REVISTA PALAVRA VIVA – A IGREJA DE JESUS CRISTO Apoio didático – Lição 5 DISCIPLINA ECLESIÁSTICA E EXCOMUNHÃO Mateus 18.15 Fazer discípulos cristãos envolve ampla extensão de atividades para nutrir, instruir e treinar. Para produzir discípulos maduros, a erudição, a devoção, a adoração, a justiça e o serviço cristãos todos devem ser ensinados num contexto de cuidado e responsabilidade (Mt 28.20; Jo 21.15-17; 2Tm 2.14-26; Tt 2; Hb 13.17) entre os demais crentes. Não abstratamente, mas neste contexto, a teologia Reformada tem dado ênfase à importância da disciplina na igreja, como procedimento oficial que lhe permite definir seu quadro de membros e manter seus padrões de fé e prática, derivados da Bíblia. Desde que se exija que os crentes sejam santos, sem as máculas morais do mundo, a própria igreja é separada do mundo e precisa definir os limites entre ela e o mundo. O Novo Testamento mostra, claramente que, em todo contexto, o procedimento judicial na vida da Igreja tem lugar significativo na saúde das igrejas e dos indivíduos (1Co 5.1-13; 2Co 2.5-11; 2Ts 3.6,14,15; Tt 1.10-14; 3.9-11). Jesus instituiu a disciplina na Igreja ao autorizar os apóstolos a proibirem ou permitirem certos tipos de comportamento, outorgando-lhes o poder de "ligar" e "desligar" pecados (Mt 18.18; Jo 20.13). As "chaves" do reino dadas primeiro a Pedro e definidas como poder de "ligar" e "desligar" (Mt 16.19), têm sido entendidas comumente como a autoridade para supervisionar a doutrina e impor disciplina. Esta autoridade foi dada à Igreja em geral e à sua liderança em particular. A Confissão de Fé de Westminster (30.3) explica: "As censuras eclesiásticas são necessárias para chamar e ganhar para Cristo os irmãos transgressores, a fim de impedir que outros pratiquem ofensas semelhantes, para lançar fora o velho fermento que poderia corromper a massa inteira, para vindicar a honra de Cristo e a santa profissão do Evangelho, e para evitar a ira de Deus, a qual, com justiça, poderia cair sobre a Igreja, se ela permitisse que o pacto divino e seus selos fossem profanados por ofensores notórios e obstinados". As censuras eclesiásticas podem ser aumentadas, começando pela admoestação, passando pela exclusão da Ceia do Senhor e indo até à expulsão da congregação (excomunhão), que é descrita como uma pessoa sendo entregue a Satanás, o príncipe deste mundo (Mt 18.15-17; 1Co 5.1-5, 11; 1Tm 1.20; Tt 3.10,11). Pecados públicos, isto é, os pecados que são conhecidos de toda a Igreja, devem ser publicamente corrigidos na presença da igreja (1Tm 5.20, cf. Gl 2.11-14). Jesus ensina como proceder privativamente com aqueles que praticam delitas pessoais na esperança de que não será necessário pedir a censura pública da igreja para eles (Mt 18.15-17). O propósito da censura da igreja, em todas as suas formas, não é punir por amor à punição, mas para levar ao arrependimento e para receber de volta a ovelha desgarrada. Essencialmente há apenas um pecado pelo qual um membro da igreja deve ser excomungado — é a impenitência. Quando o pecador se mostra arrependido, a igreja declara seu pecado perdoado e recebe novamente o infrator à sua comunhão. Bíblia de Estudo de Genebra © A IGREJA DE JESUS CRISTO Vamos em frente, soldados de Cristo