TÍTULO Aluno: CAROLINE SOARES MOREIRA Colaboradores: Orientador: CLAUDIA LOPES FALCONIERE Curso / Instituição de Ensino Superior: MEDICINA /UNIGRANRIO Introdução O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro, não de natureza degenerativa ou congênita, mas causada por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico. Pode também resultar no distúrbio do funcionamento comportamental ou emocional. Este pode ser temporário ou permanente e provocar comprometimento funcional parcial ou total, ou mau ajustamento psicológico. (SMITH, 1994). O TCE pode ser provocado por acidente de trânsito (60 a 70%), quedas (20%) e outras causas mais raras como agressões e projétil de arma de fogo. (PECLAT, 2013). Os pacientes vítimas de TCE são a quarta principal causa de mortalidade nos EUA nos últimos 40 anos, enquanto que entre as pessoas de 1 a 45 anos se encontram em primeiro lugar. A mortalidade dos pacientes vítimas de TCE está em torno de 40% e não está limitada somente aos países desenvolvidos, sendo o TCE bastante presente em todo mundo. Infelizmente, mais da metade das mortes por TCE ocorre no local do trauma, sem tempo hábil para reanimação. (PECLAT, 2013) • Alertar a população sobre a gravidade e a frequência dos casos, mostrando como é comum a ocorrência, disponibilizando banco de dados para atuação em campanhas de conscientização. • Fazer um levantamento das principais causas para ajudar na lista de medidas preventivas e na informação para pacientes. Material e Métodos Análise Retrospectiva através do uso de banco de dados dos pacientes devidamente preenchidos do ano de 2006 a 2011. O cenário estudado foi o Hospital Adão Pereira Nunes, localizado no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Estão incluídos todos os pacientes internados no CTI Pediátrico com o diagnóstico de traumatismo cranioencefalico, independente da causa, no período de 2006 a 2011. Com avaliação dos seguintes parâmetros: idade, sexo e fator causal. Análise do banco de dados – Foi feito um levantamento de alguns dados dos pacientes nesse período (2006 a 2011). Atualização das planilhas – O preenchimento das planilhas foi feito junto com a análise do banco de dados para evitar possíveis erros e melhor aproveitamento do tempo. O TCE constitui qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. É a causa de morte mais frequente entre os 2 e 42 anos de idade . (NITRINI, 1993) Referências Bibliográficas – Foram feitas buscas de referências bibliográficas condizentes com o tema para um melhor estudo. A incidência de TCE é maior para homens que para mulheres em mais de 2:1. Mais de 50% dos pacientes com TCE está entre as idades de 15 e 24 anos.(SMITH, 1994) Este estudo nos permitiu uma análise do perfil das crianças internadas numa UTI pediátrica do Hospital Adão Pereira Nunes, localizado na baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Como limitação do estudo, sua amostra não reflete adequadamente as características da população geral. Além disso, atende uma população com características bem específicas do ponto de vista social, econômico e cultural. Portanto, muitas das conclusões do trabalho serão de validade interna, não podendo ser atribuídas à população em geral. Verificou-se, a partir do perfil das crianças e adolescentes pesquisados no período do estudo, que a maioria dos internados é do sexo masculino (68,2%). Outros estudos confirmam estes achados, Objetivos OBJETIVO GERAL: • Identificar as principais etiologias de TCE dos pacientes pediátricos internados numa unidade de terapia intensiva, montando um perfil dos pacientes acometidos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Resultados PROPEP 2013 sugerindo que o maior acometimento esteja relacionado à exposição das crianças do sexo masculino aos agentes e situações de risco. Existe, porém, outro fator importante, qual seja: culturalmente, o “menino” adquire liberdade mais precoce em relação às “meninas” e começam a desempenhar atividades com menor supervisão direta dos adultos. Diante disso, têm maior tempo de exposição às situações passíveis para a ocorrência de acidentes. Isso se confirma com uma etiologia verificada no estudo como a “queda da laje”, onde maioria dos meninos “soltam pipas”. Outra variável foi a faixa etária com maior incidência de 6 a 10 anos o que correspondeu a 34,5% do total de crianças. Das etiologias apresentadas, acidente de trânsito foi a maior causa nesse estudo com 51,2%, tendo como principais fatores causais atropelamentos (49,2%) e Colisão (2%). A partir disso, as medidas preventivas, segundo este estudo, devem estar focadas em melhores leis de trânsito, sinalização adequada e punição mais rigorosa para quem não cumpre as leis, para que o motorista tenha mais cautela antes de assumir um automóvel. Conclusões Pode-se concluir que o mecanismo do TCE envolve várias modalidades, sendo umas mais complexas que outras, predizer o real prognóstico do paciente. Quanto aos custos relacionados às vítimas de TCE, a questão vai além dos gastos médico-hospitalares, que segundo Jones Jr (2006) é cerca de 25 bilhões de dólares por ano nos Estados Unidos, e no Brasil estima-se que os gastos sejam em torno de nove bilhões de reais anuais. Envolvem outros gastos que são relacionados a perda de produtividade gerada por limitações físicas e ao aumento no orçamento previdenciário por sequelas incapacitantes. Há também um dado preocupante, o fato dos acidentes de trânsito serem a primeira causa de TCE, pois se torna cada vez mais evidente a imprudência por parte dos motoristas, o descaso do poder público com a conservação das rodovias e também a falta de cuidado por parte dos pedestres, fatores estes, que somados implicam muito na prevalência do grande número de acidentes de trânsito e consequentemente, na prevalência do alto índice de vítimas de traumatismo cranioencefálico. Na qualidade de futura médica, a partir deste estudo concretizado neste artigo, ter a certeza de que no nosso cotidiano profissional, vamos deparar sempre com esse problema que hoje é uma triste realidade, com dimensão muito mais ampla do que muita gente pode imaginar. Referências Bibliográficas ALEXIOU, George A; SFAKIANOS, George; PRODROMOU,Neofytos. Pediatric head trauma. Journal of Emergencies, trauma and Shock. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC316 2713/?report=printable>. Último acesso em 02 março de 2013. ANDRADE AF, FIGUEIREDO EG, BROCK RS. Orientação aos familiares e pacientes que sofreram traumatismo craniano-cerebral. Disponível em: <http://www.sbn.com.br/programas/pensebem.htm> Acesso em 30 de abril de 2013. ANDRADE, AF; MARINO Jr R, MIURA FK, CARVALHÃES CC, TARICO MA, LÁZARO RS, RODRIGUES Jr JC. Diagnóstico e Conduta no Paciente com Traumatismo Craniencefálico Leve. Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. 00217557/02/78-Supl.1/S40 -Jornal de Pediatria. Alfredo Löhr Junior. BEHRMAN, Richard E.; KLIEGMAN, Robert; JENSON, HAL B. Nelson Tratado de Pediatria.18°ed.Editora Elsevier.2009. DEMETRIADES, Demetrios, MD, PhD, FACS; NEWTON, Edward J., MD, FACEP, FRCPC. Color Atlas of Emergency. 2ª ed.Editora: Cambridge University Press. 2011. FALCÃO, LFR; COSTA, LHD; AMARAL, JLG – Emergências – Fundamentos e Práticas. São Paulo: Editora: Martinari, 1ª Edição, 2010. FAUCI, AS; BRAUNWALD E. Harrison Medicina Interna. Rio de Janeiro: Editora Mc Graw-Hiel Interamericana do Brasil, 17ª edição, 2008. FILDES, John; MEREDITH, J Wayne; KORTBEEK, John. Advanced Trauma Life Support – Student Course Manual. 2012. FREIRE, LMS. Diagnóstico diferencial em pediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006. LANETZKL, Camila Sanches; OLIVEIRA, Carlos Augusto Cardim de; BASS, Lital Moro; ABRAMOVICI, Sulim; TROSTER, Eduardo Juan. O perfil epidemiológico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein - The epidemiological profile of Pediatric Intensive Care Center .2012. LOPES, Rafael Teixeira; LOPES, Sheila Adriana Teixeira. Traumatismos Crânio Encefálico e Acidente de trânsito: um estudo no hospital do oeste. 2010. LOPEZ, Fabio Ancona.; JUNIOR, Campos. Tratado de Pediatria. Dioclécio PROPEP 2013 2.ed. Editora Manole, 2009. MARTINS, Herlon Saraiva; NETO, Augusto Scalabrini; VELASCO, Irineu Tadeu; NETO, Rodrigo Antonio Brandão. Emergências Clínicas. Editora Manole. 8ª edição. 2013. MCSWAIN, Norman E.; FRAME,Scott; SALOMONE, Jeffrey P.; PHTLS - Atendimento Pré Hospitalar ao Traumatizado. Carlsbad, Califórnia, EUA: Jems Pub Co, 2006. SOUZA, Jackson W. T. de Souza; ARAUJO, Karina Prado; ROBERTO, Marcos; OLIVEIRA, Gislaine Nunes; SILVA, JESUS, Vanni de. TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE). <http://www.artigonal.com/medicinaartigos/traumatismo-cranioencefalico-tce872123.html>. Acesso em 05 abril de 2013. SOUZA, Jackson W. Teixeira de; ARAUJO, Karina Prado de; SILVA, Marcos Roberto, JESUS, Vanni de; OLIVEIRA, Gislaine Nunes. Traumatismo Cranioencefálico Grave em rianças e Adolescentes Severe Traumatic Brain Injury in Children and Adolescents. SITE DA SOCIEDADE PEDIATRIA. Documentos e BRASILEIRA DE Informações. Disponível em: <HTTP://www.sbp.com.br>. Acesso em 05 Maio de 2013. Bolsa de Iniciação Científica (IC): CNPq SANTANDER Outros FAPERJ UNIGRANRIO FUNADESP IC sem Bolsa O resumo deverá obrigatoriamente ser apresentado com o máximo de 1(uma) página. PROPEP 2013