 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................13 2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................16 2.1 Evolução do aparelho ortodôntico.................................................................17 2.2 Considerações sobre as alterações transversais das arcadas dentárias durante o tratamento ortodôntico........................................................................21 3 PROPOSIÇÃO.....................................................................................32 4 MATERIAL E MÉTODOS.....................................................................34 4.1 Caso Clínico...................................................................................................39 5 RESULTADOS.....................................................................................47 6 DISCUSSÃO........................................................................................50 7 CONCLUSÃO......................................................................................53 8 REFERÊNCIAS...................................................................................55 9 ANEXOS..............................................................................................60 SOUZA, João Marcelo de Francesco. Alteração de forma de arco em modelo de estudo com uso de aparelho autoligado. Monografia Especialização em Ortodontia, 2013. FUNORTE / SOEBRÁS – Núcleo Campo Belo São Paulo. RESUMO Este trabalho teve como objetivo avaliar as alterações da forma do arco dentário de um paciente tratado ortodonticamente com aparelho autoligado. Para esse estudo, foi selecionada uma paciente Thais Alves Siqueira Peixoto, 15 anos, sexo feminino, estudante, solteira. A paciente apresenta dentição permanente completa, teleradiografia em norma lateral do início e modelos de estudo superiores e inferiores do início e final de tratamento ortodôntico. As distâncias transversais das cúspides e cervical inter-caninos, primeiros e segundos pré-molares e primeiros molares, foram obtidas medindo-se os modelos de gesso. Palavras chave: forma de arco dentário, aparelho autoligado. SOUZA, João Marcelo de Francesco. Alteração de forma de arco em modelo de estudo com uso de aparelho autoligado. Monografia Especialização em Ortodontia, 2013. FUNORTE / SOEBRÁS – Núcleo Campo Belo São Paulo. ABSTRACT This study aimed to evaluate the changes in the shape of the dental arch of a patient treated with orthodontic appliance self-ligating. For this study, we selected a patient Thais Alves Siqueira Peixoto, 15 year-old, female, student, single. The patient has complete permanent dentition, teleradiography in lateral early and study models of the upper in lower beginning and end of orthodontic treatment. Transverse distances cusp and cervical inter-canine, first and second premolars and first molars were obtained by measuring the plaster models. Key words: arched dental, appliance self-ligating. 13 1. INTRODUÇÃO 14 1. INTRODUÇÃO A expansão da maxila é um procedimento que objetiva o aumento do arco dental maxilar para correção de desvios oclusais. Oclusão dentária é a relação física entre os elementos dentais e funcionais dos componentes do sistema mastigatório: arcos dentários superior e inferior, maxila, mandíbula, osso hióide, língua, lábios, bochecha e músculos. Exerce influência direta na mastigação e na deglutição, e indireta na respiração e na fonação. A odontologia busca a manutenção do equilíbrio oclusal, a prevenção e interceptação dos desvios da normalidade do sistema estomatognático que possam ocorrer ao longo do crescimento e desenvolvimento do indivíduo. Quando este equilíbrio não é alcançado, instalam-se desvios do equilíbrio oclusal, que resultam em alterações físicas denominadas más oclusões (JUNIOR; CRESPO, 2006). Uma vez diagnosticada a má oclusão, a meta terapêutica da ciência ortodontia volta-se para a oclusão normal. Nesta situação é imperioso que as bases apicais, maxila e mandíbula, guardem uma relação harmoniosa entre si, nos três sentidos do espaço: sagital, vertical e transversal. Os dentes superiores e inferiores devem dispor-se de forma alinhada dentro das respectivas bases, mantendo os pontos de contato cerrados e alcançando, em intercuspidação, as seis chaves da oclusão normal (ANDREWS, 1972). Neste contexto anatômico, a morfologia dos arcos dentários constitui aspecto de relevância, uma vez que o superior deve incluir por completo o inferior, assim, as dimensões do arco dentário superior devem ser compativelmente maiores do que as do arco dentário inferior, permitindo que, em oclusão, as cúspides palatinas dos prémolares e molares superiores assentem adequadamente nas fossas oclusais dos pré-molares e molares inferiores (FILHO; FILHO, 1997). A Ortodontia é a ciência que estuda a etiologia, o desenvolvimento e o tratamento das más oclusões e trabalha com a movimentação dentária através do osso alveolar em direção a posicionamentos considerados mais estéticos, funcionais e estáveis. Com o desenvolvimento de braquetes totalmente programados na 15 década de 70, houve uma grande revolução e evolução, pois se criou a simplificação da mecânica, possibilitando a utilização de arcos com menos dobras, tornando a mecânica mais simples e prática, compatível com a dinâmica moderna de atendimento a pacientes, diminuindo o tempo de tratamento e de atendimento clínico (VANARSDALL, 1985). Nos últimos anos, os braquetes autoligados têm recebido um grande destaque na Ortodontia e inúmeros modelos foram desenvolvidos por quase todas as empresas produtoras de materiais ortodônticos. Dentre suas vantagens, destacam-se a redução do atrito, redução na intensidade de força aplicada para gerar movimentação, maior intervalo entre as consultas e com forças mais suaves o movimento ortodôntico tem a capacidade de gerar menores efeitos colaterais (MALTAGLIATI, 2007). 16 2. REVISÃO DA LITERATURA 17 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Evoluções do aparelho ortodôntico Em 1728, Pierre Fauchard sugeriu um tipo de aparelho que promovia o alinhamento dos dentes anteriores, melhorando a estética de seus pacientes. Com isso, a ortodontia não parou mais de evoluir e contou com nomes como: Talbot, Farrar, Mortiner, Brown, Delabarre, Fox, Hunter, Hurlock e principalmente Norman Kingsley, que em 1860 introduziu a ancoragem occipital, entre outros aparelhos, ganhando o nome de “o maior gênio da Ortodontia” (RODRIGUES; FIGUEIREDO; PACHECO JUNIOR, 2012). O marco na história da Ortodontia mundial se deu pela publicação, em 1888, do Tratamento sobre as irregularidades dos dentes e suas correções. E nessa época surgiu Edward Hartley Angle, um dos maiores e mais respeitados ortodontistas do mundo e graças à sua visão, força de vontade, talento e perfeccionismo, fez surgir uma especialidade dentária, a Ortodontia (HARRADINE, 2008). Em 1887, Angle publicou seu primeiro trabalho, Notas em Ortodontia com um Novo Sistema para Normalização e Contenção, que deu origem ao seu primeiro livro Mal oclusões. Ele recebeu inúmeras críticas e oposições. Em 1896 atuou sob forte influência de I. B. Davenport, que preconizava a ideia da superioridade funcional da oclusão normal, afirmando que sempre que o número de dentes fosse reduzido, o paciente perderia um décimo ou mais da sua força de mastigação. Em cima desta afirmação, Angle iniciou um ataque contra o sistema de se extraírem dentes, pois ele acreditava que a melhor harmonia, o melhor equilíbrio e as melhores proporções da boca nas suas múltiplas relações requeriam a presença de todos os dentes e que cada um ocupasse uma posição normal. Com isso surgiu o movimento não extracionista, que foi combatido e criticado, principalmente por seu opositor, Calvin S. Case. Em 1899, Angle classificou a oclusão com base na relação mesio-distal dos primeiros molares permanentes, durante a erupção e a intercuspidação. Essa classificação foi combatida e criticada por uns e enaltecidas por outros, mas resistiu ao tempo e é usada até hoje para definições de vários tipos de maloclusões. Desenvolveu aparelhos que promovessem reais movimentações dentárias como o 18 arco E, o aparelho normalizador de Angle, o aparelho Pino e Tubo, o Arco Cinta e o aparelho de Arco de Canto, que diferenciava do Arco de Cinta pela mudança das dimensões ativa do arco, que era inciso-cervical e passou a ser vestíbulo-lingual. Com essa mudança os dentes podem ser movimentados em todas as direções, sugerindo uma nova dimensão na mecânica ortodôntica, o torque, possibilitando as movimentações das coroas conseguidas com o arco cinta (BIRNIE, 2008). Um marco na evolução ortodôntica foi o sistema de braquetes autoligados. Porém, esse sistema encontrou dificuldades na realização e finalização de tratamentos como defeitos no design dos braquetes, confecção de bandas em todos os dentes, grande quantidade de dados nos fios, disponibilidade apenas na liga de aço para a confecção dos arcos ortodônticos, necessidade de grande habilidade manual do profissional, consultas extremamente longas devido à dificuldade de confecção dos arcos de alinhamento e nivelamento, devido ao fato do sistema de amarração fio/braquete ser feito com fios de amarrilho (DAMON,1998). Na década de 70, Andrews buscava a oclusão ideal, tanto no seu aspecto estático quanto funcional e desenvolveu o aparelho straght-wire, na qual os braquetes possuíam angulações inseridas no canal de encaixe, assim arcos contínuos passaram a ser utilizados eliminando o uso de dobras e facilitando a mecânica de deslizamento (ANDREWS, 1976). Com o objetivo de diminuir a resistência friccional entre o canal de encaixe e o fio ortodôntico, os braquetes foram sendo modificados, também para tornar mais eficiente a mecânica de deslize e diminuir a força necessária para a movimentação dos dentes (BERGER, 2000). Os braquetes autoligados apresentam vantagens biomecânicas sobre os braquetes convencionais, segundo Kusy, em 2000, pois as forças mecânicas necessárias para gerar remodelação do tecido ósseo não são de mesma magnitude, por causa da diferença friccional apresentada entre os dois tipos de braquetes. Harradine em 2008, mencionou que a vantagem básica dos braquetes autoligados se dá devido à eliminação das ligaduras metálicas e elásticas, facilitando 19 a aplicabilidade e manuseio da instalação do fio pelo ortodontista, bem como a eliminação do atrito causado pelo fio em contato com o braquete. Segundo ele, os braquetes autoligados permitem a eliminação do baixo atrito e encaixe seguro do fio ortodôntico no slot do braquete. Em 1998, o sistema de braquetes autoligados Damon satisfez os critérios dos aparelhos Straight-Wire de Andrews, porque permite o uso de acessórios ortodônticos e reduz a fricção entre o braquete e o fio. O alinhamento e nivelamento ocorrem em menos tempo e aparentemente sem efeito nocivo às raízes, ossos ou tecido gengival, pois a sequência de arcos permite aplicar uma força leve e contínua. O emprego de fios leves permite que o nivelamento ocorra com a movimentação dos dentes para áreas de menor resistência, gerando uma expansão posterior nos casos sem extração, sem alterar de forma significativa a posição ântero-posterior dos incisivos. Os braquetes Damon associados à nova geração dos fios ortodônticos termo-ativados possibilitam esse mecanismo. Além disso, na fase final do nivelamento, quando fios retangulares de aço são utilizados, espera-se que o torque incorporado no braquete seja lido, conferindo aos dentes, as inclinações desejadas e planejadas no momento da escolha da prescrição (ANDREWS, 1976; DAMON, 1998). Em 1930, surgiu o aparelho de Russel na tentativa de aumentar a eficiência clínica do tratamento, através da redução no tempo de inserção/remoção dos fios. O Dr. Erwin Pletcher desenvolveu em 1986 o Activa, comercializado pela “A”Company, onde o braquete apresentava formato cilíndrico e uma tampa curva e rígida que abria e fechava por meio do seu giro ocluso-gengival. A parede exterior rígida convertia o braquete em tubo após o fechamento, conferindo uma configuração passiva, como o Edgelok. A facilidade com que os pacientes abriam o braquete e grande largura mésio-distal levou à interrupção de sua comercialização (RODRIGUES; FIGUEIREDO; PACHECO JUNIOR, 2012). A American Orthodontics lança o Time, em 1995, projetado por Dr. Wolfgang Heiser em Innsbruck, seu tamanho era semelhante ao dos braquetes convencionais e apresentava um clipe rígido e curvo, que abria no sentido ocluso-gengival, ainda 20 utilizava um instrumento especial para a abertura do clipe que podia ser removido transformando-o em um braquete convencional. Com o Damon SL, em 1996, e com o Damon 2, em 1999, o Dr. Dwigth Damon desenvolveu os braquetes autoligados comercializados pela Ormico .A diferença entre as duas gerações de braquetes é que a primeira caracterizava-se por uma tampa vestibular que recobria as aletas e a segunda apresentava a tampa retangular entre as aletas, e em ambas a tampa deslizava no sentido oclusal nos dentes superiores e no sentido gengival nos dentes inferiores, transformando os braquetes em tubos por meio dessa parede rígida externa, necessitando de um alicate especial para abertura e fechamento da tampa (RODRIGUES; FIGUEIROA, 2009). Os braquetes autoligados começaram a ser desenvolvidos nos anos de 1930, mas só começaram a ganhar aceitação comercial no início dos anos 1970 atualmente são usados em larga escala pelos profissionais clínicos (BAEK; KIM; HWANG, 2010). Os principais braquetes autoligados comercialmente disponíveis na atualidade, estão listados na tabela 1. Todos apresentam características muito semelhantes e podem ser genericamente divididos em dois grupos. O grupo de braquetes autoligados passivos e o grupo de autoligados ativos. No grupo de braquetes passivos encontram-se os modelos que fecham a canaleta do braquete por meio de uma trava que desliza na superfície externa das aletas, transformando todos os braquetes em tubos, criando quatro paredes nas canaletas, rígidas e passivas. Já no grupo dos braquetes ativos, o fechamento se dá por um clipe que invade uma parte da canaleta, em uma das paredes, superior ou inferior, estes clipes têm a característica de exercerem certa pressão sobre os fios mais calibrosos, normalmente superiores ao 0,018. Existe ainda um terceiro tipo, mas que se enquadra no grupo dos passivos, pela sua característica de atuação, com clipes posicionados nas laterais de um braquete com design convencional (MALTAGLIATI, 2007). 21 Tabela 1 - Principais braquetes autoligados disponíveis comercialmente *Disponível em outubro/2007 **Prescrição do fabricante FONTE: MALTAGLIATI, L. A.; Autoligados - no que diferem? Qual a vantagem em utilizar braquetes autoligados na prática clínica? Ver. Ortodon. Dental Press, Maringá, v.6, n.5, Out/Nov. 2007. 2.2 Considerações sobre as alterações transversais das arcadas dentárias durante o tratamento ortodôntico. Para uma oclusão normal existe a necessidade de que o arco dentário superior guarde dimensões compativelmente maiores que as do arco dentário 22 inferior. Quando estas dimensões forem menores no sentido lateral teremos uma deficiência transversal maxilar, esta pode atingir de 3 a 18% da população (RIBEIRO JR. et al., 2006). Para assegurar um resultado estável no tratamento, Strang, em 1946, considera dois fatores essenciais: primeiro, evitar modificações em grande grau na largura dos arcos dentários deformados, e segundo, não movimentar os incisivos para frente, para ganhar espaço para seu alinhamento, considerando os caninos inferiores e molares como unidades chaves na determinação dos limites da largura do arco dentário. O autor ainda concluiu que cada má-oclusão representa arcos dentários que estão em equilíbrio com todas as estruturas associadas; que os procedimentos corretivos deverão preservar este equilíbrio, para que o resultado do tratamento permaneça estável; que a estabilidade requer que não somente os incisivos, mas também os dentes posteriores sejam posicionados sobre bases de suporte ósseo, consequentemente, movimentos vestibulares excessivos (expansão) dos molares, pré-molares e caninos inferiores, a fim de permitir a recolocação dos incisivos nas suas bases ósseas, não conduzem à estabilidade; que uma forma predeterminada de arco que produza um resultado final, com o qual, tentaremos preservar o equilíbrio e harmonia presentes na má-oclusão, é um guia extraordinário de ajuda para o operador, tanto na análise como no tratamento do caso. Em 1962, num estudo de 50 casos tratados ortodonticamente sem extrações e 50 casos tratados com extrações dentárias, Walter, em 1953, mediu no arco inferior as distâncias inter-caninos e inter-molares antes do tratamento e após completar o tratamento e pelo menos um ano a remoção das contenções. Um ano após a remoção das contenções tanto nos casos tratados com extração como nos tratados sem extração, os resultados mostraram que a distancia inter-caninos diminuiu. Em relação à distância inter-molares, 72% dos casos tratados sem extração mostraram um aumento da distância inter-molares, enquanto 70% dos casos tratados com extrações mostraram uma diminuição. Portanto, nos dois grupos, mais de 90% dos casos, a distância inter-caninos e inter-molares modificaram-se após o tratamento. Assim, após a movimentação produzida pelo tratamento, os caninos e molares raramente permanecem estáveis. 23 Gardner e Chaconas, em 1976, avaliaram 74 casos tratados sem extração e 29 casos tratados com extração dos quatros primeiros pré-molares, analisando cinco medidas no arco dentário inferior: distância inter-caninos, distância inter primeiros pré-molar, largura inter-molar e distância do incisivo ao primeiro molar. Estas medidas foram realizadas no início do tratamento, ao término e no mínimo 1 ano após a remoção de contenção. Os resultados mostraram que em ambos os casos tratados, a distância inter-caninos, expandida durante o tratamento ortodôntico, retorna aos valores próximos aos iniciais no mínimo um ano pós-contenção e que também em ambos os casos tratados o aumento da distância inter primeiros prémolares com tratamento, mostrou uma melhor estabilidade e apenas uma leve diminuição ocorreu no período pós-contenção. De La Cruz et al em 1995, avaliaram em pacientes tratados ortodonticamente, as alterações das formas dos arcos dentários superior e inferior, e no mínimo 10 anos pós-contenção. A amostra contou com 45 pacientes com má-oclusão de Classe I e 42 pacientes com má-oclusão de Classe II, tratados com extrações de quatro primeiros pré-molares. Os modelos foram marcados no vértice das cúspides vestibulares dos molares, pré-molares, caninos e nos incisivos um ponto mais mesial e outro mais distal. Os resultados demonstraram um arredondamento da forma do arco com o tratamento, seguindo um estreitamento no período pós-contenção, confirmando que a forma do arco tende a retornar sua forma original, após o tratamento, maior é a tendência de alteração no período pós-contenção. Ainda concluíram que a forma do arco pré-tratamento parece ser a melhor guia para a estabilidade da futura forma do arco, mas alterações mínimas durante o tratamento não são indicativo de estabilidade no período pós-contenção. Em 1998, Davis e Begole observaram as mudanças nas distâncias intercaninos, primeiros e segundos pré-molares e molares durante o tratamento ortodôntico. Foram fotocopiados os modelos de gesso superiores e inferiores dos 72 pacientes, na fase inicial e final do tratamento. Demarcaram nos modelos de gesso pontos nas pontas das cúspides vestibulares dos pré-molares, na ponta de cúspides dos caninos e na ponta da cúspide mésio-vestibular dos primeiros molares, e calculada as distâncias entre os dentes contralaterais. Os autores concluíram que existe um aumento estatisticamente significante para todas as distâncias 24 mensuradas, apresentando um maior aumento a distância entre os segundos prémolares superiores. Com o objetivo de testar a hipótese de que o sistema Damon mantém larguras intercaninos, interpré, e intermolares, indivíduos tratados com sistema Damon foram comparados com indivíduos tratados com um sistema ligados comum. O resultado mostrou que a largura intercanino, interprés e intermolares maxilar foi significativamente maior após o tratamento com Damon (VAJARIA, et al, 2011). Nos tradicionais estudos sobre estabilidade do tratamento ortodôntico realizados na Universidade de Washington, não encontraram diferenças significativas no grau de recidiva com ou sem a extração de pré-molares. Inicialmente, a ênfase do tratamento ortodôntico estava apenas nos componentes dentários e esqueléticos da má oclusão. Hoje, tem-se uma preocupação muito maior com a estética facial do indivíduo, o que está refletindo numa tendência a uma filosofia de tratamento mais expansionista e sem extração. Por este motivo, a utilização de braquetes autoligáveis associados a fios superelásticos expansivos de alta tecnologia tem ganho grande popularidade (LENZA, 2008). Segundo o estudo desenvolvido por Scanavini et al (2006) avaliou-se cefalometricamente os efeitos da expansão rápida da sutura palatina mediana sobre o posicionamento vertical e sagital da maxila, comparando os aparelhos de Haas e Hyrax. A amostra do estudo consistiu de 93 telerradiografias obtidas de 31 pacientes jovens, brasileiros, de ambos os gêneros, na faixa etária inicial média de 13 anos e 2 meses. As radiografias foram tomadas ao início do tratamento (pré-disjunção), imediatamente após a disjunção (pós-disjunção) e ao final do nivelamento. Concluiuse que os dois aparelhos disjuntores apresentaram resultados semelhantes, com a ocorrência de deslocamento da maxila em direção inferior, sem rotação, que se manteve ao final do nivelamento e ocorrência de um deslocamento anterior logo após a disjunção, que retornou aos valores pré-disjunção ao final do nivelamento Vasconcelos, et al (2006), estudou duas técnicas de expansão rápida da maxila cirurgicamente assistida com separação ou não dos processos pterigóides. O estudo de coorte contemporânea longitudinal foi composto por 10 pacientes, com 25 18-40 anos de idade e com discrepância transversa da maxila de mais de 4mm. Dois grupos foram estabelecidos de forma aleatória, cinco pacientes em cada grupo, de acordo com a separação ou não dos processos pterigóides. Além disso, em ambos os grupos, foram realizadas as osteotomias dos pilares zigomáticos e da sutura intermaxilar. A discrepância transversal foi medida em modelos de estudo, uma radiografia cefalométrica pósteroanterior avaliou os planos zigomáticos superior e inferior e a distância inter-tuberes e uma radiografia oclusal avaliou a disjunção intermaxilar no período pré-operatório e 30 dias de pós-operatório. Um período de 7 dias foi aguardado após as osteotomias, antes de iniciar a expansão de um quarto de volta por dia. Nos resultados não houve diferença estatística entre as medidas pré e pós-operatórias. Concluiu-se que há poucos estudos controlados na literatura comparando as duas técnicas de expansão cirúrgica da maxila. Estudos com amostras maiores devem ser realizados. Claro et al (2006) estudaram a correlação entre expansão transversal e aumento no perímetro do arco dentário após a expansão rápida da maxila, para este trabalho foi utilizado modelo de estudo da arcada superior de 18 pacientes, com idades variando de 7 a 10 anos. Estes modelos foram obtidos antes e cerca de 5 meses após a expansão rápida da maxila, resultando em um total de 18 pares. O estudo incluiu apenas modelos fornecidos com primeiros molares permanentes, incisivos centrais e caninos decíduos, em pré e pós-tratamento de estágios, que foram considerados pontos de referência para o processo de medição. Os pacientes foram tratados com uma placa de acrílico ligado a um expansor, com a utilização de um parafuso tipo Hyrax, com uma capacidade de abertura elevada e uma cobertura oclusal de acrílico. Antes e após o tratamento, os modelos foram fotocopiados. Com o intuito de identificar a magnitude da distorção introduzida pelo processo de cópia, os moldes foram fotocopiados lado a lado com uma moeda, utilizada como um padrão tridimensional para o ajuste da imagem da máquina de cópia, de modo que o diâmetro da moeda medido com um paquímetro digital (precisão: 0,01mm) no papel corresponde ao diâmetro da moeda real. Os pontos de referência foram os seguintes: a) pontos linguais na margem gengival dos primeiros molares superiores foram levados para a medida da largura intermolares; b) pontos linguais na margem gengival dos caninos decíduos foram levados para a medida da largura intercaninos; c) os pontos na face mesial dos primeiros molares permanentes, sob o aspecto 26 distal dos caninos e dos incisivos centrais foram levados para medir o perímetro do arco; c) os pontos na face mesial dos primeiros molares e no aspecto mesial dos incisivos centrais foram levados para medir o comprimento do arco. As medidas foram realizadas com um paquímetro digital. Com base nas evidências encontradas, concluiu-se que o aumento no perímetro do arco superior foi de 0,54 vezes a distância intercaninos e de 0,87 vezes o comprimento do arco. As conclusões acima podem ser usadas durante o planejamento do tratamento como uma orientação para estimar o ganho de perímetro superior do arco como uma conseqüência da expansão rápida da maxila. Pinto et al (2006) fizeram um estudo sobre a avaliação da inclinação dentoalveolar e dimensões do arco superior em mordidas cruzadas posteriores tratadas com parelho expansor removível e fixo e para a realização deste estudo foram selecionados odelos de estudo de 31 crianças portadoras de mordida cruzada posterior, de ambos os gêneros, de diversas etnias e na fase de dentadura mista. Destas crianças, 15 foram tratadas com aparelho expansor removível (AER) tipo placa de Hawley modificado com parafuso expansor palatino (600 – 010, 24 Dentaurum) centralizado e as demais 16 crianças foram tratadas com expansão rápida da maxila obtida com o aparelho expansor fixo (AEF) tipo Hyrax (65.05.013, Morelli). Com a finalidade de avaliar as diferenças produzidas pelos dois tipos de tratamento nas dimensões e formas de arco, foram realizadas medidas nos modelos de estudo iniciais e finais desses pacientes. Os pacientes tratados com AER tiveram seu parafuso ativado ¼ de volta por semana até o descruzamento da mordida com sobrecorreção de até 1 mm de cada lado, pelo período de 8,5 meses ( 4 a 11 meses). Já os pacientes tratados com AEF tiveram o parafuso ativado ¾ de volta do parafuso no ato da instalação e mais ¼ de volta pela manhã e ¼ à tarde todo dia pelo período médio de 2,5 semanas até descruzar a mordida, também com sobrecorreção de até 1 mm de cada lado. Após o descruzamento da mordida, o parafuso foi estabilizado pelo período médio de 5 meses (3,5 a 8,5 meses), quando foi removido. As dimensões do arco superior foram analisadas por meio da distância intercaninos ao nível de cúspide e cervical e da distância intermolares ao nível de cúspide mésio-vestibular e cúspide palatina nas imagens escaneadas da oclusal do modelo superior. Analizou-se a forma do arco e inclinação dentária verificando o contorno do palato por meio do ângulo formado pelos hemi-arcos, pelo ângulo do 27 processo alveolar direito e esquerdo, pela profundidade do palato e pelas inclinações dos primeiros molares permanentes superiores utilizando o ângulo oclusal direito e esquerdo. Estas medidas foram tomadas a partir da imagem do contorno do palato e dos molares obtida com auxílio de template ajustável pressionado ao nível da cúspide palatina dos primeiros molares permanentes superiores do modelo de estudo do arco superior. Com este estudo concluíram que o AEF promoveu aproximadamente o dobro de expansão e maior inclinação dos processos alveolares em relação ao AER. Carlini et al. (2007) avaliaram a correção das deficiências transversas e ântero-posteriores da maxila em pacientes adultos esse estudo foi realizado com 10 pacientes adultos, variando de 25 a 34 anos, 7 pacientes do gênero masculino e 3 do gênero feminino. Todos eram portadores de classe III esquelética e discrepância transversal real. Seis pacientes apresentavam retrognatismo maxilar e três pacientes apresentavam mau posicionamento mandibular. Para potencializar o efeito ortopédico de tração reversa, recomendou-se a instalação do aparelho expansor tipo Hyrax, que recebeu ganchos soldados na vestibular de caninos e pré-molares. Nestes ganchos, foram encaixados os elásticos que faziam a ligação entre o expansor e a máscara facial. Os elásticos utilizados promoveram uma força de 500g de cada lado e o paciente foi orientado a usar a máscara facial de 16 a 18 horas por dia, até a sobrecorreção da deficiência. A média de uso da máscara foi de 4 meses edurante seu uso foi realizada a expansão da maxila. Com o paciente sob anestesiageral e anestesia infiltrativa no fundo de vestíbulo maxilar, sendo feita uma incisão neste local com uma lâmina número 15, estendendo-se de primeiro molar ao primeiro molar contralateral. Os tecidos moles foram destacados subperiostalmente,expondo a porção superior e lateral da maxila, a fossa nasal e a abertura piriforme. O deslocamento foi tunelizado para posterior, em direção à junção pterigomaxilar. A osteotomia da parede lateral da maxila foi determinada 5 mm acima dos ápices dentários. A osteotomia Le Fort I foi realizada por completo, evitando somente o rebaixamento e soltura da maxila. Nesta fase, o aparelho expansor foi ativado para confirmar se a maxila estava expandindo simetricamente. Em seguida, retornou-se o parafuso totalmente e realizou-se a sutura com fio de poligalactina 4.0. Após sete dias de cirurgia, iniciou-se a ativação do aparelho tipo Hyrax, ativando ½ volta ao dia doparafuso, dividido em ¼ de volta pela manhã e ¼ 28 de volta à tarde. Concomitante à expansão, foi instalada a máscara facial, O período médio foi de 4 meses para o uso do Hyrax e da máscara facial. Após este período, o paciente foi liberado para o tratamento ortodôntico. Recomendamos que antes do procedimento na maxila, seja instalado o aparelho ortodôntico fixo no arco inferior, para descompensar os dentes inferiores e estabilizá-los com arcos retangulares. Nesta situação obtém a condição real dos movimentos da maxila no sentido ânteroposterior e transversal. Para mensurar o movimento ântero-posterior da maxila, foi tomado como referências as bordas incisais dos incisivos centrais superiores e inferiores. Quanto ao movimento transverso, houve somente avaliação clínica. Foram solicitadas radiografias pós-operatórias (telerradiografias de perfil e oclusal superior). A primeira, para mensurar o movimento ântero-posterior e a segunda para observar a consolidação óssea da sutura palatina. Concluiu-se que com a utilização da técnica descrita proporciona um menor tempo de tratamento, menor custo e, principalmente, evita a necessidade de duas intervenções cirúrgicas (disjunção e avanço maxilar), solucionando, simultaneamente, o problema transverso e ânteroposterior da maxila. As desvantagens observadas são a dificuldade de adaptação no uso da máscara facial e o compromisso do paciente na sua utilização. Gondo et al (2010) avaliaram as alterações transversais e verticais decorrentes da expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC) para isto foram selecionados 17 pacientes, sendo seis do gênero masculino e 11 do feminino, com média de idade de 24 anos e um mês, variando de 17 a 35 anos. Todos os pacientes selecionados apresentavam maturação esquelética definida, atresia maxilar superior a 5 mm, associada a mordida cruzada posterior uni ou bilateral, não tinham sido submetidos a tratamento ortodôntico prévio e com ausência de síndrome craniofaciais. O material para análise e para comparação constou de três telerradiografias póstero-anterior de cada paciente selecionado, realizadas no início do tratamento, no período pré-expansão (T1), imediatamente após a expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (T2) e outra após três meses de contensão com o próprio aparelho expansor (T3), totalizando 51 telerradiografias. Para efeito de padronização, as radiografias foram obtidas sempre por um mesmo profissional (técnico em Radiologia). Os pacientes foram posicionados em pé no interior do cefalostato, com o tórax e cabeça verticalizados. Para cada paciente foi confeccionado um aparelho expansor maxilar do tipo Hyrax, 29 com um parafuso expansor co capacidade para até 13 mm de expansão. Foram utilizados quatro dentes de ancoragem, sendo os dois primeiros molares e os dois primeiros pré-molares. Os fios ortodônticos de 1,2mm de diâmetro fizeram as conexões entre as bandas nas superfícies vestibulares e palatinas. Eles foram instalados uma semana antes da realização da cirurgia. O procedimento cirúrgico padronizado e adotado obedeceu ao traçado estabelecido para uma cirurgia de osteotomia de maxila tipo Le Fort I, caracterizado pela não abordagem da sutura pterigopalatina e ser associado à osteotomia sagital mediana da maxila. Após as osteotomias, o dispositivo expansor foi então ativado de forma que os maxilares fossem expandidos cerca de 3 a 5 mm antes do fechamento dos tecidos incisados para conferência das osteotomias e avaliação da expansão bilateral e simétrica. Caso fosse verificada apenas expansão unilateral, as osteotomias seriam conferidas e complementada no lado estável, para evitar uma expansão unilateral assimétrica. Posteriormente, o parafuso expansor era desativado, mantendo-o com uma abertura de 1 mm. O início da ativação do parafuso expansor foi a partir do terceiro dia após a realização da cirurgia. Na primeira consulta, foi realizada uma ativação (¼ de volta). Após as orientações, o responsável pela ativação do aparelho era instruído a realizar ¼ de volta a cada 12 horas, totalizando 2/4 de volta ao dia. Os pacientes retornavam uma vez por semana para controle da ativação, até completar a abertura total do parafuso ou alcançar os objetivos oclusais. Os limites para a expansão foram determinados por critérios eminentemente clínicos, sempre procurando realizar uma sobrecorreção dental, com o objetivo de maximizar o efeito ortopédico, permitir a subseqüente verticalização dos dentes inclinados e a remodelação do processo alveolar. A pausa da ativação do parafuso ocorria quando havia o contato das vertentes vestibulares das cúspides palatinas dos molares superiores com as vertentes linguais das cúspides vestibulares dos molares inferiores. Passada a fase de expansão, o parafuso expansor era estabilizado com um fio de aço, evitando a sua desativação durante a fase de contenção. Diante deste estudo pode-se concluir que: 1) Houve um aumento significante nos valores da largura maxilar e largura nasal com a expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC) e uma estabilização dos mesmos no período de contenção. Verticalmente, ocorreu aumento significante da altura facial ântero-inferior com a expansão e estabilização da mesma durante o período de contenção; 2) Tanto a distância entre os ápices como a entre as coroas dos incisivos centrais superiores aumentaram 30 significantemente com a ERMAC retornando em direção à posição inicial, durante o período de contenção, principalmente a distância entre as coroas; 3) As distâncias intermolares superiores e inferiores aumentaram significantemente com a expansão e se mantiveram estáveis durante o período de contenção. O aumento das distâncias intermolares foi aumentado devido à expansão causada pela abertura da sutura palatina mediana como consequência a vestibularização dos molares superiores. Baratieri et al (2010) avaliaram por meio de Tomografia Computadorizada Cone-Bean (TCCB), os efeitos transversais, imediatos e após o período de contenção da expansão rápida da maxila em pacientes com má oclusão Classe II. Selecionaram 17 crianças com idade media de 10,36 anos com má oclusão de Classe II e deficiência transversal esquelética da maxila, foram submetidas ao protocolo de expansão rápida da maxila com o aparelho expansor de Haas. TCCBs foram realizadas antes dos procedimentos clínicos (T1), imediatamente após a estabilização do parafuso expansor (T2) e depois de completados seis meses de contenção e removido aparelho (T3). Com o software Dolphin, foram possíveis a manipulação das imagens e as mensurações e comparando T2 e T1, T3 e T2, T3 e T1. Após a ERM, ocorreu aumento significativo da largura maxilar basal, alveolar e dentaria de 1,95mm, 4,3mm e 6,89mm respectivamente. Ao final do período de contenção o aumento transversal foi mantido. Chiavini et al (2011) estudaram as modificações de forma e dimensões dos arcos superior e inferior obtidas em modelos de estudo após a expansão rápida da maxila com o aparelho Hyrax, para este trabalho foram avaliados modelos de estudo de 14 crianças com idades entre sete e onze anos, que apresentavam mordida cruzada posterior e necessitavam de expansão rápida da maxila. A terapia para correção desta alteração transversal foi realizada com o aparelho Hyrax. Todos os pacientes foram tratados pelo mesmo profissional, seguindo uma padronização dos procedimentos de instalação do aparelho Hyrax, ativação, contenção e remoção do aparelho. O material para a análise constou de três pares de modelos de cada paciente selecionado; o primeiro par obtido no início do tratamento (pré-expansão), o segundo par imediatamente após o período da contenção ativa com o próprio aparelho Hyrax, pelo tempo médio de cinco meses (pós-expansão), e o terceiro par 31 em média 17,2 meses após a remoção do Hyrax (pós-contenção). Estes pares de modelos permitiram a avaliação das alterações de forma, perímetro, comprimento, distâncias lineares transversais do arco, assim como as alterações na inclinação dos molares e rebordo alveolar. No ato de instalação do expansor tipo Hyrax, todos os pacientes foram submetidos a ¾ de ativação, nos dias subseqüentes, os responsáveis foram instruídos a ativar o aparelho ¼ de volta pela manhã e ¼ de volta à tarde até que houvesse a sobrecorreção da mordida cruzada posterior, ou seja, as cúspides linguais dos molares superiores deveriam tocar as cúspides vestibulares dos molares inferiores sem trespassá-las. Com este estudo foi revelado que os efeitos da expansão rápida da maxila tanto na pós-expansão como na póscontenção levaram a um aumento estatisticamente significante da distância entre os primeiros molares superiores e dos caninos superiores, que consequentemente corrigiu a mordida cruzada posterior; uma recidiva de aproximadamente 40% nas distâncias intermolares e intercaninos, indicando a necessidade de sobrecorreção; uma diminuição do comprimento e um aumento do perímetro do arco superior estatisticamente significante, que permite melhor ganho de espaço para melhor alinhamento dentário e correção da mordida cruzada posterior esquelética. 32 3. PROPOSIÇÃO 33 3. PROPOSIÇÃO Após revisão literária, nos propusemos a avaliar um caso tratado sem extrações dentárias e com aparelho autoligado, prescrição ROTH Eurodonto, as possíveis alterações nas dimensões da arcada superior e inferior. 34 4. MATERIAL E MÉTODOS 35 4. MATERIAL E MÉTODOS Neste estudo retrospectivo, foi utilizada uma amostra constituída por um par de modelos de gesso do início e final de tratamento de documentações ortodônticas pertencentes ao arquivo da Clínica Odontológica Carreira, paciente tratada nesta instituição. Obtenção do modelo de gesso inicial e final. Para este estudo foi utilizado dois pares de modelos de gesso referentes às fases: início de tratamento (T1) e término de tratamento (T2). Os pares de modelo de gesso inicial (T1) foram obtidos por meio da realização da documentação ortodôntica que precede o início do tratamento ortodôntico, e os pares de modelo de gesso final (T2) após a remoção do aparelho ortodôntico, na mesma sessão. Os arcos dentários foram moldados com auxílio de moldeiras Morelli –(Brasil). As moldagens foram realizadas com alginato Jeltrate (Dentsply – Brasil) e os moldes vazados com gesso pedra branco (Dentsply – Brasil), com o auxilio de um vibrador ( Newdent – Brasil) para minimizar falhas nos modelos. Utilizou-se também, placas de mordida confeccionadas com cera rosa número 7 (Polidental – Brasil) para articular os modelos em máxima intercuspidação para posterior recorte e acabamento. Tratamento Ortodôntico do Caso: A paciente foi submetida ao tratamento ortodôntico sem extração, utilizando braquetes ortodônticos autoligado Tellus da marca Eurodondo, prescrição Roth. 36 Tabela 2 - Prescrição Roth Fonte: R Dental Press Ortodon Ortop Facial pag.121 Maringá, v. 11, n. 3, p. 104-156, maio/jun. 2006 37 Figura 1- Ilustração referente as prescrições proposta por Roth Fonte: R Dental Press Ortodon Ortop Facial pag.121 Maringá, v. 11, n. 3, p. 104-156, maio/jun. 2006 A montagem do aparelho ortodôntico e a condução do tratamento foram realizadas por um único operador, iniciando-se pela colagem dos braquetes ortodônticos, com adesivo fotopolimerizável Biofix (Biodinamica – Brasil). Para o procedimento de colagem, foram seguidas as recomendações do fabricante, no que diz respeito às fases de profilaxia, condicionamento do esmalte, aplicação e fotopolimerização do adesivo ortodôntico. Quanto à colagem dos braquetes, a orientação de posicionamento foi uma linha virtual de contado, onde a base do braquete deve estar orientada até os caninos (subindo 0,5 milímetros na região posterior pré-molares e molares, já na região anterior foi eleita centro de coroa clinica do canino superior e inferior), nos laterais superiores adicionado 0,25 milímetros para a cervical, nos incisivos centrais superiores adicionado mais 0,25 38 milímetros, na região inferior os incisivos centrais e laterais foram removidos 0,5 milímetros para a incisal, conforme orientado por Tom Pitts. Após a colagem dos acessórios ortodônticos, na mesma sessão, foi realizado o início do tratamento. Tabela 3 – Tratamento Ortodôntico FASES FASE I PROCEDIMENTO Fio CuNiti (Ormco) 0,014 Superior e Inferior. TEMPO 8 semanas Botão de colagem (Morelli) na face Palatina dos elementos 16-15-1426-25-24. Elástico intra-oral 3/16 médio (Morelli) para descruzar mordida com vetor de Cl. III. FASE II Fio CuNiti (Ormco) 0,014x0,025 Superior e Inferior. 12 semanas Elástico intra-oral 3/16 médio (Morelli) para descruzar mordida com vetor de Cl. III. Fio TMA (Ormco) 0,019x0,025 Superior. 24 semanas Fio CuNiti (Ormco) 0,018x0,025 Inferior. Elástico intra-oral 1/4 médio (Morelli) com vetor de classe III. Mola aberta de Niti (Morelli) entre 33-34 e 44-45. FASE III Fio Aço (Abizil) 0,019x0,025 Diagramado Superior. 12 semanas Fio Aço (Abizil) 0,017x0,025 Diagramado Inferior. Remoção das Molas Abertas de Niti (Morelli). Elástico intra-oral 1/4 médio (Morelli) com vetor de classe III. FASE IV Fio TMA (Ormco) 0,019x0,025 Superior. Remoção do Aparelho Superior eInferior. Instalação de contenção 2x2 e Placa de Hawley Superior. Instalação de contenção fixa 3x3 Inferior. 10 semanas 39 4.1 Caso Clínico. TSP, 15 anos, sexo feminino, solicitou tratamento ortodôntico queixando-se do perfil facial. A análise facial permite identificar: Contração do musculo mentoniano durante o fechamento labial Face longa Mento avançado FOTOS INICIAS Fotos Extra Orais Foto 1- Frontal Foto 2- Perfil Foto 3- Sorrindo Fotos Intra Orais Evidencia a mordida cruzada bilateral, relação de classe III. Foto 4- Lateral Direita Foto 5 - Frente Foto 6- Lateral Esquerda 40 Fotos Durante Tratamento Fotos 7- Uso de elásticos classe III com mola para distalização Foto 8- Após distalização FOTOS FINAIS Fotos Extra Orais Foto 9- Frontal Foto 10- Perfil Foto 11- Sorrindo 41 Fotos Intra Orais Foto 12- Lateral Esquerda Foto 13- Frontal Foto 14- Lateral Direita Método de medida dos Modelos de Gesso. As mensurações nos modelos de gesso foram realizadas medindo as distâncias intercanino, interprés-molar e intermolares. Foram digitalizados usando um escâner(marca do escâner) os pares de modelos iniciais (T1) e final (T2).Após digitalizados, os modelos foram aferidos por um único profissional previamente calibrado usando as ferramentas de recurso do software Bibliocast Cecile3. Os pontos para referencia das medidas foram: incisal de caninos, ponta de cúspide palatina de prés-molares, ponta de cúspide palatina mesial de molares. Figura 2: Distância intercaninos superiores inicial Figura 3: Distância intercaninos superiores final 42 Figura 4: Distância inter 1° pré-molares superiores inicial Figura 6: Distância inter 2° pré-molares superiores inicial Figura 5: Distância inter 1° pré-molares superiores final Figura 7: Distância inter 2° pré-molares superiores final 43 Figura 8: Distância inter 1° molares superiores inicial Figura 10: Distância inter 2° molares superiores inicial Figura 9: Distância inter 1° molares superiores final Figura 11: Distância inter 2° molares superiores final 44 Figura 12: Distância intercaninos inferiores inicial Figura 14: Distância inter 1° pré-molares inferiores inicial Figura 13: Distância intercaninos inferiores final Figura 15: Distância inter 1° pré-molares inferiores final 45 Figura 16: Distância inter 2° pré-molares inferiores inicial Figura 18: Distância inter 1° molares inferiores inicial Figura17: Distância inter 2° pré-molares inferiores final Figura 19: Distância inter 1° molares inferiores final 46 Figura 20: Distância inter 2° molares inferiores inicial Figura 21: Distância inter 2° molares inferiores final 47 5. RESULTADOS 48 5. RESULTADOS Nas tabelas abaixo estão descritos as medidas iniciais das distancias transversais do arco superior e inferior, valores finais das distancias transversais do arco superior e inferior e comparativos entre Valores Iniciais (T1) e Valores Finais (T2). Tabela 4 - Inicial (T1) da Arcada Superior. Distancia entre elementos Caninos Superiores Valores das medidas em mm (milímetros) 31,03 Primeiro Pré-molares Superiores 29,66 Segundo Pré-molares Superiores 34,44 Primeiro molares Superiores 40,73 Segundo molares Superiores 47,51 Caninos Inferiores 24,27 Primeiro Pré-molares Inferiores 26,29 Segundo Pré-molares Inferiores 31,68 Primeiro molares Inferiores 35,95 Segundo molares Inferiores 42,50 Tabela 5 - Final (T2) Distancia entre elementos Caninos Superiores Primeiro Pré-molares Superiores Valores das medidas em mm (milímetros) 32,55 33,35 Segundo Pré-molares Superiores 38,18 Primeiro molares Superiores 42,67 Segundo molares Superiores 47,98 Caninos Inferiores 25,77 Primeiro Pré-molares Inferiores 28,04 Segundo Pré-molares Inferiores 33,02 Primeiro molares Inferiores 38.41 Segundo molares Inferiores 43,03 49 Tabela 6 - Comparativa. Distancia entre elementos Caninos Superiores Primeiro Pré-molares Superiores Segundo Pré-molares Superiores Primeiro molares Superiores Segundo molares Superiores Caninos Inferiores Primeiro Pré-molares Inferiores Segundo Pré-molares Inferiores Primeiro molares Inferiores Segundo molares Inferiores Valores Iniciais (T1) em mm (milímetros) 31,03 Valores Finais (T2) em mm (milímetros) 32,55 Diferença entre T1 e T2 1,52 29,66 33,35 3,69 34,44 38,18 3,74 40,73 42,67 1,94 47,51 47,98 0,47 24,27 25,77 1,50 26,29 28,04 1,75 31,68 33,02 1,34 35,95 38,41 2,46 42,50 43,03 0,53 50 6. DISCUSSÃO 51 6. DISCUSSÃO Nos últimos anos os braquetes autoligados tem recebido muita atenção, fato verificado pelos inúmeros estudos sobre o assunto. O aumento da introdução dos mais variados modelos de braquetes autoligados no mercado pelos fabricantes é um indicativo do crescimento do interesse dos ortodontistas por este produto e um consequente interesse da indústria. É, portanto muito compreensível que questionemos a viabilidade e a vantagem de eleger esses braquetes como opção de tratamento. Com o objetivo de diminuir a resistência friccional dentre o canal de encaixe e o fio ortodôntico, os braquetes ortodônticos vem sendo modificados, tornando mais eficiente à mecânica de deslize e diminuindo a força necessária para movimentação dos dentes. Segundo KUSY 2000, os braquetes autoligados apresentam vantagens biomecânicas sobre os braquetes convencionais, pois as forças mecânicas necessárias para gerar remodelação do tecido ósseo não são de mesma magnitude, devido à diferença friccional apresentada entre os dois tipos de braquetes. Existem muitos trabalhos que verificam o atrito gerado entre o fio e a canaleta durante as mecânicas de deslizamento dentário, incluindo pesquisas realizadas por diversos autores como DAMON 1998, HEMINGWAY 2001, KAPUR; SINHA; NANDA 1998, BIRNIE 2008, os quais relataram um menor valor de atrito nos braquetes autoligados comparados com os convencionais. De acordo com os autores CLEALL 1965, DEBBANE 1985, TIMMS 1980, podemos admitir que hoje a expansão ortopédica da maxila represente uma conduta terapêutica inserida com coerência na prática ortodôntica, independentemente do estágio do desenvolvimento oclusal, desde que a atresia maxilar faça parte do desvio morfológico. O reposicionamento lateral dos maxilares, com aumento da massa óssea é um fato com mudanças marcantes na morfologia do arco dentário superior trazendo vantagens indiscutíveis na mecanoterapia para as deficiências maxilares. Objetivo esse alcançado no caso desse trabalho. 52 Baratieri et al. (2010) avaliaram os efeitos transversais da expansão rápida da maxila em pacientes com idade media de 10,36 anos com má oclusão de Classe II e deficiência transversal esquelética da maxila, foram submetidas ao protocolo de expansão rápida da maxila com o aparelho expansor de Haas. Após a ERM, ocorreu aumento significativo da largura maxilar basal, alveolar e dentaria de 1,95mm,4,3mm e 6,89mm respectivamente, condizendo com o aumento de dentário de ate 3,74mm. Ao final do período de contenção o aumento transversal foi mantido. Gondo et al. (2010) avaliaram as alterações transversais e verticais decorrentes da expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC). As distâncias intermolares superiores e inferiores aumentaram significantemente com a expansão e se mantiveram estáveis durante o período de contenção. Trabalho esse reforçando a tese de aumento da distancia transversal do arco. 53 7. CONCLUSÃO 54 7. CONCLUSÃO Após a Metodologia empregada, diante dos resultados, parece certo concluir que ao finalizar o tratamento ortodôntico com aparelho Autoligado: conseguiu-se uma expansão considerável na arcada superior e inferior, com uma maior significante na região de pré-molares. 55 8. REFERÊNCIAS 56 8. REFERÊNCIAS ANDREWS, L.F. The Straight-wire Appliance-Origin, Controversy, Commentary. J Clin Orthod, v. 10, n. 2, 1976. - ANDREWS, L. F. The six keys to normal occlusion. Am. J. Orthod.Dentofacial Orthop, v.62, n. 3, Sept. 1972. BAEK, S.; KIM, K.; HWANG, S. Princípios Básicos, Biomecânica e Aplicação Clínica do Sistema Damon e dos Mini-implantes Ortodônticos, Novas Tendências na Ortodontia. São Paulo: Quintessence Editora Ltda, 2010. BARATIERI C. et al. Efeitos transversais da expansão rápida da maxila em pacientes com má oclusão de Classe II: avaliação por Tomografia Computadorizada Cone-Beam. Dental Press J Orthod, 2010. BERGER, J. Self-Ligation in the Year 2000. 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Endereço: Rua Dr. Augusto de Miranda, 654, Pompéia, São Paulo-SP. Caro Responsável/Representante Legal: Gostaríamos de obter o seu consentimento para o menor Thais Peixoto, participar como voluntário da pesquisa intitulada Alteração de Forma de Arco em Modelo de Estudo, com uso de Autoligado que se refere a um projeto de Iniciação Científica do(s) participante(s) João Marcelo e Francesco Souza do(a) Especialização pertence ao Curso de Odontologia. O(s) objetivo(s) deste estudo é verificar se há ou não aumento nas distancias transversais entre os dentes do arco e quanto seria esse ganho. Sua forma de participação consiste em Será tratado com Ortodontia fixa, com uso de aparelho autoligado passivo, onde será medido as distâncias interdentais em modelo de estudo inicial e final. Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa, o que garante seu anonimato, e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. Não será cobrado nada, não haverá gastos e não estão previstos ressarcimentos ou indenizações. No entanto, em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização. Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como: mínimo, exposição da imagem do paciente. São esperados os seguintes benefícios da sua participação: Melhora na Oclusão dental e estética do sorriso. Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntária e que poderá recusar-se a participar ou retirar o seu consentimento, ou ainda descontinuar sua participação se assim o preferir, sem penalização alguma ou sem prejuízo ao seu cuidado. Desde já, agradecemos sua atenção e participação e colocamo-nos à disposição para maiores informações. Você ficará com uma cópia deste Termo e em caso de dúvida(s) e outros esclarecimentos sobre esta pesquisa você poderá entrar em contato com o 62 pesquisador principal João Marcelo de Francesco Souza, end. R. Doutor Augusto de Miranda 654, tel. 11-3873-1633. Se houver dúvidas sobre a ética da pesquisa entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da FUNORTE na Av. Osmane Barbosa, 11.111 Bairro JK, Montes Claros - MG, telefone: (38) 2101-9292 ou email: [email protected]. CONSENTIMENTO Eu, Asplenio Ferreira Peixoto (nome do responsável ou representante legal), portador do RG nº:23.264.286-2, confirmo que João Marcelo de Francesco Souza / Glauber Carinhena explicou-me os objetivos desta pesquisa, bem como, a forma de participação. As alternativas para participação do menor Thais Peixoto, 16 anos (nome do sujeito da pesquisa menor de idade) também foram discutidas. Eu li e compreendi este Termo de Consentimento, portanto, eu concordo em dar meu consentimento para o menor participar como voluntário desta pesquisa. Local e data: São Paulo, 10 de Abril de 2013. _______________________________________ (Assinatura do sujeito da pesquisa (menor) _______________________________________ (Assinatura do responsável) Eu, João Marcelo de Francesco Souza (nome do membro da equipe que apresentar o TCLE) obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido do sujeito da pesquisa ou representante legal para a participação na pesquisa. ______________________________________________ (Assinatura do membro da equipe que apresentar o TCLE) ____________________________________________ (Identificação e assinatura do pesquisador responsável) 63 TERMO DE COMPROMISSO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS DE ARQUIVO (PRONTUÁRIOS) Título do projeto: Alteração de Forma de Arco em Modelo de Estudo, com uso de Autoligado. Pesquisador João Marcelo de Francesco Souza/ Glauber responsável: Carinhena Nome dos Pesquisadores participantes: João Marcelo de Francesco Souza Banco de dados do: Associação Educativa do Brasil - SOEBRAS O(s) pesquisador(es) do projeto acima identificado(s) assume(m) o compromisso de: I. Preservar a privacidade dos pacientes cujos dados serão coletados; II. Assegurar que as informações serão utilizadas única e exclusivamente para a execução do projeto em questão; III. Assegurar que as informações somente serão divulgadas de forma anônima, não sendo usadas iniciais ou quaisquer outras indicações que possam identificar o sujeito da pesquisa. São Paulo....../SP,10....de Abril... de 2013. Assinar o nome legível de todos os pesquisadores: João Marcelo de Francesco Souza Glauber Carinhena/ Orientador Assinatura