2 Política Panorama político O Estado do Maranhão - São Luís, 9 de dezembro de 2011 - sexta-feira Ilimar Franco O consolo M assacrada durante o ano, a oposição conseguiu uma vitória no Senado, ao retirar do texto da emenda 29 o artigo que criava a Contribuição Social da Saúde. O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), costurou o apoio do presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ), e do reticente líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). A votação não foi um embate governo x oposição. "Pelo menos marcamos um gol. Perdemos de dez a um, e nem podemos dizer que o juiz roubou", resume Demóstenes. Gleisi e o Pateta na operação de guerra O senador Sérgio Souza (PMDB-PR), suplente da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), estava na Disney e não queria voltar para votar a prorrogação da DRU. Ela ficou indignada e disparou: "Então você fica aí com o Pateta que eu vou reassumir. O ofício já está pronto". Souza voltou. No caso do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), recuperando-se de cirurgia cardíaca, o governo praticamente obrigou sua suplente, Ivonete Dantas (PMDB-RN), a assumir. "Estou em Caicó. Vai demorar para eu chegar aí", disse Ivonete. O governo insistiu e cobrou seus documentos para a posse. "Está encaixotado. Estou de mudança", argumentou a suplente. Não teve jeito. Viajou, assumiu e votou. Ailton de Freitas/26-08-2010 O HIPER-ANTIPETISMO. Está provocando furor no PPS artigo do ex-ministro (governo FHC) Raul Jungmann, que faz uma crítica à oposição feita aos governos Lula e Dilma. Ele diz que os oposicionistas "trocaram a análise dos fatos pela paixão" e que o bloco de poder, formado pelo PT, "ainda não apresenta sinais de entropia". O PPS abre hoje, em São Paulo, na presença das grandes lideranças do PSDB, o seu XVII Congresso. “Ontem fizemos a barba, hoje o cabelo e amanhã faremos o bigode” Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, ao telefone, para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), na noite de quarta-feira, sobre a aprovação do Código Florestal, da Emenda 29 e da DRU Sob nova direção Em nome dos velhos tempos, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), até tentou, mas a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), sua ex-correligionária, não topou assinar a emenda que atrasaria a votação da prorrogação da DRU. Barganha O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) retirou sua assinatura da emenda da oposição à DRU depois que o governo concordou em cancelar a urgência da proposta 72/2010, que pretende acabar com a guerra fiscal entre os estados. Ruralistas pedem apoio do ministro Os ruralistas da Câmara abandonaram o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). Ontem, um grupo deles foi ao ministro Mendes Ribeiro (Agricultura) pedir ajuda para convencer o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para colocar em votação na próxima semana o texto do Código Florestal aprovado no Senado. Para que ele seja aprovado, será preciso que o DEM não adote manobras protelatórias e aceite acelerar o processo. Propaganda No programa de TV que vai ao ar no dia 15, o DEM vai explorar os escândalos de corrupção do governo. O mote será que não se faz um Estado competitivo com corrupção, sem o capital privado e sem uma carga de impostos civilizada. Porta fechada A direção nacional do PV fez sondagem nos diretórios regionais sobre o retorno de Marina Silva ao partido. Mais de 60% deles se colocaram contra o retorno de Marina ao partido. Eles também querem fora os chamados marineros. zzz O VICE Michel Temer colocou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para conversar com a presidente Dilma sobre o episódio da Emenda 29. O governo entendeu o recado: "os acordos de votação só valem se Sarney participar da negociação". O DEPUTADO Silvio Costa (PTB-PE) está tentando reunir apoio para derrubar o líder da bancada, Jovair Arantes (PTB-GO). A eleição será terça-feira. A MINISTRA Ideli Salvatti (Relações Institucionais) ficou tão aliviada com a aprovação da DRU, em primeiro turno, que entrou no plenário do Senado e saiu beijando todo mundo, inclusive da oposição. [email protected] José Carlos Sousa Silva e Sérgio Muniz de volta ao Tribunal Regional Eleitoral Presidente Dilma Rousseff renomeou os juízes para Corte Eleitoral no Maranhão; magistrados creditam a recondução ao trabalho desenvolvido no primeiro biênio Fotos/Divulgação Carla Lima Da Editoria de Política D efinidos os dois últimos membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para os próximos dois anos. Os juízes José Carlos Sousa Silva e Sérgio Muniz foram reconduzidos aos cargos por decreto da presidente Dilma Rousseff publicado ontem no Diário Oficial da União (DOU). Depois de mais de dois meses da eleição no Tribunal de Justiça do Maranhão que escolheram seis nomes de advogados para compor duas listas tríplices, a presidente Dilma Rousseff decidiu reconduzir os juízes José Carlos Sousa Silva e Sérgio Muniz para a corte eleitoral maranhense. Sousa Silva estava disputando a vaga com os advogados Valdênio Caminha e Valney de Oliveira. Já na lista que estava Ségio Muniz estavam também os advogados Daniel Leite e Adroaldo Sousa. Na primeira lista, José Carlos Sousa Silva foi o mais votado, com 20 votos dos desembargadores. Diferente de Sousa Silva, Sérgio Muniz não encabeçou a segunda lista tríplice. Ele conseguiu 18 votos contra 20 de Daniel Leite, o mais votado pelos magistrados. Os magistrados apontaram como fator para a recondução o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido no primeiro biênio. Sérgio Muniz acredita que a inovação das teses desenvolvidas e defendidas por ele no TRE foram pontos positivos na sua avaliação e consequente recondução. "Além da inovação das teses que defendi, destaca-se no trabalho desenvolvido no primei- Juízes José Carlos Sousa Silva e Sérgio Muniz tomarão posse na Corte Eleitoral para segundo biênio ro biênio a maneira pioneira de julgar os processos. Como estava com apenas um assessor no fim do biênio, solicitei uma sessão extraordinária e deu votos orais a 29 processos", afirmou Muniz. O juiz Sousa Silva também atribuiu sua recondução ao trabalho desenvolvido nos dois anos que compôs a Corte Eleitoral. O magistrado garante que, assim como no primeiro biênio, neste segundo momento também irá se dedicar ao trabalho com honestidade e seriedade. "Acredito que minha recondu- Mais Já fazem parte da nova composição do TRE a desembargadora Anildes Cruz, que é corregedora e vice-presidente da Justiça Eleitoral do Maranhão, os juízes José Jorge Figueiredo, Luiz de França Belchior e Nelson Loureiro. Na sessão da última quarta-feira, o desembargador José Bernardo foi eleito para presidir o TRE no lugar de Raimundo Cutrim, que deixa o cargo no próximo dia 21 de dezembro. ção se deve ao trabalho anterior que fiz. E para este próximo biênio trabalharei para responder toda a expectativa no TRE com honestidade e seriedade como sempre fiz", garantiu Sousa Silva. Ainda não há data definida para a posse dos dois últimos membros do tribunal. Pelo regimento interno do TRE, a posse pode ocorrer até 30 dias após a nomeação. Ministro nega de novo denúncias de parecer forjado em obra da Copa Em audiência pública no Senado, ontem, Mário Negromonte garantiu que houve divergências de pareceres técnicos BRASÍLIA - O ministro das Cidades, Mário Negromonte, voltou a negar ontem, durante audiência pública no Senado, as denúncias de que o ministério teria forjado um parecer de obra de mobilidade urbana para a Copa de 2014 em Cuiabá (MT). "Minha idade de mentir já passou. Se tiver qualquer Bíblia para fazer juramento, eu farei", disse o ministro. Negromonte participa de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado. Reportagem do jornal O Estado de São Paulo publicada há duas semanas acusou servidores da pasta de forjar docu- mento que autorizou mudanças em projeto, ampliando o custo da obra para R$ 1,2 bilhão - R$ 700 milhões a mais do que o previsto na proposta original. Conforme o jornal, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna, teria participado da fraude. Na audiência com os senadores, Negromonte voltou a dizer que "não passaria a mão na cabeça" de ninguém e que abriu sindicância sobre a denúncia. Ele reafirmou ainda que não deu qualquer orientação com relação ao parecer de mudanças na obra e afirmou que os técnicos responsáveis têm autonomia.