MINICURSO 5 ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DO CORPO NA IDEOLOGIA REPUBLICANA Débora Souza do Nascimento Morais. Doutoranda em História pela PUC-SP. O movimento feminista constitui-se dentro de um movimento maior: a modernidade. Caracterizada por uma série de mudanças ocorridas no mundo ocidental, a modernidade libertou os homens da mentalidade medieval, repleta de mitos e superstições, consolidou o sistema capitalista e trouxe a possibilidade da inserção igualitária das mulheres na sociedade. No Brasil os mais significativos referenciais da modernidade foram a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República. A Proclamação da República, por sua vez, inaugurou uma nova etapa na história do país: a implantação de uma modernidade laica e científica. Partindo da análise do Decreto Nº 847 (11 de outubro de 1890, que deu origem ao Código Penal brasileiro), do Código Civil de 1916 e do Código Penal de 1941, será identificado o ordenamento social proposto e o conjunto de restrições para o corpo feminino. No decorrer da História, o corpo foi objeto de estudo dos artistas (dançarinos, pintores e escultores) e, posteriormente dos teóricos. As regulamentações dele representam perspectivas culturais e políticas. O corpo é fabricado dentro de cada cultura, e é especifico para cada povo assim como é a língua, também revela de modos de vida. Como palco de representações e crenças todo o corpo passou a ser disciplinado e normatizado, principalmente no âmbito da sexualidade, de acordo com os ideais republicanos. Palavras-chave: Corpo Feminino, Legislação Republicana e Modernização.