MINISTÉRIO
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Koninkrijk derNederlanden
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M I N I S T É R I O DA CULTURA
FUNDAÇIO B I B L I O T E C A
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NACIONAL
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Museu Nacional de Belas Artes
Presidente da República
Luís Inácio Lula da Silva
Ministro da Cultura
Gilberto Passos Gil Moreira
Secretário do Patrimônio Histórico, Museus e Artes Plásticas
Márcio Meira
Presidente do IPHAN
Maria Elisa Costa
Diretora do MNBA
Heloisa Aleixo Lustosa
QC/ PPweâevuxi QjffoÁwwleMi no , /jraát/
21 d e m a r ç o a 30 d e a b r i l d e 2003
M u s e u Nacional de Belas A r t e s
Sala B e r n a r d e l l i
p r e s e n ç a holandesa no Brasil
É com muito prazer e alegria, e como torcedor entusiasta do Rio
de Janeiro e do Brasil, que escrevo a abertura deste estimulante
catálogo, que vem demonstrar o quanto são entrelaçadas a cultura e a história de Brasil e Holanda.
Juntos, os dois países têm uma longa e interessante história, que
é conhecida de todos nós, mas que na Europa, e mesmo na Holanda, nem sempre recebe a atenção e a estima que merece.
A bagagem cultural e o espírito empreendedor e humanista de
Maurício de Nassau e seus companheiros aqui criaram raízes e
influenciaram positivamente o pensamento brasileiro. Percebo,
com alegria, como os amigos brasileiros gostam sempre de apontar
orgulhosos para a descendência holandesa.
Existe uma grande afinidade entre nossos povos, o que se reflete
no grande número de holandeses no Brasil e de brasileiros na
Holanda, e nos muitos casamentos e amizades que daí resultaram.
AUTOR DESCONHECIDO escola holandesa
Retrato de João Maurício de Nassau-Siegen
óleo sobre tela
Uma outra resultante é o intercâmbio, a troca, sempre estimulante
entre nossas civilizações. Quantos brasileiros têm contribuído
para a manifestação do espírito artístico na Holanda, através
do cinema, da música, das artes plásticas? Quantos holandeses
- entre eles Frans Post, apresentado nesta exposição - têm
contribuído nas áreas da pintura, fotografia e outras expressões
artísticas da cultura brasileira?
Espero que "A presença holandesa no Brasil" contribua para o
aprofundamento da amizade que une nossos países, e para uma
ainda maior apreciação de nossa história comum. Que seja vista
como uma prova da paixão, afinidade e entusiasmo que sentem os
holandeses pelo Brasil.
Ronald Brouwer
Cônsul-geral dos Países Baixos no Rio de Janeiro
iO A p r e s e n ç a h o l a n d e s a n o B r a s i l Mutwu Nacional de Belas Arte»
Em comemoração à visita oficial ao Brasil de Sua Majestade, a
rainha Beatrix, o Museu Nacional de Belas Artes expõe parte de
seu acervo de arte holandesa.
São obras de uma importante coleção, pinturas e gravuras do
século XVII, com destaque para as oito paisagens de Frans Post,
primeiro artista europeu a registrar o aspecto paisagístico brasileiro e integrante da comitiva de Johannes Mauritius de Nassau.
Algumas obras expostas foram especialmente restauradas com o
apoio do Consulado-Geral dos Países Baixos, a quem deixamos
registrado nossos agradecimentos.
JAN PIETER BRUEGHEL
Bruxelas, 1628 - Antuérpia, c.1670
Flores
óleo sobre tela
Aberta para visitação a partir do dia 20 de março de 2003, convém
registrar que, além de pinturas e gravuras que integram o acervo do Museu Nacional de Belas Artes, a exposição "A presença
holandesa no Brasil" também contará com a participação da
Biblioteca Nacional, através do empréstimo de outras obras raras.
No caldeirão das influências que recebemos e transformamos,
os estilos artísticos europeus - em especial os desenvolvidos na
Holanda - constituem uma parcela significativa da herança cultural brasileira.
Heloísa Aleixo Lustosa
Diretora do Museu Nacional de Belas Artes
Muaeu Nacional de Bela* Artea A p r e s e n ç a h o l a n d e s a no Hrasil
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O passado e o presente holandês no Brasil
Paulo Reis, Curador
MELCHIOR HONDECOETER Utrecht, 1636 - Amsterdam, 1695
Cisnes e pavões
óleo sobre tela
A mostra "A presença holandesa no Brasil" apresenta uma leitura
contextualizada de dois ricos acervos que aqui chegaram no século XIX, quando D. João VI transferiu a corte para o Brasil,
trazendo consigo a Pinacoteca e a Biblioteca Real Portuguesa. Hoje,
esses acervos estão separados, mas suas histórias marcam um
dos muitos momentos significativos das relações culturais entre
o Brasil e os Países Baixos (Nederlands). Aliás, convém o uso do
termo neerlandês para designar pintores holandeses, flamengos,
zelandeses, entre tantos outros habitantes das províncias que
formam o Reino Unido dos Países Baixos.
Do rico acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, um conjunto de pinturas dos mestres do século XVII, incluindo
oito paisagens de Frans Post. Já o acervo da Fundação Biblioteca Nacional é representado pelas gravuras aquareladas de Frans
Post, que ilustram Rerum per Octennium in Brasília, de Gaspar
Barléus. O livro narra a história do chamado Brasil holandês,
período rico de realizações artísticas e científicas promovidas por
Maurício de Nassau, em Pernambuco. "A presença holandesa no
Brasil" une o passado e o presente dos neerlandeses e brasileiros,
sobre imagens, viagens, conquistas, domínios, migrações, culturas
que se misturaram ao longo de quatro séculos.
FRANS JANSZOON POST Leyden, 1612 - Haarlem, 1680
Paisagem de Pernambuco
óleo sobre madeira
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A p r e s e n ç a h o l a n d e s a n o Brasil Mutwu Nacional de Belas Arte»
MICHIEL JANSZOON VAN MIEREVELT Delft, 1567 - 1641
Retrato de nobre holandês e Retrato de nobre holandesa
óleo sobre tela
No primeiro segmento da mostra, obras de Roeland Savery,
Melchior Hondecoeter, Jan Pieter Brueghel, Michiel J. Mierevelt
e David Beck, juntamente com gravuras de Rembrandt van Rijn,Anton van Dyck, Adriaen van de Velde, Adriaen van Ostade,
Cornelis de Visscher, Cornelis Pietersz Bega e Jan Edelinck, entre
outros mestres, contextualizam os diversos estilos que compõem
a pintura neerlandesa, seja de holandeses ou flamengos. No segundo momento, a pintura de paisagem de Frans Post faz a
ligação com o núcleo posterior - as gravuras de Barléus. Sendo
um paisagista da escola de Haarlem, cidade onde floresceu esse
importante gênero, Post foi o artista escolhido por Maurício de
Nassau para retratar a paisagem brasileira, e com ele trouxe
os ensinamentos de um dos mais admirados gêneros de pintura
daquele período.
A ligação se estabelece naturalmente porque Frans Post pintou
cenas brasileiras e seus desenhos se tornaram as gravuras
aquareladas do livro de Barléus, que, impresso na tipografia de
Joannis Blaeu, tem na folha de rosto retrato de Nassau assinado
por Theodoro Matham. O livro é composto de 56 gravuras, das
quais 31 são cenas da frota, combates navais, paisagens e
vistas marinhas, sendo que 27 são assinadas por Frans Post. A
edição apresentada nesta mostra, pertence ao acervo de obras
raras da Biblioteca Nacional; foi impressa em Amsterdam, em
1647, e presenteada, na época do seu lançamento, a D. João IV
pelo embaixador de Portugal na Holanda, Francisco de Souza
Coutinho. O exemplar veio para o Brasil em 1808.
No período do Brasil holandês (1638-1644), o conde Maurício de
Nassau, que governou Recife, patrimônio mundial que extravasa
fronteiras, promoveu grande florescimento científico e artístico,
e obras de Frans Post e de Albert Eckhout, entre outros nomes,
foram incorporadas aos acervos internacionais que revelam a
importância desses artistas para a compreensão da história que
une o Brasil à Holanda, desde o século XVII até os dias de hoje.
As pinturas de Frans Post, feitas em Pernambuco no século XVII,
estão acompanhadas das fotografias do holandês Bart Sorgedrager. O fotógrafo, nascido em Terborg, em 1959, viajou pelo Brasil
no inicio dos anos 90 para "documentar" o estabelecimento de
comunidades holandesas em diversos estados brasileiros. As fotos, que revelam o modo de vida dos holandeses em pleno século
XX, compõem o último módulo da mostra. Quatro séculos depois
da missão nassoviana, Bart toma o lugar de Post e nos mostra retratos, paisagens e interiores de sua gente no mesmo lugar exótico
que Post conheceu no passado. Os "documentaristas" Frans Post e
Bart Sorgedrager nos revelam visões - pessoais - de dois momentos do Brasil.
Nossa intenção foi, além de reunir novamente os acervos holandeses do Museu Nacional de Belas Artes e da Fundação Biblioteca Nacional, contextualizar o passado e o presente nas relações
Brasil-Holanda. "A presença holandesa no Brasil" fundamenta-se
sobre o passado e o presente, reflexo dos laços humanos, culturais
e históricos que unem o Brasil, os Países Baixos e Portugal, por
isso gostaríamos de render homenagens a duas figuras reais, o
conde Maurício de Nassau e D. João VI que, com suas sensibilidades, nos legaram essas heranças.
Muaeu Nacional de Bela* Artea A p r e s e n ç a h o l a n d e s a no Hrasil
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Pinturas h o l a n d e s a s e flamengas
no acervo do Museu Nacional de Belas Artes
Zuzana Paternostro, Historiadora da Arte
A coleção de pinturas holandesas e flamengas constitui uma
parte valiosa do acervo do Museu Nacional de Belas Artes do
Rio de Janeiro. Reflete a importância histórico-social para a cultura e a arte do nosso país, tendo como destaque as oito extraordinárias paisagens brasileiras criadas por Frans Janszoon
Post (1612-1680). Além delas, outras obras muito valiosas constituem exemplos magníficos da pintura holandesa e flamenga do
século XVII, que abrange um leque de gêneros pictóricos dos mais
característicos da época em questão.
Ao lado das pinturas de Post, que retratam aspectos geográficos
e étnicos do Brasil, no acervo do MNBA ainda se incluem outros
exemplos do gênero. Entre elas, duas obras de Jacob de Heusch
(1657-1701) que, assim como fizeram outros artistas dos Países
Baixos, também empreendeu uma viagem à Itália, país onde
conheceu a obra dos pintores Gaspar Dughet (1615-1675) e Salvator Rosa (1615-1673). As duas pinturas de Heusch que integram o
acervo do MNBA: Castelo à beira-mar e, principalmente, Porto de
mar representam o elevado grau de desenvolvimento alcançado
pelo paisagismo holandês no cenário europeu.
Um dos mais importantes quadros do acervo holandês do MNBA,
que consegue conjugar paisagem, animais e plantas, é Paraíso
terrestre de Roeland Savery. Esta obra pertence a uma série
pintada na corte do imperador Rodolfo II em Praga (Boêmia), onde
Savery desenvolveu cenas ricas em flora e fauna, dos diferentes
continentes até então conhecidos.
Em se tratando de pintura do gênero natureza-morta,.que vem a
ser um substrato da paisagem, notam-se as características individuais de diferentes escolas, surgidas no âmbito de famílias de
artistas exercendo heranças pictóricas dos seus próprios antepassados. Estes artistas operaram verdadeiros registros da natureza
resgatados em um instante do seu tempo cronológico, tão passageiro e fugaz.
iO
A p r e s e n ç a h o l a n d e s a n o Brasil Mutwu Nacional de Belas Arte»
Entre estes últimos, destacam-se os quadros da família
Hondecoeter, originária de Utrecht: a obra mais antiga deste
acervo do MNBA é um quadro de aves domésticas pintado
por Gysbert Hondecoeter (1604-1653), intitulado Basse-cour.
Recentemente restaurado, apareceram suas cores brilhantes e
profundas devolvendo-lhe a sua qualidade original. J á seu filho
Melchior Hondecoeter (1636-1695), autor da pintura Cisnes e
pavões, preferiu aves nobres muito apreciadas na época, que
conferem ao quadro, já imponente pelo tamanho, um lugar de
destaque e uma aparência elegante.
As obras da família Brueghel, originária de Antuérpia, são
representadas pela pintura de um delicado buquê de Flores, de
Jan Pieter Brueghel (1628-c. 1670) - uma obra pintada após o
ano de 1665, segundo pesquisas recentes. Outras duas naturezasmortas (a primeira com frutas e a segunda com flores) são de
autoria de Abraham Brueghel (1631-1697), que, ainda jovem,
viajou para a Itália, onde trabalhou para poderosas famílias
romanas, como os Borghese e os Pamphili. Seus quadros estão
bem afinados com as pinturas dos italianos Ruoppolo (1629-1693)
e Giuseppe Recco (1634-1695).
Para concluir, é oportuno lembrar o quadro de Jean-Baptiste
Bosschaert (1667-1746), Grande vaso com flores, uma pintura
posterior a todas as outras já mencionadas, que impressiona pelo
tamanho da composição, pela profundidade espacial e pela segurança na execução de todos os elementos, tanto das flores quanto
dos detalhes arquitetônicos.
No gênero retrato, o Museu possui três quadros que representam
membros da família de Nassau: todos seguem a estética do retrato formal, que transmitia símbolos de poder e de virtude. O mais
antigo deste acervo, Retrato do conde João de Nassau-Siegen, é
da coleção de D. João VI. E uma cópia feita no século XVII da
obra de Anton van Dyck (1599-1641), cujo original (coleção do
príncipe de Lichtenstein) encontra-se, atualmente, na Gemalde
Galerie, de Viena (Áustria). O mais conhecido, Retrato de Maurício de Nassau, é uma variante (1666) do original de Pieter Nason (1612-1688/90?), que está no Muzeu Narodowe de Varsóvia
(Polônia).
ROELAND JACOBSZ SAVERY Courtrai, 1576 - Utrecht, 1639
Paraíso terrestre
óleo sobre madeira
Ao lado deles o MNBA possui, ainda, alguns outros originais,
tais como os retratos individuais de um casal, pintados pelo mestre Michiel Janszoon Mierevelt (1567-1641). Os retratos Nobre
holandês e Nobre holandesa, assim como Busto de homem, de
David Beck (1621-1656), constituem uma clara demonstração do
poder da sociedade protestante dos Países Baixos, e são preciosos
exemplos da famosa escola de retratística de Delft.
Além disso, uma outra obra nos chama a atenção: o retrato O
bêbado, atribuído a Matthias Stomer (c. 1600-c. 1650), artista
holandês ativo na Itália. Sua pintura foi influenciada pelo realismo de Gerrit van Honthorst (1590-1656) e, ainda, pelo naturalismo de Giuseppe Ribera (1588-1656), sendo característico para
Stomer o "tenebrismo" patente em toda a sua obra.
Cenas de gênero, retratando aspectos do cotidiano da sociedade
dos Países Baixos e de Flandres do século XVII, são registros fiéis
do comportamento e do modus vivendi daquele tempo. São, em
parte, resultado de encomendas; muitas delas, porém, também
foram concebidas a partir do interesse do artista pelo seu meio
social - e, portanto, constituem exemplos preciosos de percepção
psicológica da dinâmica de funcionamento da sociedade de então.
Entre os quadros com cenas de costumes deste acervo do MNBA
incluem-se Uma festa campestre, de Egidius van Gillis Tilborgh
(1625-1678), e Cena de aldeia, de David Teniers (1610-1696): ambos assinados e de excepcional qualidade, O primeiro, provavelmente pago, e o outro, surgido no rastro do interesse individual
do pintor.
A popularidade desses quadros refletindo os costumes era grande,
o que fez surgir diversas réplicas e cópias ao longo dos tempos.
Uma é a cópia Festa de Reis - pintada no século XVIII, segundo
o original (1670-72) Soo de oude songe, soo pypen de jongen (Enquanto os velhos cantam, os jovens chilreiam), de Jan van Steen
(1626-1679). Trata-se de um tema várias vezes pintado por Steen
e reproduzido em diversas cópias, na mesma época do original.
Outra obra, A fiandeira, de Gerard Ter Borch (1617-1681), é, do
mesmo modo, uma cópia do século XVIII que retrata a sua irmã
Gesina, (1652/53) e cujo original encontra-se no Museum W. Van
der Vorm, em Roterdam.
Nas pinturas holandesas e flamengas do século XVII, os temas religiosos e mitológicos eram representados em menor grau. O acervo do MNBA tem poucos quadros com essa temática. Entre eles,
destaca-se a pintura Ester perante Assuero, de Frans Francken
(1581-1642), um pintor de cenas religiosas por excelência. O
quadro do MNBA, inspirado no Livro de Ester do Velho Testamento, faz parte de uma série cujos exemplos encontram-se em
outros museus (Louvre, Paris; e Szépmuveszeti múzeum, Budapeste). Outra obra, Pégaso, de Jan Boeckhorst (1604-1668), é uma
composição, criada no ateliê de Pieter P. Rubens (1577-1640),
transmitindo com maestria a beleza e a pujança da pintura barroca praticada no Flandres daquele tempo.
Para finalizar convém, ainda, mencionar que, através dessas
observações sobre as obras do acervo holandês do MNBA que tão
bem exibem a época de esplendor que corresponde ao "século de
ouro", como costuma ser chamado, em relação à pintura, o século
XVII nos Países Baixos, podemos constatar que a coleção do Museu apresenta um valioso conjunto que oferece ao público interessado - e não apenas aos leigos - uma boa oportunidade de estudo
e de considerável fruição estética.
MUaeU Nacional de Bela* Artea A p r e s e n ç a h o l a n d e s a n o
Hrasil
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Gravuras holandesas e flamengas
no acervo do Museu Nacional de Belas Artes
Laura Abreu, Gabinete de gravura do MNBA
O segmento de gravura estrangeira, com aproximadamente 1.800
peças, possui um valor inestimável, traçando um breve panorama
da gravura ocidental. Nesse universo, as obras de gravadores flamengos e holandeses, ou neerlandeses, são uma parcela significativa da coleção. Sua origem está na incorporação de obras ao
acervo por meio de algumas compras (décadas de 1940 e 1950),
doações (1940 e 1960) e transferências da Escola Nacional de Belas Artes para o museu, em 1937.
A obra de Cornelis Cort (1533/36-1662) representa o Martírio
de Santo Estevão, judeu convertido e primeiro diácono da igreja
cristã. O artista nasceu em Hoorn, em 1533, transferiu-se para
Veneza, onde foi aluno de Ticiano (1485-1576). Seu reconhecido
talento proporcionou-lhe tão boa acolhida na Itália, que fundou
em Roma um ateliê; sua gravura influenciou muitos artistas italianos, alemães e flamengos.
REMBRANDT HARMENSZ VAN RIJN
Leyden, 1606 - Amsterdam, 1669
O Pai de Rembrandt, 1630
água-forte
Willem Jacobsz Delff (1580-1638) foi gravador do rei da Inglaterra. Desenhista, pintor e gravador, trabalhou muitos anos com
Michiel Mierevelt, recebendo, em 1622, a permissão para publicar
todos os seus trabalhos. Dele, o MNBA possui vinte e um retratos, cujo selecionado para a mostra foi Jan Mauritz von Nassau,
príncipe de Orange.
O museu possui cinco gravuras das mais importantes de um
dos maiores artistas de todos os tempos, Rembrandt van Rijn
(1606-1638). As três cruzes (1643) exibe a força das linhas que constroem a cena. Em O pai de Rembrandt, a maestria na utilização
da água-forte é marca do talento do artista. A matriz foi gravada
a partir do desenho original. Antes de Rembrandt, que escolheu e
adotou a técnica da água-forte como uma das formas de expressão
de sua arte, a gravura nos Países Baixos era feita basicamente
por meio de buril da escola de Goltzius.
Adriaen van Ostade (1610-1685), pintor de gênero e gravador, ingressou, em 1627, no ateliê de Frans Hals (1582/3-1666), teve seu
trabalho tocado pela arte de Rembrandt. Seus temas preferidos
eram paisagens, cenas de interior, a vida camponesa, como a obra
desta mostra: flagrante de uma cena familiar, em que duas mulheres estão com uma criança na janela de casa.
iO A p r e s e n ç a h o l a n d e s a no Brasil Mutwu Nacional de Belas Arte»
Cornelis de Visscher (1619/29-1662), desenhista, gravador a buril,
cuja técnica dominava com perfeição, destacado retratista, realizou suas gravuras a partir dos desenhos que traçava. A gravura
Frederico V, eleitor palatiiio e rei da Boêmia e Gabriel Bethlen,
príncipe da Transilvânia e Rei da Hungria retrata a aliança feita
entre os dois nobres na conquista da Hungria e a cidade de Bratislava,
que aparece na parte inferior da obra.
Cornelis Pietersz Bega (1620-1664) foi aluno de Adriaen van Ostade, sendo desenhista, pintor e gravador, teve inúmeros seguidores
e sua especialidade era retratar cenas da paisagem e do cotidiano
holandês. Cena de taberna é a obra que integra esta mostra.
Anton van Dyck (1599-1641), o ilustre representante de Antuérpia, estudou no ateliê de Pieter Paul Rubens (1577-1640). Van
Dyck colaborou em grandes trabalhos do mestre; considerados
gênios da pintura, realizaram, através da técnica da água-forte,
inúmeros retratos que lhe asseguraram renome internacional.
Cristo com coroa de espinhos é considerada uma das obras-primas
do artista, bem como o retrato Joanes Breugel é um exemplar
desse famoso conjunto de obras.
Gerard Edelinck (1640-1707) estudou em Anvers e, em 1665, pelo seu enorme talento, foi chamado a Paris para trabalhar sob a
direção de Nanteuil, um dos mais importantes retratistas franceses. Seu irmão, Jan Edelinck (1643-1680), também se notabilizou
na arte do retrato. De Gerard, mostramos Retrato do genealogista
Charles d'Hozier e de Jan, Jean André, conde de Morstin e (...).
A gravura em metal, surgida em inícios do século XVI, passou
a ser a técnica escolhida por uma série de autores e atingiu a
perfeição no século XVII, em especial nos Países Baixos, através
do trabalho de importantes artistas que escolheram-na como meio
de expressão de sua arte. Alguns podemos apreciar nesta mostra,
uma oportunidade ímpar de trazer ao público uma parcela importante do acervo de arte estrangeira do MNBA, em especial a da
gravura neerlandesa.
ANTON VAN DYCK Antuérpia, 1599 - Blackfriars, 1641
Joanes Breugel
água-forte
Muaeu Nacional de Bela* Artea A p r e s e n ç a h o l a n d e s a noHrasil\J
A p a i s a g e m de Frans Post
Paulo Reis, Curador
FRANS JANSZOON POST Leyden, 1612 - Haarlem, 1680
Siara
gravura em cobre
Frans Post (1612-1680), para a história da arte brasileira, é o
começo da pintura no país. Nascido em Haarlem, cidade-berço da
pintura de paisagem nos Países Baixos, para historiadores que
se debruçaram sobre sua pintura, como Joaquim de Souza-Leão
e Pedro Corrêa do Lago, o artista inaugura a tradição abaixo da
linha do Equador. No exterior, a obra de Frans Post está associada aos estudos dos historiadores Charles Boxer, P. J. Whitehead
e M. Boeseman sobre a colonização holandesa no século XVII. Os
trabalhos desses pesquisadores sobre as obras desaparecidas do
pintor orientam, de certa forma, os estudos atuais de Corrêa do
Lago sobre a autenticidade e procedência das pinturas feitas pelo
artista no chamado "período brasileiro".
Os historiadores não se cansaram de apontar Frans Post como o
primeiro pintor erudito a retratar a paisagem do Novo Mundo.
O pioneiro nessa afirmação foi Souza-Leão que sistematizou sua
descoberta na monografia Frans Post - seus quadros brasileiros,
publicada em 1937 pelo Governo do Estado de Pernambuco. Muito
mais que afirmar o pioneirismo do artista, Souza-Leão reconhece
e cataloga as obras feitas na sua estada no país e as que foram
feitas na sua volta à Holanda natal. As pesquisas do historiador
confirmaram a existência de duas obras pintadas pelo artista no
Brasil, datadas e assinadas entre 1638 e 1640, levantando suspeitas sobre outras cinco reconhecidas como feitas por Post no mesmo período.
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A p r e s v n v » holaiitlf.su n o B r a s i l M u — • Nm m n . i l tio Bolas A r t e s
Hoje o historiador Pedro Corrêa do Lago desdobrou a perspectiva
de Souza-Leão, afirmando que o artista pintou muito mais que
os oito quadros inicialmente localizados. Corrêa do Lago reconhece que Post talvez tenha produzido dezoito obras pintadas
no Nordeste brasileiro, enumerando as sete pinturas conhecidas,
acrescentando mais três como prováveis, e oito como possíveis,
configurando um estudo comparativo com obras gravadas e cópias
de suas pinturas. A assertiva do historiador se deu graças aos
estudos promovidos em cinco anos de busca de informações, agora
condensadas num catalogue raisonné, a ser lançado brevemente.
Se o Frans Post que assombra os estudiosos é aquele da paisagem
americana inaugural, deveria ser também o paisagista de uma
das mais importantes escolas neerlandesas, a da paisagem da
Guilda de São Lukas de Haarlem, que possibilitou obras-primas
do século XVII, que acabaria por fundar o realismo, escola que teria imenso impacto na arte do século XIX. Apesar de a história de
Frans Post conter muitas incertezas, como convém a um artista
do século XVII, bastaria, no entanto, observar suas obras para se
reconhecer o real valor do pintor no contexto da pintura do período chamado Século de Ouro da Pintura Hotóndesa, desligando-o
da pecha de documentarista, exótico, pré-Rousseau e uaif, como
querem alguns maledicentes. Estudos comparados de suas sete
obras brasileiras com as dos seus contemporâneos revelam que o
artista foi um seguidor dos postulados de sua escola, ou seja, da
Guilda de São Lukas, introduzindo referências aos mestres em
suas paisagens.
FRANS JANSZOON POST Leyden, 1612 - Haarlem, 1680
Vista de um engenho de cana de açúcar
óleo sobre madeira
A pintura de paisagem de Frans Post deixa transparecer a
discussão que se travava na Europa entre os pintores de tradição
realista, praticada pelos países calvinistas, em detrimento da busca pela perfeição na pintura italianizante da Europa católica. O
jovem Frans Post, ao chegar ao Brasil, trazia consigo os cânones
de uma das escolas mais conceituadas e respeitadas nos Países
Baixos, cujos ensinamentos determinavam que todo artista deveria representar a natureza livre da necessidade de prejulgamento, das representações antecipadas, visto que a natureza não
sofresse a deformação do olhar preconcebido; em outras palavras,
uma natureza virginal.
Alijado da herança e da tradição artística que portou consigo para
o Brasil, Frans Post foi chamado de documentarista em função
do seu papel na corte de Nassau. Essa prerrogativa é mais que
válida. Porém, se tomarmos as conclusões de E. M. Gombrich e
Seynour Slive sobre a natureza realista da pintura holandesa no
século XVII, podemos constatar que Frans Post manteve-se fiel
a sua herança, realizando obras consciente da natureza de sua
representação. Erroneamente tachado de exótico pelos que se debruçaram sobre sua obra, entendemos que a pintura de Frans
Post carrega elementos formais da pintura praticada nos Países
Baixos, aproximando suas paisagens dos mesmos ensinamentos
perpetrados pelos mestres de sua guilda: Salomon van Ruysdael,
J a n van Goyen e Pieter de Molijun, influenciados por Esaias van
de Velde, que lhes legou a composição como principal elemento da
boa pintura de paisagem.
Mesmo, não sendo obras do chamado período brasileiro, Paisagem
de Pernambuco, Paisagem da Paraíba, Mocambos, Olinda, Engenho de cana, Igreja de São Cosme e São Damião em Igarassú,
Paisagem de várzea e Vista de um engenho de cana de açúcar, integrantes do acervo de pintura estrangeira do MNBA, têm grande
importância para a nossa história, pois constituem valiosas obras
do começo da arte brasileira.
É preciso fazer um exame dessas representações sob o prisma
da pintura de paisagem neerlandesa, observando os cânones e
conteúdos e, sobretudo, entender as razões de sua própria natureza, por que e para que foram feitas. Queremos reconstruir
o imaginário da paisagem brasileira, nos princípios da pintura
neerlandesa, origem de Frans Post, para podermos dimensionar
seu verdadeiro valor.
Muaeu Nacional de Bela* Artea A p r e s e n ç a h o l a n d e s a no
Hrasil
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ABRAHAM BRUEGHEL Antuérpia, 1631 - Nápoles, 1697
DAVID TENIERS Antuérpia, 1610 - Bruxelas, 1696
i Natureza-morta com frutas
7 Cena de aldeia
óleo sobre tela, 72 x 97cm
óleo sobre madeira, 40 x 60cm, assinada: D. Teniers
Coleção D. Joãò VI, 1821
Permuta Palácio do Catete, 1948
2 Natureza-morta com flores
EGIDIUS VAN GILLIS TILBORGH Bruxelas, 1625 - 1678
óleo sobre tela, 72 x 97cm
8 Uma festa c a m p e s t r e
Coleção D. João VI, 1821
óleo sobre tela, 110 x 50cm, assinada: G. Tilborgh
Compra Ângelo Antonio Rosea, 1874
AUTOR DESCONHECIDO escola holandesa
3 Festa de reis
FRANS FRANCKEN, O JOVEM Antuérpia, 1581 -1642
óleo sobre tela, 81 x 91,5cm, sem assinatura
9 E s t e r p e r a n t e Assuero
Cópia do séc. XVIII do original de J a n Van Steen (Leyde, 1626 - 1679)
óleo sobre madeira, 56 x 86cm, assinada: (ilegível)
Doação Salvador de Mendonça, 1890
Doação Mosteiro de São Bento, 1956
iA
FRANS JANSZOON POST Leyden, 1612 - Haarlem, 1680
fiandeira
óleo sobre madeira, 31 x 28cm, assinada: GTB
io Paisagem de várzea
Cópia do séc. XVIII do original de Gerard Terborch
óleo sobre madeira, 38 x 57,2cm, sem assinatura
(Zwolle, 1617 - Deventer, 1681), Compra Jurg Aanschen,1952
Doação Governo Real da Holanda, 1922
r> Retrato de João Maurício de Nassau-Siegen
ver página 6
n Paisagem de Pernambuco
ver página 8
óleo sobre tela, 125 x 96cm, sem assinatura
óleo sobre madeira, 34,3 x 47,3cm, sem assinatura
Cópia do séc. XVIII segundo de Piet Nason (Haarlem, 1612- 11689)
Permuta Palácio Guanabara, 1941
Doação J.A. Gerken, 1922
12 Paisagem da Paraíba
DAVID BECK Delft, 1621 - Haya, 1656
i; Busto de h o m e m
óleo sobre madeira, 45,4 x 53,7cm, assinada: F. Post
Permuta Palácio Guanabara, 1941
óleo sobre tela, 71 x 56cm, sem assinatura
Doação Barões de S. Joaquim, 1922
13 Mocambos
óleo sobre madeira, 34 x 51cm, assinada: F. Post 1659
Permuta Palácio Guanabara, 1941
iO A p r e s e n ç a h o l a n d e s a n o B r a s i l Mutwu Nacional de Belas Arte»
14 Olinda
JEAN-BAPTISTE BOSSCHAERT Antuérpia, 1667 - 1746
óleo sobre tela, 79 x lll,5cm, assinada: F. Post
22 Grande vaso com flores
Permuta Palácio Guanabara, 1941
óleo sobre tela, 147 x 214cm, assinada: Bosschaert
Compra Joaquim Lebreton, 1815
15 Engenho de cana
óleo sobre tela, 90,8 x 115,5cm, sem assinatura
JAN PIETER BRUEGHEL Bruxelas, 1628 - Antuérpia, c.1670
Permuta Palácio Guanabara, 1941
23 Flores v e r p á g i n a 7
óleo sobre tela, 80 x 60cm, assinada: Jan de Brueghel
16 Igreja de São Cosme e São Damião e m Igarassú
Doação Salvador de Mendonça, 1890
óleo sobre madeira, 33,4 x 41,4cm, assinada: F. Post
Compra Afrânio de Mello Franco,1942.
MATTHIAS STOMER Amersfoort, c. 1600 - Sicília, Itália, c. 1650
2i O bêbado
17
Vista de um engenho de cana de aÇUCar
ver página 15
óleo sobre madeira, 25,7 x 41,4cm, assinada: F. Post
óleo sobre tela, 77 x 57cm, sem assinatura
Doação Barões de S. Joaquim, 1922
Compra Mendel Wolf Einhorn,1949
MELCHIOR HONDECOETER Utrecht, 1636 - Amsterdam, 1695
GYSBERT-GILLISZ HONDECOETER Utrecht, 1604 - Amsterdam, 1653
25 Cisnes e pavões ver página 8
ir Basse-cour (O galinheiro)
óleo sobre tela, 145 x 211,5cm, assinada: M. Hondecoeter
óleo sobre tela, 114 x lOOcm, assinada: Hondecoeter
Permuta Palácio Laranjeiras, 1957
Compra Willen Lendert van Dish, 1952 (em restauração)
MICHIEL JANSZOON VAN MIEREVELT Delft, 1567 - 1641
JACOB DE HEUSCH Utrecht, 1657 - Amsterdam, 1701
19 Castelo à beira-mar
óleo sobre tela, 35,5 x 60,5cm, sem assinatura
Compra Jerônimo Silvano, 1888
Retrato de nobre holandês
óleo sobre tela, 110 x 80cm, sem assinatura
Doação Cláudio de S. Vincenzi, 1891 (em restauração)
27
ao Porto de mar
óleo sobre tela, 36 x 60cm, sem assinatura
ver página 9
Retrato de nobre holandesa
ver página 9
óleo sobre tela, 110 x 80cm, sem assinatura
Doação Cláudio de S. Vincenzi, 1891
Compra Jerônimo Silvano, 1888
ROELAND JACOBSZ SAVERY Courtrai, 1576 - Utrecht, 1639
J A N B O E C K H O R S T Münster, 1604 - Antuérpia, 1668
28 O paraíso terrestre \< . página n
2i Pégaso
óleo sobre madeira, 55 x 91cm, assinada: Roeland Savery
óleo sobre tela, 133 x 168cm, sem assinatura
Doação Barões de S. Joaquim, 1922
Coleção D. João VI, 1821
M u s e u Nacional de Itelas Artes A p r e s e n ç a h o l a n d e s a n o B r a s i l
i 7
Gravuras
Acervo Museu Nacional de Belas Artes
ADRIAEN VAN OSTADE Haarlem, 1610 - 1685
CORNELIS PIETERSZ BEGA Holanda, 1620 - 1664
1 Duas mulheres com criança na janela
7 Cena de Taberna, c. 1635/1664
água-forte, 9 x 7cm, assinada
água-forte, 10,2 x 10,4cm, sem assinatura
Compra, Anita Orientar, 1942
Doação, José Paulo Morteira da Fonseca, 1964
ANTON VAN DYCK Antuérpia, 1599 - Blackfriars, 1641
GERARD EDELINCK Antuérpia, 1640 - Paris, 1707
2
J o a n e s Breugel
ver página 13
8 Retrato do genealogista Charles d*Hozier, 1691 cópia da obra
água-forte, 24,7 x 17,7cm, assinada
original de Hyacinttie Rigaud, dito Rigau Y Ros, buril,
Transferência, Escola Nacional de Belas Artes, 1937
46,9 x 35cm, assinada
Compra, Maria dos Anjos Leon da Silveira, 1944
i J e s u s coroado de espinhos
água-forte, 24,7 x 17,7cm, assinada
JAN EDELINCK Antuérpia, c.1643 - Paris, 1680
Doação, Pedro Martins Caldas Xéxeo
a Jean André, Conde de Morstin e (...)
buril e água-forte, 34,1 x 25,4cm
AUTOR DESCONHECIDO escola holandesa
Procedência desconhecida (em restauração)
I Retrato de Martinus Van Velde, 14001/1500
buril e água-forte, 28,5 x 37cm, sem assinatura.
Transferência, Escola Nacional de Belas Artes, 1937 (em restauração)
REMBRANDT HARMENSZ VAN RIJN Leyden, 1606 - Amsterdam, 1669
ío O Pai de Rembrandt, 1630 ver página 12
água-forte, 10,3 x 8,4cm, assinada
CORNELIS CORT Hoom, 1533/36 - Roma, 1578
Compra, Anita Orientar, 1942
.Martírio de Santo Estevão, 1576
cópia da obra original de Marcelus
buril, 58,6 x 43,2cm, assinada
Transferência, Escola Nacional de Belas Artes, 1937
CORNELIS DE VISSCHER Haarlem, 1619/29 - 1662
e Frederico V, eleitor e rei da Boêmia, 1641/1660 buril e água-forte,
20,8 x 16,3cm, assinada
Transferência, Escola Nacional de Belas Artes, 1937
iO A p r e s e n ç a h o l a n d e s a n o Brasil Mutwu Nacional de Belas Arte»
11 As três cruzes
ponta-seca e buril, 33,4 x 39,lcm, assinada
Compra, Auke Anne Tédma, 1950
WILLEM JACOBSZ DELFF Delft, 1580-1638
12 Príncipe Maurício, 1625
buril, 41,2 x 29,lcm, sem assinatura
Transferência, Escola Nacional de Belas Artes, 1937
F R A N S J A N S Z O O N P O S T Leyden, 1612 - Haarlem, 1680
Livro Rerum per Octennium in Brasília, de Gaspar Barléus,
gravura em cobre, pintado a mão, 42,5 X 55,5cm, Amsterdam, 1647
i Mauritiopolis
•2 Portus Calvi
.] I. Tamaraca
iParayba
. Alagoa ad Austrum
e Caput S. Augustin
7 Olinda
8Maragnon
9 Serinheim
10
Siara
ver página 14
11 Ostium Fluminis Parayba
i2Friburgum
ia Boa Vista
14 Fluvius grandis
Muaeu Nacional de Bela* Artea A p r e s e n ç a h o l a n d e s a noHrasil\J
i Retrato de Jaap Struyving. Carambeí, Paraná, 40 x 50cm
Cooperativa Batavo. Carambeí, Paraná, 40 x 50cm
Amilton Los, Daniel e Matheus Gottlieb. Carambeí,
Paraná, 50 x 70cm
i Sepultura de Luis Aldeto de Geus, Carambeí, Paraná, 40 x 50cm
Entrada do silos de Hendrik Barkema. Carambeí,
Paraná, 40 x 50cm
Retrato de Guilherme Noite, Carambeí, Paraná, 40 x 50cm
T Sala de estar da família Timmermans, Carambeí,
Paraná, 40 x 50cm
« Retrato de Wennie Dijkstra, Carambeí, Paraná, 50 x 70cm
9 Cozinha de Graat van Engelen. Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
Retrato de Toon van Aken de Keijenborg. Holambra,
ir> "Mini Praia". Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
Hi Cena de bar. Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
17 Restaurante El Rancho, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
ís Flores, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
ia Casa de Geral van Engelen, Holambra, São Paulo, 50 x 70cm
20 Retrato de Dirk Bruins, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
21 Retrato de Nico Berger, Não Me Toque, Rio Grande do Sul. 40 x 50cm
Escritório da diretoria da fábrica Stara, Não Me Toque,
Rio Grande do Sul, 40 x 50cm
Casa de Lies Sandrers, Não Me Toque, Rio Grande do Sul, 40 x 50cm
JI Retrato de Bart van Vught, Não Me Toque,
Rio Grande do Sul, 40 x 50cm
25 Retrato de Geert e Jan Tinus van der Scheer, Castrolanda,
São Paulo, 40 x 50cm
Paraná, 40 x 50cm
n Retrato de Frans Elting, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
2G Igreja, Castrolanda, Paraná, 40 x 50cm
i- Sala de estar da família Kors. Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
2? Interior da casa de Albert Wolters. Castrolanda, Paraná, 40 x 50cm
i Arquitetura holandesa. Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
28 Festa do Dia da Rainha. Castrolanda, Paraná, 40 x 50cm
14 Retrato de Robson van Dijk, Holambra, São Paulo, 50 x 70cm
iO
A p r e s e n ç a h o l a n d e s a no B r a s i l Mutwu Nacional de Belas Arte»
Escola Média de Agricultura e Doméstica, Castrolanda,
Paraná, 40 x 50cm
44 Retrato de Piet Heezen, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
30 Retrato de Hendrik e Wim Salomons, Castrolanda,
46 Retrato de Marianne de Réus, Maracajú,
Paraná, 50 x 70cm
Mato Grosso do Sul, 40 x 50cm
31 Igreja, Arapoti, São Paulo, 40 x 50cm
46 Fazenda da família Kees Huismans,Maracajú,
32 Cooperativa de Arapoti, São Paulo, 40 x 50cm
Mato Grosso do Sul, 40 x 50cm
33 Escola em Arapoti, São Paulo, 40 x 50cm
47 Empresa de Tim Beukhof, Maracajú,
34 Retrato de Johan Koopman, Arapoti, São Paulo, 40 x 50cm
Mato Grosso do Sul, 50 x 70cm
35 Interior da casa da família Deen, Arapoti, São Paulo, 40 x 50cm
18 Bar e m Maracajú, Mato Grosso do Sul, 40 x 50cm
ae Missa de Sexta-feira Santa, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
49 Jan Glas colhendo cenouras, Unaí, Minas Gerais, 40 x 50cm
37 Guus Serrarens no trabalho, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
50 O casal Dirk Deuzeman e Tinie Cnossen com filhos. Unaí,
3» Plantio de Flores, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
Minas Gerais, 40 x 50cm
39 Retrato de Timo van Dijk, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
5> Interior da casa da família Deuzeman, Unaí,
40 Interior da casa de André Hin, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
Minas Gerais, 40 x 50cm
41A família Eltink: Annie, Rosa, Tinie, José e Trees,
•wHermana e seu pai Roel vendendo porcos, Unaí,
Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
Minas Gerais, 40 x 50cm
42 A implantação de pasto por bóias-frias, Holambra,
53 Saída da Igreja, Unaí, Minas Gerais, 50 x 70cm
São Paulo, 40 x 50cm
54 Paisagem, Unaí, Minas Gerais, 40 x 50cm
43 Cena de Pasto, Holambra, São Paulo, 40 x 50cm
55 Retrato de Luuk Salomons, 50 x 70cm
Muaeu Nacional de Bela* Artea A p r e s e n ç a h o l a n d e s a noHrasil\J
Consulnat-Gtnrraal van h«
SiCRf TAR1A DO PATRIMÔNIO, MUSIUS E ARTIS PLÁSTICAS
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.
Koninkrijk der Nederlanden
M U S I U N A C I O N A L D Í BELAS ARTES
M
-íX
MINISTÉRIO DA
CULTU
Fundação BIBLIOTECA NACIONAL
m
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A Presença Holandesa Holandesa no Brasil
II
KSim.1000pubmúno«rouco iuiístico-acxm
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X
Coordenação editorial
Paulo Reis
Produção executiva
Entreposto das Artes Consultoria e Projetos
Projeto gráfico e de sinalização
Carla Marins
Coordenação geral
Anton Henri Berden
Fotografias
L e o n a r d o Aversa (páginas 16 e 17 números 3, 4, 5, 6, 7, 8, 12, 15, 17, 18, 19, 20,
Curadoria
23, 24, 26 e página 18 números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12)
Paulo Reis
Antonio C a e t a n o (páginas 16 e 17 números 7, 9, 21, 28)
Vicente de Mello (página 8, canto inferior)
Design de montagem
P e d r o Oswaldo C r u z (página 16 número 10)
Paulo Reis e Carla Marins
Textos
Laura Abreu, Paulo Reis, Zuzana Paternostro
Museologia
Yara de Senna Amado, Jane Lúcia Viera Ritter,
Versão do holandês
Laura Abreu e Zuzana Paternostro
Anton Henri Berden
Moldura
Revisão
Isonete Porto Molduras
Rosalina Gouveia
Design de luz
Milton Giglio, Adilson da Silveira, José Carlos Rosa dos Santos
Agradecimentos especiais
e José Roberto Rosa dos Santos
Anelise Pacheco e Ana Cristina Evres, Museu da República
Montagem
Bart Sorgedrager
William Galdino e Alexandre Amorim
Daniella
Riet,Rodrigues,
Editora Sextante
Maria Clara
Imago Escritório de Arte
Pintura
Agradecimentos
Elias e Ezequias Felipe da Silva
Heloisa Amaral Peixoto, Carla Samartino, Denise Soares,
Hector Villalon, Jan e Maria Berden, Janda Praia,
José Peixoto Guimarães Neto, Junia van Overbeek, Laerte Rimuli,
Lilian Barreto, Rinaldo Guedes Rapassi, Sabrina Viegas,
Suzy Muniz, Pedro e Mônica Xexéo
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