ARCPA TAXA PAGA 5140-999 Carrazeda de Ansiães 30 de Janeiro de 2012 N.º Contrato 574012 Mensal Ano XVII - Nº 181 Director: Tiago Miguel Lopes Baltazar Preço: 0,50€ http:// www.arcpa.pt A ARCPA deseja a todos um feliz ano de 2012 Plantas da Nossa Terra Janeiro 2012 2 Alho Catarina Lima Allium sativum, mais comummente conhecido por alho, é uma planta com propriedades medicinais pertencente à família das Liliáceas. Originário da Ásia, o alho cresce no sul da Europa, particularmente na zona do Mediterrâneo. É uma planta perene cujo bulbo (“cabeça de alho”) é composto por folhas escamiformes (“dentes de alho”). O alho é utilizado desde a Antiguidade tanto como tempero como pelas suas propriedades medicinais. As suas propriedades antimicrobianas e efeitos benéficos para o coração e circulação sanguínea são já conhecidas e bem estudadas; possui um óptimo valor nutricional, contendo vitaminas (A, B2, B6 e C), aminoácidos, sais minerais e outros compostos biologicamente ativos, como a alicina, responsável pelo seu cheiro desagradável. O alho costuma ser indicado como auxiliar no tratamento de hipertensão arterial leve, redução dos níveis de colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares, em particular a aterosclerose. Também se atribui ao alho a capacidade de prevenir constipações e outras doenças infecciosas, e de tratar infecções bacterianas e fúngicas. Está atualmente em estudo a possibilidade de o alho poder ser utilizado como anticancerígeno, particularmente em casos de cancro de próstata. Os efeitos secundários mais comuns do alho são irritações ao nível do estômago e rins e alterações emocionais. Bibliografia: www.plantasmedicinaisefitoterapia.com (CUNHA, A. Proença da, Farmacognosia e Fitoquímica, Fundação Calouste Gulbenkian, 2005) Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012 Quintinha do Manel Rua Tenente Aviador Melo Rodrigues Carrazeda de Ansiães Restaurante, Pensão / Residencial 278617487 CARTORIO NOTARIAL da Notária Lic. Ana Maria Gomes dos Santos Reis Alameda Nossa Senhora de Fátima número 8 em Macedo de Cavaleiros, Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação Notarial lavrada neste Cartório Notarial no dia três de Janeiro de dois mil e doze, com inicio a folhas oitenta e uma do livro de notas DUZENTOS E DEZOITO TRAÇO A, ALFREDO CARLOS RUSSO e mulher MARIA ALICE DA SILVA MONTEIRO RUSSO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Seixo de Ansiães, concelho de Carrazeda de Ansiães, , residentes na Rua do Calvário da Lagoa., n°19, 2° esquerdo, em Valbom, Gondomar, que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio, sito na freguesia de Seixo de Ansiães, concelho de Carrazeda de Ansiães: Prédio rústico composto de terra de pastagens e oliveiras, sito no lugar de “Pendurada”, inscrito na matriz sob o artigo 2.287, com o valor patrimonial de 25.44 €, descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães sob o número vinte e seis, freguesia de Seixo de Ansiães. Que apesar do citado prédio estar aí inscrito, em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor de herdeiros de Antónia Aguilar Gouveia que foi viúva de Luís Gouveia Moutinho, que foi residente em Selores, Carrazeda de Ansiães, pela apresentação três de dezanove de Julho de mil novecentos e oitenta e cinco, o mesmo é pertença dos justificantes, porquanto. Em dia e mês que não podem precisar, mas que foi há mais de vinte anos, os justificantes adquiriram o referido prédio, por compra verbal aos referidos titulares do registo, aquisição que ocorreu por volta do ano de mil novecentos e oitenta e nove, que nunca reduziram a escritura pública. Que deste modo, desde essa data, os justificantes passaram a possuir o citado prédio, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o e colhendo os seus frutos, considerando-se e sendo considerados corno seus únicos donos, na convicção que não lesavam quaisquer direitos de outrem tendo a sua actuação e posse, sido de boa fé, sem violência e sem oposição, ostensivamente e com conhecimento da generalidade das pessoas que vivem na freguesia onde se situa o prédio e tudo isto por lapso de tempo superior a vinte anos. Que esta posse em nome próprio, pacifica, continua e publica, desde há mais de vinte anos, conduziu a aquisição daquele prédio, por usucapião que expressamente invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeito do registo dado que esta forma de aquisição não pode ser provada por qualquer outro título formal extrajudicial. Está conforme o original, Macedo de Cavaleiros, três de Janeiro de dois mil e doze. O Colaborador da Notária por expressa delegação, André Miguel Alves Loureiro. 3 Janeiro 2012 FICHA TÉCNICA Nome O Pombal Propriedade Associação Recreativa e Cultural de Pombal de Ansiães EDITORIAL Nº de Pessoa Colectiva 500 798 001 Publicação Registada na D.G.C.S. 122017 Depósito Legal 129192/98 Director Tiago Miguel Lopes Baltazar Paginação e Composição João Miguel Almeida Magalhães Redacção e Impressão Largo da Igreja, 1 - Pombal de Ansiães 5140-222 Pombal CRZ Telef. 278 669 199 * Fax: 278 669 199 E-mail: [email protected] Home Page http://www.arcpa.pt Redactores Tiago Baltazar; Patrícia Pinto, Fernanda Cardoso Fotografia Fernando Figueiredo; Eduardo Teixeira;Anibal Gonçalves. Colaboradores Vitor Lima; Fernando Figueiredo; Fernando Campos Gouveia; Flora Teixeira; Manuel Barreiras Pinto; Ricardo Simão Almeida; Margarida Almeida; Manuel Igreja; Catarina Lima; Luís Mota Bastos;Anibal Gonçalves; (Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos seus autores) Tiragem Média 500 Exemplares Preço O jornal O POMBAL é gratuito para os residentes em Pombal de Ansiães Assinatura Anual (Sócios) Portugal: 8,00 Euros; Europa: 18,00 Euros; Resto do Mundo: 25,00 Euros Assinatura Anual (Não Sócios) Portugal: 12,00 Euros; Europa: 25,00 Euros; Resto do Mundo: 35,00 Euros Pontos de Venda Sede da ARCPA (Pombal); Papelaria Horizonte; Ourivesaria Cardoso; Papelaria Nunes (Carrazeda de Ansiães) FUNDADO EM 1 DE JANEIRO 1997 Tiago Baltazar Enfim, Janeiro! Janeiro, assim se chama o primeiro mês do ano em homenagem a um deus romano, sendo ele Jano. Jano tinha duas faces, uma voltada para trás e outra para a frente, para que pudesse sempre olhar o passado e o futuro. Também nós, A.R.C.P.A., aqueles que dela gostam e aqueles que nela pagam quotas, podem aproveitar esta altura para fazer um balanço sobre a nossa casa. Contudo, sem duas caras, apenas uma e sincera. Falhas houve, é certo em todas as equipas humanas. Empreendimento, o mesmo de sempre. Contudo o associativismo não pode nunca parar. Não parará. Independentemente dos esforços que a vida nos propõe que sejam feitos. 2012 é, então, um óptimo ano para se começar a fazer melhor. Para dar e tirar partido daquele que é o principal lugar de recreação e união da aldeia, a A.R.C.P.A. Uma vez o Plano de Atividades aprovado, muitas serão as iniciativas que irão decorrer. Sobretudo uma a breve prazo e que tanta divulgação tem sempre: a Prova de Vinhos. Esta iniciativa tem como objectivo a divulgação do Vinho que cada um de nós tem na sua adega. É um exemplo de como se pode tirar partido do nome A.R.C.P.A. e quem sabe, com isso ajudar a vender uns garrafões a quem de fora por lá passe. Outras haverá em que será a Associação a tirar dividendos dos nossos préstimos. Contudo, fica o desejo de um ano muito virado para o associativismo. Sobretudo nestes tempos difíceis que o país atravessa, todos juntos será pelo menos mais animado. Viva a A.R.C.P.A. Janeiro 2012 As tarefas rurais Flora Teixeira Há já algum tempo que alguém me pediu para que eu escrevesse algo sobre como se processavam as tarefas rurais, ao longo de cada ano. Pois bem, embora sucintamente, vou contar as tarefas por etapas. Começamos por Janeiro. Como sabem, eu nasci no princípio da década de 30 e a partir da década de 40 é que começo a perceber como cada tarefa era feita e até mesmo começo a integrar-me nas mesmas. Ora em Janeiro, o forte era a safra da azeitona. Eu lembro-me que às 5 da manhã, o caseiro da Casa Morgada, tocava numa corneta, alto e bom som que acordava toda a aldeia, voltava a tocar às 6, para comer o pequeno almoço (que constava de : sopa de cebola e uma boa assadura), às 7, voltava a tocar para reunir as camaradas e partir para os olivais, pois alguns eram na Ribeira e não só. Começava-se sempre pelos de mais longe e ia-se avançando sempre na direção do Povo. Os dias eram pequenos e muito frios. Iam a pé pelos caminhos que mal se enxergavam mas era preciso chegar ao amanhecer ao destino. Os homens varejavam e as mulheres apanhavam bago a bago ou de arrebanha, de manhã à noite. Não havia toldes (o seu uso começou anos mais tarde). Na época da ceifa, só as crianças e os muito velhinhos é que ficavam em casa. Uns a apanhar a sua, outros por conta de outrém. A camarada dos Morgados era sempre a maior, andavam todos envolvidos, pois eram donos de muitos olivais e ainda oliveiras na terra de outros proprietários e ainda detentores tam- bém do melhor lagar de azeite dessa época, que em anos de grande colheita trabalhava até ao mês de Março. A feitoria do azeite já era mais fácil. Era menos frio dentro do lagar. Trabalhavam por turnos. Começava ás da 4 da manhã e à meia noite terminava. Entretanto, os donos da azeitona davam de comer ao pessoal, as respetivas refeições às horas marcadas. Cada operário tinha a sua tarefa específica. Uns acendiam a fornalha a para fazer ferver o pote. Outros, guiavam os bois à volta do fareleiro para moer a azeitona que depois de moída era levada para ceiras. A seguir era escaldada com água a ferver que fazia com que se separasse a água do azeite, tarefa executada pelo lagareiro, título do mestre do lagar. Feito o azeite, era medido e entregue ao respetivo dono mas antes era tirada a maquia que consistia nuns tantos litros por moinho de azeitonas que por sua vez eram 4 ou 5 canastras cheias. A maquia era distribuída, um tanto para o lagar e o resto era distribuído equitativamente por todos os que integravam as tarefas. Durante a apanha da azeitona, que era longa visto que era apanhada à mão, guardavam-na em casa, em tulhas, até chegar a vez de ser feita, que nessa altura já estava podre mas não era rejeitada. Não sei quantos graus teria esse azeite mas o certo é que nunca foi difícil a sua comercialização e toda a gente o consumia sem reclamações, Nessa altura não se queixavam do colesterol, se é que existia… Todas as tarefas eram executadas com normalidade, dedicação e sacrifício. Eram outros tempos… 4 5 Janeiro 2012 JULGADOS DE PAZ O Julgados de Paz são tribunais extrajudiciais que constituem um sistema de justiça com séculos de experiência e em dezenas de anos de ocaso, até que as revisões constitucionais de 1989 e 1997 deram as atuais redações, respetivamente previstas no nº 4 do artº 202 e ao nº 2 do artº 209 da Constituição Portuguesa. O que são? Os julgados de paz são tribunais com característica especiais, competentes para resolver causas de valor reduzido de natureza civil, excluindo as que envolvem as matérias de Direito de Família, Direito das Sucessões e Direito do Trabalho, de forma rápida e custas reduzidas. As questões que ali se podem dirimir não podem ser superiores a 5000,00 euros, tais como: - Incumprimento de contratos e obrigações; - Responsabilidade Civil Contratual e extracontratual; - Direito sobre móveis, imóveis, como por exemplo, propriedade, condomínio, escoamento natural de águas, comunhão de valas, aberturas de janela, portas e varandas, plantação de árvores e arbustos, paredes e muros divisórios; - Arrendamento Urbano; - Acidentes de viação. É uma justiça em que os custos a final são fixos, cerca de 70,00 euros, a cargo da parte que vence, ou repartidos entre o demandante e o demandado, na percentagem que o Juiz de Paz fixar, caso o processo termine por conciliação, ou resultar de sentença. Se o processo concluir por acordo alcançado através de mediação é reduzida a 50% os custos processuais. As partes têm que de comparecer pessoalmente mas podem sempre fazer se acompanhar por advogado, advogado estagiário ou solicitador, embora a sua constituição não seja obrigatória. Só é obrigatória na fase de Recurso. Estes Julgados de Paz existem já em alguns pontos do nosso Pais e o resultados tem sido muito positivos, já que conseguem resolver com sucesso, mais de 50% dos processos ali pendentes, visando alcançar de uma forma simples e participativa, auxiliados por um mediador de conflitos que procuram uma solução que satisfaça ambas as partes. Temos um exemplo, aqui bem perto situado em Santa Marta de Penaguião, que abrange o agrupamento de Concelhos de Santa Marta de Penaguião, Peso da Régua, Alijó, Murça, Sabrosa e Vila Real . Para mais informação consulte o site www.conselhodosjulgadosdepaz.com.pt ESTATUTO EDITORIAL O jornal “O POMBAL” é um órgão de informação regional, com periodicidade mensal, pertencente à Associação Recreativa e Cultural de Pombal de Ansiães e seus associados. O Jornal “O POMBAL” tem como principais objectivos: Informar os seus associados e demais leitores acerca das actividades da Associação. Fazer a divulgação dos acontecimentos e das potencialidades da nossa aldeia e região envolvente. Através da colaboração na feitura do jornal pelos sócios interessados, contribuir para melhorar a sua formação técnica, cultural e humana. Constituir um traço de união entre os seus associados e leitores. Assegurar, nas suas páginas, a possibilidade de expressão e confronto de diversas correntes de opinião, relativamente a temas de interesse geral. Assegurar aos seus leitores o direito a ser informado com verdade, rigor e isenção. Para tal, a Direcção e Redacção deste jornal comprometem-se a : Respeitar o normativo da Constituição da República Portuguesa segundo o qual o exercício dos direitos de liberdade de expressão e informação ”não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura”, entendendo-se por censura a sonegação ilícita de informações, por razões políticas ou outras, e não a necessária e legítima selecção de notícias e artigos de opinião. Respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores encobrindo ou deturpando a informação. Verificar escrupulosamente as suas fontes de informação, procurando identificá-las com precisão, reservando-se o direito de analisar, caso a caso, as circunstâncias excepcionais que possam justificar o recurso, nos termos da lei, à respectiva confidencialidade, constituindo-se o jornal em garante da sua autenticidade. Estabelecer rigorosamente a distinção entre notícias e comentários, na base do princípio de que “os factos são sagrados, os comentários são livres”, sem prejuízo da necessidade de ordenar, relacionar e explicar os acontecimentos referidos. Assumir a responsabilidade de emitir opinião própria, através de editoriais assinados pela Direcção, sempre de acordo com uma linha editorial que se define pelas seguintes características: -liberdade criativa e autonomia em relação a quaisquer forças políticas, económicas ou de outras natureza; -vinculação aos princípios democráticos nos domínios político, social e cultural; -respeito pelas normas consagradas na Constituição da República Portuguesa e na Declaração Universal dos Direitos do Homem; -defesa dos valores culturais próprios do quadro nacional, sem prejuízo do reconhecimento dos particularismos regionais e locais; -rejeição sistemática da intolerância política, cultural ou religiosa e da segregação racista; -defesa de uma perspectiva de desenvolvimento económico e justiça social para a região onde se insere, tendo em vista a correcção das desigualdades mais flagrantes entre pessoas e grupos sociais. -consagrar particular atenção, na linha que lhe é tradicional, ao noticiário e à divulgação cultural, e procurar manter as suas colunas abertas à colaboração de personalidades de relevo, a nível local e regional. -reservar-se o direito de seleccionar os textos a publicar, excepto aqueles que sejam enviados ao abrigo do direito de resposta. -seguir a orientação definida nos termos da Lei de Imprensa, pelo seu Director e por este Estatuto Editorial tendo como limites os princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa. A Direcção Janeiro 2012 6 Regulamento Cedência do Salão Sócio(a) / Filho(a) de Sócio(a) / Cônjuge Dias Salão 1 3/4 40€ 100€ Loiças 15€ 40€ Cozinha 30€ 80€ Salão/Loiças/Cozinha 75€ 200€ Não Sócio(a) 4150-171 PORTO Dias Salão 1 3/4 80€ 200€ Loiças 30€ 80€ Cozinha 60€ 150€ Salão/Loiças/Cozinha 150€ 300€ Obs: Para este efeito, as regalias de sócio, adquirem-se desde que se seja sócio(a) há mais de um ano, na data do pedido. O salão deverá ser sempre pedido por escrito, com uma antecedência adequada. Para casamentos, principalmente no Verão e datas festivas, a antecedência deverá ser, no mínimo de três meses, Os pedidos serão objecto de apreciação e decisão, por ordem de chegada. Sempre que os pedidos sejam coincidentes, os sócios terão preferência sobre os não-sócios. Ex.mo(s) Senhor(es) Associados/Assinantes Caso pretendam receber o jornal, deverão recortar/copiar e preencher a Ficha de Assinatura abaixo e enviá-la para a ARCPA, com o respectivo meio de pagamento ou comprovativo de transferência bancária dos valores indicados, para as seguintes contas: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (C.a Ansiães) - NIB - 0045 2190 40052054541 39 Caixa Geral de Depósitos (C.a Ansiães)- NIB – 0035 0207 00005044030 35 JORNAL – O POMBAL FICHA DE ASSINATURA NOME -__________________________________________________________ MORADA - __________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Rua Marechal Gomes da Costa, 319, 1º Dtº 5140-083 Carrazeda de Ansiães LOCALIDADE - ____________________________ CÓD. POSTAL - ________ - ____ PAÍS - ______________________________________________________________ SÓCIOS ARCPA Assinatura anual – 8,00 Euros PORTUGAL – 18,00 Euros EUROPA – 25,00 Euros RESTO DO MUNDO NÃO SÓCIOS Assinatura anual – 12,00 Euros PORTUGAL – 25,00 Euros EUROPA – 35,00 Euros RESTO DO MUNDO ENVIO CHEQUE No ______________________ BANCO_____________________ VALE POSTAL No - __________________________________________________ ou comprovativo de transferência bancária com a identificação do assinante DATA - ____ / ____ / ____ Assinatura - ________________________________ Envie para: Jornal O POMBAL * Largo da Igreja, 1 POMBAL 5140-222 POMBAL CRZ – CARRAZEDA DE ANSIÃES Obs.: O pagamento deverá ser efectuado no início de cada ano. 7 Janeiro 2012 Entrevista ao Presidente do Município, Dr. José Luís Correia Patricia Pinto O FUTURO DO CONCELHO DE CARRAZEDA DE ANSIÃES EM 2012 Carrazeda de Ansiães é um dos concelhos do distrito de Bragança. Possui 19 freguesias e tem como Presidente da Câmara o Dr. José Luís Correia. Em conversa com o mesmo, sobre o futuro do município no ano que teve recentemente início, os cortes no sector recreativo e cultural serão os mais salientes mas pelo contrário foi criada uma verba para o apoio a jovens do ensino superior, secundário e técnico profissional. Quais as obras que mais incidência terão nos planos do próximo ano? «A conclusão do centro cívico. Agora denominado Centro Tecnológico e Inovarural de Carrazeda de Ansiães. A conclusão da variante de Carrazeda de Ansiães e a conclusão do Museu Rural de Vilarinho da Castanheira. » Em que números se traduz o orçamento para esta plano de obras? E quando foi aprovado? «Foi aprovado na última assembleia municipal, no dia 28 de Dezembro de 2011 e ronda os quinze milhões, seiscentos e noventa e um mil euros (15.000.691 euros). » Que objectivos são assumidos neste plano? «Os objectivos principais deste plano são concluir obras que já se arrastam há muitos anos, obras que se tornaram em problemas e que estão a prejudicar o concelho, não só pela forma como foram geridas mas também pela falta que fazem aos cidadãos. E depois, temos uma grande preocupação a nível social, de acordo com a situação que se vive no país e nós não somos excepção e por isso mesmo teremos de estar atentos às dificuldades que muitas pessoas poderão vir a passar.» A preocupação económica é uma realidade a manter em 2012? «Sim, nós estamos a tentar realizar alguma contenção de des- pesas correntes e em algumas áreas, nomeadamente na parte recreativa e cultural para podermos reforçar outras rubricas referentes aos apoios dos estratos sociais mais desfavorecidos. Apoios estes no âmbito da saúde, habitação, deficiência, doenças crónicas, subsistência, natalidade e outras situações de emergência com as quais estamos preocupados e que certamente nos podem vir bater à porta. E depois temos também a nível de educação a atribuição de bolsas de estudo a alunos do ensino superior, do secundário e técnico profissional e depois também nos preocupa a juventude, pois sabemos que atravessamos um período muito difícil, que é difícil entrar no mercado de trabalho e por isso têm de estar preparados e possuírem uma formação sólida para poderem singrar, nesse sentido estamos a incluir pela primeira vez no orçamento do município o apoio à realização de actividades de interesse científico e pedagógico para os jovens do concelho de Carrazeda de Ansiães.» Quais serão os sectores mais afectados pelos cortes financeiros? «Nós queremos cortar nas despesas correntes, nas despesas de funcionamento da câmara e também em algumas despesas referentes a actividades recreativas, sendo a mais significativa a não realização do Ansiães na Idade Média, porque vamos canalizar essa verba, essencialmente, para o apoio à melhoria à condições de habitação de pessoas muito carenciadas.» A nível do desenvolvimento social quais são as prioridades definidas pela Câmara para 2012? «Inventariar todos os casos de emergência e que evidenciem fortes sinais de carência económica, financeira e social e encontrar soluções adequadas de acordo com a capacidade de resposta da Câmara Municipal.» Janeiro 2012 Como vê a comparticipação que a Câmara prometeu suportar para a aquisição de um carro de desencarceramento para os Bombeiros Voluntários de Carrazeda? «É um gesto de colaboração e solidariedade conjugada no sentido de estarem equipados parta terem capacidade de resposta para eventuais situações que possam vir a exigir este tipo de equipamentos devido a uma nova realidade que é abertura do IC5.» Vai ser um 2012 fácil para a população carrazedense em geral ou nem por isso? «É do conhecimento geral que o ano de 2012 vai ser difícil para a grande maioria dos portugueses devido á crise que atravessamos e às medidas que é necessário implementar para a ultrapassar. Certamente que a população de Carrazeda também vai ser sacrificada.» As previsões futuras apontam para um concelho mais coeso e inovador ou o contrário? «Geralmente é nas crises que se encontram as melhores soluções. Sabemos as dificuldades que temos e as que nos esperam por isso estamos a orquestrar um conjunto de iniciativas que nos permitam encarar o futuro mais promissor para o concelho de Carrazeda de Ansiães.» Um ano que começa a ser marcado por previsões de muitas dificuldades mas como se costuma dizer, depois da tempestade vem a bonança e o Presidente do concelho de Carrazeda de Ansiães, o Dr. José Luís Correia, acredita que será uma fase possível de ultrapassar com o esforço de todos os habitantes do município. 8 9 Janeiro 2012 Os nossos Patrocinadores OS CONGELADOS DO RAUSS - NORATLÂNTICO Patricia Pinto Chama-se João Casimiro Coelho e nasceu a 8 de Janeiro de 1945. É natural de Pombal de Ansiães e comerciante de profissão. Criou a loja “Os Congelados do Rauss” em Carrazeda de Ansiães há “meia dúzia de anos” mas em Matosinhos já tem o negócio de congelados de peixe há sensivelmente 30 anos. Numa sociedade cada vez mais preocupada com o bem-estar e uma saúde equilibrada, o consumo de peixe tem sofrido um claro aumento na última década. Os congelados são uma boa alternativa ao peixe fresco, numa altura em que tanto se fala de crise, os congelados são uma hipótese de compra que favorece a carteira de muitas pessoas. Entre Abril de 2010 e Abril de 2011 um estudo revelou que a categoria de pescado embalado cresceu 7% em volume (29,8 milhões de quilos) e a mesma proporção em valor para 213 milhões de euros. O Senhor João Coelho, mais conhecido por “Rauss”, proporcionou-nos uma conversa no seu estabelecimento bem como a visualização das infra-estruturas do mesmo. Em que ano surgiu este negócio e foi da responsabilidade de quem? «Ora bem eu já tinha este negócio dos Congelados do Loja em Carrazeda de Ansiães Rauss, em Matosinhos, há 30 ou 32 anos. E aqui em Carrazeda surgiu porque não existia nenhum comércio deste género, de congelados, mariscos, etc, tive a ideia de criar aqui o negócio e ainda bem, porque não estou descontente, até pelo contrário. » Qual a origem do nome Congelados do Rauss? «Os Congelados do Rauss foi uma brincadeira minha, entre a rapaziada das tainadas, eu estava sempre “Rauss pra cima”, “Rauss pra baixo” e depois olhe aproveitei o facto de ter ficado baptizado como o Rauss e usufruí deste nome para baptizar também o negócio, a rapaziada até costumava dizer “Ai os Congelados do Rauss é que são bons…” (risos)» Tem sido até à data um negócio rentável? «Com franqueza esperava Janeiro 2012 10 mais. Mas atendendo que aqui o concelho tem pouca população, não está mau, não está mau. Especialmente nos meses de Agosto e Dezembro, que é o mês em que estamos, porque compensam um bocadinho os outros. » Ao todo quantas pessoas emprega na venda de congelados? «Na venda de congelados… ora no Porto 8 e aqui 2 portanto são 10 funcionários.» Referencie-nos alguns dos produtos que podem ser encontrados nos seus estabelecimentos. «Menina o que é de peixe pode ser encontrado tudo. Desde o marisco, as pescadas da África do Sul, do Chile, lulas, abróteas, salmão, peixe vermelho (o chamado red fish), filetes, enfim, toda uma gama diversificada de congelados de peixe.» Considera ter disposição e dedicação para com o negócio, ou seja, costuma estar presente ou deixa-o na “mão de terceiros”? «Lá em baixo, o outro armazém grande dá mais trabalho do que aqui por isso passo lá a maior parte do tempo, aqui deixo-o na mão de terceiros, entregue a estes dois funcionários em quem confio plenamente e venho cá de vez em quando ajudar, como hoje, nas feiras em que estou cá também dou uma ajuda, por exemplo na feira dos 20 de Dezembro as vendas foram um espectáculo, porque aqui as pessoas como sabe têm o hábito do polvo, dos camarões, do bacalhau, bolinhos de bacalhau, e ainda bem que dei essa ajuda porque se não eles os dois não conseguiam dar vazão a tanta coisa. » Costuma pesquisar e observar o mercado onde está instalado, promovendo ajustes e adaptações ao negócio? «Não, francamente não vale a 11 Janeiro 2012 pena. O rapaz lá anda na rua, lá vai a alguns restaurantes, uns clientes, depois também tive azar com uns em Mirandela que não pagaram, meti-os em tribunal e tal e coisa. Isso é um bocado arriscado porque a melhor coisa é ter aquele dinheirinho certinho e não entrar em mecanismos que possam desviar esse objetivo. » E aqui em Carrazeda possui perspectivas de alargar o negócio ou não vale a pena? «Não. Está bem assim. Para ser franco ainda pensei abrir um comércio deste género na Pesqueira porque é capaz de ter mais população do que aqui, mas olhe já estou com uma certa idade e chega bem isto porque já são as quintas, isto e o turismo, e já acaba por ser puxado para a minha idade. » Pelo que ouve dos comentários dos seus clientes, a satisfação em relação aos seus produtos vendidos é grande? «Sim, sim menina. Nós temos tudo de qualidade. Desde os polvos, aos camarões de Moçambique, as pescadas do Chile como já tinha mencionado, tudo. » Foi um comércio digamos que bem acolhido pelas gentes da terra? «Nem por isso. Muita gente prefere abastecer os seus comércios e as suas arcas em outros locais do que neste local de um filho da terra. Olhe o exemplo do Lar do Pombal, fui um grande patrocinador daquela instituição por largos tempos, cheguei inclusive a dar-lhe uma arca congeladora e a enche-la de peixe e deixaram de consumir não sei bem porquê.» O mercado de alimentos congelados está em grande expansão, isto significa um sinal positivo em termos de oportunidades de negócio, ou, será um sinal de um forte aumento de concorrência? «É um sinal positivo porque como sabe as pessoas estão com cada vez menos poder de compra derivado à crise, e os congelados sempre são mais baratos do que é o peixe fresco. Deus me livre se toda a gente só pudesse comprar peixe fresco, olhe é o caso da amêijoa, aqui custa três euros e eu comprei-a a 16, a fresca, veja bem a diferença e a congelada serve muito bem e é muito boa. Se não fosse estes negócios dos congelados então estaríamos muito pior, ou as pessoas deixariam de comer ainda menos peixe. » No que compete às exigências legais específicas para edificar um estabelecimento desta envergadura, acha as leis criadas apropriadas ou as mesmas “caem” num completo exagero? «Olhe por acaso até pensei que fossem mais. Aqui a câmara não pôs muitos entraves, também favoreceu o concelho não é verdade, além de dar 2 postos de trabalho favoreceu aqui a população que tem a oportunidade de Janeiro 2012 comprar bom peixe a preços bastante acessíveis e poupam uns “tostõezinhos” ao fim do mês. Portanto não senti assim grande dificuldade em constituir este comércio. » A seu ver os congelados do Rauss são um negócio bem equipado? «Sim, sim. Não sou só eu que o digo, pessoas que vêm cá do Porto e de Lisboa comentam que está aqui uma peixaria ao nível das de Lisboa ou do Porto. Gastei aqui uma pequena fortuna. O bacalhau por exemplo, a menina se for a grandes superfícies o bacalhau é apresentado lá à toa, amontoado um em cima do outro e aqui o bacalhau te uma câmara frigorífica exclusiva para ele que o mantém com aquela textura ímpar associada ao bacalhau. » Qual o país que mais o fornece? «Espanha. Infelizmente muita coisa é espanhola, principalmente do porto de Vigo e talvez seja dos melhores portos a nível mundial. Eu aqui em Portugal só compro os vegetais, o caso da ervilha e feijão e essas coisas, mas até a ervilha eu penso que vem da Holanda só que é embalada cá em Portugal. » Quais são os meios de distribuição que utiliza? «Não tenho venda direta no sentido de andar por aí na rua, tenho as lojas, ainda tentei a venda direta mas era muito dispendioso, fazia aqui falta o empregado, e para meter mais gente também não compensava. Então é mais por encomendas que nos fazem, desde Vila Flor, Mirandela, Vimioso, Bragança e o rapaz vai, entrega, recebe e vem embora, é assim que nós trabalhamos. » Os Congelados do Rauss são um dos patrocinadores do Jornal O Pombal. O que nos tem a dizer sobre a criação deste jornal e qual o feedback que nos pode dar? «É muito positiva a criação deste jornal, dá valor à terra e à população daqui. Para não dizer que faz também publicidade a certas empresas que o patrocinam e isso é muito vantajoso em termos de rentabilidade de negócio. » É de salientar que 20% do peixe consumido em Portugal é bacalhau. Os Congelados do Rauss em Carrazeda de Ansiães possuem uma câmara frigorífica destinada e exclusiva para o bacalhau. Um negócio rentável para a economia do concelho e da população. Uma forma de comprar peixe a preços mais acessíveis mas com uma qualidade extrema. Nesta loja podemos encontrar uma diversa e rica gama de congelados de peixe que fazem parte do conceito de uma alimentação saudável. Bom Peixe servido com a maior das simpatias? Visite este estabelecimento em Carrazeda de Ansiães e torne-se consumidor assíduo, a qualidade afincada e o preço acessível não deixarão que se arrependa. 12 13 Janeiro 2012 Janeiro 2012 14 Passagem de ano 2012 António Manuel de Carvalho Nasceu a 09/08/1924 Faleceu a 03/01/2012 Faleceu O Sr. António Manuel de Carvalho, sócio 662, de 87 anos de idade. A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer modo lhes testemunharam o seu pesar. Paz à sua alma. A Direcção da ARCPA envia os mais sentidos pêsames à família enlutada. Mais uma vez a tradição foi cumprida. Na transição do ano 2011 para 2012, foram várias as pessoas que se reuniram no salão da A.R.C.P.A para dar as boas vindas ao ano novo. A festa bem cedo começou, prolongando-se pela noite fora, com a animação musical a cargo de Daniel Moutinho, que parecia não se cansar de animar o pessoal. Como prova do bom convívio entre os presentes, no que se refere aos comes e bebes, foi antecipadamente combinado entre todos o que cada família levaria, juntando-se tudo numa mesa só. Tivemos também uma mesa reservada com pessoas de Carrazeda. À meia-noite, como é habitual, no soar das 12 badaladas, comeram-se as passas e formularam-se os principais desejos para o ano 2012, ao som e luz de um pequeno fogo de artifício. Fez-se o habitual sorteio do cabaz, sendo a feliz contemplada Maria Isabel Calvário. E a festa continuou com a animação e alegria visíveis de todos os presentes, nem a crise estragou essa felicidade e convívio. A direcção da A.R.C.P.A. aproveita para agradecer a todos os presentes e desejar a todos u m feliz 2012. Liliana Marta Carvalho [email protected] Carrazeda de Ansiães 15 Janeiro 2012 Figuras e Factos Pedaços de História FREGUESIA DE POMBAL DE ANSIÃES IV – Apoio social a crianças: expostos, desvalidos e abandonados (Dos finais do século XVIII até ao “Estado Novo”) Fernando Figueiredo A Roda, os subsídios e as amas Os “enjeitados”, como popularmente eram designadas as crianças que os seus progenitores entregavam a uma instituição ou abandonavam à porta de alguém, constituíam um grupo que, por razões sociais, económicas e morais, tinha por vezes uma expressão significativa desde o passado medieval e moderno, mas que continuou pela contemporaneidade. Como o seu número era mais significativo nos maiores centros populacionais, em muitos conventos, mosteiros e misericórdias, funcionava um mecanismo destinado a acolher estes seres indefesos que, normalmente nos primeiros dias de vida, ali eram deixados. Naquelas instituições, eram recolhidos através desse mecanismo móvel – a Roda -, que permitia a passagem da criança do exterior para o interior, sem que, quem “expunha” e quem recebia, contactassem fisicamente. Refira-se, no entanto, que as cumplicidades e as coincidências entre utentes e funcionárias eram muito maiores do que se pode supor, já que, muitas mães, aí deixavam os filhos que, depois, como “rodeiras”, amamentavam e tratavam, com os meios que a instituição lhes disponibilizava. Muitas delas conseguiam mesmo recuperá-los mais tarde. Reconheça-se, assim, que esta válvula de escape permitia reparar ou pelo menos minorar, os efeitos de procedimentos desviantes de uma sociedade que parecia tão severa a puni-los, e ainda como compensação das profundas desigualdades sociais existentes. Em Portugal, a instituição para receber estes “filhos de ninguém” foi oficializada nos finais do século XVIII, passando a funcionar também em centros mais pequenos. A existência desses “expostos” na freguesia de Pombal, entregues pela roda concelhia a famílias que deles tomavam conta, pode ser testemunhada desde 1787, nos registos de baptismo, já que este sacramento era uma das obrigações impostas a quem depois os recebia. Mas foi sempre um número escasso, desde então e ao longo do século seguinte. Com efeito, a existência da roda continuou a verificar-se na contemporaneidade, No concelho de Carrazeda, era normalmente designada ”roda dos expostos”. O mesmo aconteceu no de Vilarinho da Castanheira, enquanto este existiu (até 1853), onde havia as “cazas da roda”. Na verdade, o Estado liberal do século XIX assumiu as despesas de funcionamento deste antigo organismo, que tendeu a ir desaparecendo. Mas, de forma complementar e, depois, por outros meios, esse Estado apoiava as crianças que, mais genericamente, eram consideradas desvalidas e abandonadas, quer atribuindo um subsídio de “lactação” de uns meses às mães, quer, durante alguns anos, primeiramente até aos sete e, posteriormente até os filhos fazerem18, às que viviam em “extrema pobreza e não podiam trabalhar”. Só excepcionalmente é que as crianças continuavam a ser entregues a amas, dando-se prioridade aos progenitores e a outros elementos da família mais próximos (avós ou tias). Cada caso era apreciado pela Câmara que, em caso afirmativo, fixava o período durante o qual o subsídio estipulado era atribuído, variando o seu montante ao longo do tempo. Estes apoios sociais continuaram pelo período da administração republicana até aos alvores do “Estado Novo” (finais da década de 1920). Foi com base neste tipo de apoio concelhio, efectuado com meios distritais ou do próprio município, mas sempre disponibilizados por este, que se recolheu o contingente da freguesia de Pombal, conforme se regista no Quadro abaixo. Neste constam apenas os anos em que houve crianças desta freguesia envolvidas. É provável que ainda alguém consiga encontrar algum antigo familiar na lista, ou de quem tenha qualquer referência. Está pelo menos uma que, tendo nascido em 1905, ultrapassou os 100 anos e nos deixou há pouco: Maria Isabel, filha de Maria da Assunção. Veja-se então o quadro. Janeiro 2012 Ano Nome da Criança Nome da Mãe, do Pai Naturalidade ou da Ama Período de Apoio 1886 Maria Luzia Ana Baptista Pombal 3 meses 1887 Ana dos Anjos Dulce Augusta Exposta “ 6 meses Beatriz dos Anjos M.ª da Assunção Gonçalves “ 9 meses António Luís Maria Baptista “ 1 ano António José Etelvina de Jesus “ “ 1888 1889 Álvaro Maria Rosa “ “ António Luís Ana Maria Baptista “ 6 meses 1892 Manuel Maria Joaquina “ “ 1893 Albino Maria Rosa “ “ 1897 Maria Maria dos Reis “ 9 meses José Ana Baptista “ 6 meses 1898 César Augusto Albina Morais “ 9 meses Adélia Maria do Carmo “ 6 meses Afonso Maria Morais “ “ 1899 1900 1901 1904 Elisa Maria Rosa “ “ Adélia Maria do Carmo “ “ Maria Flora Ferreira Paradela “ Maria Maria Ermelinda “ 11 meses Maria Flora Ferreira “ “ António Antónia da Costa “ 9 meses António Antónia da Costa “ 3 meses Benjamim Maria dos Santos José Joaquim Luísa Bela de Jesus “ 1 ano Pombal “ António Luís Maria da Luz “ 9 meses 1905 Maria Isabel Maria da Assunção “ 1 ano 1906 António Lima João de Deus Pereira “ “ Adelaide de Jesus ? “ “ Idília Augusta Jacinta Nicolau “ “ Amadeu de Jesus Elisa de Morais a) “ 4 anos 1909 1910 1911 1912 Obs. Quando não vem especificado o período, assume-se que é um ano. a) – Ama. FONTES: ACMCA, Livro N.º 4 – Matrícula de Mães Pobres Subsidiadas (18861901); Livro de Matrícula das Subsidiadas (1888-1893; Livro N.º 2 – Matrícula das amas dos Expostos (1896-1908); e Livro de Registo das Folhas dos Expostos a Cargo da Câmara (1909-1926). Como se pode constatar, na freguesia de Pombal, ao longo dos setenta e seis anos para os quais existem dados (18531929), estiveram envolvidas 24 crianças, sendo quatro de Paradela e as restantes de Pombal. Por sua vez, 21 mães, um pai e uma ama, repartiram esse subsídio, havendo duas mães que receberam por três filhos, já que outras quatro e mais uma daquelas apenas viram o abono inicial renovado por mais um período igual. Assim, durante os primeiros meses de vida até um ano, foi concedido um apoio social a familiares de crianças, que eram maioritariamente mães solteiras, viúvas ou famílias extremamente necessitadas. Em pleno contraste, o último caso sobressai não só pelo facto de se tratar de um apoio mais prolongado a uma criança, como também por ser prestado à ama que dela cuidava. Noutras localidades do concelho, pelos registos existentes, desde 1853, houve casos entre esta data e 1929. Foram 16 sobretudo as povoações da “Frieira” que mais e durante mais tempo beneficiaram desses apoios, até pela maior proximidade a que se encontram da vila. Assim, em termos comparativos, a freguesia e a povoação de Pombal não tiveram uma expressão significativa, a nível do concelho, neste tipo de apoio. Mais: acolheu alguns expostos, não se sabendo quantos haviam saído dali como tal para a roda concelhia. Mas foram em pequeno número e durante pouco tempo as crianças que por lá passaram, bem como as que tiveram qualquer tipo de apoio por necessidade ou pobreza manifestas dos familiares. Contrariamente ao que muitas vezes se pensa, também o número de filhos naturais – os maiores candidatos à roda – era diminuto na freguesia. Por isso, o apodo de “Rodados”, atribuído no passado aos pombalenses e que muitos hoje desconhecem, não tem o mínimo de relação com “Filhos da Roda”, como parece justo deduzir. Refira-se ainda que este tipo de apoio, sendo escasso e talvez condicionado por alguns factores particulares, aquando da apreciação da atribuição do subsídio, mas implicando também uma diligência para a sua habilitação que não estaria ao alcance de muitas famílias necessitadas, envolvendo a participação de outrem mais informado e quantas vezes envolvido (os pais desses filhos naturais, por exemplo), tinha sobretudo o carácter de beneficência e não de um direito universal, tal como hoje é entendido. Já agora…o apodo de “rodados”, com o qual os pombalenses foram contemplados, terá antes a ver com as marcas deixados pelas ferragens das rodas dos carros de bois e de carroças em muitas pedras das calçadas e caminhos, paredes de habitações, lagares, palheiros, etc., sinais de grande dinâmica da povoação nesses tempos e ainda hoje bem visíveis em alguns desses sítios. Nota: Este artigo surgiu de algum modo com a intenção de desmistificar o que parece querer sugerir uma inscrição “selvagem”, feita a tinta vermelha sobre a placa indicativa de “POMBAL”, quando se vem de Pinhal pela estrada. Como existe ali há muito tempo e ainda ninguém a mandou limpar…em nome da verdade e com a situação fundamentada em estudo, aqui fica o meu contributo. O seu a seu dono! 17 Janeiro 2012 José Alberto Pinto Pereira RÁDIO ANSIÃES, C.R.L. Rua Tenente Aviador Melo Rodrigues 5140-100 Carrazeda de Ansiães Tel. 278 616 365 – 278 616 295 Fax. 278 616 725 Internet: www.ransiaes.sbc.pt E-mail: [email protected] A Rádio Ansiães apoia a ARCPA, ciente da colaboração no progresso do concelho de Carrazeda de Ansiães. rua marechal gomes da costa 269 r/c - tlf. 278 618 096 QUALIDADE * VARIEDADE * PREÇOS BAIXOS CARRAZEDA DE ANSIÃES (junto às traseiras do antigo centro de saúde) Sabemos que a sua preferência fará o nosso sucesso! Janeiro 2012 Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012 CARTÓRIO NOTARIAL LAURINDA GOMES EXTRACTO DE JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL Laurinda Maria Teixeira Gomes, Notária do Cartório Notarial de Laurinda Gomes, sito na Rua das Carmelitas, nº 26, 2° andar, no Porto: Certifica narrativamente, para efeitos de publicação, que, por escritura de vinte de Janeiro de dois mil e doze, exarada a folhas 30 e seguintes do livro de notas cento e sessenta e três, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, na qual foram justificantes: MARIA DA CONCEIÇÃO ARAÚJO PATRÍCIO NIF 149.871.589 e marido MANUEL ANTÓNIO PATRÍCIO, NIF 144.030.519, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães e residentes na Rua Luís de Camões, n° 65, Mirandela, ROSA MARIA ARAÚJO BEATO, NIF 181.879.603 e marido JOSÉ FRANCISCO VENÂNCIO BEATO, NIF 181.879.611, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães e ele da freguesia de Espírito Santo, concelho de Nisa, e residentes na Alemanha, Falkensteiner Str. 20, 61462 Konigstein, Alemanha; EVA MANUELA ARAÚJO OLIVEIRA, NIF 209.783.206 e marido JOÃO JOSÉ OLIVEIRA, NIF 171.731.450, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães residentes na Avenida Brigadeiro Figueiredo Sarmento, lote 52, 2° direito, em Bragança; Mais certifica que, nessa escritura, foi declarado o seguinte: Que por inventário por óbito de sua mãe, Maria Miquelina Gomes que correu os seus termos no Tribunal da Comarca de Carrazeda de Ansiães sob n° 25/73, com trânsito em julgado em 21-01-1976, foi adjudicado a ela outorgante e suas irmãs na proporção de um doze avos para cada uma e a restante metade para o seu pai Francisco Manuel Araújo, o seguinte bem imóvel, Prédio rústico, composto de terra de centeio, sito no lugar de “Salvadeira”, freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães, com a área de dezanove mil setecentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Francisco Correia, do sul com Manuel Lima, nascente com caminho, e poente com Guilhermino Felizardo, inscrito na matriz sob o artigo 854º descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães sob o número 292; Que posteriormente por volta do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, o seu pai, Francisco Manuel Araújo, doou em comum aquele direito que detinha no prédio àquelas sua três filhas, ficando as mesmas a ser únicas titulares do indicado prédio na proporção de um terço ; Que a partir dessa data, dividiram entre elas o indicado prédio, em três parcelas, passando cada uma a possuir parte especifica do prédio a saber, Maria da Conceição Araújo Patrício e marido, Parcela um - prédio rústico com a área de cinco mil duzentos e oitenta e cinco metros quadrados , a confrontar do norte com Rosa Maria Araújo Beato, do sul com herdeiros de Manuel Lima, do nascente com caminho público e do poente com Guilhermino Felizardo; Rosa Maria Araújo Beato e marido, Parcela dois .- prédio rústico com a área de oito mil e noventa e sete metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com caminho público, do sul com Maria da Conceição Araújo Parício e do poente com José Augusto Teixeira C:orreia; Eva Manuela Araújo Oliveira e marido, Parcela três - prédio rústico com a área de seis mil trezentos e noventa e oito metros quadrados, a confrontar do norte com José Augusto Teixeira Correia, do sul com Maria Angélica do Vale, do nascente com Rosa Maria Araújo Beato e do poente José Baltazar Lima; Que o referido prédio com a sua inicial composição encontra-se registado a favor de Teresa de Jesus Mendonça de Abreu e Lima pela inscrição resultante da apresentação, um de 17/02/1992, Que este registo se deveu a um erro na transmissão do bem, nunca tendo aquela, Teresa de Jesus Mendonça de Abreu Lima, entrado na posse daquele prédio que sabia não lhe pertencer, dado que o mesmo foi por Cândida Emília Corina Mesquita Meneses Barbosa de Abreu e Lima, vendido por volta do ano de mil novecentos e cinquenta a Francisco Manuel Araújo pai das aqui outorgantes, no estado de casado no regime da comunhão geral com Maria Miquelina Gomes, partilhado no inventário acima identificado; Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, desde o ano de mil novecentos e setenta e três, juntamente com o seu pai, e a partir do ano de mil novecentos e oitenta e cinco em nome próprio, conduziu á aquisição de cada uma daquelas parcelas, por usucapião, que para si e para os seus representados invoca, justificando os seus direitos para efeitos de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extra -judicial. Está conforme. PORTO e referido Cartório, aos 20 de Janeiro de dois mil e doze. A notária Assinatura ilegível Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012 Conservatória dos Registos Civil, predial e Comercial e cartório Notarial de Carrazeda de Ansiães CERTIDÃO Certifico, para fins de publicação, nos termos do art°. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 12/01/2012, lavrada a partir de folhas quarenta e cinco do respectivo livro de notas número sessenta e cinco – C, Carlos André Rebelo, NIF 132 015 315, e mulher Eulália Juraci Monteiro, NIF 132 015 323, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Parambos, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde residem na Rua Dr. António Santos Pinto, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de cinco sextos indivisos de um prédio rústico composto de terra de vinha, centeio e pinhal, com a área de oito mil metros quadrados, sito no Leiroal, freguesia de Parambos, concelho de Carrazeda de Ansiães, a confrontar do norte e poente com Comissão Fabriqueira, do sul com caminho público e do nascente com Francisco Sousa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães sob o número setecentos e noventa e sete sem qualquer inscrição de aquisição relativamente a cinco sextos indivisos encontrando-se um sexto indiviso lá registado a favor de Maria Amelia de Carvalho Cardoso de Meneses, conforme inscrição apresentação dois de vinte e seis de Novembro de dois mil e três, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 562, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 1147,69, correspondendo a fracção o de € 956,41, igual ao que lhe atribuem. Que adquiriram o referido direito indiviso, já no estado de casados, por partilha meramente verbal que nunca foi reduzida a escritura pública, no ano de mil novecentos e noventa, por óbito dos pais da justificante mulher Flaviano Monteiro e Maria. Cândida de Carvalho, que foram casados e residentes na dita freguesia de Parambos. Que, deste modo não ficaram a dispor de título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial o identificado direito indiviso, porém, desde o citado ano, data em que se operou a tradição material do mesmo, eles justificantes, já possuem, em nome e interesse próprios, a indicada fracção indivisa do prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivando-o, colhendo os produtos semeados, designadamente uvas, colhendo os seus frutos, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado a vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacifica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriram o citado direito indiviso do referido prédio rústico por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 12.01.2012. A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012 CARTORIO NOTARIAL da Notária Lic. Ana Maria Gomes dos Santos Reis Alameda Nossa Senhora de Fátima número 8 em Macedo de Cavaleiros, Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação Notarial lavrada neste Cartório Notarial no dia cinco de Janeiro de dois mil e doze, com inicio a folhas noventa e cinco do livro de notas DUZENTOS E DEZOITO TRAÇO A. FERNANDO AUGUSTO ARAUJO e mulher ISABEL MARIA TEIXEIRA ARAUJO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde residem que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: Prédio rústico composto de terra de centeio, sito no lugar de “Vinhas Velhas”, freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães. inscrito na matriz sob o artigo 434, com o valor patrimonial de 5,39 € descrito na Conservatória do registo Predial de Carrazeda de Ansiães sob o número duzentos e oitenta e dois, freguesia de Pinhal do Norte. Que apesar do citado prédio estar inscrito na referida Conservatória a favor de António Ferreira Campos casado, com actual residência na freguesia de Pinhal do Norte, o mesmo é pertença dos justificantes, porquanto. Em dia e mês que não podem precisar, mas que foi há mais de vinte anos, os justificantes adquiriram por compra verbal a Emília Corina Meneses Barbosa de Abreu e Lima, que foi solteira, maior residente em Pinhal do Norte e já falecida, compra essa que ocorreu por volta do ano novecentos e oitenta e nove, que nunca reduziram a escritura pública. Que deste modo, desde essa data, os justificantes passaram a possuir o citado prédio no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas cultivando-o e colhendo cereal, considerando-se e sendo considerado como seus únicos donos, na convicção que não lesavam quaisquer direitos de outrem, tendo a sua actuação e posse, sido de boa fé, sem violência e sem oposição ostensivamente e com conhecimento da generalidade das pessoas que vivem na freguesia onde se situa o prédio e tudo isto por lapso de tempo superior a vinte anos. Que esta posse em nome próprio, pacifica, continua e pública, desde há mais de vinte anos, conduziu a aquisição daquele prédio por usucapião que expressamente invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeito do registo dado que esta forma de aquisição não pode ser provada por qua]quer outro titulo formal extrajudicial. Está conforme o original, Macedo de Cavaleiros, cinco de Janeiro de dois mil e doze. O Colaborador da Notária por expressa delegação, André Miguel Alves Loureiro Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012 Conservatória dos Registos Civil, predial e Comercial e cartório Notarial de Carrazeda de Ansiães CERTIDÃO Certifico, para fins de publicação, nos termos do art. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 17/01/2012, lavrada a partir de folhas cinquenta e três do respectivo livro de notas número sessenta e cinco - C, João Manuel Pinheiro de Carvalho, NIF 247 723 975, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Filomena Batista Pinto, natural de Angola, de nacionalidade portuguesa, residente no Alto de Luzelos, vivenda nº 3, freguesia e concelho de Carrazeda de Ansiães, declarou: Que, com exclusão de outrem, é dono e legitimo possuidor de um prédio rústico composto de terra de centeio com um sobreiro e uma oliveira, com a área de sete mil e oitocentos metros quadrados, sito na Cota, freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães, a confrontar do norte com Baltazar Carvalho, do sul com caminho, do poente com João B. Carvalho e do nascente com António Gornes de Carvalho, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2051, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 194,52, igual ao que lhe atribui. Que, entrou na posse do indicado prédio por o ter comprado verbalmente, ainda no estado de solteiro, maior, a João B. Carvalho e mulher Laurinda de Jesus, casados no regime da comunhão geral, residentes no lugar e freguesia de Pombal, concelho 18 Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012 Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarial de Carrazeda de Ansiães CERTIDÃO Certifico, para fins de publicação, nos termos do art°. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 13/12/2011, lavrada a partir de folhas vinte e sete do respectivo livro de notas número sessenta e cinco – C, Adélia do Céu Carvalho Teixeira, NIF 176 109 382, e marido António Rogério Teixeira, NIF 134 733 908, naturais da freguesia de Pombal, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde residem no Bairro da Bela Vista, declararam: Que, com exclusão de outrem, ela e o seu constituinte são legítimos possuidores dos seguintes bens imóveis, situados na freguesia de Pombal, concelho de Carrazeda dc Ansiães, e ainda não descritos na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, que totalizam o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 93,73: Um) prédio rústico composto de terra de centeio e duas oliveiras, com a área de quatro mil setecentos e dezoito metros quadrados, sito na Queimadinha, a confrontar do norte com Luís Filipe Almeida, do poente e sul com Adélia do Céu Carvalho Teixeira e do nascente com Joaquim Acácio de Seixas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2334, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 52,61, igual ao que lhe atribuem; Dois) prédio rústico composto de terra de centeio e urna oliveira, com a área de três mil setecentos e trinta e seis metros quadrados, sito na Queimadinha, a confrontar do norte e poente com Adélia do Céu Carvalho Teixeira, do nascente com Joaquim Acácio de Seixas e do sul com Claudionor Pereira de Seixas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2335, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 41,12, igual ao que lhe atribuem. Que, entraram na posse dos indicados prédios já no estado de casados, seguramente por volta do ano de mil novecentos e oitenta e seis por doação meramente verbal que nunca foi reduzida a escritura pública, feita em dia e mês que não podem precisar, pelos pais da justificante mulher Victoriano de Carvalho e Fabelina de Jesus Lopes, que foram casados sob o regime da comunhão geral e residentes na dita freguesia de Pombal, presentemente já falecidos. Que, deste modo não possuem título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial os identificados imóveis, todavia, desde o citado ano, data em que se operou a tradição material dos mesmos, eles justificantes, já possuem, em nome e interesse próprios, os prédios em causa, tendo sempre sobre eles praticado todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-os, semeando-os, cultivando-os, colhendo os produtos semeados, designadamente centeio, colhendo os seus frutos, aproveitando, assim, deles todas as suas correspondentes utilidades e pagando todas as contribuições e impostos por eles devidos, agindo sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre os identificados prédios, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriram os citados prédios por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 13.12.2011. A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012 Conservatória dos Registos Civil, predial e Comercial e cartório Notarial de Carrazeda de Ansiães CERTIDÃO Certifico, para fins de publicação, nos termos do art°. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 12/01/2012, lavrada a partir de folhas quarenta e sete do respectivo livro de notas número sessenta e cinco - C, Maria Orlanda Nunes, NIF 127 511 040, e marido Manuel Augusto Sardinha, NIF 127 510 990, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ela da freguesia e concelho de Carrazeda de Ansiães, e ele da freguesia de Angueira, concelho de Vimioso, residentes em Perlinhas, 427, 1º esquerdo, Rio Tinto, Gondomar, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos de um prédio urbano composto de casa de rés do chão, com a superfície coberta de trinta metros quadrados e a área descoberta de oito metros quadrados, sito na Rua Marechal Gomes da Costa, número duzentos e cinquenta e quatro, freguesia e concelho de Carrazeda de Ansiães, ainda no descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 487, com o valor patrimonial e atribuído de dois mil e setenta euros. Que os seus constituintes entraram na posse do indicado prédio por doação verbal feita pelos pais da justificante mulher Alfredo de Sá Nunes e Maria Júlia Gonçalves Pereira, que foram residentes na dita freguesia de Carrazeda de Ansiães, já falecidos, em dia que não podem precisar mas seguramente há mais de vinte e cinco anos. Que deste modo não possuem título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial o identificado imóvel, todavia, desde a citada data em que se operou a tradição material do mesmo, eles justificantes, já possuem, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os actos materiais de conservação, uso e aproveitamento, tais como usando-o para armazém, cuidando-o, nele guardando os utensílios domésticos e demais pertences, fazendo as necessárias obras de conservação, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades e pagando todas as contribuições e impostos por ele devidos, agindo sempre corno seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado a vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacifica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriram o citado prédio por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 12.01.2012. A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa de Carrazeda de Ansiães, ela já falecida, compra essa feita em dia e més que não pode precisar, do ano de mil novecentos e noventa, e que nunca foi reduzida a escritura pública. Que, deste modo não possui título formal que lhe permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial o identificado imóvel, todavia, desde o citado ano, data em que se operou a tradição material do mesmo, o justificante, já possui, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivandoo, colhendo os produtos semeados, designadamente centeio, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo sempre como seu proprietário, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazer em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacifica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriu o citado prédio rústico por usucapião, que expressamente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 17.01.2012. A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa 19 Janeiro 2012 IC5 passo a passo Praticamente só faltam os carros... E por fim temos a ligação concluida....