Mercados dicas internacionalização Mercado da Índia Julho 2012 Dicas Internacionalização Mercado Índia Mercado Índia Breve contexto Empresas privadas como motor da liberalização da economia em curso. População de 1.220 milhões de habitantes, dos quais 400 milhões é população ativa e 260 milhões vivendo abaixo do limiar da pobreza. Aproximação política crescente aos EUA. Diáspora concentrada sobretudo nos E.U.A, representando 1.7 milhões de residentes. Elevada presença de professores universitários, de origem indiana, a lecionar nas universidades americanas. Previsão da assinatura do Acordo de Livre Comércio e Investimento com a União Europeia, em Outubro de 2012. Forças Fraquezas • País como grande centro de produção e com índices de produtividade crescentes. • Empresas indianas com dimensão global. • Grandes grupos de holdings indianas (ex. Tata, Birla, Reliance ou Infosys) como dos mais relevantes da economia asiática. • Recursos humanos de grande qualificação técnica em algumas áreas. • Baixos custos laborais. • Sistema judicial independente. • Remoção dos mais importantes direitos sobre importações. • Regime de IVA em implementação. • 65%da população tem entre 15 e 35 anos de idade e com rendimentos familiares em expansão. • Aumento das exportações. • Regimes fiscal e laboral complexos. • Duplicação e triplicação de taxas, principalmente sobre empresas e investidores estrangeiros. • Burocracia elevada. • Morosidade da Justiça. • Elevado custo das ações judiciais, em particular as tributárias. • Existência de monopólios na prestação de serviços ao Estado. • Existência de lobbies minoritários que impedem reformas laborais importantes. • Empresas públicas de grande dimensão, mas com uma gestão acentuadamente burocrática. • Grande dificuldade na aquisição de solos industriais e comerciais. • Inflação acentuada. • Processo de tomada de decisão lento. • Forte concorrência da China e Emiratos Árabes Unidos Dicas Internacionalização Mercado Índia Para vender ou investir na Índia, é crucial …. • Preparar a informação relativa ao seu produto ou serviço e prestar particular atenção aos respetivos aspetos de controlo de qualidade. • Programar com antecedência a deslocação ao mercado e reconfirmar todos os contactos e reuniões marcadas pouco antes de viajar. • Ir ao mercado as vezes necessárias e estabelecer contactos pessoais, imprescindíveis ao negócio. • Focalizar os objetivos da deslocação em conjunto com o parceiro ou contacto no mercado. • Dispor de capacidade financeira para iniciar o negócio. • Saber que entre a decisão de exportar ou investir e a sua concretização, pode decorrer muito tempo. • Não esquecer o enorme peso da intervenção familiar nos negócios. • Manter a objetividade na decisão e na execução de qualquer contrato ou relação comercial, não permitindo que solidariedades pessoais interferiram na competência do negócio. • Ter em atenção a expressiva e tradicional hierarquia da sociedade indiana, exigindo um arreigado sentimento de pertença à comunidade. • Não esquecer as condicionantes sociais decorrentes do sistema de castas. • Considerar as vantagens que a emergência de “clusters” como os TICE, Saúde, Calçado ou Têxtil, podem trazer à instalação de unidades produtivas ou comerciais. • Analisar se, entre as cerca de 400 Zonas Económicas Especiais, há vantagens fiscais favoráveis. • Ponderar a criação de uma jointventure desde que seja maioritária nos órgãos coletivos, mantenha o controlo financeiro e detenha superioridade tecnológica, inovação ou marca de prestígio. • Saber que é igualmente relevante a rede logística, conhecimento do mercado e rede de contactos da empresa local. • Saber que, para além da AICEP, o European Business and Technology Center – EBTC, pode igualmente ajudar na organização de missões empresariais ao mercado. • Considerar que a participação em feiras numa grande metrópole como Deli ou Mumbai é aconselhável como primeira abordagem ao mercado. Dicas Internacionalização Mercado Índia Numa relação negocial com o mercado indiano, deve… • Contar com pesada burocracia nos processos de licenciamento, autorização e certificações, sendo não raras vezes necessário recomeçar de novo os mesmos processos administrativos. • Ponderar a escolha de um parceiro ou sócio local detentor de fácil acesso às redes de distribuição e logística, no caso de dificuldades no arranque do negócio. • Selecionar a parceria local segundo critérios rigorosos de idoneidade, reputação e contexto familiar. • Saber que a opção por parceiro ou sócio local pode ter inconvenientes, nomeadamente o risco de perder “nome” ou “marca”, autonomia nas decisões ou limitar a abordagem a novos projetos no mercado. • Saber que o tratamento inicial é Mr. ou Ms. e não doutor ou engenheiro. • Usar de flexibilidade no decurso da negociação, vista como sinal positivo de interesse e respeito. • Lembrar-se de que a antiguidade ou chefia no posto são muito respeitadas. • Ter o cuidado de nunca dar azo à “perda da face”, à pressão sobre o negócio ou ao uso da palavra “Não”. • Saber que, nos meios mais tradicionais, o aperto de mão não deve ser usado com as senhoras. • Saber que recusar um alimento ou uma bebida pode ser ofensivo.