VIANA CLT; DE BORTOLI SA; VEIGA, ACP, GOULART RM; VACARI AM; LEMOS MVF. Diferentes gerações da Diferentes gerações da traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. 2010. Horticultura Brasileira 28: S552-S557. Diferentes gerações da traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. Cácia Leila T P Viana1; Sergio Antonio De Bortoli1; Ana Carolina P Veiga1; Roberto M Goulart1; Alessandra M Vacari1; Alessandra Karina Otuka1; Manoel V F Lemos2. 1 FCAV/Unesp - Departamento de Fitossanidade, Laboratório de Biologia e Criação de Insetos, Faculdade de 2 Ciências Agrárias e Veterinárias; Departamento de Biologia A,plicada a Agropecuária (Via de Acesso Paulo Donato Castellane s/n, CEP: 14.8884-900 Jaboticabal-SP), e-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]. RESUMO A metodologia padrão para criação de Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae) utilizada no Laboratório de Biologia de Criação de Insetos (LBCI) da FCAV-Unesp, Campus de Jaboticabal, SP, foi alterada quanto à qualidade da couve, uma vez que as folhas são previamente pulverizadas com suspensão de esporo/ cristal da linhagem padrão HD-1 de Bacillus thuringiensis var. kurstaki para posteriormente serem fornecidas à alimentação das lagartas. 6 A concentração inicial usada foi 6,0x10 esporos/mL. Os bioensaios foram realizados com a oitava, décima quinta e vigésima geração, sendo que até a sétima geração a mortalidade da criação apresentava-se alta (média de 90%), caracterizando à suscetibilidade. Em cada bioensaio nas gerações avaliadas foi testada a linhagem padrão HD-1 sob diferentes concentrações. A porcentagem de mortalidade foi reduzida a na 15 geração ao ser comparada com a a primeira geração avaliada (8 ). O ciclo biológico foi muito variável quanto às gerações, ou seja, apresenta-se maior ou menor em relação à duração total do ciclo em dias. Outro parâmetro que apresenta este comportamento é a porcentagem de mortalidade. Tal fato pode ser explicado pela própria variação genética do inseto, em que sob freqüente pressão de seleção expõe a biologia do indivíduo à constantes mudanças. Palavras-chave: Brassica oleracea var. acephala , resistência, pressão de seleção. ABSTRACT Differents generartions of the Diamomdbach moth under selection pressure to Bacillus thuringiensis. The standard methodology for rearing of Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae) used in the Laboratório de Biologia de Criação de Insetos (LBCI) da FCAV-Unesp, Campus de Jaboticabal, SP, has changed about the quality of kale, since the leaves are first sprayed with a suspension of spore / crystal standard strain HD-1 Bacillus thuringiensis var. kurstaki before to be provided to feed the caterpillars. The initial 6 concentration used was 6.0 x 10 spores / mL. Bioassays were conducted with different generations, and until the seven generation mortality of rearing had to be high (mean 90%), characterizing the susceptibility. In each test was evaluated in generations tested standard strain HD-1 at different concentrations. The mortality rate was th reduced in the 15 generation to be compared th with the first generation evaluated (8 ). The life cycle was very variable as to the Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 552 Diferentes gerações da traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. generations, has a higher or lower than total cycle in days. Other parameter that shows this behavior was the percentage of mortality. This fact can be explained by the genetic variation of the insect, which often under pressure of selection exposes the biology of the individual to constant changeng. Keywords: Brassica oleracea var. acephala, resitance, selection pressure. A ocorrência mundial da traça-das-crucíferas, Plutella xylostella (L., 1758) (Lepidoptera: Plutellidae), tem se caracterizado como fator determinante na redução da produção de repolho (DICKSON et al., 1990). No Brasil, esta praga é constatada praticamente durante todo o ano (BARROS et al., 1993; LOGES, 1996). MUSSURY et al. (2002) relataram que P. xylostella tem sido também considerada uma das principais pragas em plantios de canola, causando danos desde a fase vegetativa até o final do florescimento, destruindo, muitas vezes, a haste floral. No Brasil foi constatada também sua ocorrência em canola a partir do início de agosto até o final de setembro (DOMICIANO & SANTOS, 1996). O método de controle mais utilizado nos campos produtores de crucíferas ainda é o químico, por ser considerado prático, rápido e eficiente na redução populacional dessa praga (DIAS et al., 2004). Apesar da eficiência do método de controle químico, a utilização inadequada dessa tática vem ocasionando o aparecimento de populações da traça-das-crucíferas resistentes aos inseticidas (THULER, 2006). Para minimizar esse problema, uma das alternativas empregadas é o controle biológico por meio da aplicação de inseticidas à base da bactéria entomopatogênica Bacillus thuringiensis (Bt). Os resultados de controle obtidos inicialmente com Bt tornaram freqüente sua utilização; no entanto, a maioria dos produtos formulados com essa bactéria, encontrados no mercado, são formulados com B. thuringiensis var. kurstaki que expressa as toxinas Cry1Aa, Cry1Ab ou Cry1Ac. Isto significa que as ligações das toxinas com o epitélio, no intestino do inseto, ocorrem através dos mesmos receptores de membrana, facilitando o aparecimento de populações resistentes, o que já vem sendo relatado (TANG et al., 1996). P. xylostella foi o primeiro inseto para o qual observaram-se populações de campo com altos níveis de resistência em respostas a tratamentos comerciais com B. thuringiensis (HERRERO et al., 2001). A resistência à bactéria pode estar relacionada a diversos fatores, como por exemplo, ao modo de ação das toxinas, sendo que algumas hipóteses podem ser consideradas, como a mudança na conformação dos receptores, pH intestinal menos alcalino impedindo a solubilização do cristal, proteases intestinais incapazes de digerir ou ativar as ä-endotoxinas ou então muito eficazes, que poderiam digerir totalmente a protoxina, e também a hipersensibilidade dos indivíduos-alvo (MONNERAT & BRAVO, 2000). Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar as características biológicas da traça-das-crucíferas em diferentes gerações sob pressão de seleção a B. thuringiensis. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Laboratório de Biologia e Criação de Insetos (LBCI), da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da FCAV-Unesp, em sala climatizada a 25±1ºC, umidade relativa de 70±10% e fotofase de 12 horas. Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 553 Diferentes gerações da traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. A metodologia padrão para criação de Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae) utilizada no LBCI foi alterada quanto à qualidade da couve, uma vez que as folhas previamente 6 pulverizadas com concentração de 6,0x10 esporos/mL da linhagem padrão HD-1 de Bacillus thuringiensi var. kurstaki para posteriormente serem fornecidas à alimentação das lagartas. Os bioensaios foram realizados com oitava, décima e vigésima geração, sendo que até a sétima geração a mortalidade da criação apresentava-se alta (média de 90%), caracterizando à suscetibilidade. Em cada bioensaio nas gerações avaliadas foi testada a linhagem padrão HD-1 sob diferentes concentrações. As concentrações utilizadas nos bioensaios destas gerações foram baseados em observações pessoais realizadas diariamente na condução da metodologia de criação sob presssão de seleção, principalmente quanto ao comportamento e período de duração larval. Para o preparo da suspensão esporo/cristal da linhagem padrão foram cultivados em placas de Petri com meio de cultura Agar Nutriente “NA” (extrato de carne 3g/L, peptona bacteriológica 5g/L e Ágar 15g/L) e incubados a 30°C, durante 5 dias. Após este período, todo conteúdo bacteriano foi transferido, com auxílio de alça de platina, para tubo Falcon ® contendo 10 ml de água Milli-Q autoclavada e 0,05% de Tweem 20 (espalhante adesivo). A suspensão obtida foi homogeneizada em aparelho do tipo Vórtex e a partir desta foram -1 -2 feitas duas suspensões seriadas, sendo a primeira 10 e a segunda 10 . A suspensão seriada -2 10 foi utilizada para contagem de esporos em câmara de NeuBauer para posterior padronização das concentrações dos bioensaios. Para cada tratamento utilizou-se 5 discos de couve com diâmetro de 8 cm, que foram pulverizados com volume de 0,5 ml da suspensão por face do disco, e uma pulverização contendo água com Tween como testemunha. A pulverização foi realizada com auxílio de uma pistola para pintura, tipo aerógrafo, acoplada 2 a um compressor da marca Schulz Modelo MS 2.3 com pressão operacional de 25lbf/pol , sob capela de exaustão. Após a secagem sobre bancada, por 30 minutos a 25ºC, os discos foram colocados individualmente em placas de Petri sobre papel filtro levemente umedecido com água. Sobre cada disco foliar colocou-se 12 lagartas de P. xylostella de terceiro ínstar para alimentação. A primeira avaliação de mortalidade larval foi com 24 horas, devido ao modo de ação da bactéria, e as demais diariamente. Os bioensaios com as diferentes concentrações iniciaram-se a partir da oitava geração, a qual apresentava maior porcentagem de sobrevivência. RESULTADOS E DISCUSSÃO A porcentagem de mortalidade na oitava geração para as maiores concentrações foi de 100%, com diferença significativa das demais, inclusive da testemunha. É importante ressaltar que a testemunha foi composta por lagartas da criação que estava sob pressão de seleção, e não lagartas sadias da criação estoque do LBCI. Nas demais gerações avaliadas é possível observar que a mortalidade foi reduzida em relação à oitava geração, principalmente 8 para a concentração de 3x10 esporos/ml, fato este que pode ser explicado pela condição biológica do inseto que está sob uma determinada seleção genética por vários ciclos de vida (Tabela1 e Figura 1). O ciclo biológico foi muito variável na oitava geração (Tabela 2), para todas as características biológicas avaliadas. À exemplo da duração larval, onde o período de desenvolvimento da lagarta na testemunha e na maior concentração testada foi semelhante Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 554 Diferentes gerações da traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. 6 estatisticamente. Contudo, esta observação foi contrária nas demais concentrações (6x10 e 7 2,7x10 esporos/ml) (Tabela 2). Já a viabilidade pupal da testemunha foi igual ao da 7 concentração 2,7x10 esporos/ml, proporcionando maior número de pupas viáveis. Entretanto, o mesmo não ocorreu na maior concentração, em que condicionou à uma menor duração larval. Provavelmente neste tratamento as lagartas não se alimentaram o necessário para acumular reservas nutritivas para a fase de pupa. Este comportamento na fase larval influenciou negativamente nas características biológicas, como peso de pupas e razão sexual (Tabela 2). As variações observadas nesta geração são explicadas pela pressão de seleção em que os insetos estão sendo submetidos, demonstrando uma provável alteração fisiológica no organismo (LEE et al., 1995). Esta mudança também pode ser observada nas demais gerações avaliadas neste trabalho, como pode ser visto pelos baixos valores de mortalidade a a nas maiores concentrações. Na 15 e 20 geração foi determinado apenas a mortalidade, em virtude do excesso de indivíduos sobreviventes, com os mesmos apresentando comportamento semelhante à testemunha, principalmente nas menores concentrações (Figura 1). Na Tabela 2 verifica-se também que em algumas concentrações não foi realizado bioensaio, justamente devido ao comportamento dos insetos, porque em concentração muito baixa não se observava efeito negativo, sendo que os mesmos apresentavam aspecto visual e comportamental semelhante ao da criação sob pressão de seleção. A vigésima geração após sucessivas aplicações de B. thuringiensis apresentou indícios de resistência, devido à redução na mortalidade. Dessa forma, é possível concluir à ocorrência de uma variação genética no inseto, em que sob freqüente pressão de seleção expõe a biologia do indivíduo a constantes mudanças, o que pode caracterizar uma resistência à bactéria. REFERÊNCIAS BARROS, R; ALBERT-JÚNIOR, IB.; OLIVEIRA, AJ.; SOUZA, ACF., LOGES, V. 1993. Controle químico da traça-das-crucíferas, Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) em repolho. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 22, (3): 463-469. DIAS, DGS.; SOARES, CMS; MONNERAT, R. 2004. Avaliação de larvicidas de origem microbiana no controle da traça-das-crucíferas em couve-flor. Horticultura Brasileira v. 22, (3): 553-556. DICKSON, MH; SHELTON, AM; EIGENBRODE, SD; VAMOSY, ML; MORA, M. 1990. Selection for resistance to diamondback moth (Plutella xylostella) in cabbage. Hortscience 25: (12): 1643-1646. DOMICIANO, NL; SANTOS, B. 1996. Pragas da canola: bases preliminares para manejo no Paraná. Boletim Técnico IAPAR, (35): 1-16. HERRERO, S; FERRÉ, J; ESCRICHE, B.2001. Mannose phosphate isomerase izoenzymes in Plutella xylostella support common genetic bases of resistance to Bacillus thuringiensis toxins in Lepidoptera species. Applied and Environmental Microbiology 67, (2): 979-981. LEE, MK.; RAJAMOHAN, F; GOULD, F; DEAN, DH. 1995. Resistance to Bacillus thuringiensis Cry1A ä-endotoxin in a laboratory-selected Heliothis virescens strain is related to receptor alteration. Applied Environmental. Microbiology 61: 3836-3842. Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 555 Diferentes gerações da traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. LOGES, V. 1996. Danos causados pela traça das crucíferas Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) em cultivares de repolho Brassica oleracea var. capitata (L.) e efeito sobre populações da praga e do parasitóide Oomyzus sokolowskii (Kurdjumov, 1912), em condições de campo. 1996. 98p. Dissertação (Mestrado em Fitossanidade) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. MONNERAT RS; BRAVO A. 2000. Proteínas bioinseticidas produzidas pela bactéria Bacillus thuringiensis: modo de ação e resistência. In: MELO IS; AZEVEDO JL. (Eds.). Controle Biológico. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 163 p. MUSSURY, RM; FERNANDES, WD; SCALON, SPQ. 2002. População de Diabrotica speciosa (Germar, 1824) e Plutella xylostella Linnaeus, 1758, associada a Brassica napus L. em função de dois métodos de captura. Ciência e Agrotecnologia 26, (5): 993-998. TANG, JD; SHELTON, AM; VAN RIE, J; DE ROECK, S; MOAR, WJ; ROUSH, RT; PEFEROEN, M.1996. Toxicity of Bacillus thuringiensis spore and crystal protein to resistant diamondback moth (Plutella xylostella). Applied and Enviromental Microbiology 62: 564-569. THULER, RT. Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae): táticas para o manejo integrado em brássicas. 2006. 83f. Tese (Doutorado em Agronomia – Entomologia Agrícola) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista , Jaboticabal. Tabela 1. Médias de mortalidade (%) de lagartas de Plutella xylostella (Lepidoptera: a a a Plutellidae) na 8 , 15 e 20 geração sob pressão de seleção do Bacillus thuringiensis Berliner, sendo que nestas gerações as lagartas foram expostas ao alimento tratado e não tratado com diferentes concentrações desta bactéria. (Mean mortality (%) of larvae of Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) in the 8, 15 e 20 generations under selection pressure Bacillus thuringiensis Berliner, and in these generations the larvae were exposed to food treated and untreated with different concentrations of bacteria). FCAV-Unesp, Jaboticabal, 2010. Tratamento HD-1 1 CV (%) Concentração esporo/mL 6 6x10 7 2,7x10 8 3x10 8 6,7x10 7 6x10 2 0,00 36,31 a a a 8 geração 15 geração 20 geração 48,00±2,06b 48,00 ±2,86b 100,00±3,50a 100,00±0,00a 16,67 ± 2,74c 32,00 14,20±2,59b 64,20±3,05a 0,00±0,00b 30,00 60,00±1,59a 37,60±1,89b 0,00±0,00b Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 556 Diferentes gerações da traça-das-crucíferas sob pressão de seleção a Bacillus thuringiensis. Tabela 2. Características biológicas da oitava geração de Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) sob pressão de seleção de Bacillus thuringiensis Berliner submetida a diferentes concentrações desta bactéria. (Biological characteristics of Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) different generation under selection pressure to Bacillus thuringiensis Berliner subjected to different concentrations of this bacteria). FCAV-Unesp, Jaboticabal, 2010. HD-1 Concentração esporo/mL Duração larval (dias) Viabilidad e pupal (%) Duração pupal (dias) Peso de pupas (mg) Razão sexual 3X10 6 6X10 7 2,7X10 2 0,00 7,80±0,57b 9,24±0,03a 8,85±0,01a 7,58±0,04b 37,50±6,18c 76,76±2,77b 85,00±2,20a 81,78±1,77a 4,00±0,00b 3,56±0,05a 4,54±0,06b 3,60±0,07a 4,38±0,08a 5,09±0,06b 4,10±0,04a 4,75±0,04b 0,25±b 0,40±ab 0,29±b 0,49±a - 38,45 34,00 39,96 33,56 38,00 8 CV (%) Legenda: 1= Linhagem padrão de B. thuringiensis var. kurstaki, 2= Testemunha. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 0,5 % de probabilidade (Means followed by the same letter in the column do not differ significantly, according to Tukey’s test p<0.05). Figura 1. Mortalidade (%) de lagartas de Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) sob pressão de seleção da linhagem padrão HD-1 de Bacillus thuringiensis var. kurstaki Berliner por diferentes gerações. Nestas gerações as lagartas foram alimentadas com folhas de couve var. Manteiga tratadas com esta bactéria por 6 7 8 7 diferentes concentrações: CL1= 6x10 ; CL2=2,7x10 ; CL3=3x10 ; CL4=6x10 esporos/ml. [Larvae mortality (%) of Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) under selection pressure of standard strain HD-1 Bacillus thuringiensis var. kurstaki Berliner by different generations. In these generations the larvae were fed on kale leaves var. Manteiga treated with different bacteria concentrations]. FCAV-Unesp, Jaboticabal, 2010. Hortic. bras., v. 28, n. 2 (Suplemento - CD Rom), julho 2010 S 557