Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Resenha:
A vida sem emprego: Por que jovens talentosos estão trocando a segurança
da carteira assinada pela liberdade de empreender
Aluna: Carine Ebert
Disciplina: Seminário Avançado em Comunicação
Professor: Nadege Lomando
São Leopoldo, Abril de 2008.
Resumo e resenha da matéria de Eduardo Vieira, publicado na Revista Época
de 08/05/2006, páginas 44 a 50:
A vida sem emprego: Por que jovens talentosos estão trocando a
segurança da carteira assinada pela liberdade de empreender
Eduardo Vieira é jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP)
com especialização em planejamento editorial pela Faculdade Cásper Líbero e em
novas mídias pela Universidade Nacional de Seul (SNU), na Coréia do Sul. É autor
do livro-reportagem “Os bastidores da Internet no Brasil” (Manole, 2003), um dos 10
finalistas do Prêmio Jabuti de Literatura Brasileira em 2004. Foi repórter e editor de
alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, incluindo o Jornal Gazeta
Mercantil e as revistas INFOEXAME, EXAME E ÉPOCA. Atualmente é sócio da
Agência Ideal, empresa que cria, planeja e executa estratégias de comunicação
corporativa, relações públicas e institucionais.
O sonho de ser seu próprio patrão faz parte da vida de milhares de pessoas.
Trabalhar com o que realmente se tem vontade e poder desenvolver livremente seus
talentos, além da tentativa de ganhos mais elevados e um pouco mais de
tranqüilidade e estabilidade em relação ao seu trabalho, fazem milhares de pessoas
abrirem seu próprio negócio todos os anos.
Cada vez mais cedo, jovens com muito talento pra esbanjar resolvem ser
donos de seu próprio negócio, trocando a carteira assinada pela liberdade de serem
empreendedores. Aliás, hoje em dia, os jovens enxergam com grande desconfiança
o que antigamente era sucesso garantido na opinião dos pais e avós: uma carreira
em uma grande empresa. A partir dos anos 80, com as diversas crises econômicas,
avanços na tecnologia e a grande concorrência, as empresas se viram obrigadas a
tornarem-se mais enxutas e a folha de pagamento foi o alvo principal para o corte de
gastos. Ou seja, um emprego conquistado em uma grande organização, muitas
vezes sinônimo de anos de trabalho e que provavelmente seria para a vida inteira já
não era mais garantia de estabilidade empregatícia. Isso tudo gerou uma grande
taxa de desemprego em uma parcela da população que imaginava que este
momento jamais chegaria.
Na época, mudar de emprego era visto como algo vergonhoso, porém a
estabilidade foi substituída pela busca de novas oportunidades, primeiramente
dentro das empresas e mais tarde, fora delas.
O empreendedorismo que abriu milhares de empresas (principalmente de
pequeno porte) nos últimos anos, não só no Brasil como em todo o mundo teve um
aumento 150% nas contratações, enquanto as empresas de grande porte tiveram
uma queda de 41% no número de funcionários. Porém, isso não quer dizer que a
produtividade destas grandes empresas tenha diminuído, mas que o trabalho
humano foi sendo substituído pela tecnologia. A economia cresce, mas não gera
empregos e ainda diminui os postos de trabalho denominados formais. No setor
bancário brasileiro, por exemplo, o número de funcionários em 1987 era de
aproximadamente 817 mil e em 1996 já havia caído para 497 mil, enquanto o
número de clientes mais do que dobrou. Isso aconteceu devido a virtualização.
Vamos ao banco pela Internet, portanto não precisamos de um funcionário que nos
atenda.
Além disso, a grande empresa é mais “engessada” do que a pequena. As
grandes organizações querem resultados a curto prazo, as metas são mais difíceis
de alcançar, deixando os funcionários sob maior pressão por resultados e com
acesso mais difícil aos empresários. Enquanto a pequena empresa é mais enxuta,
com menos graus hierárquicos, com maior facilidade de comunicação e acesso entre
funcionários e patrões, tornando-se mais rápidas e com menos burocracia.
De
acordo
com
a
matéria
em
questão,
existem
dois
tipos
de
empreendedorismo: o de oportunidade, em que as pessoas optam por abrir um
negócio próprio por terem essa vontade e o de necessidade, onde as pessoas
optam por abrir um negócio por falta de oportunidade no mercado de trabalho.
As pessoas devem estar preparadas para um futuro onde certamente
deveremos criar novas oportunidades e opções de trabalho, pois as empresas estão
diminuindo as oportunidades de emprego dentro delas, devido à tecnologia, aos
sistemas modernos e a automatização dos seus serviços. A tendência é diminuir os
trabalhos braçais e manuais e aumentar os trabalhos que envolvam o intelecto das
pessoas, porém muitos não terão aptidão, conhecimento e preparação necessários
para desenvolver este tipo de trabalho, pois as nossas escolas educam seus alunos
para serem funcionários e não para terem autonomia, embora hoje em dia já existam
cursos que têm por objetivos formar e incentivar empreendedores.
Através de estudos de dados estatísticos, entrevistas realizadas pelo autor
com diversos profissionais empreendedores de sucesso e estudiosos do assunto,
conclui-se que o empreendedorismo é um fenômeno forte onde a pessoa troca a
sensação de segurança apresentada pelas empresas, pela vontade e pelo risco de
construir alguma coisa importante e própria, em busca de um futuro melhor, com
ganhos nem sempre maiores, mas a procura de um pouco mais de estabilidade,
tranqüilidade e liberdade de trabalhar suas próprias idéias.
REFERÊNCIAS
http://www.edicastv.com.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=43
http://brasil.business-opportunities.biz/2006/05/09/
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