PRÁTICAS EDUCATIVAS E A INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR Flavio Silva Santos1 [email protected] Aldevane de Almeida Araújo² [email protected] RESUMO Este presente trabalho tem como intuito demonstrar as práticas educacionais exercidas na sala de aula que ainda continua de forma autônoma e opressora, onde o professor se porta como detentor do conhecimento e não possibilita o dialogo com os alunos gerando uma relação diferenciada, não existindo troca de conhecimento ou dialogo, uma melhor relação intrapessoal entre professor-aluno e sem um trabalho interdisciplinar com os mesmos. A partir de levantamentos bibliográficos, leituras de obras como Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia do autor Paulo Freire e através de uma pesquisa realizada no Colégio Municipal Centro Educacional Cruzalmense (CEC), localizado na cidade de Cruz das Almas no estado da Bahia com o objetivo de obter um levantamento dos alunos, como eles se sentem em sala de aula e qual sua relação com os professores, e suas respectivas necessidades e o que eles esperam do professor para que traga para sala novos métodos de ensino, para uma melhor qualidade na aprendizagem. É de conhecimento que a educação pública brasileira ainda passa por grandes transtornos no ensino o que será ressaltado na divulgação do Indicador de Alfabetismo Funcional INAF, a relação professor e aluno, por exemplo, vem intensificar a existência deste “ser” dominador em sala de aula gerando certo conformismo, surgindo assim durante a leitura e a pesquisas, como o docente pode transformar os discentes em seres mecânicos? Como se desenvolvem as práticas educativas no sujeito? Como contribuir para modificação do ser formador? São algumas das indagações que irão nortear o texto e servirão de subsídio para seu desenvolvimento. Palavras-chave: Educação, Docência, Interdisciplinaridade,. INTRODUÇÃO Durante o processo de desenvolvimento das práticas pedagógicas a relação professor e aluno vêm passando por constantes modificações, graças a trabalhos pedagógicos e metodológicos que vieram surgindo junto com a modificação do sistema educacional e transformação da sociedade. A antiga alfabetização dos alunos imposta de forma opressora, sem a relação do mesmo e o professor, veio sofrendo mudanças no decorrer dos séculos, novas métodos de ensinar e aprender se destacaram se adequando com nova sociedade trazendo a nova relação, com a troca de saberes entre o professor e o aluno e do aluno ao professor, deixando de lado a ideia do professor como o “ser” detentor do conhecimento. Não é segredo que a educação brasileira ainda passa por grandes dificuldades, como nas diversidades e novos problemas sócias nascidas do desenvolvimento do estado civil no país que são refletidas nos alunos em sala e não é segredo que ainda existem docentes que se mantem com a imagem de professor “dominador” e opressores”, mesmo não sendo tão rigoroso como o estado educacional anterior, mas como sujeito mecanizado que leciona apenas para cumprir carga horária sem compromisso 1 Graduando no 7º semestre de Licenciatura em Física na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia CFP ( Centro de Formação de Professores e Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID). [email protected]. ² Graduanda na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia do curso de Licenciatura em Filosofia no 8º semestre e pesquisadora do projeto de pesquisa intitulado “O Ensino de Filosofia em Amargosa e no Vale do Jiquiriçá” [email protected]. [Digite texto] com profissão que exerce, e sem buscar novos métodos de ensino para levar para sala atrasando o desenvolvimento dos discentes. O docente que não se compromete com seu papel de lecionar e fazer um trabalho de qualidade atrapalha os alunos em seu senso crítico, dificuldade em aprendizagem, tirando a liberdade de se expor e de interação na sala, apenas repetindo o que é exposto na lousa. Vale ressaltar que ser professor vai muito além de estar em uma sala de aula, sempre acompanhando a expansão dos novos saberes educacionais, acompanhando a realidade local contextualizando seus conteúdos sabendo que estejam sujeitas a modificações se necessário; o docente pode possuir uma relação amigável com seus discentes. Partindo dessa visão das relações em sala entre o professor e o aluno, de troca de saberes, veremos esse quadro a partir das visão educacional Freiriana, em perspectiva de melhores formações profissionais e relações educacionais e as relações interdisciplinares no meio escolar , em algumas reflexões sobre o as práticas autônomas e opressoras que estão presentes em muitas escolas, não sendo uma realidade difícil de comprovar. Educação Freiriana Freire procura refletir à criação de uma pedagogia criativo-educativa de caráter libertador não domesticador, fora do modelo tradicional de educação numa “práxis” libertadora do homem de toda situação de opressão encontra no sujeito, tornando o mesmo um sujeito crítico e reflexivo, transformando a sua realidade e inserindo na sociedade de forma ativo-efetiva. Tal proposta pode ser usada como instrumento de manipulação diante da opressão, preocupando-se com o homem na sua realidade vivenciada, intervendo em sua prática no ambiente de um contexto escolar, gerando o que se denomina método Freiriano. O método de educação Freiriano tenta buscar a consciência crítica do sujeito, organizando- o como forma reflexiva seus pensamentos críticos, resgatando a dignidade de que lhe foi retirada em seu processo de exclusão social sofrida durante sua formação enquanto cidadão. Freire enfatiza que é preciso que se compreenda a educação como um processo de formação humana e afirma: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (1996, p. 12). Sendo desta forma, a possibilidade o individuo poder transmutar o conhecimento adquirido, moldando a sua realidade e todo seu meio. As análises sobre as relações entre educador e educando na escola, seja dentro do ambiente escolar ou fora, demostra que essas relações têm caráter marcante e contribui para o desenvolvimento do aluno no ensino. Os professores veem encontradas grandes dificuldades nas relações intrapessoais com os alunos. Pois desde quando nascemos recebemos estímulos, que nos ajudam no nosso desenvolvimento, [Digite texto] desde conhecimentos passados pelos nossos pais, até nas nossas relações em nossa comunidade e amigos sendo um conhecimento de maneira informal, se tornando formal quando em contato com a escola onde o professor é a sua ponte para os conhecimentos que irá auxiliar em seu desenvolvimento na sociedade. Existem casos individuais de simples marginalizados, que discerne da fisionomia geral da sociedade. Sendo marginalizados os “sendo de” ou “a margem de”, a solução para eles seria a integração à sociedade de onde eles saíram, assumindo sim o papel de “Seres dentro de” ao invés de “Seres fora de”, todavia os assim chamados “marginalizados”, os oprimidos, eles nunca estiveram “fora de” e sim sempre estiveram “dentro de”, que é a estrutura que os transforam em “seres para outro”, tendo como solução não estar integrado à estrutura que o oprime, mas sim se transformando em “seres para si”, não sendo, certamente este o objetivo dos opressores. Freire argumenta: “O grande problema está em como poderão os oprimidos, que "hospedam" ao opressor em si, participar da elaboração, como seres duplos, inautênticos, da pedagogia de sua libertação. Somente na medida em que se descubram "hospedeiros" do opressor poderão contribuir para o planejamento de sua pedagogia libertadora. Enquanto vivam a dualidade na qual ser é parecer e parecer é parecer com o opressor, é impossível fazê-lo. A pedagogia do oprimido, que não pode ser elaborada pelos opressores, é um dos instrumentos para esta descoberta crítica - a dos oprimidos por si mesmos e a dos opressores pelos oprimidos, como manifestação da desumanização (...)” (p.17) Para os professores que tomam postura de “opressor” não é favorável o pensar autêntico, que reduz suas concepções na tentativa de transformar o homem em seu contrário, que é o ser que não pensa por si mesma na sua antológica. Os que por sua vez executam a educação “bancária”, dita por Freire, resolutamente ou não seus “depósitos”, encontra-se as contradições que se recobre de forma exterior ocultando-as, cedo ou tarde os próprios “depósitos” acabariam trazendo confronto com a realidade em vir a serem os educandos que até então se encontraria em estado passivo, indo contra a sua própria educação. Então os homens como seres que sempre estão em busca do “ser em si” em humanizar-se, num dado momento se dá com a contradição da “educação bancária” buscando a sua libertação. Já um educador humanista não espera por possibilidades, pois sabe que a educação é o reflexo do poder estrutural, que é difícil um educador manter um diálogo coerente onde essa estrutura não mantem um diálogo, Freire argumenta: “O professor que pensar certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem historicidade. Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro antes que foi novo e se fez velho e se "dispõe" a ser ultrapassado por outro amanhã”. (p.15) [Digite texto] A partir do momento em que o “educador bancário” começa a superar e viver a tal contradição da “educação bancária” deixaria de ser o opressor, aprenderia agora com os educandos da mesma forma que saberiam com eles, tomando esse posicionamento como sua tarefa, não mais desumanizando em prol da libertação. Quando em seu processo os educandos são mediados por objetos cognoscíveis onde na prática possuída pelo educador que os descreve aos educandos passiveis, acabam gerando um momento onde ninguém educa ninguém. Desta forma de que tudo se divide em duas partes distinguindo-as em suas partes, na ação do educador em seus momentos, em que ele no seu laboratório exercendo um ato cognoscente em frente ao devido “objeto”, enquanto prepara sua aula, e quando frente aos educandos narrando ou dissertando a respeito ao objeto exercendo seu ato. E com todo o conhecimento e comportamento adquirido desde se de sua infância até o seu contato com a escola é levada pelo aluno para sala de aula, e a falta de motivação de aprender, pois os alunos só se veem ter relações com seus colegas de sala tornando mais alguns dos problemas enfrentados pelo professor, passando a ser não apenas o detentor do saber, mas aquele que aprende junto com o aluno, ocorrendo o que foi dito por Freie, a troca de saberes. O professor tem que vivenciar a realidade em que seus alunos vivem, podendo envolver os conteúdos com o cotidiano dos mesmos, havendo uma maior compreensão dos assuntos, isso reflete em relatos de forma narradora ou dissertadora. A ênfase da educação é de forma preponderante desta forma causando um envolvimento direto e interesse dos alunos para aprender assuntos que eles poderiam ter uma maior dificuldade de absorção, assim os professores não sendo só transmissores de informação, não fazendo só perguntas, mas também envolvendo os alunos em sala. A Interdisciplinaridade em seu meio escolar A interdisciplinaridade é uma temática compreendida como uma forma de trabalhar em sala de aula, no qual apresenta um tema com abordagens em diferentes disciplinas. Compreender, entender as partes de ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, agregando-os saltando algo inovador, abrir sabedorias, resgatar possibilidades e passar o pensar fragmentado. Em uma busca constante de investigação, na tentativa de superação do saber. Deve ainda a interdisciplinaridade manter a atenção com relação aos conteúdos dentro da disciplina no que ecoa aos níveis de complexidades do conhecimento, de grande importância para a prática educativa, para que possa materializar os seus métodos de ensino. Estes princípios pedagógicos que estruturam as áreas de conhecimento destaca-se como principal, a interdisciplinaridade. “Para observância da interdisciplinaridade é preciso entender que as disciplinas [Digite texto] escolares resultam de recortes e seleções arbitrários, historicamente constituídos, expressões de interesse e relações de poder que ressaltam, ocultam ou negam saberes (Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002, pág. 88)”. Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema ou compreender um determinado fenômenos sob diferentes pontos de vista. “A interdisciplinaridade tem uma função instrumental”. Tratase de recorrer a um saber diretamente útil e utilizável para resolver às questões e aos problemas sociais contemporâneos (Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002, p. 34)” A interdisciplinaridade por Freire é fundamentada em dois pressupostos, em que o primeiro ele afirma que a interdisciplinaridade ainda não foi suficientemente compreendida, recebendo às vezes um tratamento equivocado e sua prática sendo transcorrida, como negação do conhecimento interdisciplinar, como fim em si mesmo ou simplesmente como junção das disciplinas. E no segundo pressuposto sendo tratada como uma visão fragmentada da educação e do mundo, e sua busca de uma concepção mais integradora e totalizadora na construção do conhecimento em que os valores e atitudes, são construídos em práticas sócias diferenciadas. A interdisciplinaridade surge como preocupação humanista, GOLDMAN (1979), além de um olhar para as ciências. Outros teóricos como PIAGET (1981, p.52), veem como uma forma de chegar a transdisciplinaridade, que seria uma etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas chegaria a um estágio em que as disciplinas não teriam mais fronteiras sobre elas. Atualmente, a interdisciplinaridade vem continuando em seu caminho pela (re)construção do conhecimento unitário e totalizante do mundo frente a divisão do saber. E essa noção na escola é feita em práticas e reflexões na integração de conteúdos e a interação entre o ensino e pesquisa. A escola é de aprendizagem que tem produção e reconstrução de conhecimento, com as mudanças e desenvolvimento da sociedade começam a surgir novas necessidades de seguir as transformações da ciência contemporânea, abraçando de forma simultânea as exigências interdisciplinares que hoje participam da construção de novos conhecimentos. E é dever da escola acompanhar o ritmo das mudanças que se operam em todos os segmentos que formam a sociedade, em que o mundo estará cada vez mais interconectado, interdisciplinar e complexo. Frigotto (1995) atenta que na produção científica, existe grandes dificuldades no trabalho interdisciplinar, e em seu cotidiano trabalho pedagógico, onde se percebe limites que seriam cruciais para o autor, onde a fragmentação da formação positivista e metafísica do docente, em que a formação de organização e do trabalho da escola e na vida sociais em geral constituídas por algumas barreiras, por vezes impraticável, para o trabalho interdisciplinar. [Digite texto] Freire em Pedagogia do oprimido vê o trabalho interdisciplinar como um processo que se constrói. “A interdisciplinaridade é o processo metodológico de construção do conhecimento pelo sujeito com base em sua relação com o contexto, com a realidade, com sua cultura. Busca-se a expressão dessa interdisciplinaridade pela caracterização de dois movimentos dialéticos: a problematização da situação, pela qual se desvela a realidade, e a sistematização dos conhecimentos de forma integrada e interdisciplinar. Uma vez que o processo educativo social é interdisciplinar a educação da escola formal deve se dar da mesma forma”. (1987) Assim todo conhecimento desenvolvido pelo aluno, se torna uma construção do professor como a ponte para os saberes, trabalhados no contexto do aluno, junto ao conhecimento prévio que o aluno traz de sua vida cotidiana, no momento da troca de saberes. DADOS DA PESQUISA Na pesquisa foi feito um questionário e aplicado no Colégio Municipal Centro Educacional Cruzalmense, que está localizado na cidade de Cruz das Almas no estado da Bahia. Com o intuito de exibir o relatos de alunos, como é a relação intrapessoal professor-aluno em sala, onde eles falam sobre as dificuldades do ensino, e a construção dessa relação em aula de alguns professores, se de alguma forma intimidam esses discentes na forma em que lecionam. São alunos do 3ºano ensino médio, e vários fatores contribuem para que isso ocorra e que acaba se repetindo com uma dada frequência, muitas das vezes o problema já vem na má formação desses profissionais, ele não conseguem reverter a indisciplina e acabam se exaltando passando a ser o sujeito depositor de informações e querendo apenas o silêncio como dúvida, assim não tendo o trabalho interdisciplinar em sala de aula. Gadotti e Guimarães, Freire (1995) na obra Pedagogia: Diálogo e Conflito, eles argumenta que o educador para se tornar um revolucionário eficiente na medida em que amplia sua visão política, em quanto a sua opção de classe. E um educador reacionário, faz de sua trajetória como o detentor do conhecimento, de quem assimila e transfere tal conhecimento para o aluno, e isso sustenta a caminhada metodológica, enquanto em meios diferentes para resultados e ações diferenciadas. Na tabela abaixo se pode visualizar algumas respostas que podem ser surpreendentes para alguns, pelo fato de possuir uma ideia “democrática” do ensino. [Digite texto] ALUNO A B C D E Possui algum professor, que lhe impõe os assuntos ensinados em sala? Como? Sim. Alguns não aceitam a nossa opinião. Sim, pois se não fazer o trabalho perde ponto. Com certeza, ele fica ameaçado os alunos. Sim. Querendo que o assunto seja entendido do jeito que ele quer. Tem uma que quer aprendam do jeito que ela quer explicar e acabamos não entendendo. Você já se sentiu oprimido em sala de aula? O professor lhe dar espaço para que haja diálogo em sala? Sim. Não Já, várias vezes. Não Algumas vezes Alguns professores deixam outros não, por pura ignorância. Sim, na redação. Algumas vezes, porque eles gostam de disfarçar como os alunos. Sim. Para saber se está entendendo o assunto. Sim, pois eles querem um diálogo na sala para saber nosso rendimento. Bom humor e usando métodos interessantes, para dar os assuntos, como o uso da tecnologia. Um professor que explique bem e conheça as dificuldades dos alunos em cada matéria. De uma maneira divertida e de fácil compreensão. Com calma, explicando o assunto de uma forma mais fácil de entender. Que sege uma aula divertida e bem agradável a todos. Como você sugere que o professor conduza a aula? Pode-se observar que a relação professor e aluno estão bem comprometidos em alguns aspectos nesta unidade escolar, não é difícil perceber que a forma de lecionar desses docentes que os alunos retratam não é adequada, sendo de forma autoritária, sem nenhuma menção da relação intrapessoal professor-aluno, que é o que constrói os saberes de forma que tenha o diálogo em sala onde se inicia a construção do trabalho interdisciplinar entro o professor, desenvolvendo os conteúdos de outras disciplinas, e a formação do aluno como cidadão. Se for levar em consideração a idade desses alunos que é entre 16 a 18 anos e que estão concluindo o ensino médio, nos deparamos como caso complicado. Pois eles estão saindo com essas conclusões dos docentes e uma questão surge: Se alguns deles resolver ser professor, o que podemos esperar? Não foi difícil observar a vontade que muitos deles têm em devolver tudo o que os professores lhe proporcionam. Quando perguntado aos estudantes suas sugestões, fica claro que eles sentem a necessidade de que professor tenha uma melhor relação em sala com os mesmo, e que o professor se utilize de outros meios de se trabalhar com os conteúdos junto com as mudanças de seus contexto junto ao desenvolvimento da sociedade com outros meios tecnológicos, deixando de lado a forma rígida de trabalho do professor como ser autoritário. A faculdade atualmente, carrega um fardo que é de “reciclar” e “reeducar” os estudantes, constatamos um problema que vem desde a base escolar, onde alunos não são alfabetizados de fato, [Digite texto] saber ler e escrever não é o que se pode ressaltar, mais entender o que está lendo e escrevendo em atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar ideias no papel por meio da escrita, nem fazer operações matemáticas mais elaboradas. Nesse pequeno questionário que teve de ser reescrito para vim a ser exposto, diversos erros gramaticais foram encontrados. No Brasil, há aproximadamente 14 milhões de Analfabetos absolutos e um pouco mais de 35 milhões de Analfabetos funcionais, conforme as estatísticas oficiais. Segundo dados do IBOPE (2005) , o Analfabetismo funcional atingiu cerca de 68% da população. O censo de 2010 mostrou que um entre quatro pessoas são analfabetas funcionais (porcentagem é de 20,3%). O problema maior está na Região Nordeste, onde a taxa chega a 30,8%. Já Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF) divulgou em 2012 que a taxa de jovens e adultos entre 16 e 52 anos chega a atingir 52% da população, isso significa que essas pessoas têm restrições para compreender e interpretar textos usuais sabe decodificar minimamente as letras, frases, textos curtos e os números, não desenvolve habilidade de interpretação de textos e de fazer operações matemáticas. Quando comparados com os dados de 2011, os percentuais de analfabetismo funcional entre as regiões do Brasil, nota-se que o Nordeste e o Sudeste tiveram melhorias mais significativas: de 45% para 29% e de 32% para 14%, respectivamente. Já em relação à faixa etária, o destaque é para aqueles entre 35 e 49 (de 46% para 30%), mesmo assim ainda permanecendo como a faixa etária na qual há mais analfabetos funcionais. Quando avaliada a etnia, os números são mais expressivos na população que se denominam como preto-negra, assim, 29% dos mesmos são considerados analfabetos funcionais, porém esse valor é de 23% entre os pardos e de 14% entre os brancos. Esses dados servem para analisarmos que não é uma realidade isolada de uma dada região, mas sim do país, possuímos uma educação que ainda é deforma programada ainda nos níveis básicos, o que implica na má qualificação profissional e oportunidades de estudos. CONCLUSÃO Vários fatores implicam para uma educação mecanizada, desde desfalques e precariedade na formação do professor até a ação do próprio “ser” em lecionar e estudar, em que o mesmo não age como um verdadeiro educador, que não enxerga o aluno como só como um “depósito” de informação, assim não se pode identificar de forma direta o que leva em uma sala de aula o ensino [Digite texto] trabalhado seja de forma bancária, e que o professor não trabalha, de forma interdisciplinar com os conteúdos, além da dificuldade que se dá com alunos que sofrem com a disfunção do analfabetismo funcional como umas das diversidades encontradas pelo professor , pois são prejuízos adquiridos durante séculos. O que se deve pensar é que podemos ser capazes de efetivar melhorias, através de ações simples. O estudante de licenciatura tem como “obrigação” valorizar a profissão docente, é de conhecimento que não é um ramo valorizado em relação a salários e condições de trabalho. Mais se cada professor procurar ensinar de forma mais dinâmica e comprometedora com a profissão que escolheu, pode sim fazer diferente. O que se deve é esperar pelo outro, é um processo evolutivo que se vence a cada dia. Junto a existência ainda de um ensino autoritário em sala, ainda existe do analfabetismo funcional entre os estudantes da escola básica, e que no decorrer dos tempos ouve uma mudança nas características dos alunos, em que ouve um aumento no numero de jovens que entraram nos números de analfabetos funcionais, mudando assim o ponto de vista do que poderia estar causando essa disfunção na educação. Devemos também olhar mais para os professores, que necessita de melhorias nos cursos de formação dos docentes, e uma remuneração mais adequada, com maior capacitação continuada. Mesmo com tamanho trabalho, seria um investimento para qualidade da educação e é a única forma para que possa reverter esse quadro educacional brasileiro. Ser o sujeito autônomo e opressor já se analisou que não é o melhor resultado, precisa-se dá incentivo. Professor e aluno não se podem olhar com diferenças, é um constante aprendizado onde um aprende com o outro. Finalizo aqui essas inquietações com o desejo que possam ajudar aos futuros docentes a rever suas metodologias de ensino e que sempre devemos nos colocar no lugar do outro “sujeito”. REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia, 1996. Pág. 12 - 35. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Ed. 17º, Rio de Janeiro 1987; p.17. [Digite texto] FRIGOTTO, G. A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas ciências sociais. In: JANTSCH, A, & BIANCHETTI, L. (Orgs.) Interdisciplinaridade para além da filosofia do sujeito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. PIAGET, J. Problémes Géneraux de la Recherche Interdisciplinaire et Mécanismes Communs. In: PIAGET, J., Épistémologie des Sciences de l'Homme. Paris: Gallimard, 1981. Instituto Paulo Montenegro e Ação Educativa: mostram evolução do analfabetismo funcional. Disponível em: < http://www.ipm.org.br/ipmb_pagina.php?mpg=4.02.01.00.00&ver=por> Acesso em: 15 de jun/2013. Gadotti, M., Freire, P., & Guimarães, S. (1995). Pedagogia: diálogo e conflito. 4. ed. São Paulo: Cortez [Digite texto]