121 MANDATO X ATA Nº. 22/2013 SESSÃO ORDINÁRIA DE 30 DE ABRIL DE 2013 Aos trinta dias do mês de abril do ano de dois mil e treze, nesta cidade de Braga, no Auditório da Empresa Parque de Exposições de Braga – E.M., pelas vinte e uma horas e trinta minutos, reuniu, em sessão ordinária, a Assembleia Municipal de Braga, sob a Presidência do Senhor António Fernandes da Silva Braga, com a assistência da Senhora Gabriela do Carmo Gonçalves Araújo Gomes Sequeira, como Primeira Secretária e do Senhor João Manuel Tinoco Ribeiro da Silva, como Segundo Secretário. MAIORIA LEGAL - O SR. PRESIDENTE DA MESA comunicou que havia quórum, tendo-se verificado a presença de cento e vinte e um membros. ESTIVERAM PRESENTES OS SEGUINTES MEMBROS: José Marcelino da Costa Pires, Cláudia Patrícia Serapicos Alves, Liliana Angélica Costa Matos Pereira, José de Araújo Gomes, Pedro Miguel Pereira de Sousa, Paula Julieta Ramada Ferreira Caramelo, Fausto Alves Farinha, Vasco Cunha Ferreira Grilo, Lígia Maria Seabra Reis Santiago Santos Portovedo, Vítor Manuel de Sousa Leite Cibrão Coutinho, José Maia da Silva Aldeia, Marta Filipa Azevedo Ferreira, José Manuel Lopes Ferreira, Diana Sofia de Sá Carneiro Gonçalves Basto, João António Rodrigues da Costa, António João da Cunha Lopes, Sandra Cristina Marques da Silva, Jorge António Oliveira de Faria, Catarina Lourenço Ribeiro, Rui Alberto Alves Sousa e Silva, João Luís de Matos Nogueira, João da Silva Oliveira, José António da Silva Torres, António José da Costa Rebelo, João Alberto Granja dos Santos Silva, Bento Duarte da Silva, Olga Maria Esteves de Araújo Pereira, João Filipe Monteiro Marques, Alexandre Amoedo da Cruz Lourenço, Maria do Pilar Araújo Teixeira, Paulo Alexandre Lopes de Carvalho Viana, Eva Paula Rodrigues de Sousa, Luís Jorge Vaz Santos Antunes Coelho, Maria Ester da Silva Taveira, Hugo Alexandre Lopes Soares, Rui Manuel de Sá Morais, Domingos da Silva Abreu, Tânia Correia da Cruz, Rui Manuel Martins Ribeiro Leite, Natacha Sofia Miranda Fontes, João Carlos Azevedo Correia, António Pedro Ramos Folga, Rui Manuel Rebelo da Silva Pereira, Maria Isabel Magalhães Mexia Monteiro da Rocha, Nuno Gil de Oliveira Dias, Francisco José Peres Filipe Mota, Arlindo Henrique Lobo Borges, Tiago André Tinoco Varanda Pereira, Diogo Carlos Mendes Almeida da Silva, Sílvia Maria Rodrigues de Oliveira, Manuel Maria Beninger Simões Correia, Alberto Carlos Carvalho de Almeida, Raúl Alfredo Cardoso Peixoto da Silva, Maria Amélia de Sousa Lopes, Jorge Manuel Sario de Matos, Carla Maria da Costa e Cruz, António Meireles de Magalhães Lima, Helena Maria da Cunha Órfão, Carlos Correia Teles, João Dias Gomes, Joaquim Martins Vieira Coutinho, José Fernando Ferreira Vilaça, Manuel Jorge Miranda Pereira, João Seco Magalhães, José Ferreira, João José da Costa Pires, Raquel Nair Carvalho Cerqueira Pinto, Firmino José Rodrigues Marques, António Ferreira de Sousa, José Oliveira da Silva, António Araújo Fonseca Veiga, Agostinho Joaquim Pereira Soares, Albano Martins de Sousa, Romeu José Taveira Gomes, Orlando Agostinho Marques Fernandes Gomes, Joaquim de Oliveira Rodrigues, José António Ferreira Bastos, Manuel Fernandes Vieira, Manuel António Veiga de Carvalho, Maria José Rodrigues Cunha, David Fernandes, João Carlos de Faria Martins, António Álvaro da Costa Machado, João Dias Pereira, Manuel Rodrigues da Costa, João Paulo de Carvalho Vieira, Adelino Moreira de Sá, Fernando José Ferreira Peixoto, Francisco Marques de Oliveira, Manuel da Silva Dias, Carmindo João 122 da Costa Soares, Ricardo José Pinto dos Anjos Ferreira, Jorge Eduardo de Carvalho Gomes, Manuel de Azevedo Martins, António Alberto da Silva Caldas, Francisco Augusto Martins Ferreira, Ana Maria Oliveira Barbosa, João Lamego Moreira, João Artur Russell Sampaio, João Francisco Mota da Cunha, António Manuel Gonçalves Silva Vaz, José Manuel Ferreira Gomes, Joaquim Antunes Vaz, João Carlos Marques Pereira, Joaquim Ribeiro Gonçalves, Carlos Alberto Ferreira de Sá, Francisco Manuel Pereira da Silva, António Martins de Araújo, Manuel Matos Basto, António Rodrigues da Costa, Emiliano Renato Araújo Noversa, Alexandre José de Sá Vieira, Manuel Pereira Faria, Francisco António da Cruz Araújo, Augusto Ferreira da Cunha, José Ferreira da Cunha, José Manuel Gomes Martins e Ramiro Gomes Rodrigues. SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE MANDATO – A Assembleia, em face dos pedidos apresentados, deliberou aceitar a suspensão de mandato dos seguintes membros: Artur Abel Fernandes Barreto Marques, Maria do Carmo Antunes da Silva, Armando Augusto Ferreira Leite, Jorge António Fernandes da Silva Braga, Rui Sérgio Ferreira da Silva Dória, António Pedro Gonçalves Pereira, Marta Rodrigues de Moura, Tiago Jorge de Assis Caldeira da Cruz Corais, Maria Emília de Barros e Silva Campos, Carlos António Alves Bernardo, Miguel Bento Martins da Costa Macedo e Silva, Maria Goretti Sá Maia da Costa Machado, António Macedo Barbosa, Humberto António Ferreira Carlos, Rosa Maria Macedo da Cunha, Adelino da Costa Correia, Afonso Henrique de Almeida Cardoso, Mário Alexandre Peixoto Gomes, Joana Margarida Pereira Fernandes, Domingos José Alves Coelho, Manuel José Lopes de Oliveira, António Manuel Marques Rodrigues, Glória Mercês Leitão Lobo de Araújo, Manuel Joaquim da Silva Pinto Barbosa, Maria Filomena Carvalho Ferreira, Licínio Isac Miranda Ramalho, Teresa Alexandra Vilaça Ribeiro da Cruz Lopes, Maria Isabel Campos Ferreira de Sá, Fernando Jorge Colmenero Ferreira, Paula Cristina Barata Monteiro da Costa Nogueira, Henrique Manuel Barreto Nunes e Custódio Manuel de Oliveira Braga. FALTARAM OS SEGUINTES MEMBROS: José Manuel de Araújo Barbosa, Ana Luísa de Macedo Pinto Correia, Nelson de Sousa Gonçalves e Francisco Gomes Alves. Passou-se depois ao PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA que teve início com uma informação prestada pela PRIMEIRA SECRETÁRIA DA MESA relativa à receção de um ofício do Grupo Municipal C.D.U. que referia a recomposição do mesmo Grupo e que passaria a ser a seguinte: Alberto Carlos Carvalho de Almeida, Raúl Alfredo Cardoso Peixoto da Silva, Maria Amélia de Sousa Lopes, Jorge Manuel Sario de Matos, Carla Maria da Costa e Cruz e Carmindo João da Costa Soares. O SR. PRESIDENTE DA MESA informou ainda que o Sr. Deputado António Ferreira de Sousa integraria, a partir daquela data, o Grupo Municipal de Independentes. Posteriormente passou-se à apresentação de um Voto de Saudação ao vinte e cinco de abril e ao primeiro de maio, pela Srª Deputada do P.S., LÍGIA MARIA SEABRA REIS SANTIAGO SANTOS PORTOVEDO, que referia que vinte e cinco de abril e primeiro de maio não eram apenas datas que evocavam a liberdade; evocavam, sobretudo, a conquista do direito à dignidade. Quase quarenta anos depois do vinte e cinco de abril, o trabalho perdeu valor, o cidadão perdeu valor, a política perdeu valor, as instituições perderam valor, a educação perdeu valor, a saúde perdeu valor e a vida ameaçava também perder o seu valor. Vivíamos num mundo dominado pelo fácil e rápido, impaciente, egocêntrico e caprichoso e, por isso, incapaz de uma visão de longo prazo. A confusão entre os conceitos de rigor orçamental e austeridade tinha forçado Portugal a aceitar o inaceitável e a atribuir valor monetário a todos, ou quase todos, os valores sagrados do vinte e cinco de abril: quanto valia a saúde de um cidadão? Quanto valia o conhecimento 123 de um cidadão? Quanto valia o bem-estar de um cidadão? Quanto valia a capacidade de trabalho de um cidadão? Quanto valia a dignidade de um país? Para onde nos levava a Europa, se nos obrigava a desvalorizar tudo o que tinha valor, “custe o que custar”? Certamente, não caminhávamos rumo à liberdade, porque nunca seríamos verdadeiramente livres sem garantirmos uma existência digna a todos os cidadãos. Ninguém podia ser deixado para trás, “custe o que custar”. A Europa iria perceber que, independentemente das nossas diferenças ideológicas, Portugal continuava unido em torno dos valores de abril, “custe o que custar”. No abril de hoje, a ameaça à liberdade encontrava-se principalmente fora de Portugal e decorria da menorização de uma país que parecia pequeno mas que já mostrou ser grande, muitas vezes. A Portugal era devido respeito, e reclamá-lo-íamos, “custe o que custar”! Franklin Roosevelt, que viveu e liderou com êxito o momento da história recente mais semelhante ao que passávamos, dizia há oitenta anos atrás: “A liberdade duma democracia fica ameaçada quando o poder privado se torna mais forte do que o próprio poder democrático”. Viva o vinte e cinco de abril e primeiro de maio! Viva Portugal! Uma outra Moção sobre o primeiro de maio foi apresentada, agora pela Srª Deputada do B.E., HELENA MARIA DA CUNHA ÓRFÃO que dizia: Um - atendendo a que no próximo dia um de maio se comemorava o trigésimo nono aniversário do Dia Internacional do Trabalhador em liberdade, data que correspondia à inequívoca consolidação da revolução de abril; Dois - Reconhecendo as vitórias consagradas como direitos fundamentais na Constituição da República, tais como o acesso universal ao trabalho, o direito de greve, à livre contratação coletiva, contra a insegurança e a instabilidade, assim como as conquistas alcançadas, como a liberdade sindical, a institucionalização do salário mínimo nacional, a generalização do décimo terceiro mês, das pensões de reforma e dos subsídios de férias e de desemprego; Três - Assumindo os ideais, direitos e garantias preconizados no Dia Internacional do Trabalhador como o pleno emprego, assente na estabilidade, proteção e igualdade social, contra a precariedade e pela justiça social; Quatro - Entendendo que Portugal tinha vindo a sofrer um profundo agravamento da taxa de desemprego, acompanhado da generalização de desregulamentações e precariedades no trabalho, correspondentes a uma redução de salários e perda de direitos individuais e coletivos; Cinco Considerando que as medidas assumidas, sobretudo nos últimos anos constituíam retrocessos nos direitos dos trabalhadores, nomeadamente o projeto neoliberal, intrinsecamente associados à revisão do Código do Trabalho de dois mil e nove, dois mil e onze e dois mil e doze cujas consequências assumiam proporções confrangedoras, das quais se salientavam a precariedade laboral e as assimetrias sociais. O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propunha que a Assembleia Municipal, na sua reunião ordinária de trinta de abril de dois mil e treze, decidisse: Um - Congratular-se com a passagem dos trinta e nove anos do primeiro de maio em liberdade e saudar todos os trabalhadores do Município de Braga assim como os Sindicatos representativos desses trabalhadores; Dois Repudiar qualquer ação que violasse os princípios consagrados no espírito do primeiro de maio; Três - Solidarizar-se com todas as iniciativas cidadãs que promovessem os direitos fundamentais conquistados no primeiro de maio, apelando à participação dos cidadãos do concelho de Braga nos atos comemorativos do Dia Internacional do Trabalhador. Quatro - Enviar a presente moção à CGTP e UGT. Postos à votação em simultâneo, foram ambos os documentos aprovados por unanimidade. Usou depois da palavra a Srª Deputada do P.S.D., MARIA ESTER DA SILVA TAVEIRA para proceder à apresentação de um Voto de Louvor ao Doutor Bernardo José Ferreira Reis, Provedor da 124 Santa Casa da Misericórdia de Braga, que começava por referir que nascido em mil novecentos e trinta e quatro, na freguesia de Pico de Regalados, concelho de Vila Verde, distrito de Braga, no seio de uma família numerosa, o Doutor Bernardo José Ferreira Reis, após um brilhante percurso académico e profissional, já aposentado, disponibilizou-se para, graciosamente, pôr os seus valiosos talentos ao serviço da solidariedade humana, ao leme da Santa Casa da Misericórdia de Braga. A comemorar, no ano em curso, quinhentos anos de existência na cidade de Braga, a nobilíssima instituição que, em consecutivos mandatos trienais, desde seis de novembro de dois mil e três, dirigia, tinha procurado dar resposta adequada aos inúmeros problemas que afligiam a sociedade bracarense, através de vários equipamentos e serviços: duas creches, três lares de terceira idade, um centro de apoio domiciliário, duas cantinas sociais, uma farmácia. A exigente tarefa diretiva desta vasta obra social que recaía sobre o Provedor absorvia-lhe o tempo, consumia-lhe as energias, inundava-o de preocupações. Mas a dedicação, o entusiasmo, o dinamismo que o caracterizavam não lhe consentiam delongas nem lhe conheciam esmorecimentos; a seriedade e a sabedoria do Doutor Bernardo Reis iluminavam as suas decisões; a simplicidade, a discrição, a gratuitidade dos seus gestos tornavam mais profícua a sua ação. Os tempos que corriam eram exigentes, as carências humanas intensificavam-se, as necessidades reclamando ajuda cresciam a cada momento. Era preciso sentir-se próximo dos necessitados; urgia ser sensível, eficiente, célere nas respostas a dar, de acordo com os recursos disponíveis. Mas impunha-se-lhes também ser gratos a quem tão abnegadamente servia os cidadãos mais carenciados, reconhecer-lhe o mérito da sua dedicação e enaltecer o seu exemplo para que outros seguidores se perfilassem no horizonte. A Assembleia Municipal de Braga, reunida em trinta de abril de dois mil e treze, ao mesmo tempo que se congratulava pela já tão longa e benemérita vida de Santa Casa da Misericórdia de Braga, aprovava um merecido voto de louvor àquele que tinha sido, ao longo da última década, o seu mais destacado, dedicado e intrépido timoneiro, o Senhor Provedor Doutor Bernardo José Ferreira Reis, exortando-o a prosseguir o seu notável percurso solidário. Posto à votação foi o presente voto de louvor aprovado por maioria, com as abstenções do B.E. e com os votos favoráveis dos restantes Grupos Municipais. Foi depois apresentado um Voto de Saudação pelo Sr. Deputado do P.S., PEDRO MIGUEL PEREIRA DE SOUSA que, inicialmente referia que o Grupo Municipal do Partido Socialista não poderia, naquela Assembleia Municipal, deixar de saudar o Sporting Clube de Braga pela vitória recente na final da Taça da Liga. No passado dia treze de abril a cidade vestiu-se de vermelho e branco, saiu à rua e vibrou noite fora com a conquista da segunda prova mais importante das competições organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional. O Sporting Clube de Braga venceu na final o Futebol Clube Porto depois de nas meias-finais já ter eliminado o Sport Lisboa e Benfica. Este caminho, esta conquista de um troféu de dimensão nacional, tendo, nesse trajeto, eliminado dois dos maiores clubes portugueses confirmava o Sporting Clube de Braga como um dos grandes, um dos maiores do futebol português. Lembrar que esse caminho não começou ontem. Esse caminho de afirmação nacional e internacional do Sporting de Braga tinha cerca de dez anos e era indissociável dos anos de António Salvador que guindaram o Arsenal do Minho ao topo do futebol nacional. Importava a esse respeito, lembrar que o Braga venceu, em dois mil e oito, a Taça Intertoto, foi vice-campeão nacional na época dois mil e nove, dois mil e dez, tendo-se, por isso, estreado na Liga dos Campeões na época dois mil e dez, dois mil e onze, época em que atingiu, ainda, a final da Liga Europa, onde foi um brioso finalista vencido. O Sporting Clube de 125 Braga era, por tudo isso, um dos maiores embaixadores de Braga aquém e alémfronteiras e, como tal, era digno dos maiores elogios. Assim, a fechar aquele voto de saudação queriam, na pessoa do seu Presidente, António Salvador, saudar a Direção, os atletas, os técnicos, os funcionários e os adeptos dessa enorme instituição com mais de noventa anos de história desejando que as épocas desportivas vindouras fossem repletas de conquistas. Posto à votação foi o presente voto de saudação aprovado por maioria, com as abstenções do B.E. e com os votos favoráveis dos restantes Grupos Municipais. O SEGUNDO SECRETÁRIO DA MESA passou posteriormente a ler um Voto de Saudação e Apreço ao Patrimonense Futebol Clube – cinquenta anos ao serviço do desporto e da juventude, subscrito pelo Presidente da Junta de Freguesia de São José de São Lázaro, Sr. João José da Costa Pires, que referia que o Patrimonense Futebol Clube, com sede social no Bairro Pinheiro da Gregória, freguesia de São. José de São Lázaro, Município de Braga, completava no próximo dia treze de maio cinquenta anos de existência. Servida por corpos diretivos com elevado espírito de missão, esta coletividade desportiva tinha mantido uma atividade constante de apoio ao desporto designadamente nas modalidades de atletismo, futebol e escolas de formação, por onde passaram já mais de mil atletas. Na modalidade de futebol de onze (seniores), foi na época mil novecentos e setenta e oito, setenta e nove, campeão distrital da terceira divisão da Associação de Futebol de Braga. No atletismo sénior, e na década de mil novecentos e oitenta, mil novecentos e noventa, o clube foi campeão regional em três edições, estando nele integrada a ainda jovem atleta Albertina Machado. Na modalidade de futebol de onze (iniciados), foi na época dois mil e um, dois mil e dois, campeão de série. Atualmente militava na segunda divisão, série B, do campeonato distrital de juvenis (futebol de onze), onde ocupava o primeiro lugar da classificação geral. Pelas razões invocadas, a Assembleia Municipal de Braga, em sua sessão de trinta de abril de dois mil e treze, deliberou manifestar ao Patrimonense Futebol Clube o maior apreço pela ação desenvolvida ao longo destes cinquenta anos de existência, felicitando os seus dirigentes e atletas pelos êxitos alcançados. Posto à votação foi o presente voto de saudação e apreço aprovado por unanimidade. Usou depois da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., JOÃO CARLOS AZEVEDO CORREIA para apresentar um Voto de Pesar que referia que Braga ficou mais pobre no passado dia vinte de março com o falecimento, aos noventa e cinco anos, do Monsenhor Américo Ferreira Alves, Padre e Escuteiro, Assistente Regional Honorário e Vitalício de Braga, era uma referência para todo o movimento escutista português e para a igreja bracarense pela sua dedicação e espírito de serviço. Iniciou a sua ação pastoral na sua terra natal, Joane, como vigário cooperador, passando mais tarde a servir nos seminários diocesanos como ecónomo e como professor. Foram trinta e nove anos dedicados à docência, nos seminários e noutras instituições educativas, como o Colégio Dão Pedro Quinto, Liceu Sá de Miranda e Colégio Teresiano, sendo recordado por muitos como um professor alegre, exigente e dinâmico. Como escuteiro entre outros destaques, fundou o clã oito, no seminário conciliar, que foi determinante no desenvolvimento do escutismo na região de Braga, que teve uma evolução escutista muito mais acelerada que as outras regiões de todo o país. Participou em acampamentos e conferências mundiais, e integrou também as equipas de formação do Centro Nacional de Escutas que percorriam a região e o país promovendo ações de formação. Foi também cofundador, em mil novecentos e sessenta e dois, do Campo Escola Nacional Calouste Gulbenkian, em Fraião, onde foi formador e assistente. A Assembleia Municipal de Braga, reunida em sessão ordinária a trinta de abril de dois mil e treze, aprovou um voto de pesar 126 pelo falecimento do Monsenhor Américo Ferreira Alves, destacado Padre e Escuteiro que foi durante toda a sua vida um exemplo para a sociedade bracarense. Posto à votação foi o presente voto de pesar aprovado por unanimidade. Interveio de seguida o Sr. Deputado da C.D.U., JORGE MANUEL SARIO DE MATOS para proceder à apresentação de uma Recomendação que dizia que era inquestionável o valor patrimonial dos murais do Salão Egípcio. Magistralmente pintados por Lúcio Fânzeres e sua equipa nos anos trinta do século passado, era uma peça pictórica rara, sendo muito difícil encontrar obras semelhantes no nosso país. As pinturas nas paredes ilustravam as divindades, os carros, os cavalos e os escravos, evocando a era dos Faraós. Este exemplo tardio do romantismo ficava na rua do Souto, num edifício setecentista e era desconhecido pela grande maioria dos bracarenses e pelos turistas que nos visitavam. Há muito que vinha sendo solicitada a classificação do imóvel como de interesse municipal, o que seria um grande passo para a sua preservação e representaria mais uma atracão turística para a cidade. Aliás, aquela assembleia já recusou, no passado, a promoção desse legado a património municipal, negando o seu potencial de atracão de visitantes e a sua importância cultural para os bracarenses e para a região. Assim sendo, a Assembleia Municipal de Braga, reunida a trinta de abril de dois mil e treze, recomendava à Câmara Municipal de Braga que procedesse à classificação do Salão Egípcio, sito na Rua do Souto, como imóvel de interesse municipal, com vista à salvaguarda do seu traço arquitetónico e das pinturas dos murais. Posta à votação foi a presente recomendação aprovada por maioria, com a abstenção de uma Deputada do P.S.D. e com os restantes votos a favor. Foi depois apresentada uma Moção pelo Sr. Deputado do C.D.S.-P.P., NUNO GIL DE OLIVEIRA DIAS que referia que recentemente teve conhecimento do caso de uma pequena oficina de carpintaria bracarense que estava à venda. Essa pequena empresa, com décadas de existência, estava prestes a fechar. O que era preocupante neste caso era que havia todo um saber de experiência feito – de várias dezenas de anos de trabalhos em madeira que se iriam perder. Nesse sentido e porque receavam que este caso fosse um entre vários, defendiam que a Câmara Municipal desse a conhecer e divulgasse este e outros ofícios que existiam espalhados pelo concelho. Para tal, o CDS recomendava o seguinte: Um - Que fosse feito um levantamento – em colaboração com as Juntas de Freguesia – deste tipo de oficinas. Pretendia-se saber quantas existiam, a que atividades se dedicavam, quantas pessoas empregavam; Dois - Que os trabalhos destas oficinas fossem publicados pela Câmara Municipal, com vista à sua divulgação junto do público e que se estudasse a possibilidade da realização duma feira para a promoção destas artes e ofícios tradicionais. Não cabia à Câmara criar emprego mas, na medida do possível, deveria defendê-lo e se conseguisse promover estes saberes antigos, muito ligados à cultura local, decerto estaria a prestar um bom serviço. Posta á votação foi a presente recomendação aprovada por unanimidade. Depois foi a vez da Srª Deputada da C.D.U., CARLA MARIA DA COSTA E CRUZ proceder à apresentação de mais uma Recomendação que dizia: Considerando: Um – O sistema de abastecimento de águas à cidade de Braga no século dezoito, designado por “Sete Fontes” foi classificado como monumento nacional pelo Decreto-Lei número dezasseis barra dois mil e onze, de vinte e cinco de maio; Em virtude da classificação ficou o município de Braga, enquanto entidade responsável pela sua gestão através da AGERE, adstrito ao dever de “conservar, cuidar e proteger devidamente o bem, de forma a assegurar a sua integridade e a evitar 127 a sua perda, destruição ou deterioração”, conforme decorria da alínea b) do número um, do artigo vigésimo primeiro, da Lei número cento e sete barra dois mil e um, de sete de Setembro; Dois - As “Sete Fontes” encontravam-se em degradação acelerada, estando inclusive parte do monumento com debilidades estruturais; a ação do escoamento superficial das águas tinha gerado ravinas, colocando em causa o monumento. E que: Um - O Plano Diretor Municipal de Braga (PDMB) determinava na sua carta de ordenamento que o essencial dos solos da área envolvente ao monumento eram Espaços Urbanos e Urbanizáveis; Dois - O Plano Diretor Municipal de Braga se encontrava em fase de revisão, conforme Edital número quinhentos e noventa e dois barra dois mil e oito, de dezasseis de Junho; Três - Se encontrava em elaboração o Plano de Pormenor das Sete Fontes, conforme Edital número mil e doze barra dois mil e onze, de dezanove de outubro; Quatro - A Câmara Municipal de Braga, no âmbito do Plano Pormenor supracitado e conforme os seus contributos enviados à Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República no âmbito da petição número sessenta e quatro barra décima primeira barra primeira, promoverá o controlo quantitativo e qualitativo da edificabilidade nas imediações do monumento e a disponibilização de uma área territorial significativa para integração no domínio público municipal; Cinco - O artigo vigésimo sexto da Lei número quarenta e oito barra noventa e oito, de onze de agosto, estabelecia que “os instrumentos de gestão territorial podem ser total ou parcialmente suspensos em casos excecionais e quando esteja em causa a prossecução de relevante interesse público”, posteriormente detalhado no artigo centésimo, do DecretoLei número trezentos e oitenta barra noventa e nove, de vinte e dois de setembro, com as alterações impostas pelos Decretos-Lei número trezentos e dez barra dois mil e três, de dez de dezembro, número trezentos e dezasseis barra dois mil e sete, de dezanove de setembro, e número quarenta e seis barra dois mil e nove, de vinte de fevereiro. Seis - O número um do artigo centésimo sétimo, do Decreto-Lei número trezentos e oitenta barra noventa e nove, de vinte e dois de setembro, estabelecia que “em área para a qual tenha sido decidida a elaboração, alteração, revisão ou suspensão de um plano municipal de ordenamento de território podem ser estabelecidas medidas preventivas destinadas a evitar a alteração das circunstâncias e das condições de facto existentes que possa limitar a liberdade de planeamento ou comprometer ou tornar mais onerosa a execução do plano “; O número dois do mesmo artigo, com a redação dada pelo Decreto-Lei número quarenta e seis barra dois mil e nove, de vinte de fevereiro, determinava que “em área para a qual tenha sido decidida, por deliberação da assembleia municipal, a suspensão de um plano municipal de ordenamento do território são estabelecidas medidas preventivas nos termos do número oito do artigo centésimo” do mesmo diploma. Desta forma, a Assembleia Municipal de Braga recomendava à Câmara Municipal de Braga que: Um - Promovesse de imediato obras de conservação e manutenção do monumento nacional, com vista a impedir a sua deterioração; Dois - Iniciasse trabalhos conducentes ao devido restauro e reabilitação do monumento; Três - Nos termos da Lei número quarenta e oito barra noventa e oito, de onze de agosto, e do Decreto-Lei número trezentos e oitenta barra noventa e nove, de vinte e dois de setembro, suspendesse a aplicação do Plano Diretor Municipal de Braga no território abrangido pela área relativa ao Plano Pormenor das Sete Fontes, no âmbito da sua revisão; Quatro - Nos termos do Decreto-Lei número trezentos e oitenta barra noventa e nove, de vinte e dois de setembro, com as alterações impostas pelo Decreto-Lei número 128 quarenta e seis barra dois mil e nove, de vinte de fevereiro, e no âmbito da elaboração do Plano Pormenor das Sete Fontes e da revisão do Plano Diretor Municipal, estabelecesse para a área em causa, por um período de dois anos, medidas preventivas, nomeadamente: a) - A proibição de operações de loteamento, de obras de urbanização e de construção; b) - A limitação à mesma implantação no solo de ampliação, de alteração e de reconstrução; c) A proibição de trabalhos de remodelação de terrenos; d) - A proibição de derrube de árvores em maciço ou destruição do solo vivo e do coberto vegetal. A este propósito registou-se a intervenção do Sr. Deputado do P.S., JOSÉ MARCELINO DA COSTA PIRES para inicialmente dizer que não foi àquela tribuna para citar legislação, nem para tecer qualquer tipo de comentário à legislação que ali foi citada. Os comentários que ali aprazia fazer eram de ordem política e começaria então por referir que parecia que algumas forças só há pouco tempo, designadamente há poucos anos, teriam acordado para a valorização daquele território que eram as “Sete Fontes”. Porque quando ali se dizia ou quando se propunha recomendar à Câmara Municipal que se promovesse de imediato obras de conservação, queria apenas lembrar que se o monumento existia tal como estava hoje, foi exatamente porque a Câmara Municipal promoveu obras de conservação, colocando funcionários, através, inicialmente, dos Serviços Municipalizados e, posteriormente, da Agere. Portanto, a posição do P.S. relativamente àquela recomendação, iria ser, obviamente, de a reprovar. Não que não estivesse de acordo com isso, tinha sido, nomeadamente, num debate que há poucos dias foi efetuado, o P.S. estava obviamente seguro que aquele monumento devia ser preservado. Mas queria lembrar que estava em curso a elaboração do Plano de Pormenor com um estudo hidrológico e arqueológico. Estavam aprovados os termos de referência que delinearam os objetivos do planeamento do território em causa. A prioridade em tudo aquilo era a de preservar o património arquitetónico e ambiental natural daquela zona. E neste momento, acrescentou, a Câmara Municipal tinha o total controlo da gestão urbanístico da zona. Enquanto não estivesse aprovado o Plano de Pormenor, não haveria qualquer tipo de construção e disso tinha o Executivo dado garantia. Por todos essas razões, por entenderem que a recomendação não passava de um mero aproveitamento político, o P.S. iria votar contra a mesma recomendação. Usou depois da palavra o Sr. Deputado da C.D.U., ALBERTO CARLOS CARVALHO DE ALMEIDA para realçar que a tarefa não era fácil para o Deputado Marcelino Pires ir ali justificar o que não tinha justificação e ir ali dizer que a Câmara tinha cuidado daquilo que, de facto, não tinha cuidado, ao longo dos anos. E queria dizer-lhe se havia força política que tinha, ao contrário do que o mesmo Deputado disse, defendido e proposto medidas concretas para o Complexo Monumental das Sete Fontes era a C.D.U., aliás, como devia saber, em dois mil e dois, se houve proposta no quadro do orçamento municipal para a construção de um parque verde nas “Sete Fontes” foi porque o Vereador da C.D.U. assim o propôs e o P.S. aceitou incluir no Plano e Orçamento há mais de dez anos. Portanto, não lhe parecia que a C.D.U. tivesse acordado apenas agora para esse problema. Em segundo lugar, se o monumento e aquele espaço estavam hoje como estavam e o Sr. Deputado dizia que era graças à Câmara Municipal, de facto, tinha que concordar, mas o mesmo Deputado não teria ido ao local há algum tempo, porque estava mal, estava degradado, tinha partes que estavam destruídas e, de facto, era por responsabilidade da Câmara Municipal e o único sentido que levou a C.D.U. a apresentar aquela recomendação foi precisamente a Câmara Municipal, enquanto não tinha 129 pronto o Plano de Pormenor que aliás era reconhecido pelo Executivo Municipal que não estaria provavelmente pronto a tempo do final do presente mandato, tomasse medidas no sentido de preservar, cuidar e salvaguardar o património no Complexo Monumental das Sete Fontes, que aliás eram competências que lhe estavam atribuídas precisamente pela legislação que ali foi citada. Por outro lado, não lhes parecia que ficar à espera que o Plano de Pormenor ficasse pronto e deixar que continuassem a ser abatidas árvores, que continuasse a ocorrer incêndios nas “Sete Fontes”, fosse a melhor solução. Mas aí estaria a Câmara Municipal para responder perante essas responsabilidades quando os casos sucedessem. Posta à votação foi a presente recomendação rejeitada por maioria, com os votos contra do P.S. e do Grupo dos Independentes e com os votos a favor dos restantes Grupos Municipais. A palavra foi posteriormente dada ao Sr. Deputado do C.D.S.-P.P., FRANCISCO JOSÉ PERES FILIPE MOTA para, por seu turno, apresentar uma outra Recomendação que aludia que a realidade social do país se alterou drasticamente nas últimas duas décadas e o nosso concelho não ficou indiferente a esta convulsão social. Hoje deparávamo-nos com uma sociedade mais egoísta do ponto de vista da solidariedade entre gerações, o que nos levava enquanto agentes políticos a fazer uma reflexão sobre esta nova conjuntura. Os idosos eram quem mais sofria com esta nova realidade, sendo atirados para a solidão dos últimos dias de vida. No concelho de Braga residiam mais de três mil e quinhentos idosos sozinhos de acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística. O abandono e o isolamento dos cidadãos de idade mais avançada tinham-se vindo a acentuar cada vez mais, criando verdadeiras calamidades sociais, em muitos dos casos, que urgiam na nossa sociedade. O pilar social da família esmoronou-se com o frenesim diário dos empregos eletrizantes dos filhos, os netos quase que já nem corriam lá em casa com tantas ocupações que tinham e o marido ou a esposa já partiram. Estes avós, que podiam ser qualquer um dos nossos, ficaram entregues a meia dúzia de paredes e chutados para uma solidão profunda. Contundo, nós podíamos e devíamos inverter esta realidade com a responsabilidade entre gerações. Os mais jovens tinham por obrigação de olhar e escutar os mais velhos, como diria Francisco de Assis “Pois é dando que se recebe”. Hoje quase ninguém procurava o sentido desta permuta, o valor e a riqueza inesgotável desta troca. O “conquistador” deixava sempre por terra a generosidade. Ela era a nobre espada da conquista, o impulso de grandeza de qualquer Homem. Assim sendo, a proposta que hoje levavam àquela Assembleia era de que a Câmara Municipal concretizasse um projeto social de relevo para todos os idosos que se viam diariamente ultrapassados pela solidão, bem como incentivasse os Jovens a darem um pouco de si e da sua formação em troca de uma aproximação geracional de aprendizagem, experiência, solidariedade e voluntariado. Assim sendo a Assembleia Municipal de Braga, reunida a trinta de abril de dois mil e treze, por iniciativa do Grupo Municipal do CDS-PP, aprovava a seguinte recomendação à Câmara Municipal de Braga: Um - Procedesse ao levantamento e identificação de todos os idosos que viviam sozinhos no concelho de Braga; Dois - Criasse um banco de voluntários para visitarem e auxiliarem os idosos que se encontravam a habitar sozinhos. Três - Protocolasse com a Associação Académica da Universidade do Minho e Núcleos de Estudantes da mesma associação e com outras instituições ou associações que bem entendessem como parceiros para este projeto. Posta à discussão, usou da palavra o Sr. Deputado do P.S., JOSÉ MARCELINO DA COSTA PIRES para, de forma 130 telegráfica, dizer que o Grupo Municipal do P.S., para além de obviamente não votar favoravelmente uma recomendação daquele tipo, que não passava de um aproveitamento político, que não ficava bem a quem o apresentava, porque sabia perfeitamente que naquela Assembleia já por várias vezes tinham sido referidos pormenores e aspetos da rede social existente na Câmara Municipal de Braga e que inclusive havia um programa chamado “Avospedagem” que já por várias vezes foi referido. Ir ali hoje fazer aquela proposta, era tentar passar uma esponja naquilo que tinha sido a vergonhosa política do presente Governo a nível nacional que de forma absolutamente injustificada tinha colocado a terceira idade e os portugueses em geral em situações de dificuldade. Por isso mesmo e só por isso iriam votar contra a recomendação. Retomou do uso da palavra o Sr. Deputado do C.D.S.-P.P., FRANCISCO JOSÉ PERES FILIPE MOTA para dizer que percebia que a capacidade do orador anterior de inovação na gestão municipal já estava um pouco desgastada e que não conseguia ver “ a la long” daquilo que já se fazia na Câmara Municipal. Compreendia perfeitamente isso. Agora o que era lamentável era que fosse àquele púlpito tentar justificar a sua incompetência e capacidade de inovação através das políticas do Governo Central. Porque não bastava dizer que o Governo prejudicava nisto ou naquilo os cidadãos, e quando os senhores do P.S. tinham a oportunidade de influenciar positivamente os seus concidadãos, iam ali dizer que aquilo era populista e votavam contra uma proposta que poderia em muito ajudar os cidadãos mais idosos do nosso concelho. Mas dizia mais, ainda relativamente ao que o Deputado do P.S. tinha tentado ali dizer que era a segunda vez que o C.D.S.P.P. levava ali aquela matéria, pois bem, da primeira vez que levaram aquela matéria à Assembleia Municipal, não foi naquele molde, foi precisamente com os estudantes universitários para que pudessem habitar conjuntamente com os idosos que viviam sozinhos e que estavam com o problema da solidão. A proposta que hoje ali fizeram, era uma proposta que visava de outra forma, primeiro, que o Município tivesse um contacto direto com os seus concidadãos e percebesse a realidade social do Município, com cerca de três mil e quinhentos idosos que viviam sozinhos. Em segundo, não se tratava de uma rede social, mas sim de um projeto social, lá estava, com a capacidade de inovação, coisa que não tinham conseguido, nem queriam ter à frente do Município de Braga. Aquele projeto não iria dizer que foi através do Grupo Municipal do C.D.S.-P.P. de Braga, e permitissem-lhe a expressão, que descobriram a pólvora, pois existia um município do P.S. que ainda recentemente apareceu na comunicação social, que tinha optado precisamente por aquele modelo de aproximação aos idosos que estavam abandonados e que viviam sós e abrangidos pela solidão. Era pena não ter ali referido que tinha sido o mesmo Governo que destruía claramente os mais velhos, que destruía os reformados, que aumentou a pensão mínima. Isso tinha-se esquecido o Deputado do P.S. de referir. Quando se fazia uma discussão política tinha que se o fazer de uma forma séria, sensata e quando se pretendia influenciar de uma forma positiva os nossos concidadãos, tinha que ser precisamente através daquele púlpito, assumir a responsabilidade de votar contra uma proposta que certamente iria influenciar, de uma forma bastante positiva, as pessoas mais idosas do Município. Ficasse o Deputado do P.S. com aquela responsabilidade, que o interveniente ficava com a responsabilidade de tentar fazer mais e melhor pelos cidadãos bracarenses. Interveio depois o Sr. Deputado do P.S., PEDRO MIGUEL PEREIRA DE SOUSA para dizer ao Deputado Francisco Mota que, tirando a pirotecnia mediática com que os 131 tinha brindado e que estavam a ficar habituados, que obviamente não compravam lições de solidariedade social de um Governo que recentemente após o chumbo pelo Tribunal Constitucional de um conjunto de medidas do Orçamento de Estado para dois mil e treze, as primeiras medidas que apresentaram como corte foram no subsídio de desemprego e no subsídio de doença. Por isso não compravam obviamente lições de solidariedade social da bancada do C.D.S.-P.P. e da bancada do P.S.D.. Depois para dizer, de forma muito clara também, que a rede social era um projeto estruturado, era um projeto consolidado, era um projeto demasiado sério para se andar a brincar a projetos de retalho e o projeto da “Avospedagem” que era um projeto estruturado com os SASUM da Universidade do Minho, com a comunidade da Universidade do Minho, com as Comissões Sociais, que faziam a identificação das famílias socialmente desfavorecidas e dos cidadãos de idade maior ou de idade sénior que estavam em contextos de isolamento, existia hoje, estava no terreno, estava com um conjunto de instituições da cidade, com Juntas de Freguesia, umas do P.S., outras da Coligação “Juntos por Braga”, e ir para ali atirar confusão e brincar com as questões da solidariedade social, era uma coisa não séria, na qual o P.S. não embarcava. O SR. PRESIDENTE DA MESA informou que o Sr. Deputado Francisco Mota não tinha tempo e quem dirigia os trabalhos era a Mesa. A apresentação da moção não contava como intervenção, contava como apresentação, sendo as outras sucessivas aquelas que se encontravam no Regimento. Evidentemente que tinha tentado que todas as intervenções ocorressem antes da intervenção do Sr. Deputado Francisco Mota, justamente para garantir que ele pudesse responder ao contraditório que a Assembleia tinha que garantir. E a Mesa garantia que o contraditório se fiaria sempre. Por isso dava-lhe um minuto. A palavra foi então dada ao Sr. Deputado do C.D.S.-P.P., FRANCISCO JOSÉ PERES FILIPE MOTA para referir que a atitude do Sr. Deputado Pedro Sousa demonstrava claramente que o C.D.S. incomodava e que as propostas que pudessem influenciar positivamente a cidade de Braga e os Bracarenses, para o P.S., era um problema claro. Mas ficava contente com isso, porque para um Deputado do C.D.S., já eram necessários dois Deputados do P.S. para responder, porque não tinham capacidade de resposta argumentativa com o C.D.S.. Mas mais informava, que o projeto mencionado de Avospedagem era claramente complementar com o do C.D.S., pois um não invalidava o outro. E um não era melhor, nem mais eficiente do que o outro. Não percebia, nem os Bracarenses iriam perceber, fora de portas da Assembleia, o porquê do P.S. votar contra uma proposta que, mais uma vez, reforçava que podia ser um reforço quer na rede social, quer por outro lado um projeto que poderia ir de encontro ao combate da solidão de cerca de três mil e quinhentos idosos deste município e ainda reforçando precisamente com aquela base de voluntariado de jovens que estariam disponíveis em ajudar as pessoas mais idosas do município. Não compreendiam, mas o P.S. ficava com essa responsabilidade e com esse ónus de responder na rua às pessoas mais velhas, aos Bracarenses, o porquê de não gostar de influenciar positivamente, só porque vinha do lado da oposição, uma proposta que era claramente positiva para o nosso município. Posta à votação foi a presente recomendação rejeitada por maioria, com os votos contra do P.S., da C.D.U., do B. E. e do Grupo dos Independentes e com os votos favoráveis do C.D.S.-P.P., do P.S.D. e do P.P.M.. A palavra foi dada à Srª Deputada da C.D.U., CARLA MARIA DA COSTA E CRUZ para, em Declaração de Voto dizer ao Sr. Deputado Francisco Mota que a C.D.U. tinha votado contra aquela recomendação porque, primeiro, não era uma 132 competência da Câmara Municipal; segundo, o Sr. Deputado Francisco Mota devia era enviar aquela recomendação ao Ministro Mota Soares, principal responsável pelo abandono, pelo isolamento, pela pobreza dos idosos. O que era bom para o nosso país e para o nosso município era o derrube do Governo do P.S.D./C.D.S., eleições imediatas e a construção de uma política alternativa. Interveio o SECRETÁRIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE GUALTAR, SR. JOÃO PAULO CARVALHO VIEIRA para proceder à apresentação de uma Moção do P.S. que realçava que o processo de constituição de mega agrupamentos de escolas, no concelho de Braga, estava formalmente concluído, tendo-se já formalizado o processo de tomada de posse das Comissões Administrativas Provisórias designadas por CAP’s. Em Braga impuseram-nos, a partir de agora, cinco mega agrupamentos de escolas. Passamos a ter, imediatamente, ajuntamentos espartilhados de mais de três mil alunos do pré-escolar até ao décimo segundo ano. Escaparam, para já, por razões particulares, os agrupamentos de Escolas André Soares e Francisco Sanches. Tais fusões resultavam da publicação, feita pelo atual governo, do Despacho número cinco mil seiscentos e setenta e quatro traço F barra dois mil e doze, de vinte e seis de abril, onde se enumeravam um conjunto de princípios e critérios orientadores e que foram levados em conta na integração de escolas e na fusão destes agrupamentos escolares. No Partido Socialista não se ignorava o facto de que a criação de agrupamentos verticais poderia permitir melhorias na sequencialidade pedagógica e no acompanhamento do percurso dos alunos ao longo da sua carreira escolar. O princípio era correto e concordavam até que dele se poderiam retirar benefícios pedagógicos concretos. No entanto, a fórmula de aplicação deste princípio, levado a cabo pela maioria PSD/CDS, destruía por completo todo e qualquer aspeto positivo que uma reforma desta natureza poderia trazer às comunidades educativas. Ao retirar da equação a componente pedagógica, a aceitação social de todos os intervenientes, o enquadramento socioeconómico ou a efetiva proximidade geográfica, hipotecava-se qualquer vantagem de tais decisões. Infelizmente foram apenas os números e o ECXEL que estiveram na origem das decisões. O resultado objetivo da maioria das agregações podia resumir-se no seguinte: Crianças e Jovens distribuídos por estruturas fisicamente distantes; Núcleos escolares carecidos de gestão pedagógica de proximidade e ainda quantidades de alunos dificilmente geríveis dentro dos critérios de qualidade didática e pedagógica que a nossa sociedade tinha obrigação de exigir. A solução que o governo do PSD/CDS apelidava de “agregação” era para os eleitos do Partido Socialista a esta Assembleia Municipal um processo de pura e simples “desagregação”. Enfim, tendia-se a hipotecar em tão pouco tempo, e de uma forma tão desarticulada, aquilo que o nosso país tinha de mais importante: um ensino integrado, democrático e de forte base social. Nos trinta e nove anos de democracia em Portugal o maior ensinamento que deveríamos ter retirado era o de que a proximidade e o conhecimento direto dos intervenientes em qualquer organização produzia quase sempre modelos de gestão mais eficientes, mais atentos e mais capazes de prevenir e responder às necessidades e aos diferentes problemas. Era um princípio básico que uma gestão de qualidade era sempre e necessariamente uma gestão de proximidade. Criar mega agrupamentos de direção centralizada, com dez ou mais escolas separadas por vários quilómetros de distância e com realidades sociais completamente divergentes só podia ter consequências pedagógicas desastrosas. Deste modo, a Assembleia Municipal de Braga, reunida em sessão ordinária de trinta de abril de dois mil e treze, vinha manifestar o seu repúdio 133 pela fórmula encontrada por este governo para a criação dos mega agrupamentos em Braga, manifestando-se totalmente solidária com os professores, funcionários e associações de pais que, de forma veemente, tinham combatido esta medida de mero experimentalismo social e com consequências nefastas no futuro e na vida de uma geração de cidadãos. A este propósito interveio o Sr. Deputado da C.D.U., ALBERTO CARLOS CARVALHO DE ALMEIDA para dizer que a C.D.U. não podia deixar de assinalar, segundo o texto da moção, o seu desagrado pelo facto do P.S. naquele texto admitir a criação de mega agrupamentos escolares, embora de outra forma. O quarto parágrafo era claro, o P.S. tal como no passado, também permitiu num seu Governo a criação de mega agrupamentos um pouco por todo o país, hoje, naquela Assembleia, admitia, naquele texto, que havia essa possibilidade desde que fosse feito esse processo de outra forma. Não podiam deixar de manifestar o seu descontentamento por esse facto. Ainda assim, e porque estavam de acordo com a generalidade dos argumentos que foram expostos e que contrariavam a proposta, o modelo que o Governo do P.S.D./C.D.S. apresentavam para a criação de mega agrupamentos, sugeriam propor, aliás, ao P.S. uma modificação, uma alteração àquela que era a parte deliberativa da moção, ou seja, propunha que onde se lia:” o seu repúdio pela fórmula encontrada por este governo para”, se anulasse essa parte, passando a ler-se: “manifestar o seu repúdio pela criação dos mega agrupamentos em Braga”, ou seja, anulando a parte da fórmula, porque para a C.D.U. não era o problema do modelo em si, era um problema do contexto em que se criavam esses mega agrupamentos escolares, que não deveriam ser uma solução para a reorganização escolar no concelho de Braga ou no país. Propunham que o P.S. fizesse essa alteração, tal como no passado a C.D.U. esteve disponível para fazer alterações a partes deliberativas das moções. Retomou do uso da palavra o SECRETÁRIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE GUALTAR, SR. JOÃO PAULO CARVALHO VIEIRA para esclarecer que nunca foram contra os agrupamentos, eram contra mega agrupamentos. A questão ali era de número e sobretudo do modelo, porque o modelo que criava escolas completamente distantes umas das outras, muitas vezes em contextos educativos misturados, era o que acontecia em Braga, esse nunca poderia ser um bom modelo. E era nessa perspetiva, e chamando a atenção de que uma escola com três mil e cem alunos não era o mesmo que ter mil alunos ou oitocentos alunos. Era nesse contexto que se referia naquele parágrafo que estavam a favor de algo parecido com agrupamentos, mas que não tinha nada a ver com aquele processo de mega, que provavelmente, em alguns casos, e por vontade do Governo se tornariam em híperes. Posta à votação foi a presente moção aprovada por maioria, com os votos a favor dos Grupos Municipais do P.S., dos Independentes, do B.E., da C.D.U. e de um Deputado do P.S.D. e com os votos contra dos restantes Grupos Municipais. O SR. PRESIDENTE DA MESA informou que a facilidade de os documentos serem distribuídos era uma coisa. A obrigatoriedade era outra. Os Grupos Municipais podiam tomar a iniciativa, no momento que entendessem, de apresentar os seus textos e os Senhores Deputados ouviam a leitura e se tivessem dúvida parava-se para tornar a ouvir, de modo a que a votação não tivesse nenhum equívoco. Foi assim que se fez. Era assim que se faria. Para proceder à apresentação de mais uma Moção, usou da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., JOÃO ALBERTO GRANJA DOS SANTOS SILVA para referir que a maioria socialista que governava a Câmara Municipal de Braga deliberou recentemente, “orgulhosamente só”, concessionar, por quinze anos, 134 a privados a gestão e exploração do estacionamento pago na via pública através do recurso a parcómetros; Inexplicavelmente e para surpresa de quase todos, poucos dias após a atribuição da concessão, o executivo socialista autorizou um alargamento muito significativo do número de ruas cobertas por parcómetros, mais vinte e oito e muitas delas de caraterísticas residenciais; Esta medida, ao contrário do que foi veiculado pelo vice-presidente da Câmara, resultou de uma decisão exclusiva da atual maioria socialista e não foi feita ao abrigo de qualquer pretensa deliberação unânime do executivo de há mais de uma década atrás que, porque inexistente, jamais foi apresentada publicamente; Esta decisão, apresentada sem qualquer tipo de fundamentação razoável, veio agravar ainda mais as dificuldades do comércio no centro da cidade, dificultar a dinamização do Centro Histórico e penalizar as condições de vida dos Bracarenses numa conjuntura reconhecidamente difícil; Aliás, de forma injusta e ao arrepio da prática corrente nos demais municípios, das recomendações da União Europeia e dos mais elementares princípios de sensibilidade social, entendeu a maioria socialista onerar também com esta medida os cidadãos deficientes sem salvaguardar sequer as condições operacionais de acesso aos parcómetros; Era facilmente percetível o objetivo de, a qualquer preço, obter receitas extraordinárias e volumosas que pudessem assegurar o foguetório pré eleitoral mesmo que para isso se penalizassem fortemente os Bracarenses e se comprometessem as receitas de futuros executivos autárquicos; Só o Partido Socialista conseguiu ver mérito nesta decisão e que levou até o líder da sua bancada na Assembleia Municipal, o Deputado Marcelino Pires, na última sessão a afirmar que “ao contrário do que se dizia era uma medida amiga dos moradores e dos comerciantes”; Este experimentalismo e a gestão “a olho” numa matéria tão importante como esta revelavam bem a ausência de uma política de mobilidade sustentável que deveria nortear a ação do município; Volvidos alguns meses após o início da concessão e do posterior alargamento do número de ruas cobertas por parcómetros já era possível fazer um balanço objetivo de como era desastroso o impacto desta iníqua decisão. O consenso era geral e unia comerciantes, habitantes e automobilistas que necessitavam de estacionar no centro da cidade. As pessoas estavam revoltadas com esta injustificada e oportunista decisão e percebiam bem as motivações que estavam na sua origem. A gestão da empresa que tinha protagonizado episódios caricatos de falta de gestão e a postura de obsessiva caça à multa tinham agravado as reações muito negativas dos cidadãos. Era já hoje claro que o repúdio das pessoas em relação a esta medida levou ao abandono ostensivo do centro histórico da cidade o que mais penalizava os estabelecimentos comerciais aí sedeados. Aliás, ao afamado deserto pedonal urbano conseguiu esta maioria socialista juntar o deserto automóvel nas ruas em que foram instalados parcómetros; Assim, a Assembleia Municipal de Braga, reunida em trinta de abril de dois mil e treze, sob proposta do Grupo Municipal do PSD, deliberava: Um Recusar o alargamento do estacionamento pago a mais ruas da cidade de Braga; Dois - Solicitar a revogação do Despacho do Presidente da Câmara Municipal que surpreendentemente estendeu o estacionamento pago a mais vinte e oito artérias da cidade já depois de ter decidido a concessão em causa. Posta à discussão, usou da palavra o Sr. Deputado do P.S., JOSÉ MARCELINO DA COSTA PIRES para inicialmente avivar a memória do Sr. Deputado João Granja e lembrar-lhe apenas que em dois mil e três, o P.S.D. tinha votado, favoravelmente, o alargamento do aparcamento pago a cerca de cem ruas da cidade de Braga. Há dez anos. Por outro lado, falou em experimentalismo, 135 gostaria que o Sr. Deputado João Granja falasse também ali, se era que sabia, do experimentalismo na cidade do Porto, na cidade de Espinho, em Vila Verde, noutras cidades que eram geridas por Câmaras do P.S.D.. Gostaria que lhe dissesse se era também experimentalismo, uma vez que o estacionamento foi concessionado também a privados. Interveio depois o Sr. Deputado da C.D.U., JORGE MANUEL SARIO DE MATOS para, em primeiro lugar, desafiar o Sr. Deputado a mostrar a ata da decisão unânime de dois mil e três, na criação desses lugares de estacionamento. Estava desafiado e havia de a apresentar. Em segundo lugar, dizer que se percebia porque o Sr. Deputado Granja não distribuiu, porque de facto foi ali ler uma cópia, nas suas palavras, exatamente de uma moção semelhante que a C.D.U. apresentou na anterior sessão da Assembleia. Pensava que isso era aproveitar um período pré-eleitoral para acordar para uma posição que a C.D.U. há bastante tempo ali colocou, inclusive lembrando que houve um abaixo-assinado com mais de quatro mil assinaturas. Havia duas intervenções, a seu ver, infelizes. Voltou a usar da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., JOÃO ALBERTO GRANJA DOS SANTOS SILVA para responder, em primeiro lugar, ao Sr. Deputado Matos, apenas para dizer que a posição do P.S.D. era aquela, era conhecida e, por isso, se de facto era coincidente com a da C.D.U., só viam vantagem nisso e achava até que deveria ser motivo de congratulação para a bancada que a questão fosse retomada, porque tinham a oportunidade de ali ir reforçar a sua argumentação. Poderia ser que até hoje tivessem mais compreensão da bancada do P.S. e uma posição daquele género conseguisse surtir o efeito que a moção da C.D.U. não conseguiu na data em que foi votada. Ficava, pelo menos, o esforço e ficava reforçada a argumentação. Agora, era importante que se dissesse ali, ficando formalmente feito o desafio ao líder da bancada do P.S., que provasse o que disse em relação à deliberação unânime da Câmara em dois mil e três, porque não existia. Aquela questão foi suscitada já por outra pessoa, que iria citar. Foi desafiada a provar o que estava a dizer, e não conseguiu fazê-lo, porque se aquela decisão tivesse sido aprovada por unanimidade, teria sido publicitado e ela não pode ser publicitada precisamente porque foi o Presidente da Câmara a produzir essa decisão e não o Executivo no todo. Mas o facto do líder da bancada do P.S. ter levantado ali aquela questão, nos termos em que levantou, tinha um objetivo, e era isso que tinha que ser colocado sobre a mesa. Quem tinha que falar sobre aquela matéria e devia esclarecer aquela matéria, era o Vereador que a essa data, em dois mil e três, tutelava o pelouro, e esse Vereador não era Marcelino Pires, era Vítor Sousa, o atual Vice-Presidente da Câmara, que desde dois mil e três tinha as mãos, usando uma expressão que era dele, “na massa”, daquela questão dos parcómetros. E esse sim era quem devia usar ali da palavra para explicar o que se tinha passado. Esse conjunto de cem ruas, que teve que vir a ser alterado, era da lavra do Executivo de dois mil e três, da responsabilidade do Presidente da Câmara, mas onde o responsável do pelouro era Vítor Sousa. Por isso, mais importante que o Sr. Deputado Marcelino Pires ir fazer a apologia e ir dizer ali que os comerciantes estavam satisfeitos e os habitantes estavam satisfeitos com aquela decisão, importante era ouvir a palavra do Sr. Vereador que, ainda por cima, tinha hoje competência reforçada e era importante ouvir da boca dele se, de facto, chegaram à Câmara, como tinha sido dito pelo mesmo Deputado na última sessão, abaixo-assinados e pedidos a pedir parcómetros para as ruas. Importante era levar ali os elementos e os factos, porque de, de facto, se fazia referência aos elementos, mas ninguém via nada, era, no mínimo, curioso que o Sr. VicePresidente da Câmara continuasse mudo e calado, naquela matéria que era tão delicada, que era tão ofensiva dos direitos dos Bracarenses, que tinha gerado 136 tanta revolta e tanta polémica, e ele continuava mudo e calado, não assumindo sequer a sua quota de responsabilidade de Vereador que tinha assumido parte da decisão naquela matéria ao longo do tempo e que a conhecia bem, pelo menos, desde dois mil e três. Isso era que importava esclarecer, porque aí ficavam os Deputados Municipais, os Presidentes de Junta e os cidadãos Bracarenses esclarecidos em relação à responsabilidade que o P.S. tinha naquela matéria e, em particular, o Sr. Vice-Presidente da Câmara, Vítor Sousa, que sempre esteve associado àquelas matérias e, em particular, ao pelouro que tutelou aquelas matérias. Interveio de seguida o VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA, SR. VÍTOR MANUEL AMARAL DE SOUSA para dizer que percebia a exaltação do Sr. Deputado João Granja relativamente àquela matéria, e já tinham explicado e dado razões mais do que suficientes, que gerir e gerar mobilidade sustentável tinha, de facto, medidas, que muitas das vezes, eram penalizadoras, mas tinham um grau de benefício àquilo que hoje se via e assistia na cidade de Braga. Mas também percebia que sob o ponto de vista político e sob o ponto de vista da sensibilidade do momento político, o Sr. Deputado João Granja não se inibia de copiar uma moção da C.D.U. para ir novamente reacender aquela questão. Percebia. E ficou ali claro. Mas queria-lhe dizer uma coisa, de facto a introdução dos meios mecânicos de controlo de tempo na cidade de Braga foi uma proposta inicial do Sr. Vereador Engenheiro Casais Baptista, em que todas as forças políticas representadas no Município votaram favoravelmente. E queria dizer que em dois mil e três, não foram definidas nominalmente artérias onde esses meios iriam vigorar. Nesse ano de dois mil e três existia um edital que delimitava a zona de intervenção dos parcómetros e teria muito gosto em fazê-lo chegar na quinta-feira. Retomou do uso da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., JOÃO ALBERTO GRANJA DOS SANTOS SILVA para realçar que aquela moção tinha, pelo menos, uma virtude, fez com que o Sr. Vice-Presidente quebrasse o silêncio, pesasse embora as explicações tivessem sido pobrezinhas e, sobretudo, não tivesse explicado o essencial. O que foi dito era uma tentativa de explicar o que era difícil de explicar. Mas o que não foi explicado era como tinha sido possível pôr uma concessão a concurso e haver atribuição de ruas, depois dessa mesma concessão. Isso era transparência? Era um comportamento correto? Era uma forma límpida de colocar as questões? Não era. Se de facto se tinha que assumir aquelas questões com transparência, com rigor, com clareza, até porque estavam a bulir com a vida dos cidadãos, não era correto atribuir uma concessão e passado alguns dias, mais vinte e oito ruas foram acrescentadas àquela lista, sobretudo quando muitas dessas ruas tinham características residenciais. Isso era o falsear das regras do jogo. Isso era servirem-se de qualquer meio para alterar as circunstâncias da concessão e era, sobretudo, uma forma descarada de gerar receita para um processo pré-eleitoral, para tentar, à boca de eleições, fazer o habitual folclore e promover meios. Desta vez não havia sintéticos, haveria, com certeza, outras coisas para fazer e houve necessidade de gerar receita, mesmo que para isso tivessem que comprometer as receitas dos Executivos vindouros. Era isso que era preciso que fosse explicado e era isso que o Sr. Vereador Vítor Sousa devia explicar e fundamentar para assumir por inteiro a plenitude da paternidade dessa medida. Ficar só suavemente pela rama, era muito pouco. Posta à votação foi a presente moção rejeitada com os votos contra do P.S. e do Grupo dos Independentes; com a abstenção de dois Deputado do Grupo dos Independentes e com os votos a favor dos restantes Grupos Municipais. Para apresentar uma Declaração Política, usou da palavra o PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE CABREIROS, SR. JOSÉ OLIVEIRA DA SILVA, para começar por citar 137 “precisamos de valorizar cada vez mais a palavra, para que quando ela é proferida se possa acreditar nela”. As palavras eram do atual Primeiro-Ministro e foram por ele utilizadas em dois mil e onze em contexto de pré-campanha eleitoral para as legislativas desse ano. Disse: “Precisamos de valorizar cada vez mais a palavra, para que quando ela é proferida se possa acreditar nela”. Já agora, permitissem-lhe que continuasse com outras citações da mesma personagem, no mesmo contexto: “Não aumentaremos os impostos”; “ Não se pode gerir um país sem crescimento”; “Não privatizaremos ao desbarato para arranjar dinheiro para tapar o défice”; “A solução deve vir do corte da despesa e não do aumento da receita fiscal”; “Não contarão comigo para mais ataques à classe média”; “Que não matemos o doente com a cura”; “Não basta austeridade e cortar cegamente”; “Não se pode atacar alicerces básicos do estado social”; “Acabar com o décimo terceiro mês é um disparate”; “O Iva não é para subir”; “Não quero ser Primeiro-Ministro para dar empregos ao P.S.D.”; “Nunca iremos dizer que desconhecíamos a realidade. Nós temos noção de como as coisas estão”. Chegado ao Governo, com aqueles embustes e com aquelas mentiras, facilmente se viu o valor que o nosso Primeiro-Ministro dava à palavra. Rigorosamente nenhum. Chegado ao poder, o líder do P.S.D., que dizia conhecer bem a situação do país e ter os estudos necessários para tirar Portugal da crise. Adotou uma postura e uma política completamente antagónica e contrária aos seus compromissos com os Portugueses. Pior que isso, tinha um acordo assinado com os nossos credores internacionais, que implicava já uma severa austeridade para os Portugueses e numa profunda deriva de oportunismo político, aproveitou para pôr em prática a sua agenda ideológica de direita, bem revelada, aliás, na intenção que teve em reduzir a TSU para as empresas à custa dos trabalhadores. De uma forma completamente imprudente e irresponsável, quis ir além da austeridade que o memorando de entendimento com a Troika significava. Vai daí, somou continuamente a austeridade à austeridade. Escolheu o caminho do empobrecimento do país e da destruição da nossa economia, de tal forma que, de revisão em revisão, já íamos em sete, o acordo com a Troika era hoje imensamente diferente do inicial, com os resultados que todos conheciam. Diziam alguns políticos afetos ao P.S.D. e ao C.D.S. que “todos sabemos o que nos trouxe até aqui”. Permitissem-lhe que dissesse que no P.S. sabiam o que os levou ao pedido de assistência financeira internacional. Em primeiro lugar, algumas decisões políticas menos acertadas reconheciam. Em segundo lugar, ouvissem, uma conjuntura de profunda crise económica e financeira internacional que os atuais governantes, então na oposição, quiseram sempre negar e que agora invocavam para justificar os seus fracassos. E em terceiro lugar, a voracidade de uma oposição liderada pelo Dr. Pedro Passos Coelho, que impaciente e ávida de poder, colocou acima dos interesses do país, os ditames partidários e não aceitou os consensos necessários para ajudar o Governo de então a aplicar as medidas tidas como adequadas para salvar Portugal da ajuda externa. Sabíamos o que nos trouxe até ao pedido de ajuda externa, mas sabíamos também o que nos trouxe, desde esse pedido, até aqui. Uma política financeira completamente errada de cortes cegos que criaram a tal espiral recessiva, que até o insuspeito Sr. Presidente da República reconhecia. Uma política de ausência de estratégia económica para pôr o país a crescer e a criar riqueza. Um ataque aos princípios basilares da nossa Constituição na senda da destruição social que era, no fundo, a agenda escondida deste Governo. Consequências desta política: miséria; fome; desigualdades sociais; falhanço completo nas previsões do desemprego, cerca de um milhão de desempregados, a taxa mais elevada em tempos de democracia, dezassete vírgula cinco por cento; trinta e oito vírgula três por cento de jovens 138 desempregados, cuja única saída parecia ser a emigração. Sabíamos que isso não chocava a determinadas alas do P.S.D.. Mais de cinquenta e cinco por cento de desempregados sem qualquer subsídio de desemprego. Perante isso, o que fazia o Governo? Nada. Com a maior das naturalidades, sem qualquer repugnância ou choque. Assistíamos, por outro lado, a um falhanço completo das previsões, tínhamos uma economia em profunda recessão. A política financeira deste Governo era um autêntico desastre, não acertavam uma única previsão. A somar à crise do país, tínhamos a crise instalada no seio do próprio Governo, crise essa que nem as simuladas remodelações a conta-gotas conseguiam disfarçar. Tínhamos um Governo sem rumo, sem orientação, dividido entre as folhas excel do Ministro Gaspar e a tentativa do Ministro Portas em escapar, sem se molhar, por entre os pingos da chuva diluvial que se abateu sobre os Portugueses. Portas estava sempre contra as medidas mais impopulares, tudo fazia para as evitar, mas lá acabava por aprová-las. O filme que se repetia. Sem rumo e sem orientação, o Governo vinha agora encenar apelos a consensos. Durante dois anos fez ouvidos de mercador às propostas do P.S.. Maltratou este partido, desvalorizando-o e menosprezando as suas ideias e os seus protagonistas. Agora que sentia o chão a fugir-lhe debaixo dos pés, vinha pedir proteção e cobertura. Da parte do P.S. a resposta era clara, não contassem com o P.S. para abrigar os seus falhanços. Foi a irresponsabilidade deste Governo que nos trouxe até aqui. Um país em crise, com um Governo em decomposição, com uma coligação esfacelada, com quem os Portugueses não podiam contar. A agravar este negro panorama de descrédito e de falta de esperança, encontravam os Portugueses um Presidente da República que não os defendia e se recusava ser a voz de todos os cidadãos nacionais. Era necessário rever as condições do nosso ajustamento financeiro, pois nenhum credor desejaria o definhamento dos seus devedores. Da esquerda à direita, em Portugal e no mundo, quase todos afirmavam que o caminho da austeridade cega não conduzia a qualquer bom resultado. Era tempo do nosso Governo assumir uma clara mudança de políticas ou então de se mudar de Governo. Pelo P.S. estavam preparados. Vamos a isso, porque Portugal e os Portugueses mereciam, rematou o interveniente. Interveio depois o Sr. Deputado do B.E., ANTÓNIO MEIRELES DE MAGALHÃES LIMA para apresentar outra Declaração Política, tendo começado por dizer que era curioso o comportamento do centrão. O P.S. criou o vírus, o P.S.D. em vez de matar o vírus, matava o infetado. Isto, acrescentou, considerando o valor da palavra que ali foi defendido, ajudava-os a perceber porque era que de facto os eleitores, cada vez mais, se iam afastando dos partidos do centrão. Com manifestações diversas em todos os municípios do país, organizadas pelas autarquias ou por grupos de cidadãos, celebrou-se na passada quinta-feira o trigésimo nono aniversário da revolução de abril. Também em Braga, na sequência do que vinha acontecendo todos os anos, a União dos Sindicatos de Braga juntamente com outras associações cívicas do concelho organizou uma concentração/manifestação convocando todos os cidadãos para a Praça da República, Arcada. Acontecendo esta Assembleia Municipal cinco dias após a comemoração do aniversário do vinte e cinco de abril, queriam, associando-se às comemorações, congratular-se com todos quantos fiéis ao ideal da liberdade que aquela data comemorava, saíram à rua ou de qualquer forma o celebraram. Não obstante o simbolismo do vinte e cinco de abril e o seu significado para todos os Portugueses, foi com estupefação que constataram a tentativa do Sr. Vice-Presidente da Câmara para se apropriar das comemorações levadas a efeito pela União dos Sindicatos de Braga, transformando a concentração popular numa ação da sua campanha eleitoral. Atitude triste mas nada que os admirasse. Bastava passar os olhos pela imprensa local das últimas 139 semanas, para constatar que o Sr. Vice-Presidente estava obcecado pela manutenção do poder. E não olhava a meios. Não seria de estranhar, na sequência do laudatório ao Sr. Cónego Melo no jantar de homenagem, que ainda se tornasse promessa de campanha do Sr. Vice-Presidente encontrar o local para a famigerada estátua. Tudo isto na semana em que o Tribunal da Relação de Guimarães considerou não credível o depoimento que o Sr. Vice-Presidente prestou no Tribunal de Braga no âmbito do processo que opunha a Rádio Universitária do Minho à Rádio Antena Minho, da qual foi administrador. Bem podia o Sr. Vice-Presidente afirmar, como disse no seu discurso da dita manifestação de campanha, que o Município de Braga nunca esqueceu os valores de abril. Sendo certo que não subscreviam tal afirmação, consideravam que o Sr. Vice-Presidente candidato não era a pessoa indicada ou para usar o termo do Tribunal da Relação, credível, para conduzir o Município de Braga pelos caminhos que abril abriu. PONTO NÚMERO UM – APROVAÇÃO DA ATA DO DÉCIMO MANDATO NÚMERO VINTE E UM BARRA DOIS MIL E TREZE, DE UM DE MARÇO. Submete-se à aprovação da Assembleia Municipal a ata do décimo Mandato número vinte e um barra dois mil e treze, referente à sessão ordinária realizada em um de março. Posta à votação foi a referida ata aprovada por unanimidade. PONTO NÚMERO DOIS – REGULAMENTO DE PROPAGANDA POLÍTICA E ELITORAL. Submete-se à apreciação e aprovação da Assembleia Municipal o Regulamento de Propaganda Política e Eleitoral. O SR. PRESIDENTE DA MESA informou que o presente Regulamento veio proposto pela Comissão de Assuntos Económicos, Empresas Municipais e Turismo que tinha ficado encarregue de apurar o texto final o mais consensual possível. Posto à discussão, usou da palavra o Sr. Deputado do B.E., CARLOS CORREIA TELES para referir que o B.E., quanto ao presente Regulamento, não podia concordar com ele principalmente porque no seu artigo segundo, número dois, limitava a fixação de propaganda política e eleitoral no Centro Histórico de Braga a cartazes das candidaturas às freguesias e essa limitação era manifestamente inconstitucional. Não tinha justificação, não tinha a ver com a proteção do Centro Histórico. Por que motivo só as candidaturas às freguesias poderiam ser colocadas nesse local? Por isso iriam votar contra o referido Regulamento, por não aceitarem e ser claramente inconstitucional. Tomou o uso da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., PAULO ALEXANDRE LOPES DE CARVALHO VIANA, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÓMICOS, EMPRESAS MUNICIPAIS E TURISMO para esclarecer que o Regulamento resultou de uma discussão na Comissão. Havia cinco questões que tinham sido suscitadas pela C.D.U.. Em quatro delas conseguiu-se alcançar consenso entre todos os partidos. Quem verificasse o Regulamento que foi à Assembleia juntamente com o Regulamento de Propaganda Comercial e o agora aprovado conseguiria ver as diferenças, mas se lessem as atas que também foram enviadas, veriam também essas diferenças. Com exceção de uma única norma, que foi aquela que o Sr. Deputado do B.E. abordou, em que realmente não se logrou obter nenhum consenso. A C.D.U., o B.E. e o C.D.S. votaram contra a norma que tinha sido proposta pelo Executivo. A C.D.U. não votou na Comissão, mas o Sr. Deputado Carlos Almeida estava presente como observador e foi, aliás, a C.D.U. quem tinha suscitado todas aquelas dúvidas, também disse que não concordava com aquela norma. O interveniente absteve-se nessa votação, tendo feito uma declaração de voto em que explicava que tinha dúvidas sobre a constitucionalidade do referido articulado. Percebia, por um lado, a motivação do Município, mas, por outro, achava que a comparação que estava a ser feita aqui era um direito fundamental e poderia ser excessiva. Não 140 pretendia transformar isso numa questão jurídica e técnica, embora ela o fosse. Quem quisesse ler a declaração de voto e a ata veria todas as cinco questões que foram suscitadas e a forma como se chegou a uma solução de consenso, com exceção daquela. Usou ainda da palavra o Sr. Deputado da C.D.U., RAÚL ALFREDO CARDOSO PEIXOTO DA SILVA para realçar que essa não era só uma questão jurídica, era uma questão jurídica e política, ou seja, era uma questão jurídica sabendo que a lei era onde se versava os princípios políticos que se impunham às populações. A deliberação ali tomada pela Comissão era, quanto à C.D.U., politicamente e, no mínimo, revoltante. A Câmara Municipal e a Comissão, com a norma que ali impuseram, o que diziam, muito claramente, era que, impedir a propaganda política no Centro Histórico de Braga, conhecendo-se as limitações do Centro Histórico, estava proibida a propaganda política em Braga. E, ainda por cima, era uma discriminação negativa da propaganda política em relação à publicidade comercial e à publicidade cultural, porque se se confrontasse este com o Regulamento anteriormente votado, verificava-se a existência de impedimentos para a propaganda política que não foram colocados à propaganda eleitoral, à publicidade comercial e à publicidade cultural. Isso significava que para a Comissão e para a Câmara Municipal, que levou o Regulamento, era evidente que a propalação das ideias merecia mais restrições do que a propalação dos produtos. E se politicamente era inadmissível aquele Regulamento, a Comissão sabia, perfeitamente, que juridicamente, o referido Regulamento era inconstitucional. O Regulamento do Porto tinha uma norma idêntica e menos gravosa, e foi declarado inconstitucional. Portanto, aquela deliberação era politicamente inadmissível. Juridicamente inconstitucional. E perguntava-se, como era possível que o P.S., conjugado com o P.S.D. e o C.D.S., que teve nos seus quadros homens como José Salgado, Salgado Zenha, Cunha Coelho, Tinoco de Faria, com quem teve a honra de lutar pelas liberdades democráticas que hoje estavam ali a saudar, como era possível, ter chegado àquele ponto? Mas era, infelizmente, possível. Porque também tinha sido este P.S., com o P.S.D. e o C.D.S. que nos tinham impedido, com a lei da rolha, e limitaram a intervenção naquela Assembleia. E eram esses ataques às liberdades de abril, que o faziam continuar a pensar que aquela homenagenzinha, feita pela calada da noite, com o P.S., o P.S.D. e o C.D.S. ao símbolo máximo do fascismo em Braga, que foi o Santos da Cunha, provavelmente não foi uma omissão, mas foi uma orientação política. Em relação a isto, disse, queria lembrar ao P.S. que na sua moção de voto de saudação do vinte e cinco de abril, diziam que no abril de hoje a ameaça à liberdade encontrava-se principalmente fora de Portugal. Infelizmente era mentira. Encontrava-se também em Regulamentos como aquele. Era, por isso, que a C.D.U. tinha duas coisas a dizer: primeira, que votava contra; segunda, era que em regulamentos daquele tipo, quer os propostos depois do vinte e cinco de abril, como aqueles iguaizinhos que eram propostos antes do vinte e cinco de abril, só tinham uma posição que assumiam sempre, não cumpriam. Interveio depois a Srª Deputada do C.D.S.-P.P., MARIA ISABEL MAGALHÃES MEXIA MONTEIRO DA ROCHA que disse que pretendia esclarecer que já tinha sido ali dito que o C.D.S. relativamente àquele artigo e na Comissão tinha votado contra. Portanto, o Sr. Deputado que a antecedeu fez observações de quem não estava atento ou de quem não leu a documentação, porque resultava da documentação enviada que o C.D.S. relativamente àquele artigo específico votou contra, o que não queria dizer que, no seu todo, considerasse o Regulamento negativo, razão pela qual se iria abster. Exatamente por não concordar com um dos pontos sobre o qual se pronunciou na Comissão e sobre o qual votou contra. Posto à votação foi o presente regulamento aprovado 141 por maioria, com os votos contra da C.D.U., do B.E., de um Deputado do P.S. e de dois Deputados Independentes; com a abstenção do C.D.S.-P.P. e de um Deputado do P.S.D. e com os votos favoráveis do P.S. e do Grupo dos Independentes. PONTO NÚMERO TRÊS – REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE JUVENTUDE DE BRAGA. Submete-se à apreciação e aprovação da Assembleia Municipal o Regulamento do Conselho Municipal de Juventude de Braga, nos termos do artigo vigésimo quinto da Lei número oito barra dois mil e nove, de dezoito de fevereiro, alterada e republicada pela Lei número seis barra dois mil e doze, de dez de fevereiro. Posto à votação foi o presente regulamento aprovado por maioria, com os votos contra da C.D.U.; com a abstenção do B.E. e com os votos favoráveis dos restantes Grupos Municipais. Para apresentar uma Declaração de Voto, usou da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., JOÃO FILIPE MONTEIRO MARQUES para referir que votavam hoje e finalmente o Regulamento do Conselho Municipal de Juventude de Braga, cumprindo o que era de lei e permitindo o que era de justiça. Durante tempo demais os jovens do concelho e as associações que os representavam estiveram afastados das preocupações da autarquia. O adágio popular “longe da vista, longe do coração”, aplicava-se aqui com inteira propriedade, tendo o desterro a que todos foram votados sido a forma mais eficaz que este executivo encontrou para condenar ao esquecimento o movimento associativo juvenil do concelho. A força de bloqueio que impediu a concretização deste momento mais cedo não seria esquecida pela cidade e mereceria o devido juízo na altura própria. Interessava, por isso, manifestar, mais do que o regozijo, o alívio por poderem oferecer a Braga um órgão de democracia plena, que se queria agregador nos propósitos e mobilizador na ação. Da parte do Partido Social Democrata e da Juventude Social-democrata em particular, sobrava a vontade de, a partir de agora, e respeitando aquilo que sempre preconizaram para o Conselho Municipal de Juventude, colaborar ativamente na valorização permanente do associativismo jovem e, através dele, melhorar as políticas dedicadas à nossa geração. Queriam, hoje como sempre, fazer parte da solução e não do problema. Estavam, como sempre, ao lado da juventude bracarense na busca incessante da melhoria das condições de vida de todos. Era por isso que, num momento particularmente difícil para jovens e menos jovens, não se contentavam com meras declarações de intenções. Não bastava, como estava mais do que provado, por exemplo, pelo relatório que ali lhes foi levado pela autarquia, a inscrição de vontades num pedaço de papel. Aquele regulamento não podia ser visto como um fim em si mesmo, ele era apenas o pilar essencial que permitiria enquadrar devidamente a atividade do órgão que agora se criava. Sim, repetia, que agora se criava. Como se declarava no preâmbulo do regulamento, a Câmara Municipal reconhecia o que vinham dizendo há anos a esta parte, ou seja, não existia, em Braga, antes, durante e depois da Capital Europeia da Juventude, e até hoje, qualquer Conselho Municipal de Juventude. A autarquia podia, se assim o entendesse e se a realidade o permitisse, adaptar aos ditames da nova lei o regulamento do alegado Conselho Municipal de Juventude, que o Partido Socialista sempre disse existir, mas não o fez bem sabendo que a desfaçatez tinha limites. Preferiu, e bem, dissesse-se em abono da verdade e da realidade, criar de raiz o Conselho Municipal de Juventude e deixou para a história a certeza dessa opção. Cumpria ainda destacar um ponto que sempre defenderam e que, de forma positiva, viram incluído naquele regulamento. A consagração de um espaço próprio no edifício “Generation” como sede do Conselho Municipal de Juventude surgia como a decorrência natural daquilo que era o seu desejo para aquele espaço um local de integração da riqueza das diferenças que cada um a cada 142 associação transportava, num prisma de permanente partilha de conhecimentos e experiências. Isso sem gastar um cêntimo, ao contrário do modelo de gestão daquele espaço. Finalmente, não podiam deixar de saudar a participação de todos os grupos municipais na feitura do regulamento, o que, por certo, contribuiu para melhorar o documento e incluir as sensibilidades de todos no seu texto. Faltava, contudo, fazer tudo aquilo que ainda não foi feito. A abundância de associações juvenis não tinha correspondido, por parte da Câmara Municipal, uma postura de incentivo e promoção do se papel na sociedade e na vida democrática concelhia. O peso de betão tinha superado largamente a leveza e frescura da participação jovem. Também aqui não bastavam quatro paredes para que se pudesse proclamar a existência de uma casa, neste caso a casa da juventude. À autarquia caberia, por isso, a árdua tarefa de se contrariar a si própria e conseguir fazer, com as mesmas pessoas de sempre, o completo contrário do que até aqui veio fazendo. Não se estranhava, pois, que temessem o pior mas, no espírito de boa-fé com que sempre marcaram a sua atividade política, esperavam o melhor. Caso, porém, se confirmassem as suas piores expetativas, cá estariam, daqui a alguns meses, para tomar em mãos os destinos do concelho e emendar os muitos erros que este executivo e esta maioria lhes legaram. Nesta conformidade, era, como já teve a oportunidade de afirmar, com alívio, que o grupo municipal do PSD Braga se associava à criação deste órgão, cumprindo aquele que era um seu desejo de há muito, votando favoravelmente este regulamento. Posteriormente usou da palavra o Sr. Deputado do C.D.S.P.P., FRANCISCO JOSÉ PERES FILIPE MOTA para, em Declaração de Voto, realçar que muito mais do que fazer um balanço daquilo foi a cidade e Braga, a Capital Europeia da Juventude, a juventude comum toda não ter um espaço de discussão e na perspetiva de olhar as políticas de juventude para Braga, porque isso já tiveram oportunidade de refletir naquela Assembleia Municipal e até mesmo publicamente o C.D.S. e a Juventude Popular em declarar a importância daquele mesmo órgão, era necessário olharem o futuro a partir de agora e deixar claro, naquela Assembleia e naquela declaração de voto, que para o C.D.S. o que era fundamental era que o Conselho Municipal de Juventude não fosse só única e exclusivamente um sinal eleitoralista. Desafiavam, a partir daquele momento, o Vereador da Juventude e dizer que podia contar com o C.D.S precisamente para fazer aquele trabalho que há muito não foi feito por Braga e pelos jovens, que era ir associação a associação, motivar a envolvência de todos os jovens, de todas as associações e fazer do Conselho Municipal de Juventude um órgão representativo de todos e para todos os jovens. Para o C.D.S. era fundamental essa congregação de vontades, que fosse da esquerda, quer fosse da direita, quer fosse daqueles ou dos outros. O que era fundamental era fazer uma cidade jovem, cada vez mais forte e representativa dos seus órgãos. Esperavam que através do Sr. Vereador Hugo Pires e através das forças políticas que tinha assento através das suas juventudes partidárias naquele órgão consultivo do Município, de fazer da juventude uma voz ativa na construção de uma cidade e de um Município cada vez mais forte e representativo dos seus jovens. Mais uma Declaração de Voto foi presente, agora da bancada da C.D.U., pela Srª Deputada CARLA MARIA DA COSTA E CRUZ e que dizia que a CDU votou, hoje na Assembleia, contra o Regulamento do Conselho Municipal da Juventude de Braga em consonância com a votação que assumiu em sede de Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Juventude, em cuja reunião do dia três de abril apresentou uma declaração de voto que passava a reproduzir: “A CDU votou contra a proposta de Regulamento em discussão, apresentada pelo Partido Socialista, por considerar que esta, no fundamental, decorre da Lei número seis barra dois mil e doze, de dez de 143 fevereiro, à qual o PCP se opôs na Assembleia da República. Na opinião do PCP esta lei é o exemplo do que não se deve fazer quando se pretende incentivar os jovens à participação. É uma lei que visa a burocratização e parlamentarização no funcionamento dos Conselhos Municipais de Juventude e que, em simultâneo, desresponsabiliza o Estado em matéria de políticas de juventude. Em suma, na opinião do PCP, este Regulamento, tal como a Lei que o sustenta, vai, isso sim, impedir a criação e o funcionamento do Conselho Municipal da Juventude, sendo portanto um absoluto disparate que envergonha o exercício da Democracia Participativa”. PONTO NÚMERO QUATRO – DOCUMENTOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA DE DOIS MIL E DOZE. Submete-se à apreciação e votação da Assembleia Municipal, proposta do Executivo Municipal, aprovada em reunião de onze de abril em curso, relativa aos Documentos de Prestação de Contas da Câmara Municipal de Braga de dois mil e doze, acompanhado do Relatório e Parecer do Auditor Externo e do Relatório de Atividades da Comissão Arbitral Municipal/NRAU (Novo Regime de Arrendamento Urbano) e que aqui se dá por reproduzida e transcrita e vai ser arquivada em pasta anexa ao livro de atas. Posto à discussão, usou em primeiro lugar da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., HUGO ALEXANDRE LOPES SOARES para inicialmente confessar que tinha algumas saudades de ver o Sr. Presidente da Câmara Municipal naquele fórum, provavelmente para se irem habituando à sua ausência, mas mesmo assim registava a sua presença com agrado. Passando depois à matéria ora em apreço, disse que o Relatório de Atividades que a Câmara Municipal ali lhes apresentava, trazia-lhes à memória aquelas compras por catálogo que, na volta do correio, lhes causavam a maior desilusão. Quando se aprovou o Plano de Atividades (já de si pobre) a espectativa criada nos Bracarenses e nos Senhores Presidentes de Junta aumentou; quando olhavam para a realidade executada o balão esvaziava e o sentimento de frustração apoderava-se dos mais incautos que ainda acreditavam ser possível, a este executivo, mudar de rumo. Uma análise política aos documentos que estavam em votação, não resistia a uma crítica duríssima à inépcia da maioria socialista que teimava em não orientar a sua estratégia para os verdadeiros anseios dos Bracarenses. Se olhassem para as contas da Câmara Municipal a primeira ideia que lhes assaltava era a de ilusão: porque não sabiam se correspondiam à realidade (lembravam o relatório da IGF de dois mil e nove; era caso para perguntar: as faturas estariam cá todas?); porque não representavam a dívida de longo prazo assumida nas PPPS (também por cá alguém as havia de pagar); e porque, por tudo isto, demonstravam uma realidade ilusória. Assim, e numa palavra, se diria que o executivo socialista não existia na estratégia, era mau na execução e ilusionista na gestão! Não existia na estratégia, porque durante este mandato não se percebeu nunca qual a orientação de quem nos governava. Nunca perceberam o desígnio; não ficaram a saber quais as prioridades e, na retina, só ficaram as guerras internas da putativa sucessão. Senão visse-se: numa altura em que as famílias atravessavam dificuldades extremas; numa altura em que o apoio social em estreita ligação com a criação de riqueza e emprego deveriam ser as principais preocupações do Poder Local, o que fazia a Câmara Municipal? Estrangulava o comércio tradicional durante meses a fio com obras de Santa Engrácia. E quando se julgava que o pior passou, não! O alargamento das ruas só encontrava comparação na esmagadora proliferação de cogumelos cobradores onde quem queria estacionar, tinha que pagar. Sim! Falava do alargamento da zona de parquímetros que veio, depois da saída do Hospital de S. Marcos do centro da cidade, dar mais uma machadada violenta no comércio e nos bolsos dos bracarenses. Braga merecia que quem 144 gerisse os seus destinos apontasse um caminho. Este executivo, o único caminho que parecia querer seguir, era o do sentido proibido. E porque era mau este executivo na execução e ilusionista na gestão? Porque daquilo que prometia no Plano de Atividades pouco ou nada concretizava no Relatório. Porque o investimento se cifrava nos míseros trinta e seis por cento. Porque apregoava e não fazia. Porque quando fazia, fazia mal. Mas para que não se dissesse que estavam a falar de cor, valia sempre a pena instar os Senhores Presidentes da Junta: “Quantos de vós tiveram uma obrita? Quantos de vós viram cumpridas as promessas?” Os senhores eram as vítimas de oito milhões na piscina olímpica e de campos sintéticos saltitantes! Os senhores e as populações que defendiam estavam neste mandato a sentir o custo das megalomanias eleitorais do Partido Socialista Bracarense, como sempre à custa do dinheiro que tanto custava a ganhar a quem trabalhava! Mas se olhassem o Relatório de Atividades sectorialmente, havia áreas que mereciam ser destacadas e às quais não resistia. O turismo (como atividade económica que merecia todo o relevo) continuava a ser marginalizado. A promoção de qualidade de vida através da criação de espaços verdes não existia; há quantos anos se falava na requalificação das margens do Cavado, do Parque Norte, do parque das Sete Fontes? Durante anos venderam-nos ilusões; realizações zero! No desporto, o relatório de atividades era uma verdadeira delícia. A Câmara tomava para si tudo o que os outros faziam e dizia, alto e bom som, como glória da sua gestão: “Demos uma taça; demos cinco medalhas; demos dois troféus”. Ao que parecia a política desportiva da Câmara Municipal transformou-se na indústria metalúrgica dos troféus… Na cultura podia-se ler, e citava: “O Plano foi integralmente concretizado”. Pois. Mas era tão pobrezinho que nem se deu por ele! Mas não se abespinhassem por considerarem que lá estava o PSD a dizer mal de tudo! Ainda esta semana, hoje mesmo, num programa de rádio, ouviu um iminente socialista dizer exatamente o mesmo! Mas também não se admirassem: para os que já estavam em campanha, este executivo fez muita coisa mal. Uma palavra ainda para o contínuo desprezo para com as instituições de ensino superior, que continuavam marginalizadas pelo desinteresse indesculpável da autarquia no seu papel dinamizador do conhecimento e economia local e para a falta de previsão da conclusão do Plano Diretor Municipal. Já agora: seria que o Plano Diretor Municipal não ficava pronto antes das eleições porque não convinha zangar ninguém? Não era estranho que este processo se arrastasse há tantos anos? Não podia deixar de fazer ali uma nota final, um apontamento final, sobre os pelouros tutelados pelo Senhor Vice-Presidente e que vinham também eles relatados no relatório de atividades. Por consideração, mas sobretudo, porque queria ser Presidente da Câmara Municipal, tinha que se submeter àquele escrutínio. Atividades económicas; turismo; mercado municipal e obras públicas. Bem sabia que não eram super pelouros; esses ficaram para o Vereador Hugo Pires. De resto, ainda hoje não se percebeu por que o senhor Presidente da Câmara Municipal assim o fez. Foi por não confiar em Vitor Sousa e querer promover Hugo Pires? Ou foi para deixar tempo livre ao Vice-Presidente para a campanha? Ainda assim, importava reter as atividades nesses pelouros. Quanto a obras públicas, de impacto na vida das pessoas, estávamos conversados. Talvez o peso da piscina olímpica e dos relvados sintéticos pudessem aqui ser incluídos… Quanto ao mercado municipal, encontrava-se a definhar à espera que alguém o acarinhasse, o conjugasse com a cultura, com a tradição, com o turismo e o considerasse como uma verdadeira atividade económica. E bem merecia! No turismo o marasmo era total e a afronta à Igreja (que aqui tinha um papel decisivo) era uma constante. Por último, as atividades económicas; Numa altura em que os Municípios deviam 145 ter um papel fundamental na captação de investimento, na criação de riqueza, no dinamismo do mercado de trabalho o que fazia esta Câmara Municipal? No Plano de Atividades remetia o desenvolvimento económico para o quadrilátero urbano. Era, pois, de uma total demissão de responsabilidade! Mas se calhar até se percebia: às tantas, se tivesse que constar do relatório de atividades a promoção da economia, os parquímetros ocupariam três ou quatro páginas. Senhor Vice-Presidente, não bastava meter a “mão na massa” como disse num debate recente, era preciso que dessa “massa” resultassem concretizações reais para a melhoria da vida das pessoas e não meros anúncios ou exposições de motivos, sob pena de os bracarenses ficarem com aquele travo amargo de quem provava o “pão que o diabo amassou”. Exigia-se mais, muito mais quem se propunha gerir os destinos do concelho. Esta Câmara Municipal carregava em impostos os erros do passado; trazia consigo o peso de quem podia ter feito de Braga a cidade modelo; trazia consigo a herança de quem esbanjou sem pensar na verdadeira qualidade de vida das pessoas. Este relatório de atividades era o espelho de uma maioria esgotada, sem vontade e sem dinamismo. As contas eram a imagem da ilusão do que já pagamos e do que alguém iria ter que pagar. Elas eram a pesarosa âncora que nos hipotecava o futuro, o testemunho vivo do despautério socialista e o cristalino exemplo da razão dos bracarenses que, lá fora, exigiam a mudança. Por tudo isto, votariam contra. Depois foi a vez do Sr. Deputado da C.D.S., ALBERTO CARLOS CARVALHO DE ALMEIDA se pronunciar sobre a mesma questão tendo, para o efeito, realçado que os documentos de prestação de contas e o relatório de atividades da Câmara Municipal de Braga, referentes ao ano de dois mil e doze eram a imagem de uma política municipal rotineira, feita ao acaso, em função de interesses duvidosos e que, na grande maioria das situações, nunca teve em consideração os cidadãos e os seus anseios. O Partido Socialista, em maioria numérica num Executivo Municipal ideologicamente homogéneo, tinha pautado a sua ação política ao longo dos anos pela repetição de ideias e projetos, muitos dos quais nunca chegaram a ver a luz do dia. Dos documentos agora em análise, destacasse-se o malabarismo matemático com que foram tratados os diferentes temas. Mesmo quando os resultados eram negativos lá se encontrava uma maneira de comparar com dados ainda piores. Ainda assim, não foi possível esconder que a receita global do Município atingiu a valor mais baixo do atual mandato. A taxa de execução da receita rondou os setenta e dois por cento, um valor muito aquém do previsto e que representava uma perda de três virgula quatro milhões euros em relação a dois mil e onze. Mais grave ainda, a poupança corrente de dois mil e doze foi a mais baixa dos últimos dez anos. Em comparação com o ano anterior havia uma diminuição na ordem dos seis milhões de euros. As receitas fiscais, que representavam mais de quarenta por cento da receita do município, continuavam a assumir um papel preponderante, garantindo anualmente elevadas taxas de execução das receitas correntes. Pelo contrário, no que respeitava às receitas de capital, uma vez mais, a taxa de execução foi baixíssima, rodando apenas os quarenta por cento. À semelhança do ano passado e anos anteriores, o Executivo justificou o falhanço com os atrasos na aprovação de candidaturas ao QREN. Responsabilidades que ficavam sistematicamente por apurar. Ora, alguém tinha que dar a cara pelo falhanço absoluto neste capítulo. Se a culpa foi do governo PSD/CDS, porque não libertou as verbas ou atrasou a avaliação das candidaturas, então os responsáveis da Câmara deveriam dizê-lo. Se assim não foi, assumissem as suas responsabilidades. Apesar destes resultados, francamente pobres, a gestão camarária dizia orgulhar-se na “capacidade de realização de receita” do Município. Só não dizia, mas devia dizer, que essa capacidade estava 146 ligada diretamente ao saque fiscal a que os cidadãos estavam sujeitos. Notasse-se que dos oitenta e quatro milhões de euros de receita global do Município, cerca de trinta e seis milhões de euros eram provenientes de impostos e taxas municipais. Ou seja, cerca de quarenta e três por cento das receitas do município estavam a cargo dos cidadãos e das empresas. E nesta matéria, muito tinha a explicar a Coligação Juntos por Braga, que ia dizendo que os impostos municipais deviam baixar, mas tornava esse facto quase impossível quando, aliada ao Partido Socialista no Executivo Municipal, isentava os grupos económicos do pagamento do IMI durante vinte e cinco anos. Bem tinham dito: era muito mais aquilo que unia o Partido Socialista e a Coligação de direita, do que aquilo que os separava. Aliás, achavam graça o PSD, pelo facto de ali ter ido exigir da Câmara, aquilo que o seu governo andava a destruir ao longo dos últimos dois anos. Quanto à despesa do Município, a taxa de execução sendo semelhante à da receita, cerca de setenta e dois vírgula sete por cento, ou seja, menos trinta e três milhões de euros do que estava orçamentado. Desta secção, importava destacar as despesas de capital, que no fundamental correspondiam à política de investimento e descentralização de competências do Município. E no que concernia ao investimento, o ano de dois mil e doze foi uma autêntica desgraça para Braga. Dos trinta e oito milhões de euros orçamentados, apenas foram executados treze vírgula oito milhões de euros, o que representava uma execução ao nível dos trinta e seis por cento, uma execução deveras limitada e contraditória com a exaltação habitual dos dirigentes do Partido Socialista. Mas não foi por falta de aviso que tal sucedeu. Quando apresentaram as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para dois mil e doze, nesta mesma casa, bem avisaram que estavam a inflacionar o investimento, apenas para ficarem bem na fotografia, como quem, num momento difícil, iria apostar forte no crescimento local. Demagogia! Era o que lhe aprazia dizer! Bastava observar o quadro de execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI) para perceberem que muito desse investimento ficou a zero: o novo quartel para os Bombeiros Sapadores de Braga, os novos centros escolares de Gualtar ou do Bairro Duarte Pacheco, a Pousada de Juventude, que seria “uma realidade em dois mil e doze”, de acordo com suas excelências, ou ainda a recuperação do mercado municipal, adiada sucessivamente. Para além disso, notasse-se duas questões em particular, porque mais preocupantes se revelavam: a cultura e a polícia municipal. Se ao longo dos anos as verbas orçamentadas para os dois casos tinham sido ofensivas e lamentáveis, a execução no ano de dois mil e doze foi absolutamente vergonhosa. Reparasse-se que o investimento na Polícia Municipal em dois mil e doze foi de trinta e sete euros. Não podia ser outra coisa senão provocação, Senhores deputados! Quanto à cultura, se o investimento previsto de trezentos mil euros era já um insulto à comunidade e aos agentes culturais, tornava-se ridículo quando a execução rondava apenas os duzentos mil euros. Para um executivo que esbanjava dinheiro público a torto e a direito, que entregava duzentos mil euros com a maior facilidade a um qualquer clube de amigos, pensavam ser lamentável que para a cultura esta Câmara destinasse pouco mais de um euro por cidadão. A cinco meses do fim do atual mandato, o Partido Socialista deixava assim a sua verdadeira marca governativa em Braga. Uma cidade e um concelho entregues a atos isolados, especulações sobre investimentos que tardavam e, fundamentalmente a apostas desajustadas e erradas. E porque estavam também a discutir o ponto número cinco, referente à modificação orçamental e à modificação do PPI, queria deixar ali um apontamento. Sobre isso, a C.D.U. não compreendia e não aceitava a postura inaceitável da Câmara Municipal de Braga. Isso, porque insistia em direcionar o saldo orçamental, este ano superior 147 a novecentos mil euros, para as despesas correntes. Desses mais de novecentos mil euros, a Câmara Municipal de Braga alocava apenas cinquenta mil ao Plano Plurianual de Investimentos, ou seja, a investimento público. O restante, cerca de oitocentos e sessenta mil euros, ficava entregue a aquisição de bens e serviços. Não lhes parecia a melhor opção. Era pouco, muito pouco para uma Câmara Municipal que apregoava a sua capacidade de investimento. Passou a usar da palavra o Sr. Deputado do C.D.S.-P.P., ARLINDO HENRIQUE LOBO BORGES para referir que estavam perante os documentos que lhes davam uma visão do trabalho desenvolvido pelo executivo municipal. Esses documentos atestavam bem o estado em que se encontrava a nossa governação municipal. A prestação de contas relativa a dois mil e doze foi já devidamente analisada em sede de executivo municipal, onde foram já levantadas muitas questões sobre a opacidade desses documentos. Era o próprio auditor externo que colocava algumas reservas. Reservas essas que já foram colocadas no passado, não tendo o executivo trabalhado para corrigir esses procedimentos e apresentar de uma forma clara toda a contabilidade registada. Mas mais do que estes procedimentos o que continuavam a notar era a inscrição de valores que não foram devidamente justificados. Até então a inscrição que era feita ano após ano desde a conclusão do Estádio Municipal da verba relativa ao IVA a que a Câmara Municipal dizia ter direito, criando assim uma entropia. Agora era o passivo que integrava o montante de quarenta e quatro milhões de euros, que o Município dizia também ser relativo a subsídios de entidades públicas, mas como era referido na Certificação Legal de Contas, não estavam esses dados devidamente identificados. Exigia-se, por isso, mais rigor na apresentação das contas. As contas públicas necessitavam de verdade, para que todos pudessem avaliar e refletir sobre as opções que hoje tomavam mas que iriam influenciar o nosso futuro e o dos nossos. Havia pois necessidade de uma nova gestão para que a gestão de dinheiros públicos fosse muito mais criteriosa, pois os erros de hoje iriam ser pagos no futuro. Podiam pois através dos documentos apresentados pela Câmara Municipal aferir quais foram as prioridades do município em termos de visão de desenvolvimento do concelho no ano de dois mil e doze. Do que constava do Plano de Atividades e Orçamento e o que foi realmente realizado. Tinha o CDS/PP plena consciência que os municípios eram fundamentais para a consolidação das contas públicas, e que a absorção de dinheiros dos impostos dos portugueses não podiam ser canalizados para obras de fachada e obras não reprodutivas. Os documentos que agora analisavam confirmavam infelizmente essa realidade. De facto, o que foi concretizado não se apresentava como investimento reprodutor de riqueza, mas sim e apenas obras de fachada. O Senhor Presidente da Câmara Municipal apresentou publicamente as contas de dois mil e doze fazendo passar a mensagem de que o Município estava de boa saúde financeira, pois não atingiu o limite do endividamento. Era mesmo típico dos Socialistas dizer que havia dívida e que isso não era mau, até porque “as dívidas não se pagam, geremse”. Afirmou ainda o líder do executivo, que Braga investiu mais para contrariar a crise. Era certo que houve mais obra que no ano anterior, mas obra não reprodutiva, obra que não trazia um retorno económico. As grandes realizações do ano anterior foram a Regeneração Urbana que permitiu dar uma nova face a alguns espaços da nossa cidade, mas mesmo essa obra era questionável pelos montantes envolvidos e pelos resultados obtidos. O edifício da Guarda Nacional Republicana que seria a sede da Capital Europeia da Juventude foi outro dos projetos que mais recursos absorveu. E assim se ficavam pelo investimento que o Senhor Presidente disse ter reforçado. Já o 148 disseram muitas vezes e voltavam a referir, muitas das obras que no passado se fizeram para ganhar eleições estavam agora a hipotecar uma resposta mais célere e direcionada do Município. Sabiam que os compromissos da Câmara em más opções estavam também a onerar em muito e a impossibilitar respostas mais dirigidas ao bem-estar dos nossos munícipes. Gostariam de ver nos documentos, o apoio dado ao nosso tecido empresarial, com taxas e impostos mais amigos do investidor e do empregador. Gostariam de ver ali fletido um maior apoio na regeneração habitacional do nosso centro histórico. Gostariam de ver o investimento nos parques industriais, nos centros de negócios, na discriminação fiscal positiva dos agentes económicos. Onde estava ali a atracão de investimento externo para o concelho de Braga? Isso sim seria um investimento no futuro e um investimento reprodutivo. Outra realidade era a discriminação entre freguesias, com a nula concretização de investimento em muitas delas só porque não comungavam da cor do poder. Podia ser que este ano muitas das obras prometidas ainda antes das autárquicas de dois mil e nove fossem concretizadas, foram passando de ano para ano, iludindo-se as populações. As contas de dois mil e doze mostravam que o orçamento da Câmara estava alicerçado numa sobrecarga fiscal sobre os bracarenses. Por inúmeras vezes apresentaram ali naquela casa propostas para a diminuição dos impostos que cabia à Câmara fixar, como foi o caso o IMI e de IRC sobre as empresas do nosso concelho. Lembrava que muitas foram as autarquias que também devolvem outro tipo de impostos como era o caso de IRS. Era pois hora de começar a cortar na despesa que não afetava as normais funções da autarquia. Era pois necessário uma reorganização dos serviços municipais e empresas municipais. Recorria à intervenção do CDS feita em dois mil e doze para voltar a referir que, “é com uma análise crítica que o CDS/PP fez o estudo destes elementos que hoje analisamos, pois como foi possível aferir no ano de dois mil e doze não foi realizada uma reformulação da orgânica de funcionamento da Câmara e das empresas municipais ou participadas”. Por isso, certos de que havia necessidade de uma prestação de contas mais transparente, com todos os elementos que justificavam os valores apresentados, não podiam votar favoravelmente os documentos em apreciação. Em coerência com as posições públicas do CDS/PP a nível local e nacional, votavam contra. Interveio de seguida o Sr. Deputado do B.E., ANTÓNIO MEIRELES DE MAGALHÃES LIMA para dizer que o Relatório de Atividades, mais uma vez, não trazia nada de novo. Relativamente às contas, disse existir alguma incompreensão da parte do B.E. quanto à justificação das mesmas. Já muita coisa ali tinha sido dita, em termos mais técnicos, relativamente à execução da receita e da despesa, que baixou muito relativamente ao último ano. Ao B.E. aprazia dizer que, de facto, neste longo reinado do Engenheiro Mesquita Machado, a cidade de Braga cresceu, mas não houve a preocupação de que esse crescimento fosse sustentado e sustentável. Ou seja, fizeram-se obras faraónicas. Não houve investimento produtivo. Mesmo no aspeto cultural, à exceção da obra do Theatro Circo, Braga era um autêntico deserto. Daí o B.E. não compreender como era que as contas sucessivamente davam uma poupança, nas receitas correntes, e não havia dinheiro para investir. Assim como também não compreendiam e provavelmente era sinónimo de fraqueza, que a dívida de curto prazo tivesse aumentado, ou seja, eventualmente não haveria dinheiro para pagar essas dívidas de curto prazo, o que os levava a concluir que as contas que a Câmara apresentava obedeciam a uma grande engenharia financeira e não mais do que isso. Era evidente que essas engenharias financeiras fugiam ao controle do cidadão comum e mesmo de uma 149 grande parte dos membros daquela Assembleia. Temia que, uma vez que se estava em ano de eleições municipais, mudando a liderança da autarquia, não tivesse ali surpresas do género das que aconteceram na Madeira. Aliás, o B.E. sempre comparou este reinado ao reinado do Dr. Alberto João, portanto, tinham que estar preparados para essa possibilidade. Havia contas simples de fazer. Se se vissem as contas que a Câmara apresentava, por exemplo, no que dizia respeito aos resultados da SAD do Sporting de Braga, tinha um resultado positivo, cerca de cinco milhões de euros. Ora, a verdade, era que não obstante esses resultados, a Câmara Municipal contratualizou com o Sporting Clube de Braga o pagamento das escolas de futebol e de outras atividades desportivas. Eram coisas que não percebiam. E muito menos percebiam, porque essas eram de facto as contas que os munícipes faziam, porque se obrigava um deficiente a pagar o estacionamento da sua viatura? Havia ali dois pesos e duas medidas que os levavam a estranhar aquelas contas. Então a Câmara não tinha dinheiro para descriminar positivamente o deficiente que não podia andar e tinha que deixar o carro à porta do serviço, tinha que pagar o estacionamento, mas havia dinheiro para financiar o futebol profissional, havia dinheiro para financiar a manutenção do estádio, para pagar os juros da sua construção, havia dinheiro para fazer obras de fachada, como a conhecida revitalização do centro urbano, que todos sabiam e verificavam, no dia-a-dia, o fiasco que aquelas obras constituíam, ou seja, todos os dias andava uma equipa a reparar os danos que os carros causaram no dia anterior. E quando não havia tempo para reparar, punha-se alcatrão e ficava remediado. Quanto aos resultados transitados, estavam completamente de acordo com aquilo que o Deputado Carlos Almeida ali afirmou e a votação do B.E. seria contra os documentos apresentados. Foi depois a vez do Sr. Deputado do P.S., JOSÉ MARCELINO DA COSTA PIRES se pronunciar sobre a matéria em discussão tendo, contudo, em primeiro lugar, dito que pretendia sossegar o Sr. Deputado Hugo Soares e iria dizer única e exclusivamente aquilo que lhe aprouvesse, não lhe condicionando, nem pelo facto de hoje ser o dia do trabalhador, aquilo que tinha para dizer. Disse então que a Câmara Municipal de Braga submetia à Assembleia Municipal o Relatório de Gestão relativo ao exercício de dois mil e doze para que fosse discutido e votado. O Partido Socialista, de acordo com a lei e o regimento, assim o fazia, pautando-se pela seriedade política e com o sentido de responsabilidade que a análise e votação do documento impunham. Tal como se previa, o ano de dois mil e doze ficou marcado por uma conjuntura económica e social que afetou negativamente a vida das pessoas, das empresas e também dos órgãos da administração local. Perante isto, o município empregou redobrados esforços para colocar a ação municipal ao serviço da população e das empresas, concretizando um conjunto de iniciativas que resultaram na melhoria da qualidade de vida e na criação de novas oportunidades para os agentes económicos e para as pessoas. Estes esforços refletiam-se na clareza dos Documentos de Prestação de Contas do ano de dois mil e doze, cujos resultados, apesar de condicionados pelas medidas governamentais de combate ao défice, demonstravam um crescimento de sessenta por cento do investimento direto da autarquia, dedicado à construção de novas escolas, à reabilitação do espaço público, à criação de novos espaços urbanos de excelência, entre outros. Daí que, o principal ou dos principais investimentos se tenha dirigido para a área social, procurando atenuar e minimizar os efeitos da crise no dia-a-dia das populações mais vulneráveis. Apesar desse ambiente que era preocupante e que mereceu, como foi dito, a melhor atenção por parte do Executivo Municipal, podiam afirmar que globalmente o desempenho económico-financeiro do 150 município foi bom, sendo de registar a boa saúde financeira das contas apresentadas. E ao contrário do que hoje ali já tinha sido afirmado. Apesar da crise, podiam ainda afirmar que ao nível da concretização de projetos, o Município de Braga continuou a desenvolver a sua estratégia numa aposta clara em investimentos dirigidos ao bem-estar e à qualidade de vida dos bracarenses e que, ao mesmo tempo, podiam estimular a economia local. Tendo sempre como princípio orientador, o rigor da gestão das finanças municipais, agora num apertado contexto de crise das finanças públicas, foi ainda assim possível levar a cabo importantes projetos de renovação do parque escolar, de beneficiação da rede viária e de regeneração urbana, com a certeza de que constituíam um importante contributo para a valorização do ambiente urbano, tornando o concelho de Braga mais apelativo e competitivo. Pormenorizando um pouco a ação que foi levada a cabo em dois mil e doze, permitia-se destacar alguns projetos levados a cabo e com significado incontestado. Neste contexto, destacou-se o projeto “Braga – Capital Europeia da Juventude dois mil e doze”, significando uma aposta no conhecimento e na criatividade, elementos fundamentais à sustentação da competitividade das empresas e do território, cujo sucesso contribuiu para que Braga se continuasse a assumir como cidade inovadora e criativa e em que a marca Braga ultrapassou fronteiras. Depois de em dois mil e onze ter sido galardoado com o “Prémio IHRU - Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana dois mil e onze Construção e Reabilitação” e com o “Prémio SOS Azulejo”, a qualidade do trabalho desenvolvido pelo Município em matéria de renovação urbana voltou a merecer o reconhecimento público, tendo sido agraciado com o “Prémio IHRU dois mil e doze Construção e Reabilitação”, pela obra de reconversão do Mercado do Carandá. No âmbito do Programa de Ação “Parcerias para a Regeneração Urbana do Centro Histórico”, concluíram-se em dois mil e doze as operações de requalificação de superfície de vários espaços do Centro Histórico, a saber: Praça do Município e Rua Santo António da Praça, Rua Andrade Corvo e Campo das Hortas, Largo Carlos Amarante, Largo da Senhora-a-Branca, Rua de São Vicente e Largo dos Penedos e Avenida Central. Ainda no Centro Histórico, teve início a operação de reconstrução do antigo edifício da GNR, sob a designação de “GNRation”, com o objetivo principal de criar uma inovadora e exemplar infraestrutura que estimulasse o trabalho criativo, impulsionasse a interação e potenciasse a incubação de negócios criativos e cuja inauguração ocorreria justamente amanhã, dia um de maio e cuja sessão aproveitava para convidar os Senhores Deputados e todos os Bracarenses em geral. Na área do Ambiente, destacavam a conclusão do projeto Regeneração e Revitalização do Parque da Ponte, concretizando um desejo antigo da câmara e dos bracarenses. Na área da Cultura, e porque era sempre importante relembrar o trabalho que se fazia e que marcava o calendário cultural do concelho, o destaque ia para a realização dos vários festivais realizados e a recriação histórica da “Braga Romana”, cada vez mais um evento de grande impacto dentro e fora de portas. Permitia-se ainda destacar a conclusão da adaptação da antiga estação ferroviária, que permitiu convertê-la num atelier artístico. Era uma obra sem grande visibilidade e de que quase ninguém falava, mas que à sua escala não deixava de ser importante. No capítulo da Educação, destacava a conclusão da ampliação do centro escolar do Fujacal, que se traduziu na construção de duas novas salas de aula, passando a ter oito salas do primeiro ciclo e quatro de jardim-de-infância e do centro escolar de Gondizalves, onde foram construídas duas novas salas de aula, passando a ter quatro salas do primeiro ciclo e duas de jardim-de-infância. No que se referia à requalificação das Escolas André 151 Soares e Francisco Sanches foram iniciadas as respetivas obras de reconstrução. Em síntese, queriam ali realçar algumas obras executadas e que eram emblemáticas das realizações do executivo municipal e reafirmar que tal só foi possível pelo rigor da gestão levada a cabo pelos autarcas municipais eleitos pelo Partido Socialista e pela visão política demonstrada pelo executivo e pelo seu presidente relativamente àquilo que devia ser o horizonte de realizações que projetavam Braga, eram amigas dos bracarenses e contribuíam decisivamente para a qualidade de vida e bem-estar dos residentes. Passando à análise económica e financeira das contas, a taxa de execução do orçamento da Receita atingiu os setenta e dois e meio por cento com um total arrecadado de oitenta e quatro milhões cento e sessenta e seis mil e sessenta e oito euros, enquanto a Despesa executada foi de oitenta e sete milhões duzentos e sessenta mil setecentos e vinte e três euros, o que significava um nível de execução de setenta e dois vírgula sete por cento relativamente ao orçamento. Se considerássemos o orçamento inicial, ou seja, sem a inclusão do saldo transitado da gerência anterior, a taxa de execução da despesa subia para setenta e cinco vírgula dois por cento. O Município de Braga apresentou em dois mil e doze um saldo global de três vírgula sete milhões de euros, que refletia a diferença entre as receitas e as despesas efetivas. Assim, um saldo global positivo significava que estavam efetivamente perante uma situação financeira superavitária, ou seja, o equilíbrio das contas não assentava na obtenção de financiamento externo, mas antes na capacidade de autofinanciamento do Município. Esta situação era claramente resultado de uma gestão empenhada na poupança, permitindo assim continuar a reduzir a dívida municipal, sem pôr em causa os investimentos estratégicos do concelho. Aliás, esta tinha sido, ao longo dos anos, uma linha de coerência estratégica que permitiu os elevados desempenhos da gestão do município e a que todos se habituaram e como era reconhecido externamente. Outra das variáveis estratégicas a que o executivo do Partido Socialista era sensível, pois era uma importante alavanca para o investimento municipal, era o excedente corrente gerado pela diferença entre receitas correntes e despesas correntes. Em dois mil e doze, a Poupança Corrente gerada no Município atingiu os vinte vírgula oito milhões de euros, financiando cinquenta e cinco por cento das despesas de capital, o que nas circunstâncias atuais de conjuntura recessiva não deixava de ser significativo e de louvar. Era um esforço de gestão muito positivo, pois revelava que foi possível poupar mais no orçamento corrente para aplicar esse excedente em investimento, nomeadamente de carácter social. Ora esse era um ponto muito positivo da gestão do Partido Socialista, uma gestão responsável e rigorosa e com a qual a oposição, pelas críticas que lhes fazia, muito mal convivia. Sabiam bem o que pretendiam. Irresponsabilidade, desleixo e desperdício, para poderem afirmar ter razão. Mas esses argumentos nunca os teriam da sua parte. Em dois mil e doze, a componente das Receitas Fiscais foi responsável por apenas quarenta vírgula cinco por cento da receita do Município, o que obrigaria a oposição, a abandonar definitivamente a propalação do mito de que a fiscalidade no município de Braga pesava excessivamente no bolso dos bracarenses. E isso já hoje tinha ali sido referido. De qualquer forma, pelo quinto ano consecutivo, as Transferências recebidas ultrapassavam, as Receitas Fiscais arrecadadas. Havia pois ali uma tendência que se consolidava e que tinha a ver com a estabilização das receitas fiscais e com o acentuar da importância das transferências, sobretudo as provenientes do Quadro de Referência Estratégico Nacional. No que dizia respeito às Transferências de Capital, que totalizavam catorze milhões de euros, 152 distribuíam-se pelas juntas de freguesia e pelas empresas municipais e intermunicipais. Daqueles catorze milhões de euros, nove vírgula um milhões foram destinadas às empresas municipais e justificavam-se pela natureza social das atividades que desenvolviam e em que havia lugar às compensações financeiras que restabeleciam o equilíbrio e a viabilidade financeira das entidades. Era um custo muito significativo, mas que o município assumia numa lógica de serviço social à comunidade mais carenciada. No que se referia às transferências para as Juntas de Freguesia, o montante em causa era de cinco milhões de euros, um valor inferior àquele que seria desejável, na verdade, mas que os recursos disponíveis e as prioridades da sua afetação não permitiam fazer melhor. Ali estava um reflexo da crise. Apesar de tudo, transferiu-se o possível de forma a garantir o financiamento do investimento de competência municipal, mas que a Câmara delegava nas Juntas de Freguesia. Também nessa matéria e quanto à sua justificação o executivo municipal estava à vontade, pois Braga era, nesse capítulo, o município que reconhecidamente era líder a nível nacional nas transferências financeiras para as freguesias, num exercício de valorização destas, de descentralização de competências e de subsidiariedade. Passando agora à análise do Plano Plurianual de Investimentos e à sua concretização em dois mil e doze. No início da sua intervenção, elencou já um conjunto de projetos extremamente importantes e que foram concretizados, mas deter-se-ia agora, com maior pormenor, nos valores de investimento envolvidos e na sua distribuição por áreas de intervenção. Assim, as Funções Sociais, com uma execução de doze milhões de euros, eram as que representavam a maior parte dos investimentos, significando oitenta e sete por cento do total do Plano Plurianual de Investimento. A Educação, com um total de novecentos e trinta mil euros realizados, dizia respeito à construção do Centro Escolar de Montélios – Real e à Requalificação/Ampliação dos centros escolares do Fujacal e de Gondizalves. Embora o investimento tivesse superado o montante de dois mil e onze em cinquenta e nove por cento, no entanto ficou abaixo do previsto para dois mil e doze, uma vez que as requalificações previstas das Escolas EB dois, três, André Soares e Francisco Sanches, no montante de sete vírgula três milhões de euros, não tiveram execução financeira. Relativamente ao Ordenamento do Território, foram executados seis vírgula nove milhões de euros, e quanto à Proteção do Meio Ambiente e Conservação da Natureza, com um investimento de um vírgula quatro milhões de euros, concluiu-se a execução das obras de revitalização do Parque da Ponte e deu-se andamento à requalificação do Rio Este e das suas margens. Finalmente, no setor dos Transportes Rodoviários foram executados um vírgula três milhões de euros em renovação e conservação da rede viária do município. Outra questão que costumava ser cavalo de batalha da oposição era a questão da dívida do Município, do respetivo serviço e de uma forma mais geral do endividamento. Quanto a essa matéria e porque ela era recorrente, limitava-se a dizer o que sempre disseram, a reafirmar aquilo que com clareza as contas do município atestavam e permitissem que reafirmasse que as contas da Câmara Municipal de Braga estavam de boa saúde. Pois era disso que se tratava. A Câmara Municipal de Braga não tinha que temer o futuro. Desde logo, a Câmara Municipal de Braga, em dois mil e doze, abateu à dívida seis milhões e trezentos mil euros, valor conseguido à custa da gestão criteriosa da mesma, valor que significava um decréscimo de nove por cento, relativamente ao exercício anterior. Por outro lado, e não menos importante, chamava a atenção da Assembleia para o facto de em dois mil e doze, todas as despesas de investimento terem sido cobertas por capitais próprios, repetia, todas as 153 despesas de investimento foram realizadas com recurso a capitais próprios, não tendo havido lugar ao recurso ao endividamento. Se a isso não se podia chamar gerir bem os dinheiros públicos, bom, então não sabiam o que lhe haviam de chamar. Poderia continuar ali, suportado pelos mais diversos indicadores e rácios económico-financeiros, a defender o mérito das contas do município e a gestão criteriosa e rigorosa que o executivo municipal levou a cabo no exercício económico de dois mil e doze. Julgava, contudo, que podia dispensar esse exercício uma vez que esses elementos constavam de forma explícita e bem elaborada dos documentos distribuídos. Terminava reafirmando o que atrás foi dito. O município de Braga gozava de boa saúde financeira, o que significava que estava no bom caminho e só dignificava a ação do executivo camarário. Não eram as declarações avulsas e de circunstância, a todos os títulos derrotistas, ditas e publicadas aqui e ali com objetivos propagandísticos e neste ano pré eleitoralistas que desmentiam a realidade. Os bracarenses já estavam vacinados contra essa imagem negativa que a oposição, no seu conjunto, fazia da sua cidade e do seu concelho. Por todas as razões expendidas o Grupo Municipal do P.S. iria votar favoravelmente o Relatório de Atividades e Contas. Usou novamente da palavra o Sr. Deputado do B.E., ANTÓNIO MEIRELES DE MAGALHÃES LIMA para dizer que ficou surpreendido com a intervenção do Sr. Deputado Marcelino Pires. Gostava muita da canção italiana “Parole, Parole”, mas ele não cantava assim tão bem. De facto, aquele Deputado, que tinha informação privilegiada, fugiu à questão técnica das contas. No fundo, usou a metodologia do interveniente, só que o efeito não foi o mesmo, porque o Sr. Deputado do P.S. falava “Braga, Capital Europeia da Juventude”, acrescentando que foi um sucesso. O interveniente colocaria insucesso. Mercado do carandá, recebe um prémio pela construção e pela recuperação. Era um dos imóveis que tão depressa se construiu, como ficou degradado e precisou de ser revitalizado. Dava de bom grado esse prazer ao Sr. Presidente e ao Sr. Vice-Presidente quando afirmavam que não conhecia o Mercado do Carandá. Feliz ou infelizmente conhecia até porque o Centro de Saúde que frequentava ficava quase paredes meias, portanto conhecia muito bem. E sabiam muito bem do que estava a falar. Mas o Sr. Deputado Marcelino Pires falou também, relativamente à cultura, acrescentando algum deserto ao deserto, ou seja, o que falou? Braga Romana. Esqueceu-se das Festas de São João. O Sr. Vice-Presidente devia estar chateadíssimo, porque em termos culturais a Feira Romana e as Festas de São João ficavam muito bem à cidade de Braga. Era evidente, e foi uma das coisas que o levou a ir ali intervir, que o B.E. não menosprezava nem depreciava a cidade e o concelho de Braga, muito pelo contrário, tinham muito orgulho em serem de Braga e em serem do concelho de Braga. Agora, não se confundisse a árvore com a floresta. Uma coisa era a cidade de Braga e o concelho de Braga. Outra coisa era a atual liderança do Município. A palavra foi de seguida dada ao SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA para dizer que ouviu algumas análises próprias de quem ou não sabia ler os documentos que a Câmara apresentou, ou então, intencionalmente, só lia aquilo que lhe convinha e tirava ilações totalmente erradas. De facto, e logo na primeira página, era lá dito que a Câmara aumentou o investimento em reação ao ano anterior em sessenta por cento. E estava lá demonstrado com números. Portanto, houve um esforço muitíssimo grande da Câmara em direcionar os meios que tinha para o investimento. Houve dois grandes investimentos que não se concretizaram, a construção das duas escolas Francisco Sanches e André Soares, que só se iniciaram no final do ano. A taxa de execução financeira não teve qualquer tipo de significado em 154 dois mil e doze e todos sabiam porquê. Porque o Governo resolveu congelar os fundos comunitários no início de dois mil e doze e só fez aprovações novamente em finais de dois mil e doze. Esses projetos tinham que ser financiados pelos fundos comunitários e só em finais de dois mil e doze obtiveram aprovação. A Câmara foi alheia a isso. E a C.D.U. foi ali dizer que a Câmara devia ter dito. Fartou-se de dizer isso, acrescentou. Parecia que só ouvia aquilo que lhe interessava e que lhe convinha. Quando falava era para todos e isso tinha sido publicado em vários jornais declarações suas acerca do atraso dessas obras que se devia, fundamentalmente, ao congelamento do QREN. E daí uma baixa significativa no investimento, quinze milhões de euros. Por outro lado, a Pousada da Juventude que também tinha que ser financiada pelo QREN. Esperava que agora em maio pudesse vir esse financiamento, como estava prometido. Eram mais quatro milhões. Isso tinha um peso extremamente significativo e contra isso não podiam nada. Toda a gente tinha, e pensava até o próprio P.S.D., a Câmara do Porto era uma Câmara bem gerida em termos financeiros. E a taxa de execução da Câmara do Porto este ano foi de setenta por cento. Isso foi publicado no Jornal de Notícias. A nossa ainda conseguia ser superior. Não o satisfazia a taxa de execução da Câmara de Braga, mesmo comparada com outras a que era superior. Mas não foi possível mais. E tinha dito naquela Assembleia, quando se aprovou o Orçamento que deu origem àquelas contas, que era um Orçamento de risco, que era um Orçamento atrevido, mas tinha que ser feito dada a situação que o país atravessava. Infelizmente, não foram correspondidos através dos financiamentos comunitários com a celeridade que estavam à espera. Este ano certamente que haveria uma excelente taxa de execução visto que as obras já estavam lançadas e estavam em bom ritmo, mas mesmo assim, pensava que dois mil e doze, atendendo às circunstâncias todas que existiram e às contingências do nosso país, foi um bom ano para Braga. Obviamente com baixas de receitas. Não se faziam milagres. Houve menos obras, menos licenças para passar e isso provocava uma baixa de receitas que era comum em todos os municípios do país. Era preciso fazer a leitura atenta e não leituras atrevidas, ao dizer que o Município gastou duzentos mil euros na cultura em dois mil e doze, era falso. Só para o Theatro Circo foi um milhão de euros. As verbas da cultura estavam em várias rúbricas no Orçamento, nomeadamente nas transferências para as empresas municipais. Os nove milhões que iam para as empresas municipais eram para cultura e para fins sociais. Quando não se sabia, perguntava-se e depois faziam-se as afirmações, concluiu o interveniente. Interveio depois o Sr. Deputado da C.D.U., ALBERTO CARLOS CARVALHO DE ALMEIDA para dizer ao Sr. Presidente da Câmara que quando disse que o investimento aumentou em sessenta por cento relativamente a dois mil e onze, era verdade. Ninguém tinha dito o contrário. Mas também era verdade que o investimento ficou a trinta e seis por cento daquilo que foi orçamentado pelo Município para o ano de dois mil e doze e foi isso que ali foi referido na intervenção que proferiu pela C.D.U.. Por outro lado, queria dizer ao Sr. Presidente da Câmara, que quando se referiu ao investimento da cultura e àquilo que foi a declaração proferida, não foi rigoroso. E aquilo que foi dito e que não era falso, ao contrário daquilo que o Sr. Presidente da Câmara disse, o investimento na cultura no ano de dois mil e doze foi de duzentos mil euros. E se o Sr. Presidente lesse os documentos e certamente nem precisaria porque saberia de cor, o investimento que estava inscrito na cultura no Plano Plurianual de Investimentos era de facto duzentos mil euros. Ninguém disse, nem foi referido, que não teria havido uma transferência de capital, por exemplo, para o Theatro 155 Circo, como o Sr. Presidente ali mencionou. Não tinha ouvido da sua boca nenhuma referência sobre esse facto. Agora, não era falso e reafirmava, porque era isso que estava inscrito nos documentos, que o investimento do Município em dois mil e doze para a cultura, que foi traduzido com a execução de cerca de sessenta por cento, foi de duzentos mil euros, o que se traduzia em pouco mais de um euro por habitante do concelho de Braga e foi essa a referência que fez e esperava que desta vez tivesse ficado clarificado. Usou novamente da palavra o SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA para insistir no que anteriormente tinha realçado, a necessidade de se fazer uma leitura abrangente dos documentos e que na cultura não foram só esses duzentos mil euros, tendo só para o Theatro Circo ido um milhão de euros. E se se estava a falar em investimentos puros e duros, só para o restauro da antiga Estação dos Caminhos-de-ferro que era para a cultura, fundamentalmente para sediar associações culturais, foram mais duzentos mil euros. Estava lá no Orçamento, também, mas em obras da remodelação. Era preciso somar todas as parcelas que eram inerentes à cultura. E o investimento global para a cultura era outro. O Sr. Deputado da C.D.U. deu um investimento parcial. Posta à votação foi a presente proposta aprovada por maioria, com os votos favoráveis do P.S., do Grupo dos Independentes e de três Deputados do P.S.D., uma abstenção do P.S.D. e com os votos contra do P.S.D., do C.D.S.-P.P., do P.P.M., da C.D.U. e do B.E.. PONTO NÚMERO CINCO – REVISÃO NÚMERO UM PARA DOIS MIL E TREZE: MODIFICAÇÕES AO PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS, MODIFICAÇÕES DO ORÇAMENTO DA RECEITA E DA DESPESA. Submete-se à aprovação da Assembleia Municipal, a proposta do Executivo Municipal, aprovada em reunião de onze de abril do ano em curso, relativa à Revisão número um para dois mil e treze: Modificações ao Plano Plurianual de Investimentos, Modificações do Orçamento da Receita e da Despesa. Posta à votação foi a presente proposta aprovada por maioria, com os votos a favor do P.S. e do Grupo dos Independentes, com as abstenções do P.S.D., do C.D.S-P.P. e do P.P.M. e com os votos contra da C.D.U. e do B.E.. PONTO NÚMERO SEIS – PROPOSTA DE NOMEAÇÃO DA SOCIEDADE GASPAR CASTRO & ROMEU SILVA, SROC, PARA A REALIZAÇÃO DE AUDITORIA EXTERNA DAS CONTAS ANUAIS DO MUNICÍPIO DE BRAGA. Submete-se à apreciação e aprovação da Assembleia Municipal, nos termos do número dois, artigo quadragésimo oitavo da Lei número dois barra dois mil e sete, de quinze de janeiro (Lei das Finanças Locais), a proposta da Câmara Municipal, aprovada em reunião de vinte e oito de março do ano em curso, para a nomeação de Gaspar Castro & Romeu Silva, SROC, como auditor externo das contas anuais do Município. Neste ponto da ordem de trabalhos começou por usar da palavra o Sr. Deputado do P.S.D., JOÃO ALBERTO GRANJA DOS SANTOS SILVA, para realçar que para poderem exercer com toda a propriedade a sua competência e poderem avaliar o que estava a ser votado e as implicações, fundamental, porque não lhes tinha sido distribuído e interessava saber o que era que aquilo implicava em termos de custos, para terem uma noção, no mínimo, da grandeza do que estava envolvido naquele ato. Era curial e razoável que para uma votação daquela natureza, na documentação de suporte, estivesse claro qual era o custo da decisão. Até para poderem comparar com aquilo que se praticava na praça e saber se os valores eram razoáveis, se não o eram, se estava a levar caro, se fazia pouco para levar muito, ou o contrário, se estava a ser um benemérito, era importante perceber isso. Usou da palavra o SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA para informar que à reunião de Câmara tinha ido o valor, 156 simplesmente foi uma série de aquisição de serviços, e só aquele era que tinha que ir à Assembleia e a folha enviada para aquele órgão não continha a informação. Mas supunha que o valor era sensivelmente o mesmo do anterior. Aquilo a que se comprometia era que na quinta-feira mandaria os serviços enviar a cada grupo municipal o valor respetivo. Depois usou da palavra o Sr. Deputado do B.E., CARLOS CORREIA TELES para dizer que no seu Grupo Municipal gostariam de saber, para além do valor, e já que era por ajuste direto, quais os critérios para fazer o ajuste com aquela sociedade, embora não tivessem nada contra a mesma. Se era só o preço, se era mais alguma coisa. Interveio novamente o SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA para esclarecer que quando a lei exigiu que a Câmara deveria ter um revisor de contas, fez um concurso de entre os vários revisores, sendo a deste revisor a melhor proposta que apareceu. Ele tinha vindo a prestar um bom serviço, a Câmara estava satisfeita e entendia continuar com a prestação dos seus serviços. Mas antes já tinha existido um concurso, voltou a frisar. Registou-se novamente a intervenção do Sr. Deputado do P.S.D., JOÃO ALBERTO GRANJA DOS SANTOS SILVA para, com o devido respeito, dizer que a questão do B.E. fazia todo o sentido, porque se num concurso, o Sr. se apresentou com o preço mais interessante, não significava que hoje, se fosse colocada a concurso e ainda por cima com a falta de serviço que havia naquelas áreas, provavelmente o preço seria ainda mais baixo. E aquele ajuste direto, se calhar, não era uma boa decisão em termos de gestão. Agora havia uma coisa que era um bom princípio, ainda por cima quando se estava a lidar com contas, com coisas objetivas, com transparência e com rigor, parecia-lhe sum péssimo princípio estarem a votar uma coisa em branco, à espera duma comunicação que haveria de seguir depois de a Assembleia encerrar os seus trabalhos. E chamando a atenção do Sr. Presidente da Assembleia, disse não lhe parecer um procedimento correto. Parecia-lhe um péssimo princípio, ainda por cima matéria de contas e transparência e de revisores de contas, estarem a votar em branco uma coisa que iria ser informada depois de a Assembleia encerrar. Não era correto. Pedia à Mesa que retirasse o ponto e o apresentasse na próxima Assembleia. A não ser que o Sr. Presidente, quiçá, num exercício de adivinhação, apresentasse o valor do custo. O SR. PRESIDENTE DA MESA disse que ainda não deitava cartas e era importante que se conciliasse o valor da transparência e do rigor, com a necessidade da Câmara ter aqueles instrumentos aprovados e o compromisso que o Sr. Presidente da Câmara ali referiu era que nomeadamente no que dizia respeito ao montante ele era sensivelmente o mesmo do anterior ou atualizado eventualmente à inflação. Se houvesse a cooperação de todos no sentido de propiciar à Câmara aquele instrumento, cria que se prestava um serviço ao Município. De outro modo, isso acarretaria uma dificuldade difícil de ultrapassar a não ser que se convocasse uma Assembleia extraordinária para fazer isso e confessava que não se justificava, nomeadamente em tempo de crise, fazer-se isso. Com o compromisso do Sr. Presidente da Câmara de remeter na quinta-feira ainda o valor e se esse valor ultrapassasse aquilo que tinha sido referenciado como valor de referência pelo Sr. Presidente, aí ponderar-se-ia, na Comissão Permanente e avaliariam o que poderiam ou não realizar. Mas cria que a palavra do Sr. Presidente, neste caso e nos outros, era um compromisso que registavam ali, porque a democracia e o esforço do contraditório também os obrigava a encontrar compromissos, uma vez qua se tratava de um instrumento que a Câmara precisava. Se assim o entendessem votariam nessa circunstância e nessa condição. Disse ainda que acompanharia a informação no sentido de 157 velar para que aquele acordo fosse cumprido. Posta à votação foi a presente proposta aprovada por maioria, com as abstenções do P.S.D., do C.D.S.-P.P. e do P.P.M., com os votos contra da C.D.U. e do B.E. e com os votos favoráveis do P.S. e do Grupo dos Independentes. A palavra foi dada ao Sr. Deputado da C.D.U., RAÚL ALFREDO CARDOSO PEIXOTO DA SILVA para, em Declaração de Voto dizer que a sua declaração de voto era igual à dos anos anteriores em relação àquela matéria e que não tinha nada a ver com o nome da pessoa que foi indicada. Era uma questão de princípio porque continuavam a não admitir que fosse entregue a uma empresa privada, que tinha interesses privados, a tutela do interesse público. Era a subversão dos princípios que preservavam e por isso votaram contra a proposta apresentada. O Sr. Deputado da C.D.U., ALBERTO CARLOS CARVALHO DE ALMEIDA tomou o uso da palavra para ajudar, ainda que tivesse a ver com o ponto anterior, já que nem os Vereadores do P.S., nem da Coligação sabiam o valor, o que justificava a existência de pelo menos um Vereador da C.D.U. no Executivo Municipal e consultando o edital da reunião de Câmara o valor rondava os quarenta e quatro mil euros. PONTO NÚMERO SETE – DESIGNAÇÃO DOS JÚRIS DE RECRUTAMENTO DE CARGOS DIRIGENTES. Submete-se à consideração da Assembleia Municipal, para aprovação, nos termos do artigo décimo terceiro da Lei número quarenta e nove barra dois mil e doze, de vinte e nove de agosto, a designação dos júris de recrutamento dos seguintes cargos dirigentes: Chefe de Divisão de Projetos de Arquitetura e Engenharia e Chefe de Divisão de Administração Direta e Conservação. A este propósito interveio o Sr. Deputado do B.E., CARLOS CORREIA TELES para saber se eram funcionários da Câmara, pois só apareciam os nomes. O SR. PRESIDENTE DA MESA voltou a colocar a questão do Sr. Deputado do B.E. que era a de saber ou de a omissão relativamente aos funcionários da Câmara que constituíam o júri, o seu lugar e a sua categoria. O SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA passou então a informar que os elementos que constituíam o júri eram todos de funcionários da Câmara. Posta à votação foi a presente proposta aprovada por maioria, com os votos contra do B.E., com as abstenções da C.D.U., do P.S.D., do C.D.S.-P.P. e do P.P.M. e com os votos favoráveis do P.S. e do Grupo dos Independentes. PONTO NÚMERO OITO – PROCEDIMENTO CONCURSAL COMUM PARA OCUPAÇÃO A TERMO RESOLUTIVO CERTO DE OITO POSTOS DE TRABALHO NA CARREIRA/CATEGORIA DE ASSISTENTE OPERACIONAL. Submete-se à consideração da Assembleia Municipal, para aprovação, nos termos do previsto no número dois, do artigo sexagésimo sexto da Lei número sessenta e seis traço B barra dois mil e doze, de trinta e um de dezembro (Lei do Orçamento de Estado), a proposta aprovada pelo Executivo, em reunião de onze de abril do ano em curso, para abertura de procedimento concursal comum para ocupação de oito postos de trabalho, na carreira/categoria de assistente operacional, atividade de Nadador Salvador, na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo, pelo período de dois meses e meio, para exercer as funções nas Piscinas Municipais e Praias Fluviais. Posta à votação foi a presente proposta aprovada por unanimidade. PONTO NÚMERO NOVE – INFORMAÇÃO PRESTADA PELAS COMISSÕES PERMANENTES. Passou então a usar da palavra a Srª Deputada do P.S., PAULA JULIETA RAMADA FERREIRA CARAMELO, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS E SAÚDE informar que dispunha do terceiro relatório relativo à visita ao Hospital que ficaria disponível para consulta. Entretanto iria ler as conclusões em que a 158 Comissão dos Assuntos Sociais e da Saúde concluiu que havia vantagens de realizar reuniões periódicas com a administração do Hospital de Braga. Afigurava-se importante monitorizar a implementação do quadro de compromissos assumido pela Comissão Executiva do Hospital de Braga para o presente ano. Agendaram ainda uma visita/reunião com o Gestor da parceria, Sr. Dr. Luís Matos da ARS. Interveio de seguida o Sr. Deputado do P.S., JOSÉ DE ARAÚJO GOMES, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE URBANISMO, PLANEAMENTO, AMBIENTE, TRÂNSITO E PROTEÇÃO CIVIL para dizer que tinha ali ido porque pela primeira vez iria falar de um Vereador que não costumava ir às reuniões da Comissão, que era a Srª Vereadora Ilda Carneiro que lhes falou da política de ambiente da Câmara Municipal. Era com prazer que o dizia, parecia que a totalidade dos Senhores Deputados que pertenciam à Comissão ficaram plenamente satisfeitos com a informação por si prestada. Informou ainda que a Comissão iria reunir durante o mês de junho. O SR. PRESIDENTE DA MESA informou que normalmente as atas ficavam disponíveis para consulta dos Senhores Deputados e passariam também a constar do sítio na internet para que pudessem ser acedidas por quem quisesse acompanhar o trabalho, nomeadamente os relatórios produzidos que a propósito de visitas, quer de audiências que as Comissões realizaram com titulares do órgão executivo ou outras entidades que foram ouvidas nas respetivas Comissões. PONTO NÚMERO DEZ – INFORMAÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL ACERCA DA ATIVIDADE DO MUNICÍPIO. Submete-se à apreciação da Assembleia Municipal, informação do Sr. Presidente da Câmara, acerca da atividade do Município, por escrito e que aqui se dá como reproduzida e transcrita e vai ser arquivada em pasta anexa ao livro de atas. PERÍODO DE INTERVENÇÃO ABERTO AO PÚBLICO. Neste período registou-se a intervenção do SR. FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS que começou por revelar que era a terceira vez que ali ia e lamentava que relativamente à obra a que se tinha referido na altura, nomeadamente quanto à sua legalidade, ainda não tivesse obtido qualquer resposta por parte da Autarquia. Informou depois da sua residência, local onde a obra estava a ser levada a cabo, que era a rua Costa Gomes, número duzentos e quatro, freguesia de Real do concelho de Braga. Alertou ainda para uma outra questão que se prendia com o facto de habitar numa rua da cidade e que no verão, à sua porta, corria água a céu aberto. Informou que já tinha gasto mais de uma hora de telefonemas. A Agere disse que não era nada com aquela empresa. E não sabia de quem era a responsabilidade. Não se respeitava os cidadãos eleitores, em seu entender. Alertou ainda para uma outra questão relacionada com a requalificação de uma parte da freguesia cujo custo foi de sessenta e dois mil euros e onde deixaram construir uma casa com garagem que ocupou um lugar de estacionamento. O SR. PRESIDENTE DA CÂMARA DE BRAGA, ainda a propósito da questão levantada no ponto seis da ordem de trabalhos, relacionada com a proposta de nomeação da Sociedade Gaspar Castro & Romeu Silva, SROC, para a realização de auditoria externa das contas anuais do Município de Braga, informou que a mesma tinha ficado pelo valor de quarenta e três mil novecentos e vinte euros, por trinta e seis meses. Usou depois da palavra o SR. JOSÉ LOPES, que iria intervir na qualidade de Presidente da Federação Concelhia das Associações de Pais de Braga e de membro de pleno direito do Conselho Municipal de Educação. Disse então congratular-se, por um lado, pela moção ali aprovada contra a implementação e a criação dos mega agrupamentos, mas não podia deixar de realçar a posição do P.S. que não era clara ao não condenar veementemente os 159 mega agrupamentos que era a posição que havia defendido, desde a primeira hora, no Conselho Municipal de Educação, por convicção e porque acreditavam que não era benéfico para os seus filhos, nem para os educandos, sendo altamente prejudicial, porque ali poder-se-ia aplicar a questão da gestão dos recursos, da mesma forma como poderiam aplicar o ditado que dizia que ”patrão fora, dia santo na loja”. E uma gestão de proximidade, todos os relatórios internacionais e todos os estudos, todos os pareceres do Conselho Nacional de Educação apontavam para que uma maior autonomia e descentralização da gestão e da educação das nossas escolas. O que tinha constatado era que se mudava de opinião consoante se estava ou na oposição, ou no governo. Porque o P.S. quando foi governo criou os mega agrupamentos. O P.S.D. e o C.D.S. na Assembleia da República aprovaram um voto, juntamente com o B.E. e com a C.D.U., contra os mega agrupamentos, porque não tinham sido ouvidos os parceiros, nem as entidades envolvidas. Chegavam ao governo, faziam exatamente aquilo que o P.S. fez. Ou seja, não havia coerência. Havia medidas meramente economicistas, preocupações meramente economicistas. Não ouviam os pais, os professores, não ouviam ninguém. Cortavam a talho de foice e quem quisesse que se aguentasse. Ia ali dizer e reafirmar aquilo que já tinham dito no Conselho Municipal de Educação, publicamente, iriam concretizar ou na sexta ou na segunda-feira, a entrega no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga de uma ação contra o governo português e contra o Ministério da Educação. Acreditavam convictamente que tinham razão e que essa razão lhes iria ser dada, porque estava a quartar o futuro dos seus filhos e dos seus educandos. Queriam uma educação de qualidade, uma educação pública de qualidade. Não queriam que lhes dissessem aquilo que tinham que fazer só porque lhes apetecia. Queriam ser ouvidos e queria dizer a todas as forças políticas e a quem tinha responsabilidades que excluíssem os seus funcionários, que colocavam nos ministérios, para terem respeito pelos cidadãos, porque aquilo que o Sr. Delegado Regional de Educação do Norte tinha feito aos membros do Conselho Municipal de Educação de Braga era inadmissível, inaceitável a falta de respeito com que tinham sido tratados. Não serem ouvidos, não serem atendidos, não serem escutados, ignorando-os completamente, não respondendo a mails, a telefonemas, confrontando-os com a política do facto consumado. Mandaram mails para o Sr. Diretor Regional e não lhes respondeu. Nomeou as CAP’s, não ouvia as Confederações de pais, não ouvia os pais, nem os professores, nem os Conselhos Executivos. Não ouvia ninguém. Braga e a Federação de Associações de Pais do concelho de Braga lutariam empenhadamente, enquanto pudesse, por todos os meios, contra aquela medida miserabilista e altamente atentatória do futuro dos seus filhos. APROVAÇÃO DA ATA EM MINUTA: A Assembleia Municipal deliberou aprovar a ata em minuta, para produzir efeitos imediatos, na parte respeitante aos pontos dois, três, quatro, cinco, seis, sete e oito da ordem de trabalhos, de conformidade com o disposto no número três, do artigo noventa e dois, da Lei número cento e sessenta e nove barra noventa e nove, de dezoito de setembro. ENCERRAMENTO: À uma hora e quarenta minutos, o Sr. Presidente da Mesa deu por encerrados os trabalhos desta sessão de trinta de abril, de que para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelos membros da Mesa.