SER HUMANO
NATURAL E INTEGRADO
(Pensar – Sentir – Querer)
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Ser Humano Natural e Integrado (Pensar – Sentir – Querer)
As pessoas que não fazem um trabalho interior de auto-educação funcionam de
uma maneira bastante parecida ao descrito a seguir. Andamos pelo mundo e
temos as nossas percepções dos objetos e das pessoas que nos cercam. Estas
percepções provocam em nós determinados estímulos:
O primeiro estímulo
Acontece no pensar, quando ligamos a nossa percepção a um conceito que
temos na memória:
Isto é uma casa.
Isto é uma mesa.
Isto é uma criança.
Outros conceitos.
Casa, mesa e criança são conceitos que já temos gravados na nossa memória
em função de experiências similares anteriores.
O segundo estímulo
Acontece no sentir, quando qualificamos o objeto ou a pessoa percebida:
É uma casa linda.
É uma mesa suja.
É uma criança malcriada.
O nosso sentir fez um julgamento e responde com simpatia ou antipatia.
Simpatia quando o objeto ou a pessoa agrada, e antipatia quando desagrada:
Agrado —>Simpatia —>Atração.
Desagrado —>Antipatia —>Repulsa.
Estes são os dois movimentos básicos do nosso sentir.
A antipatia é um sentimento “frio”, que nos faz afastar interiormente do
objeto ou da pessoa percebida. O resultado é que o nosso pensar é poluído pela
antipatia. O pensar poluído produz:
Qual é a prioridade para analisar e resolver o problema?
Pré-conceitos.
Rotulagens.
Críticas.
Classificações.
Generalizações.
Outros pensamentos poluídos.
Usamos então expressões como estas:
As mulheres... Os homens... Os negros... Os gringos...
Você nunca vai melhorar...
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Isso é tipicamente de você...
Não esperava outra coisa dele...
Todos os nordestinos são iguais...
Você é sempre a mesma coisa...
Todos os políticos são safados...
Outras generalizações.
Fazemos julgamentos baseados na nossa antipatia, que não tem relação com a
realidade.
Desta maneira filtramos as nossas percepções e perdemos a oportunidade de
enxergar a realidade como ela é. Ficamos presos em nossa subjetividade como
um inseto numa teia de aranha.
A simpatia, por sua vez, é um sentimento “quente” que faz com que nos
identifiquemos com o objeto ou com a pessoa percebida. O resultado é que a
nossa consciência fica abafada pela identificação com o outro e perdemos
então o nosso senso crítico.
O terceiro estímulo acontece no nosso querer e é mais impulsionado pelos
nossos instintos, impulsos e necessidades fisiológicas do que pelo senso crítico,
que somente pode ser acionado pela força da antipatia.
Os resultados são:
Ações espontâneas e impensadas.
Hábitos e rotinas.
O esquema nas próximas duas páginas tenta representar estes fatos. As pessoas
que fazem um esforço consciente para a sua auto-educação ou autodesenvolvimento funcionam de maneira diferente. Elas substituem os
sentimentos da antipatia e simpatia pela Empatia, o que tem grandes
conseqüências para a sua conduta. Para facilitar a compreensão, vamos fazer a
ilustração antes da descrição:
Ser Humano Natural
PENSAR
Estí mulos
Percepção
Cegueira para
a realidade
Conceituação
Anti patia
Repulsa
Simpatia
Atração
Polarização
Percepção distorcida
Classificação
Pre-conceitos
Críticas
SENTIR
Ação
Inte mpesti va
Impensada
QUERER
Medo do desconhecido
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Simpatia
Antipatia
Polarização
Hábitos
Rotinas
Impulsos
Desejos
Dependência
emocional
Medo do
desconhecido
Baixa Auto-Estima
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Ser Humano Integrado
Estímulos
PENSAR
Percepç ão
Conceituação
Análise
Equilíbrio interior
Empati a
Pondera ção
Interesse genuíno
Percepção real
Presença de espírito
Abertura para o mundo
SENTIR
Ação c om
responsabili dade
Criati va
Corajosa
QUERER
Ação
responsável
criativa
corajosa
Decisão li vre obje ti va
Coragem e iniciativa
Alta Auto-Estima
Podemos verificar que a percepção e os estímulos iniciais1 acontecem da
mesma maneira como no homem natural. Também a conceituação2 acontece da
mesma maneira.
A grande diferença acontece no sentir, onde evoluímos com a nossa disciplina
interior substituindo a Simpatia e a Antipatia, que são espontâneas, pela
Empatia, que é uma atitude que tem de ser desenvolvida3.
Quando conseguimos nos defrontar com os fenômenos externos, praticando a
empatia na nossa alma, teremos condições de efetuar em nosso interior um
processo decisório maduro:
4. Analisando objetivamente os fenômenos – com o nosso pensar.
5. Ponderando e julgando – com o nosso sentir.
6. Concluindo ou decidindo – com o nosso querer.
Então, seremos capazes de gerar ações responsáveis e certeiras, seja em forma
de palavras, gestos ou atividades práticas.
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