REGIMENTO DE LANCEIROS Nº 2
UM DIA PARA
A HISTÓRIA DE PORTUGAL
O COMANDANTE
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ANO DE PUBLICAÇÃO V – EDIÇÃO NÚMERO 53 – ANO DE PUBLICAÇÃO V – EDIÇÃO NÚMERO 53
CRIAÇÃO DA REAL CASA PIA DE LISBOA – 3 DE JULHO DE 1780
N
o contexto dos problemas sociais decorrentes do
o Estado Novo e a Guerra Colonial, o fim do Império e o
terrível terramoto que assolou Lisboa em 1755, por
regresso à metrópole de milhares de portugueses. Vieram
iniciativa de Pina Manique é fundada no reinado
também novas crises, económicas e sociais, onde haveria da
de D. Maria I, a Casa Pia de Lisboa. Numa primeira fase
própria Casa Pia ser enredada em processos avessos à sua
instalada no Castelo de S. Jorge recebe crianças órfãs e
génese prejudicando de forma vincada a sua história
abandonadas além de mendigos e prostitutas.
recente. Todas estas barreiras têm sido ultrapassadas pois na
Rodeado por prestigiados colaboradores, Pina Manique
raiz está o princípio do seu fundador, Pina Manique,
procura criar neste reduto contra a pobreza e miséria social
promoção dos direitos e protecção das crianças e dos jovens,
uma escola técnico-profissional, mas também das artes e
sua educação e formação, projectando o seu futuro
música, conseguindo levar aos mais desfavorecidos a
enquanto homens e mulheres que fazem parte integrante do
modernidade de um ensino prático, formando em pouco
seu pais – Portugal.
mais de dez anos cerca de mil alunos nas mais diversas áreas
de artes e ofícios do seu tempo.
Com as invasões francesas a Casa Pia de Lisboa é desalojada
do Castelo de S. Jorge e as suas crianças distribuídas por
asilos, paróquias e conventos, passando a ter sede no
Convento do Desterro. Mais instabilidade criada pela
ocupação da capital por tropas de Junot, mais ainda com a
guerra civil de 1832-1834, quase deitaram por terra o plano
de reabilitação social iniciado por Pina Manique.
Em 1834 a Casa Pia instala-se no Mosteiro dos Jerónimos,
devolvendo o prestígio dos primeiros anos da sua criação,
muito pelo empenho de D. Pedro IV.
Na segunda metade do século XIX a instituição expande a
sua influência na sociedade, desenvolve-se o ensino artístico,
musical,
técnico-profissional
e
agrícola
mostrando-se
pioneira nestas áreas. Também no desporto esta Escola
produz bons resultados nomeadamente nas vertentes de
ginástica, natação, atletismo e esgrima, e implementação de
novos desportos como por exemplo o futebol e basquetebol.
Para além da formação, as oficinas da instituição eram
importantes centros de produção, fornecendo em especial a
Luís MF Cacheira, Sargento Ajudante de Cavalaria
Marinha e o Exército.
Com o século XX novas dificuldades surgiriam, o fim da
Monarquia
e
a
instauração
da
Republica,
com
a
instabilidade da 1ª Republica e o eclodir da Grande Guerra,
Fontes de pesquisa:
www.casapia.pt
LANCEIRO TU ÉS VALENTIA, CORAG EM, BRAVURA, DECIS ÃO, TEU ESPIRITO É EN ERGIA, É PODER DEDICAÇÃO. TEU NOME É GENEROSIDADE, É FORÇA, É MORAL, É GRANDE O LEMA
QUE TE GUIA, É O TEU IDEAL. ÉS LAN CEIRO, DESTEMIDO, O TEU NOME É A TUA GLÓRIA, NÃO TENS MEDO DA MÁ SORTE, ACREDITAS FIRME N A VITÓRIA. É GRAN DE E NOBRE A
TUA HISTÓRIA, D E CAVALEIRO SEM IGU AL, JAMAIS T ERÁS M EDO DA MORTE, PARA QUE VIV A PORTUGAL. TU VIVES TODO O ESPLENDOR, DAS SUAS TRADIÇÕ ES, TU QUERES, TU
AMAS E POSSUIS, A CORAG EM DOS H ERÓ IS. N ÃO À MORT E, S IM À GLÓ RIA QUE S EM ELA A VIDA N ADA VALE, ÉS LAN CEIRO , SEGUE EM F RENT E, P ELO NOSSO ET ERNO PORTUGAL!
ANOS IDOS DE JULHO
BATALHA DE OURIQUE- 25 DE JULHO 1139
A Batalha de Ourique desenrolou-se muito provavelmente nos
campos de Ourique, no actual Baixo Alentejo em 1139 - de
acordo com a tradição, no dia de Santiago, que a lenda popular
tinha tornado patrono da luta contra os mouros; um dos nomes
populares do santo, era precisamente Matamouros.
Foi travada numa das incursões que os cristãos faziam em terra
de mouros para apreenderem gado, escravos e outros despojos.
Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D.
Afonso Henriques, e as muçulmanas, em número bastante
maior. Inesperadamente, um exército mouro saiu-lhes ao
encontro e, apesar da inferioridade numérica, os cristãos
venceram. A vitória cristã foi tamanha que D. Afonso Henriques
foi aclamado pelas suas tropas Rei de Portugal ainda no campo
de batalha, tendo a sua chancelaria começado a usar a
intitulação Rex Portugallensis (Rei dos Portucalenses ou Rei dos
Portugueses) a partir 1140 - tornado rei de facto, embora a
confirmação do título de jure pela Santa Sé date apenas de Maio
de 1179. A ideia de milagre ligado a esta batalha surge pela
primeira vez no século XIV, muito depois da batalha. Ourique
serve, a partir daí, de argumento político para justificar a
independência do Reino de Portugal: a intervenção pessoal de
Deus era a prova da existência de um Portugal independente por
vontade divina e, portanto, eterna. A lenda narra que, naquele
dia, consagrado a Santiago, o soberano português teve uma
visão de Jesus Cristo e dos anjos, segundo a qual Deus teria
aparecido a este último dizendo IN HOC SIGNO VINCES (do latim,
«Com este sinal vencerás!») garantindo-lhe a vitória em
combate. Este evento histórico marcou de tal forma o imaginário
português, que se encontra retratado no brasão de armas da
nação: cinco escudetes (cada qual com cinco besantes),
representando os cinco reis mouros vencidos na batalha.
Não há consenso entre os estudiosos acerca do local exacto onde
se travou a batalha de Ourique. A mais antiga descrição da
batalha figura na Crónica dos Godos sob a entrada dos
acontecimentos da Era Hispânica de 1177 (1139 da Era Cristã).
Contemporaneamente, outros historiadores, entre eles José
Hermano Saraiva, voltaram a abordar e a reinterpretar essa
questão. Entre as teorias consideradas, citam-se:
Hipótese de Ourique (Baixo Alentejo), outrora conhecida como
«Campo d'Ourique»: mais ou menos equidistante entre Évora e
Silves, é a hipótese tradicionalmente sustentada. À época, o
poder Almorávida estava em fragmentação na península Ibérica,
e o território correspondente ao moderno Portugal, ainda em
mãos muçulmanas, encontrava-se repartido em, pelo menos,
quatro taifas, sediadas respectivamente em Santarém, Évora,
Silves, e Badajoz. Neste cenário, uma razia do infante D. Afonso
Henriques que incidisse numa zona tão a sul como o Baixo
Alentejo, não seria, de todo, improvável, uma vez que era
durante os períodos de maior discórdia entre os muçulmanos
que as fronteiras cristãs mais progrediam para o Sul. Nesse
sentido, a razia que seu filho, o infante D. Sancho, fez em 1178 a
Sevilha, acha-se bem documentada, demonstrando na prática, a
possibilidade de se percorrer uma distância tão significativa em
território hostil.
Hipótese de Vila Chã de Ourique (a 15 km do Cartaxo), no
Ribatejo; a sua localização era ocidental demais para atrair o
interesse e as forças do emir de Badajoz. Contudo é o mais forte
dos quatro supramencionados, dado que nesta localidade foram
encontradas imensas ossadas no Vale de Ossos.
De qualquer modo, como consequência, quando o Cardeal Guido
de Vico, emissário do Papa, reuniu D. Afonso Henriques e Afonso
VII em Zamora (1143), para tentar convencê-los que a
animosidade entre ambos favorecia os infiéis, o soberano
português escreveu ao Papa Inocêncio II, reclamando para si e
para os seus descendentes, o status de «censual», isto é,
dependente apenas de Roma, invocando para esse fim o
«milagre de Ourique», o que ocorrerá apenas em 1179.
Entretanto, naquele encontro, pelo tratado então firmado
(Tratado de Zamora), Afonso VII considerou D. Afonso Henriques
como igual: afirmava-se a independência de Portugal.
EDITADO EM ANO I – Nº 1
NA PRÓXIMA EDIÇÃO
BATALHA DO VIMEIRO – 21 DE AGOSTO DE 1808
BANDEIRAS DE PORTUGAL
1521 - 1578
Com a subida ao trono do filho de D. Manuel I, D. João III,
procedeu-se a alterações menores no formato e composição do
escudo. Seguindo o gosto humanista, típico da época,
estabeleceu-se o formato redondo na parte inferior do escudo
(formato dito português), acompanhando as quinas a mesma
alteração. Foi neste reinado que o número dos castelos parece
ter voltado definitivamente aos sete.
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EVENTOS COM HISTÓRIA EM AGOSTO
1 a 11 - Viagem Medieval em Terra de Santa Maria da Feira
2 a 4 Feira - Medieval de Freixo, Ponte de Lima
2 a 11 - Feira Medieval de Sines
3 a 4 - Feira Medieval de Arcozelo
10 a 15 - Feira Medieval de Aljubarrota
15 a 18 - Festa da História em Bragança
16 a 18 - Feira Medieval do Artesão, Belmonte
22 a 25 - Dias Medievais em Castro Marim
22 a 25 - Festa da História, V.N. Cerveira
29 a 31 - Feira Medieval de Castelo de Vide
30 a 31 - Feira Medieval da Póvoa de Varzim
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