ID: 59424172 21-05-2015 Tiragem: 3000 Pág: 4 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 16,43 x 25,77 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Instituto da Soldadura e Qualidade na Sanjotec Protocolo prevê formação, investigação e apoio às empresas para competirem no exterior Potenciar o crescimento e internacionalização das empresas instaladas na Sanjotec é um dos principais objetivos do projeto-piloto “S. João da Madeira - Cidade Sustentável e Inteligente” que será promovido nesse centro empresarial e tecnológico pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ). Essa é uma das vertentes do protocolo estabelecido na última sexta-feira entre as duas entidades, na presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida. O objetivo é que o ISQ replique em S. João da Madeira o modelo de Business Development Center que se encontra, atualmente, centralizado na sua sede, no TagusPark, em Oeiras. Essa nova estrutura contribuirá para promover a sustentabilidade do tecido económico da cidade e da região, ao mesmo tempo que potencia a integração da Sanjotec e das empresas da região em consórcios internacionais ao abrigo dos projetos apoiados no Horizonte 2020, a vertente do novo Quadro Comunitário de Apoio vocacionada para Investigação & Inovação. Nos termos do protocolo, o projeto “S. João da Madeira - Cidade Sustentável e Inteligente” abrangerá diferentes vertentes, nomeadamente a ambiental, tecnológica, criativa e social, através da realização de ações/atividades em setores como a Energia, Ambiente, Tecnologias de Informação e Comunicação, Apoio Tecnológico e Desenvolvimento Económico e Apoio ao Emprego e Desenvolvimento Social. Pela sua reconhecida experiência e valor, quer a nível nacional quer internacional, o ISQ pretende ter um papel decisivo, como refere o protocolo, no apoio ao “crescimento e internacionalização” das empresas instaladas na Sanjotec, “num processo ‘Win – Win’ entre as partes interessadas”. Este acordo abrange também a área da formação, “visando a melhoria das qualificações do concelho e satisfação de necessidades das empresas, ao nível de certificações nacionais e internacionais e competências tecnológicas inovadoras”. Este trabalho será desenvolvido pelo ISQ “em estreita colaboração” com a Sanjotec, e com os seus parceiros, nomeadamente a Universidade de Aveiro e a ATEC. Assim, serão realizadas em S. João da Madeira “ações de formação com programas predefinidos e seminários temáticos, que se entenderem serem úteis ao tecido empresarial e à comunidade”. Para o presidente da câmara, o protocolo com o ISQ é importante. “Trata-se de uma instituição muito reputada em Portugal, que presta serviço à indústria e ao país”, disse. Dos pontos previstos no protocolo, Ricardo Figueiredo destacou a formação e a abertura do ISQ a parcerias com as empresas da Sanjotec. O autarca aproveitou para enaltecer a capacidade empresarial de S. João da Madeira, como um concelho que exportou, em 2014, 500 milhões de euros e importou 323 milhões. Números que deixam Figueiredo “tranquilo” relativamente ao “panorama económico” local. Numa intervenção mais centrada nos fundos comunitários, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional aconselhou os empresários a apresentarem o quanto antes candidaturas ao “Portugal 2020”, o novo quadro comunitário de apoio. Candidaturas feitas no corrente ano e em 2016 terão “uma vantagem de 25 por cento”, avisou Castro Almeida. O secretário de Estado disse que este será “o ano de maior injeção de fundos europeus na economia portuguesa, desde sempre” e reafirmou a convicção de que os problemas do país, nomeadamente o desemprego e os baixos salários, serão vencidos pelo incremento da competitividade das empresas e pela sua aposta na “inovação & desenvolvimento”. Sobre o protocolo entre a Sanjotec e o ISQ, o antigo presidente da câmara de S. João da Madeira sublinhou a importância e o exemplo da parceria, reconhecendo o ISQ como “a maior infraestrutura tecnológica existente em Portugal”, detentora de “um enorme potencial”, em termos técnicos e de recursos humanos. O ISQ leva 50 anos de atividade, operando hoje em áreas como a energia, o petróleo e o gás, e as industriais espaciais e da aeronáutica. Na última década, deu formação a 160 mil pessoas e está presente em 17 países.