VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 Uma leitura comparada de Contos Negreiros e o videoclipe Minha Alma Sandriele Ap. Bueno da Rocha (G – UENP / Jac. Bolsista da Fundação Araucária) [email protected] Adenize Franco (Orientadora – UENP / Jac.) Introdução Essa pesquisa objetiva consolidar relações presentes em duas formas de linguagem: primeiro a literária, contida no livro de contos de Marcelino Freire, Contos Negreiros, e a visual, no clipe musical Minha Alma, do grupo Orappa. O videoclipe Minha Alma (A paz que eu não quero) junto com os contos Solar dos Príncipes e Esquece, especificamente, possuem várias semelhanças, tanto em relação à temática quanto à maneira utilizada por ambos para explicitar as inúmeras injustiças sociais e raciais, que se fazem presentes no cotidiano dos negros e, principalmente, de jovens negros da sociedade brasileira. Apesar dessas obras apresentarem origens e, consequentemente, linguagens distintas, as características similares possibilitam a unificação das duas obras e a pluralização das questões de cunho racial e social a partir delas. Procuramos, portanto, disseminar e analisar a representação do negro nessas duas formas artísticas, bem como, perscrutar os elementos concomitantes presentes nas duas obras. Contos Negreiros (2005), de Marcelino Freire, retrata de maneira agressiva, porém necessária, as inúmeras injustiças sociais e raciais que se fazem presentes no dia a dia da população em geral e, especificamente, estruturas dos narrativas negros. Utilizando-se diferenciadas, Freire de linguagem, consegue estilo e explicitar o preconceito, seja ele referente à cor da pele ou à classe social, com precisão e transparência, propiciando assim, uma compreensão coletiva acerca da banalização da violência em nosso país. Entre as inspirações de VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 Marcelino Freire para a criação de seus contos-quase-cantos, temos grandes nomes da literatura brasileira como Castro Alves, Cruz e Sousa e Lima Barreto. Para serem objetos de nossa pesquisa, Solar dos Príncipes e Esquece, foram selecionados dentre os 16 contos pertencentes ao livro, já que ambos retratam o descaso e o preconceito vivenciados pelos jovens negros na sociedade brasileira. Marcelino Freire nasceu em 20 de março de 1967, em Sertânia, uma cidadezinha localizada no alto sertão de Pernambuco. Aos 23 anos mudou-se para São Paulo, cidade em que ainda reside. Publicou Angu de Sangue (Contos, 2000), RASIF-Mar que Arrebenta (Contos, 2008), dentre outros. O escritor exerce a função também de editor, tendo idealizado e realizado em 2006, o Balada Literária, projeto que reúne dezenas de escritores pelas ruas de São Paulo. Contos Negreiros, lançado em 2005, foi vencedor do Prêmio Jabuti 2006 e foi seu primeiro livro publicado pela editora Record. O videoclipe Minha Alma, do grupo Orappa, é o outro objeto de análise. Produzido pela Vídeo Filmes em 2000, o clipe musical foi filmado no Morro do Macaco, em Vila Isabel, em setembro de 1999, com direção de Kátia Lund e Breno Silveira, e roteiro do escritor Paulo Lins, autor do romance Cidade de Deus. O personagem principal é o menino Gigante que, junto com seus colegas, resolve descer o morro e passear pelo centro da cidade. Através de um jogo de imagens rápidas, podemos notar um comerciante, presumivelmente, ligando para a polícia, incomodado com a presença dos jovens. A narrativa tem um desfecho óbvio, os garotos são acusados de ladrões – num processo de máinterpretação – e cenas de violência gratuita povoam o restante do videoclipe. Após um confronto entre moradores e policiais, as vítimas do tumulto, todas moradoras da favela, são presas em um camburão. O cenário que permeia o “pequeno” Gigante no instante final do videoclipe é assustador, em que podemos visualizá-lo perplexo em meio à destruição não só visual, mas também psicológica causada pelo conflito. O grupo Orappa é conhecido por suas letras e videoclipes de VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 forte impacto social, bem como por apresentarem um repertório que mescla elementos de reggae, rock, rap, hip-hop, mpb e até mesmo samba em suas músicas. A banda teve início em 1993 e, desde então, vem se firmando no cenário musical, adquirindo respeito e coordenando projetos sociais. Os integrantes são: Marcelo Falcão (vocal), Lauro Farias (baixo), Alexandre Menezes (guitarra) e Marcelo Lobato (bateria). A letra de Minha Alma é de Marcelo Yuka, que também sugeriu o roteiro do videoclipe e que, em 2000, ao tentar salvar uma jovem de uma tentativa de assalto, foi baleado e ficou paraplégico. Yuka deixou a banda em meados de 2001, fundando outro grupo, Fur.to. O videoclipe Minha Alma (A paz que eu não quero) pertence ao álbum Lado B Lado A, lançado em 1999. Literatura e Videoclipe: a arte de narrar histórias Quando se tenciona abordar a questão sobre a arte de narrar histórias, seja em videoclipes, seja na literatura, é necessário, primeiramente, situar-nos acerca das características que cada um deles possui. O videoclipe é um filme com pequena duração, similar a um curtametragem, que mescla elementos como letra, música e imagem, e que tem por objetivo ilustrar, ser a versão filmada de uma canção. A literatura, além de ser uma manifestação linguística, é também uma manifestação artística, em que escritores de todo o universo oferecem ao público, suas ideias e formas particulares de ver o mundo. Ambos têm (não necessariamente) por finalidade, a arte de narrar e/ou contar histórias, porém, a forma com que cada um deles a realiza, é diferente. Quando o videoclipe surgiu, apresentava como característica principal, a propagação de imagens em velocidade frenética, sem a obrigação de manter uma linearidade ao contar uma história. Ou seja, não havia uma preocupação em situar o grande público em que momento se encontrava o início, meio e fim, já que o videoclipe poderia ser resumido simplesmente, como uma justaposição de imagens, com o intuito de vender a música e, consequentemente, o artista. O videoclipe é, antes de VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 tudo, um campo de experimentação, em que são utilizados como referências elementos do cinema, documentários, literatura, etc. Entretanto, atualmente esse conceito de videoclipe como justaposição de imagens não é unânime, uma vez que este pode ou não apresentar narrativas lineares. A dimensão imagética em um clipe varia, a tradução intersemiótica nem sempre apresenta-se fiel à letra da música. Daí constatarmos que o videoclipe adota um posicionamento diferenciado da literatura, a respeito de narrar histórias, já que pode contar a história da música (narração) e pode acrescentar novas ideias relacionadas à letra, bem como ser contrário à mesma. Na literatura, enquanto manifestação que acompanha e adequa-se às mudanças recorrentes da cultura, já que é integrante desse conjunto e que, portanto, está fortemente ligada à questão sócio-cultural, o ato de narrar histórias, tendo como foco principal o conto, uma das modalidades da manifestação em prosa, apresenta-se fiel à utilização de elementos essenciais para sua composição. Segundo Coelho e Santos (s/d.?, p. 7), os intitulados elementos da narrativa (narrador, personagem, ação, tempo e espaço), são de extrema importância para que uma história tenha sentido. O narrador destaca-se dos demais, por ser o mediador, o condutor da trama, e esta pode ser contada através da Diegesis, em que fica clara a presença de um ou mais narradores, ou por meio da Nimesis, em que a história parece ser contada sem a presença daquele. Logo, a história não é mais contada, e sim, mostrada, assim como nos videoclipes, em que “imagens parcialmente verdadeiras” (COSTA, 2009, p. 81), adquirem um sentido que não necessariamente condiz com a realidade, mas que muitas vezes substitui essa relação da sociedade com o real, por relações de “ilusão, simulação e sedução.” (Idem, p.94). VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 Contos Negreiros e o videoclipe Minha Alma: algumas relações Os pilares para a banalização da violência são inúmeros. Podemos citar aqui, a constante exclusão que a sociedade como um todo e, especialmente, os negros, sofrem por não condizerem com os padrões pré-formulados por pessoas e governantes que se julgam superiores. Bem como, a falta de oportunidades presente tanto no campo de ensino, quanto no campo de trabalho, em que o pré-conceito algumas vezes predomina. E é justamente esse pré-conceito que permeia e domina em diversas situações a vida dos personagens das narrativas exploradas. Como, por exemplo, o simples ato de registrar imagens sobre uma realidade oposta a sua, visível no conto Solar dos Príncipes, ou através da angustiante indignação com que um assaltante expõe sua opinião acerca do descaso que a sociedade dispensa a ele, presente no conto Esquece, ou também por meio de imagens que explicitam ações errôneas e precipitadas que alguns profissionais exibem quando são acionados para cumprirem seus deveres e esquecem que o seu semelhante também tem seus direitos, como no videoclipe Minha Alma. O entrelaçamento dessas relações existenciais propicia um caráter uniforme a essas duas obras e é justamente em virtude dessas similaridades que buscaremos compará-las e, consequentemente, analisá-las. Solar dos Príncipes é uma narrativa que conta a história de cinco jovens negros que decidem realizar um documentário, com imagens do cotidiano dos moradores de um prédio de classe média, todavia são impedidos pelo porteiro que, apesar de também ser negro, não os deixa entrar uma vez que, de imediato, acredita que eles sejam assaltantes: Quatro negros e uma negra pararam na frente deste prédio. A primeira mensagem do porteiro foi: “Meu Deus!” A segunda: “O que vocês querem?” ou “Qual o apartamento?” Ou “Por que VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 ainda não consertaram o elevador de serviço?” “Estamos fazendo um filme”, respondemos. (FREIRE, 2005, p.23). Marcelino propõe que o preconceito não parte somente da classe burguesa branca, mas também dos próprios negros. Ou seja, o indivíduo segregador não é o brasileiro branco e sim o brasileiro preconceituoso. “Estamos filmando”. Filmando? Ladrão é assim quando quer seqüestrar. Acompanha o dia-a-dia, costumes, a que horas a vítima sai para trabalhar. (FREIRE, 2005, p. 23). O porteiro, convicto de que os jovens irão realizar um assalto, aciona a polícia na tentativa de impedi-los quando, na realidade, eles querem somente filmar um curta-metragem. E, apesar de todos os obstáculos, os jovens concluem a filmagem. No conto Esquece, Freire procura definir o que vem a ser a violência, pela perspectiva de um assaltante negro, pobre, que se julga esquecido pela sociedade. Enquanto este jovem realiza um assalto, podemos constatar que ele, de certa forma, busca estabelecer um diálogo com a classe privilegiada economicamente, aquela que reclama da violência nas grandes cidades. Violência é ele ficar assustado porque a gente é negro ou porque a gente chega assim nervoso a ponto de bala cuspindo gritando que ele passe a carteira e passe o relógio enquanto as bocas buzinam desesperadas. (FREIRE, 2005, p. 31, grifo nosso). E este diálogo é exposto com tamanha indignação e veracidade, traços característicos das obras de Marcelino que, ao lermos o conto, é impossível não nos sentirmos sensibilizados e angustiados. Como pôde ser observado, as duas obras analisadas possuem várias semelhanças, a primeira delas e, talvez a mais óbvia, diz VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 respeito às figuras centrais de ambas as obras, que são todas personagens negras. Outro aspecto similar refere-se ao ambiente em que estes personagens se encontram, já que no conto Solar dos Príncipes os jovens descem o morro em direção ao centro da cidade, situação semelhante à dos meninos do videoclipe Minha Alma e, possivelmente, o mesmo local em que está sendo realizado o assalto do conto Esquece. Porém, o objetivo destes jovens é diferente, no primeiro caso, os garotos descem o morro para filmar um curta-metragem, no segundo caso, os garotos estão a procura de comida e esmolas e, no terceiro, o jovem quer realizar um assalto. Entretanto, a recepção que estes têm é a mesma, todos são recebidos como bandidos pelo fato de serem negros, pobres e jovens. A polícia também é presença constante nas três narrativas. Em Solar dos Príncipes, os policiais são acionados para conterem um assalto inexistente, algo similar ao que acontece no videoclipe Minha Alma, em que através de uma atitude mal-interpretada, os policiais intervém com força e violência desnecessárias, já no conto Esquece, apesar da presença destes ser necessária, a violência gratuita também está presente. Talvez a imagem basilar responsável pela unificação dessas duas obras artísticas seja o camburão, uma vez que ele representa a opressão e a segurança, ao mesmo tempo. Este paradigma, geralmente analisado sobre a ótica da segurança como foco principal e essencial, adquire novos ares tanto com Marcelino Freire quanto com o grupo Orappa, já que ambos procuram dar voz aos excluídos. O camburão, enquanto símbolo de tortura e humilhação, está presente no videoclipe Minha Alma, no qual podemos visualizar as vítimas serem aprisionadas depois de terem lutado, sem sucesso, por seus direitos. No conto Esquece, também temos a presença do camburão, inclusive com o mesmo sentido explicitado no videoclipe. Violência é a gente ficar com a mão levantada cabeça baixa em frente à multidão e depois entrar no camburão roxo de VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 humilhação e pancada e chegar na delegacia e o cara puxar a nossa ficha corrida e dizer que vai acabar outra vez com a nossa vida. (FREIRE, 2005, p. 32). E é justamente na epígrafe deste conto, que há o entrelaçamento das obras analisadas: “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro.” Marcelo Yuka (FREIRE, 2005, p. 31). Além do camburão estar novamente presente, há também a menção e/ou comparação ao Navio Negreiro, entendido aqui, como referência à obra de Castro Alves, que, por sinal, foi uma das inspirações de Marcelino Freire. E finalmente, a constatação de que esta frase, é um título de uma música de Marcelo Yuka, que apesar de não ser mais membro do grupo Orappa, foi quem escreveu e idealizou a temática do videoclipe Minha Alma, coincidências ou não, que contribuíram para a realização desta pesquisa. Conclusão Desse modo, pudemos constatar que o presente trabalho buscou a reflexão, disseminação e análise, acerca da representação do negro, tanto na literatura contemporânea, quanto na música brasileiras. Procuramos também, compreender e correlacionar o videoclipe Minha Alma (A paz que eu não quero) do grupo Orappa, com os contos Solar dos Príncipes e Esquece, pertencentes ao livro Contos Negreiros, de Marcelino Freire. Em que ambos, enfatizam com audácia e transparência, os problemas sociais e raciais, existentes no dia a dia da população negra e, em específico, de jovens negros. Como pôde ser observado, essa pesquisa está em desenvolvimento e a partir de agora, após identificadas as relações existentes entre as duas obras analisadas, prosseguiremos com os estudos voltados para ampliação do referencial teórico referente ao VI Seminário de Iniciação Científica – SóLetras - 2009 ISSN 1808-9216 projeto, para sustentar a análise. Referências: ACCIOLY, Leïlah. Videoclipe: Imagens da música popular e linguagem síntese da pós-modernidade. Rio de Janeiro: UFRJ/ECO, 2002. Monografia. ALMEIDA. Germana Terezinha Aquino de. Narrativas contemporâneas contra o preconceito. 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