Jornal do Colégio dos Órfãos do Porto - nº 148 - Janeiro/Fevereiro de 2006 - Ano 34 Com muitas e variadas actividades se fez a F esta … Festa Movimentação não faltou! Há muito tempo que os nossos espaços colegiais não conheciam tanta e tão variada movimentação. Das peças de Teatro a múltiplas modalidades Desportivas, passando pela Celebração Eucarística festiva e pelo Musical e Concursos D. Bosco e Mini-Cofre, a Festa teve um pouco de tudo. Nas páginas centrais damos-te conta de como correu o dia dedicado a D. Bosco. Palavra do Director Medo do Homem Um dos sentimentos dominantes no homem do nosso tempo, este homem orgulhoso do progresso conquistado, é o medo. Não falo do medo de catástrofes naturais, da doença ou da pobreza. O homem tem medo do homem. Nas grandes cidades o medo apoderou-se das ruas. As advertências sucedem-se constantemente: as janelas dos carros fechadas, o carro fechado, os alarmes, o seguro em dia. Devese desconfiar das pessoas que casualmente encontramos no elevador. Prospera a indústria do ferrolho. Floresce uma profissão de risco: a dos guarda-costas. Qualquer homem pode ser uma ameaça. A tranquilidade é uma utopia. As crianças e os jovens que saem da escola têm de acautelar-se de quem lhe pode aparecer pela frente, roubando e intimidando. às vezes dentro da própria escola. Aspiramos pela possibilidade de viver entre pessoas de que não tenhamos de desconfiar e de ter medo. Não cabe aqui a discussão sobre a origem deste medo e desta desconfiança que o homem sente frente ao homem, mas há no meu entender para lá da afirmação pessoal, para lá da atmosfera competitiva em que se vive, para lá de exigirmos em vez de nos disponibilizarmos, para lá do permissivismo defendido de forma clara ou subtil, uma razão muito forte: afastou-se Deus da vida e da cidade. E uma vida e uma cidade pode-se organizar sem Deus mas não pode ter vida humana autêntica sem Deus. Que pena que nós cristãos não sejamos capazes de fazer com que renasça a confiança do homem no homem; que as nossas cidades e nossas casas se transformem em valas protectoras cada vez mais zelosamente defendidas dos ataques dos nossos semelhantes. 2 - Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 Deixou-nos um amigo Durante várias décadas, desde que os Salesianos vieram para o Colégio dos Órfãos no ano de 1951, houve uma pessoa que se dedicou com uma atenção e disponibilidade invulgares, em atender alunos, professores e funcionários nos cuidados médicos: o Dr. Francisco Abrunhosa. Não era apenas o médico que atendia com cuidado e carinho quem quer que fosse, era a pessoa alegre e comunicativa que aliviava o sofrimento do corpo e dissipava males da alma. Parecia um homem que, assoberbado pelos seus tantos afazeres, nada nem ninguém esperava por ele, quando se tratava de atender as pessoas que o procuravam. Partiu para Deus no dia 6 de Janeiro, ficou connosco para o resto dos nossos dias. Foi-se embora sem de nós se distanciar. A memória é um convite aos que o conheceram, à generosidade de vida, à partilha e ao serviço. Bem haja, Dr. Abrunhosa. Pe. Director O nosso Nelson e o P residente Jorge Sampaio Presidente A foto que agora se reproduz, foi publicada no nº1 da revista “Pontos nos ii” de Janeiro de 2006 e dedicada às questões da Educação (iniciativa do Jornal “O Público” e da Texto Editores) e ilustrava um artigo que punha em evidência as preocupações demonstradas ao longo dos seus mandatos pelo Presidente Jorge Sampaio, pelos problemas da Educação em Portugal. A foto em causa foi obtida quando Jorge Sampaio visitou o nosso Colégio no ano lectivo de 1997/98 e o aluno em frente ao computador é o Nelson Bandeira, 14 anos, então aluno do 9ºano. No mês passado, o Nelson completou os seus estudos universitários – formou-se em Estudos Portugueses na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. No caso do nosso Nelson, o sucesso é evidente! Parabéns Nelson! Dentro do quadro de competências como Presidente da República, Jorge Sampaio tudo fez para que a Educação fosse considerada como “ sector decisivo para o futuro dos portugueses”, e as posições públicas constantemente assumidas atestam-no bem, mas os “governos nem sempre entenderam que esta deveria ter sido a nossa prioridade nacional”, afirmou-o nas páginas da revista citada. Partilho, como pai e como professor, do seu propósito e da sua desilusão. Como cidadão, obrigado Sr. Presidente por ter tentado! Nelson Araújo Visita de estudo à Quinta de Santo Inácio As turmas do 5º ano A e B foram a uma visita de estudo, no âmbito da disciplina de Ciências da Natureza, à Quinta de Santo Inácio, um espaço situado em Avintes, que proporciona a todos que o visitem melhorar os conhecimentos sobre a diversidade animal. Antes de entrar, recebemos uma ficha com perguntas às quais fomos respondendo durante o percurso da visita, nomeadamente descobrir a forma dos animais, tipo de revestimento, modo de locomoção, tipos alimentares, etc. Fomos distribuídos por grupos e cada grupo tinha os seguintes professores a acompanhar: Teresa Barbosa, Carlos Nunes, Isabel Castelhano, Jacinta e Malena. Assim, os locais mais interessantes são os seguintes: Zona Africana, Felinos, Insectário, Pequenos Mamíferos, Aves Exóticas. Zona Australiana, Aves Aquáticas e de Zonas húmidas, Primatas, Aves Tropicais, Estufa Tropical, Araras e Papagaios, Relvado Grande. Zona Sul-americana, Quinta e Horta Pedagógica, Reptilário. Vimos animais que nos surpreenderam e todos adorámos a visita, porque veio reforçar as nossas aprendizagens e ainda tivemos tempo para assistir a um espectáculo de aves de rapina e conviver com todos os que lá estiveram. Marco Seabra e Tiago Almeida 5º B Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 - 3 CLUBE ECOLÓGICO – CONCURSO No início deste ano escolar, formou-se no Colégio o Clube Ecológico. Entre algumas actividades realizadas, destacamos a actividade levada a cabo no final do 1º. período – um concurso de desenho e de escrita para o 1º. ciclo cujo tema foi “O que é para ti a ecologia?” O concurso de desenho foi ganho pela Inês Aguiar do 1º. ano e o de escrita pela Ema Beatriz do 4º. ano. Foram entregues prémios às duas alunas vencedoras e todos receberam um prémio pela participação, oferecido pelo supermercado Intermarché de Penafiel. Dentre as opiniões recolhidas sobre o concurso, entre os alunos do 1º. ciclo, foi escolhida a do Luís Emanuel do 4º. ano. “Gostei muito de participar neste concurso, pois foi bom aprender mais sobre a Natureza. Gostava que organizassem mais concursos e gostei também de comer o enorme Pai Natal de chocolate!” Queríamos ainda dizer aos leitores que estamos em fase de criação do nosso Blogue, e que dentro de algum tempo o poderão visitar. O Clube Ecológico Visita de estudo à EDAETECH "Muita parra e pouca uva", que é como quem diz muita teoria e pouca prática. Infelizmente, é este o cenário do nosso sistema educativo. Porém, com o intuito de contrariar esta tendência, realizou-se no passado dia 30 de Novembro uma visita de estudo à EDAETECH, em Fão, Esposende. Sendo esta uma empresa ligada à construção de protótipos e pequenas séries de peças metálicas, aliando engenharia e tecnologia, é do interesse Físico e Químico e da nossa sociedade em geral, analisar estes processos fabris. Indústria Aeronáutica, electrónica e automóvel são alguns dos campos que esta empresa multifacetada abrange. Desde a matéria-prima até ao produto final, tudo é analisado ao milímetro para evitar erros. Um gabinete com alguns engenheiros controla toda a produção graças a programas computacionais que modelam, programam e simulam todo o percurso a que os materiais são submetidos. Tudo é feito na máxima segurança e com controlo de qualidade. Para além de uma perspectiva tecnológica, esta visita de estudo alertounos para a realidade do mundo do trabalho em que a mão-de-obra é cada vez mais reduzida e seleccionada, por isso urge ser autodidacta e acima de tudo aplicado na formação. Os nossos agradecimentos às Professoras Lourdes e Isabel. Jorge, Hugo, Castelo, Marta e Sílvio - 12º 1 Há momentos felizes… XI Olimpíadas do Ambiente 2006 É com alegria que o Ribadouro assinala o nascimento do Afonso e da Ana Íris, filhos, respectivamente, da professora Carla Teixeira e do professor José Paulo. As crianças estão bem e os pais felizes. Parabéns do Ribadouro. Mais um dia de trabalho O dia 6 de Janeiro foi um dia cheio. Para além do trabalho docente que se desenrolou da parte da manhã, após o almoço, reuniu-se o Conselho de Professores, sob a presidência do Director Pedagógico, Pe. Delfim Santos, para proceder à avaliação do trabalho desenvolvido ao longo do 1º Período. É sempre útil parar para reflectir e, eventualmente, corrigir. Foi mais um momento de partilha e de acerto de agulhas. Pelas 18 horas, tiveram início as Reuniões de Pais e de Encarregados de Educação para entrega das Fichas de Avaliação do 1º Período e grande parte dos professores do colégio (agora como Directores de Turma) orientaram reuniões com vista a informá-los do andamento dos seus educandos e das respectivas turmas. Passava das 20 horas e 30 minutos e alguns deles ainda atendiam Pais e Encarregados de Educação, que em grande número partilharam connosco a exigente tarefa de educar. É deste e de muitos outros momentos que se faz a vida na nossa escola. Mais uma vez o Colégio esteve envolvido nestas Olimpíadas, tendo participado na Categoria A ( 3.º Ciclo ) e Categoria B ( Secundário ). A 1.ª eliminatória foi realizada no dia 10 de Janeiro ( 3.ª feira ) à tarde. Foi pena que o dia tivesse coincidido com actividades no Catim, tendo alguns alunos do 9.º ano ficado impedidos de concorrer. Mesmo assim na Categoria A participaram 50 alunos . Na Categoria B apenas participaram 12 alunos. Os alunos com melhor prestação foram : Categoria A – Diogo Emanuel Marques da Silva ( 8.º C ), João Tiago Neto Alves (9.ºA) e António José Pinheiro Correia ( 8.º C ). Categoria B – Joana Moreira Neves Gouveia ( 10.º C.T.), Cristiano Martins Antunes (11.º C.T.), Ana Mafalda Ribeiro Nunes (10.º C.T.) Américo Fernando de Almeida Braz ( 10.º C.S.H.). Os resultados foram enviados para a entidade promotora ( Escola Superior de Biotecnologia) . Os seleccionados vão participar na 2.ª eliminatória, a decorrer na Universidade Católica no dia 9 de Março de 2006. Profª Deolinda Alves Cartas de “F iguras Ilustres “Figuras Portuenses” em Separata Cultivando o discurso epistolar e dando eco a um dos temas consagrados no nosso Projecto Educativo, gerou-se um interessante diálogo de proximidade entre alunos deste tão portuense e real Colégio e alguns dos mais nobres filhos da cidade. As cartas dos nossos homenageados têm constituído enorme enriquecimento humano e cultural. Aguardamos, em antecipada alegria, o prazer de as partilharmos, em separata, com os nossos leitores. Até à próxima! Leonor Machado e Alunos do 11º ano Visita-de-estudo ao Centro Histórico de Guimarães No âmbito dos programas das disciplinas de Geografia e de História, as turmas do 10º ano C.S.H e 11º C.S.H. e C.E.S., acompanhados pelos respectivos professores, Manuela Martins e Nelson Araújo, realizaram, no passado dia 11 de Janeiro, uma vista-deestudo ao Centro Histórico de Guimarães tendo por objectivo, entre outros, sensibilizar os alunos para a defesa do património arquitectónico e observar “in loco” exemplos de uma requalificação urbana de sucesso evidente. A viagem fez-se de comboio e permitiu aos alunos o contacto com uma realidade enriquecedora dado que o Centro Histórico de Guimarães reflecte uma aposta ganha na recuperação urbana e na revitalização dos espaços recuperados. Há vida no Centro Histórico de Guimarães! Esta é a prova evidente do sucesso alcançado. Visita interessante e enriquecedora. Vale bem uma visita em família. Nelson Araújo com os alunos do 11º CSH 4 - Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 Natal dos mais pequenos Festa de Natal do 2º ciclo A festa de Natal deste ano foi divertida e diferente. Todos os alunos do 1º ciclo participaram e esforçaram-se imenso. Foi diferente porque os alunos dançaram músicas calmas, juntaram-se e dividiram-se em quatro grupos, tendo meninos de turmas diferentes. Quem nos orientou foi a Andreia, que teve a generosidade de nos ensaiar com paciência. Nós gostávamos de ter visto os outros meninos a actuar. Toda a gente gostou da nossa actuação e provavelmente da dos outros. Todas as pessoas que vieram ver a festa ficaram admiradas e foram para casa contentes. Inês Alexandre e Daniela Alexandra 3º ano No dia 15 de Dezembro de 2005 realizou-se a festa de Natal do 2º ciclo, conforme estava agendada no Projecto Curricular da Escola. Foi preparada pelo 6º B, em Área de Projecto, com a colaboração da Professora Teresa Barbosa. Aconteceu no pátio do 1º ciclo. Tudo estava bem decorado, com um ambiente acolhedor para receber os pais que compareceram em cheio e nada faltou como: teatro, dança, recitação de poemas, música e muita alegria à mistura. Houve uma novidade: Uma banca de doces e guloseimas para os mais gulosos, patrocinada pelos pais dos alunos da turma organizadora, a quem se agradece desde já a colaboração. A “banquinha” vendeu tudo e o dinheiro será utilizado para auxiliar na concretização de novos projectos. As actuações foram muito bonitas e interessantes. Que o digam os nossos professores Teresa, Isabel, Mónica, Jacinta, Cremilde, José Ramos, José Paulo e Carlos Nunes e também o Sr. Padre Director que estavam muito entusiasmados a ver o nosso espectáculo e bem dispostos depois de um dia de trabalho. Não pudemos deixar de demonstrar o nosso orgulho, ficar lisonjeados e com vontade de continuar a participar em projectos onde o calor humano e o envolvimento de todos foi notório. Ana Sofia 6ºB Férias de Natal Quando nós soubemos que ia haver Tempo de Férias de Natal achamos que ia ser giro. Quem organizou as Férias de Natal teve uma grande ideia e uma boa escolha. Agora vamos contar tudo o que se passou durante o primeiro dia. Logo de manhã cedo, às 9horas, começamos com Expressão Plástica. A Manela, como responsável desta actividade, começou por distribuir vasos de barro. Mandou-nos pintar os vasos com cor dourada. Logo a seguir fomos para o pavilhão fazer Desporto com o Marco e com o Ulisses. Eles mandaram-nos começar a correr para ficarmos bem quentes. E depois de ficarmos bem preparados fomos jogar basquetebol. Fizemos uma fila, e um de cada vez mandou a bola ao cesto de basquetebol. Depois à tardinha, todos nós muito contentes, fomos para a Informática. Fomos todos para a Internet, divertimo-nos com jogos e as meninas foram para as Dolls. Depois fomos para o pátio lanchar e brincar um pouco, os meninos da Pré-Primária andaram de triciclo. "Arco"Arco-ÍÍ r i s" e "Ursinhos" no Zoo da Maia No dia 26 de Janeiro, o grupo dos 4 e 5 anos (Arco-íris e Ursinhos), foram ao Jardim Zoológico da Maia. Vimos muitos animais desde patos, a macacos, leões, zebras, porcos, galinhas, flamingos, papagaios e muitos mais.... Assistimos ao espectáculo da foca Nino que subiu à plateia para dar beijos a toda a gente. Foi muito engraçado. E como todos os passeios ao ar livre abrem o apetite, lanchamos no parque das merendas e em seguida demos um saltinho ao parque onde, entre baloiços e escorregas, nos despedimos dos animais! Assim se passou o nosso divertimento no primeiro dia das férias de Natal que durou a semana inteira. Damos os nossos parabéns à nossa querida Manela. No penúltimo dia, de manhã cedo, ás 9:30, fomos dar um passeio pela cidade do Porto. Fomos a pé ao Via Catarina, e também fomos ao Bolhão cantar as Boas Festas. Ao meio-dia regressámos ao Colégio dos Órfãos. À tardinha, fomos para a informática. Fomos para os “microjogos”. Nos “microjogos” jogamos futebol, basquetebol, etc. Agora vamos contar o que se passou no último dia. De manhã estivemos a acabar a nossa vela, que se costuma meter na varanda ou na janela. A seguir fomos para o pavilhão fazer desporto com o Marco. O Ulisses não pôde porque ele estava um pouco doente. Na mesma conseguimos fazer desporto. E à tarde, todos nós, nos divertimos com o filme que a Marta nos trouxe. O filme era muito giro e chamava-se “Madagáscar”. Divertimo-nos muito com o tempo de férias de Natal. Luís Vidrago e Rita Maia Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 - 5 Campanha de Natal O dia 17 de Dezembro marcou o culminar de um processo que durou aproximadamente três semanas, e que envolveu toda a Comunidade Educativo-Pastoral do Colégio. A época natalícia é de facto um período especial que faz ressurgir em muita boa gente uma das melhores características que detém o ser humano: a solidariedade. E a prova está na campanha do “Cabaz de Natal”. Mais uma vez a nossa comunidade não fechou os olhos a algumas situações difíceis que se verificam não só no seu seio mas também na sua zona envolvente. Ao longo de três semanas muitas pessoas foram respondendo ao apelo que já é tradicional por esta altura e fizeram chegar diversos bens alimentícios, que numa segunda fase foram equitativamente divididos. A experiência acumulada nos anos anteriores permitiu que os cabazes fossem feitos eficazmente e em tempo recorde. A terceira fase foi a distribuição. Na manhã (e não só) do dia atrás referido, um pequeno grupo de autênticos Pais Natal, com sacos pretos às costas, nos seus trenós motorizados e de 4 rodas, procederam à entrega dos respectivos cabazes; que ainda estavam “fresquinhos”, já que foram preparados na noite anterior. Após a segunda volta da “caravana” e muitas dores de costas, a missão foi considerada cumprida com pontuação máxima para todos intervenientes por terem participado neste projecto demonstrando todo o seu altruísmo. Colaboração do jornal Ligações Festa de Natal do Centr o Juvenil Salesiano Centro Domingo, 18 de Dezembro. Já há muito tempo que se sente o cheiro do Natal. E neste dia esse cheiro é ainda mais intenso porque é dia de festa, a Festa de Natal. À hora do costume, 15 horas, estava quase tudo preparado para dar início à festa. Desta vez começou com caras novas. Os convidados especiais do Instituto Profissional do Terço trouxeram a musicalidade e o movimento do Hip-Hop ao CJS num número com grande dinâmica e ritmo, arrancando da plateia as primeiras palmas da tarde. Imediatamente a seguir a este número, tivemos as palavras de boas vindas do Presidente do CJS. A partir daqui, a festa retomou o seu ritmo habitual com a apresentação dos números dos diversos grupos de catequese sempre com as introduções do Marco e da Ana Cláudia, na qualidade de apresentadores. Durante o intervalo houve tempo de matar a fome e a sede no bar montado para esse efeito bem como para quem quisesse habilitar-se a ganhar o cabaz de Natal exposto ao lado do palco. Foi ainda possível apreciar as fotografias de outras actividades do CJS nomeadamente da última Festa Jovem e de alguns eventos dos 10 anos da nossa associação juvenil. Posto isto, iniciou-se a fase complementar da festa com a representação das peças preparadas pelos restantes grupos. Pelo meio tivemos o sorteio do cabaz de natal e a consequente subida ao palco do feliz contemplado. Finalmente era altura de arrumar e dos desejos recíprocos de Boas Festas porque a tarde já se ia tornando noite. Sérgio Santos, Animador do CJS Exposição de presépios "A Casa do Menino Jesus" Centr o Juvenil encena "O P rincipe e a Lavadeira" Centro Principe Tudo começou com a leitura do livro “O Príncipe e a Lavadeira” do Padre Nuno Tovar de Lemos. Facilmente a Rute contagiou o Fraga com a vontade de o ler. Ao lerem o capítulo que fala da Encarnação, a Rute e o Fraga pensaram: “porque não encená-lo?” É um capitulo que descreve os motivos porque Deus enviou à terra o seu Filho para se entregar por nós, contrapondo com as tentações humanas que nos impedem de amar e de nos entregarmos em plenitude. E assim como a Rute contagiou o Fraga, os dois contagiaram o resto dos animadores e jovens do Centro Juvenil. A proposta foi feita a todos os animadores e jovens não como uma encenação, mas sim como uma forma de viver e preparar o Advento. Não se ensaiava, rezava-se a anunciação. Não se preparavam roupas, rezava-se o amor. Não se faziam cenários, reza-se a entrega de Deus aos homens. Não se decoravam papéis, vivia-se o amor de Deus feito Homem. Cada equipa criada (encenação e actores, cenários, dança, adereços, divulgação…) iniciava os trabalhos de cada dia com uma oração de advento. Foi assim ao longo de um mês e pouco até que no dia 6 de Janeiro, dia de Reis, no salão Nobre da Junta de Freguesia do Bonfim (gentilmente cedida pelo seu Presidente), fomos brindados com a presença de cerca de 180 amigos e familiares que partilharam mais um momento de oração ao Amor de Deus e à entrega de Maria. Para aqueles que não puderam assistir, fica aqui um bocadinho do texto, apenas para aguçar o apetite à leitura ou quem sabe a um convite para uma representação em família. “É esta a sexta e a maior tentação dos homens quando começam a amar, a tentação de “manipular-o-outro-para-não-o-perder”, de seduzir o outro de forma que ele não possa recusar o amor. Há tantas formas de o fazer, e algumas tão discretas! Há quem tente tornar-se imprescindível ao outro para que o outro não possa viver sem ele. Há quem tente confundir o outro de modo a que ele se convença de que já não é ninguém sem esse amor. Há até quem ameace com o perigo do castigo eterno no caso de ele recusar o amor. Mas cada um tem de descobrir por si só a cor dos lírios e amálos livremente por aquilo que são. Se todos fossem obrigados a gostar de lírios, os lírios deixariam de ter encanto.” Idália Almeida 6 - Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 ... assim se celebrou D. B Celebrar com Jesus Cristo o dom de S. João Bosco No dia 31 de Janeiro a Comunidade Educativa do Colégio dos Órfãos reuniu-se para louvar e agradecer a Deus pelo dom de dom Bosco à Igreja e à juventude. E fê-lo, não apenas na alegria e no divertimento dos jogos que decorreram ao longo do dia, mas também na celebração da Missa. A família, mais do que um conjunto de pessoas, tem a sua origem e sustentabilidade nos laços afectivos que une cada um dos seus membros. O amor e o serviço são as suas notas dominantes. A procura do bem da outra pessoa, que se manifesta nos gestos e palavras do quotidiano, dá o verdadeiro sentido à existência comum. Jesus Cristo é a revelação de Deus Pai. Ele é a sua Palavra. E nos seus gestos, palavras e atitudes podemos descobrir o sentido da vida: amar dando a vida. Na missa, os cristãos dão graças a Deus pelo dom que é, para cada um pessoalmente e para a humanidade, Jesus Cristo. E tomam parte activa quando se dispõem a transportar este amor para as suas vidas também. Também nós celebramos a nossa missa de festa. S. João Bosco foi grande porque optou por servir em vez de ser servido. Seguindo Jesus Cristo, optou por dar a sua vida para que os seus rapazes crescessem e se tornassem bons cristãos e honestos cidadãos. Como dom Bosco, também cada um de nós pode ser grande se estiver disposto a servir e a amar aqueles que o rodeiam. A nossa escola pode ser uma grande família. Apenas depende de nós. Viva dom Bosco; viva Jesus Cristo. Pe. Paulo Pinto Maratona teatral envolveu-nos a todos O dia teatral começou pelas 11 horas com a representação da peça “A Carroça dos Saltimbancos”, pelos alunos de OED, do 12º ano – um êxito: o público gostou e os alunos divertiram-se muito (deu para ver!). À tarde, “andou-se à procura” do “Cavalinho Azul”. Em três sessões (para o 2º, 3º e Pais/ Encarregados de Educação, à noite), o 8º ano A deliciou alunos e pais. Foram momentos de grande poesia e teatralidade – para além da exuberância dos cenários e do guardaroupa, a peça contava com linguagens diversificadas: teatro de marionetas e de sombras, um suporte narrativo associado a um intenso ritmo cénico. Gostamos mesmo muito! Por detrás de tudo isto, o professor Carlos Dias, naturalmente! Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 - 7 Bosco Corta-mato No passado dia 31 de Janeiro realizou-se no nosso Colégio o Corta-Mato fase escola, que abre a possibilidade da participação dos melhores na fase CAE ( CENTRO ÁREA EDUCATIVA DO PORTO), com todas as escolas do Distrito do Porto. Não é a primeira vez que se realiza o Corta-mato, aliás alguns ainda se lembram da presença da Rosa Mota num deles. Normalmente realizava-se na festa de N.ª Sra. Auxiliadora, mas este ano foi na festa daquele que a teve como guia – D.BOSCO. A participação por parte dos alunos foi satisfatória tendo em conta o frio que fazia e que ao mesmo tempo estavam a ser realizadas outras actividades relacionadas com a festa. Podia citar todos os vencedores, mas para mim todos os participantes o foram. No entanto há que reconhecer o valor aos primeiros, que ficaram apurados para representar o Colégio no dia 18 de Fevereiro. Fábio Daniel Pereira 5º A Carlos Eduardo Monteiro 5º A Ana Rita Santos 5º B Catarina Novais 5º A Filipe Daniel Santos 6ºA Carlos Meireles 7º B Álvaro Martins 7º B Débora Filipa 5º B Marta Martinho 6º A João Tavares 9º A José Fereira 8º C "Mini Cofre" testa cultura geral No passado dia 31 de Janeiro, pelas 11 horas, durante a Festa de D. Bosco, realizou-se um concurso designado por “Mini-Cofre”, organizado pela turma do 7º C, na Área de Projecto, com a colaboração da professora Teresa Correia. Muitos alunos apareceram na nossa sala para assistir ao concurso, mas alguns não poderam entrar porque rapidamente os lugares disponíveis ficaram ocupados. O concurso consistiu em perguntas de cultura geral e nele participaram alunos das turmas do 5B, 6A, 6B e 7A. À final passaram o Bruno Coelho do 7ª e o Pedro Pina do 6B. O melhor auxiliar foi o Francisco do 7ª e o melhor concorrente foi o Pedro Pina do 6B, que conseguiu abrir o cofre. No final, todos receberam diplomas de participação e os vencedores irão receber medalhas. Soraia, Ana Sofia, António Pedro, Helena e Salomé – 7ºC Hugo Monteiro 8º B Ana Raquel 8º A Anita Novais 9º A Joana Teixeira 9º A Luís Almeida 11º T Jorge Moreira 9º C Pedro Catarino 10º A Rui Lopes 11º A Eduardo Oliveira 12º T Marco Izeda 11º T 8 - Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 O Circo chegou ao Colégio Os alunos do 2º e 3º Ciclos foram assistir ao espectáculo do “Monumental Circo D. Bosco” que os alunos do 8º ano preparam para eles. Parabéns a todos os “Artistas e Técnicos” envolvidos e ao Professor Carlos Dias, “Director” do “Monumental Circo D. Bosco”, que soube criar unidade em torno do tema circense, criando um diálogo implícito com as peças representadas. Circo e Teatro deram as mãos! Play I some music... It’s just the R eggae Music... Reggae A afirmação não é minha, mas sim do famosíssimo Bob Marley. Sim, Bob Marley. E Não, não é por aí. O texto não é sobre drogas leves, é mesmo para cessar com esses estereótipos. Sendo assim, aqui estou eu, qual salvador da pátria, ao jeito sebastianista a regressar na bruma (até Camões se fosse vivo dedicava-me uma epopeia) para esclarecer as vossas dúvidas. Ora bem podemos então começar. Provavelmente, já quase toda a gente reparou naqueles rapazes e raparigas que andam com uns penteados muito esquisitos e que as nossas mães, zelosas, dizem para nós nos afastarmos porque pode ter piolhos ou sei lá que bichos habitam naquela imundice. Mas chegou o dia em que vocês podem dizer às vossas mamãs que aquilo (em princípio) não tem piolhos, ou qualquer outro parasita, porque eles lavam o cabelo. Lavam? Não parece. Mas lavam. Aquele é um penteado típico jamaicano. As dreadlocks, vulgarmente chamadas de rastas. São canudos fortes, que não são escovados ou penteados, mas cuidadosamente mantidos e lavados por quem os usa. São o símbolo da união com Jah e do empenho numa vida justa e natural. Jah? Quem é esse? Será que foi uma daquelas betas que tem a mania de por agás (H) em tudo que se lembrou disso? Não. Jah é mais um dos nicks de Deus. É ele o cerne da da Fé Rastafariana. Mas atenção! Rastafari é uma forma de vida (e não uma religião), com muitas ligações à fé cristã. Rastafari é então uma palavra que tem raíz etimológica no aramaico (língua da Etiópia). Sendo assim, “Ras” significa príncipe e “tafari” significa paz. Portanto, rastafari quer dizer “príncipe da paz”. O Rastafarianismo nasceu nos anos 30, na Jamaica. As suas raízes são o pensamento de Marcus Garvey e as palavras de Haile Selassie I, coroado rei da Etiópia, que segundo os Rasta é território sagrado. Mas apesar de tudo, o rastafarianismo só alcançou a dimensão mundial com o auxílio do seu bem mais precioso: a música, o Reggae. A partir de agora sou suspeito, já que sou apaixonado por este género musical. Bob Marley é sem dúvida o maior embaixador, mas ele (infelizmente) está morto. E o reggae morreu? Claro que não. Cada vez com mais força. Eu que o diga. O meu mp3 (não, não tem nada a Ver com o Dr. Mário Soares) não para de sentir a “vibe”, eu também e muito mais gente. Ritmos que continuam a enchernos a vida de cor e de alegria. É música de uma noite de Verão, para aquecer estes dias de Inverno frios, muito frios. Gentleman, Patrice, Damien Marley, Natiruts, Sizzla... Tantos nomes uma só bandeira. Nesta Aldeia Global, muita gente se esforça para ser diferente. Algumas não escolhem o caminho certo. Outras desanimam. E há quem se mantenha firme. Ser rastafari é não ter medo da diferença. O fundamento da cultura rastafari é simples, apenas deixar que as coisas sigam o seu caminho natural. Os verdadeiros “rastas” estão cada vez mais distantes da balbúrdia das grandes cidades e dos efeitos do desenvolvimento tecnológico. Eles aguardam tranquilos o final dos tempos com a celebração da paz e justiça para todos. A diáspora está a acontecer. Entretanto o mundo é verde, preto, vermelho e amarelo. Porque Jah assim o quis. Sílvio 12º 1 “Não tenho religião, eu sou o que sou. Sou um Rastafari... e isso não é religião, isso é vida.” “O reggae não é para se ouvir, é para se sentir. Quem não o sente, não o conhece.” Bob Marley Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 - 9 Formação para P ais e Encarregados de Educação Pais Decorreu no passado dia 27 de Janeiro, no Auditório do Colégio dos Órfãos a acção de formação para pais e encarregados de educação sobre o tema: “Crianças … adolescentes difíceis” com o Dr. Filinto, Psicólogo desta casa. Cumpre-nos informar que, embora não tivéssemos a sala completa, a sessão foi importante para todos os que puderam assistir, dado que possibilitou quer a reflexão quer a abertura a novas ideias impulsionadoras de alteração de comportamentos. O tema foi enquadrado no âmbito da Educação, nas suas três dimensões relacionais essenciais: Pai-Mãe (ou outra família restrita); Escola-Família e Colega-Sociedade, pirâmide com a qual se encerrou a sessão. Enumeram-se de seguida os pontos abordados, alguns deles imbuídos de mensagens que poderão ajudar nesta procura de educarmos cada vez melhor os nossos educandos: 1. Educar é realizar a tarefa mais bela e complexa da arte da inteligência. É acreditar na vida, ter esperança no futuro, semear com sabedoria e colher com paciência, é ser garimpeiro à procura dos tesouros do coração. 2. Educar no sentido da formação da personalidade, enquanto pessoa e indivíduo integrado na sociedade, conhecedor não só do mundo mas do que é e do que quer ser. Um dia uma mãe disse: “…que a sua maior responsabilidade tinha sido dar raízes e asas aos filhos – raízes para saberem de onde vêm e asas para poderem voar”. 3. Nós pais e encarregados de educação devemos investir na nossa e na sua formação. a) Na nossa – cuidando de nós enquanto pais e encarregados de educação desenvolvendo competências para melhor executar esse papel, tornando-se um pai confiante que escuta o seu filho, o apoia emocionalmente, lhe dá carinho, a estrutura e o orienta. b) Na sua formação: · Dando o nosso próprio ser – dar a sua própria história aos filhos, dar-se a conhecer, dar o seu afecto e o seu amor de forma a criar vínculos sólidos e profundos, promotores da auto-estima, do diálogo, da gestão da emoção, da capacidade de lidar com perdas, frustrações e stress; · Alimentando a sua personalidade – desenvolvendo a reflexão, a segurança, a liderança, a coragem, o optimismo, a capacidade de superação do medo e a prevenção de conflitos, preparando-o para “ser” e não para “ter”, principal função do mundo actual; · Ensiná-los a pensar – antes de agir e perante um erro ou um fracasso, não corrigir mas levá-lo a pensar, não se repetir, criar ideias, surpreender, reagir de modo diferente aos seus erros, superar as suas expectativas, enfim, encantá-lo e incentiválo a fazer de cada lágrima uma oportunidade de crescimento; · Preparando-os não só para o sucesso mas também para o fracasso – desenvolvendo a motivação, a ousadia, a paciência, a determinação, a capacidade de superação e a habilidade para aproveitar as oportunidades – levá-lo a traçar metas, a definir objectivos mas a contar que existem Matemática em simulação Muito do nosso futuro escolar passa pelo ano decisivo que é o 12º, e a ele adjacente as médias. É claro que as médias são uma preocupação existente desde o 10º ano mas, o ano final do ensino secundário são os quilómetros finais de uma corrida de fundo, ou seja, é a altura de colher frutos, que é como quem diz a média final. Média final essa que depende da nossa prestação ao longo do ano e dessa árdua quimera (épica até) que são os exames. obstáculos e fracassos que fazem parte do caminho, apreciando o desafio e não fugindo dele; · Ter tempo para ele – pois quanto menos tempo lhe dedicarmos maior será o risco de dar importância indevida aos sinais mais visíveis, de sucesso ou insucesso, quer ao nível académico, relacional ou pessoal. 4. Identificação dos factores, internos e externos, que influenciam o comportamento do adolescente, com especial relevo para os factores externos, como sejam: · Padrões de Educação – Exemplo, Acompanhamento Positivo, Sem Acompanhamento, Castigos; · Stress Familiar – Stress Marital, Stress de Pais Solteiros, Stress de Famílias com Padrasto/Madrasta; · Influências Externas à Família – Restante Família, Amigos, Escola, Infantários, Violência nos Meios de Comunicação. 5. Identificação de alguns problemas de comportamento com origem na Escola (horários, programas, professores), na Família (monoparental, mãe solteira, divórcio, órfão) e no Educando (apatia, hiperactividade, agressividade, drogas). 6. Estudo de alguns comportamentos prejudiciais quanto aos Sinais (consumo de tabaco e de marijuana) e quanto às Técnicas para lidar com cada problemática (ira e agressão, mentira, roubo e consumo de tabaco). 7. A importância do diálogo e da disciplina na educação das nossas crianças e jovens – Dicas para escutar de modo efectivo e explicação das características da disciplina efectiva. Aproveitamos para lembrar que as próximas acções se realizarão no Auditório do Colégio pelas 21,30h nos dias 17 de Março e 12 de Maio sobre os temas “Educar para a Saúde” e “Educar para o Optimismo”, respectivamente. Aguardamos a V/ presença. Saudações da, Escola de Pais do Colégio dos Órfãos do Porto Joaquina Cunha Juntando todas as fatias teremos então um bolo, doce ou amargo, caso nos abra ou não as portas (não do estômago) da universidade ou do mundo do trabalho. Foi com o objectivo louvável de nos preparar para os exames nacionais que o Ministério da Educação decidiu avançar com uma experiência piloto: os testes intermédios. Mas que conceito é este? É simples. Basicamente são testes elaborados pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) que têm como objectivo pôr os alunos em contacto com as terminologias e tipos de exercícios que saem em exame de forma a que o choque, no principio do Verão, não seja tão acentuado. Quando a notícia foi recebida a opinião ficou um pouco dividida, afinal é sempre mais um teste, no entanto com o passar do tempo todos percebemos que este “pseudo-exame” traz mais benefícios que contrariedades e é uma óptima maneira de afugentar o estigma da Matemática. Hugo Abreu e Sílvio Monteiro 12º 10 - Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 Desporto Escolar ... Há tempo para tudo Escolar... tudo.. Sete da manhã, toca a acordar. Mas é sábado! Pois é. Assim começa o dia daqueles que estão no desporto escolar. Pequeno almoço reforçado pois é dia de jogo. A ansiedade aumenta à medida que a hora do jogo se aproxima, e com um passe de mágica, já estamos na hora do jogo. Parece mentira, mas os minutos correm mais depressa que os segundos das aulas. É tempo de pôr à prova tudo aquilo que treinámos. O jogo acabou, ganhámos ou perdemos? Estava tão emocionado que perdi a conta. Claro que ganhar é importante, mas o saber estar e a responsabilidade de usar uma camisola dos SALESIANOS é muito grande. Por isso, há que saber ganhar e perder. As nossas equipas de Voleibol e de Futsal já estão em competição Cada jogo cria novas dificuldades, abrindo novos horizontes de trabalho para a semana de treinos. No dia 11, o Futsal e, no dia 25 de Fevereiro, os jogos voleibol serão no nosso Colégio. Aparece e apoia-nos. Torneio COP 2006 Por vezes, justificam-se os maus resultados escolares com o tempo gasto em actividades extra-curriculares, o que nem sempre é verdade. A prática desportiva pode ajudar a organizar o nosso tempo. Por vezes, o não ter nada para fazer é a ocupação principal de muitos. O sentar à frente de um televisor ou de uma consola de jogos parece ser o “desporto” preferido. Rever-se num jogo de computador pode-nos levar a ser campeões do mundo no campeonato de lá de casa, e quando não ganhámos há sempre a possibilidade de fazer um “restart” e tentar novamente. Mas, o preparar o saco para o treino, a responsabilidade de fazer parte de uma equipa que conta contigo, que te apoia nos momentos menos bons e que festeja as tuas alegrias, vale o sacrifício. Por outro lado, obriga-te a ter um tempo destinado para estudar. Além disso, gastar energias nos treinos pode servir para descomprimir de um dia de aulas, o respeito pelos regulamentos e a existência de um árbitro pode ajudar ao respeito e cumprimento de regras. E o tempo gasto na prática de actividades físicas promove a nossa saúde, e traz benefícios à capacidade de socialização e à nossa auto-estima. Já agora, a título de exemplo, a equipa de Iniciadas de Voleibol: 63% com 0 níveis negativos 35% no quadro de Valor e Excelência 14% com 1 nível negativo 7% com 2 níveis negativos Com três treinos semanais e com os jogos aos sábados parece que há tempo para tudo. Aproveita-o bem, “Carpe Diem”. Prof. Francisco Silva Mais um período e mais um torneio! Como todos os anos, e este não iria ser diferente, organizou-se o “Torneio COP” de futebol estando divididas as equipas participantes em dois escalões (5º,6º e 7º e o dos mais velhos – 8º, 9º e Secundário). Mais uma oportunidade de todos darem o seu melhor, alargando a participação às equipas femininas pelo que se inscreveram as equipas das “All Star Team” e a das “Macricas”. O Torneio teve o seu início no passado dia 19 de Janeiro e decorrerá até finais de Março com espectáculo garantido de Segunda a Quinta-Feira nos intervalos de almoço. Em cada jogo a emoção não falta, mas no fim só uma equipa sairá vencedora. Todas as equipas precisam do vosso apoio. Vem vê-las jogar! Tiago Cecílio (“Catanaside II”) e Ana Raquel (“All Star Team”) Ministério da Educação analisa Exames do 9.º Ano de 2005 O Ministério da Educação procedeu a uma análise aprofundada dos resultados dos Exames Nacionais de 9.º ano de 2005, nomeadamente da disciplina de Matemática. As médias nacionais, na escala de 1 a 5, foram as seguintes: Médias L. Portuguesa Colégio 3,20 2,40 Distrito 3,05 2,31 3,0 2,2 Nacional Matemática A análise dos resultados da disciplina de Matemática foi feita a nível nacional com a participação de professores do 3.º Ciclo. O mesmo aconteceu a nível do Colégio, tendo nela participado os Professores José Ramos, Cristina Santa, Cristina Sousa e Manuel Santos. Como causas mais relevantes, a nível do Colégio, que consideramos estar na origem dos resultados dos alunos, no âmbito do ensino e aprendizagem da Matemática, foram apontadas as seguintes: a) Dificuldade em distinguir conceitos; b) Não cumprimento de instruções dadas no enunciado; c) Dificuldade na interpretação de dados e/ou gráficos; d) Dificuldade na resolução de problemas que envolvam raciocínio e estratégia; e) Dificuldades associadas à interpretação do problema; f) Falta de hábitos de trabalho. Em termos gerais e comparando os resultados da Escola com os resultados nacionais é possível tirar algumas conclusões: a) Os resultados da Escola estão ligeiramente acima da média nacional, sem grandes desvios; b) Nas áreas de conteúdo a pior a nível de Escola (Números e Cálculo) foi também a pior a nível nacional e a melhor a nível de Escola (Geometria) foi-o também a nível nacional; c) No domínio das competências a pior a nível de Escola (Raciocínio) foi-o também a nível nacional. Todos esperamos poder melhorar estes resultados no presente ano lectivo. Para isso, é preciso muito trabalho e esforço de todos. Prof. Manuel Santos Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 - 11 Janeiro - mês das línguas e comunicação Como todos puderam verificar, o passado mês de Janeiro foi dedicado ao tema “Línguas e Comunicação”. No âmbito da Língua Inglesa foram realizadas diversas actividades. Foram expostos cartazes sobre ícones culturais de diversos países de expressão inglesa, elaborados por alunos do 10º ano 1. Realizou-se um Film Festival, em que os alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos visualizaram diferentes comédias em Inglês: “Around the World in eighty days”, “Charlie and the chocolate factory”, etc. A visualização destes filmes possibilitou a realização de diversas actividades lúdicas levadas a cabo em aula. Por fim, os alunos dos 6º e 7º anos tiveram a oportunidade de participar num concurso de desenhos e caricaturas de monumentos e personalidades inglesas ou americanas. Dos diversos trabalhos destacam-se os três vencedores: o “Harry Potter”, desenhado pela Vera Joana, do 7º B, a quem coube o primeiro lugar, o “Mr. Bean”, caricaturado pelo José da Rocha, do 6º B, a quem coube o segundo lugar e, por fim, o “Charlie Chaplin”, da autoria do João Vilela, do 7º A, que obteve o terceiro lugar. Desde já, agradece- se a todos a participação neste concurso e felicitam-se, uma vez mais, os vencedores. Os professores de línguas esperam que alunos envolvidos tenham gostado das actividades. Profª Mónica Pinho “A Geração do P olegar ” Polegar olegar” “Cada época tem tido uma forma própria de se comunicar: os sons do tambor, os sinais com panos e bandeiras, o bilhetinho, o telefone fixo–móvel, a Internet e os telemóveis (…) O século XXI não foge à regra (…) As necessidades de comunicação têm sido muitas, o ritmo de vida (…) E assim o homo sapiens está a converter-se em homo digitalis (…) comunica-se em menos tempo e por preço mais reduzido (…) O êxito das msgs entre jovens tem sido tão grande que já chamam a esta geração (…) a Geração do Polegar.” Joviana Benedito, “Dicionário para Chat, SMS e E-Mail” Centro Atlântico.pt (Material gentilmente cedido pelo Tiago Vieira - 11º ano A) Divertida, engenhosa e até criativa, talvez mesmo musical, por vezes poética … não faltam atributos a esta forma de expressão … O mundo em que vivemos é diverso e ser “culto” é tentar conhecê-lo em toda a sua abrangência, pois a eficácia dos nossos actos prende-se com os contextos para os quais remetem esses mesmos actos. A comunicação não foge à regra … Enquanto o telemóvel impõe uma linguagem redutora, um pensamento de lógica binária, uma outra realidade coexiste, quando nos apercebemos de uma exigência cada vez maior no que diz respeito ao domínio da língua materna. Falar e escrever com correcção, rigor e clareza é decisivo em termos académicos e revela-se um traço distintivo em termos sociais. Se o nosso pensamento se estrutura em termos de linguagem, o seu uso adequado constitui um imperativo de sucesso e promoção pessoal. O importante será jogar com todas as cartas, mas não baralhar as regras do jogo. Profª Leonor Machado Francisco Sá Carneir o – 25 anos depois: o Homem e o Estadista Carneiro Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro nasceu no Porto, a 19 de Julho de 1934. Educado como membro de uma família tradicional e católica, foi para Lisboa aos 17 anos, para estudar Direito. Viria, completado o curso, a exercer advocacia. Fez parte das listas da Acção Nacional Popular (partido único durante o Estado Novo), e foi eleito deputado à Assembleia Nacional, onde colaborou com figuras como Mota Amaral e Francisco Pinto Balsemão na criação da Ala Liberal do regime, tentando transformar Portugal numa Democracia. Não tendo conseguido atingir os seus objectivos, demitiu-se. Entretanto, já casado e com três filhos, conhece Snu Abecassis, uma dinamarquesa. Snu divorciou-se do seu marido, no entanto, a mulher de Sá Carneiro recusou dar-lhe o divórcio. Sá Carneiro e Snu, passariam assim a viver em união de facto, algo inovador e controverso na época. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, Sá Carneiro, juntamente com Pinto Balsemão e Magalhães Mota, funda o Partido Popular Democrata (PPD), mais tarde designado como Partido SocialDemocrata (PSD). Nomeado ministro sem pasta em diversos governos provisórios, seria eleito deputado à Assembleia Constituinte no ano de seguinte, e em 1976 eleito para a Assembleia da República. Em finais de 1979, criou a Aliança democrática (AD), uma coligação entre o PSD, O Centro Democrático e Social (CDS) e o Partido Popular Monárquico (PPM). A AD vence as eleições legislativas desse ano com maioria absoluta e, Sá Carneiro, é nomeado Primeiro Ministro de Portugal, a 3 de Janeiro de 1980. Contudo, no dia 4 de Dezembro de 1980, quando seguia num pequeno avião juntamente com sua mulher Snu Abecassis, com Adelino Amaro da Costa (CDS), e com outros ocupantes, para o Porto, para poder participar num comício, o avião explode e despenhase em Camarate, a poucos metros do Aeroporto da Portela. Atentado ou acidente. A dúvida persiste. Sá Carneiro, 25 anos depois, fica na nossa memória como um exemplo de coragem para todos. Acreditou até ao fim no projecto que tinha para Portugal. Lutou pela democracia, quer durante o Estado Novo, quer quando a extrema-esquerda ameaçava transformar Portugal numa ditadura comunista. Também a sua vida pessoal não hesitou em ser politicamente incorrecto, assumindo corajosamente um amor que a sociedade via com desconfiança. Vinte e cinco anos depois, resta a memória, o exemplo e a saudade. Hugo Pinto Abreu – 12º 3 12 - Ribadouro Janeiro/Fevereiro de 2006 Moral(idades) No âmbito da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), os alunos do secundário do Colégio dos Órfãos decidiram de boa-vontade, por sugestão didáctica do Professor, pôr mãos à obra e dedicar um período lectivo ao aspecto da Marginalização e da Exclusão Social. Cada ano tem um tema específico e dependendo da turma há iniciativas diferentes. Unir Sociedade e Escola é o grande objectivo. Já começou a grande aventura Desde que começou o segundo período, os alunos do 10º ano, turmas Ciências e Tecnologias e Ciências Sociais e Humanas, apostaram num projecto cujo objectivo era passar um dia num centro de idosos. Para isso, já se organizaram em 4 grupos, cada um com a sua tarefa. O grupo “IDOtícias”, está encarregue de informar todos os passos ao longo do projecto e todas as novidades, e para isso, foi já criado este blog pelos alunos do 12º ano. Este projecto está já a ser divulgado de várias formas, sendo importante referir que a comunidade educativa poderá ter acesso a todas as novidades através do jornal RIBADOURO, publicado pelo Colégio dos Órfãos do Porto. O grupo “Ponte Entre Gerações” está encarregue de toda a logística e burocracia. Encontram-se já a estabelecer contactos entre os alunos e a instituição a visitar (lar de idosos), a projectar meios para a angariação de fundos, preparando a visita, que se realizará dia 9 de Fevereiro. O grupo “Palhaços 3G” irá tratar de toda a animação durante a visita ao lar, tendo já como projecto, a reprodução de vários tipos de música, que marcaram e continuam a marcar as pessoas mais idosas, jogos de mímica, concursos de dança e ainda concurso Miss e Mr. Simpatia. Ainda existe, um último grupo “3ª Idade Em Retrospectiva” que está encarregue de fazer o trabalho teórico acerca da 3ª idade (desde doenças, causas e motivos que levam à procura de vários tipos de lares...), que será apresentado aos restantes alunos da turma, ainda este período. 10º CT e CSH Sem abrigo O 12º ano está a desenvolver um projecto sobre marginalização, envolvendo vários grupos, com diversas tarefas, cujo principal objectivo é dar a conhecer o lado mais obscuro, desconhecido e por vezes ignorado da sociedade actual. O culminar do projecto será uma acção de solidariedade nocturna no centro da cidade do Porto, acompanhados de instituições de apoio social, que fornecem todos os dias os bens e cuidados essenciais à sobrevivência dos carenciados. Deste modo, um grupo encarregue da logística, dedica-se à realização de campanhas para incentivar as pessoas a dar um pouco do seu muito, que significa muito para os que têm pouco. Paralelamente ao grupo da logística, existe um grupo responsável de comunicar todos os passos na luta contra a marginalização (o nosso grupo), que esclarece todas as vossas dúvidas no blog http://moralidades.blogspot.com. Por fim, existe ainda um grupo que está encarregue de realizar um estudo acerca da marginalização, bem como promover conferências e debates referentes a este tema. Agradecemos a colaboração de todos sempre que forem solicitados para tal. Cláudia, Diogo, Henrique, Hugo, Joana, Ricardo e Sandra - 12º ano “Caminho para a vida” No inicio do segundo período foi proposto á turma do 11º Tecnológico de Produção Gráfica e do 11º Ciências Sociais e Humanas, a elaboração de um projecto que intitulamos “Caminho para a vida”, com o objectivo de visitar a instituição Casa Caminho, em Matosinhos, a fim de conhecermos melhor as crianças e as suas problemáticas e ao mesmo tempo ajudarmos através da recolha de produtos de higiene (fraldas, pasta dos dentes, escovas, gel de banho ...). Para tal efeito a turma dividiu-se em 4 grupos sendo que um deles ficou com a responsabilidade de todo o tipo de contactos e parte burocrática. O segundo grupo tem como função fazer campanhas de solidariedade. O terceiro grupo ficou com a responsabilidade de fazer um levantamento de todas as problemáticas que estão subjacentes a estas crianças. E por ultimo, um grupo informativo, um grupo que deve informar tudo o que se passa, quer através do Ribadouro quer através do blog. 11º TPG e CSH Projecto Inharrine Pr ojecto “Um sorriso a caminho ” caminho” As turmas do 11ºano do agrupamento de ciências e tecnologias e de ciências sociais económicas estão a levar a cabo um projecto com a finalidade de conhecer melhor e de ajudar uma Aldeia SOS. Com vista a atingir todos os objectivos propostos, as duas turmas organizaram-se em cinco grupos, denominados: “AnimaTudo”, cujo objectivo é o entretenimento e animação das pessoas inseridas na Aldeia SOS; “Sol”, tem como objectivo acções de solidariedade com a respectiva Aldeia SOS; “SIP” – Serviço de informação pormenorizada”, este grupo fica encarregue de um levantamento das problemáticas das crianças existentes na Aldeia SOS; “Informólogos”, grupo que se prende com a passagem da informação aos leitores do “Ribadouro” e do moralidades.blogspot.com; “RP”, grupo que estabelece todos os contactos com a Aldeia SOS e entidades que possam fazer parte do nosso projecto. 11º CT e CSE No âmbito da disciplinas de EMRC, a turma do 10º Tecnologia de Produção Gráfica está na tentativa de levar a cabo, como o nome indica o projecto Inharrime. Este projecto consiste em angariar alimentos e objectos de primeira necessidade (enlatados, cobertores, lençóis, etc) para assim serem enviados num contentor para a tal cidade africana cujo nome é inharrime. A turma dividiu-se em 4 grupos cada um com sua função. O primeiro grupo tem como objectivo a pesquisa de informação e contactos. O segundo grupo está a organizar campanhas para a recolha dos respectivos bens, entre elas está a organização de um sarau no dia 17 de Fevereiro pelas 21 horas no nosso colégio. O terceiro grupo tem como função a elaboração de cartazes e divulgação do projecto. Finalmente, o último grupo tem a seu cargo a informação e reportagens para o Ribadouro e para o blog: moral(idades).blogspot.com. 10º TPG Jornal do Colégio dos Órfãos do Porto Lrg. Pe. Baltasar Guedes - 4300 - 059 Porto Direcção: Pe. Delfim Santos Edição, Paginação e Impressão: Alunos do Curso Tecnológico de Produção Gráfica Fotografias: participantes das actividades referidas Tiragem: 1200 exemplares