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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
DE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
EG
ID
O
PE
LA
LE
I
AVM FACULDADE INTEGRADA
OT
O PAPEL DA AUDITORIA NA MELHORIA DO AMBIENTE DE
Prisciliano Alexsander da Silva Pimentel
DO
CU
M
EN
TO
PR
CONTROLES INTERNOS DAS ORGANIZAÇÕES
Orientadora
Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2013
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PAPEL DA AUDITORIA NA MELHORIA DO AMBIENTE DE
CONTROLES INTERNOS DAS ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Auditoria e Controladoria.
Por: Prisciliano Alexsander da Silva Pimentel
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus em primeiro
lugar por ter colocado em minha vida
um condutor de natureza boa que me
ajudou a superar todos os meus
obstáculos, que me deu um emprego
onde pude alcançar o meu sucesso
acadêmico.
4
DEDICATÓRIA
Dedica-se
ao
meu
Diretor
e
Empresário Marcos Barbieux Lopes, pai,
mãe, amigo, cônjuge, familiar, filha.
5
RESUMO
Todas as organizações enfrentam incertezas, e o desafio de sua
administração é determinar o nível de incerteza que a organização está
preparada para aceitar, na medida em que se empenha em agregar valor para
as partes interessadas. O gerenciamento de riscos corporativos não apenas
permite identificar, avaliar e administrar riscos diante de incertezas, como
também integra o processo de criação e preservação de valor. O
gerenciamento de riscos corporativos é um processo conduzido pelo conselho
de administração, pela diretoria executiva e pelos demais empregados, e
aplicado no estabelecimento de estratégias por meio de toda a organização.
Além de ser capaz de identificar eventos em potencial, capazes de afetar a
organização, o processo permite o gerenciamento de riscos de forma
compatível com o apetite a risco da organização e, ainda, possibilita um nível
razoável de garantia em relação à realização dos seus objetivos. O processo é
constituído de oito componentes inter-relacionados e integram o modo pelo
qual a administração gerencia a organização. Os componentes são associados
e servem de critério para determinar se o gerenciamento de riscos é eficaz ou
não. A Auditoria Interna irá verificar se tudo está funcionando de acordo com o
que foi planejado pela organização e dará o seu parecer.
6
METODOLOGIA
Para a elaboração da presente pesquisa foi realizada consulta ao
Conselho Regional de contabilidade SP e RJ, Decretos – lei, Constituição
Federal, Resoluções do Banco Central do Brasil o (BACEN). Algumas
referencias bibliográficas com embasamento teórico e conceitos nos principais
autores que dissertam sobre o tema.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
9
CAPÍTULO l
Trabalho de Auditoria
11
1.1
- Origem e Conceitos
11
1.1.1
- Evolução Histórica
12
1.2
- Auditoria Interna
15
1.3
- Objetivos de Auditoria Interna
16
1.4
- Planejamentos da Auditoria Interna
17
1.4.1
- Planejamento de longo prazo
17
1.4.2
- Plano Anual
17
1.4.3
- Programa de Auditoria
17
1.4.4
- Riscos
17
1.5
- Preparação do plano de longo prazo
18
1.5.1
- Plano Anual
18
1.5.2
- Programa de Auditoria Interna
18
1.6
- Relatório de Auditoria Interna
20
1.6.1
- O que não se deve fazer no relatório
21
1.6.2
- O que se deve fazer no relatório
22
1.6.3
- Processo de elaboração
23
8
CAPÍTULO ll
Gerenciamento interno
24
2.1
- Finalidades do gerenciamento interno
25
2.2
- Estrutura do COSO
26
2.3
- COSO
27
2.4
- Lei Sarbanes – Oxley de 2002
28
2.5
- Visões e definições do Controle Interno
29
2.6
- Organização e utilização do presente relatório
33
CAPÍTULO III
Benefícios da Auditoria
34
3.1
- Erro e Fraude
35
3.2
- Controle dos planos de ação
35
3.3
- Necessidade e criação de um departamento
36
3.4
- Objetivos e Papel do Controle Interno
37
3.5
- Limitações
38
3.6
- Relações de custo x Benefícios
38
4 CONCLUSÃO
39
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
6 WEBGRAFIA
43
9
INTRODUÇÃO
O objetivo desta Monografia é o entendimento do que é auditoria
interna e como utilizá-la para a melhoria dos processos de controles internos
da organização. Apresentar a auditoria interna aplicada para melhoria dos
processos
internos
nas
organizações
e
aumentar a
percepção
dos
administradores em relação à relevância das informações que chegam à
Contabilidade, contribuindo para a construção de uma boa gestão empresarial.
Com relação à transparência exigida atualmente, percebe-se a
necessidade de um controle mais rigoroso nos processos e procedimentos
internos, visando elaborar demonstrações contábeis em informações internas
confiáveis. Qual o papel da Auditoria na melhoria do ambiente de Controles
Internos das Organizações?
A escolha deste tema é devido a um interesse de ética profissional
pelo assunto, pois, já presenciei empresas que precisam de um departamento
de Auditoria Interna, onde apresentavam uma extrema necessidade de
melhoria nos sistemas de Controles e Processos Internos. Com uma auditoria
interna, revisam-se todos os procedimentos, visando uma informação mais
confiável para a preparação da Contabilidade.
A Auditoria Interna visa-se a caracterizar o estudo do sistema de
Controles Internos dentro de uma organização, essa é uma característica mais
utilizada pelos Auditores. Portanto ela tem um custo e não deve exceder o que
dele se espera obter. A auditoria interna é concebida de forma embrionária
como uma atividade necessária à organização e desenvolve-se a fim de seguir
a gerência ativa, concedendo-lhe alternativas, como ferramenta de trabalho, de
controle, assessoria e administração. Cabe à auditoria interna, convencer a
alta administração e seus executivos, de que pode auxiliá-los na melhoria de
seus negócios, identificando áreas problemáticas e sugerindo correção, para
obter destes, o apoio necessário ao desenvolvimento de prestação de serviço
a toda a empresa.
10
O capítulo I começa com o conceito do trabalho do Auditor e em
seguida tem a história, definições, objetivos, planejamentos, Preparação dos
planos de longo e curto prazo, Programas e o Relatório da Auditoria interna, no
capítulo II, mostrar o gerenciamento interno de uma organização, definições, a
finalidade do gerenciamento de riscos, história do COSO e da Lei Sarbones Oxley de 2002, objetivos, componentes que gerencia a organização, os oitos
componentes não funcionarão de forma idêntica em todas as organizações. A
sua aplicação em organizações de pequenos e médios portes, por exemplo,
poderá ser menos formal e menos estruturada. Não obstante, as pequenas
organizações podem apresentar um gerenciamento de riscos eficaz, desde que
cada
um
de
seus
componentes
esteja
presente
e
funcionando
adequadamente, funções, responsabilidade da organização e relatórios e no
capítulo lll, São os benefícios que a Auditoria pode trazer depois de ter
analisado e identificado controles internos ineficientes, os direitos e as
obrigações de possíveis fraudes, falhas, erros, ineficiências e riscos, consegue
atingir um nível elevado de segurança para os gestores de que aquela
informação contábil seja exata e confiável gerando grandes benefícios
agregando valor e garantindo a continuidade da empresa.
11
CAPÍTULO I
TRABALHO DE AUDITORIA
A condição de independência é fundamental e óbvia para o
exercício da atividade de auditoria independente. Entende-se
como independência o estado no qual as obrigações ou os
interesses da entidade de auditoria são, suficientemente,
isentos dos interesses das entidades auditadas para permitir
que os serviços sejam prestados com objetividade. Em suma,
é a capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar e
atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão de
relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos
acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a
todas as demais partes que possam estar relacionadas com o
1
seu trabalho. (Resolução CFC n° 1267/09)
1.1
Origem e Conceitos
Segundo Paulo Dantas (13/09/2010), explica claramente o ambiente
profissional atual, como sendo uma consequência de medidas e atitudes
profissionais já adotadas no passado. Será apresentada a seguir uma visão
histórica do desenvolvimento da auditoria contábil do Reino Unido, nos
Estados Unidos e no Brasil. Trata-se, portanto, de um capítulo introdutório,
porém básico, para o bom entendimento do que representa a auditoria Interna,
atualmente em grande evidência em nosso meio.2
1
CRC SP Resolução n°1267/09. Disponível em:
HTTP://www.crcsp.org.br/portalnovo/legislaçãoocontabil/resoluções/Res1267.htm.
Acessado em 13/01/2013.
2
Professor Paulo Dantas Conselho Federal de Contabilidade: Disponível em:
www.paulodantas.com.br/audifin_aula_2.pdf . Acessado em 09/02/2013.
12
1.1.1 Evolução Histórica da Auditoria
A auditoria, como a conhecemos nos dias atuais, nasceu no Reino
Unido no século passado, após inúmeros processos de falência de
empreendimentos que captavam dinheiro do povo, para aplicação em negócios
altamente especulativos e, na maior parte das vezes, pouco sérios. O volume
de dinheiro em giro era muito grande como decorrência do progresso trazido
pela Revolução Industrial e isto fez com que os contadores da época
sentissem a necessidade de se organizarem para a prestação de serviços
capazes de suprir aquele mercado profissional emergente, uma vez que eles
entendiam ser possível desenvolver uma atuação de apoio e proteção aos
investidores, através do exame das demonstrações financeiras e outros
processos técnicos.
A maior preocupação dos contadores era o estabelecimento dos
padrões profissionais, de tal modo que pudessem servir de orientação para a
condução dos trabalhos de auditoria. Foi pensando assim que se organizaram
associações profissionais, sendo a primeira delas, a Sociedade dos
Contadores de Edimburgo, fundada em 1853. Embora tenha sido uma
invenção, por assim dizer, inglesa, a auditoria recebeu grande impulso nos
Estados Unidos, de onde são emanados os procedimentos técnicos adotados
por contadores de quase todos os países do chamado mundo capitalista,
inclusive o Brasil.
Nos Estados Unidos, a auditoria foi introduzida por contadores
ingleses enviados para auditarem as firmas norte-americanas pertencentes
a capitais britânicos. A primeira firma de auditoria a se estabelecer na América
o fez em 1893. Até 1946, a atividade de auditoria no Brasil praticamente não
existia, exceto em empresas estrangeiras, como uma continuidade dos hábitos
adotados por suas matrizes.
3
3
Professor Paulo Dantas Conselho Federal de Contabilidade: Disponível em:
www.paulodantas.com.br/audifin_aula_2.pdf . Acessado em 09/02/2013.
13
No Brasil, somente a partir dos anos setenta é que a auditoria tomou
maior impulso, motivando a comunidade contábil após a promulgação de uma
série de dispositivos legais sobre o assunto.
A
promulgação
dos
Decretos-Lei
199
e
200,
em
1967,
representaram grande impulso na carreira do contador, tornando obrigatória a
auditoria na prestação de contas dos Administradores Públicos.
O Decreto-Lei 200 tratou do assunto em seu artigo 13:
“Art. 13 - o controle das atividades da Administração Federal deverá
exercer se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo,
particularmente”:
“O controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos
bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.”
A Constituição Federal de 17 de outubro de 1969 reforçou de modo
definitivo os trabalhos de auditoria na fiscalização dos dinheiros públicos, cujos
dispositivos foram reproduzidos e aperfeiçoados na Constituição de 1988.
Os anos setenta, como anteriormente mencionados, trouxeram para
os contadores várias medidas de proteção à
sua especialização em
auditoria. Os dispositivos já citados institucionalizaram a auditoria na gestão
financeira e orçamentária da União, logo acompanhada pelos Estados.
Faltava apenas tornar obrigatória, de alguma forma, a auditoria para a iniciativa
privada, sobretudo naquelas empresas que captavam a poupança popular.
Coube ao Banco Central do Brasil esta louvável e salutar iniciativa.
Após ter criado em 1968 o registro de empresas de auditoria e de auditores
independentes, o BACEN baixou em 10 de maio de 1972 a Resolução 220,
tornando obrigatória a auditoria, por auditores independentes. 4
Em 11 de maio de 1972, pela Circular 179, o mesmo Banco Central
baixou as “Normas Gerais de Auditoria” de compulsória observância pelos
auditores independentes na execução de seus trabalhos, com vistas a atender
as exigências formuladas pela Resolução 220, promulgada no dia anterior.
4
Professor Paulo Dantas Conselho Federal de Contabilidade: Disponível em:
www.paulodantas.com.br/audifin_aula_2.pdf . Acessado em 09/02/2013.
4
14
Embora para uso específico, as normas criadas pelo Banco Central
do Brasil passaram a constituir um guia para outros serviços de auditoria,
reservando à Circular 179 um importante papel no desenvolvimento da
auditoria entre nós.
A comunidade contábil nacional prestou também uma relevante
contribuição através do Conselho Federal de Contabilidade que expediu as
Resoluções 317 e 321, em 1972, tratando exclusivamente de auditoria.
A
Resolução 321, de 14 de abril de 1972, aprovou as “Normas e Procedimentos
de Auditoria”, consistindo no primeiro documento oriundo de um órgão
profissional regulamentando a auditoria no Brasil. A partir de então, qualquer
trabalho de auditoria somente teria validade quando realizado com estrita
observância dos ditames desta Resolução. Nos dias de hoje, a sociedade é
dominada por grandes organizações que têm significativo impacto em quase
todos os aspectos da vida moderna. Por causa de sua grande influência, essas
organizações devem manter informadas as partes externas interessadas a
respeito de suas ações. Para monitorar as ações dessas organizações, é
necessário projetar um meio de comunicação entre a entidade e as ditas
partes externas. Um método aceitável de comunicação, é a disseminação de
dados econômicos. Ocorre que, individualmente, as partes externas não são
capazes de verificar a exatidão das informações que lhes são transmitidas.
5
Professor Paulo Dantas Conselho Federal de Contabilidade: Disponível em:
www.paulodantas.com.br/audifin_aula_2.pdf . Acessado em 09/02/2013.
5
15
1.2 A auditoria interna
Segundo Castanheiro (2011), que a Auditoria envolve uma
apreciação global de todas as transações praticadas pela organização, uma
vez que o parecer do auditor se refere às demonstrações contábeis que,
necessariamente, incluem o resultado dessas transações. Em seu trabalho, o
auditor examina todos os grupamentos de contas, processos e controles, visto
que um erro cometido em um setor certamente afetará outros setores. Em
auditoria não se pode considerar examinada uma determinada conta sem que
também se tenha examinado a outra conta que com ela está correlacionada.
Por exemplo, a conta que representa o total em estoque somente poderá ser
considerada auditada, quando tiver sido examinada em conjunto com a conta
que registrar o custo das mercadorias vendidas e com a conta de vendas.6
Tecnicamente falando, a Norma Brasileira de Contabilidade
“NBCT 12”, define a atividade de auditoria interna como um
conjunto de exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a
avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e
de controles internos integrados ao ambiente, e de
gerenciamento de controles internos (Riscos), com o intuito
administração de assistir à da entidade no cumprimento de
seus objetivos. (RESOLUÇÃO CFC Nº 986/03).
NBC P 3 – Normas Profissionais do Auditor Interno
O auditor interno deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade
e zelo na realização dos trabalhos e na exposição das
conclusões. A amplitude do trabalho do auditor interno e sua
responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação. A
utilização da equipe técnica supõe razoável segurança de que
o trabalho venha a ser executado por pessoas com
capacitação profissional e treinamento requerido nas
circunstâncias.7
6
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 – 03/01/2011 à
13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf acessado
em 13/01/2013.
7
CFC RJ Resolução n° 986/03. Disponível em http://www.crc.org.br/legislação/normastec...
acessado em 13/01/2013.
16
1.3 Objetivos da Auditoria Interna
Segundo o artigo publicado pela revista científica eletrônica de
administração, Ano VI – Número 10 em Junho de 2006 o auditor deve
comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas
as providências necessárias a respeito de suas descobertas.
Os objetivos são de;
•
Examinar a integridade e fidedignidade das informações
financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir,
localizar, classificar e comunicar essas informações;
•
Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a
observância às políticas, planos, leis e regulamentos que
tenham, ou possam ter, impacto sobre operações e relatório,
e determinar se a organização está em conformidade com as
diretrizes;
•
Examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se
necessário, comprovar a sua existência real;
•
Examinar operações e programas e verificar se os resultados
são compatíveis com os planos e se essas operações e
esses programas são executados de acordo com o que foi
planejado;
•
Verificar se os recursos são empregados de forma eficiente e
econômica;
•
Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar
que foram tomadas as providências necessárias a respeito de
suas descobertas. 8
8
Revista Científica Eletrônica de Administração – ISSN: 1676-6822. Ano Vl – número 10 / junho
de 2006. Disponível em: www.revista.inf.br/adm11/pages/artigos/ADM-edic10-anovi-art02.pdf.
Acessado e em 13/01/2013.
17
1.4 Planejamentos da Auditoria Interna
Segundo Castanheiro (2011), Que é necessariamente executar três
tipos de planejamento:
1.4.1 Planejamento de longo prazo: cobre os períodos de um
a três anos e constitui-se num instrumento administrativo de conteúdo
genérico, utilizado como orientador de áreas a serem cobertas e como suporte
para elaboração orçamentária, de padrões e de controles.
1.4.2 Plano anual: sua elaboração deve ser feita de acordo com
o plano de longo prazo, porém, desenvolvido com maior detalhamento, em
função do número de dias disponíveis para a realização dos exames
específicos.
Os
eventualidades,
dias
como
não
planejados
exames
constituem
especiais,
uma
solicitações
reserva
da
para
diretoria,
treinamentos, etc.
1.4.3 Programas de auditoria: é a versão analítica do plano
anual desenhado por tarefa-exame. Dele devem constar todos os passos a
serem seguidos, dentro de um cronograma operacional. O planejamento deve
se basear nos riscos.9
1.4.4 Riscos
Em seu artigo no livro Gestão de Risco no Brasil, Antônio Marcos
Duarte Jr. (2003, pp. 3-12), aborda o tema gerenciamento de riscos
corporativos. “Segundo ele risco é uma medida de incerteza associada aos
retornos esperados de investimentos e está presente na rotina de qualquer
investimento, financeiro ou não.” Acadêmico: Bráulio Salles C. D. Borges /
2007.2 11.10
9
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 – 03/01/2011
à 13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf. Acessado
em 13/01/2013.
10
Duart Jr, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Disponível em:
iag_puc_2007.msimoes.dyndns.org:10080/.../... Acessado em 13/01/2013.
18
1.5 Preparação para o Plano de Longo Prazo
Segundo Castanheiro (2011). Quando Conhecidos os riscos e
definidos os processos e os controles existentes, já classificados de acordo
com as avaliações de baixo, médio, significativo e alto, é possível preparar um
bom plano de longo prazo.
Costuma-se realizar todos os anos, exames que compreendam as
avaliações de riscos denominadas alto e significativo.
As avaliações de riscos definidos como médios devem ser visitadas
a cada dois anos e os riscos considerados como baixo, a cada três anos.
Desta forma, teremos uma repetição do ciclo de longo prazo a cada três anos,
o que requer uma reavaliação a cada encerramento de ciclo.
1.5.1
Plano Anual
O plano anual vira um desdobramento do plano de longo prazo, a
partir do momento em que se define a periodicidade dos ciclos de auditoria.
Um plano anual deve ser aprovado ou pelo Conselho de Administração, ou
pelo Comitê de Auditoria, ou Presidente, ou ainda a quem a Auditoria Interna
for subordinada.
1.5.2 Programa de Auditoria Interna
Uma vez estabelecido e aprovado o Plano Anual, cada exame
deve seguir de acordo com o seu programa de auditoria deverá contemplar
todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada
trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e profundidade
deste, considerando a legislação específica, o resultado das auditorias
anteriores, normas próprias da entidade a ser auditada. 11
11
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 – 03/01/2011
à 13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf. Acessado
em 13/01/2013.
19
Segundo Castanheiro (2011). O Programa de Auditoria Interna deve
ser estruturado de forma a que possa ser:
Específico - preparado, para cada trabalho de auditoria, quando as
atividades apresentarem frequentes alterações de objetivos, procedimentos ou
controles;
Padronizado - destinado à aplicação em trabalhos locais ou em
épocas diferentes, com pequenas alterações, prestando-se a atividades que
não se alterem ao longo do tempo.
O programa de auditoria deve conter:
Identificação completa sobre o que deseja obter a auditoria;
Eficácia da atividade, segundo os seus objetivos;
Aprimoramento da atividade, otimização dos resultados e redução
de custos; Exame de situações específicas, decorrentes de determinações
superiores, de solicitações dos auditados ou de conclusões da própria
auditoria;
Estudo e avaliação dos sistemas de controle interno, contábil e
administrativo, considerando-se os seguintes aspectos:
a) plano de organização e divisão de responsabilidades;
b) plano de contas; c) sistemas de autorização;
d) procedimentos de registro; e) pessoal envolvido;
f) fragilidades detectadas; g) riscos possíveis;
h) eficácia com que as normas e procedimentos estão sendo
seguido.
12
12
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 – 03/01/2011
à 13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf. Acessado
em 13/01/2013.
20
1.6 Relatórios de Auditoria Interna
Segundo a NBC T 12 – Normas Técnicas de Auditoria para o
Auditor Interno (Publicada no DOU de 10-04-95). O Processo de Elaboração
do Relatório de Auditoria. Forma pela qual se leva à administração o produto
do trabalho do auditor. É a oportunidade que o auditor possui para destacar o
trabalho realizado.
•
O relatório é o instrumento técnico pelo qual o auditor interno
comunica
os
trabalhos
realizados,
suas
conclusões,
recomendações e as providências a serem tomadas pela
administração.
•
O
relatório
deve
imparcialidade,
de
ser
forma
redigido
a
com
expressar
objetividade
e
claramente
os
resultados dos trabalhos realizados.
•
O relatório do auditor interno é confidencial e deve ser
apresentado ao superior imediato ou pessoa autorizada que o
tenha solicitado.
•
O auditor interno deve, no seu relatório, destacar, quando for
o caso, as áreas não examinadas, informando os motivos
pelos quais não as contemplou.13
13
CRC RJ. Disponível em: http://www.crc.org.br/legislação/normas tec.. Acessado em
13/01/2013.
21
1.6.1 O que não se deve fazer no relatório
Segundo Castanheiro (2011). Não deve ser feito.
•
Enfoques inconvenientes;
•
Referências a pontos insignificantes;
•
Relatórios pouco atraentes;
•
Alegações que caiam com contestações;
•
Afirmativas sem fatos e recomendações esdrúxulas.
O relatório de auditoria está relacionado a;
Tratar da natureza do exame sobre o qual se baseia;
Oferecer sugestões para aperfeiçoamento do controle interno
Explicar a importância de fatos ou valores observados
O auditor não deve redigir seu relatório de forma tão simplista que
possa esvaziálo, mas deve buscar o meio termo para que tecnicamente possa
ser compreendido mesmo por quem não detém todo o conhecimento do
exame.
Expressões
“em
nossa
opinião”,
“portanto,
recomendamos”,
“sugerimos”, são úteis como indicação ao leitor de que o auditor está opinando
em sua apresentação, além dos fatos verificados.
O auditor não deve deixar de notar ou de examinar qualquer
relatório anterior, revisando-o integralmente, pois aspectos significativos foram
considerados nesse trabalho.14
14
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 – 03/01/2011
à 13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf. Acessado
em 13/01/2013.
22
1.6.2 O que se deve fazer no relatório
Segundo Castanheiro (2011) que deve ser feito.
•
Um bom relatório deve exigir raciocínio e ponderação. É
preciso que o auditor, antes de mais nada, estabeleça
relação
lógica
entre
os
aspectos
importantes
e
os
irrelevantes, entre causas e efeitos, colocando as coisas de
forma a obter perspectiva adequada quanto ao relatório a
produzir.
É oportuno destacar no papel os tópicos das
principais informações que se deseja passar e trazendo um
encadeamento lógico, considerando a ordem dos fatos e a
importância dos pontos detectados.
•
Um sumário executivo possibilita uma leitura dinâmica em
caso de necessidade do leitor. Da mesma forma, propicia
uma chamada para uma leitura mais detalhada em seu
interior, dos assuntos que tenham merecido destaque na
apreciação do sumário.
•
O uso de sentenças curtas, palavras comuns, emprego de
lógica, não-omissão de detalhes importantes, dentre outros,
facilitam a compreensão do relatório. Após elaborada a
primeira
versão,
o
relatório
precisa
ser
revisado
detalhadamente por um revisor ou alguém de maior nível ou
experiência. A aparência do relatório deve ser atrativa, sem
exageros. Conteúdo, estética, espaçamento de linhas,
palavras e margens em ambos os lados dos comentários,
assim
como
cuidados
com
repetição
de
palavras,
proporcionam maior consistência e adequação à aparência
do relatório.
15
15
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 – 03/01/2011
à 13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf. Acessado
em 13/01/2013.
23
1.6.3 Processo de Elaboração do Relatório
Segundo Castanheiro (2011). Resolvidos os pontos detectados pela
qualidade, o auditor deve reler o relatório focando seu conteúdo e a fluidez do
assunto.
Quanto à última revisão, pelo principal executivo do departamento,
após sua validação, deve-se tratar da assinatura e de sua distribuição.
A
distribuição deve atender somente o nome dos responsáveis diretos pela
solução dos pontos identificados, bem como dos administradores e
conselheiros que necessitem informar-se da situação.
Caso haja alguma
limitação de escopo, essa precisa estar claramente definida no relatório, de
forma que não pairem dúvidas sobre a opinião parcial ou negativa desta ao
término do exame.16
16
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 – 03/01/2011
à 13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf. Acessado
em 13/01/2013.
24
CAPÍTULO Il
GERENCIAMENTO INTERNO
O gerenciamento interno de riscos corporativos trata de riscos e
oportunidades que afetam a criação ou a preservação de valor, sendo definido
pelo COSO da seguinte forma:
O gerenciamento interno de riscos corporativos é um
processo conduzido em uma organização pelo conselho de
administração, diretoria e demais empregados, aplicado no
estabelecimento de estratégias, formuladas para identificar em
toda a organização eventos em potencial, capazes de afetá-la,
e administrar os riscos de modo a mantê-los compatível com o
apetite a risco da organização e possibilitar garantia razoável
do cumprimento dos seus objetivos.
A definição reflete certos conceitos fundamentais. Empresa de
gestão de riscos é:
Um processo contínuo e que flui através de uma
entidade. Efetuadas por pessoas em todos os níveis de uma
organização. Aplicado na estratégia de ajuste - Aplicado em
toda a empresa, em cada nível e unidade, e inclui a formação
de uma visão de portfólio de todos os riscos que ela está
exposta.
Formulado
para
identificar
eventos
em
potencial,
cuja
ocorrência poderá afetar a organização, e administrar os riscos de acordo com
seu apetite ao risco;
Capaz de propiciar garantia razoável para o conselho de
administração e a diretoria executiva de uma organização; orientado para a
realização de objetivos em uma ou mais categorias distintas, mas
dependentes.17
17
COSO. Disponível em: www.coso.org/./COSOERM ExecutiveSummaryPortuguese.pdf,
Acessado em 13/01/2013.
25
2.1 Finalidades do gerenciamento interno
Segundo o COSO, as finalidades de se gerenciar riscos são;
•
Fortalecer as decisões em resposta aos riscos – como evitar,
reduzir, compartilhar e aceitar os riscos.
•
Reduzir as surpresas e prejuízos operacionais
•
Identificar
e
administrar
riscos
múltiplos
e
entre
empreendimentos
•
Aproveitar oportunidades
•
Aperfeiçoar o capital – a obtenção de informações adequadas
a respeito de riscos possibilita à administração conduzir uma
avaliação eficaz das necessidades de capital como um todo e
aprimorar a alocação desse capital.
•
Eventos – Os eventos podem gerar impacto tanto negativo
quanto positivo ou ambos. Os que geram impacto negativo
representam riscos que podem impedir a criação de valor ou
mesmo destruir o valor existente. Os de impacto positivo
podem contrabalançar os de impacto negativo ou podem
representar oportunidades, que por sua vez representam a
possibilidade
de
um
evento
ocorrer
e
influenciar
favoravelmente a realização dos objetivos, apoiando a
criação ou a preservação de valor.
•
Alinhar o apetite a risco com a estratégia adotada – os
administradores avaliam o apetite a risco da organização ao
analisar as estratégias, definindo os objetivos a elas
relacionados e desenvolvendo mecanismos para gerenciar
esses riscos.18
18
COSO. Disponível em: www.coso.org/./COSOERM ExecutiveSummaryPortuguese.pdf,
Acessado em 13/01/2013.
26
2.2 Estrutura do COSO
O COSO está estruturado em:
1) Ambiente de Controle - postura da organização e
conscientização das pessoas.
2) Avaliações de Riscos - identificação e analise de riscos
relevantes para alcançar os objetivos definidos.
3)
Atividades de Controle - políticas e processos em todos
os níveis para garantir a observância das diretrizes e medidas de prevenção
dos riscos.
4)
Informações e Comunicações - fluxos das informações e
comunicações dentro da corporação.
5)
Monitoramento
- Processos de monitoramento e
avaliação do sistema e dos demais processos
Os oito componentes da gestão de riscos corporativos (Enterprise
Risk Management) compreendem os cinco anteriores dos controles interno e
estrutura integrada acima mencionada no qual expandem o modelo de
estrutura, de forma a atender a maior demanda que advém da gestão de riscos
corporativos. São eles:
Ambiente interno, definição de objetivos, Identificação de Eventos,
Avaliação de riscos, Resposta a riscos, Atividades de Controle, Informação e
Comunicação, Monitoramento.
19
19
COSO. Disponível em: www.coso.org/./COSOERM ExecutiveSummaryPortuguese.pdf,
Acessado em 13/01/2013.
27
2.3 COMMITTEE OF SPONSORING ORGANIZATIONS ERM
COSO é a abreviação por “Committee of Sponsoring Organizations
of the Treadway Commission”, uma organização Norte Americana privada,
fundada em 1985, que se dedica a desenvolver e estudar assuntos gerenciais
e de governança empresarial com o intuito de fornecer linhas guia ou diretrizes
para os executivos. As áreas de principal interesse do COSO são Governança
Corporativa, Ética de Negócios, Controles Internos, Gestão de Riscos
Corporativos, Fraudes e Relatórios Financeiros.
Em Setembro de 1992 o COSO publicou um relatório intitulado
“Internal Control - Integrated Framework” (Controles Internos e Estrutura
Integrada). Em 2004 publicou um novo relatório intitulada “(Enterprise Risk
Management - Integrated Framework” (Gestão de Riscos Corporativos –
Estrutura Integrada), que é considerado uma evolução das questões relativas
aos controles internos, focado no mais amplo problema da gestão de riscos
corporativos.
A SEC (Securities and Exchange Commission) Órgão criado em
1934 nos EUA com o objetivo de proteger investidores e fazer cumprir as leis
que regem os mercados, e proteger os investidores que interagem nesses
mercados. É o órgão regulador do mercado de capitais norte-americano,
equivalente à CVM aqui no Brasil. Recomenda que as empresas adotem a
estrutura de processos de controle definidos pelo COSO para que possam
adimplir as regras definidas pela SOX (Lei Sarbanes - Oxley).
20
20
MONITOR DA FRALDE. Disponível em: http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=319.
Acessado em 31/01/2013.
28
2.4 Lei Sarbanes - Oxley de 2002
O Congresso dos Estados Unidos da América aprovou, em
julho/2002, a Lei Sarbanes - Oxley tem por objetivo:
De proteger os investidores através da introdução de novas
regras de governança corporativa, divulgação de informações
e penalidades rigorosas, inclusive criminais, pela falta de
cumprimento das normas vigentes no País. Supõe-se que a Lei
Sarbanes - Oxley possa promover ampla reforma nos controles
internos das grandes corporações de capitais aberto, na
profissão contábil e de auditoria e na melhoria das práticas de
governança corporativa das empresas.
A clássica Estrutura Integrada está baseada em alguns conceitos de
base:
•
Os Controles Internos é um processo. Trata-se de um
instrumento para uma determinada finalidade.
•
Os Controles Internos são influenciados pelas pessoas. Não
existem somente políticas, manuais, formulários, mas,
sobretudo pessoas, em todos os níveis de uma organização.
•
Os Controles Internos podem fornecer somente uma razoável
segurança, e não uma segurança absoluta, para a diretoria
de uma corporação.
•
Os Controles Internos são centrados na realização de
objetivos em uma ou mais categorias que podem ser
separadas ou sobrepostas.
21
21
MONITOR DA FRALDE. Disponível em: http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=319.
Acessado em 31/01/2013.
29
2.5 Visões e Definições de Controle Interno
Existe uma infinidade de definições de controles internos.
Destacam-se as consideradas de relevância para o presente trabalho.
Segundo Araújo (1998. p. 5.) registra uma definição de Controle
Interno emitida pelo AICPA:
“O controle interno compreende o plano de organização e o
conjunto coordenado dos métodos e medidas adotados pela
empresa, para salvaguardar seu patrimônio, conferir exatidão e
fidedignidade dos dados contábeis, promover a eficiência
operacional e encorajar a obediência às diretrizes traçadas
pela administração da companhia ”.
Segundo FRANCO, Hilário MARRA (2001, p. 267) entende o
controle interno como:
“(...) todos os instrumentos da organização destinados à
vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que
permitem prever, observar, dirigir ou governar os
acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que
produzem reflexos em seu patrimônio”.
Pode-se notar que os autores tendem a considerar o controle com
grande utilidade para realizar avaliações do processo de gestão.
Segundo Almeida (Atlas, 1996, p. 501) comenta o controle interno e
sua relação com o processo de geração de informações contábeis e
gerenciais, como se segue:
“O controle interno representa em uma organização o conjunto
de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de
proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e
ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da
empresa.”
30
CONTROLADORIA-GERAL DO ESTADO CGE / Curso Básico de
Controle Interno e Auditoria Governamental.
a) American Institute of Certified Public Accountants – AICPA
O AICPA definiu controle interno como plano da organização e
todos os métodos e medidas coordenados, adotados dentro da
empresa para salvaguardar seus ativos, verificar a adequação
e confiabilidade de seus dados contábeis, promover a
eficiência operacional e fomentar o respeito e obediência às
políticas administrativas fixadas pela gestão.
b) International Federation of Accountants – IFAC
O IFAC define o termo “sistema de controle interno”,
Significa todas as políticas e procedimentos adotados pela
administração de uma entidade para auxiliá-la a alcançar o
objetivo da administração de assegurar, tanto quanto seja
factível, a condução ordenada e eficiente de seu negócio,
incluindo aderência às políticas de administração, a
salvaguarda de ativos, a prevenção e detecção de fraudes e
erros, a exatidão dos registros contábeis e inclusão de tudo
que os mesmos devem conter, e a preparação tempestiva de
22
informações financeiras confiáveis.
22
Controladoria Geral do Estado CGE. Disponível em: controladoriageral.mg.gov.br/.../120apostila-controle-interno-e-audi... Acessado em 31/01/2013.
31
Segundo o Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto
Americano de Contadores Públicos Certificados – AICPA ( ATTIE 1992, p.197)
O controle interno compreende o plano de organização e
conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela
empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a
fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência
operacional e encorajar a adesão à política traçada pela
administração.
Para o Institut Français des Experts Comptables ( SÁ 1993, p.110),
O controle interno é formado pelo plano de organização e de
todos os métodos e procedimentos adotados internamente
pela empresa para proteger seus ativos controlar a validade
dos dados financeiros pela Contabilidade, ampliar a eficácia e
assegurar a boa aplicação das instruções da direção.
Um dos aspectos importantes no uso dos controles internos pelas
organizações é o de prover os acionistas com razoável segurança de que a
condução dos negócios está adequadamente controlada.
Segundo Attie (1992, p.200), é “impossível conceber uma empresa
que não disponha de controles que possam garantir a continuidade do fluxo de
operações e informações propostas”.23
23
Implantação do Controle Interno adequado. Disponível em:
www.congressousp.fipecaf.org/artigos62006/38.pdf. Acessado em 31/01/2013.
32
A definição do Coso apresenta um conteúdo explicativo e normativo
importante, podendo ser amplamente adotada por empresas no mundo que
possuam vinculação com o mercado acionário americano, recentemente por
força de lei.
Segundo HORNGREN, Charles T., DATAR, Srikant M., FOSTER,
George. Cost accounting: a managerial emphasis. op. cit. p. 6. Por sua vez:
“Controle compreende a comparação das ações subsequentes às
decisões planejadas a decisão de como avaliar o desempenho e qual a
retroalimentação possível para ajudar futuras tomadas de decisão.” Horngren
sintetiza bem o papel do controle interno em favorecer o processo decisório:
avaliar desempenho e subsidiar futuras tomadas de decisão. Sem bases para
comparar é bem provável que o controle seja prejudicado em seus objetivos.
Outro fato que favorece a implantação de estruturas de controle
interno é a prática administrativa de descentralização e o sucesso das
empresas intensivas em capital. À medida que o curso de descentralização
aumenta, o controle ganha importância para os níveis estratégicos. O
agigantamento das empresas representa situações diferenciadas de retorno e
complexidade. Vê-se, pois que o crescimento das empresas demanda uma
intensificação de controles.
É possível apreender a relevância social do controle interno em
corporações multinacionais ou transnacional visto seu poder político e
econômico. Tal fato permite inferir que empresas intensivas em capital,
deveriam ser intensivas em controles não só no interesse de seus acionistas,
mas no interesse social relacionado. É argumento também baseado em
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7. ed. São Paulo:
Harbra, 1997, p. 7.
33
2.6 Organização do Presente Relatório
Este relatório é apresentado em dois volumes. O primeiro
volume contém a “Estrutura e este o Resumo Executivo”. A “Estrutura” define o
gerenciamento de riscos da organização e descreve seus princípios e
conceitos, fornecendo instruções a todos os níveis executivos de empresas e
outras organizações, quanto ao seu uso na avaliação e no aprimoramento da
eficácia do gerenciamento de riscos corporativos. O “Resumo Executivo” é
uma visão geral, dirigida aos presidentes, diretores executivos, membros do
conselho de administração e agentes normativos. O segundo volume,
“Técnicas de Aplicação” ilustra as técnicas úteis de aplicação dos elementos
da estrutura.
•
Utilização do Presente Relatório - As ações recomendadas,
que podem ser interpretadas como resultados deste relatório
dependem da posição e da função das partes envolvidas:
•
Conselho de Administração - O conselho deve discutir, com a
alta administração, a situação do gerenciamento de riscos da
organização.
•
Alta Administração - Esse estudo recomenda que o
presidente-executivo
avalie
as
funcionalidades
da
organização.
•
Outros Profissionais da Organização - Cabe aos diretores e
demais empregados avaliar como estão conduzindo suas
responsabilidades.
•
Agentes
Normativos
–
possibilidade
de
uma
visão
compartilhada do gerenciamento de riscos da organização,
inclusive daquilo que ela pode fazer e suas limitações.
•
Organizações Profissionais - Organizações normativas e
outras organizações profissionais.24
24
COSO. Disponível em: www.coso.org/./COSOERM ExecutiveSummaryPortuguese.pdf,
Acessado em 13/01/2013.
34
CAPÍTULO III
BENEFICIOS DA AUDITORIA
Desincentivo à ineficiência e a fraudes. Empregados são mais
cuidadosos em seus serviços. Registros se tornam mais confiáveis e
tecnicamente melhor elaborados. Perdas e desfalques são reduzidos.
Administração evita fraudes. Controles melhores e operações mais eficientes.
Sugestões do auditor. Controle sobre patrimônio, bens e direitos. Aspectos
fiscais – patrimônio, proprietário, fisco. Benefícios para a sociedade.
Credibilidade das demonstrações contábeis. Assegura a veracidade das
informações (garantia de empregos, por exemplo). Grau de evolução e solidez
da economia nacional.
3.1 Fraude e Erro
•
O termo fraude aplica-se a atos voluntários de omissão e
manipulação de transações e operações, adulteração de
documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis,
tanto em termos físicos quanto monetários.
•
O termo erro aplica-se a atos involuntários de omissão,
desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na
elaboração de registros e demonstrações contábeis, bem como
de transações e operações da Entidade, tanto em termos físicos
quanto monetários.
•
(...) O auditor interno deve assessorar a administração no
trabalho de prevenção de erros e fraudes.
25
25
CRC SP. Disponível em:
http://crcsp.org.br/portalnovo/legislaçãocontábil/resoluções/Res1267.htm. Acessado em
13/01/2013.
35
Segundo o COSO a eficiência do sistema de controle interno deve
permitir detectar não somente irregularidades ou atos intencionais, como
também, erros ou atos não intencionais. Encobertas permanentemente
(registros auxiliares e contábeis alterados) Ao realizarem seus exames, os
auditores internos devem estar conscientes da possibilidade de existirem
fraudes ou erros nos registros que examinam. Devem, portanto, examinar com
apurado zelo profissional os meios usados para proteger o patrimônio contra
os diversos tipos de danos decorrentes de roubo, fraude, atividades ilegais ou
atentatórias a esse patrimônio, assim como sua segurança contra mau uso,
incêndios e situações similares.
3.2 Controles dos Planos de Ação
Segundo Castanheiro (2011) Uma vez terminado o exame, o auditor
deve monitorar as ações tomadas pelos auditados. Um bom software pode
auxiliar o controle com envio de evidências e demais informações que
suportem o seu atendimento. Relatórios gerenciais poderão subsidiar tanto o
departamento, quanto a administração sobre a solução de problemas e o prazo
médio de seu cumprimento.
Não existe prazo adequado para a solução dos pontos, uma vez que
sua complexidade pode variar de acordo com o fato e com a relevância para o
negócio e seus controladores. Ainda assim, recomenda-se que sejam
monitoradas e reportadas quaisquer alterações que aconteçam após a
definição do prazo para sua solução, inicialmente informados no relatório.
36
3.3 Necessidade e Criação de um Departamento de Auditoria
Sendo a sociedade dominada por grandes organizações, os reflexos
de sua gestão têm significativo impacto não apenas entre seus proprietários,
mas em toda a coletividade.
Nesse contexto, a criação de uma auditoria interna auxilia:
•
Na detecção preventiva de anomalias que somente seriam
detectadas,
ou
não,
após
o
exame
de
um
auditor
independente;
•
Na checagem de que todos os procedimentos, controles
desenhados e rotinas de trabalho são executados de acordo
com as decisões determinadas pelos administradores da
empresa;
•
Na conferência de que os valores e demais dados espelham
a realidade econômica e financeira da empresa;
•
Na discussão de ideias que auxiliem o planejamento e
continuidade dos negócios, contribuindo com uma visão
generalista de todo o processo.26
26
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do CRC RJ / Curso 5438 (03/01/2011 à
13/01/2011) Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf. Acessado
em 13/01/2013.
37
3.4 Objetivos e Papel do Controle Interno
De uma forma mais individualizada Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002.
p. 84 - 85) explicitam os principais objetivos do conjunto de sistema de controle
interno:
a) verificar e assegurar os cumprimentos às políticas e normas da
companhia, incluindo o código de éticas nas relações comerciais e
profissionais;
b) obter informações adequadas, confiáveis, de qualidade e em
tempo hábil, que sejam realmente úteis para as tomadas de decisões;
c) comprovar a veracidade de informes e relatórios contábeis,
financeiros e operacionais;
d) proteger os ativos da entidade, o que compreende bens e direitos;
f) servir como ferramenta para a localização de erros e desperdícios,
promovendo ao mesmo tempo a uniformidade e a correção;
g) registrar adequadamente as diversas operações, de modo a
assegurar a eficiente utilização dos recursos da empresa;
h) estimular a eficiência do pessoal, mediante a vigilância exercida
por meio de relatórios;
i) assegurar a legitimidade dos passivos da empresa, com o
adequado registro e controle das provisões, perdas reais e previstas;
j) assegurar o processamento correto das transações da empresa,
bem como a efetiva autorização de todos os gastos incorridos no período; e
k) permitir a observância e estrito cumprimento da legislação em
vigor.”
38
3.5 Limitações
O COSO, oferece importantes benefícios, o gerenciamento de riscos
corporativos
está
sujeito
a
limitações.
Além
dos
fatores
discutidos
anteriormente, as limitações originam-se do fato de que o julgamento humano,
no processo decisório, pode ser falho, as decisões de respostas a risco e o
estabelecimento dos controles necessitam levar em conta os custos e
benefícios relativos.
3.6 Relação Custo x Benefício
A Razoável margem de garantia traduz-se na definição de um
conjunto de medidas efetivas e a custos razoáveis, estabelecidas para evitar
desvios ou restringi-los a um nível tolerável. Isso significa que erros e
procedimentos ilegais ou fraudulentos serão evitados e, na sua ocorrência,
serão detectados e corrigidos dentro de curto prazo, pelos funcionários, como
parte de suas funções habituais.
Medidas de efetividade e de custos razoáveis é a decorrência do
conceito de comparar o valor do risco ou da perda potencial contra o custo do
controle respectivo. Controles eficientes permitem cumprir os objetivos de
maneira correta e tempestiva com a mínima utilização de recursos.
Podem ocorrer falhas causadas por erro ou engano humano, os
controles podem ser anulados por conluio entre duas ou mais pessoas, e a
administração tem o poder de recusar-se a aceitar as decisões de gestão de
riscos. Essas limitações impedem que o conselho de administração e a
diretoria executiva tenham absoluta garantia da realização dos objetivos da
organização.
27
27
COSO. Disponível em: www.coso.org/./COSOERM ExecutiveSummaryPortuguese.pdf,
Acessado em 13/01/2013.
39
4 CONCLUSÃO
Qual o papel da Auditoria na melhoria do ambiente de Controles
Internos das Organizações?
Com a globalização e a necessidade crescente de otimização de
resultados, as empresas estão buscando cada vez mais a identificação de
oportunidades e estratégias para minimizar riscos aos seus negócios, e
eficiência em suas operações e um nível adequado de controle e retorno aos
seus investimentos.
No contexto atual deverão ser incorporadas às atividades de
auditoria interna, novas habilidades que considerem, por exemplo, uma
atuação proativa no entendimento e análise das estratégias das empresas e
como os riscos estão inseridos nos respectivos processos de negócios. As
empresas precisam ter a clara percepção dos riscos do segmento de indústria
em que estão inseridas, não apenas para minimizar a ocorrência de erros ou
irregularidades, como também para identificar soluções estruturais que
propiciem ganhos de produtividade e de vantagem competitiva.
A auditoria interna deve, portanto, assumir uma participação proativa
no suporte à gestão empresarial sendo responsável não só por assegurar a
qualidade e efetividade da estrutura de controle interno, como, também, propor
recomendações de valor agregado às atividades e aos negócios das
empresas.
Na verdade, o valor agregado da auditoria interna para as empresas
implica a proposição de recomendações que possam contribuir para
otimização dos resultados, redução de custos, aprimoramento das práticas de
controle interno e gestão e os entendimentos dos indicadores de desempenho
definidos para os diversos processos e atividades de negócios.
40
A auditoria interna deve buscar como produto de seu trabalho a
implantação de soluções alinhadas com as melhores práticas de negócios. A
utilização de metodologia com enfoque abrangente de revisão, considerando
aspectos de controle e de estratégias dos negócios, aliada à utilização efetiva
dos recursos de tecnologia nas revisões, é fator determinante para o sucesso
das atividades e do produto gerado pela auditoria interna.
Através da pesquisa realizada consegue-se afirmar que o controle
interno representa uma fonte relevante para informar e suportar as decisões
dos gestores. É possível verificar que o controle interno e sua base informativa
representam elementos necessários ao processo decisório e à continuidade
empresarial, baseando-se na literatura de controles disponível.
O gestor que não patrocina a melhoria dos componentes do controle
interno tende a diminuir sua própria eficácia, comprometendo a salvaguarda
dos interesses do empreendimento, pois tende a decidir suportado por
informações de baixa confiabilidade. Esse aspecto de gestão tem grande
impacto sobre os componentes de controle e, portanto, a ausência do
patrocínio da administração pode inviabilizar, por via de consequência, sua
própria eficácia ou em outras palavras a sua permanência da empresa no
mercado ou até mesmo a sustentabilidade do corpo diretivo.
O gestor munido de um bom controle interno possui maior
probabilidade de acertar continuamente o processo decisório e atingir a
eficácia almejada da empresa: seja sob o enfoque que a imprensa norteamericana vem dando ao controle interno é, predominantemente, vinculado a
atos fraudulentos. Escândalos, propinas e manipulações contábeis são
exemplos que têm sido apresentados como resultado da negligência
generalizada com os controles empresariais.
41
Através de suporte bibliográfico, de que a importância do controle
interno para a gestão das empresas não se limita a evitar práticas
fraudulentas.
Ao buscar estimular a discussão sobre as conexões dos conceitos
de controle interno, o trabalho estará contribuindo para que os empresários e
gerentes possam analisar as visões administrativas em relação ao controle
interno.
42
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Marcelo C. Auditoria: um curso moderno e completo. 5ª. ed. São
Paulo: Atlas, 1996, p. 501.
ARAÚJO, Francisco José de. A estruturação dos controles internos e a
independência da auditoria interna. Vitória-ES. COBRAI (Congresso Brasileiro
de Auditoria Interna), 1998. p. 5.
ATTIE 1992, p.197, 200 Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto
Americano de Contadores Públicos Certificados – AICPA.
FRANCO, Hilário, MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4ª. ed. São Paulo:
Atlas, 2001, p. 267.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7. ed. São Paulo:
Harbra, 1997, p. 7.
HORNGREN, Charles T., DATAR, Srikant M., FOSTER, George. Cost
accounting: a managerial emphasis. op. cit. p. 6.
OLIVEIRA, Luís M., PEREZ Jr., José H., SILVA, Carlos A. S. Controladoria
estratégica. São Paulo: Atlas, 2002. p. 84-85.
SÁ 1993, p.110, Instituto Français des Experts Comptables.
43
6 WEBGRAFIA
ANTONIO CLAUDIO LIMA CASTANHEIRO expositor do Conselho Regional de
Contabilidade do Rio de Janeiro / Curso 5438 (03/01/2011 à 13/01/2011)
Disponível em: Webserver.crcrj.org.BR/APOSTILAS/A0127P0382.pdf.
Acessado em 13/01/2013.
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www.congressousp.fipecaf.org/artigos62006/38.pdf. Acessado em 31/01/2013.
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Paulo Dantas, professor do Conselho Federal de Contabilidade: Disponível em:
www.paulodantas.com.br/audifinaula2.pdf . Acessado em 09/02/2013 .
Revista Científica Eletrônica de Administração – ISSN: 1676-6822. Ano VI –
Número 10 – Junho de 2006 – Periódicos Semestral, Disponível em:
www.revista.inf.br/adm11/pages/artigos/ADM-edic10-anovi-art02.pdf.
Acessado em 13/01/2013
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