UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇAO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU" EM CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS BRONQUITE ALÉRGICA FELINA Priscila Moreira de Souza e Silva São Paulo, out. 2006 PRISCILA MOREIRA DE SOUZA E SILVA Aluna do Curso de Especialização “Lato sensu” em Clínica de Pequenos Animais BRONQUITE ALÉRGICA FELINA Trabalho monográfico do curso de pós-graduação "Lato Sensu" em Clínica de Pequenos Animais apresentado à UCB como requisito parcial para a obtenção de título de Especialista em Clínica de Pequenos animais, sob a orientação Prof./Prof.a Sebastião Pereira de Farias Júnior São Paulo, out. 2006 do Resumo O termo Síndrome de Asma Felina (FAS), também conhecida como bronquite alérgica felina, tem sido usado em medicina veterinária para descrever o distúrbio de vias aéreas caracterizado por episódios broncoconstritivos reversíveis com presença típica de sinais recorrentes de tosse, chiado e dispnéia, que é usualmente responsiva a terapia de glicocorticóides. O diagnóstico é freqüentemente baseado na anamnese e nos sinais clínicos. Já as alterações radiográficas são variáveis, normalmente correlata bem com a severidade dos sinais respiratórios, e podem aparecer marcado aumento brônquico, alterações intersticiais, hiperinflamação pulmonar e colapso do lóbulo pulmonar. Um aumento do número de células inflamatórias são usualmente encontrados em lavados brônquicos, com eosinófilos, neutrófilos e macrófagos predominando. A eosinofilia é comum e pode ser demonstrada quando a coleta de sangue é feita durante um episódio, contudo a eosinofília por si só não é diagnóstico de FAS. A etiologia da asma felina é tida como de fundo alérgico. Como medida profilática, devem-se eliminar quaisquer desencadeantes ambientais identificados nos arredores do paciente. Sumário 1. Introdução.........................................................................................................1 2. Revisão de Literatura "Bronquite Alérgica Felina"............................................2 2.1. Considerações Gerais...................................................................................2 2.2. Etiologia.........................................................................................................3 2.3. Patofísiologia.................................................................................................5 2.4. Sinais Clínicos................................................................................................6 2.5. Diagnóstico.....................................................................................................8 2.5.1. Anamnese do Paciente...............................................................................8 2.5.2. Achados do Exame Físico.........................................................................9 2.5.3. Radiografia...............................................................................................12 2.5.4. Lavados Traqueobrônquicos...................................................................14 2.6. Tratamento.................................................................................................15 2.6.1. Tratamento Emergêncial........................................................................16 2.6.2. Terapia Intermediária e a Longo Prazo................................................18 2.6.3. Tratamento por Broncodilatadores.......................................................21 2.6.4. Tratamento por Antibióticos.................................................................22 2.6.5. Tratamento por Corticosteróides.........................................................23 2.7. Prognóstico............................................................................................24 2.8. Medidas Gerais.....................................................................................25 3. Discussão e Conclusão...........................................................................25 Referências Bibliográficas.........................................................................26 1. Introdução Este trabalho "Bronquite Alérgica Felina", que refere-se à síndrome em gatos com semelhanças com a asma humana. É comumente denominada de asma felina. Os mecanismos específicos para a síndrome em gatos foram extensivamente investigados, a maioria das explicações da patogênese em gatos são tomadas de experimentos em seres humanos e em cães. 2. Revisão de Literatura Bronquite Alérgica Felina 2.1. Considerações Gerais Segundo ETTINGER (1992 e 1996) e LORENZ et al (1996), bronquite alérgica felina refere-se a síndrome em gatos com semelhanças com a asma humana. É comumente denominada de asma felina. Os sintomas da bronquite alérgica felina se devem a inflamação e obstrução reversível das vias, respiratórias. Sintomas devidos às alterações permanentes das vias respiratórias,como fibrose, são geralmente conhecidos como bronquite crônica. A obstrução reversível das vias respiratórias na asma felina é resultado da broncoconstrição,hipertrofia dos músculos lisos brônquicos, infiltrados de células inflamatórias,aumento na produção de muco e redução da eliminação de muco. A exalação doar fica difícil, poucas vias respiratórias estenosadas entram em colapso, com o aumento da pressão intratorácica durante a expiração. Para MCKIERNAN (1990) e AKTARUZZAMAN & METZGER (1994), a anatomia básica do sistema respiratório do gato pode realmente determiná-lo a maior susceptibilidade à doenças brônquicas do que outras espécies animais. Essas diferenças anatômicas incluem um aumento do número de glândulas brônquicas seromucosas, especialmente em gatos mais velhos, e um espessamento da parede brônquica que é capaz de aumentar a constrição do lúmem brônquico. Como etiologia, postula-se uma resposta de hipersensibilidade de tipo l. Os alérgenos suspeitos: poeira da cama dos animais, perfumes, fumaça de cigarro, fumaça de lareira e materiais isolantes são o que relatam ROBBINS et al (1986. 1991 e 1996) e LORENZ et al (1996). Segundo ETTINGER (1992 e 1996) a bronquite alérgica pode ocorrer em gatos de qualquer idade, mas muitos gatos começam a exibir sintomas entre um a três anos de idade. Gatos da raça siameses e himalaios podem ser freqüentemente afetados. CATCOTT (1984) e PALMER (1980) observaram que entre 10 gatos com asma brônquica, 8 eram siameses. 2.2. Etiologia Segundo DYE (1994), por causa de alguns gatos com alterações no trato respiratório inferior (ex.: chiado crônico, secreção nasal), é possível que infecção viral de trato respiratório desempenhe um papel nesta síndrome. Esta possibilidade é grandemente especulativa, contudo, não existem dados confiáveis relatando o efeito de poluição aérea para doença de vias respiratórias de felinos,portanto, alguns gatos vivendo em grandes áreas metropolitanas podem ser excessivamente difíceis de tratar. BICHARD & SHERDING (1998) afirmam que as causas prováveis de broncopatias em gatos sejam a hipersensibilidade, poluentes ambientais, predisposição genética (gatos siameses) e agentes infecciosos (por exemplo micoplasma e vírus). Sendo de acordo com BICHARD & SHERDING (1998) a maioria dos casos de bronquite é atribuído a asma, mas nem todos os gatos exibem os sinais clássicos de doença de hipersensibilidade das vias aéreas e reconhecem-se padrões mistos de broncopatias. As infecções parasitárias (como Seiurostrongyius obstrusus, Parargonimus kellfcotti e CapHIaria aerophilia} podem causar problemas brônquicos crônicos nos gatos. Para MOSES & SPAULDING (1985) a doença crônica bronquial do gato está relacionada a anatomia do trato respiratório felino, aspectos imunológicos da doença, aerossóis e gases nocivos. Pode-se especular sobre por que estes gatos desenvolveram inflamações nas vias aéreas em primeiro lugar. A exposição constante ao pó ou infecções de trato respiratório superior, parecem ser as causas mais prováveis. É concebível que defeitos genéticos possam estar presentes em gatos da raça Siamês, pois esta raça é muito representada nesta síndrome e alguns destes gatos parecem seguir um curso de doença progressivo(DYE, 1992). 2.3. Patofisiologia Segundo BICHARD & SHERDING (1998), as características típicas de bronquite crônica, incluem estreitamento luminal brônquico, edema da mucosa,excesso de muco, proliferação de células caliciformes e inflamação. A hipertrofiada musculatura lisa predispõe adicionalmente a broncoconstrição reativa nos gatos com sinais típicos de asma. Ainda de acordo com os autores acima, as alterações patológicas observadas na bronquite crônica levam à obstrução das vias aéreas e captura de gás (enfisema). A broncoconstrição reversível aguda com início súbito de tosse e dispnéia é típica de asma. No caso de bronquite crônica, desenvolvem-se dispnéias progressivas, tosse, engasgos e intolerância a exercícios. O envolvimento parenquimatoso pulmonar com pneumonia lobar sugere infecção bacteriana recorrente ou complicante. O colapso ou infiltração lobar no lobo pulmonar médio direito não são incomuns e sugerem infecção bacteriana (possivelmente atribuível a imunossupressão) ou tamponamento com muco do brônquio, com atelectasia de reabsorção. Para PADRID (1999), os efeitos de um pequeno estreitamento das vias aéreas sobre os sinais clínicos podem ser dramáticos. Por exemplo, uma redução de 50% de diâmetro de uma via aérea produz uma redução 16 vezes maior da quantidade de ar que flui através desta via aérea. TEAGUE (1998), relata em sua pesquisa que a torção de lobo pulmonar, embora rara em gatos, pode ser vista como uma seqüela de doença respiratória crônica. Os sinais clínicos podem incluir letargia, hemoptise e angústia respiratória. A torção do lobo pulmonar pode ser diagnosticada usando radiografia. A estabilização é feita com fluidos, oxigênio e cuidados de suporte. PADRID (1999), afirma que tem se reconhecido há algum tempo que os eosinófilos parecem ter um papel principal na inflamação das vias aéreas dos asmáticos crônicos humanos e felinos. Os grânulos dos eosinófilos liberam proteínas nas vias aéreas onde causam interrupção epitelial e descamação. Para HOLZWORTH (1987), uma eosinofília periférica absoluta está presente na maioria dos gatos com asma felina. A causa de asma felina não é conhecida, mas é assumida para ser alérgica. Dois casos de dirofilariose foram vistos imitando a asma felina,mas parasitas não são encontrados na maioria dos gatos asmáticos. Bronquite asmática crônica é mais freqüente do que a condição aguda e é geralmente acompanhada por eosinofilia. 2.4.Sinais Clínicos Segundo CORCORAN et al (1995), o termo síndrome de asma felina (FAS) tem sido usada em medicina veterinária para descrever uma condição respiratória com presença típica de sinais recorrentes de tosse, chiado e dispnéia e que é usualmente responsiva a terapia de glicocosticosteróides. Alterações radiográficas são variáveis, usualmente correlata bem com a severidade dos sinais respiratórios, e podem incluir marcado aumento brônquio, alterações intersticiais, hiperinflamação pulmonar e colapso do lóbulo pulmonar direito médio De acordo com CHANDLER & HIBERY (1988), ETTINGEFU 1992 e 1996^6 DYE (1994) tosse é o sinal mais comum presente, pode-se observar respiração com a boca aberta e cianose nos casos severos. À auscultação, podem ser ouvidos ruídos ofegantes e crepitantes. Para BIRCHARD & SHERDING (1998) a broncopatia crônica caracterizase por tosse, chiado, dispnéia, engasgos ou vomito (provavelmente expectoração das secreções traqueobrônquicas) e algumas vezes por espirros. As ocorrências episódicas e sazonais de sinais respiratórios não são incomuns, mas a afecção freqüentemente torna-se persistente e não-sazonal. Uma resposta anterior à terapia com corticosteróide é típico de asma. A exposição a poluentes ambientais pode exarcebar os sinais clínicos. TONNEL (1996), relata em sua pesquisa que durante a última década, a prevalência de asma alérgica tem aumentado na França, bem como nos países desenvolvidos. O agrupamento de sintomas como dispnéia, aperto no peito (em humanos) e respiração ruidosa são sinais clínicos que levam ao diagnóstico de asma. 2.5. Diagnóstico 2.5.1. Anamnese do Paciente Para MCKIERNAN (1990) deve ser feita uma completa e acurada anamnese do paciente sendo um auxílio útil no diagnóstico. Respostas as seguintes questões provém indícios para o tipo de doença brônquica presente: • HÁ quanto tempo o proprietário tem notado o problema? A duração do problema determina se a doença é crônica (persistente por meses ou anos) ou subaguda (menos do que 24 horas) ou está entre as duas. • A tosse é produtiva ou não? Tosse que produz secreção pode ser indicativa de uma infecção tal como bronquite. • O gato tem problema respiratório? O gato ronca ou espirra? Existe secreção nasal ou ocular? Chiados ou respiração barulhenta são manifestações de doença do trato inferior; contudo espirro, ronqueira, secreção nasal e ocular são características de doença respiratória do trato superior. 2.5.2. Achados de exame físico Segundo ETTINGER (1992) os achados de exame físico variam com a gravidade da moléstia. Um gato entre episódios pode não exibir anormalidades evidentes. Ofegação na fase expiratória e crepitações podem ser auscultadas na moléstia mais avançada. No caso de um envolvimento grave, o gato pode ser apresentado em grave angústia respiratória, com respiração pela boca, cianose e pronunciado componente abdominal para a expiração. No paciente angustiado, a respiração ofegante e as crepitações podem ser marcantes, embora ocasionalmente sejam auscultados sons vesiculares diminuídos, devido ao encarceramento do ar e a queda de ventilação. Para MCKIERNAN (1990) deve-se observar a respiração do gato antes de fazer um exame físico, já que o estresse ou contato físico pode causar aumento da freqüência respiratória. A freqüência respiratória, dispnéia, profundidade e regularidade devem ser notadas. Se a dispnéia é observada, ocorre na inspiração ou expiração? Dispnéia inspiratória ocorre em doenças restritas tais como pneumotórax, efusão pleural ou neoplasia. Dispnéia expiratória ocorre em doenças obstrutivas tais como bronquites bronquiectasias, edema pulmonar severo ou asma. Também o padrão respiratório provém mais informação diagnóstica. Pequenas respirações rápidas são típicas de doenças restritivas; respirações baixas profundas ocorrem com doenças obstrutivas . Ainda de acordo com MCKIERNAN (1990) a auscultação do coração e pulmões auxilia em detectar anormalidades cardíacas (murmúrios e arritmias) e anormalidades pulmonares. Crepitações inspiratórias (sons assemelhados e crepitações de fogo) são ouvidos em doenças pulmonares restritivas. Crepitações expiratórias precoces são audíveis em doenças obstrutivas. GREENLEE & ROSZEL (1984) obtiveram lavados bronquiais de 22 gatos em necropsia e observou que nas seções histológicas e lavados bronquiais foram descobertos padrões indicativos de processos como edema alveolar, metaplasia da mucosa e inflamação em dezesseis gatos e apenas seis eram clinicamente normais, obtendo-se uma correlação da citologia bronquial felina. Segundo MOISE et al (1989) os gatos siameses são os que mais apresentam doença bronquial crônica. Em ordem de freqüência os seguintes sinais clínicos são mais relatados tosse, dispnéia, espirros ocasionais, respiração ruidosa e vômito. Foi feita pesquisa em 65 gatos, onde foi feito lavado bronquial de cada um no qual, 58 foram considerados exsudativo com o tipo de célula predominante sendo eosinófilo em 24%, neutrófilos em 33%, macrófagos em 22% e população mista de células 21%. Culturas de bactérias foram consideradas positivas em 24% dos gatos. A eosinofilia circulante não foi útil para-prognosticar o tipo de célula predominante em exudatos citológicos bronquiais( hipertermia e desidratação estavam presente em um terço dos gatos, indicando uma resposta imunológica.) Metade dos gatos tiveram resolução dos sinais clínicos, uma vez que metade dos gatos requerem medicação contínua com broncodilatadores, agentes antimicrobianos e corticosteróides. De acordo com BIRCHARD & SHERDING (1998) a cultura e o exame citológico das secreções brônquicas são importantes. Técnica do Lavado Traqueal • Lave as vias aéreas através de intubação do gato com uma sonda endotraqueal estéril. • Use adaptador de seringa estéril ou cateter urinário estéril para conseguir amostras para cultura (bacteriana, incluindo cultura quanto a micoplasmas) e citologia. O crescimento bacteriano pode indicar bronquite bacteriana primária ou infecção secundária. O exame citológico é variável. Os gatos com bronquite apresentam aumento do número de células inflamatórias(BIRCHARD & SHERDING, 1998). Ainda de acordo com BIRCHARD & SHERDING (1998) a presença de eosinófilos nas amostras citológicas brônquicas não é diagnóstico de asma. Visto que os gatos normais podem apresentar 25% de eosinófiios no fluido de lavagem broncoalveolar (via normal de expulsão dessas células), deve-se interpretar a contagem celular em conjunto com outros achados. Quando a maioria das células for de eosinófilos e estes se acompanharem de mastócitos, neutrófitos e mucos, torna-se provável pneumopatia "alérgica" ou infecção parasitária. Muitos gatos com bronquite e sinais clínicos de asma exibem resposta predominantemente neutrofílica. 2.5.3 Radiografia ETTINGER (1992 e 1996) relata que classicamente, as radiografias torácicas revelam um padrão brônquico, podendo ocorrer padrões intersticiais e densidades alveolares maculosas. Os casos em fase inicial podem não exibir alterações radiográficas evidentes. Durante ataques graves, ou no caso da moléstia crônica, a hiperinflamação dos pulmões pode resultar num aumento da radiotransparência e no achatamento do diafragma. Segundo MCKIERNAN (1990) a radiografia torácica irá identificar e distinguir entre obstrução das vias aéreas torácicas, doenças extrapulmonares causando inflamação pulmonar, doença pulmonar primária e doença cardiovascular. Para uma leitura acurada requer conhecimentos da anatomia torácica, interpretação hábil e técnica própria. Os seguintes tópicos são guias para se obter uma boa radiografia torácica. • Use o menor tempo de exposição apropriado para a combinação filme/écran. Se possível escolha um filme de detalhe para exposição; • Selecione 200-300 mA e 52-70 KVp; • Exponha o filme ao pico da inspiração. Estruturas vasculares são mais facilmente identificadas e vasos marginais são mais bem definidos durante a inspiração; • Projeções recomendadas incluem tanto a posição lateral esquerda e direita quanto a ventro dorsal e dorso ventral. Ainda de acordo com MCKIERNAN (1990) as radiografias torácicas mostram grande números de sombras lineares paralelas radiantes atrás do pulmão periféricas ou sombras dos anéis com pequenos centros radioluscentes. Estas estruturas são paredes brônquicas espessadas. Enfisema é caracterizado por super inflamação do pulmão que causa achatamento do diafragma, expansão das costelas (caixa torácica), aparência de concha do diafragma e pronunciada expansão do diafragma e do coração. CORCORAN et al (1995) relatam em seu trabalho os dados clínicos de 29 gatos, onde foi feito um diagnóstico de SAF (Síndrome de Asma Felina), foram avaliados retroativamente. A apresentação clínica mais comum eram ataques reincidentes de tosse (n = 26) e dispnéia (n = 21). Alterações radiográficas foram notadas em 24 gatos e incluíram padrões bronquiais aumentados (n = 5), padrões intersticiais (n = 7) e padrões mistos (bronquial e intersticial n = 12). Colapso do lobo pulmonar medial direito foi notado em 2 gatos. Citologia bronquial anormal estava presente em 16 gatos. Uma amostra eosinofílica predominante foi coletada em 3 gatos. Havia alterações mínimas em contagem diferencial de célula branca, e uma eosinofília moderada foi encontrada em apenas 5 gatos. Em base dos dados deste caso, o diagnóstico de SAF depende de uma grande parte da apresentação clínica e achados radiográficos. O valor de exames auxiliares no diagnóstico de SAF parece ser limitado. 2.5.4. Lavados Traqueobrônquicos Para ETTINGER (1992) e LORENZ et al (1996), a análise do líquido do lavado traqueal fica indicado nestes pacientes. Uma resposta inflamatória marcante é esperada, caracterizando-se por eosinofilia. Em alguns casos o tipo celular predominante e o neutrófilo não degenerativo, com alguns eosinófilos. Desconhece-se sua etiologia, mas sua apresentação clínica e resposta à terapia são similares aos casos com eosinofilia. O líquido de lavado traqueal deve ser cuidadosamente examinado, em busca de agentes infecciosos. A cultura bacteriana deve ser rotineiramente efetuada. 2.6. Tratamento Para BICHARD & SHERDING (1998) o tratamento da bronquite inclui aspectos tanto sintomáticos como específicos da terapia. A modulação da atividade autônoma e dos mediadores inflamatórios exercerão indubitavelmente um papel crescente no tratamento das broncopatias nos gatos. Segundo MCKIERNAN (1990) drogas que garantem broncodilatação (por exemplo adenosina cíclica intramuscular) são efetivas em tratar doenças constritivas. CATCOTT (1984) relata que o rápido alívio dos sinais, por broncodilatadores tais como epinefrina é quase diagnóstico, como eles são de pouco ou quase nenhum beneficio em outras condições tais como enfisema ou bronquites. A adição de corticosteróides aumenta a resposta. A atropina é evitada por sua ação secante espessa o muco; esta desvantagem supera a ação broncodilatadora. De acordo com CORCORAN et al (1995) freqüente hiposensibilizaçâo tem resultado em melhora clínica em alguns gatos. Contudo, testes alérgicos, evitar alergia, e estratégias de hiposensibilizaçâo não serão suficientes no tratamento de grandes números de gatos com FAS e' continuado o uso de terapia com gficocorticosteróide é esperada. Enquanto a variável resposta clínica para broncodilatadores sozinho é desapontante em alguns casos, uma boa resposta clínica a glicocorticóides. Seu vasto espectro de efeitos farmacológicos, e o reconhecimento da importância do processo inflamatório das vias aéreas na patogênese de asma humano permite continuado suporte para seu uso em PÁS felino. Em uma proporção de animais, presumidamente onde infecção bacteriana secundária tem agravado inflamação das vias aéreas, terapia antibacteriana sozinho pode ser suficiente em controlar os sintomas. 2.6.1. Tratamento Emergêncial Segundo MCKIERNAN (1990) em casos de emergência de dispnéia, devese administrar oxigênio com glicocorticóides. A maioria dos gatos responde em 15 a 30 minutos. De acordo com BIRCHARD & SHERDING (1998) os ataques asmáticos agudos podem exigir tratamento emergência!. • Segure o gato delicadamente e coloque-o em uma tenda de oxigênio. Retarde os estudos diagnósticos adicionais até que se estabilize a angústia respiratória. • Administre a aminofilina (não uma preparação de liberação prolongada) tanto oral (5 mg/kg, a cada 8h, por 24h) como parenteralmente (5 mg/kg, EV lentamente, por 10 min, seguidos por terapia oral). A absorção oral é rápida e evita o estresse da contenção necessário para a administração EV. • Administre corticosteróides (tanto a prednisolona [1 mg/kg, IM, a cada 12h] ou o succionato sódico de prednisolona [Solu-Delta-Cortef; Upjohn] [10 mg/kg EV]), seguido por terapia com predniosolona oral, conforme o descrito a seguir. • Uma resposta inadequada dentro de 2h indica a necessidade de tratamento adicional. Escolha uma das seguintes drogas com atividade beta2-agonista: • Isoproterenol subcutâneo (Isuprel; Winthrop), solução de 1:5000, 0,1 a 0,2 ml. • Adrenalina, solução de 1:10000, a 1 a 2 ml, SC. • Terbutalina HCI (Brethine; Geigy), comprimido de 2,5 mg, um quarto de comprimido oralmente. • No caso dos gatos não-responsivos, considere a atropina (para reduzir o tônus colinérgico), a 0,04 mg/kg, IM. Para CATCOTT (1984) um ataque agudo é tratado por injeçâo subcutânea de 0,1 a 0,2 ml de epinefrina 1:1000, e injeções intravenosas de 5 a 10 mg de hidrocortizona succionato de sódio oxigénio por máscara. Tratamento seguido e administrado oralmente e pode ser continuado por vários dias. 2.6.2. Terapia Intermediária e a Longo Prazo BIRCHARD & SHERDING (1998) afirma que a causa subjacente e os resultados dos lavados traqueais determinam a terapia intermediária e a longo prazo. Alguns gatos com asma verdadeira podem exigir somente um tratamento intermitente durante a exacerbação da sua doença. Outros gatos necessitam de tratamento recorrente ou crônico para controlar os sinais clínicos. Segundo MCKIERNAN (1990) se uma alergia ou hipersensibilidade é a causa da doença, então a predenisolona é usada a dose mínima que alcança uma boa resposta. Administração de um esteróide de longa duração pode ser útil quando o cliente não é capaz de manipular seu gato. De acordo com ETTINGER (1992 e 1996), o tratamento prolongado da bronquite alérgica felina consiste na eliminação dos estímulos antigênicos potenciais, na terapia antiinflamatória, e em broncodilatadores. As fontes ambientais de antígeno raramente são descobertas, mas geralmente estas não são buscadas agressivamente através de cuidadosa tomada da história, e de ensaios de eliminação. Esta falta de interesse é deplorável, visto que a eliminação dos alérgenos ofensores pode resultar numa cura, enquanto que os outros tratamentos apenas são bem sucedidos no controle dos sintomas. O possível papel da cama pode ser testado pela troca do material usado na caixa de areia, por jornal ou outro substituto durante algumas semanas. Os gatos criados no interior da casa podem mostrar melhoras em seguida à troca dos filtros de aquecedores, e com o uso de filtros de ar. Fontes possíveis de hipersensibilidade são descobertas a partir de uma minuciosa avaliação diagnostica inicial, com a repetição da avaliação, se ocorrer insucesso terapêutico. BICHARD & SHERDING (1998) relatam que a duração da terapia necessária é também variável, com alguns gatos exigindo tratamento por toda a vida, e alguns gatos necessitando apenas ocasionais séries do medicamento. Em seres humanos, a terapia pode ter continuidade após a cessação dos sintomas, visto que geralmente persiste uma moléstia oculta das vias respiratórias menos calibrosas, e o fato de se permitir a persistência de tal inflamação pode contribuir para alterações brônquicas permanentes. As avaliações radiográficas e do lavado traqueal podem ter utilidade antes e após a interrupção da terapia, para a detecção de moléstia inflamatória continuada. Os benefícios de tais avaliações não foram demonstrados em gatos. Broncodilatadores podem ter utilidade no conirole dos sintomas, e podem fazer com que seja reduzida a dosagem necessária dos corticosteróides. Embora possa ocorrer a redução nos sintomas apenas com o uso de broncodilatadores, estes ficam recomendados em conjunção com corticosteróides, devido ao potencial de permanente lesão das vias respiratórias, decorrente da persistente inflamação. O uso de broncodilatadores é discutido na Terapêutica Geral. Segundo ETTINGER (1992, 1996) a terapia antiinflamatória com corticosteróides é rapidamente efetiva no controle dos sintomas, na maior parte dos casos. Uma preparação oral de curta ação, como prednisona ou prednisolona, é preferível para permitir o maior controle do tratamento. Inicialmente, empregamos dosagem de 0,25 a 0,5 mg/lb (0,5 a 1,0 mg/kg) de 8 a 12h. Dosagens mais elevadas podem ser receitadas se houver necessidade, para o controle dos sintomas. Uma vez que os sintomas tenham sido controlados, a droga será rapidamente diminuída para a terapia alternada, na base da mais baixa dosagem efetiva. Quando a medicação oral não puder ser confiavelmente administrada, podem ser usados esteróides de depósito, como o acetato de metilprednisolona, na base de 1 a 2 mg/lb ( 2 a 4 mg/kg) IM, com a freqüência necessária para o controle dos sintomas (geralmente de 10 a 30 dias). Para ETTINGER (1992 e 1996), a resposta aos corticosteróides é geralmente marcante, mas a quantidade de esteróides necessária para o controle dos sintomas é extremamente variável. Alguns gatos exigem tão somente 1,25 mg de prednisona de 3 em 3 dias, enquanto outros sofrem recidiva, quando é tentada qualquer redução. 2.6.3. Tratamento por Broncodilatadores Segundo BIRCHARD & SHERDING (1998) deve-se receitar os broncodilatadores para os períodos de broncopatia sintomática. • Administre teofilina de liberação prolongada (comprimidos de Theo-Dur, Key; Slo-bid Gyrocaps, Rhone-Poulenc Rorer), 25 mg/kg, VO, a cada 24h; • Monitore quanto a sinais clínicos de toxicose (como ansiedade, êmese e. tremores); • Após 7 a 14 dias de terapia, meça o nível sanguíneo basal sérico de teofilina (10 a 12h após a administração da pílula); os níveis terapêuticos, de acordo com Dye, são provavelmente de 5 a 20 mg/ml; • Indica-se a terapia crónica com teofilina nos gatos com doença progressiva e não-sazonal; • A terapia alternativa à teofilina é a terbutalina (Brethine; Geicy), a um oitavo a um quarto de um comprimido de 2.5 mg diários, titulada até um máximo de um quarto de comprimido a cada 12h. Cuidado: os efeitos colaterais incluem ansiedade, taquicardia e hipotensão; • Considere a terapia de combinação com a teofilina e a terbutalina em dose baixa no caso dos casos refratários. Para LORENZ et al (1996) a broncodilataçáo provocada por compostos da teofilina de uso orai constitui à terapia de eleição no passado. Todavia o efeito broncodilatador da teofilina foi posto em dúvida. Além disso, estudos sobre o tratamento de pessoas asmáticas demonstram que, embora esses compostos aliviem os sintomas, será necessário também empregar a corticóideterapia para dificultar a progressão do processo inflamatório estabelecido nas vias respiratórias. 2.6.4. Tratamento por Antibióticos Para MCKIERNAN (1990) e BIRCHARD & SHERDING (1998) indica-se antibioíicoterapia, teoricamente orientada pela cultura e pelo teste de sensibilidade das secreções traqueobrônquicas, no caso de gatos com evidências de infecção respiratória. Suspeite de infecção bacteriana nas seguintes situações: • Febre; • Cultura das vias aéreas positiva; • Inflamação supurativa das vias aéreas com neutrófilos degenerativos; • Processos inflamatórios mistos, com predominância de neutrófilos bempreservados (pode-se iniciar antibioticoterapia empírica no caso de respostas inflamatórias mistas ou pode-se suspender o tratamento com antibióticos dependendo da cultura do fluido traqueobrônquico); • Consolidação lobar ou padrão pulmonar alveolar; • Sinusite mucopurulenta. 2.6.5. Tratamento por Corticosteróides Segundo BIRCHARD & SHERDING (1998), administre a predinisolona (0,5 a 1 mg/kg, VO a cada 12h) ou com inflamação brônquicas eosenofilicas (ou mistas) quando a probabilidade da infecção intercorrente for remoto. • Continua com a dose inicial de prednisolona por 10 a 14 dias. Se os sintomas regredirem, mude a dose para dias alternados e reduza-a por 2 a 4 semanas até a dose de manutenção efetiva mais baixa; • Quando o proprietário não puder administrar pílulas, administre uma preparação de corticosteróides de deposição (acetato de metil prednisolona [Depo-metrol], 10 a 20 mg/kg IM, uma vez a cada 3 semanas). Doses mais baixas podem ser suficientes para alguns gatos; • Interrompa a prednisolona caso se eliminem todos os sinais da doença. Seja criterioso quando tomar essa decisão, pois muitos gatos não exigem tratamento crônico, mas podem necessitar de terapia intermitente quando ocorrer recidiva; • Avise o proprietário sobre os efeitos adversos da terapia com glicocorticolóides nos gatos, incluindo desenvolvimento deldiabetes melitus. 2.7. Prognóstico De acordo com ETTINGER (1992, 1996), o prognóstico para os gatos com bronquite alérgica é bom em termos de controle, embora possa ocorrer morte devida a grave exacerbação dos sintomas; A cura é conseguida através da identificação e eliminação de um antígeno excitante, ou por remissão espontânea. Quando a medicação é interrompida, acima de metade dos pacientes exibirá recidiva dos sintomas. Complicações como a bronquite crónica e enfisema resultam num prognóstico menos otimista, embora a freqüência de complicações em gatos não tenha sido documentada. 2.8. Medidas Gerais Para BIRCHARD & SHERDING (1998) tente eliminar a poeira (cama para gatinhos), a fumaça (incluindo o tabaco), os pós (produtos antipulga e limpadores de carpete), os sprays e as outras substâncias potencialmente estimulentes do ambiente do gato. Encontram-se disponíveis camas para gatos reutilizáveis plásticas e sem poeira a partir de diferentes fabricantes. Reduza o peso corporal nos gatos obesos para reduzir o efeito restritivo da gordura na ventilação. Considere um curso de 10 dias de fenbendazol nos gatos com reação brônquica eosinofílica. 3. Discussão e Conclusão O termo Síndrome de Asma Felina (FAS) tem sido usado em medicina veterinária para descrever uma condição respiratória com presença típica de sinais recorrentes de tosse, chiado e dispnéia, e que é usualmente responsiva e terapia de glicocorticóides. Contudo pouco ainda é conhecido sobre doenças broncopulmonares felinos, de uma maneira geral são poucos os relatos detalhados sobre FAS que estão presentes na literatura veterinária. A apresentação clínica usualmente envolve tosse, dispnéia, respiração pela boca, na auscultação ruídos ofegantes e em casos graves cianose e pronunciado componente abdominal para a expiração descritos por CORCORAN et al (1995). A história e os sinais clínicos são usualmente suficientes para o diagnóstico, porém a radiografia torácica revela o padrão intersticial aumentado e marcações brônquicas aumentadas. ETTINGER (1992, 1996) e CORCORAN et al (1995). O tratamento antiinflamatório com corticosteróides constitui a terapia principal nos casos crônicos de bronquite alérgica felina. Doses mais altas podem ser administradas inicialmente (via intramuscular) se necessário, para controlar os sintomas. A duração da terapia é variável, com alguns gatos exigindo o tratamento por toda a vida e alguns apenas necessitando apenas de séries ocasionais do medicamento. Broncodilatadores podem ter utilidade no controle dos sintomas, apesar de que alguns autores sejam contra a utilização de sulfato de atropina afirmando que sua ação secante espessa o muco, e esta desvantagem supera a sua ação broncodilatadora. O prognóstico em termo de controle é bom, mas a cura é alcançada pela identificação e eliminação do alérgeno. 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