Pública
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
APRESENTAÇÃO
Uma boa ideia pode nos ocorrer em um instante inusitado, num momento cotidiano ou inesperado,
mas quase nunca ao acaso. O acaso é fruto da sorte, do acontecimento incerto para quem não faz
acontecer. Diferente daquele clique, daquela luz que parece acender de repente em nossa mente.
Essa luz, chamada inspiração, surge da vontade, da curiosidade, do olhar apurado para observar o
cotidiano de forma peculiar e ainda criar novas possibilidades.
Na Fundação São Francisco Xavier
não é diferente. A cada dia encontramos colaboradores que lidam com
processos que necessitam de aperfeiçoamento, determinados a fazer a
diferença, em um ambiente propício
à disseminação e aplicação de ideias
eficazes para os processos organizacionais. O programa Práticas que
Transformam ilustra bem essa iniciativa. Sua essência está na valorização
da criatividade e inventividade dos
colaboradores que lidam diretamente
com processos, que promovem ações
com resultados comprovados e que
trazem melhorias para a instituição.
O objetivo é estimular a produtividade e disseminar conhecimentos em
equipe, sempre apostando nas competências e habilidades individuais
dos colaboradores. Por meio desse
trabalho, é possível demonstrar que
nem sempre o aprimoramento das
atividades depende de altos investimentos e que a simplicidade pode
ser a chave de grandes resultados.
Em três anos de programa, as ações
inscritas foram avaliadas por segmentos e em momentos distintos.
A cada trimestre foram escolhidos
os destaques nas categorias “Saúde
e Segurança”, “Educação” e “Administrativa”. E, ao final de cada ano,
a premiação para as práticas reconhecidas pelos melhores resultados. Neste caderno você conhecerá
algumas dessas iniciativas e os benefícios gerados aos colaboradores,
clientes e à instituição. Nosso desejo é que o programa Práticas que
Transformam continue sendo fonte
para se compartilhar oportunidades
grandiosas – dentro e fora da Fundação São Francisco Xavier –, fazendo
do conhecimento uma ferramenta
institucional permanente. Mais do
que boas soluções, aqui está uma
amostra de ideias inovadoras aplicáveis, capazes de continuar a inspirar
outras e outras práticas que transformam nossa realidade.
Um forte abraço,
Luís Márcio Araújo Ramos
Diretor-Executivo da FSFX e Usisaúde
5
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
6
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ÍNDICE
08
HISTÓRICO DE BONS RESULTADOS
14
16
20
PRÁTICAS DA SAÚDE
FISGA CAIXA
CARRINHO MULTIUSO NO CTRS
23
PALESTRAS DE ORIENTAÇÃO SOBRE OS CUIDADOS E
PREVENÇÕES NO TRATAMENTO DO CÂNCER
DILUIDOR DE ÁCIDO PERACÉTICO
USO DO MEDICAMENTO SILDENAFIL NO TRATAMENTO
DA HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO
RECÉM-NASCIDO (HPPRN)
26
28
32
34
36
39
42
46
51
56
60
62
66
70
PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS
ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA TIPO A (SUPORTE
BÁSICO) PARA TIPO D (SUPORTE AVANÇADO)
RETROFIT E AUTOMAÇÃO DAS LAVADORAS DO
HOSPITAL MÁRCIO CUNHA
MELHORIA DA EFICIÊNCIA COM GANHOS DE
PRODUTIVIDADE DAS SECADORAS DE ROUPAS
IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISOS DOS APARTAMENTOS
DA UNIDADE II DO HMC
IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA METODOLOGIA
ORÇAMENTÁRIA
QUEBRA DE PARADIGMAS NA CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS DA FSFX
REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS ANÁLISE DO CONTRATO
PARA COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE
RESÍDUOS DO GRUPO D
PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO
PROJETO CUIDAR
SARAU LITERÁRIO
PROJETO GAIA
7
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
HISTÓRICO DE
BONS RESULTADOS
O programa Práticas que Transformam foi criado em 2010, e já acumula resultados suficientes para demonstrar que sua implantação tem
valido a pena. Nesse período, foram
inscritas 106 práticas, que seguem
aplicadas e em pleno desenvolvimento por diversos colaboradores no dia
a dia da instituição.
nageados com troféus e medalhas e, ao final de cada ano, a melhor prática
entre as finalistas recebe premiação em dinheiro. Mais que uma recompensa, o
prêmio valoriza a inovação e o trabalho em equipe aplicados em uma solução,
que poderá ser incorporada por outros setores, outras unidades de negócio da
FSFX e até mesmo outras instituições públicas ou privadas.
Práticas são ações simples, criativas,
inovadoras e com resultados comprovados. São criadas e executadas
por nossos colaboradores, estagiários, profissionais pró-labore e equipes de trabalho, com o objetivo de
melhorar continuamente os processos, fortalecer os resultados e gerar
aprendizado coletivo.
• Motivar o benchmarking interno e externo, a fim de estimular
a adaptação de novos conceitos à realidade e à cultura das
unidades.
• Contribuir com o desempenho das equipes e otimizar o uso
de recursos institucionais e públicos.
• Reconhecer seus colaboradores, inclusive estagiários, prólabore e equipes de trabalho.
• Estimular a melhoria contínua de seus processos.
• Promover o aprendizado organizacional.
• Fortalecer resultados.
E todo esse esforço é reconhecido. A
cada período1, os autores dos trabalhos finalistas de cada uma das três
categorias - administrativa, saúde e
segurança, e educação - são home8
OBJETIVOS DO PRÁTICAS
1 O ciclo do programa é anual, com pré-seleções períodicas (trimestrais ou semestrais, variando com as regras
do regulamento) que concorrem ao reconhecimento final. Exclusivamente em 2010, por ter iniciado o programa em
agosto, apenas uma prática foi reconhecida.
2 É a busca das melhores práticas de mercado que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo
positivo e proativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica, a fim de melhor
realizar a mesma função ou outra semelhante. A esse processo de comparação de desempenho dá-se o nome de
benchmarking.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Tatiane Weitzel Gomes Serafim Professora de Educação Infantil e Ensino Fund. I - Colégio São Francisco Xavier - Kátia Regina Campos Venâncio Auxiliar Administrativa - Usisaúde - Thamila Drumond de
Alvarenga Lima - Cirurgiã-dentista - Centro de Odontologia Integrada - Rodrigo Antônio Francisco Martins - Técnico de Segurança do Trabalho - Superintendência de Segurança do Trabalho, Saúde
Ocupacional e Meio Ambiente
FLUXO DE AVALIAÇÃO E
PREMIAÇÃO
FOCO DO
PROGRAMA
produtividade, sem, contudo, perder
em qualidade nos serviços realizados/prestados.
Aberto a inscrições de todos os colaboradores, inclusive estagiários,
profissionais pró-labore ou equipes
de trabalho, e sem limite de práticas com resultados comprovados
enviadas por participante, de 2010 a
2012 o programa reconheceu e premiou práticas que geraram resultados em três diferentes áreas:
As práticas são focadas em mudanças que geraram resultados na estrutura da organização, nos processos ou para os clientes.
Clientes: Práticas que trazem consigo um conjunto de resultados que
se traduz no maior bem-estar dos
clientes da FSFX e Usisaúde. Dizem
respeito à humanização do tratamento, qualidade de vida e satisfação nas relações entre a instituição
e seus clientes.
• Práticas da Saúde e Segurança,
abrangendo ações com foco na assistência
ao paciente ou ao colaborador, seja
na área Hospitalar, Saúde Suplementar, Odontológica ou Ocupacional.
• Práticas da Educação,
compreendendo
ações voltadas para os processos do
ensino regular ou de educação corporativa.
Práticas Administrativas, incluindo
ações relacionadas à organização e
otimização das rotinas de trabalho.
•
Estrutura organizacional: Práticas relacionadas à melhoria do ambiente
organizacional por meio da intervenção e modificação na organização do
trabalho e do próprio ambiente, conforto, segurança, saúde ocupacional
e bem-estar, trazendo consigo, como
efeito secundário, a melhoria da segurança, a diminuição do retrabalho
e a otimização de custos.
Processos principais: Práticas relacionadas à melhoria das operações. Dizem
respeito à otimização e melhoria do
trabalho, com o desenvolvimento e
incorporação de novas e melhores
“formas de fazer”, visando a resolução de lacunas (problemas), a otimização de custos e a ampliação da
As práticas são
focadas em
mudanças que
geraram resultados
na estrutura da
organização, nos
processos ou para
os clientes.
9
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
1a ETAPA
Avaliação pelo
Comitê Externo
(Pré-Seleção)
2a ETAPA
Definição do
finalista do
período avaliado
pelo Comitê
Interno
3a ETAPA
Definição do
ganhador
do ano pelo
Comitê Interno
•Avaliação de todas as práticas inscritas seguindo os
critérios do GUTIB(1) e análise do conteúdo registrado no
formulário de inscrição, por um Comitê Externo(2), composto
por 3 profissionais.
•Discrepâncias significativas(3) entre as pontuações
atribuídas à mesma prática pelos avaliadores e
participantes tem o veredicto final pelo Comitê Interno(4).
•A coordenação do programa calcula a pontuação total do
GUTIB (do inscrito e dos integrantes do Comitê Externo).
•A coordenação encaminha ao Comitê Interno as 3
práticas melhor(es) de cada segmento para definição do
finalista do período avaliado.
•Os finalistas apresentam suas práticas durante a Oficina
de Líderes(5).
•O Comitê Interno analisa as práticas finalistas dos
períodos de avaliação, por segmento, e define
o ganhador do ano. Este ganhador receberá em
definitivo o troféu do Ciclo e a premiação.
(1) Ver significado da sigla na página 11.
(2) O Comitê Externo é formado por convidados, preferencialmente profissionais do segmento de instituições regionais.
(3) Neste programa, entende-se como discrepância significativa o desvio padrão maior ou igual a 3.
(4) O Comitê Interno será formado por colaboradores da FSFX e Usisaúde indicados pela Diretoria Executiva.
(5) As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração
das Unidades de Negócio e no aprendizado organizacional.
10
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO (GUTIB)
O programa Práticas que Transformam conta com um Comitê Interno,
formado por colaboradores da FSFX
e Usisaúde indicados pela Diretoria Executiva, e um Comitê Externo,
composto por profissionais externos
convidados. São eles os responsáveis
por avaliar todas as práticas inscritas, seguindo critérios baseados na
Gravidade, Urgência, Tendência, Impacto e Benchmarking (GUTIB).
Gravidade: A prática é avaliada pela
gravidade do impacto na segurança
dos processos (técnicos ou administrativos), na imagem institucional,
no cumprimento da legislação e dos
compromissos estratégicos firmados
pela FSFX e Usisaúde. As notas variam de 1 a 3, em que a gravidade
em 1 é Baixa, em 2 é Grave e em 3
é Muito Grave.
Urgência: A prática é avaliada em relação ao grau de urgência com que
precisam ser enfrentadas as situações. As notas variam de 1 a 3, em
que a urgência em 1 é Pouca, em 2
é Urgente e em 3 é Muito Urgente.
ao seu impacto positivo e à extensão desse impacto na imagem institucional, na qualidade do serviço, na
humanização do atendimento, na racionalização de recursos, no cumprimento dos compromissos firmados,
entre outros. As notas variam de 1
a 3, em que o impacto em 1 é Baixo,
em 2 é Médio e em 3 é Alto.
Benchmarking: Avalia a prática quanto à facilidade com que ela pode ser
replicada e quanto à sua aplicabilidade em outras unidades. As notas
variam de 1 a 5, em que 1 é Baixo, 3
é Médio e 5 é Alto.
Os comitês são
responsáveis por avaliar
todas as práticas
inscritas, seguindo
critérios baseados na
Gravidade, Urgência,
Tendência, Impacto e
Benchmarking (GUTIB).
Ao final, as notas atribuídas ao GUTIB
são somadas e as práticas são classificadas, conforme abaixo:
PONTUAÇÃO (SOMATÓRIO)
CLASSIFICAÇÃO
Maior ou igual a 48
A - Melhores Práticas
Menor ou igual a 47
B - Boas Práticas
Ideias, dúvidas e reclamações
C - Desclassificadas
Tendência: A prática é avaliada em
relação à tendência de crescimento
das situações. As notas variam de
1 a 3, em que a tendência em 1 é
Baixa, em 2 é Média e em 3 é Alta.
Impacto: A prática é avaliada quanto
11
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
COMITÊ EXTERNO - INTEGRANTES
Marcus Vinícius Cotrim Árabe
Paulo Rogério C. de Oliveira
Márcia Rodrigues Moreira
Engenheiro Metalúrgico e Mestre em
Metalurgia Física pela UFMG. Engenheiro de Qualidade (CQE) certificado pela American Society for Quality
(ASQ) desde 1988. Atua com assessoria/aconselhamento a empresas
em prêmios de Qualidade (nacional,
mineiro e regional) e como avaliador
no prêmio ABRADEE/ETHOS – Responsabilidade Social em 2009-2010.
Trabalhou como Especialista Técnico
na Acesita/ArcelorMittal Inox Brasil
(1985-2008), tendo como principais
realizações: coordenação do Sistema
de Gestão da Qualidade e Projetos
de Melhoria Contínua, além de programas (implantação de políticas,
redução de custos, TPM, TCO, benchmarking e outros); liderança da Equipe de BW - Coordenação de Gestão
da Informação na implementação de
3 / SAP-R; liderança de planejamento
estratégico e investimentos industriais; coordenação do Controle Estatístico de Processo e Certificação ISO,
além de pesquisa operacional.
Engenheiro Mecânico pela PUC-MG, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Especialista de
Qualidade Pleno na Usiminas,
professor do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Pitágoras/Ipatinga. Certified
Reliability Engineer (CRE), Certified Quality Engineer (CQE) e
Certified Quality Auditor (CQA)
pela American Society for Quality. É certificado e atua como
auditor líder em Sistema de
Gestão Integrada (Qualidade,
Meio Ambiente e Segurança).
Participou do desenvolvimento
de diversos projetos de melhoria da qualidade em processos
e produtos, assistência técnica nas áreas de sistemas de
medição, indicadores de desempenho e manutenção na
Siderúrgica del Orinoco (SIDOR)
– Venezuela. Autor dos módulos “Coletar e Sumarizar Dados,
Capabilidade e Desempenho do
Processo” do livro “Certificação
em Engenharia da Qualidade,
Curso Completo - Preparação para o exame ASQ/CQE" Fundac/Q&G Editora - BH 2011.
Licenciada em História e Geografia. Pós-graduada em História do Brasil, Pedagogia Empresarial, Tecnologia da Educação
e Didática do Ensino Superior.
Na Rede Pitágoras, acumula
funções de coordenadora do
curso de Pedagogia, campus
Ipatinga, instrutora das equipes de Lideranças e palestrante. Assessora pedagógica do
Colégio Notre Dame de Lourdes
– Cuiabá/Mato Grosso. Professora universitária. É também
palestrante do Sesi Nacional e
da Coach Brasil.
Eduardo Ramos Ferraz
Graduada em Administração pela
UFLA. Pós-graduada em Gestão e Tecnologia da Qualidade pelo CEFET-MG.
Atualmente atua como auditora líder
das normas ISO 9001 e ONA na DNV
e como instrutora do curso de Formação de Avaliadores ONA. Também
presta consultoria para implantação
de sistemas de gestão da qualidade baseados nas normas ISO, ONA e
Boas Práticas de Fabricação. É professora de cursos de pós-graduação
de disciplinas da área da Qualidade.
Márcia Barroso
Psicóloga Clínica e Organizacional pela PUC-MG. MBA em
Gestão Empresarial pela FGV.
Especialização em Psicologia
Organizacional e do Trabalho.
Mais de 25 anos de experiência
como psicóloga organizacional,
professora e coordenadora de
cursos acadêmicos e de especialização. Consultora empresarial, instrutora e palestrante
na área comportamental. Sócia-proprietária da Podium Consultoria em Recursos Humanos.
12
Farmacêutico-bioquímico, consultor Anvisa na RDC 302:2005,
auditor da Det Norske Veritas
(DNV) ISO, ONA e NIAHO e especialista em Gestão de Riscos.
Márcio Wagner V. de Souza
Engenheiro. Atua na Garantia da
Qualidade da Usiminas.
Maria do Carmo Paixão Rausch
Médica pela UFMG, especialista em
Pediatria e Epidemiologia. Conduziu
a implantação da Programação Pactuada e Integrada Assistencial de
2003 a 2006 e coordenou a Central
de Regulação Assistencial de Leitos
de Minas Gerais de 2005 a 2011.
Atualmente, é membro e diretora do
Grupo Brasileiro de Acolhimento com
Classificação de Risco.
Célia Naves
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Silvio Custódio de Souza Júnior
Antônio Lourenço
Lêudson Lopes da Silveira
Psicólogo Organizacional e do
Trabalho, formado pela UFMG.
Pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e especialista em Didática do Ensino
Superior. Coaching, membro
fundador da ICF (International
Coach Federation) capítulo São
Paulo. Professor universitário.
Consultor do Sebrae-MG. Sócio
e consultor da Coach – gestão
de talentos, com mais de 10
anos de experiência em consultorias e treinamentos nas
áreas de Gestão de Pessoas e
Gestão da Qualidade.
Engenheiro Civil pela UFMG, MBA
em Marketing pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV), Mestre
em Administração pela FUMEC.
Trabalhou na Vale na área de
Planejamento de Mina; foi consultor e instrutor na Fundação Christiano Ottoni (FCO) e
Fundação de Desenvolvimento
Gerencial (FDG – atual INDG).
Conduz a Tecsystem: gestão
empresarial - especializada em
assessorar grandes grupos
empresariais em Estratégia,
Cenários de Negócios, Balanced
Scorecard e projetos especiais
para otimização de resultados.
Tem em sua formação acadêmica o
curso MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pela Fundação João
Pinheiro e Licenciatura em Letras.
Atuou na área de Recursos Humanos da Usiminas por 34 anos, como
instrutor na formação de menores
aprendizes, instrutor de treinamento comportamental, Analista de planejamento de Recursos Humanos e
Planejamento de Desenvolvimento
de Pessoal. Atualmente atua como
Coordenador Administrativo da Conveniada da Fundação Getulio Vargas
para Ipatinga e região desde junho
de 2009.
Hernani Victor
Engenheiro de Produção. Especialista em Gestão da Qualidade, atua há dez anos com
implementação de Sistemas de
Gestão de Qualidade, MASP, 5S
e CCQ. Possui certificados como
Auditor Líder ISO 9001 e ISO
14001 e é capacitado nos métodos de Gestão da Excelência,
tendo atuado como avaliador
no Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), avaliador sênior
no Prêmio Mineiro da Qualidade (PMQ), avaliador sênior e
instrutor das bancas examinadoras do Prêmio Regional de
Qualidade Vale do Aço (PRQ VA),
examinador líder da estadual e
líder da etapa Brasil do MPE Micro e Pequenas Empresas, além
de avaliador de congressos estaduais de CCQ pela União Brasileira para a Qualidade (UBQ).
Anatércia Muniz M. Hoffmann
Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFMG. Especialista em
Gestão e Tecnologia da Qualidade
pelo CEFETE-MG e em Epidemiologia
e Controle de Infecção Hospitalar
pela PUC/MG. Mestre em Enfermagem
pela Escola de Enfermagem da UFMG
(Epidemiologia do uso do cateter venoso central em unidade de terapia
intensiva neonatal). Doutorado em
Ciências da Saúde, Infectologia e Medicina Tropical pela Faculdade de Medicina da UFMG (Linha de pesquisa:
“Controle Epidemiológico e Gestão de
Qualidade Hospitalar”). Auditora da
Det Norske Veritas (DNV) ISO 9000
e ONA.
Julio César Alvin
Engenheiro, professor, especialista em gestão, auditor da qualidade
pela ABCQ e ASQ. Diretor acadêmico
da UNIPAC, Consultor da META CONSULTORIA S/C e conferencista. Participou da realização de mais de 30
auditorias em sistemas de gestão da
qualidade, coordenou o MBA nas áreas de educação e saúde e o núcleo
de Pós-graduação da UNIPAC, atuou
como assessor de desenvolvimento
da Fundação São Francisco Xavier e
participou da implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade nas
áreas de saúde e educação.
Raquel Hatem
Enfermeira chefe do Serviço de
Diálise do Hospital Felício Rocho,
de Belo Horizonte, e auditora
externa pela DNV no processo
de Acreditação Hospitalar.
13
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
14
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PRÁTICAS
DA SAÚDE
15
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FISGA CAIXA
CICLO 2010
O dispositivo evita que o colaborador tenha contato direto com a
caixa coletora de material perfurocortante, reduzindo o risco de
acidentes e doenças ocupacionais.
Redução do
risco de acidentes
e doenças
ocupacionais
Em ambientes hospitalares, a utilização, o manuseio e o descarte de agulhas e outros materiais classificados
como perfurocortantes são frequentes pelas equipes de assistência. E
tão importante quanto a correta utilização desse material é o seu transporte nas caixas coletoras, a fim de
preservar a segurança de quem as
recolhe. Contudo, a possibilidade e até
mesmo a ocorrência de acidentes com
colaboradores encarregados por esta
função alertaram uma equipe de colaboradores sobre o perigo. E ainda os
inspiraram para a criação de uma nova
prática a ser utilizada no dia a dia.
O “Fisga Caixa” é um suporte metálico
feito de material reaproveitado, com
função semelhante a uma espécie de
extensão do braço humano, que serve para pegar as caixas coletoras de
materiais perfurocortantes do carro de
transporte e colocá-las dentro do Abrigo de Resíduos Grupos A e E.
Cleonice Mendes Medeiros Souza
Auxiliar de Conservação e Limpeza
16
A partir da curiosidade, do olhar apurado e da capacidade criativa dos co-
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
FATOR
PESSOAL
OUTROS
9%
4%
BATIDA CONTRA
OBSTÁCULOS
13%
laboradores Flávio Rodrigues da Silva
(Segurança do Trabalho), Thiago de
Souza Pereira (Higienização Hospitalar), Gilberto Leôncio Berbet Neto (Higienização Hospitalar), Paulo Roberto
Moreira (Manutenção e Reparos) e
Wanderson Alves de Oliveira (Manutenção e Reparos), o dispositivo elimina o contato direto do colaborador
com o material a ser carregado, além
de evitar que este tenha que abaixar
dentro do carro para pegar as caixas
no fundo. Assim, com uma engrenagem mecânica, regulável, basta “fisgar as caixas” com as hastes, uma
medida que gera mais conforto e segurança, além de prevenir acidentes
e doenças ocupacionais.
QUEDA
17%
Causas
Acidentes
Higienização
2010
39%
PERFUROCORTANTES
9%
9%
TORÇÃO
PRENSAMENTO
Atualizado em 17/12/2010
Total de Acidentes FSFX: 117
Total de Acidentes Higienização: 23
(representa 20% dos acidentes da FSFX)
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Análise do acidente.
Confecção do material.
Treinamento prático (DDS - Diálogo
Diário de Segurança) com os colaboradores da Higienização Hospitalar.
• Implantação do Fisga Caixa na
Unidade I do Hospital Márcio Cunha.
• Aprimoramento e implantação do
Fisga Caixa na Unidade II do Hospital
Márcio Cunha.
•
Prevenção de acidentes e doenças
osteomusculares.
• Redução do risco de acidentes
com materiais perfurocortantes para
esta atividade.
• Melhor conforto para o colaborador
na execução da atividade.
• Criação de dispositivo com reaproveitamento de materiais (baixo
custo).
• “Informar os trabalhadores sobre
os meios para prevenir e limitar
tais riscos e as medidas adotadas
pela empresa” (NR1 – Ministério do
Trabalho, item 1.7, alínea c, inciso II).
•
•
•
•
Solução de melhoria da qualidade
e segurança dos colaboradores sem
aumento de custos e alinhada ao
programa Otimizar para Sustentar3,
cumprindo as recomendações de segurança das análises de acidentes e
com apoio da gerência.
• É possível apreender desta prática,
aparentemente simples, a importância de buscarmos a cada dia formas
de aprimorarmos não só nas práticas de trabalho, mas também nas
práticas de vida e no trato com as
pessoas.
O Otimizar para Sustentar é um programa da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde que envolve todos os
colaboradores e profissionais parceiros. Seus objetivos são evitar desperdícios, otimizar custos e despesas, contribuir
com a preservação ambiental e melhorar os resultados institucionais.
3
17
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Gilberto Leôncio Berbet Neto
Instrumentista de Manutenção
Thiago de Souza Pereira
Supervisor de Conservação e Limpeza
18
Wanderson Alves de Oliveira
Eletricista de Manutenção
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
“A empatia com os colegas de trabalho,
principalmente nas horas mais difíceis, nos
permite fazer grandes coisas. Nossa lição
aprendida é que pequenas atitudes podem
fazer uma grande diferença.”
Thiago de Souza Pereira
Supervisor de Conservação e Limpeza
PRÊMIO PROTEÇÃO BRASIL 2011
O projeto Fisga Caixa, eleito pelo Práticas que Transformam como o ganhador entre os
apresentados em 2010, foi escolhido pelo Prêmio Proteção Brasil 2011 como o melhor case
brasileiro na categoria Ações Corretivas em Saúde e Segurança no Trabalho. Os autores da
ideia foram convidados a apresentar o trabalho no 7º Seminário Proteção Brasil - Aprenda
Com as Empresas Que Fazem Melhor, nos dias 10 e 11 de agosto de 2011, no Expo Center
Norte, em São Paulo, paralelamente à Feira Expo Proteção 2011. Além do troféu recebido pela
conquista durante o evento, o projeto foi publicado na Revista Proteção.
O Prêmio Proteção Brasil de Saúde e Segurança do Trabalho visa reconhecer o esforço de
empresas, instituições e profissionais na melhoria do ambiente de trabalho dos brasileiros,
além de divulgar à sociedade as ações bem-sucedidas de melhoria nas condições de saúde
e segurança do trabalho.
19
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
CARRINHO MULTIUSO
NO CTRS (CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA)
CICLO 2011
CICLO 2011
Instrumento de trabalho adaptado e com quatro rodas, capaz de
transportar os materiais necessários à assistência dos pacientes
submetidos ao tratamento por hemodiálise.
A assistência aos pacientes submetidos ao tratamento por hemodiálise
exige diversos cuidados realizados a
todo momento pelas equipes de Enfermagem. Em se tratando do Centro
de Terapia Renal Substitutiva (CTRS)
do Hospital Márcio Cunha, referência
para toda a região Leste de Minas
Gerais e por onde passam por semana 250 pacientes, em média, para
realizar sessões de até quatro horas, o trabalho desses profissionais
exige uma preocupação ainda maior
quanto a agilidade e ergonomia.
Parte do esforço desse trabalho era
gasto no deslocamento frequente
do colaborador para buscar os materiais necessários à assistência aos
pacientes nos armários dos Postos
de Enfermagem, gerando maior trabalho, tempo e mobilização de outros profissionais. Havia ainda outro
20
impacto negativo: o grande consumo de luvas descartáveis. Durante
o atendimento, por exemplo, para
evitar contaminação nos Postos de
Enfermagem, era preciso que o colaborador descartasse suas luvas para
buscar algum material nos armários
e, em seguida, vestir novas luvas
para dar continuidade aos trabalhos
com o paciente.
Pensando em reverter esse quadro,
as colaboradoras Leyse Cristina Oliveira, Renata Alves Madeira, Sandra
Felipa Souza, Marceli Marques Santos e Edna Pedroso Rocha de Pádua
criaram um carrinho multiuso como
instrumento de trabalho adaptado,
capaz de transportar tais materiais e
de fácil movimentação entre as poltronas que acomodam os pacientes
durante as sessões de diálise.
Aumento de
3,5% no número
de atendimentos
na unidade
Empurrados por essa boa ideia vieram também os resultados positivos, como disponibilização de maior
tempo do colaborador para a assistência, atendimento mais ágil e humanizado e um ambiente mais harmônico. Além disso, houve também a
redução nos gastos com materiais,
como luvas descartáveis, mesmo
com o aumento de 3,5% no número
de atendimentos na unidade.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
“A prática fortalece na equipe maior senso de organização e disposição de
materiais em um mesmo local, melhorando a qualidade da assistência ao paciente.
Atendimento rápido, seguro e humanizado, com redução do risco de acidente."
Edna Pedroso Rocha de Pádua
Gerente do Centro de Terapia Renal Substitutiva
GASTO TOTAL COM LUVAS
R$
8.000,00
7.000,00
6.000,00
5.000,00
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
31,13%
JAN
FEV
MAR
ABR
2010
7.257,36
6.745,20
7.151,75
7.056,72
2011
Redução
4.920,96
2.336,40
4.405,28
2.339,92
5.051,20
2.100,56
5.049,44
2.007,28
NÚMERO DE SESSÕES
ANO
JAN
FEV
MAR
ABR
2010
2.749
2.555
2.709
2.673
2011
2.796
2.503
2.870
2.869
3,3%
Sandra Felipa G. Souza
Técnica de Enfermagem
Renata Alves R. Madeira
Técnica de Enfermagem
Edna Pedroso Rocha de Pádua
Gerente do CTRS
Leyse Cristina S. Oliveira
Auxiliar de Enfermagem
Marceli Marques S. Santos
Técnica de Enfermagem
21
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Aquisição de 12 carrinhos, sendo
01 carrinho para atender 04 pacientes por turno.
• Adaptação do suporte de descarpack no carrinho.
• Redução de 40 para 12 bandejas
utilizadas no auxílio ao procedimento.
• Padronização dos materiais por número de sessões programadas no dia.
• Apresentação e orientação da utilização do carrinho aos colaboradores.
•
Otimização dos processos dialíticos, com a centralização dos materiais necessários aos procedimentos
por sessão de diálise.
• Maior segurança aos pacientes,
considerando que os colaboradores
estão disponíveis para assistência
em tempo integral.
• Maior segurança aos colaboradores,
com fácil acesso ao descarte de perfurocortante.
• Controle de custos.
•
•
Elevar a praticidade e a segurança
nas atividades garante à equipe do
CTRS uma assistência mais presente
e de maior qualidade ao paciente.
• A prática fortalece na equipe maior
senso de organização e disposição
dos materiais em um mesmo local.
• O carrinho possibilita que o suporte de descarpack esteja perto do
profissional, o que reduz consideravelmente o risco de acidente com
perfurocortante.
“Foi uma maravilha! O serviço está mais organizado e as meninas não precisam
ficar pedindo ajuda para a colega quando o material acaba. Eu me sinto mais
assistido. Parabéns para quem colocou esta ideia em prática.”
Rui Barbosa
64 anos, paciente que faz hemodiálise há dois anos e meio
22
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PALESTRAS DE
ORIENTAÇÃO SOBRE OS
CUIDADOS E PREVENÇÕES
NO TRATAMENTO DO
CÂNCER
CICLO 2011
Abordando temas relevantes sobre a doença, as palestras
são destindas a pacientes e acompanhantes da Unidade de
Oncologia do HMC
Os mitos e os medos de uma doença temida e inesperada assusta
muitas pessoas quando ouvem falar
sobre câncer. Além de estar entre
as principais causas de morte da
humanidade, a doença ainda traz à
lembrança de muitos a representação de diagnóstico difícil, sofrimento
e morte do paciente. Opinião esta
compartilhada, principalmente, devido à falta de informações corretas
sobre o assunto.
Na tentativa de reverter esse quadro,
a Unidade de Oncologia do Hospital
Márcio Cunha investe na orientação
e na desmistificação sobre o câncer.
Em uma de suas práticas, uma equi-
pe multidisciplinar formada pela assistente social Alcione Cruz Camilo e
a farmacêutica Nelma Lagares Pinto,
em toda última sexta-feira de cada
mês, realiza palestras de orientação
sobre os cuidados e prevenções no
tratamento do câncer. A prática já
acontece há três anos.
O trabalho é direcionado a pacientes
que estejam iniciando os procedimentos de quimioterapia ou radioterapia, aos familiares e aos acompanhantes, a fim de que recebam
explicações sobre a doença, tirem
suas dúvidas e sintam-se acolhidos
pela instituição durante o tratamento. Isso é fundamental para elevar a
autoestima dos participantes em um
momento difícil, evidenciando que,
em sua maioria, os casos de câncer
podem ser curados e tratados adequadamente em sua fase inicial. É
importante ressaltar que prevenção
em câncer é reduzir a possibilidade
do aparecimento de qualquer tipo da
doença.
Para tanto, as abordagens de temas
como definição da doença, os cuidados com a medicação, tabagismo,
alcoolismo, entre outros assuntos,
são sugeridas pelos próprios participantes. Os encontros duram cerca
de uma hora, com participação média
de 30 pessoas por apresentação.
23
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Nelma Lagares Pinto – Farmacêutica
Neste período, cerca de 150 pessoas participaram das palestras.
24
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
2% 2%
9%
19%
Avaliação
das
Palestras
ÓTIMO
BOM
Você indicaria
a palestra a
um amigo ou
familiar?
72%
NÃO SOUBERAM
RESPONDER
SIM
NÃO
96%
NÃO SOUBERAM
RESPONDER
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Programação.
Desenvolvimento da temática conforme sinalizações percebidas em
relatos de pacientes, familiares e
acompanhantes.
• Pacientes, familiares e acompanhantes na Unidade de Oncologia
são convidados a participar das palestras, que acontecem em toda última sexta-feira de cada mês.
• A duração de cada encontro é de
uma hora, e dele participam assistente social e farmacêutica. Outros
profissionais podem ser convidados.
• Após a apresentação, é repassado um questionário de avaliação aos
participantes, no qual eles avaliam a
palestra, o palestrante e ainda dão
sugestões de outros temas.
• Maior conscientização sobre assun-
• Mesmo não sendo inovadora, a prá-
tos relativos à doença.
• Incentivo ao processo de acolhimento e humanização dos pacientes,
o que beneficia os trabalhos e a relação assistência x pacientes.
• Por meio das palestras, foram
identificados dois casos de acompanhantes que perceberam alguns
nódulos e procuraram médicos para
fazer acompanhamento e iniciar tratamento.
tica não deixa de ser fundamental.
Tem impacto alto na saúde dos pacientes, auxilia a medicina de prevenção (os acompanhantes podem
participar) e é fácil a implantação em
outras áreas.
• O que fazemos hoje para os nossos
pacientes é muito pouco, diante do
muito que temos. Sempre aprendemos com eles a lutar, a sorrir, mesmo com tanta coisa modificando seu
dia a dia.
•
•
“A prática das palestras deve fazer parte das
ações assistenciais. A melhora dos pacientes, o
controle dos efeitos colaterais, a humanização
do atendimento são parte integrante do
planejamento da assistência.”
Alcione Cruz Camilo
Assistente Social
25
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DILUIDOR
DE ÁCIDO PERACÉTICO
CICLO 2011
Utilizando materiais recicláveis, a equipe desenvolveu
um balde com tampa adaptada de espátula de aço
e acoplada a um cabo externo. O novo equipamento
permite uma fácil movimentação do ácido peracético,
solução tóxica utilizada na desinfecção do aparelho
endoscópico, evitando contato direto do colaborador
com o produto químico.
O problema estava no contato direto
e tempo de exposição com a solução durante o processo. Primeiro, o
preparo por aproximadamente 15
minutos até a sua homogeneização e, depois, devido à quantidade
de produto químico necessário para
preenchimento dos tubos onde os
aparelhos endoscópicos são imersos.
Menor contato
direto e tempo de
exposição com a
solução durante o
processo
26
Para a realização de exames de endoscopia, broncoscopia e colonoscopia, é necessário realizar a desinfecção de alto nível do aparelho
endoscópico. O equipamento é então
imerso em uma solução de ácido peracético 2% durante 20 minutos. O
ácido peracético é um esterilizante
químico de alta eficácia antimicrobiana e de ação rápida, composto por
ácido peracético gerado a partir de
perborato de sódio monoidratado 50
gramas e atividador TAED (Tetracetil
Etileno Diamina) 25 gramas. Para
cada 10 litros da solução recomendada para desinfecção dos aparelhos,
utiliza-se ácido peracético diluído na
concentração de 2% (20 g para cada
litro de água).
Jaqueline Lopes Carvalho Técnica de Enfermagem
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Marcilene Werly Amorim Técnica de Enfermagem - Simone Francisco Silva Sena Técnica de Enfermagem
Cássia Maria de Araújo Gerente Métodos Gráficos - Meirilaine Andrade Silva Enfermeira Hemoterapia
Paulo Roberto Moreira Mecânico de Refrigeração
RESULTADOS OBTIDOS
Melhor homogeneização do produto.
Segurança para a equipe profissional, diminuindo os riscos de acidente
de trabalho.
• Erradicação dos transtornos ocorridos pela inalação do produto durante
a preparação do ácido peracético.
• Satisfação dos colaboradores/pacientes que transitam próximo ao
setor de exames endoscópicos.
•
•
LIÇÕES APRENDIDAS
Reaproveitamento de materiais recicláveis, com isenção de custos para a
empresa.
• Fortalecimento do trabalho em equipe.
• Capacidade para desenvolver ferramentas para aperfeiçoamento de nossas atividades.
• Valorização de ideias.
•
Por se tratar de um produto tóxico,
o trabalho exige dos colaboradores
o uso de equipamentos de proteção
individual, como máscara, capote, luvas e óculos para manipulá-lo. Mesmo assim, por ser preparada em um
balde aberto com uma espátula de
fina espessura, a solução demonstrou alguns transtornos e riscos
para a enfermagem durante sua diluição, como cefaleia e irritação nos
olhos.
A máscara foi então substituída por
outros tipos de EPIs, porém isso não
foi suficiente para evitar a inalação
do produto. As pessoas que passavam próximo ao setor também se
queixavam do cheiro forte e pediam
solução para o problema.
A resposta das colaboradoras Cássia Maria de Araújo, Marcilene Werly
Amorim, Meirilaine Andrade Silva e Simone Francisco Silva (HMC - Métodos
Gráficos), juntamente com o colaborador Paulo Roberto Moreira (Manutenção e Reparos), veio de forma
simples e dinâmica. Utilizando materiais recicláveis, eles aproveitaram
baldes que acondicionavam sabão e
eram desprezados para desenvolver
um recipiente com uma espátula feita de uma chapa de aço, adaptada à
tampa. Acoplada a um cabo externo,
a espátula permite fácil movimentação e agitação da solução, sem que
haja exalação do produto. Com isso,
os colaboradores não tiveram mais
contato direto e exposição ao produto químico, eliminando as reações
adversas como irritação nos olhos,
cefaleia e mal-estar, além do odor
característico da solução que pairava
sobre a sala.
27
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
USO DO MEDICAMENTO
SILDENAFIL NO TRATAMENTO
DA HIPERTENSÃO PULMONAR
PERSISTENTE DO RECÉMNASCIDO (HPPRN)
CICLO 2011
CICLO 2012
A mudança de atitude com adoção de recursos de baixo custo e fácil execução
resultou em um aumento de 75% da sobrevida de bebês com hipertensão
pulmonar na UTI Neonatal e Pediátrica do HMC
Fazer mais, melhor e gastando menos. Na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha, a evolução dos
trabalhos medida nos últimos anos
não se baseia na compra de novos
equipamentos ou na aquisição de
tecnologias de alto custo, e sim na
mudança de atitude para adoção de
práticas simples. Uma delas foi a
atuação da equipe, liderada pelo médico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira
e pela enfermeira Jussara Cesária
Rosa Batista, sobre a Hipertensão
Pulmonar Persistente no Recém-Nascido (HPPRN), uma patologia grave
28
em bebês a termo (nascidos com 40
semanas de gestação) e que atrapalha a chegada de sangue no pulmão.
A HPPRN decorre do aumento relativo da pressão na artéria pulmonar
em relação à sistêmica e é uma das
principais causas de óbito entre os
recém-nascidos submetidos à ventilação mecânica. Sua incidência é variável, sendo a média estimada entre
um e dois casos para cada mil neonatos. Até 2008, todas as crianças
portadoras da HPPRN eram submetidas apenas à ventilação mecânica e
aminas vasoativas.
Melhoria na
assistência e
queda da taxa de
mortalidade
Com o custo elevado da substância mais utilizada no mercado para
tratar esses casos, o Óxido Nítrico
Inalatório1 (R$ 547 por dia), que necessitava ainda de controle ambiental e equipamento especial para sua
administração e monitorização laboratorial, os profissionais pesquisa-
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Os trabalhos da equipe da UTI Neonatal e Pediátrica do HMC abrem espaço para aplicação de novas posturas e adoção de práticas simples que tragam bons resultados
29
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ram por outro produto com a mesma
eficácia e menor custo. Além disso, o
Óxido Nítrico Inalatório não é coberto
pelo Sistema Único de Saúde e em
um terço dos casos de uso do medicamento, segundo pesquisas monitoradas pelo Ministério da Saúde,
não foram observadas melhoras clínicas (Guia para os profissionais de
saúde - Atenção à saúde do Recém-Nascido. vol.3, pág. 76. Ministério da
Saúde, 2011).
uso do Sildenafil (medicamento vasodilatador) mostrou-se o mais adequado. Na forma de cápsulas manipuladas de 1 mg, seu custo unitário
é de R$ 0,50, equivalente a R$ 4 por
dia. Sua administração passou a ser
feita por meio de sonda orogástrica
por seringa de 1 ml, com custo unitário de R$ 0,38, utilizado na dose
de 0,5 mg/kg de peso a cada 6 horas
após o diagnóstico ecocardiográfico
da doença.
A partir dessas análises e de outras
opções terapêuticas disponíveis, o
A UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Márcio Cunha foi uma das primei-
Economia de
R$ 220 mil no
tratamento para
100 pacientes
ras no Brasil a aderir ao tratamento
com Sildenafil, quando trabalhos iniciais com o medicamento começaram
a ser publicados em revistas científicas especializadas, como o Journal
Pediatrics e o Pediatrics Critical Care,
apresentando resultados positivos.
“O nosso objetivo não é simplesmente salvar vidas, mas salvar vidas com
qualidade para integrar a criança à sua família em boas condições de convívio na
sociedade.”
Marcus Vinícius Alvim de Oliveira
Pediatra e especialista em UTI
COMPARATIVOS REFERENTES À HIPERTENSÃO PULMONAR
25
24
20
15
10
6
5
4
1
0
0
10 SEM.
2008
CASOS
3
1
20 SEM.
2008
ÓBITOS
3
1
10 SEM.
2009
1
20 SEM.
2009
2
4
0
10 SEM.
2010
4
1
20 SEM.
2010
2
10 SEM.
2011
2
0
20 SEM.
2011
1
0
10 SEM.
2012
TOTAL
A mortalidade devido à HPPRN mantém-se em 25%, desde o início do uso do Sildenafil.
O referencial histórico antes do uso do Sildenafil é de 100%.
O Óxido Nítrico (NO) pode produzir diversas substâncias tóxicas. Na presença de oxigênio (O2) é oxidado em dióxido de nitrogênio (NO2), um gás altamente
citotóxico que em solução aquosa é convertido em ácido nítrico e nitroso. O Instituto de Segurança Ocupacional e Administração de Saúde dos EUA fixa o limite de
5 ppm de exposição ao NO2 para os trabalhadores.
1
30
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
A enfermeira Jussara Cesária Rosa Batista e o médico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira coordenam as ações da UTI Neonatal e Pediátrica
DESENVOLVIMENTO
Mesmo com o receio advindo das
primeiras utilizações e as poucas
evidências científicas para embasar
a conduta na época, a equipe médica se reuniu para dar continuidade à ação, buscando, na prática, as
melhores evidências para reduzir o
índice de mortalidade por HPPRN.
•
Profissionais da UTI Neonatal e da
Cardiologia Pediátrica ampliaram a
discussão dos casos e a análise do
método, formulando novo consenso
de iniciar a medicação da patologia
a partir do diagnóstico mais precoce
possível.
•
Com a reavaliação do processo, foi
possível observar ganhos na mortalidade por HPPRN na Unidade.
De 2008 ao primeiro semestre de
2012, ocorreram 24 casos de HPPRN
no Hospital Márcio Cunha, dos quais
18 sobreviveram. Um aumento de
75% de sobrevida dos pacientes.
•
•
Implantação da prática do uso de
Sildenafil em pacientes HPPRN a partir do diagnóstico da doença.
LIÇÕES APRENDIDAS
•
RESULTADOS OBTIDOS
Prática de baixo custo e fácil execução, com resultados satisfatórios.
•
Promoção da assistência de qualidade em todas as situações, mesmo
com recursos limitados.
•
A prática nos traz a conclusão de
que a busca por melhoria contínua, a
implementação de recursos de baixo
custo, de fácil execução e com resultados satisfatórios permitem promover uma assistência de qualidade,
dentro da nossa realidade.
31
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
32
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PRÁTICAS
ADMINISTRATIVAS
33
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA
TIPO A (SUPORTE BÁSICO) PARA
TIPO D (SUPORTE AVANÇADO)
CICLO 2010
Instalação de painel elétrico e de bancada na ambulância de
suporte básico para adaptação de equipamentos, possibilitando a
transformação do veículo numa ambulância de suporte avançado.
(Unidade de Terapia Intensiva - UTI)
Em 2010, a Gerência de Logística do
Hospital Márcio Cunha enfrentava um
constante desafio. A alta demanda
de viagens do veículo de suporte
avançado - a chamada UTI móvel
- entre Ipatinga e Belo Horizonte
comprometia a Gerência de Logística
frente ao atendimento às demandas
locais das Unidades I e II do Hospital
Márcio Cunha. Na ausência dessa ambulância, que conta com equipamentos que permitem cuidados médicos
intensivos durante o transporte do
paciente, a Logística contava apenas
com veículos de suporte básico, que
não possuem a estrutura necessária
para a intervenção médica.
34
A fim de reverter esse quadro e
garantir assistência de qualidade a
um maior número de pacientes, um
grupo de colaboradores composto
por Gustavo Cristiano Soares Pontes
(Logística), Bruno Régis Oliveira Queiroz (Logística), Elaine Cristina Ferreira Silva (Logística), Renato Mateus de
Souza (Logística), Raimundo Aparecido da Silva (Manutenção), Márcio
Bragança de Souza (Manutenção),
Luiz Cláudio Benedito Júnior (Manutenção) e Nilvon Alves Nogueira
(Manutenção) vislumbrou uma oportunidade de melhoria de trabalho e
benefício aos clientes.
Everton Domingues Neto
Técnico de Enfermagem
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Maior segurança
para o paciente e
redução de custo com
aquisição de uma
nova UTI Móvel
ANTES
DEPOIS
A equipe realizou um estudo prévio
e adaptou nesses veículos equipamentos como painel elétrico e uma
bancada, sem deixar de preservar o
espaço interno. A medida possibilitou
a transformação das ambulâncias
de suporte básico em ambulâncias
de suporte avançado (UTI), propor-
cionando grandes vantagens. Entre
elas, a ampliação dos atendimentos
a um maior número de pessoas,
maior segurança para o paciente e a
redução de custo com aquisição de
uma nova UTI Móvel (em torno de R$
100 mil).
“Incentivo à criatividade
dos colaboradores para
a solução de problemas
dos processos internos.”
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Identificação do problema x Análise
de oportunidades / viabilidade.
• Benchmarking com empresas de
adaptação de ambulâncias.
• Elaboração do projeto.
• Instalação do painel elétrico com
seis tomadas (12/110 volts e 3/110
volts); inversor de voltagem de
1.000 watts; bateria auxiliar de 100
amperes e sistema de inversão de
carga para as baterias.
• Desenvolvimento do dispositivo
pela Gerência de Manutenção.
• Validação pelos usuários.
•
Ampliação do escopo de atendimentos para situações que necessitem de mais de uma unidade de
suporte avançado (UTI Móvel).
• Redução do custo com aquisição de
ambulância (R$ 100 mil).
• Satisfação e segurança do cliente
interno, quanto à disponibilidade de
atendimento.
• Redução da variabilidade no processo.
• Mais segurança para o paciente
internado que necessita do recurso.
•
•
Gustavo Cristiano Soares Pontes
Gerente Comercial
Capacidade de adequação dos veículos e de adaptação a situações
adversas.
• Aprendizado com a própria prática.
• Oportunidade de aplicação das
ideias propostas por colaboradores.
• Desenvolvimento das habilidades
técnicas dos profissionais envolvidos.
• Estímulo ao trabalho em equipe,
aplicando conhecimento multidisciplinar.
35
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
RETROFIT E AUTOMAÇÃO
DAS LAVADORAS DO
HOSPITAL MÁRCIO CUNHA
CICLO 2010
A prática padronizou e deixou o processamento
de roupas do Hospital Márcio Cunha ainda melhor,
além de contribuir para a redução dos custos de
manutenção e aquisição de novos equipamentos.
Thiago Junio Lopes Eletricista de Manutenção
Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção
36
Em um hospital de grande porte com
mais de 500 leitos, como o Hospital
Márcio Cunha, os trabalhos de processamento de roupas atingem marcas expressivas. Só em 2011, foram
1.800.714 kg de roupas, uma média
de 5.000 kg lavados e 15.000 peças
de roupas distribuídas por dia.
Todo esse processo é realizado por
enormes e potentes máquinas lavadoras, e é justamente aí que entra a
importância da prática desenvolvida
pelos colaboradores Francisco Afonso
Linhares, João Dimas Gonçalves, Júlio
César Gomes Lima, Jésus Pascoal da
Silva, Thiago Júnior Lopes, Sadraque
Emeriando Silva Santos e José Vicente de Almeida, todos da Gerência de
Manutenção e Reparos. O trabalho
dos colaboradores da FSFX foi realizado em parceria com outra equipe
de profissionais de uma empresa de
automação prestadora de serviços.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Reforma e
Modernização
Sobrevida do
Equipamento
Custo x
Benefício
Aumento de
Produtividade
O retrofit* e automação das lavadoras são fundamentais para garantir
a potência e o bom estado de conservação desses equipamentos.
Foram realizados o retrofit e automação da lavadora nO 04, marca/modelo
Sitec, com capacidade para processar
100 kg de roupa. E ainda, efetuada
a automação da lavadora nO 02, mar-
ca/modelo Yamato, com capacidade
para processar 200 kg de roupa.
A prática permitiu a padronização
de atividades e deixou o processo
mais confiável, contribuindo para a
redução dos custos de manutenção
e aquisição de novos equipamentos.
A economia gerada foi de R$ 300 mil.
*O termo “retrofit” significa reforma, mas com algumas particularidades. Tratam-se de mudanças num equipamento
que, após avaliação de custos da modernização, da relação custo x benefício, da sobrevida do equipamento e do
aumento de produtividade, são implementadas somente se forem mais vantajosas que os benefícios da aquisição
de um novo.
Economia
gerada com o
processo foi de
R$ 300 mil
Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção
Marcelo Bouissou de Sousa Gerente de Logística
João Dimas Gonçalves Supervisor de Manutenção Eletromecânica
37
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
• Custo
SITEC 100 KG
• Como a estrutura básica principal
(carcaça e cesto) estava íntegra na
máquina, foi viável reformá-la em vez
de adquirir uma nova.
• Opção pelo retrofit e automação
desta máquina realizada pela equipe
de colaboradores da FSFX, em parceria com a equipe da empresa de
automação local.
•
do retrofit da lavadora Sitec
100 kg: abaixo de 30% do valor de
uma nova Sitec 100 kg e abaixo de
35% do valor de uma nova Yamato
200 kg.
• Uso de eletrônica para implantação
das receitas de operação a partir do
controlador principal, com algoritmos
(softwares), residentes em PLC e inversor de frequência (Sitec 100 kg).
• Utilização de comunicação via rede
(RTU MODBUS) para implantação da
nova tecnologia (Sitec 100 kg).
• Acionamento por inversor de frequência (Yaskawa) e uso de três polias (Sitec 100 kg).
• Painel principal dotado de inversor
de frequência e dois PLCs, do fabricante Panasonic, de maior capacidade computacional, programados em
linguagem “Ladder” (Yamato 200 kg).
• Rede de comunicação RTU Modbus,
montada do lado limpo do processo
(Yamato 200 kg).
• Recuperação da carcaça com jateamento de areia e pintura eletrostática (Yamato 200 kg).
• Balanceamento dinâmico do cesto
(800 kg) e polia principal (70 kg)
(Yamato 200 kg).
• Substituição da saboneteira original
por nova, fabricada de aço inoxidável,
com dimensões maiores, dotada de
cassetes para implementação de dosagem automática (Yamato 200 kg).
38
YAMATO 200 KG
Repetição da experiência anterior
em outro equipamento.
• Procedimento agregou mais valor
ao processo de lavagem, preparando
o equipamento para entrada de água
quente a partir da recuperação de
energia do condensado de vapor.
• Ganho ambiental, de produtividade
e redução da dependência energética
da Usiminas.
•
Desenvolvimento da capacidade
criativa da equipe diante de um desafio técnico e financeiro.
• Desenvolvimento dos conhecimentos acadêmicos e das habilidades
dos profissionais, capacitando-os
para tarefas mais elaboradas e fornecendo conhecimentos técnicos, até
então, restritos aos fabricantes dessa categoria de máquinas.
• Satisfação pelos resultados obtidos
e preocupação com a constante manutenção e melhoria dos processos.
• Aquisição de capacidade para enfrentar os momentos críticos mantendo sempre o espírito de equipe
(corresponsabilidade).
• Sentimento de agradecimento à
Unidade de Lavanderia pela confiança
depositada, reforçando os compromissos com ela.
“Para nós, ficou um sentimento sadio de orgulho,
típico dos vencedores que, diante dos desafios
e problemas técnicos encontrados durante a
realização destes trabalhos, os resolveram com
sucesso.”
Francisco Afonso Linhares
Gerente de Manutenção e Equipamentos
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
MELHORIA DA EFICIÊNCIA
COM GANHOS DE
PRODUTIVIDADE DAS
SECADORAS DE ROUPAS
CICLO 2011
A medida implantada
consistiu na troca dos
motores de exaustão
das três secadoras de
roupas da lavanderia. A
alteração proporcionou
um ganho de dez
minutos por ciclo de
secagem.
Ganho de
10 minutos por
ciclo de secagem
para roupas
100% algodão
A Unidade de Processamento de Roupas da Unidade I do Hospital Márcio
Cunha adquiriu mais agilidade e eficiência, com ganhos de produtividade,
a partir de uma sugestão apresentada pelos colaboradores Marcelo
Bouissou de Sousa, Francisco Afonso
Linhares, Jésus Pascoal da Silva, João
Dimas Gonçalves e Júlio César Gomes
Lima, das Gerências de Manutenção e
Processamento de Roupas.
No processo de lavanderia, o cliente
é, ao mesmo tempo, início e fim do
processo, que inclui ainda o recebimento e a classificação das roupas
sujas; lavagem, extração, secagem,
acabamento, armazenagem e, por
fim, distribuição da roupa limpa e
pronta para uso. Daí a importância de
garantir a funcionalidade dos equipamentos de cada fase, por meio de
ações constantes e coordenadas de
manutenção preventiva e corretiva.
Além disso, outra medida relevante é
a atualização da capacidade de produção de cada componente da linha,
de forma a absorver eventuais picos
ou aumento de demanda, sempre
com foco na melhor relação custo x
benefício.
Seguindo esta linha, a prática da
equipe da Manutenção consistiu na
modificação técnica dos motores
de exaustão das secadoras nOs 1,
2 e 3, marca Suzuki, modelo 350V.
Os antigos motores de um cavalo
e 1.750 RPM (Rotações Por Minuto)
foram substituídos por outros mais
potentes, com três cavalos e 3.500
RPM. Com isso, aumentou-se o fluxo
de ar de secagem que passa pela
serpentina a vapor, uma vez que
os motores mais potentes possibilitaram puxar mais ar quente para
as secadoras e eliminar a umidade com maior rapidez. Isso trouxe
39
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Júlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção
Thiago Junio Lopes Eletricista de Manutenção
40
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
vantagens em produtividade para a
área operacional, reduzindo gargalos
oriundos do aumento crescente de
demanda dos clientes pelos serviços
de lavanderia e eventuais paradas de
manutenção que reduzem momentaneamente a capacidade instalada.
Como resultado concreto, a alteração
proporcionou um ganho de 10 minutos por ciclo de secagem para roupas 100% algodão, o que represen-
ta, aproximadamente, um aumento
de 14 kg de roupa seca por hora.
A melhoria da eficiência com ganhos
de produtividade das secadoras de
roupas demandou investimentos
de R$ 2.190,00, valor bem inferior
ao custo de um novo equipamento
adquirido trabalhando 12 horas por
dia, o equivalente a R$ 25 mil.
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
Ganhos de conhecimentos técnicos
nas áreas de processo e manutenção.
• Aumento da capacidade de inovação e trabalho em equipe das duas
unidades envolvidas.
• Superação de desafios, buscando
garantir o fornecimento de serviços
de lavanderia (rouparia hospitalar)
com foco nos clientes.
• Com este projeto, podemos afirmar
que houve o ganho (virtual) de uma
máquina secadora nova funcionando
12 horas por dia, a um custo equivalente a 2% em relação a uma nova
aquisição.
• Resposta rápida ao cenário de crescente aumento de demanda, sem
previsão, à época, de investimentos
na Unidade de Processamento de
Roupas, o que levaria certamente a
impactos negativos na área assistencial.
• Aplicações
•
diretas de conhecimentos adquiridos ao longo da vida laboral no ambiente hospitalar.
• Desenvolvimento da capacidade
criativa diante de um desafio técnico
e financeiro.
• Desenvolvimento das habilidades
dos profissionais de ambas as unidades, fugindo das tarefas rotineiras
e buscando melhoria contínua de
processo.
• Satisfação pelos resultados obtidos
e preocupação com a constante manutenção e melhoria dos processos
(foco no cliente).
• Agradecimento à instituição pela
confiança depositada e oportunidade de ampliar e desenvolver novas
habilidades.
Aumento de
14 kg de roupa seca
por hora
“A certeza de que
podemos fazer
mais e melhor,
correndo riscos com
responsabilidade,
desafiando nossos
limites.”
Marcelo Bouissou de
Sousa
Gerente de Logística
41
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
IMPERMEABILIZAÇÃO
DE PISOS DOS
APARTAMENTOS DA
UNIDADE II DO HMC
CICLO 2011
Implantada na área
de Higienização
Hospitalar, essa
técnica, além
de agilizar a
higienização dos
leitos, reduziu
os custos com a
limpeza e minimizou
o esforço dos
colaboradores
no exercício da
atividade.
42
Em toda grande empresa, o momento de crescer chega sempre acompanhado de um desafio: expandir os
serviços prestados mantendo a mesma qualidade e sem elevar custos.
No Hospital Márcio Cunha, a equipe
de Conservação e Limpeza já provou
que, no que depender dos colaboradores Ceninha de Jesus, Cleidiane
Lima, Crislan Oliveira Miranda, Danúbia Reis da Silva, Edmar de Paula Gomes, Kênia Regina dos Santos, Maria
Auxiliadora Bragança, Maria Barbosa Duarte, Rosineide Soares, Thiago
de Souza Pereira e Zeni Ferreira de
Amorim, essa máxima já faz parte
do dia a dia de bons resultados da
instituição.
Cleidiane Lima de Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza - Ceninha de Jesus Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza
Maria Barbosa Duarte Auxiliar de Conservação e Limpeza - Zeni Ferreria de Amorim Auxiliar de Conservação e Limpeza
Rosineide Soares (com o troféu) Auxiliar de Conservação e Limpeza - Kênia Regina dos Santos Maria Auxiliar de Conservação e Limpeza
Danúbia Reis da Silva Supervisora de Conservação e Limpeza - Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e Limpeza
Crislan de Oliveira Miranda Supervisor de Conservação e Limpeza
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Em setembro de 2010, quando a
Unidade II do hospital passou a contar com 10 novos apartamentos, o
grupo se deparou com uma grande
tarefa: realizar as limpezas terminais desses apartamentos sem aumento de efetivo e dentro do prazo
estipulado. Na ocasião, o setor havia
pactuado como metas 16,33 minutos, para que o apartamento ficasse
disponível, aguardando o início da
limpeza, e 55 minutos, para a realização da limpeza, totalizando 71,33
minutos.
O primeiro passo foi a incorporação
de rotinas já estabelecidas na Unidade I do HMC, como a utilização da ferramenta bloqueio de leitos do sistema hospitalar Hosix, e a mensuração
dos tempos gastos na Unidade II. Os
resultados obtidos a partir dessas
ações comprovaram que era preciso
fazer algo diferente. Os tempos estavam bem acima do pactuado, motivando a adoção de uma nova prática
que impactasse de forma corretiva
e direta a qualidade e o tempo das
atividades executadas.
A solução encontrada foi a impermeabilização de pisos dos apartamentos da Unidade II, uma ação bemsucedida já implantada em alguns
apartamentos da Unidade I do Hospital Márcio Cunha. A impermeabilização é um processo de tratamento do
piso com impermeabilizante acrílico,
que envolve remoção, aplique e queima do produto aplicado. Um processo demorado, que exigiu a interdição
do ambiente por no mínimo 24 horas. Em contrapartida, é duradouro,
sendo a manutenção do tratamento
do piso impermeabilizado mais fácil
e mais rápida, necessitando agora
apenas de água e detergente. Antes, no tratamento convencional com
cera de carnaúba, o procedimento
de remoção, aplique e lustro da cera
era preciso ser feito a cada alta de
paciente.
Os tempos obtidos mostram a diferença. Enquanto no período de
janeiro a maio foram feitas, em média, 844 limpezas terminais/mês nos
139 apartamentos da Unidade I (o
que representa 6,07 limpezas por
apartamento/mês), na Unidade II foram feitas, em média, 54 limpezas
terminais para 10 apartamentos,
dando uma média de 5,4 limpezas
por apartamento/mês. Vale lembrar
ainda que, como o bloco cirúrgico
do Hospital Márcio Cunha funciona
de segunda a sexta para realização
de cirurgias eletivas, a taxa de ocupação das unidades de internação é
maior durante a semana, o que gera
em certas ocasiões demanda reprimida por leitos em apartamentos.
A otimização dos
processos possibilitou o
aumento do número de
limpeza dos apartamentos
por mês
Rosemar Maria Martins Santos Auxiliar de Conservação e Limpeza
43
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Tempo / em minutos
DISPONÍVEL PARA
LIMPEZA
MÊS
LIMPEZA EM
ANDAMENTO
TOTAL
Outubro/2010
19
70
89
Novembro/2010
18
76
94
Dezembro/2010
13
70
83
Janeiro/2011
9
76
85
Fevereiro/2011
10
75
85
Março/2011
5
48
53
Abril/2011
10
46
56
Maio/2011
13
43
56
Junho/2011
8
38
46
Em média, o tempo
para disponibilizar o
apartamento baixou de
19 para 13 minutos,
e o tempo de limpeza
passou de 70 para 60
minutos.
NÚMERO DE ALTAS - HMC II
84
100
80
58
60
40
26
34
36
41
64
52
54
55
64
71
20
0
OUT NOV DEZ JAN
2010 2010 2010 2011
FEV
2011
MAR ABR MAI JUN
2011 2011 2011 2011
Os trabalhos foram iniciados em fevereiro de 2011, com a compra de
uma enceradeira de alta velocidade
e o treinamento de técnicas corretas
na aplicação e uso do equipamento,
ministrado por dois supervisores
do próprio hospital. A impermeabilização foi concluída três meses
depois e, embora pareça um longo
tempo, diversos contratempos surgiram nesse período e exigiram grande esforço da equipe para cumprir
o prazo. Entre eles, o aumento na
demanda por apartamentos e o au44
JUL AGO SET
2011 2011 2011
mento no absenteísmo da equipe de
Higienização e Limpeza, provocado
por um surto de conjuntivite entre
os colaboradores.
Ao relacionarmos os dois gráficos a
seguir, observamos que mesmo com
o aumento no número de limpezas/
mês e com o alto absenteísmo, a
equipe conseguiu reduzir os tempos
gastos nas limpezas terminais. O valor atingido a partir do mês de março foi menor que o pactuado para o
ano de 2011, que é de 50 minutos
para limpeza em andamento, possibilitando valores ainda menores para
os próximos anos. O tempo em que
o apartamento ficou disponível para
limpeza teve um discreto aumento
em maio, atingindo 13 minutos, acima dos 10 minutos pactuados. Contudo, quando somados os tempos
disponíveis para limpeza e limpeza
em andamento, chegou-se ao cumprimento da meta pactuada de 60
minutos no total, como mostram a
tabela e o gráfico acima.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Número de limpezas/mês - 2010 - 2011
70
64
58
60
50
40
55
54
52
41
30
36
34
20
26
10
0
OUT
NOV
DEZ
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
Taxa de frequência ao trabalho - 2010 - 2011
Unidade de Higienização
99,00
98,00
97,00
96,00
97,72
97,16
97,30
96,87
Danúbia Reis da Silva
Supervisora de Conservação e
Limpeza
97,76
97,63
"Com esta prática,
aprendemos que a
discussão em equipe, a
busca por alternativas e
os acordos com nossos
clientes e fornecedores
internos podem permitir
melhorias importantes
nos nossos processos,
sem aumento de
custos.”
95,02
95,00
94,00
93,70
93,00
92,00
91,00
OUT
NOV
DEZ
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
RESULTADOS OBTIDOS
•
•
•
•
•
Redução do tempo gasto nas limpezas dos apartamentos.
Maior otimização e praticidade no trabalho das equipes.
Eliminação da necessidade de remover, aplicar e lustrar a cera a cada limpeza terminal.
Economia de água, energia elétrica e produtos de limpeza.
Diminuição do esforço físico das colaboradoras, minimizando fadiga.
45
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
IMPLEMENTAÇÃO DE
NOVA METODOLOGIA
ORÇAMENTÁRIA
CICLO 2011
Implantada na área Administrativa, a prática tem
como principal objetivo alinhar o orçamento à
estratégia da organização, além de centralizar, na
Unidade de Planejamento e Controle, a estimativa de
contas matriciais. A iniciativa ampliou a margem de
acerto entre o que foi orçado e o que foi realizado.
Eudes Marcone Marçal Mariano Assistente de Planejamento e Controle - Carolina Cirele Vieira da Cunha Gerente de Planejamento e Controle - André
Luiz Nani Ribeiro Gerente de Negócios e Resultados - José Márcio Araújo Analista Financeiro de Planejamento e Controle - Michele Aparecida
Campos de Paula Assistente de Planejamento e Controle – Thiago Lucas Novais Caldeira Analista Financeiro de Planejamento e Controle
46
O trabalho aplicado pela Gerência de
Planejamento e Controle mostrou
sua capacidade de transformar a
disseminação de conhecimentos em
equipe e a aposta nas competências
individuais em uma cultura de bons
resultados. Comandado pelos colaboradores André Luiz Nani Ribeiro,
Carolina Cirele Vieira da Cunha, Eudes
Marcone, José Márcio Araújo, Michele Aparecida Campos e Thiago Lucas
Novais Caldeira, as diversas ações
implantadas para a melhor elaboração, acompanhamento e controle do
Planejamento Financeiro Plurianual
da FSFX aplicaram à realidade da
instituição o que há de melhor no
mercado.
Até o início da década, o processo de
Planejamento Financeiro da FSFX era
realizado seguindo o cronograma da
tabela abaixo, sem nenhuma vinculação com o Planejamento Estratégico
ocorrido anualmente.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
TABELA 1
PROCESSO ANTERIOR A 2010
RESPONSÁVEIS
1a etapa
Elaboração das peças orçamentárias
Responsáveis pelos centros de custos
2 etapa
Revisão das peças recebidas
Planejamento e controle
3a etapa
Discussão com os responsáveis
Planejamento e controle / Áreas responsáveis
4 etapa
Análise para aprovação
5a etapa
Retorno das peças orçamentárias com sugestões
e determinações
Planejamento e controle
6a etapa
Ajuste das sugestões
Planejamento e controle / Áreas responsáveis
7 etapa
Análise final para aprovação
8a etapa
Conclusão das peças orçamentárias
9a etapa
Elaboração do orçamento geral e projeção dos
demonstrativos contábeis
10a etapa
Controles orçamentários
11 etapa
Reporte das variações
a
a
a
a
Planejamento e controle
Em 2010, com as diretrizes estratégicas da nova Diretoria Executiva e investimentos em otimização de processos e
capacitação de pessoas, a equipe participou de treinamento com o prof. Dr. Clóvis Luís Padoveze, especialista em Orçamento Empresarial, cujo tema foi “Novas técnicas de Planejamento Orçamentário”. A partir desse pontapé inicial, a nova
metodologia foi implantada e adequada à situação atual da FSFX, seguindo as seguintes etapas:
TABELA 2
PROCESSO POSTERIOR A 2010
RESPONSÁVEIS
1a etapa
Estabelecimento da missão e objetivos corporativos
Diretoria
2a etapa
Análise do ambiente
3 etapa
Construção dos cenários
4 etapa
Estabelecimento do fator limitante (volume de
vendas/produção)
5a etapa
Definição das premissas orçamentárias gerais
6a etapa
Definição das premissas específicas
(despesas, etc.)
7a etapa
Preparação das peças orçamentárias
8 etapa
Aprovação inicial
a
a
a
9 etapa
Remessa aos responsáveis
10a etapa
Retorno das peças orçamentárias com as
sugestões dos responsáveis
11a etapa
Revisão dos orçamentos recebidos
12a etapa
Ajuste das sugestões
13a etapa
Conclusão das peças orçamentárias
14 etapa
Elaboração do orçamento geral e projeção dos
demonstrativos contábeis
15a etapa
Controles orçamentários
16a etapa
Reporte das variações
a
a
Grupo corporativo (cenários)
Grupo corporativo / Planejamento e controle
Planejamento e controle
Áreas responsáveis pelos centros de custos
Planejamento e controle
Planejamento e controle / Áreas responsáveis
47
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Com a implantação da nova metodologia orçamentária, foram alcançadas
diversas melhorias, tais como:
• ALINHAMENTO DO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DA FSFX COM O PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
(1a à 4a etapa – Tabela 2)
Possibilitou que todo o processo de
Planejamento Financeiro tivesse o
mesmo objetivo final predefinido no
48
Planejamento Estratégico. A proposta
preparada pela Unidade de Planejamento e Controle consistiu na criação
de um Formulário de Investimentos e
Ações Essenciais, cujo intuito principal é proporcionar à FSFX a mensuração e a análise prévia dos objetivos e estratégias priorizados pelos
gestores. Cada gestor, por sua vez,
elaborou junto a sua equipe diversos
formulários, alinhando os seguintes
planos aos objetivos da instituição:
• Plano Diretor de Obras (PDO).
• Plano de Melhorias de Instalações.
• Plano de Máquinas e Equipamentos.
• Plano de Móveis e Utensílios.
• Plano de Informática.
• Plano de Marketing e Comunicação Social.
• Plano de Viagens e Treinamentos.
• Plano de RH.
• Plano de Novas Atividades e/ou Serviços.
Obs.: Para o Planejamento Orçamentário 2011-2015, foram elaborados
ao todo, pelos gestores da FSFX,
aproximadamente 900 formulários.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
• REDUÇÃO NO TEMPO GASTO
PELOS GESTORES DE CENTROS
DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO E
VALIDAÇÃO DO ORÇAMENTO
A preparação das peças orçamentárias, que antes eram feitas pelos
gestores dos centros de custos (vide
tabela 1 – 1a à 8a etapa), passa a
ser realizada pela equipe da Unidade
de Planejamento e Controle (tabela 2
– etapas 7, 8 e 9). Com a alteração,
os gestores de centros de custos
ficaram responsáveis apenas pela
validação do orçamento, e não mais
por toda a elaboração, sem deixar
de sugerir alterações necessárias,
posteriormente avaliadas e aplicadas
pelo Planejamento e Controle.
Numa situação hipotética, por exemplo, em que o gestor avalia um custo
novo e não previsto no orçamento
para o próximo ano, cabe à equipe
especializada avaliar a implantação
desse contrato, o período de vigência, seus impactos e, assim, aplicar o
reajuste no orçamento.
A alteração gerou redução em torno
de 70% no tempo gasto na elaboração e validação do orçamento, permitindo aos gestores utilizarem suas
horas de trabalho na execução de
atividades específicas de suas áreas.
• MAIOR ÍNDICE DE
ASSERTIVIDADE DO ORÇAMENTO
• REDUÇÃO NO CUSTO COM
MANUTENÇÃO DE SISTEMA
Capacitada com maior conhecimento
didático e prático de elaboração de
planejamentos financeiros, a equipe
de Planejamento e Controle passou a
utilizar parâmetros assertivos baseados em premissas financeiras institucionais e de mercado (Premissas
Macroeconômicas Usiminas e Indicadores Produtivos Setoriais), aumentando o índice de assertividade.
Com a implantação da nova metodologia, foi preciso criar um módulo
sistematizado de orçamento, dentro
do sistema próprio (Sistema de Custos), com intuito de atender às especificidades da FSFX. Dessa forma,
o módulo orçamentário do sistema
MXM – que servia de base para alimentação dos dados do orçamento
anterior a 2010 – foi cancelado, gerando redução de custo anual de R$
4.581,00.
As variações orçamentárias nos últimos anos, de todas as contas de
despesas da FSFX, na imagem abaixo
mostram os gastos excedentes em
relação aos valores orçados entre
2007 e 2009. Já em 2010, a variação
foi positiva (gasto menor que o orçado), em razão das fortes ações para
redução de custos propostas pela
Diretoria Executiva. Em 2011, após
a implantação da nova metodologia
e mesmo considerando algumas reduções de custos já realizadas em
2010, o orçamento também fechou
de forma positiva.
ÍNDICE DE ASSERTIVIDADE
VARIAÇÃO ORÇAMENTO X
CUSTO TOTAL
2007
-5,95%
2008
-9,00%
2009
-6,95%
2010
5,58%
2011
(acumulado/
até agosto)
3,18%
• MELHOR ACOMPANHAMENTO E
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES
A facilidade no acesso aos diversos
relatórios no sistema implantado foi
outro importante diferencial para
melhoria no acompanhamento e análise das variações, feito em conjunto
entre a Gerência de Planejamento e
Controle e as diversas áreas da instituição. Com a melhoria foi possível
dar subsídio para pactuação de indicadores junto às superintendências.
Entre eles, indicadores de custos
das diversas áreas produtivas x indicador de orçamento, indicador de
resultado orçado x realizado, resultado operacional das unidades e o
seu desdobramento entre as outras
unidades produtivas.
49
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
• MAIOR SATISFAÇÃO DOS
GESTORES NA MELHORIA DO
PROCESSO
Ao consolidar as melhorias citadas
anteriormente, a alteração no processo trouxe também alto nível de
satisfação dos gestores. Isso por
conta da redução do tempo gasto na
elaboração do orçamento, do maior
índice de assertividade das contas
orçadas, da melhoria no sistema de
orçamento com a implantação do
módulo próprio, da maior facilidade
no acesso ao histórico das informações. Tais benefícios promovem ainda
o entendimento e envolvimento dos
gestores no processo de Planejamento Estratégico e Financeiro como
um todo.
A comprovação de todos esses resultados veio da pesquisa de satisfação realizada em todas as unidades de negócio e gerências da FSFX, com participação
de representantes de 39% dos centros de custos ativos.
4%
45%
% de Satisfação
Consolidado
N0 de questionários
enviados
Menor Índice de
Assertividade
Insatisfação
dos Gestores
50
SATISFEITO
N0 de questionários
respondidos
62
29
LIÇÕES APRENDIDAS
DEPOIS
Morosidade
do Processo
51%
MUITO
SATISFEITO
RESULTADOS OBTIDOS
ANTES
NEM SATISFEITO
NEM INSATISFEITO
Integração
Maior Índice de
Assertividade
Padronização
Controle
Nem sempre a descentralização
dos processos de gestão financeira
é o melhor caminho.
• Devemos tomar como hábito a
revisão contínua dos processos de
nossas unidades, com o intuito de
otimizar custos e tempo.
• É possível quebrar paradigmas.
•
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
QUEBRA DE PARADIGMAS
NA CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS DA FSFX
CICLO 2011
O trabalho demonstrou
a efetivação da quebra
de paradigmas na
contratação de serviços
da FSFX, por meio da
ruptura dos modelos
de contratação até
então realizados,
possibilitando maximizar
recursos da instituição
e otimizar resultados
com racionalização dos
custos e aumento da
competitividade.
“O todo só é perfeito se as partes
o forem.” A frase de autor desconhecido tornou-se para a equipe de
Gerência de Contratos a maior motivação e, ao mesmo tempo, o maior
desafio frente a esse trabalho. Conquistar resultados inéditos com a
aplicação de uma nova metodologia a
partir da adesão de todas as unidades da FSFX. Uma tarefa que as colaboradoras do setor encararam com
a certeza de resultados promissores.
Até o início desta década, as diretrizes de compras de serviços da FSFX
eram de contratações pelo processo de negociação direta, realizadas
pelas próprias unidades usuárias. A
formalização do contrato, na maioria
dos casos, era realizada simplesmente para regularização, pois muitas vezes os serviços já haviam sido
iniciados ou concluídos. Em 2010,
devido ao grande volume de compra
de serviços de obras na FSFX, a Gerência de Contratos, com o apoio da
Gerência de Infraestrutura, passou a
realizar os processos dessas contratações pela modalidade de licitação.
Logo no primeiro processo realizado
nesta modalidade, os primeiros resultados. Percebeu-se que o valor da
maior proposta obtida estava 32%
superior à menor proposta. E que as
negociações realizadas com o fornecedor que apresentou a menor proposta resultaram em um ganho de
5% (saving).
A partir dessa experiência, a Gerência
de Contratos passou a acompanhar
sistematicamente os resultados das
negociações realizadas pelo processo
de licitação. Com um novo saving de
3% obtido no 1o trimestre, a equipe
definiu este valor como meta a ser
alcançada neste indicador. As apresentações dos indicadores ganharam
51
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ainda destaque na Oficina de Líderes4, sensibilizando outras unidades
de negócio da instituição quanto à
importância da realização de licitação
nos processos de compra de serviços para a sustentabilidade da FSFX.
Nesse período, vale ressaltar outro
fator fundamental para a constante
evolução dos resultados a cada trimestre: a capacitação da equipe de
contratos. As colaboradoras realizaram cursos de capacitação em negociação e autodesenvolvimento em
formatação de preços, composição
dos custos com encargos sociais e
trabalhistas, MBA em Gestão Financeira/Controladoria e Gerenciamento
de Projetos Industriais.
Com o desafio de aliar custos a benefícios, ou seja, garantir menor
preço sem comprometer a qualidade
dos serviços, foram realizadas as seguintes ações preventivas:
Divisão da carteira de contratos
dos colaboradores com agrupamento por categoria de serviços,
proporcionando a sua especialização e a visualização de oportunidades de redução de custos.
•
Realização da análise individualizada das propostas apresentadas pelas empresas licitantes,
sendo primeiramente realizada a
análise das propostas técnicas
pelo responsável técnico e, posteriormente, a análise das propostas comerciais das empresas
consideradas qualificadas para
os serviços em questão.
•
Desenvolvimento de fornecedores, com regras claras para que
•
eles tenham melhores condições
de atender aos níveis de serviços esperados e, posteriormente, a realização da avaliação do
desempenho dos serviços prestados.
Mudança das diretrizes de
apresentação de propostas estabelecidas na carta-convite, com
exigência da abertura dos itens
considerados no preço proposto
e seus respectivos custos, inclusive da composição do BDI (Bônus e Dispêndios Indiretos) e dos
percentuais de encargos sociais
e trabalhistas envolvidos, propiciando assim uma análise mais
aprofundada dos custos reais
dos serviços, a minimização do
risco de superfaturamento por
parte do fornecedor e as oportunidades para a redução do preço
final.
•
Patrícia Gomes Miranda Analista de Contratos
Aline Vieira Gonçalves Badaró Moreira Analista de Contratos
4 As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração das unidades de negócio e no aprendizado organizacional.
52
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
As ações realizadas possibilitaram à FSFX os seguintes resultados de contratação em 2010:
VARIAÇÃO
MAIOR
PROPOSTA X
VALOR
NEGOCIADO
(%)
MAIOR
PROPOSTA
MENOR
PROPOSTA
VALOR
NEGOCIADO
MAIOR
VARIAÇÃO
RESULTADO
PROPOSTA
NEGOCIAÇÃO
NEGOCIAÇÃO
(-) VALOR
(%)
NEGOCIADO
10 TRIMESTRE
785.933,42
345.718,14
335.495,17
10.222,97
3%
450.438,25
57%
20 TRIMESTRE
2.424.112,90
1.964.736,98 1.870.772,75
93.964,23
5%
553.340,15
23%
30 TRIMESTRE
1.383.872,89
1.081.069,76 1.052.221,32
28.848,44
3%
331.651,57
24%
40 TRIMESTRE
8.730,16
5.169,08
288,98
3%
8.730,16
39%
ANO
4.602.649,37
3.397.143,96 3.263.819,34
133.324,62
4%
1.344.160,13
29%
Em 2011, com a nova formulação do
Planejamento Estratégico da FSFX e
o estabelecimento do Pacto de Resultados, a Gerência de Contratos
pactuou com a Diretoria Executiva
da FSFX a meta mínima de 4% para
os resultados de saving nas contratações realizadas pelos processos
de licitação. O índice, com base no
resultado alcançado no ano anterior,
considera a variação entre o valor
negociado e o valor da menor proposta obtida das empresas participantes do processo.
A Gerência de Contratos passou também a mensurar os ganhos de negociação nas contratações realizadas
na modalidade de negociação direta,
reduzindo custos das contratações
de serviços essenciais à sua operacionalização, e a negociar os custos
5.330,10
dos contratos continuados em vigor,
no ato da sua repactuação, evitando
assim que os índices de inflação os
alcançassem.
Os resultados alcançados com as
práticas citadas, aos poucos, direcionavam a empresa para uma
mudança radical das diretrizes de
contratação, com critérios para as
modalidades de contratação por licitação e negociação direta, além
de centralizar os processos de negociações na Gerência de Contratos.
Um caminho com sinal verde, dado
o apoio imprescindível da Diretoria
Executiva, de outras gerências e das
unidades de compras de materiais
da FSFX, baseado nas diretrizes da
Usiminas. O trabalho gerou a elaboração da Norma Administrativa
- 03/2011, que visa estabelecer as
novas diretrizes de suprimentos da
FSFX, aprovada, implantada e divulgada em 14/07/2011.
O quadro a seguir demonstra as
mudanças ocorridas nos processos
de contratação de serviços da FSFX,
com a implantação das novas diretrizes estabelecidas:
As negociações
realizadas com
fornecedores
resultaram em um
ganho de até 5%
53
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
DIRETRIZES ANTERIORES
DIRETRIZES ATUAIS
Seleção e pré-qualificação do fornecedor,
realizadas pela unidade usuária
Seleção e pré-qualificação do fornecedor, realizadas pela Gerência
de Contratos com base em aspectos legais, técnicos e financeiros,
com exigência de documentos comprobatórios, observada a sua
validade
Processos de aquisição de serviços realizados diretamente pela unidade usuária,
sem critérios estabelecidos, com envio de
solicitação para formalização do contrato à
Gerência de Contratos
Processos de aquisição de serviços são realizados pela Gerência de
Contratos. As contratações de serviços de manutenção predial com
valor previamente limitado, credenciamento e compras com fundo
rotativo podem ser realizadas pela unidade usuária, mediante as
diretrizes da Norma Administrativa - 03/2011
Aquisição sem formalização de contratos
ou autorização do usuário para início dos
serviços antes da formalização do contrato
Serviços adquiridos somente por documento contratual com vigência no período de sua execução, exceto nos casos em que o serviço
adquirido possa causar prejuízo para o processo produtivo na unidade usuária, mediante autorização da Diretoria Executiva
Definição da modalidade de contratação
realizada pela unidade usuária (licitação/
negociação direta)
Obrigatoriedade de realização do processo de concorrência/
licitação para compras de serviços, com estabelecimento de
critérios para sua dispensa
Estabelecimento de quantidade mínima de propostas em função do
valor total da aquisição ou valor estimado
Estabelecimento de critérios para realização de mais 1 (uma) compra
com base em concorrências anteriores
Solicitação de contratação realizada somente pela unidade usuária
Criação de unidades centralizadoras para solicitação e gestão de
contratos, conforme a categoria de serviços
Previsão orçamentária facultativa para
aquisição de serviços
Aquisição de serviços com limitações orçamentárias da unidade
usuária
Hierarquia de aprovações de documentos
de compras engessada
Estabelecimento de hierarquia de aprovações de compra
favorecendo a agilidade dos processos e o fortalecimento das
autonomias gerenciais
Falta de padronização das consultas realizadas pelos usuários aos fornecedores
Formalização e padronização de consultas aos fornecedores, pela
Gerência de Contratos
Propostas técnicas e comerciais solicitadas, recebidas e negociadas diretamente
pelas unidades usuárias
As propostas técnicas e comerciais são recebidas pela Gerência
de Contratos, devidamente formalizadas, por meios físicos ou
eletrônicos
Avaliação e negociação das propostas comerciais realizadas pela
Gerência de Contratos, com apoio da unidade gestora
Indicadores de desempenho dos fornecedores não estabelecidos em contratos
(SLA)
Indicadores de desempenho dos fornecedores (SLA) estabelecidos
em contrato, com previsão de penalidades para o não cumprimento
Contratos continuados com prazos indeterminados ou renovação automática ou por
meio de aditamento anual
Contratos continuados com vigência máxima de 2 (dois) anos, exceto
nos casos de ocorrência de investimento específico para os serviços
por parte do fornecedor
Estes contratos são licitados 90 (noventa) dias antes do seu encerramento, exceto nos casos de dispensa previstos na Norma Administrativa - 03/2011
Alteração das condições contratuais negociadas e autorizadas pela unidade usuária,
inclusive condições comerciais, sem a
formalização de aditivos contratuais
Alterações comerciais negociadas pela Gerência de Contratos
Alterações das condições contratuais autorizadas somente após a
formalização de aditivos
Tanto para os contratos continuados quanto para os não continuados, não é permitido o aditamento visando a alteração do objeto
Para os contratos não continuados, obra certa ou serviços que não
são considerados de natureza continuada, somente é permitida a
emissão de 1 (um) único aditamento, referente à prorrogação de
prazo de vigência, exceto nos casos de reajuste previsto no próprio
contrato
Para os casos de exceções aos
princípios e critérios da Norma Administrativa - 03/2011, principalmente aqueles que possam trazer
prejuízo ou comprometer a eficiência
54
da operacionalização dos processos
da unidade usuária, a Gerência de
Contratos implantou o formulário
“Justificativa de Contratação/Pedido
de Exceção à Norma Administrativa
– 03/2011”. Por meio dele, a unidade
solicitante poderá justificar a necessidade da exceção e submetê-la à
aprovação da Diretoria Executiva.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
RESULTADOS OBTIDOS
• Capacitação e motivação da equipe.
• Otimização e padronização dos
processos de contratação (Norma
Administrativa - 03).
• Maior interação entre a Gerência de
Contratos e as demais unidades da
FSFX.
• Transparência dos processos de
contratação, com tratamento de
igualdade a todas as empresas participantes.
• Melhoria do nível de serviços contratados, com a pré-qualificação e
desenvolvimento dos fornecedores.
• Melhoria da imagem da instituição
perante os fornecedores.
• Aporte nos resultados financeiros
da FSFX, permitindo uma alavancagem dos seus negócios e favorecendo o aumento da sua competitividade.
• Contribuição com o fluxo de caixa
da FSFX.
• Aderência dos processos de contratação ao Planejamento Estratégico
da FSFX.
• Redução dos custos de contratação/saving.
LIÇÕES APRENDIDAS
Maior conhecimento dos custos
envolvidos na prestação de serviços.
• Conciliação entre condições técnicas e oportunidades de redução dos
preços contratados.
• Desenvolvimento das técnicas de
negociação.
• Capacitação da equipe.
• Satisfação em realizar um trabalho que trouxe benefícios a todos os
envolvidos e à instituição como um
todo.
• Reconhecimento de que as metas e
objetivos são fatores essenciais para
o sucesso da unidade.
• A quebra de paradigmas não deve
ser imposta e sim construída com a
participação de todos os envolvidos.
• Percepção de que o trabalho executado na unidade contribui para os
resultados da FSFX.
•
A resistência natural das unidades
às mudanças propostas.
• Dificuldades em realizar a mudança
da cultura e dos valores consolidados com as diretrizes anteriores.
• Insegurança das unidades envolvidas em transferir as atividades, antes realizadas por elas, para outra
unidade.
• A dificuldade de conscientização/
sensibilização das demais unidades
da FSFX quanto aos ganhos na mudança dos processos.
•
Meta
12,0%
11,04%
10,0%
8,0%
6,0%
4,0%
2,0%
DIFICULDADES
ENCONTRADAS
DURANTE A
MUDANÇA DOS
PROCESSOS
9,63%
7,85%
9,71%
Resultado
7,65%
4,0%
4,0%
4,0%
10 trimestre
20 trimestre
30 trimestre
4,0%
4,0%
0,0%
40 trimestre
Acumulado
Saving 2011 (acumulado)
%
Em R$
Menor Proposta X Valor Negociado
9,71%
1.384.751,57
Valor Orçado X Valor Negociado
13,49%
2.006.652,21
55
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS
ANÁLISE DO CONTRATO
PARA COLETA, TRANSPORTE
E DESTINAÇÃO FINAL DE
RESÍDUOS DO GRUPO D
CICLO 2012
A diminuição do
número de viagens do
transporte de materiais
entre o HMC e a Central
de Resíduos foi possível
com o aluguel de mais
uma caçamba de lixo
para o hospital e, em
especial, a revisão
de rotas para coleta
do resíduo. A prática
possibilitou a redução
de 20% no custo final
de coleta, transporte e
destinação de resíduos
hospitalares.
56
Colaboradores da Gerência de Higienização e Transporte: trabalho coletivo com foco em resultados
Desenvolvida pelos colaboradores Thiago de Souza Pereira, Alan Lage da Silveira,
Inês Alves dos Santos, Crislan Oliveira Miranda, Sebastião Menezes Teixeira, Danúbia Reis da Silva, Renata Angélica Vaz Batista Ramos e Renata Pereira Guerra,
da Gerência de Higienização e Transporte, a prática alcançou grande resultado
nos serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
do Hospital Márcio Cunha1. Para isso,
contudo, foi preciso executar um
estudo sobre as partes integrantes
do contrato – aluguel de caçambas
compactadoras; preço por tonelada
de resíduo destinado ao aterro; e
preço por viagem – levantando possíveis pontos de melhoria e redução
de custos.
O primeiro percalço estava no monopólio existente no mercado regional,
com a impossibilidade de substituição do fornecedor. Mensalmente, o
HMC encaminha cerca de 70 toneladas à Central de Resíduos do Vale do
Aço, administrada pela única empresa autorizada a recolher esse tipo de
resíduo em um raio de aproximada-
mente 200 km. Situação que torna
a negociação de preços praticamente
impossível.
A aquisição de caçambas compactadoras, em substituição ao aluguel,
também foi cogitada, porém logo
descartada devido ao alto custo de
manutenção e reposição de peças
– hoje de responsabilidade da contratada – e à inviabilidade econômica. Reduzir o volume de resíduos
(ver gráfico e tabela 2), outro ponto
de melhoria levantado, já é realizado pela FSFX, por meio do trabalho
de coleta seletiva. Só em 2011, 75
toneladas de plásticos e papel deixaram de ir para o aterro sanitário,
seguindo o caminho da reciclagem.
transporte de materiais entre o HMC
e a Central de Resíduos, que correspondia a aproximadamente 54% do
preço da fatura. Para isso, a ação
prática foi o aluguel de mais uma caçamba de lixo para o hospital. Assim,
em vez de o caminhão de transporte
de resíduos realizar quatro viagens,
entre recolher a caçamba cheia,
descarregar na Central, devolver a
caçamba e retornar à empresa, com
a prática, agora são realizadas apenas duas. Isso porque não há mais
a necessidade imediata de trazer a
caçamba vazia ao HMC, e sim no dia
seguinte, trocando-a pela caçamba
cheia e retomando toda a logística
novamente.
Apesar do gasto a mais de R$ 1.092,70
com o aluguel, a diminuição do número de viagens reduziu o gasto
com transporte pela metade. O custo
total mensal de coleta, transporte e
destinação final de resíduos passou
de R$ 6.695,00 para R$ 3.347,50,
uma redução de 50%. Mesmo com
o aluguel da caçamba, a economia
chegou a 20%, com cerca de R$
27.000,00 por ano.
A oportunidade vislumbrada estava
em reduzir o percurso e, consequentemente, o custo de viagens no
Com a mudança na
logística, foi possível
uma economia anual
de R$ 27 mil
Com a disponibilização da nova caçamba, a partir de janeiro de 2012,
os valores cobrados foram revistos
no contrato em vigor, demonstrados
no gráfico e na tabela 1.
A coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares, mesmo para aqueles considerados como do grupo D (Domiciliares), seguem exigências legais,
conforme RDC 306/2004 da ANVISA e CONAMA 358/2005.
1
57
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
GRÁFICO E TABELA 1 – CUSTO EM REAL COM COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
DO GRUPO D – HMC I E II.
R$
16.000,00
14.000,00
12.000,00
10.000,00
8.000,00
6.000,00
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
MÊS
R$
SET/11
12.294,24
OUT/11
12.741,45
NOV/11
8.865,98
DEZ/11
9.528,28
JAN/12
10.831,50
FEV/12
10.186,19
MAR/12
11.321,12
ABR/12
10.627,83
MAI/12
11.074,80
JUN/12
10.915,41
JUL/12
11.251,36
2012
2012
2012
Obs.: Houve reajuste anual de 6,17% a partir de jan/12, conforme contrato. Em novembro
e dezembro não foi cobrado o aluguel da terceira caçamba.
58
Valor R$
Tendência
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
GRÁFICO E TABELA 2 - VOLUME DE RESÍDUOS DO GRUPO D ENCAMINHADOS AO ATERRO SANITÁRIO, EM
TONELADAS (t).
TONELADAS
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
2011
2011
2011
2011
2012
2012
2012
2012
2012
MÊS
TONELADAS
SET/11
61,2
OUT/11
64,6
NOV/11
62,0
DEZ/11
64,7
JAN/12
62,1
FEV/12
55,2
MAR/12
67,7
ABR/12
60,6
MAI/12
65,9
JUN/12
63,2
JUL/12
68,9
2012
2012
Volume em t
Tendência
LIÇÕES APRENDIDAS
A prática ressaltou a importância da análise detalhada de dados, da discussão em grupo e da disponibilidade para
revisão constante dos processos, levando a ganhos sem perda de qualidade dos serviços, mesmo em situações
adversas.
59
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
60
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PRÁTICAS DA
EDUCAÇÃO
61
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PROJETO
CUIDAR
CICLO 2011
Adotado no Colégio São Francisco Xavier, o projeto estabelece um paralelo
entre os cuidados com uma planta e o relacionamento e rendimento das
turmas do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano), por meio de ações de
conservação, respeito e solidariedade. A prática traz reflexos diretos no
patrimônio escolar e no índice de aprovação dos alunos.
A questão ambiental vem sendo considerada cada vez mais importante
e urgente para a sociedade. Nas
escolas essa consciência já chegou,
ao abordarem o meio ambiente como
tema transversal dos currículos escolares, permeando toda a prática
educacional. Ciente do seu papel de
relevância na educação de crianças,
adolescentes e jovens, o Colégio São
Francisco Xavier (CSFX) se preocupa
em contribuir com a formação de
cidadãos conscientes, aptos para
decidir e atuar na realidade socioambiental de modo comprometido com
a vida e com o bem-estar de todos.
Dessa forma, a Coordenação Geral
do Ensino Fundamental II (6o ao 9o
ano) e a equipe de pedagogas, re62
presentadas pelas colaboradoras
Adriana Soares Souza, Fabiane Costa
de Araújo Porto, Maria das Graças
Pessoa, Mary de Assis Silva Franco
e Simone Dutra Machado de Oliveira,
desenvolveram e lançaram em março
de 2010 o Projeto Cuidar. Um plano
que visa educar os futuros cidadãos
brasileiros com valores que propiciem cuidados nos âmbitos pessoal,
ambiental e social, de modo a agirem
com respeito e sensibilidade frente
ao ambiente em que vivem, conservando-o no presente e para as próximas gerações.
A ideia da implantação do Projeto Cuidar surgiu como uma ação corretiva
ao aumento do número de carteiras
escolares danificadas, de paredes
sujas, de objetos escolares perdidos
na escola, de papéis e embalagens
de merenda jogados no chão, entre
outros. Respeito, solidariedade, amizade, conservação, cuidado com os
objetos e com a própria escola foram
alguns dos temas tratados durante
a realização do projeto, de forma a
ampliar o olhar cuidadoso do aluno
para o ambiente escolar como um
todo, desde o mobiliário, a estrutura física, passando pelos jardins
até as pessoas. O que era apenas
uma ideia, cresceu, tomou corpo e
tornou-se uma prática dividida em
etapas, aplicadas no decorrer de oito
meses.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
OBJETIVOS DAS AÇÕES
DO PROJETO
DESENVOLVIMENTO
Relacionar cuidados concedidos às
plantas com cuidados tomados por
todos da turma, na formação de laços de amizade que contribuam para
o estabelecimento de um ambiente
de respeito e de compromisso com
as atividades escolares.
• Conhecer e compreender, de modo
integrado e sistêmico, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente.
• Respeitar e cuidar do ambiente,
modificando atitudes e práticas pessoais.
• Adotar posturas na escola, em casa
e em sua comunidade que levem a
interações construtivas, justas e
ambientalmente sustentáveis.
• Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental de
modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar
de modo reativo e propositivo para
garantir um meio ambiente saudável
e a boa qualidade de vida.
Em aula cedida ao Serviço de Orientação Educacional, as pedagogas levaram aos alunos reflexões sobre o
tema “Preservação e conservação do
ambiente e das relações pessoais e
sociais”, subdivididas nos seguintes
tópicos:
•
1a ETAPA – REFLEXÕES
Reflexão 1 – O que é meio
ambiente? Que elementos compõem
o nosso ambiente aqui na escola?
Reflexão 2 – O ambiente da nossa
escola e o da nossa sala de aula
poderiam ser melhorados em algum
aspecto?
Reflexão 3 – Que ações podem
ser realizadas para contribuir com
a preservação e a conservação do
nosso ambiente escolar, tanto na
parte física quanto na parte social?
Reflexão 4 – Na última reflexão,
o objetivo foi levar o aluno a
reconhecer e valorizar a instituição
em que estuda, a qualidade de
ensino, os professores capacitados
e seus materiais, uniformes e
lanches. Tudo isso contribuiu para
um ambiente escolar acompanhado
de carinho, atenção e compromisso
com o bem-estar de todos.
2a ETAPA – DESENHOS E
MONTAGEM DE MURAL
Após o momento de reflexões, cada
aluno confeccionou dois desenhos,
um retratando o ambiente escolar
degradado e outro o ambiente escolar limpo, preservado e conservado.
Depois de prontos, os desenhos foram expostos em um mural, com o
título: “Quem ama, cuida!”
3a ETAPA – OS DIVERSOS
SENTIDOS DA PALAVRA CUIDAR
A partir de discussões em sala, foi
realizada a montagem de um acróstico pelos alunos, com as letras da
palavra CUIDAR, ressaltando atitudes
e valores que revelam cuidados com
o ambiente físico, com as relações
sociais e com a vida acadêmica.
Arthur Pessoa Morais, Adriele Debortoli da Silva, Daniel Stoller Souza - 9° ano/ T.91
63
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
4a ETAPA – TABELA DE LIMPEZA
E ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE
DA SALA
Divulgada pelas pedagogas, a tabela
é composta pelo calendário (dia do
mês/dia da semana) e as opções
de classificação da qualidade do
ambiente físico da sala em cada dia
de aula como ótimo, bom, regular
ou ruim. A tabela foi colada atrás
da porta e preenchida diariamente
pelo(a) auxiliar de limpeza. Sua tarefa foi observar em que estado a
turma deixou a sala após as aulas,
e marcar a opção que melhor retrate
a qualidade do ambiente, observando
sala limpa, lixo na lixeira, carteiras
organizadas, entre outros itens. A
turma que obteve a melhor concei-
Adriane Soares Souza
Orientadora Pedagógica do 7° ao 9° ano
tuação no final do mês recebeu um
prêmio.
5a ETAPA – RETRATANDO O
AMBIENTE DA TURMA
Aqui, cada turma recebeu um vaso
de planta representando o ambiente
dos alunos. Os alunos deveriam dedicar à planta o mesmo cuidado que
dedicaram ao ambiente, ao patrimônio físico e às relações pessoais, fazendo da planta “retrato da turma”.
Para isso, ao longo do ano, os estudantes receberam como objetivos:
• Identificar o vaso com o nome cien-
tífico dessa planta, com o nome popular pelo qual é conhecida e com
o “nome fantasia” (nome carinhoso)
pelo qual a chamarão.
• Pesquisar os cuidados necessários à planta: recomendações sobre
quantas vezes aguar, quantidade de
luz solar que deve receber e cuidados com a terra. Tais informações
obtidas foram expostas em cartazes
na sala.
• Escolher um local adequado para
o vaso com a planta, dentro da sala
de aula.
• Organizar uma escala de alunos
responsáveis por cuidar da planta
na sala de aula (sugerir rodízio de
pessoas).
Na última semana do ano letivo, o
vaso com a planta foi sorteado entre
os alunos da turma.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
CONCLUSÕES
Sempre que foi necessário intervir
em algum problema de comportamento no cumprimento das regras,
na organização, nas relações interpessoais, no compromisso com as
tarefas ou no rendimento escolar,
o ponto de partida foi o vaso com
a planta, relacionando-o aos fatos
ocorridos na turma. Assim, assuntos
como amizade, respeito, compromisso com os estudos e com as tarefas,
união, colaboração, solidariedade,
preservação do patrimônio escolar
e conservação do ambiente físico
passaram a ser tratados com os
alunos de maneira simples e prática,
trazendo mudanças no seu comportamento. De forma concreta, os alunos visualizaram soluções para os
problemas enfrentados, baseando-se nos cuidados que dispensam ao
vaso com a planta.
LIÇÕES APRENDIDAS
“Em setembro de 2010, a turma 63
me chamou a atenção, por reunir um
número significativo de alunos que
apresentavam baixo rendimento e
descompromisso com as tarefas de
sala e de casa. Numa ação corretiva, a conversa que tivemos com os
alunos partiu dos cuidados que eles
dispensavam ao vaso com a planta
da turma, que, para nossa surpresa
e até mesmo dos próprios alunos,
não estava nem dentro da sala. Um
aluno buscou o vaso, sujo, com a
planta seca e descuidada. Esse era o
'retrato da turma 63'. Os alunos perceberam como estavam descuidados. A partir daí, ajudamos a turma a
listar os compromissos para o último
trimestre, com foco em novas posturas. Motivados, eles limparam o vaso,
renovaram a identificação que havia
nele, aguaram a planta e a deixaram
em um lugar de destaque, na sala.
O vaso voltou a receber atenção e,
a partir daí, percebemos um número
bem menor de ocorrências por falta
de tarefas e a melhoria no rendimento escolar dos alunos. Foi uma forma
prática de provocar mudanças.”
O Projeto Cuidar
tornou-se um
projeto institucional,
sendo implantado
novamente em 2012
junto aos alunos do
6o ao 9o ano.
Mary de Assis Silva Franco
Supervisora Pedagógica
“A limpeza geral das salas do Ensino Fundamental
II, no final de 2010, foi muito mais fácil. Houve
uma melhora muito grande. Encontramos um
número bem menor de carteiras riscadas ou
danificadas e as paredes estavam mais limpas.
Com o incentivo das plantas no vasinho, os
alunos cuidaram mais da sala.”
Maura Soares Ferreira
Auxiliar de Higienização e Limpeza
65
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
SARAU
LITERÁRIO
CICLO 2011
Projeto pedagógico educacional que visa
resgatar e desenvolver nos alunos de ensino
infantil, fundamental, integral e médio o
hábito de leitura de literatura, poesias,
contos, causos, crônicas, lendas folclóricas e
despertá-los para manifestações artísticas,
tais como música, dança e teatro.
Kênia Rodrigues Auxiliar de Biblioteca - Paulo Vitor Biblioteconomista
66
A biblioteca escolar é um centro de
pesquisa e ação cultural que objetiva o desenvolvimento da leitura e
da cidadania na escola. Definida em
diversos países latinos como "centro
ativo de aprendizagem" e de atividades culturais para a comunidade,
um dos principais papéis da biblioteca escolar é desenvolver projetos
e atividades integradas, evitando o
fracionamento entre as áreas científicas, técnicas e artísticas, salientando suas funções intelectuais, ativas
e criativas.
Daí a abertura para consagrar esse
espaço como palco democrático de
atividades de discussões em grupo,
pesquisas escolares, de poesias,
contos, saraus, exposições e leitura
em geral, uma vez que seus usuários – alunos, professores, colaboradores, pais e pessoas da comunidade
– buscam nela os mais diversificados
tipos de informação, lazer e recreação. Buscam motivações para o
aprendizado e o gosto pela leitura.
Segundo Caldeira (2003, p. 47), a
biblioteca escolar visa “[...] proporcionar aos alunos oportunidades de
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Matheus Henrique Dutra Oliveira 2° ano/ T.201 - Ana Carolina Maia Batista 2° ano/ T. 201 - Mariana Plácida de Faria Costa 1° ano/ T. 101
leitura intensa e autônoma, além de
incentivar a busca de informação
para responder a questionamentos e
solucionar problemas [...].”
desenvolvimento das atividades de
ensino, pesquisa e extensão propostas pelo Colégio São Francisco Xavier.
Ler, refletir, pensar, estar a favor ou
contra, comentar, trocar opiniões,
posicionar-se, enfim, exercer desde
cedo a cidadania. É dessa percepção
pelo papel da leitura na formação escolar que nasceu o projeto Sarau Literário, envolvendo alunos de Ensino
Infantil, Fundamental I, Fundamental
II, Integral e Médio. Um trabalho dos
colaboradores Paulo Vítor Oliveira e
Kênia Rodrigues Vieira, da Biblioteca
José Amilar da Silveira, com o apoio
da Coordenação Geral de Desenvolvimento e Promoção da Educação, no
O Sarau Literário tem como objetivo
proporcionar momentos de prazer e
alegria aos alunos e a toda comunidade do CSFX, resgatando e desenvolvendo o hábito de leitura por
meio de literatura, poesias, contos,
causos, crônicas, lendas folclóricas,
música, dança e teatro. Além disso,
os trabalhos visam valorizar as relações interpessoais e o espírito de
cooperação e respeito entre os alunos, integrar disciplinas, aprimorar a
capacidade linguística dos alunos e
valorizar a biblioteca e o acervo literário do CSFX.
“Desejamos mostrar para
os alunos que a biblioteca
é lugar da literatura,
dos livros e da pesquisa.
Ficamos satisfeitos com
a grande participação
dos estudantes. Acredito
que foi o começo para
despertar a vontade
de todos de visitarem
mais esse espaço do
conhecimento.”
Nancy Nogueira – Professora de
Português e Teatro
67
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
(1997, p.49), a dança instituída no ambiente escolar
proporciona ao aluno:
• Compreender a estrutura e o funcionamento do corpo
e os elementos que compõem o seu movimento.
• Interessar-se pela dança como atividade coletiva.
• Compreender e apreciar as diversas danças como
manifestações culturais.
São benefícios da prática musical ao aluno:
• Interpretar, improvisar e compor, demonstrando alguma
capacidade ou habilidade.
• Reconhecer e apreciar os seus trabalhos musicais, de
colegas e de músicos por meio das próprias reflexões,
emoções e conhecimentos, sem preconceitos estéticos,
artísticos, étnicos e de gênero.
• Compreender a música como produto cultural histórico
em evolução, sua articulação com as histórias do mundo
e as funções, valores e finalidades que foram atribuídas
a ela por diferentes povos e épocas.
• Reconhecer e valorizar o desenvolvimento pessoal em
música nas atividades de produção e apreciação, assim
como na elaboração de conhecimentos sobre a música
como produto cultural e histórico.
O teatro aplicado no cotidiano escolar
possibilita ao aluno:
• Compreender e estar habilitado para se expressar na
linguagem dramática.
• Compreender o teatro como ação coletiva.
• Compreender e apreciar as diversas formas de teatro
produzidas nas culturas.
68
DESENVOLVIMENTO
1a ETAPA
ELABORAÇÃO DO PROJETO
2a ETAPA
INSCRIÇÕES
Os alunos optaram pela temática de
sua escolha de acordo com os temas
abordados: Poesias; Causo; Contos;
Crônicas; Lendas folclóricas; Músicas
poéticas; Literatura; Teatro; Dança.
3a ETAPA
CRONOGRAMA
Filtragem das inscrições e
preparação do cronograma, dividindo
as apresentações por turma e
alunos.
4a ETAPA
SELEÇÃO DE OBRAS E TEXTOS
Cada professor ficou responsável
pela sua respectiva série, pela escolha das obras e indicação delas aos
alunos. Os professores selecionaram
textos adequados às habilidades de
leitura e ao repertório dos alunos. A
escolha foi feita pensando nas possibilidades de adaptação desse texto
para as apresentações. E, para tanto,
foi de fundamental importância observar se a história escolhida tinha
condições de envolver o espectador.
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
5a ETAPA
APRESENTAÇÃO DO SARAU
Exposição “O Leitor Indica”: Durante
o evento do Sarau Literário, a Biblioteca José Amilar da Silveira realizou
uma exposição de livros, revistas e
gibis para divulgação do seu acervo.
Ao lado dos livros expostos, havia
um comentário ou uma dica dos alunos dando vários motivos para que
as pessoas visitantes pudessem ler
o livro recomendado. Foi exposto um
cavalete com vários papéis presos e
um pincel, onde o aluno pôde deixar
seu recado como leitor, indicando
uma obra, um autor, ou até mesmo
relatando a sinopse do livro indicado.
Para atender a necessidades e interesses educacionais e culturais
das pessoas com deficiência visual,
a Biblioteca José Amilar da Silveira,
em parceria com a Fundação Dorina
Nowill, oferece um acervo variado de
títulos em audiolivro e braile, entre
clássicos da literatura nacional e
estrangeira, obras de leitura obrigatória para vestibulares e os mais
recentes best-sellers.
RESULTADOS
dariedade e, principalmente, o contato e uma melhor convivência entre
alunos, professores, funcionários e
comunidade.
O Sarau Literário mostrou-se uma
prática transformadora ao contribuir
para a superação da timidez para
muitos alunos. Além disso, o projeto estimulou a revelação de novos
autores, proporcionou expansão do
conhecimento e mentalidade crítica,
valorizou o ser humano e o conhecimento do patrimônio cultural. No dia
a dia em sala de aula, percebeu-se
ainda um impulso ao desenvolvimento do vocabulário, da concentração,
da disciplina, do respeito e da soli-
Tendo em vista o grande número de
participantes no Sarau Literário, observou-se que é muito importante o
desenvolvimento de ações culturais
envolvendo todos os segmentos da
escola e da comunidade, expandindo o acesso à cultura, à educação, à
cidadania e à construção do conhecimento de cada pessoa que interage
com o Colégio São Francisco Xavier.
RELAÇÃO DO AUMENTO DO VOLUME
DE EMPRÉSTIMOS NA BIBLIOTECA
704
433
261
JUNHO
JULHO
AGOSTO
Nota: a queda no mês de julho deve-se às férias escolares.
“Ler vai muito além de decodificar códigos linguísticos, ler é ver
com a alma. Ler é entender, sentir e viver o que está implícito nas
entrelinhas. Essa leitura plena só acontece a partir do momento em
que o leitor é envolvido em situações criativas e envolventes como foi
o Sarau Literário. Parabéns à equipe, e venham outros eventos!”
Cláudia Vargas
Professora do Ensino Fundamental I
69
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
PROJETO
GAIA
CICLO 2012
A partir da conscientização ambiental em sala de
aula, alunos do 5o ano do CSFX trabalharam questões
referentes à sustentabilidade e à poluição e mobilizaram
a comunidade por meio de uma gincana. O óleo saturado
recolhido na ação foi ainda trocado por materiais de
limpeza, o que beneficiou instituições carentes da região.
No Colégio São Francisco Xavier, zelar
pelo meio ambiente é coisa que se
aprende desde cedo, como demonstrou o Projeto Gaia junto aos alunos
de cinco turmas do 5o ano do Ensino
Fundamental. Realizada pelos colaboradores Weber Campos de Souza,
Delme Araújo Castro Garcia, Gabriela
Bicalho Barros, Kelly Cristina Leite e
Luciene Nascimento Cardoso, a prática abordou questões referentes a
sustentabilidade, poluição ambiental
e reciclagem, levando os alunos a
refletir, analisar e praticar os conhecimentos sobre a questão do óleo
saturado dentro e fora da sala de
aula.
Partindo da disciplina Ciências, a
1a etapa do projeto levou informação
sobre os impactos do descarte incorreto do óleo saturado na natureza, a
contextualização desse cenário nas
cidades e a importância da reciclagem. Dados que, utilizados na aula
de Filosofia, ressaltaram a importância de um “novo” pensar filosófico na
área ambiental, justificando como o
pensamento está ligado diretamente
às ações. Para potencializar o conhe-
70
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
cimento adquirido, os alunos receberam a visita da diretora da Recóleo,
uma empresa de coleta e reciclagem
de óleo vegetal para a produção de
biodiesel, e participaram de um debate para esclarecer dúvidas, mitos e
soluções para a poluição.
Durante o encontro, os alunos realizaram ainda a leitura da música
“Sal da Terra”, explicando-se aos estudantes o nome do projeto. Gaia,
representação do planeta Terra na
mitologia grega, ressaltou a responsabilidade de todos com as atitudes
no dia a dia que podem contribuir
para uma sociedade mais justa e
ética.
Na etapa seguinte, o Projeto Gaia envolveu os pais, por meio da agenda
eletrônica semanal1 e das reuniões
de pais, multiplicando dicas e in1
formações sobre a importância da
reciclagem do óleo. Ao levar as discussões sobre o assunto também
para a casa dos estudantes, houve
ainda um maior interesse dos alunos
sobre o tema, percebido não apenas
em sala, mas ainda por ligações de
pais elogiando o projeto e solicitando
novos dados sobre o assunto.
Após todas essas reflexões, as cinco
turmas do 5o ano do Ensino Fundamental, divididas em grupos de seis
alunos, começaram uma gincana,
com as tarefas de criarem cartazes,
músicas, desenhos, slogans sobre o
tema e um desafio: arrecadar o maior
número de óleo usado para reciclagem. Ao todo, foram arrecadados
640 litros do produto em oito dias,
entregues no posto de coleta montado nas dependências do Colégio. A
união entre pais e filhos para ir às
ruas e conscientizar ainda mais pessoas sobre questão da sustentabilidade
ressalta o valor da escola como um
espaço privilegiado para a formação de
cidadãos e desenvolvimento de valores
e atitudes sustentáveis.
A iniciativa não parou por aí. Todo o
resíduo obtido foi trocado pela Recóleo
por materiais de limpeza. Com isso, os
alunos do CSFX puderam ainda beneficiar as entidades Casa da Esperança e
Creche Lar Escola da Caridade.
Foram arrecadados
640 litros de óleo
saturado para
reciclagem
Ferramenta de comunicação entre a escola e a família do aluno sobre os compromissos do período
Alunos do 50 ano durante a entrega das
arrecadações no Shopping do Vale
71
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
GRÁFICOS DA ARRECADAÇÃO DO ÓLEO SATURADO – SHOPPING DO VALE DO AÇO
ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2011
800
600
400
530
482
420
415
340
200
0
Litros
ABRIL
MAIO
DESENVOLVIMENTO
1a etapa – Abordagem do tema
sustentabilidade e poluição ambiental em sala de aula nas disciplinas
Ciências e Filosofia;
• 2a etapa – Visita ao Colégio da diretora da Recóleo, empresa de coleta e
reciclagem de óleo vegetal;
• 3a etapa – Reflexões e debate dos
conhecimentos adquiridos durante a
visita;
• 4a etapa – Divulgação das informações para os pais de alunos;
• 5a etapa – Gincana: pequenos com
grandes responsabilidades.
•
RESULTADOS OBTIDOS
Destacar a importância da filosofia
inserida na educação dos primeiros
anos do Ensino Fundamental I, com o
objetivo principal de estimular o pleno desenvolvimento social, afetivo e
cognitivo dos alunos;
• Aumento de postos de coleta de
óleos utilizados na cidade de Ipatinga;
•
72
JUNHO
JULHO
Maior interação dos pais a respeito
de projetos desenvolvidos no CSFX;
• Foram arrecadados 640 litros de
óleo durante oito dias de coleta;
• A partir da gincana, novos restaurantes passaram a destinar cerca de
80 litros de óleo vegetal usado por
semana;
• Participação dos alunos para a
continuidade do projeto por meio de
conscientização;
• Famílias de 32 alunos também passaram a entregar nos postos de coleta o óleo utilizado em suas casas.
•
LIÇÕES APRENDIDAS
“Nossa como foi boa! Aprendemos
muito, desde o processo de reciclagem até as consequências que ela
pode trazer para nós. A turma ficou
empolgada e conseguimos aumentar
ainda mais o gosto pela disciplina de
Filosofia.”
Entrevistada: Júlia Lima
Aluna da turma 54
AGOSTO
“Achei muito boa a iniciativa da escola
de mostrar aos pais e alunos como
somente 1 litro de óleo polui tanto.
Isso dá consciência a todos nós de
que o futuro do meio ambiente depende de cada um. Tive a oportunidade de ir à casa de muitos vizinhos
e parentes para ajudar a minha filha
na gincana; com isso, todos ganhamos mais conhecimentos, entretenimento com as pessoas envolvidas,
sem falar do gostinho de poder ajudar minha filha durante o meu dia
de folga, conseguimos arrecadar 46
litros em uma tarde. Valeu a pena!”
Entrevistada: Micheline Barros
Mãe da aluna Stéphanie, da turma 51
“Na atualidade, a convivência em
sociedade exige que o aluno compartilhe seu raciocínio com clareza e
que ele seja capaz de compreender
e atuar nas demandas socioculturais
e ambientais em que está inserido.
Baseado nesse princípio, as aulas de
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2012
800
600
400
684
512
556
530
518
200
0
Litros
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
Filosofia ministradas pelo professor
Weber foram organizadas de maneira
que pudessem promover uma grande variedade de atividades envolvendo os alunos do 5o ano na atuação
cidadã em relação à coleta de óleo
para reutilização, promovendo não
só a conscientização como também a
prática dos alunos e comunidade escolar, mobilizando outras disciplinas
para que os alunos, assim, tivessem
oportunidade de construir significado e dar vida ao aprendizado.”
Entrevistada: Kelly Cristina Leite
Supervisora do Ensino Fundamental I
“Inserir a Filosofia na educação dos
primeiros anos é estimular o pleno
desenvolvimento social, afetivo e
cognitivo dos alunos.”
A professora Delme Garcia (à esquerda), a supervisora Kelly Leite, a coordenadora Gabriela Barros, o
professor Weber Campos e a orientadora Luciene Nascimento integram a equipe do Projeto Gaia
Weber Campos
Professor de Filosofia do Ensino Fundamental I
73
FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM
EXPEDIENTE
Luís Márcio Araújo Ramos
Diretor-Executivo da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde
Adriana Leite Chaves Quintela
Superintendente de Gestão
Mauro Oscar Soares de Souza Lima
Superintendente do Hospital Márcio Cunha
Adseu Álvares de Andrade
Superintendente de Planos de Saúde
Solange Liége dos Santos Prado
Superintendente do Colégio São Francisco Xavier
Carlos Antônio de Souza
Superintendente do Centro de Odontologia Integrada
Amália Regina Lage Leão
Superintendente de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente
José Carlos de Carvalho Gallinari
Assessor Especial de Relações Institucionais
Alessandra Pinto Simões
Assessora de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade
Alexandre Albuquerque Guimarães
Assessor da Auditoria Corporativa
Felipe Lannes de Aguiar Pacheco
Assessor Jurídico
Érica Pascoal Fernandes
Assessora de Comunicação
FICHA TÉCNICA
Produção | Assessoria de Comunicação
Textos | Assessoria de Comunicação e Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade
Design e diagramação | Café c/ Design
Fotografia | Arquivo FSFX, Nilmar Lage, João Rabelo e Gustavo Jácome
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